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:
RIO DE JANEIRO, QUARTA FEIRA.
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Semamarjo
ESTE JORtfAu
»» DE SETEMBRO DE
IOO»
N
907
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J^^QU^S m
PUBLICA
08
RETRATOS
DE
TODOS 08
SEUS
ASSIQNANTES
OS MENINOS VOADORES
sovina tinha no
lia parreira carre-
i do muro, resolveram
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apanhar
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4)... que começaram a chupar muito satisfeitos.
Mas de repente as uvas começaram a crescer.. .
5) .. .e cresceram tanto que se transformaram em balões de gaz e como os meninos não as queriam largar foram arrastados pelos ares...
(Continua na pagina seguinte)
Ó J.
OS
«a
MENINOS
VOADORES
MgT
1) Aquillo era castigo de sua gatunice. As
uvas,
tranformadas em balões, levaram os me_J ninos a grande altura e já agora...
<*»«'««*>>¦ O'TICO-TICO
—-l^-Sé
2) • • e!Ies não tinham coragem de lar¦J^<j
Sãr< com medo de cahir de tão alto.
x*JáP/TÍ£<A
'///
^ Nisto levanta-se uma grande tempestade, que os arrasta pelos ares, fa\^A-l—-^TnX
¦MV/Tr^
'M
To*
zendo-os atravessar os mares de modo que os meninos foram parar no México...
.*#éí__Í5^
SBO.fe^r
<y!!^k^
4) E assim mesmo só pararam porque um caçador 5) Mas depois os meninos tiveram que fazer uma viagem
por mar e só volmexicano rebentou os balões com tiros.
taram á terra de onde tinham sahido trez mezes depois d'essa curiosa aventura.
O TICOTICG
EHX PED IEIsrT-I!
EDIÇÃO DE 24 PAGINAS
A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feiras
O Tico-Tico, jornal illustrado para creanças, no qual collaboram escriptores e desenhistas de nomeada.
Redacçao, escriptorio e officinas rua do Ouvidor,
n. 164 e Rosário, n. 173.
Condições da assignatura:
interior: 1 anno, 11$000, 6 mezes 6&000
»
»
12S000
20S000, 6
exterior: 1
Numeroavulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.
As assignaturas começam em qualquer mez, terminãndo em Junho ou Dezembro de cada anno.
Não se acceitam assignaturas por menos de 6 mezes
Toda a correspondência—pedidos de assignaturas, etc,
deve ser dirigida ao escriptorio e redacçao d'0 Malho,
rua do Ouvidor,n. 164, antigo 132, Rio de Janeiro.
Meu netinhos :
Vocês são. muito amáveis e não imaginam o prazer
que tenho quando recebo cartas de amiguinhos desconhecidos, pedindo-me conselhos sobre qualquer assumpto que
interessa scus cérebros infantis, demonstrando a preoecupação de viver com bom senso e proceder sempre correctamente,
Agora mesmo recebi a carta de um menino que me
pergunta se entrar uma visita em uma sala onde já estão
varias pessoas é de obrigação apertar a mão a todas.
Não admira que o meu amiguinho, que tem 12 annos,
não saiba o que deve fazer em taes casos; muitos adultos
conheço eu que também o ignoram e tenho-os visto embaraçados em situação semelhante.
Quando se vai a uma recepção ou fazer uma visita,
a uma pessoa deve,ao entrar no salão,procurar dirigir-se á
dona da casa ou quem lhe faz as vezes. A ella é que se
deve saudar primeiro, salvo se se encontra logo á entrada
e de modo muito directo alguma outra pessoa com a qual
se tem boas relações. Nesse caso a mais elementar cortezia,
nos obriga a saudal-a e apertar-lhe a mão ; mas não se
deve demorar em conversação com essa pessoa sem ter
ainda saudado a dona da casa.
A essas e que se aperta a mão e a mais uma outra
convidada que esteja ao pé dos donos da casa; aos demais
convidados deve-se dirigir apenas uma saudação geral
com a cabeça.
Além d'isso, as creanças nunca devem ser as primeiras
a estender a mão aos adultos, dsvem esperar que esses
lh'a estendam.
Vovô
______________*_'' ¦•- -___jtf__________l BB :
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A)
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fI
... _-_3v~_________
i travessos meninos JOSÉ' e JOÃO, filhos do Sr. Manuel d'Ascenç_o, rc»_dente em Curityba, e sinceros admiradores do impagável Chiquinho.
S. VICENTE DE PAULO
Este grande padre francez, meus meninos, fundou instituições dc valia, como
a ordem dos lazaristas e as irmãs de
caridade.
Nasceu em Pony, perto de Dox, em
Landes, no anno de 1576 e falleceu em
Paris em 1660.
Dotado de uma perseverança e força
de vontade nunca vistas, S. Vicente de
Paulo, de pastor que era,chegou a ser um
dos maiores vultos da nossa religião.
Tendo muita vontade de estudar, traVicente de
vou elle relações com alguns missionários
Paulo
que começaram a dar-lhe os primeiros rudimentos e em breve achava-se matriculado no curso de
theologia de Toulouse, dando nessa oceasiao lições particulares a.collegas seus para com o que obtinha poder sustentar-se e comprar livros.
Quando viajava para Narbonne, tendo partido de Marselha, foi elle feito prisioneiro pelos piratas, que o levaram
para Tunis.
Ahi, intelligente como era, começou a incutir no espirito do chefe d'esses piratas as vantagens que offerecia
sua religião.acabando por convertel-o. Tendo então obtido
permissão para voltar á França, foi elle d'alli conduzido a
Roma e apresentado ao Papa Paulo V e ao embaixador de
França, que o encarregaram de uma missão junto a Henrique IV.
Foi revestido na corte de Henrique IV de vários cargos:
esmolér de Margarida de Valois, cura de Clichy, preceptor dos filhos de Emmanuel Gonde e cura de Bresse.
S. Vicente de Paulo era dotado de muito bom coração
e recolhia cm sua casa todas as creanças encontradas em
seu caminho, pobres e famintas, sendo por isso cognomiado O pai das creanças encontradas.
Seu retraio encontra-se em todos os estabelecimentos
religiosos c no Pantheon acha-se uma estatua em mármore
que representa esse grande santo apertando contra o seu
peito duas creancinhas recém-nascidas.
S. Vicente dc Paulo foi um d'esses homens cm cuja
vida não se encontra uma mancha: era puro de corpo e de
alma.
GAIOLA D'0 TICO-TICO
Um
pequenino francez, que também é um grande amigo d'0 Tico-Tico
o menino GEORGE DONGUY, sobrinho do Sr. Ilonrl Donguy,
chefe das offlcina» de stereotypla d'0 Malha
Bilá — Aquella pergunta não serve ; pôde mandar
outras.
Maria do Carmo Dias Leal (Todos os Santos) — Agradecemosa gentil participação.
Henrique Mercaldo (Petropolis) — Os trabalhos são publicados pela vez ; não fazemos excepção de pessoa aiguma.
Sidney Washington (Rio) — Manda-nos a sua edade,
quando enviar soluções de concursos.
Admiradora (Santa Thereza) — Não publicaremos o
conto dedicado a Hugo Motta emquanto nâo vier o seu
verdadeiro nome. E' praxe estabelecida.
Guilherme Costa Mello — Não servem.
O
TICO-TIOO
O MENINO E A PEGA
Existiu uma vez um príncipe muito mâu
va preso um annel, que retirou sofregamenchamado Gastão, que habitava um rico caste collocando-o no dedo.
¦^raS ^___ n!P§I^
tello, rodeado por grandes arvores, que, enNessa oceasião, entrava Argonel com um
trelaçando seus galhos, cobriam-o como sefôseu amigo que havia convidado para beber
ra um caramanchão.
em sua casa. Vendo Mauro chorar, procurou
O príncipe gozava em seu reino de um
indagar a causa.
illimitado,
agindo
até
como
—Por que choras, Mauro'?
f%sfe>i a_W
\&
poder
juiz : um
perguntou elle.
lhe,
sim on um não, bastava
Porque mamai me bateu.
para mandar
cortar a cabeça de um pacato camponez que
E por que foi
ella te bateu ?
Porque eu fuique
lhe cahisse no desagrado.
ao ninho da pega e
O escudeiro-mórd'esse príncipe, Argonel,
rasguei as calças, respondeu Mauro.
morava, não longe do castello, numa pequeComeçaram todos a rir. De repente notou Argonel o objecto que seu filho trazia em
na choupana onde o vento entrava e sahia
ivremente, tantos buracos havia, nessas paum dos dedos.
ledes construídas toscamente com barro e
Eisso, onde encontraste }
perguntou
redaços de arvores. A alegria, porém,
elle a Mauro ; dize-nosa verdade. E' preciso
O ninho da pega
pão parecia ter abandonado esse pobre
saibas que é um annel de valor. Deves
que
nar, se bem que para sustental-o fosse preciso á Armais que depressa ir leval-o .ao castello, pois sobre essa
gonel passar o dia inteiro e ás vezes noites no meio das
pedra amarella estão gravadas as insígnias do príncipe
florestas em busca de lobos, e que sua mulher Maria fosse
Gastão e se elle descobrir com quem está o annel,
pássaras
obrigada a fiar dias e noites para com o fio fazer roupas
um mau quarto d'hora.
as
creanças,
não
eram
Mauro
:
sete.
para
ficou verque
poucas
dB_ ÉÉlà
Maria tinha aprendido muitos provérbios, e todos
melho como uma
as vezes que o traquinas Mauro (filho mais velho) fazia
cereja.
—Não vejo insium desatino qualquer, ella o reprehendia com um provei/<*^^_™» r^ft»
bio a acompanhado de algumas palmadas.
gnia alguma, disse
Ora, uma vez não tendo Mauro em que se oecupar,
elle, aqui estão uns
dirigiu-se para um matto próximo da choupana com o fim
tlorões, uns barrede apanhar o primeiro pássaro que lhe apparecesse.
tes... e nada mais,
Sentou-se cm baixo dc uma arvore e esperou. Pase se o príncipe resado um quarto d*hóra, viu Mauro approximar-se uma
compensar d'essa
forma a quem se
pega, que, parecendo fatigada, a julgar pela maneira por
arriscou como eu
que andava, foi ter a seu ninho por sobre a sua cabeça. •
Mauro, esperou ainda alguns minutos e, silenciosamena partir o pescoço
te, começou a trepar pela arvore com cuidado, para não
indo até o ninho da
afugentar o pássaro.
pega, outra vez não
Chegou emfim onde queria ; na encruzilhada de dous
me arriscarei mais.
— Tu és um togalhos, achava-se um grande ninho feito com gravetos e
solidamenlc preso aos ramos.
Io! retorquiu ArNo seu interior estava uma pega, aqueila justamente
gonel, eu mesmo te
levarei ao castello.
que poucos momentos antes vira voar.
O príncipe, alegre,
De mansinho levou a mão
como deveficarcom
sobre o animal, e viucom
a presença do angrande espanto que ella
nel que julgavapernão se amedrontava
Retirou-a do ninho e
dido para sempre, te
collocando-a dentro de sua
abraçará e te dará
uma generosa re- Mauro dirigiu-se
para o castello
compensa.
acompanhado por seu pai
—Como! cxclae por seu amigo... .mou Maria, então
vais levar Mauro ao castello, esfarrapado e maltrapilho como se acha ? espera ao menos que lhe cosa os rasgões.
Depois de alguns pontos dados ás pressas, estava a
vestimenta de Mauro restabelecida.
Collocou, então, Maria sobre a sua cabeça rim gorro de
pelle e tendo dado um nó num dos cantos do lenço para
prender o annel, puzeram-se a caminho : Mauro, Argonel
e oseu amigo.
Antes, porém, de entrar no castello pararam em frente
a um muro cheio de buracos para collocar canhões e
discutiram sobre o qúe devia ser dito ao príncipe.
Mau? o tomou a palavra e disse :
— Para que discutir
tanto ? Direi somente : «Senhor,
apanhei uma pega no ninho, minha mãi não
Mauro apanhou um par de cascudos, que lhe fezvêr estreitas...
muito
d'isso ! A pega achava-se enrolada a um fio, gostou
o annel que
blusa, começou a descer, mas d'esta vez nãocomamesma
aqui vedes se achava preso a uma das extremidades d'esse
precaução com que havia subido, de maneira que os
fio, meu pai disse-me que o trouxesse a V. Altcza, que
galhos iam-lhe rasgando as calças e a camisa. Uma vez em
me saberia recompensar. Mas se nada me derdes, não
terra, correu para casa pensando que, á vista do bello
me zangarei com isso, se bem que, por ter ido buscar a
pas
pega
saro, sua mãi não o reprchendesse, tal,
no ninho, minha mãi me tenha batido, pois rasguei as calças!
não sueceporém,
deu; vendo-o entrar completamente roto, Mana começou
«E feito isto, me retirarei fazendo uma reverencia,
pois
com o provérbio «a ociosidade e a mãi de todos os vícios»
minha mãi disse-me que ninguém sabe por qual porta entra
fazendo seguir aeste um lindo par de cascudos.
a riqueza.»
Vendo Màuró apanhar, quiz a pega fugir mas achavaUma grande gargalhada atraz do muro cortou-lhe a
se de tal modo embaraçada a um fio, que não o poude
palavra. Tanto Mauro como seus companheiros ficaram
fazer. Notou então .A/ai«-oqueáextremidaded'essefiose achasurpresos.
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Jim alimento juií-a íteanoas e doentes IMESTA Silva Araujo
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O TICO-TICO
Esses perguntaram então se haviam dito alguma asneira que alguém do castello tivesse ouvido, ou se era aigum feiticeiro que se divertia á sua custa escondido por'
traz de alguma arvore.
Trepando nos hombros de seu pai, Mauro olhou por
cima do muro, mas não vendo ninguém, nem longe nem
certo, resolveu descer e continuar seu caminho.
Finalmente, chegaram á porta do castello; dous guaraas, tendo cada um uma lança na mão, vigiavam a entrada.
O monteiro adeantou-se,então, e dirigindo-se a arados
guardas, disse-lhe:
As pessoas que aqui se acham, desejam fallar ao
principe Gastão. Poderás permittir sua entrada no castelIo?... elles têm qualquer cousa... a dizer... a entregar...
O guarda, vendo a sua confusão disse-lhe:
Ninguém pode entrar no castello a não
ser que algum de vós tenha ido buscar «a pega
em seu ninho» neste casoterápermissão especial.
Mauro e seus companheiros ficaram petrificados.
Passe de largo l disse o soldado cruzando
sua alabarda com a espada de Argonel.
Mauro não se poude conter:
Olá!... disse elle, eu fui buscar a pega
em seu ninho, sou Mauro, filho de Argonel,
monteiro-mór do principe, e apanhei dous cascudos por ter rasgado as calças I
Então, passe 1...
Venha, papai —
y
I
disse Mauro.
Não, não — acciescentou o guarda:—
áquelle que segurou a
pega deve entrar só,
foram estas as ordens
-y que recebi, e não quero ser castigado por
tel-as desobedecido,
Puxou Mauro pela
manga e, tendo-o collocado no interior do
®í_ll___fc
castello, obrigou os
outros a se retirarem
o mais depressa possivel. Mauro atravessou
uma grande área, e
depois uma outra menor. Em todo o seu
trajecto encontrou soldados que lhe perguntavam onde ia, aos
quáes respondia:
Quero ir aos apoA entrada do castello era defen- sentos de S. Alteza;
mostrem-me o caminho
dida por dous soldados tendo
Por acaso terias
cada um lima alabarda...
encontrado a pega ? —
perguntavam os curiosos — pois só assim é que poderias
ter entrada no castello.
Sim, encontrei-a !— respondia Mauro.
Neste caso, ande sempre direito, suba os cinco degraus que vê d'aqui e atravesse o vestibulo; achará deante de si outros degraus, são os da grande escada... suba-os,
• os creados ensinarão o resto.
Mauro fez tudo o que lhe haviam indicado, dizendo de
si para si que sua mãi tinha tido razão em considerar o seu
feito como uma grande cousa.
No alto dos últimos degraus, Mauro viu uma fila de
treados vestidos com hábitos collantes, tendo todos elles
gravado sobre a túnica as insígnias que se achavam na pedra do annel.
Mauro disse ao primeiro creado o que alli o levava, e
esse creado repetiu-o ao seu visinho e assim por deante:
Deixem-o passar, elle encontrou a pega 1
Esta phrase foi pronunciada tantas vezes quantos homens havia na fila.
IÍX^__C^íMrvV'-fi
/Ml
BORZEGUINS DE BEZERRO
Para collegio, obra de duração eterna e impermeabilidade absoluta, a 8$S00
120A. AVENIDA PASSOS, 120 A—-€ASA
OLI© JI Alt
A que tem um macaco á porta
C_£__RJ__OS
C3¦_=^JÍ_._É]F,-?,
Finalmente, o ultimo dos creados, tendo perguntado o
nome, abriu-lhe uma grande porta de carvalho, com incrustações de prata, exclamando :
Eis aqui Mauro Argonel, que encontrou a pega I
Mauro achou-se em uma grande sala, no meio da qual
se achava sentado numa cadeira, como se
fosse um throno, o principe Gastüo, tendo
a seu lado a princeza Mathilde, bella entre as innumeras jóias de valor que lhe
cobriam o vestuário e rendas caríssimas,
feitas com fio de ouro.
Dos lobos da orelha pendia um bello par de brincos i_2Bt"__8r^S_»frV^T_f«í\
riquíssimos.
Mauro nunca tinha visto
aquella grandeza e a escolta
do rei despertou-lhe a vontade de pertencer a ella, tão bem vestida se achava.
A principio julgou elle se achar
deante de uma fada, d'aquellas que
sua mãi tantas vezes citava em suas
historias, que, segundo seus dons,
eram boas ou más,horriveisou lindas.
Então encontraste a pega em
*.? | f ? \
seu ninho ? perguntou-lhe o principe. Onde está ella?
Senhor, não posso explicar
como todos aqui sabem, que eu encontrei a pega. Não a trouxe commigo, pois me tendo minha mãi batido por ter rasgado as calças, ella
aproveitou e fugiu; mas a pega acha- Mauro quiz pertenva-se enleada neste cordel que aqui
cer a escolta do
vedes, á extremidade do qual se
principe, tão rica
achava este annel, que meu pai disera ella
se pertencer á Vossa Alteza, que ficaria muito satisfeito e me daria uma recompensa se eu
o entregasse.
O principe segurou o annel.
Meu filho, disse elle, este annel
pertence-me. Numa
oceasião em que eu caçava na floresta tendo medo de que
elle me cahisse do dedo, pois era muito largo, prendi-o á
extremidade de um fio. Creio que elle se tivesse solto e
que uma pega ladra o tivesse carregado para o seu
ninho. Encontraste-o, e é
justo que sejas recompensa do. Pede-me o que qui^~r
^GÍf/Vfl
____.»^
zeres, que eu te darei.
k) &
í_________KV ^s4^ 4\
Mauro pensou um in-
fia
_«__fe_á^^^ocV ^''W
Mauro achou-se em frente do principe Gastão e da princeza
Mathilde
stante e lembrando-se dos provérbios que havia aprendido
com sua mãi. começou :
Se não tens estribaria, não compres cavallo.
Quem tudo quer, tudo perde.
Rejíecte antes de escolher.
A princeza começou a rir e essa risada era muito pare-
ADÃO NETO
A perfeição em calçados para
creanças
Encontram-se em todos os depósitos
POR
ATACADO
RUA DA ALFÂNDEGA I 9 I -mo de janeiro
O TICO-TICO
ceza que 6 meiga e bôa como uma fada».
cida com a que Mauro tinha ouvido por traz do muro.
Não existe a menor duvida.dizia elle, é uma fada.
« Mas minha mãi dissera: quem Jaz
um
Quem te ensinou tantos provérbios ? perguntou o
cesto faz um cento, «quem enforcou ha de enforcar! ».
príncipe.
Foi minha mãi, respondeu Mauro.' Não sei o que
E ficaria muito contente se lhe podessem
pedir ; dizei-me o que me me podeis dar ?
não é verdadeiro.
provar
que esse
Dou-te tudo o que te falta.
— Pois bem, provérbio
concedo-te o que me pedes,
Não me falta nada, acerescentou Mauro, é isto que
volta para a tua choupana e quando cresceres
me atrapalha.
farei de ti um dos meus soldados.
Eu te julgava pobre e necessitado ! ponderou-lhe
disse
Quem espera sempre alcança,
o príncipe.
Ma iti-o.
Não, eu não sou pobre, disse Mauro,meu pai 6 monteiro
Tendo pronunciado
e minha mãi faz-nos a roupa.
este urtimo provérbio
Então não te vou dar nadai Queres dinheiro ?
collocou Mauro os joOhl meu pai adora o dinheiro; porém minha mãi
elhos em terra para
diz :
saudar a princeza,que,
dinheiro
mese
o
no
mundo
entraram
A desgraça
pela
collocando em. suas
ma porta: c por uma mesma porta sahirão.
mãos algumasmoedas
Então, disse a princeza, nem o princepe nem eu polhe disse :
deremos fazer qualquer cousa por ti?
—Toma este dinheiHa pouco, disse Mauro, V. Alteza disse-me que
roe compra com elle
todos obedeciam ao annel como o príncipe não é assim?.
um terno novo e deixa
E' verdade, respondeu a princeza.
agora a pega em seu
Então o que é preciso para isso ?.
ninho; o seu ninho é
—E'muito simples... basta escrever sobre
sua casa, como a tua
umpergaminho o que se quizer; e embaixo d'escasa é teu ninho. Por
sa escriptura, collocar o annel.
que pode vir que ouPodeis dar-me um pedaço de pergamitra vez o annel não teMauro.
?
nho perguntou
nha o mesmo poder, e
Sim, mas sabes escrever ? retorquiu a
então terás que ficar
Toma
este
e
compra
dinheiro
com elle um ternonovo.,. roto e com as
princeza.
pançaEm casa sou eu quem melhor escreve;
das.
minha mãi é quem mesmo o diz.
tudo
Quem
quer, tudo perde, disse Mauro por ultimo
Dou-te o que pedes disse a princeza, que come•
Mauro
o
fosse
temer
a
Desde então nunca mais o príncipe mandou enforcar
que
pequeno
pedir alguma
cava
elle.
cidade para
os seus subditos, e durante aquelle anno e no que se
Todos riam-se e Mauro, sem pestanejar, tomou da
seguiu, não prendeu pessoa, alguma, injustamente, graças
ao bom coração de Mauro.
penna e traçou sobre o prrgaminho algumas linhas.
Em seguida, deu o papel ao príncipe, que, depois de
ficar muito vermelho, começou a morder os lábios. A
princeza, ria-se.
Porfim, exclamou o princepe.
Capitão, faça executar as ordens escriptas neste perMauro.
gaminho
' No por
pergaminho estava escripto: «A prisão deve ser
aberta e os prisioneiros postos em liberdade, e S. Alteza o
príncipe Gastão, durante todo este anno e o que se seguir,
não deixara enforcar pessoa alguma.»
Quem te mandou pedir isto? perguntou o príncipe.
'¦'
^\S555SXS5SEm3± '^Jmmmmmmmmmr-mm.
¦ — Ninguém, respondeu Mauro. Ouvi muitas vezes
dizer os homens «Ohl se S. Alteza não consentisse mais
que se enforcassem os condemnados, morar-se-ia feliz n.)
seu reino, pois disseram elle è bom, não fallando na prini.^^^^^^^^^^^^•.^^^•.^^•.^^^^%^^^V.,v.V•;••^^^^^^^^^-•.•-.•.•v-•
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Uccebemos uma communicação dos nossos leitorezinhos
assíduos Fantina, Estella, Oravia, Haydée, Lúcia, Yolanda,
c Vera, residentes á Rua Conde dc Bomíim, n. DS2, sobre
o baptisado que teve logar em 2'J de Agosto, de engraçadas
bonecas mandadas vir especialmente para esse fim dc Paris.
O acto dosolcmnc baptisado rcalisou-se ás 2 horas com
uma certa concorrência de amiguinhas, quasi todas admiradoras cm extremo das façanhas do Chiquinho, tendo-se
notado a alegria c satisfação que reinava e que foi um dos
carcctcristicos da festa.
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VW' m^mmmmmmmmmT^ WxZ
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As creanças que apresentarem a photographia acima, até o fim
do mez de Outubro, no Bttiar Francez, á rua da Carioca, 7, tsrúo IO-*,,
de abatimeuto nas compras que llzerom.
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SECÇÃO PARA MENINAS
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BRINQUEDOS A' BEIRA MAR
Approxima-se a estação em que as meninas devem
começar seus banhos de mar, e como por vezes encontrarão a água muito fria, julgamos acertado apresentar
alguns brinquedos feitos com areia, que poderão fazer
com suas companheiras emquanto esperam que ella aqueça
um pouco.
Esses brinquedos são muito interessantes e constam'
de castellos, fortalezas, cidades, etc.
Nas djas figuras 1 e 2, têm, as meninas, modelos para
essas construcções, que poderão ser engrandecidos.
Esses modelos permittem as construcções cylindricas
e cúbicas que serão alisados por meio de pás.
As fig. 3, 4, 5e 6 representam alguns instrumentos,
pás, machadinhas, ganchos (anzoes) e pilões de muito fácil
construcçao c que poderão prestar relevantes serviços,
terminando as construcções começadas com instrumentos
verdadeiros.
A primeira construcçao desenhada em nossa pagin*
O TICO-TICO
é a mais simples de todas; é um monte de areia ou ter. *
em que se faz um buraco tirando o mais possível a areia
ou terra de seu interior. Se a abertura for praticada do lado
do vento e sobre esse monte fizerem um outro orifício
que possa fazer a tiragem, terão um forno onde poderão
assar maçãs, batatas, etc.
O pharol que ahi vêm é de uma construcção tambem
muito simples. O capitei e o cubo junto a esse desenho
servem para fazer o ápice d'essc edeficio.
Em baixo da pagina encontra-se uma outra construcção um pouco mais complicada, tendo na sua parte superior um calçamento cujos elementos A, B e C se acham
desenhados ao lado; a roda gyra sobre um eixo que passa
por um carretei (E) e suas peças, uma vez reunidas, devem
apresentar um todo egual ao modelo que damos detalhadamente.
Alguma cousa que falte para terminar essa construcção,
as meninas, olhando para o modelo aprenderão melhor
do que lendo.
^(i>^__j__/''
0 senhor agora que é deputado até ganhou saúde,
já nem tem aquella tosse tão feia.
Curei com o BROMIL que é o melhor remédio do
mundo.
Alto lá, não nego que o BROMIL é um bom remedio, mas não é o melhor, porque tão bom como elle é a
SAÚDE DA MULHER que cura todas as moléstias de senhoras c senhoritas.
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Aconselhada pelos melhores médicos
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^§2L«*^ rH 15_i___s-_r^^^*
A analyse n. 62538 do Laboratório Nacional
ao Analyses declara ser
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a farinha MANAH isen7<Sj
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ta de substancias nocivas.
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REPRESENTANTES:
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J, __>„ do Valle & -Comp.
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Rua S. Pedro, 52
RIO
SCIEIMCIA FÁCIL
CORRESPONDÊNCIA DO DR. SABETUDO
José Leandro dc Souza (S. João d'El-Rey)—Io. Chamase a África o continente negro porque a maioria de seus
habitantes é gente dc côr negra. Imagina-se que a raça
negra, assim como a amarella, descende de grupos dis
tinetos da raça primitiva, que se modificaram sobainiluen
cia do clima e das condições physicas em que viveram.
!!-. Anna Bolena cra dama de honcr da rainha Catharina de
Aragon, esposa do rei Henrique VIII da Inglaterra. Orei
Henrique VIII apaixonou-se por Anna Bolena e divorciou-
DE
JANEIRO
se de Catharina de Aragon, para casar com ella. Mais tarde
Anna Bolena foi aceusada de tiahição e adultério e porisso
foi presa, condemnadac cortaram-lhe a cabeça. Anna Bolena nasceu no anno de 1507 e foi decapitada quando tinha
29 annos.5\Deocleciano foi um imperador romano;daremos
sua biographia na nossa Galeriade homens celebres. 6\ A
guerra de Canudos teve por fim aprisionar um fanático, a
quem chamavam Antônio Conselheiro c que se reunira
com muitos camponezes em uma espécie de fortaleza, no
logar denominado Canudos, de onde hostilisava todas as
autoridades da Republica.
Onofre A. das Neves—Talma foi um grande actor, Moliòre um comcdiographo (todos francezes). Byron foi um
grande poeta inglez. A revolta de (3 de Setembro teve por
causa a opinião do almirante Custodio de Mello e outros
chefes políticos, que julgaram ser necessário fazer-se nova
eleição para presidente da Republica. Outros foram de opinião que o marechal Floriano Peixoto estava legalmente
no poder, substituindo Deodoro da Fonseca e que, portanto, não havia necessidade de eleição. D'ahi a luta.
Dr. Sabetudo
O TICO-TICO
AS VIAGENS DE GULLIVER
POR J. SWITT
HISTORIA.
__:__:____VII___OS__-__
PRIMEIRA
VIAC3-_S_«_
Meu pai, que erâ um modesto proprietário na província de Nottinghan, tinha cinco filhos.
Quando eu tinha quatorze annos fui para o collegio Emmanuel, de Cambridge, onde estive até os dezesete annos. Tem
pos depois meu pai poz-me a praticar com Mr. James Bates, eminente cirurgião de Londres. Dediquei-me em seguida a aprender
pilotagem e os ramos das mathematicas mais
necessários aos que se destinam a andar embarcados, pois imaginava ser essa carreira.de
futuro.minha vida. Depois fui cirurgião donayioAndorinha, no qual andei trez annoscomo
capitão Abrahão Panell em varias viagens ao
Levante. Casei-me e ainda fiz depois muitas
viagens. Não fui feliz na ultima. Embarcamos na fragata Antílope, que estava fun•mmm
deada em Bristol, a 4 de Maio de 1699 e a
viagem foi, a principio, sem contratempos.
Mas, depois, indo nós em demanda das índias
Orientaes, apanhámos uma tormenta que nos
arrojou para nordeste de Van-Diemen. Da
tripolação haviam morrido doze homens, por
S>
excesso de trabalho e máu sustento. A 5 de
Novembro, tendo escurecido o tempo, divisámos um cachopo que já não distava do
navio mais de uma amarra e, sendo muito
forte o vento, fomos sobre elle, ficando o navio encalhado. Eu e cinco companheiros saltámos depressa numa lancha e, a força de
remos, conseguimos fugir do penedo e do
barco. Andámos assim cousa de trez léguas,
até que, mortos de cansaço, cahindo-nos os
remos das mãos, nos vimos á mercê das ondas e da rija nortada, que logo virou a lancha. Ignoro qual tenha sido a sorte dos meus
companheiros. Penso que nenhum
escapou.
A nadar ao acaso, foram-me o vento e a
maré impellindo em direcção á terra.
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(Continua)
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OS JUIZES
O TICO-TICO
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1) Paulo, Arthur e Ernesio resolveram brincar de juizes. Arran- ' ••• ° Anlonio, seria o
promotor publico, que outro
jaram varias colxas e enrolaram-se nellas para fingir que estavam
f1^8' ° Julw' serla ° adv°de togas. Decidiram também que outro menino...
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4) Faltava o accusado. Mas nesse mesmo dia Mimosa, a gatinha de casa, roubou
um pedaço de carne na cozinha.
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3) Antônio collou um pouco
de algodão de cada lado do rosto, para fingir que tinha suissas.
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5) Além disso assassinou sem piedade um pobre ratinho, que nada lhe fizera. E' uma grande criminosa.
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6) Christina, a irmãzinha de Paulo, foi
nomeada agente de policia e encarregada
de prender Atimosa...
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7) de trazer a i gata aá presença dos juizes
juiz e
interrogatórios. Viede responder..' por ella nos interrogatórios.
ram os juizes...
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8) ...e sentaram-se. Paulo, que fanzia de presidente do Tribunal, ergueu-se e exclamou com
voz severa :— «Mandem entrara accusada.»
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10) Antônio, servindo de promotor publico, accusou fortemente Mimosa de ter commettido um roubo e um assassinato. Júlio, o advogado, defendeu-a, affirmando que havia circumstancias altcnuantes.
9) Entrou Mimosa no collo
de Christina, mesmo porque, se
a puzessem no chão, ella fugiria
immediatamente.
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11) Christina, respondendo pela accusada, poz-se a choramigar, dizendo que
roubara a carne porque estava com fome.
Ninguém vive sem comer.
(Continua na pagina seguinte)
OS
O TICO-TICO
JUIZES
2) Os juizes, o promotor publico e o advogado sahiram a correr atrás d'ella. Christina conseguiu agarral-a...
1) Mas de repente Mimosa,
achando que aquella brincadeira
estava demorando muito, pulou
do collo de Chttstina e fugiu.
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(Conclusão )
3) E o presidente do Tribunal disse-lhe :
— Accusada, a senhora aggravou muito
o seu caso, tentando escapar á acção da
justiça.
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4) O promotor publico recomeçou a accusação exclamando:
— «Vejam; a accusada não nega
os crimes, nem se mostra arrependida..
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5) E' preciso condemnal-a a uma pena severa I
O pobre ratinho assassinado requer vingança.» O advogado por sua vez disse :
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7) Nesse momento ouviu-se um- ligeiro rumor
na parede e viu-se um rato atravessar a sala correndo. Immediatamente...
6)— «Meus senhores. A pobre
accusada roubou a carne porque estava com fome. Eu peço
ao tribunalque seja clemente...»
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8) .. .Christina, largando Mimosa, pulou para cima de uma cadeira. O promotor, o advogado e os próprios juizes que tinham muito medo de ratos pularam para cima da mesa.
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'.)) Entretanto Mimosa, accusada, vendo o rato não tivera hesitaÇão. Saltara sobre eile e matarão
com uma só unhada.
10) Então o tribunal voltou á
calma. Os juizes correram a retomar seus logares e solemnemente.. .
11) .. .o presidente declarou que absolvia a accusada, em signal de reconhecimento por seu heroísmo
na defesa do Tribunal.
O RATO QUE MORAVA NUM QUEIJO O TICO-TICO
1) Era uma vez um ratinho, que,durante 2) Por fim, um bello dia, fazendo
3) Comprou então um bello queijo do reino, o
muito tempo, desejou morar dentro de um
conta de todo o seu dinheiro, verificou melhor e o mais fresco que conseguiu encontrar, e
queijo
que podia realisar o seu desejo. transportando-o para um campo, fez nelle um furo;
nesse furo pôz uma porta...
4) ...e ficou morando dentro do queijo. Ficou alli
nuito bem. Lm bello dia passou uma ratinha velha,
nuito pobre, que lhe pediu esmola.
6) O rato era tão avarento,
que quando sentia fome ia
procurar alimentos pelos campos para não gastar do seu
queijo.
5) Mas o ratinho, que morava no queijo era muito avarento, e recusou-se a soecorret-a. Apezar de possuir um queijo inteiro, náo quiz dar nem um pedacinho á
pobre ratinha velha, que se retirou muito triste.
7) Mas um dia, estando doente, não poude sahir e
resolveu-se a comer um pouco do queijo. Mas o queijo
tornára-se muito duro. . .
9) Vendo que estava condemnado a morrer
de fome. encostou-se á porta e poz-se a chorar
Neste momento passou a ratinha velha que
estava agora muito feliz, morando em uni armazem. .
Kl) , .. e com pena do ratinho, que
fora tão mau para ella, resolveu BOCCOrrel-oe trouxe lhe euma porção de cousas
boas..
8) O ratinho, que já era velho e
não tinha dentes,não poude roel-o e
ficou sem poder cerrer
11) Ficaram, então, muito amigose o ratinho cuiiveneeu-sc de que a avareza tem
por castigo a miséria.
O TICO-TICO
15
O SR.
X" E SUA
AO AR LIVRE
JOGOS
O
__
GATO
E O RATO
Este jogo é muito interessante e nâo carece de grandes apparatos. Dous cordéis e uma estaca, eis tudo o que
é preciso.
Tracem no chão um circulo de cerca de 11 metros de
diâmetro e no centro d'esse circulo plantem solidamente
a estaca.
Liguem a essa estaca dous cordéis, um de trez metros
e outro de cinco, tendo cada um em sua extremidade uma
argola, que pode ser feita com o próprio cordel.
O cordel maior será o do gato e o menor o do rato.
Agora, os jogadores dividem-se em
dous campos: um será o dos gatos e o
outro dos ratos; tendo-se feito isso, vai comcçar a partida.
Um jogador do campo dos gatos e
outro dos ratos que forem sorteados, segurcm, cada um, em umas das pontas do
cordel (o gato no maior e o rato no menor)
e deixem vendar os olhos,—um I dous I 1
trez Mie dá-se o signal de partida.
E' preciso que os meninos sejam enPara jogar o
gato e o rato é tão hábeis, para não se deixarem pegar.
O gato procura pegar o rato e este
preciso traçar
umcirculo de cer- fugir d'elle
Com os olhos vendados, os jogadoca de li metros.
res devem avançar, rodear com todaa precaução, ao sentir os passos do outro.
Seus camaradas, que farão circulo em torno poderão
0
O gato e o ralo
ajudal-os da maneira seguinte: todos as vezes que os
partidários dos ogatos» virem que este se approxima do
rato, farão «Miául miáu I» e por sua vez os outros «farâo aCri! cri 1 cri I».
i Se a pessoa que representa o rato é lesta, não se deixará prender facilmente pelo outro (gato), mas sempre termina sendo preso.
Todas as vezes que um «rato» é preso, passa.para o
campo contrario c transforma-se em gato. E a partida termina quando não houver mais ratos.
ANIMAES
O
MYSTERIOSOS
PAGINA
Em uma de suas viagens á Republica Argentina, o naturalista americano M. Ilolder encontrou um animal singular, que denominou "armadillo" (tapir encouraçado); e
conseguindo capturar um casal d'elles levou-o para os
Estados Unidos.
-^^^^^^á^^®í^_«EI_s_f^__^m^^5^
O tapit encouraçado
Esse animal é revestido por uma couraça, de malho,
que o cobre por completo. Quando elle se sente acommcttida
por um inimigo qualquer recolhe-se no interior dessa
cápsula cornea e, tranformando-se em vivo bollo, torna-se
inatacável.
Os "tapirs" d'csta espécie são raros na natureza, vivos,
e muito communs nos museus.
O casal levado aos Estados Unidos por Holder procriou, dando a senhora tapir ao mundo trez filhos, um dos
quaes os meninos podem vér na figura que damos nesta
pagina.
Acostumado a ter todaa liberdade, tapir-mâi, não quiz
absolutamente amammentar seus filhos, os quaes passaram
a ser alimentados como os bebês, com mammadeiras.
Elles deram-se muito bem com esse instrumento completamcnte desconhecido para essa raça; cresceram, tornaram-se dóceis aponto de se deixarem pegar por qualquer
pessoa.
Quando livres, entregues á naturca, esses animaes
aliment_m-se de formigas, vermes e insectos; sua carne é
muito apreciada pelos indígenas, qus se servem de seus
cascospara diversos misteres, como para pratos, farinheiras,
e como ornamentos dc seus vestuários guerreiros.
COQUELUCHE
fico
contra coqueluche
cm
minha filha, de 5 annos dc edade,
notei logo que 03 accessos de
tosse se abrandaram e espaçaram. Continuando com rigor a
applicaçao, hoje, passada uma
semana, lenho a menina por completamenle restabelecida. E\pois,
coi muita satisfação e como um
dever que lhe dou o presente attestado.
Sou com estima,
Dit. Antônio L. dos S. Werneck
Juiz Federal
TmW^^fíJ
têmtF**
TAPIR ENCOURAÇADO
,• Existem nos museus de todas as partes do mundo, meus
meninos, esqueletos de animaes prehistoricos, os quaes deixaram descendentes, que se foram modificando devido ao
meio.
Nos depósitos diluvianos da época quaternária, encontram-se seres completos, que sempre existiram e cujo talhe
immenso demonstra que a luta pela existência devia ser,
nesse tempo, uma cousa terrível para os habitantes das
planícies, mares e ílorcstas.
Encontra-se entre estes esqueletos, o "glyptodou"
dcque mede cerca de trez metros de comprimento e queparecc ter sido o antepassado do tatu, e o "megalonix" que
se parecia muito com o tamanduá, com a única differcnça
que tinha os pés armados com enormes unhas, que deviam
ser meios de defesa, a julgar pela sua disposição.
Como já disse ha pouco, essas espécies antidiluvianas
não desappareceram por completo; existem ainda hoje, na
America do Sul, descendentes, que deixaram, motivado
pelo meio, a forma gigantesca, para tornar-se menores e
mais adaptáveis ao clima e ao próprio meio, que passou
tambem por gi andes modificações.
|-,
Illmo. Sr. Servulo Gcnofre.
Tendo applicado o seu Especl-
Encontra-se na fabrica á rua do
Seminário, 27-A c no Rio —Silva
Araujo St C.— Orlando Rangel
& c— Girroni &c.
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SOBERANO
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São os mais perfeitos calçados par»
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VENDAS
RUA
POR
ATACADO
DA ALFÂNDEGA
RIO DE JANEIRO
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O TICO-TICO
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Grupo composto de interessantes amiguinhos do nosso jornal
São elles : — 1 e 3 — Jorge e Gastão Faria Santos; 2, 4, 5 e 6 — SilviflO, Décio, Paulo Faria, senhorita Adalgiza
Faria c 7 — Franklin Damaso de Souza.
A senhorita Adalgiza de Faria (Zizi) é uma das nossas mau talentosas e gentis collaboradoras.
ROUQUIDÃO
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COQUELUCHE
FRAQUEZA
PO.AUNAR
ETC.
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Arion iía C. rasco/ice/Zos, nosso distineto leitor e filho do Sr. Manuel
Joaquim Vasconcellos, negociante em Iraty, Estado do Paraná
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NOSSOS
CONCURSOS
RESULTADO DO CONCURSO N. 371
0 DESENHO DO ROSTO
Consistia este e concurso em os nossos' amiguinhos
completarem o desenho de um rosto.
Como sempre, os nossos petizes se atiraram com afinco
ao bello concurso, enviando-nos nada menos de 16147 soluções, cada qual mais chie I
Procedido o sorteio varificámos o resultado que se
segue :
1* prêmio —10S000:
Leopoldo vBnasehep
de 13 annos de edade, residente em Lages, Santa Catharina.
2" prêmio — 103000 :
•O eia vio Salgueiro & paga riça
de 13 annos de edade, residente á rua Leste, n. 31, Rio
Comprido.
Enviaram-nos soluções:
Antônio Ribeiro da Silva, Jandyra Rocha Pinto, Fernando Milanez, Derce Briozo, Maria do Carmo Dias Leal,
Torkel Zacrison, Donguinha Dias Leal, Carmita Dias Leal,
Nenô Dias Leal, Santinha Dias Leal, Leonor da Conceição,
Etta Wilson, Melita Schwcitzer, Paulo Russel Mac-Cord,
Messias Barbosa, Sérgio Baptista, Augusto da Silva Sevilha, Oscar Augusto Knoll, Adhemar de Lima e Silva,
João Baptista da Rocha, Angélica de Carvalho, Maria de
Lourdes Guimarães Carvalho. Stella R. Costa, Waldomiro
Dias, Alexandre França, João Rodrigues da Silva, Maria
Irene Carvalhacs, Antenor da Silva Braga, Adhemar de Siqueira, Luiz Lanzoni, Manuel Moreira de Azevedo Leite,
Augusto de Souza Brazil, Haydéa Lopes, Cecilia Andrés,
Alzira Braga da Silva, Octavio Salgueiro Bragança, Paulo
da Silva Bruner, Paulo Vieira, Luzitania Sequeira, Francisco Raposo de Almeida, José Baptista Pereira, João Josias
de Souza, Josó Felippe Ptir.ant, Amando Tavares de Macedo, Carmen Silveira Corrêa Menezes, Rytha de Vasconccllos, Alberoni Ferreira da Cunha, Eponina Ruas, Martha
Duarte de Vasconcellos, Bransildes Barcellos, Ibrahim de
Mello, Octavio de Albuquerque Filho, Izaltina Maria BoteIho, Palmyra Pereira de Araujo Machado, Maria Antonietta
de Albuquerque, Luiz Gory, Magnolia de Paula Aguiar,
Maria Luiza de Oliveira, Lauro Farani de Freitas. Hcrculano
F. Guilherme de Castro Mello, Esther de Medeiros Raposo, Amanda de Toledo, Francisco Cardoso da Fonseca,
Olga da Silva Lima, Jovita do Amaral Queiroz, Jubela Gra-
O TICO-TICO
nado, Waldemar R. Chaves, Olinda Teixeira da Cunha,
Maria Luiza Trompowsky, Livramento, Thomaz Rutledge,
Cecy Haslocher Mazcron, Ilerundina Maffé, José Martins
Cardoso, Fernando Araujo, Zena Pinto Navarro, Zayde
Câmara, Pedro Alves de Sacramento, Joubert Contigo,
Manuel Miguelote Vianna, Zenaide de Souza e Silva, Adalgisa Philomena de Lima, Floripes Cavalcanti, Jair Corrêa,
Hosinha Navarro, Francisco Capellany, Arycia Paiva,
Flyseu Lima Lessa, Renato Ferreira Pontes, José Rebello Antunes, Flora Palhano de Jesus, Isnard Bolívar Jardim, Antônio Estevão, Pedro Ferreira de Souza Junior, Virgilia Magalhães, Maria Narciza da Conceição, Jayme Fernandes Guedes, Henrique Rodrigues Pardo, Maurice Stuart Fox, Olavo Lcon Silveira, Fvangelina Moniz d'Aragão,
Laura de Almeida Rodrigues, Maria C. Vianna, Waldemar
Guimarães Pinheiro, Dada Rodrigues, Arthur José Monteiro, Leonor Peres Voigt, Henrique Moura, Cândido N. S.
Braga, Adovaldo Figueiredo de Souza, Indayassú Soares
Moreira, Arthemizia Lima, Waldir Vial, Zoraido Câmara
Olegario Neiva, João Lucas de Azevedo, Herminia de Brito
Ferraz da Luz, Dinah Goulart, José Leandro de Souza, João
Segadas, José E. Cardoso Junior, Nelson Guimarães, Edmundo Ferreira da Silva, Lauro Faria Santos, Nelson Facca
Santos, Odette Clément. T. Primavera, Lauro Bolívar Jardim, Walter Martins, Herminia de Mello, Didimo N. Muriz, Nelson Augusto Corrêa, Didimo N. .Muniz II, Theodomiro Vaz, Carlinda Augusta Rodrigues de Moraes, Antonio Estanisláo, Arthur Bulhões, João de Castro, Thereza de
Gouvêa, Edelvina de Moraes, Hilário da Silva Passos, Ernani da Costa Ferreira Borges, Alcina Villarinho, Sebastião
Lopes da Costa, Edgard Machado, José Vital, Paulo Lima,
Abel Hugo Cabral, Manuel Ribeiro da Rocha, José Lima,
Stellita Freitas Barboza, Jobcl da Motta, Manuel Zeferino
de Souza Beltrão, Carlos Fabiano da Cruz, José Caetano da
Silva, Jayme Silva, Elza Elizabeth Isensée, Francisco Vieira Agares, Guilherme Moreira da Silva Lima, José Alves
da Motta, Antônio Azevedo, Wallin H. Figueiredo, Zelia
Silva, Arthur R. Knoll, Antônio Vianna Bittencourt, Ceiestino Cavalheiro, Lepoldo Bracker, Alberto Ferreira Porto
e outros cujos nomes serão publicados brevemente.
RESULTADO DO CONCURSO 379
RESPOSTAS CERTAS :
1"—Ágil (Prejudicada)
2a—Jacarandà
3*—Saudade
4"—Amazonas
5*—Tela-vella-sella
6a—Talha-talho
Conforme o pedido feito pela petizada collaboradora
d'0 Tico-Tico, adiámos o encerramento d'este concurso
para o dia 19 do corrente.
Nesse dia fizemos o sorteio entre todos os concorrentes,
sendo contemplados os nossos amiguinhos:
1» prêmio—10S000:
ApíIiup Bulhões
de 13 annos de edade, residente no Alto do Pharol, Maceio.
2° prêmio—1OSO00
Eponina I^uas
residente á rua S. José, cm Ouro Preto.
A 1" pergunta foi annullada.
Enviaram-nos soluções:
Alzira Cardoso da Silva, Waldemar Guimarães Pinneiro,
Maria de Oliveira Brandão, Paulo Lima, Cecilia Lenz, Arlinda Sucupira de Araripe, Pedrina de Brito, Antônio Pimenta, Maria do Carmo Dias Leal, Carmiia Dias Leal, Donguinha Dias Leal, Nenô Dias Leal, Jandyra da Rocha
Pinto, Iruena Serzedello, Haydee Lefévre, Américo de Andrade Magalhães, Benicio Henrique de Oliveira, Waldir
Vial, Cacilda Vial, Dagmar Vial. Antonia Vial,Messias Barbosa, Francisca Costa (Dudú), João Lercchesi, Manoel de
Souza e Silva, Octavio de Souza Brito, Maria C. Queiroz,
Clarinda da Costa Rea, João Lucas de Azevedo, Herminia
de Brito Ferraz da Luz, Venancio da Silva Passos, Hilário
da Silva Passos. Joaquim Lourenço Penha, Petiza Costa,
José Leandro de Souza, Judith dos Santos Abreu, Maria
Luiza de Oliveira, Evangelina da Fonseca, Segismunda
Peres, Waldemar Pedro dos Santos, Argentina Prado da
Conceição, Alice Ferreira de Figueiredo, Carlos Lopes,
Giselia Salgueiro Leal, Armando Bittencourt, Carlos With,
Pedrinho Clément. Carlinda A. Rodrigues de Moraes, Ro
O TICO-TICO
20
salina Martins, Maria José Muzzi, Francisca Samartine, Alfredo Guimarães Bernardino, Alberto Rodrigues, Antônio
Guerra Pinto Coelho, Eponina Ruas, Paulo Russell MacCord, Nelson Guimarães, Coralia do Amaral e Silva, Tete
Xavier, Jeffersen Rosa, Cyro de Figueiredo Valladão, Es-
tacio de Albuquerque Filho, Elpidio de Mello, Isolina Bar"
bcsa da Silva, Waldemar Mera Barroso, Jurema Pecegueiro do Amaral, Eliza Cavalcante, Oscar Alves Pinto
Ferreira, Zenaide de S. e Silva, Arthur Bulhões, A. de Carvalho e outros cujos nomes serão publicados opportunamente.
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CONCURSO N. 391
PARA OS LEITORES DA CAPITAL E DOS ESTADOS
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Este concurso é dos mais interessantes. Vocês tem que aproveitara silhueta negra que ani esta no circulo do meio
0 para organisar uma scena representando um incêndio. Com a ponta de um canivete ou uma tesourinha bem fina abram
na silhueta das casas,as janellas e chaminés, collem por cima as figuras dos moradores e dos bombeiros que estão apagando
Incêndio, ponham o gato em cima do teihado em um logar que elle fique melhor. Em summa, arrangem a scena bem animada. Recebemos soluções até o dia 18 de Novembro, c haverá dous Dremios de 10S cada um.
O
21
CONCURSO N- 392
Para os leitores da Capital e dos estados
Perguntas :
Io — Qual é a cidade do Brazil composta de duas
palavras, sendo a primeira encontrada nas egrejas e a segunda fructa saborosa ?
(Enviada pelo menino José Erotides Jardim)
2» — Qual é o homem que dá fruetos?
(Enviada por Antonia Guaraciaba da C, S. Paulo)
3» —Qual é o insírumento escolar que sem uma lettra
é animal ?
(Enviada pelo menino Octavio L. Rocha)
4- — Meu illustre leitorzinho,
Comvo;co vim collaborar
Somente peço que presteis
Attenção ao que vou fallar.
Qual é a tinta mui vulgar
Que ao meio dividida
Per uma grande coincidência
Uma por inverso d'outra é tida r
(Enviada por Antônio Duarte Beltrão)
5« — Eu sou nota musical,
Que junto á irmã dc papai,
De bolo, ou queijo o pedaço.
A muita creança uttrahc.
Que é ?
(Enviada por Zoraida Duarte Nunes)
6o—De pclles ando vestido,
De folhas encho A barriga,
E nem assim por vivente
Jamais no mundo sou tido
Não fallo,' nem sei fallar,
Mas converso muito bem,
E isso sem lingua faço
Melhor dos que lingua tém.
Vivo cm perenne descanso
E sempre collado estou
Pelo meu rosto so sabe
O meu trato e eu quem sou.
Queé?
(Enviada pela menina Judith da Rocha Fragoso)
. .
TlCO-TICO
Ha dous prêmios de 108, que serão distribuídos pof
sorteio, entre os leitores que nos enviarem soluções exactas
até o dia I' de Outubro próximo.
Não entrarão nos sorteios as soluções que não vierem
assignadas e acompanhadas dos respectivos vales, residencias e edades dos nossos amiguinhos.
CONCURSOS ATRAZADOS
Recebemos ainda soluções para os concursos
guem e cujos resultados já publicámos :
CONCURSO N. 361
que se«
José Pinte Monteiro, Luiz Braulio, Thadeu
Wilmar, Luiz Sandermann e Joel Velloso.
Limoeiro
CONCURSO N. 363
Nicanor Monteiro, Luiz Venancio, Saturnino de Paula,
José Serrão, Fernando Eisengarth Valladares. Luiz Ferdinando e Seraphim Sarrpaio.
CONCURSO N. 369
José Torrezão, Luiz Vianna, Josó Calmo, Tristão de
Lemos, Ubyrajara Accioly Corroa, Zelina Carvalho, Roberto
M. J. Medeiros, Maria do Nascimento Campos, Enéas Paschoal F. Rocha, Evangclina Saboya, Djalma Garnier de
Albuquerque, Dirce Monteiro, Alberoni Fcn\. a da Cunha,
Adalberto de Campos Cortes, Ilaydo Mury Netto e A. Botelho.
CONCURSO N. 377
Arthur Bulhões, Virgilina de Oliveira Campos, Raul
Furtado de Mendonça, Paulo Lima, Edelvira de Moraes a
Luiz Vera.
CONCURSO N. 381
Herminia de Brito Ferraz da Luz, José Francisco, Luiz
Gonzaga e Arthur Coutinho.
Completa mais uma primavera a 15 do corrente a
intelligente menina Abigail N. do Valle, assídua leitora
d'0 Tico-Tico.
CREME FLORINA
Üma
descobçpta
9*
mapaúilhosa
papa topnap
O sciop ino(fopo
E' a ultima palavra sobre o assumpto. Os resultados obtidos na pratica
são surprehenden e não falhando em
um só caso Faz desapparecer os suo*
res fétidos, o máo cheiro nos pés,
etc.
Jniii
Este maravilhoso preparado
Destinado a produzir uma revolução, acha-se a venda na
deposito geral :
PHAEMACIA FLORINA
E
DEOGAEIA
CAUIOOA, 60
!>___
___' I_TJ__RIO
___—_¦___-—
DE
JANEIRO
O TICO-TICO
A ADMIRAÇÃO
22
FELICITAÇÕES
A nossa graciosa collaboradora senhorita Rytha de
Vasconcellos, completou mais um anniversario natalicio a
11 do corrente, sendo por esse motivo muito felicitada.
O Tico-Tico se ufana registrando esse grande acontecimento, saudando a sua distineta amiguinha, residente em
Ponte Nova, Minas.
CINEIY1A-ODEON
-AVENIDA
ÒElSrTK.A.lJ —
esquina da rua Sete de Setembro
Em casa de D. Carlota tudo era festa naquelle dia
porque ella completava as suas bodas de prata.
O seu esposo, o Sr. Rodrigues, estava todo risonho 8
satisfeito, passeando no jardim com alguns amigos a espera
que o viessem prevenir para o grande jantar.
D. Carlota, toda atarefada, estava ora na cozinha, ora
na sala de jantar, mandando aqui e acolá, dirigindo uma
cousa e outra, com muito cuidado para que na hora em
que chegassem as suas amigas estivesse tudo prompto e
arranjado.
Afinal, depois de passado algum tempo, chegáramos
convidados e foram todos para a mesa, onde houve muitos
brindes e em seguida dirigiram-se para o salão de baile,
dando-se começo ás dansas, num enthusiasmo sem egual.
De repente appareceu na sala uma moça com umvestido tão bello, a ponto de chamar a attenção de todos que
alli estavam, principalmente das senhoras que reparavam
como era linda a côr d'aquelle vestido, como era bem talhado ; emfim, a admiração foi tanta, que algumas conhe"cidas
da moça foram lhe perguntar qual a casa que assim
trabalhava tão bem, e souberam que é CASA MA1NA a rua
da Assembléa n. 74, onde ha sempre os mais chies e modernos figurinos recebidos da Europa directamente e tambem um rico e variado sortimento de fazendas de todas as
qualidades, guarnições, rendas valenciennes, bordados,
etc, etc
LIVROS PARA CREANÇAS
Os mens brinquedos — O melhor e mais encantador
livro para creanças, que existe em lingua portugueza, único
no seu gênero. Contém innumeras cantigas para adormecer
no berço; brincadeiras e divertimentos para todas as edades;
jogos dc prendas e sentenças, e peças próprias.para serem
representadas por meninos e meninas, em casa, nos collegips e em theatrinhos particulares: tudo acompanhado de
4$000
centenas de gravuras explicativas
- Tlientriuho infantil — Esplendida collecção de monologos, diálogos, scenas cômicas, dramas, comédias, operetas, etc. (em prosa e verso), próprias para serem representadas por creanças, dispensando-se despezascom scenarios,
5$fX>0
vestimentas c caracterisação. 1 volume com 21 peças
Aibuni das ereaneas—Excellente obra encerrando
muitíssimas poesias dos mais celebres e modernos autores,
destinadas á infância, próprias para serem recitadas em salas, nos collegios, em theatros, etc, ensinando ás creanças
4$000
a declamar e a se desembaraçar
O castigo de um anjo—Delicioso e moralissimo conto,
original do grande escriptor Leão Tolstoi, commovente e
sentimental, baseado na máxima christã: Amai-vos uns aos
2$000
outros, obra divina, piedosa e cheia de virtude
Contos da carochinha — Com 01 contos. ..*... 4$000
Historias do arco da velha—Com CO contos. 48000
5#í0<">
Historias da avósinha — Com 50 contos
Historias da baratinha—Com 70 contos
4$000
Estes quatro últimos livros contem esses contos que todos nós ouvimoi
em pequeninos, contados por nossas mais, velhas avósinhas, tias, madrinhas,
amas, etc. etc, contos popularissimos, moraes e piedosos, que sabem as creancas todas dc todos os paizes. Sao narrações fantásticas onde ha fadas, loblshomens, gênios mysleriosos, animaes fallantes, bruxas, feiticeiras e encantamenlos, mas em linguagem simples, incutindo sempre a Idéa do bem e da
virtude.
Cada livro forma um grosso volume de 320 a 400 paginas, com milhares
de vinhetas e gravuras, impresso em papel de boa qualidade, typo novo a
lettras de fantasia, encadernado, e sempre com a mesma capa lithographada a
cores.
Eme aviso torna-se indispensável, devido ás lmUjiçCes que se tfim feito
da nossa collecção para cicançus. Assim, peça-se Bempre a Bibliotlieca Infantil
de Figueiredo Pimentel, tendo-se o máximo cuidado na capa.
Quaresma & C- LIVRARIA DO POVO—Rua S. José, 65 e 67
O maior, mais bello e mais luxuoso do Brazil, apresentando
constantemente ao publico as ultimas novidades em cinematographia
e tendo um grande e rico salão de espera e dous salões de exhibiçõet
com o maior conforto possivel, reduzindo dessa maneira a espera
que não se prolongará por mais de quinze minutos.
6*^~ CINEMA
AVENIDA
ODEON
^^
CENTRAL
(Esquina da rua Sete de Setembro)
Este coupon dará direito â creança até a edade
de nove annos a assistir as sessões
d'este cinematographo nas suas matinées
\
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Os prêmios d'O Ti-C-O-TICO
Pagámos durante a ultima semana os seguintes :
Martha de Vasconcellos, residente á rua Fonseca, n. 35,
Bangú, 103, do concurso n. 3G5 e Eugenia Nobre, residente á rua Benedicto Hyppolito, n. 114, 10$ do concurso
384.
—Em Barra Mansa, a nossa agente, Exma. Sra. D. Adelaide Paes Leme, pagou o prêmio de 103, do concurso
n. 360, ao menino Oreb Amaral.
Pelos nossos agentes no Rio Grande do Sul, Srs. Pintos & C, foram pagos ás senhoritas : Maria Barcellos da
Cunha, 15$, do concurso n. 319; Maria Guilhcrmina Wildt,
concurso n. 342, 10$; Jayme de Sá, 103, do concurso n.361.
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O intelligente menino Eduardo Grcy, de
7 annos dc edade, filhinho do distineto Major Affonso Grey, commandunlc da.3- Dalalhau de
Infantaria do Exercito.
Ora.
iJrsuIina í^opes
Medica. Especialidade nas moléstias das creanças.
Consultório, Rua Frei Caneca, 44. Grátis todos os dias
úteis de 11 ás 12 da manhã.
O TICO-TICO
O BUSTO DO SR. PAFUNCIO
i) O Sr. Pafuncio era um esculptor de muito
talento, mas muito pobre. Estava mesmo na maior
•niseria, sem ter que comer, quando...
no sabbado ficou prompto. O Sr. Miguel
4).-.
achou oque
trabalho muito bom e disse:—Leve o busto
' minha casa
que lá o pagarei.
i)...lhe appareceu OSr.-Aiiáwí^que vinha en5 )—disse o Sr. Miguel, domingo o senhor m'o
commendar o seu busto para domingo.—Para d.>~, leva mesmo em barro
para que minha mulher o
mingo nào ha tempo de íazèl-o em gesso—disse veja, depois fal-o em
gesso. Pafuncio começou 0
trabalho...'»
Pafuncio.— Nao faz m^l...
5 ) Pafuncio ficou muito.satisfeito e, como nâo
tinha dinheiro para pagar um carregador, foi
elle próprio leval-o.
8) O pobre Pafuncio teve- que carregar. 9
7) E o resultado foi que o barro ainda molle
ficou amolgado. O busto ficou tão transformado busto outra
vez e nio recebeu o dinheiro. Voltou
lue o Sr. MiguCl nào p quiz mais acceitar. para casa desesperado.
1°)
um americano millionario.que ouvindo
r.,
a*«ar no Era
seu talento, vinha tambem lheencommendar
01 busto. Pafuncio ficou muito admirado...
6) Mas, oSr. Miguel morava em um terceiro
andar. Subindo a escada, Pafuncio escorregou e
deixou cahir o busto.
i>) Imaginem v o seu pezar. Estava o seu trabalho
perdido e elle continuava sem ter que comer. Neste
momentava ouviu bater á potta.
11) ...e o americano ainda mais quando olhou
para o busto. Imaginem que o bu^to amass&do
ficara.muito parecido com o americano. Parecia
que fora leito por modelo.
12) O americano ficou satisfe-ito pensando
que Pafuncio tinha feito o seu busto para lhe
ser
agradável e
pagou-o generosamente.
O TICO-TICO
AS AVENTURAS DO CH\QU\nHO
UMA. TERR\\_>_. PE.SCKK.1.
1
que lhe emprestasse petrechos de caça e par2) Imaginem que mamai tinha dito ao Chiquinho que tiu3)...
em direcção ao no, muito convencido de que ia
não fosse brincar perto do rio. Mas o nosso armgo pediu a
apanhar uma grande quantidade de peixes.
uma visinha
"^^^^^vSèf6^?x' í^sSw^^^fe,
Escolheu o ponto que lhe pareceu melhor e sentou-se 5) D*ahi a pouco, sentindo uma certa resistência,
1) O Chiquinho no outro dia, metteu-se a pescar em companhia do 4)cima
de uma tabõa, que servia de ponte e atirou o puxou o anzol. Mas a resistência tornou-se maior...
em
laeunco e d'ahi sobrevieram varias aventuras que... Mas o melhor é
puxou com toda a força e ... (Continua)
anz0'
Chiquinho
contar tudo pelo meúdo.
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>¦ o`tico-tico