DESCRIÇÃO
Esta biografia do médico sanitarista Oswaldo
Cruz tem o objetivo de promover a reflexão dos
alunos a respeito dos fatores que influenciam
na saúde e na qualidade de vida em áreas
urbanas e sensibilizá-los para o papel que podem
desempenhar na melhoria do quadro atual. O
tema está relacionado com o estudo da qualidade
de vida das populações humanas.
Programa: Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à saúde pública
BIOGRAFIAS
ROTEIRO DO PROGRAMA DE ÁUDIO
“Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à
saúde pública”
com ele toda a sua família.
(SOM INSTRUMENTAL)
<< BLOCO 1 >>
(NARRAÇÃO
DO
PROGRAMA)
RÓTULO
IDENTIFICADOR
DO
Locutora 1: Com 15 anos, Oswaldo Cruz ingressou
na mesma faculdade que seu pai havia estudado, a
Faculdade Nacional de Medicina. Ele não foi um aluno
brilhante, não gostava da parte clínica. Sua dedicação
era voltada para uma disciplina que Louis Pasteur havia
criado, a Microbiologia. Ele ficava fascinado ao olhar
uma gota d´água pelo microscópio.
Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à saúde pública.
Neste programa de Biologia falaremos sobre a vida de
Oswaldo Cruz, destacando o seu papel no combate a
epidemias e para o desenvolvimento da saúde pública
no Brasil. O tema está relacionado com o estudo da
qualidade de vida das populações humanas.
(SOM INSTRUMENTAL)
(VINHETA DE ABERTURA DO PROGRAMA)
Locutora 1: Seu gosto pela microbiologia era tamanho
que o estudante instalou, no porão de sua casa, um
laboratório onde realizava pequenas experiências.
Oswaldo Cruz terminou a faculdade aos vinte anos.
Assim que se formou, ele conseguiu realizar o sonho
de casar-se com Emília, sua paixão de adolescência. Ao
longo da vida, o casal teve seis filhos, aos quais Oswaldo
sempre se referia como “minha tribo”.
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Olá! Eu sou Raquel Melo e a partir de agora
você ouve “Biografias: o passado explica o presente”.
No programa de hoje falaremos de Oswaldo Cruz.
(SOM INSTRUMENTAL)
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Oswaldo Cruz teve seu nome reconhecido
pela comunidade científica internacional. Seu talento e
decisão, sua luta contra o preconceito de seus colegas
e da população são algumas das características desse
grande cientista brasileiro.
Mas como foi sua trajetória?
É o que saberemos agora.
Locutora 1: Quatro anos depois de formado, ele e
sua família mudaram para Paris. O cientista estava
prestes a realizar o antigo sonho de se aperfeiçoar
em Bacteriologia no local onde estavam reunidos os
grandes nomes da ciência da época, o Instituto Pasteur.
Para isso, ele contou com a ajuda do sogro, pois, na
época, as bolsas de estudo praticamente não existiam.
Mas ele sabia que logo teria que voltar para o Brasil e
que aqui não conseguiria viver só de ciência. Por isso,
ainda em Paris, procurou aprender uma especialidade
médica: a urologia.
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Em meados do século XX, muitas cidades
brasileiras começaram a se urbanizar. Mesmo assim,
questões como a qualidade da água e a implantação
de rede de esgoto ainda eram grandes problemas,
pois a falta desse tipo de infraestrutura permitia a
proliferação de doenças com muita facilidade.
Quando Oswaldo Cruz foi diretor geral de saúde pública,
trabalhou contra a febre amarela, identificando os
doentes e eliminou os focos do mosquito transmissor da
doença. Mas seu caminho não foi tão simples assim...
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Na volta ao Brasil, Oswaldo Cruz abriu um
consultório de urologia, voltou a trabalhar na fábrica
de tecidos, emprego que herdou do pai, além de,
também, trabalhar numa policlínica. O médico tinha
características próprias como as roupas pretas à moda
européia e a pasta que carregava muito parecida com
a dos fotógrafos, de onde veio o apelido de Doutor
fotógrafo.
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Oswaldo Cruz nasceu em 5 de agosto de
1872, numa cidade do interior de São Paulo chamada
São Luis do Paraitinga. Em 1877, seu pai, que era
médico, foi transferido para o Rio de Janeiro e levou
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Mas como ele teria sua vida dedicada à
2
Programa: Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à saúde pública
BIOGRAFIAS
saúde pública? Fique sabendo no próximo bloco.
(VINHETA DE ENCERRAMENTO DO BLOCO)
a obrigatoriedade, pois muitas pessoas não acreditavam
na eficiência do tratamento, além de existir o mito de
que a vacina era feita com sangue de rato.
<< BLOCO 2 >>
(SOM DE MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE DESAGRADO)
(VINHETA DE ABERTURA DO BLOCO )
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Para piorar, o método de se aplicar a vacina
não era tão sutil como em nossos dias. A vacina era
aplicada com um estilete, o que deixava cicatriz. Assim,
em novembro de 1904, estourou “A revolta da vacina”
e o Rio se transformou em um cenário de guerra.
Locutora 1: Em 1899, surgiu a suspeita de um surto
de peste bubônica em Santos. A peste bubônica é
uma doença transmitida por ratos. Para investigar a
suspeita, o governo decidiu chamar Oswaldo Cruz e
mais dois outros cientistas. O surto foi confirmado.
(SOM DE GRITOS)
(SOM DE JANELA QUEBRANDO)
Locutora 1: Nos dias que a revolta durou, a casa de
Oswaldo foi atacada. Ele e sua família tiveram que fugir
as pressas. Para que a tranqüilidade voltasse à cidade,
o governo suspendeu a obrigatoriedade da vacina. A
imagem de Oswaldo Cruz ficou apenas temporariamente
prejudicada diante desse incidente, pois logo depois ele
se tornou internacionalmente conhecido e respeitado
por suas pesquisas e feitos.
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Naquela época, o único tratamento para
essa doença era o soro. Mas o soro tinha que ser
importado da Europa e o tratamento não funcionava
muito bem. Diante da gravidade da situação, o governo
federal decidiu produzi-lo no Brasil, criando dois
institutos soroterápicos. Naquela época, o Rio, a capital
federal no período, apresentava péssimas condições de
higiene. Isso fazia com que as epidemias como febre
amarela, peste, varíola e cólera fossem constantes na
cidade.
(SOM QUE REMETE A PASSAGEM DE TEMPO)
Locutora 1: Em 1909, ele deixou a diretoria geral de
Saúde. No Instituto Oswaldo Cruz, permaneceu até
1915, quando se afastou por motivos de saúde. Naquele
ano, se mudou para Petrópolis e foi eleito prefeito
da cidade. Dois anos depois, morreu de insuficiência
renal.
No seu testamento pediu a família:
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Em 1903, Oswaldo Cruz foi nomeado diretor
geral de saúde pública. Um dos seus primeiros feitos
no cargo foi combater a peste bubônica ao implantar
uma política de extermínio aos ratos transmissores de
doenças. A febre amarela também não teve vez. Para
acabar com os mosquitos transmissores, ele criou a
polícia sanitária e as brigadas mata-mosquitos. Essas
brigadas destruíam os focos de água estagnada.
Quando a quantidade de água era muito grande, eles
colocavam petróleo para que uma fina camada de óleo
fosse formada e impedisse as larvas de respirar. Mas
essas medidas eram polêmicas para a época e não
foram bem recebidas pela população.
Locutor 2: “Divirtam-se, passeiem, ajudem o tempo na
benfazeja tarefa de fazer esquecer. Não usem roupas
negras, o luto está nos corações, nunca nas roupas.
Além disso, roupas pretas são anti-higiênicas em nosso
clima.”
(SOM INSTRUMENTAL)
Eu sou Raquel Melo e esse foi mais um “Biografias: o
passado explica o presente”. Espero você no próximo
programa. Até lá!
(SOM DE MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE DESAGRADO)
Locutora 1: Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu
o seu ápice quando, durante um surto de varíola, o
médico implantou um regulamento que tornava a
vacinação obrigatória. A população recebeu muito mal
(SOM INSTRUMENTAL)
(VINHETA DE ENCERRAMENTO DO PROGRAMA)
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Programa: Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à saúde pública
BIOGRAFIAS
(NARRAÇÃO DA FICHA TÉCNICA)
Redação: Fernanda Ramos Gadelha
Revisão de Conteúdo: Helika Amemiya Chikuchi
Roteiro: Luciana Fonseca e Marina Gama
Locução: Raquel Melo e Bruno Barchesi
Assistência de Produção: Carolina Inácio
Trilha Sonora: Weber Pereira Marely e Lucas Lima
Trabalhos técnicos: Rafael Bembibre
Supervisão Técnica: Álvaro Bufarah
Coordenação de Mídias Audiovisuais: Eduardo Paiva
Coordenação Geral: Eduardo Galembeck
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Programa: Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à saúde pública
BIOGRAFIAS
FICHA TÉCNICA
Universidade Estadual de Campinas
Reitor: Fernando Ferreira Costa
Vice-Reitor: Edgar Salvadori de Decca
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Euclides de Mesquita Neto
Instituto de Biologia
Diretor: Paulo Mazzafera
Vice-Diretora: Shirlei Maria Recco-Pimentel
EXECUÇÃO
Projeto EMBRIAO
Coordenação geral: Eduardo Galembeck
Coordenação de Mídia - Audiovisuais: Eduardo Paiva
Coordenação de Mídia - Software: Eduardo Galembeck e Heloisa Vieira Rocha
Coordenação de Mídia - Experimentos: Helika A. Chikuchi, Marcelo J. de Moraes e Bayardo B. Torres
Apoio Logístico/Administrativo: Eduardo K. Kimura, Gabriel G. Hornink, Juliana M. G. Garaldi
Objeto de
Aprendizagem
Oswaldo Cruz, uma vida dedicada à saúde pública brasileira
Redação: Fernanda Ramos Gadelha
Revisão de Conteúdo: Helika Amemiya Chikuchi
Roteiro: Luciana Fonseca e Marina Gama
Locução: Raquel Melo e Bruno Barchesi
Assistência de Produção: Carolina Inácio
Trilha Sonora: Weber Pereira Marely e Lucas Lima
Trabalhos técnicos: Rafael Bembibre
Supervisão Técnica: Álvaro Bufarah
Adequação Lingüística: Marina Gama, Lígia Francisco Arantes de Souza e Raquel Faustino
Arte: Paula Medeiros
Diagramação: Henrique Oliveira Thaís Goes
A Universidade Estadual de Campinas autoriza, sob licença Creative Commons – Atribuição 2.5
Brasil, cópia, distribuição, exibição e execução do material desenvolvido de sua titularidade, sem
fins comerciais, assim como a criação de obras derivadas, desde que se atribua o crédito ao autor
original da forma especificada por ele ou pelo licenciante, assim como a obra deverá compartilhar
Licença idêntica a esta. Estas condições podem ser renunciadas, desde que se obtenha permissão
do autor. O não cumprimento desta Licença acarretará nas penas previstas pela Lei nº 9.610/98.
Laboratório de Tecnologia Educacional
Departamento de Bioquímica
Instituto de Biologia - Caixa Postal nº 6109
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
CEP 13083-970, Campinas, SP, Brasil
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