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A PRODUÇÃO E O USO DA IMAGEM DO CENTRO DA CIDADE
O CASO DE SÃO PAULO
Flávio Villaça
Prof. Titular de Planejamento Urbano da FAU - USP
Texto escrito em 1993
1. INTRODUÇÃO
Este texto aborda aquela que pode talvez ser chamada a parte mais importante de uma
cidade: seu centro. Aborda-o enquanto imagem, enquanto texto não verbal. Destaca os
processos concretos que vem ocorrendo no centro de São Paulo - seu crescimento,
deslocamento, estagnação, /deterioração e bipartição - bem como a versão ou a
interpretação dada pela classe dominante a esses processos. Mostra então como, a partir
dessa interpretação, essa classe produz símbolos, signos e linguagens que procuram
veicular mensagens que sirvam a seus interesses, ao mesmo tempo que destrói aqueles
contrários a esses mesmos interesses.
2. A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS URBANOS
A importância que as classes dominantes de todas as sociedades urbanas tem conferido
aos centros de suas cidades é sabidamente muito grande. Há fortes razões para se
acreditar que a proximidade ao centro sempre foi valorizada pelas elites urbanas em
todos os períodos da história, com a possível exceção dos Estados Unidos na segunda
metade deste século. Foi valorizada na cidade medieval, na cidade hispano-americana
sob a Lei da Índias, em Machu Pichu, em Teotiuhacan ou em Tenochtitlan,( no Peru e
México pré-colombianos) e até nas cidades latino-americanas de hoje. No Brasil atual,
apesar dos recentes afastamentos do centro representados por bairros como Granja
Viana ou Alfaville, em São Paulo, ou Barra da Tijuca no Rio, a população de alta renda
desses bairros ainda é muito menor que aquela concentrada nos bairros mais centrais
como Higienópolis, Jardins, Pacaembú, Sumaré, Alto de Pinheiros, e Vila Nova
Conceição, para citar apenas o caso de São Paulo. Higienópolis, por exemplo, tem renda
média semelhante - se não mais alta - que Alfaville mas tem, sozinho, uma população
inúmeras vezes maior que todos os Alfavilles Residenciais somados.
Outra manifestação da importância dada ao centro pelas camadas de alta renda , é o fato
delas puxarem-no para próximo delas, de maneira que, mesmo quando se afastam, esse
afastamento é em parte compensado pelo deslocamento do centro na direção delas. O
centro de São Paulo, por exemplo, já foi sintetizado pela Rua XV de Novembro, depois
pela R. Direita, depois a rua Barão de Itapetininga e hoje já está entre as Avenidas
Paulista e Faria Lima. Nesse caminhamento, o centro sempre se deslocou na mesma
direção dos bairros residenciais de alta renda.
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Não vamos investigar aqui a origem e a razão de ser da valorização dessa proximidade
ao centro, mas vamos analisar uma das formas pelas quais a classe dominante "trabalha"
com uma área tão vital para ela. Vamos analisar apenas a maneira como essa classe se
utiliza do centro para produzir imagens, signos e mensagens.
3. O CENTRO DA CIDADE CAPITALISTA
Do ponto de vista do espaço intraurbano dividimos a cidade capitalista em dois
períodos: o das cidades do início do capitalismo - que abrange os séculos XVII, XVIII e
início do século XIX - e o das cidades tipicamente capitalistas, que são aquelas que se
formam a partir da segunda metade do século XIX.
A cidade do primeiro período é marcada por forte intervenção do Estado no espaço
urbano, enquanto que na cidade tipicamente capitalista o espaço urbano é mais
modelado pelo mercado imobiliário.
O espaço urbano do primeiro período foi produzido por uma burguesia que ainda era
classe revolucionária e dirigente, e por um Estado que se empenhava em enaltece-la. A
cidade de Washington - projetada por volta de 1793 - bem como a Paris de Haussmann,
talvez sejam seus melhores exemplos. Marcas desse período, entretanto, são visíveis em
Madrid, Barcelona, Budapest, Buenos Aires, Belo Horizonte e mesmo em São Paulo (
Av. D. Pedro I, monumento, jardins e Museu do Ipiranga). Nesse período o Estado
produziu um espaço urbano com forte carga ideológica que faz amplo uso das
possibilidades enaltecedoras da perspectiva. A avenida é menos uma via de transportes
do que uma oportunidade de enaltecimento do poder político pelo espaço urbano.
A perspectiva desenvolveu-se no Renascimento, mas seu uso enaltecedor no espaço
urbano atinge seu clímax entre o final do século XVII ( Versailles, L. le Vau e
Monstra, 1661-1708 ) e meados do século XIX ( Paris de Haussman) passando pelo
notável exemplo de Washington (Pierre L'Enfant, 1793). A Idade Média utilizou-se da
perspectiva vertical no espaço interno da catedral, para enaltecer a Deus. O espaço
urbano - o espaço do homem - não foi valorizado pela Idade Média nem mesmo para a
observação da catedral. O humanismo do Renascimento ainda se utilizou da perspectiva
para enaltecer a Deus, principalmente na pintura religiosa barroca. Apenas timidamente
começou a se utilizar dela no espaço urbano. Bernini, ao projetar a Praça de São Pedro
(1655-1667) ofereceu para a Catedral, mais um "espaço para observação", (sem a força
de um ponto de fuga) do que a linearidade vigorosa de uma perspectiva. O mesmo pode
ser dito com relação à Teotiuacan pré colombiana no México, ou à monumental Praça de
Armas em frente à Catedral da Cidade do México ( meados do sec. XVI). Só mais tarde,
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já sob o domínio do Iluminismo, o vigor da perspectiva será utilizado ideologicamente
para enaltecer o nascente Estado capitalista. Segundo Harvey, a ideia Iluminista de
domínio da natureza como condição para a libertação humana, abriu caminho para a
conquista e organização racional do espaço. Sob o Iluminismo, o espaço e o tempo
seriam "... organizados não para refletir a glória de Deus, mas para celebrar e facilitar a
libertação do "Homem" como indivíduo livre e ativo dotado de consciência e de
vontade. Foi a essa imagem que surgiu uma nova paisagem"(1). Esse "Homem" atende
evidentemente ao novo conceito de "Homem" que então se desenvolvia, especialmente
o "Homem livre" pregado pelo capitalismo. Significa também as instituições baseadas
nesse novo homem, a nova sociedade humana, isto é a nascente sociedade burguesa. É o
Iluminismo que irá iniciar a plena utilização do vigor da perspectiva no espaço urbano,
e esse vigor será canalizado para enaltecer o Estado capitalista.
A cidade que chamo de tipicamente capitalista - do ponto de vista do espaço intraurbano
- é a cidade formada no final do século XIX e inicio do século XX, sob império do
mercado imobiliário e sob o impacto do automóvel. É representada principalmente pelas
cidades do oeste e meio oeste americano e pelas cidades canadenses não francesas. No
espaço dessas cidades não se nota a ação direta do Estado. Nada que possa ser chamado
de "embelezamento urbano", conceito típico do período precedente. Nessas cidades,
chama a atenção o rígido traçado ortogonal das ruas, a ausência de praças decorativas,
de estátuas e monumentos, de mobiliário como fontes, repuxos e luminárias, e do uso
enaltecedor da perspectiva. No Brasil não há esse tipo de cidade; nossas cidades que
mais se aproximam da cidade tipicamente capitalista seriam cidades como Londrina,
Campo Grande ou Maringá, e em parte, as cidades médias do sul do Brasil.
4. O VALOR SIMBÓLICO DO CENTRO
O centro da cidade tipicamente capitalista não é usado simbolicamente. Mais que isso.
Dentre todos os centros urbanos da história humana, é o único que não enaltece
nem Deus nem o Estado. Ainda recorrendo a David Harvey "...a dificuldade sob o
capitalismo - dada a sua inclinação para a fragmentação e efemeridade em meio aos
universais da monetização, do intercâmbio de mercado e da circulação do capital - é
encontrar uma mitologia estável, que exprima seus valores e sentidos inerentes"(2).
Na sua fase revolucionária, o capitalismo fez amplo uso simbólico dos centros urbanos,
inclusive homenageando o revolucionário Estado Capitalista organizado em torno dos
seus “Três Poderes”, como no plano de Washington. Do ponto de vista do espaço
intraurbano, Brasília é assim uma cidade do século XVIII.
O que representou Versalhes, um dos bons exemplos, no século XVII, do uso
glorificador da perspectiva? Foi símbolo do poder absoluto, do "L'Etat c'est moi" do
"Après moi le déluge". Representou um poder que se considerava tão absoluto, que
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acreditou que poderia prescindir não só do centro da cidade mas da própria cidade. É
impossível deixar de associar seu afastamento da cidade com um afastamento do povo e
com o próprio fim do "Ancien régime".
Entretanto, o uso simbólico que o capitalismo fez inicialmente do centro urbano não
perdurou. Tão logo o capitalismo se impôs, impôs-se também o mercado, o "laissezfaire" e a redução da ação do Estado diretamente sobre o espaço urbano.
O centro da cidade tipicamente capitalista não é ocupado por nenhuma complexo de
edifícios que abriguem instituições que simbolizem ou enalteçam esse modo de
produção. Seria certamente uma distorção e um exagero pretender que os bancos, as
grandes lojas ou escritórios sejam símbolos do capitalismo. A rigor este usou muito mais
a indústria para simboliza-lo ( notar as três alegorias que decoram o monumental saguão
da FAU-Maranhão) do que o comércio, os escritórios ou os bancos.
A ideologia
burguesa sempre procurou associar o capitalismo à idéia de trabalho na produção. Para
tanto, utilizou-se especificamente da indústria, já que a agricultura estava
irremediavelmente associada à Idade Média. Nunca pretendeu utilizar-se
simbolicamente dos bancos
ou do capital financeiro. Estes, pelo menos até
recentemente, não haviam ainda se livrado da má imagem de origem medieval, que os
associava à agiotagem e ao parasitismo. Os valores supremos do capitalismo não são
nem Deus nem o Estado, que por milênios foram homenageados pelos centros urbanos.
Seus valores são o dinheiro, a mercadoria, o trabalho assalariado, a iniciativa privada, o
capital. Tudo isso é muito abstrato e pouco simbolizável. Não se pode dizer que os
Bancos simbolizam o capital, como a catedral simboliza Deus. O consumo parece_estar começando a ser utilizado simbolicamente e os "shopping centers" começam a ser
chamados de "catedrais" da cidade moderna... mas os shopping centers não estão nos
centros de nossas cidades. É também verdade que o capitalismo começou a fazer um uso
simbólico " a posteriori" do arranha-céu, certamente sua criação. Este significaria o
"moderno" e o "progresso", mas tem uma carga simbólica relativamente fraca se
comparada àquela dos grandes monumentos das cidades pré-capitalistas ou das dos
séculos XVIII e XIX. Além disso, nas cidades sul americanas - ao contrário do que
acontece ao norte - os arranha-céus são predominantemente residenciais: nas cidades
médias, praticamente não há arranha-céus comerciais. Não é possível portanto, associalos aos escritórios, aos bancos ou às lojas.
5. A DETERIORAÇÃO DO CENTRO
Os anos 60 são um marco na história do caminhamento do centro de São Paulo. Até
então o centro tinha se expandido, não propriamente se deslocado. É verdade que foi
uma expansão mais na direção do quadrante sudoeste do que em qualquer outra, mas não
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foi um deslocamento. Nos anos 60 não. O centro "pulou" toda a região entre o Largo do
Arouche e a Av. Paulista e se dividiu em dois. Pela primeira vez a expansão do centro
gerou na verdade dois centros. Essa é a novidade. Surgiu então o centro antigo, velho,
deteriorado, congestionado, poluído. Esse centro ficou para os mais pobres; e o centro
novo, moderno, dinâmico e menos poluído, que ficou para os mais ricos.
A interpretação que foi produzida e difundida pela classe dominante é que o centro
antigo foi por ela abandonado
( e pela sua atividade imobiliária) porque era velho, deteriorado, poluído e
congestionado.
Cabe entretanto perguntar: por quê só na década de 60 os edifícios do centros de nossas
metrópoles ( não só o de São Paulo) passaram a ser considerados "velhos" e
"deteriorados"? Como aceitar essa interpretação, se na década de 60 a maioria dos
edifícios do centro tinha no máximo 4 décadas de idade? Por quê nas décadas de 10 e 20
não se produziu essa mesma ideia, quando a maioria de seus edifícios era da época
colonial? Como entender que um edifício sólido como o Martinelli, tenha entrado no
estado de decomposição , quando na Europa edifícios muito mais velhos são
continuamente adaptados e têm longa vida útil? Como entender que de repente, o
congestionamento do centro passasse a ser invocado como causa de seu abandono,
quando na década de 20 o centro de então, o Triângulo, estava tão congestionado que
forçou as autoridades a proibir o trânsito de veículos em suas principais ruas?
E a poluição? Esta sim, é um fenômeno novo. Ela nos leva então a invocar o exemplo de
inúmeras cidades pequenas e médias em todo o Brasil, onde a poluição é mínima e que
no entanto passaram a construir “Foruns” e prefeituras e centros administrativos inteiros
longe do centro.
O que ocorreu na verdade foi que a burguesia e o Estado abandonaram o centro e por
isso ele se deteriorou. Assim, a deterioração foi efeito e não causa . Cabe então
perguntar: por quê a burguesia e o Estado brasileiros abandonam os centros urbanos na
década de 60?
Essa década é um marco também para todas as cidades brasileiras, metrópoles ou não.
Não apenas para os seus centros mas para todo o espaço urbano ( pelo menos para
aquela parte ocupada pelas elites e pela classe média). Essa década marca o início da
difusão do automóvel na cidade brasileira. A classe média e os serviços urbanos se
motorizam. O Conjunto Nacional em São Paulo, que é da década de 50, marca o inicio
da Rua Augusta e da Av. Paulista como ruas das elites paulistanas. O Shopping
Iguatemí é de meados da década de 60 e a difusão dos shoppings se inicia a partir de
meados da década de 70. O impacto do automóvel na parte "nobre" das cidades
brasileiras se faz sentir com a proliferação de vias expressas ou semi expressas, viadutos
e minhocðes, como o novo sistema viário de Salvador, os túneis e novas avenidas no
Rio, a Av. do Contorno Norte de Florianópolis, as avenidas Ruben Berta, Marginais, 23
de maio, Bandeirantes, Cebolão etc. em São Paulo e muitas outras obras viárias. Essas
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obras são de enorme interesse para o setor imobiliário, pois abrem novas frentes para
incorporações, novos bairros e novas avenidas da moda. É assim provocada a
obsolescência dos bairros e avenidas anteriores, inclusive do próprio centro principal.
Impulsionado pelo automóvel o centro principal dá um salto como nunca tinha dado
antes. Além disso atomiza-se. Por isso houve uma cisão no centro, não mais uma
expansão como antes. Abandonado o centro "velho", este entra em processo de
deterioração ao mesmo tempo que se torna acessível aos serviços ( cinemas,
profissionais liberais) e comércio orientados para as camadas populares.
A burguesia entretanto, sente-se presa a uma contradição. O centro "velho" continua
tendo um grande valor afetivo, cultural e simbólico para a maioria da população. Sim,
porquê só agora ele é da maioria. Antes era da minoria. Para manter sua condição de
classe dirigente a burguesia não pode abandonar completamente o centro que, para ela,
não tem mais interesse. Assim, o Estado, por um lado, faz algumas obras no centro (
Vale do Ahangabaú), mas por outro abandona-o. Em São Paulo, a absoluta maioria dos
gabinetes de governador, secretários estaduais e municipais, assim como quase todas as
empresas públicas abandonaram o centro deslocando-se na direção sudoeste. O mercado
imobiliário, por sua vez, há muito o abandonou.
5. O CENTRO NOVO: A PRODUÇÃO E DIFUSÃO DE UMA IMAGEM
Como já se disse, a cidade de São Paulo passou a ter dois centros. O da maioria, das
classes populares, "decadente" e "deteriorado" e o centro "novo", preparado para o
automóvel, espalhado ( os urbanistas cunharam a expressão "expandido") pontilhado de
shoppings e onde as grandes obras viárias oferecem as novas oportunidades para os
grandes empreendimentos imobiliários: a Nova Av. Paulista, o alargamento da Rua
Iguatemí, a Av. Marginal do Rio Pinheiros e agora o prolongamento da Av. Faria Lima.
A linha do metrô para Pinheiros ( quadrante sudoeste) deverá ter início na Av. Paulista,
não atendendo assim o centro velho.
Entretanto a classe dominante precisa inculcar na maioria e fazer com que ela aceite a
ideia de que o seu ( da classe dominante) é o centro da cidade. Aceite que o novo centro
da cidade é o centro da minoria. Isso não é fácil. Afinal, justamente agora que a
maioria tomou conta do centro da cidade, ele deixa de ser o centro da cidade!
Nesse esquema a classe dominante promove o uso do seu centro, sempre que, com
pretensões hegemônicas, deseja jactar-se, exaltar-se e exibir seus feitos aos dominados.
Quando, ao contrario, precisa cativa-los, conseguir sua adesão indo "à sua casa", vai ao
centro velho. Por essa razão, as vitórias do Brasil na Copa do México em 1970, foram
comemoradas nas ruas Augusta e Av. Paulista e os comícios das Diretas foram na Praça
da Sé. É claro que aos poucos, a maioria vai sendo "educada" a aceitar essa dominação e
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vai cada vez mais aceitando a Av. Paulista como o centro da cidade, embora isso seja
contrário aos seus interesses. Com o tempo, qualquer vitória futebolística importante é
comemorada na Av. Paulista.
Nada mais claro e representativo do uso ideológico feito do centro do que a recente
campanha do Banco Ita. para escolher o novo símbolo de São Paulo, o novo "Cartão
Postal da Cidade". O símbolo mais tradicional da cidade de São Paulo, o cartão postal
mais difundido era ( ainda é?) o Vale do Anhangabaú, sem dúvida também uma obra da
classe dominante. Por quê então abandona-lo? Por quê ha necessidade de um novo
símbolo? Por quê a campanha? Simplesmente porquê o centro "velho" não se identifica
mais com a classe dominante e por isso o Vale do Anhangabaú não serve mais.
Numa campanha totalmente manipulada, pois não foram fornecidas aos “eleitores”
várias opções, o Banco Itaú. escolheu e promoveu um único candidato que foi
evidentemente eleito e amplamente difundido: o novo símbolo de São Paulo, é o
símbolo do novo centro de São Paulo: é a Av. Paulista. Sem dúvida um rude golpe no
centro da maioria, o centro dos dominados, o centro velho e decadente.
Referências
(1) Harvey, D. "A condição pós-moderna" p. 227
(2) Id. ib. pg.200.
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