SOLARFOTOVOLTAICO SOLARFOTOVOLTAICO por | LÍGIA SIMÕES a eventual prorrogação de atribuição da potência remanescente ainda este ano”, avança Maria João Rodrigues. Segundo esta responsável, fonte desta entidade adiantou que o prolongamento da atribuição de licenças para microprodução está a ser discutido na Direcção de Serviços de Electricidade, estando a decisão final a cargo do director-geral. “O impasse poder-se-á eventualmente prender com a actual vulnerabilidade dos programas de incentivo, resultado das medidas de austeridade do Governo, colocando-se em hipótese a eventual alocação de potência supostamente disponível para 2011 somente em 2012, já que a tarifa decrescerá 0,02 euros/kWh”, explica. A Apisolar, frisa, “vê com apreensão esta hesitação, face às implicações claras sobre as empresas do sector, estando a empreender todos os esforços para que se cumpram os objectivos do ano de 2011”. Em jeito de balanço aos resultados da microprodução nos primeiros seis meses do ano, a Apisolar alerta também para o facto de persistirem ainda indefinições relativas às medidas de eficiência energética associadas ao regime da microgeração. “De facto, embora seja actualmente elegível instalar uma caldeira a biomassa ou um recuperador de calor em substituição do mínimo de 2 m2 de colector solar térmico, as condições de equivalência não estão estabelecidas, nomeadamente no que se refere à potência mínima que o novo equipamento deverá assegurar”, salienta Maria João Rodrigues. Atribuição de licenças para microprodução está a desacelerar A Apisolar quer o prolongamento da atribuição de licenças para a microprodução, dado que, da potência disponível até 31 de Agosto, só foram atribuídos 16,1 MW dos 29,6 MW fixados no despacho da DGEG no final de 2010. O sector está apreensivo com a falta de decisão e alerta que a hesitação se deve à actual vulnerabilidade dos programas de incentivo em consequência das medidas de austeridade do Executivo. 88 | Setembro/Outubro climatização O licenciamento de instalações de microprodução está em desaceleração. Da potência disponível até 31 de Agosto, fixada nos 29,6 MW, só pouco mais de metade foi atribuída: 16,1 MW, cerca de 54% do total. A Associação Portuguesa da Indústria Solar (Apisolar) pretende a prorrogação de atribuição da potência remanescente, cerca de 13,5 MW, ainda este ano. A DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia) está a estudar a hipótese. À espera da tomada de decisão, o sector vê com apreensão o impasse que se prende com a vulnerabilidade dos programas de incentivo, em resultado das medidas de austeridade do Governo. As empresas temem as consequências desta hesitação que, no limite, poderá levar à alocação da potência disponível para 2011 só no próximo ano. “O licenciamento de instalações de produção de electricidade por intermédio de instalações de pequena potência associadas a um ponto de consumo ao abrigo do regime da microprodução, regulado pelo decreto-lei 363/2007, e revisto pelo decreto-lei 118-A/2010, tem sofrido um claro desaceleramento no ano de 2011”, revela Maria João Rodrigues, presidente da Apisolar. A sensivelmente um mês da determinação da potência a atribuir em 2012, a indústria questionava-se, assim, sobre a disponibilidade de potência a alocar ainda este ano. De acordo com o Despacho da DGEG de 30 de Dezembro de 2010, a potência nacional total disponível até 31 de Agosto de 2011 fixa-se nos 29,6 MW. No entanto, da análise das estatísticas publicadas no Portal Renováveis na Hora, de dia 1 de Julho de 2011, estariam cerca de 16,1 MW de potência atribuída e somente 2,5 MW de potência interligada com a rede eléctrica. Estando ainda 13,5 MW por atribuir para o resto do ano, “a Apisolar tem vindo a questionar a DGEG sobre Em jeito de balanço aos resultados da microprodução nos primeiros seis meses do ano, a Apisolar alerta também para o facto de persistirem ainda indefinições relativas às medidas de eficiência energética associadas ao regime da microgeração. 42,4 MW de potência instalada em sistemas solares fotovoltaicos Na totalidade instalaram-se, até Julho, em microgeração 43 MW, dos quais 42,4 MW utilizam sistemas solares fotovoltaicos, o que corresponde a cerca de 4,2 W de painel solar fotovoltaico por habitante. Em termos absolutos, o maior número destes equipamentos foi instalado em Lisboa, estando 70% da potência total ligada distribuída pelos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém e Setúbal. Outro dado interessante avançado pela Apisolar prende-se com a distribuição per capita. Neste sentido, Beja, Bragança, Castelo Branco e Guarda são os distritos onde se assinala maior potência fotovoltaica por habitante, Quais as expectativas da indústria para o futuro próximo? O actual Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis, imposto pela Directiva das Energias Renováveis 2009/28/CE e em linha com a estratégia da UE para a Energia e Clima, prevê uma contribuição significativa da energia solar fotovoltaica ao estipular o target de 1500 MW de capacidade instalada em 2020. Essa capacidade, segundo a Apisolar, será assegurada pelas novas regras estabelecidas na lei do produtor independente com a atribuição de concursos públicos bienais de 75 blocos de 2MW cada, o que permitirá a instalação de 75 MW/ano. Paralelamente a microgeração permitirá a instalação de 25 MW/ano e a minigeração 50 MW/ano. Apesar da actual conjectura política e económica do país, a associação do sector considera que o novo Governo parece estar em consonância com as principais aspirações da Apisolar no sentido, realça a sua presidente, “de manter o sector estável e atractivo o suficiente para os promotores”. Ainda assim, alerta, as recomendações da troika poder-se-ão reflectir nas instalações licenciadas ou por licenciar no âmbito do regime do produtor independente. Já a micro e a minigeração, por terem uma tarifa decrescente ao longo do tempo e estarem associadas a medidas de eficiência energética, acabam por estar alinhadas com o programa eleitoral do PSD. climatização Setembro/Outubro | 89 SOLARFOTOVOLTAICO Potência disponível (MW) Escalão I 2,25 1,05 0,25 46,67% II 2,9 0,85 0,245 29,31% III 2,85 1,61 0,2499 56,49% Total Potência atribuída (MW) 8 Tarifa (€/kWh) 3,51 Taxa de execução 43,88% abriu, no passado dia 9 de Maio de 2011. Data, a partir da qual, os interessados poderam aceder ao sítio da internet www.renovaveisnahora.pt, para proceder ao registo e aceder à plataforma electrónica “Sistema de Registo de miniprodução” (SRMini). O Governo afectou à miniprodução 500 MW até 2020, o que equivale à instalação (se totalmente fotovoltaica e com a actual tecnologia) de 2000 campos de futebol de painéis solares. Só após a efectivação do registo, serão instalados os equipamentos necessários à miniprodução e realizada uma inspecção para verificação do cumprimento de requisitos de segurança, entre outros. Entende-se por miniprodução a actividade de pequena escala (entre 3,68 e 250 kW) de produção descentralizada de electricidade, recorrendo a recursos renováveis e entregando, contra remuneração, electricidade à rede pública, na condição de que exista consumo efectivo de electricidade no local da instalação. Ou seja, a miniprodução não só permite ao produtor consumir a electricidade produzida pela sua instalação como lhe dá a possibilidade de vender a totalidade dessa electricidade à rede eléctrica de serviço público, com tarifa bonificada. Fonte: APISOLAR Junho Tabela 1 Atribuição de potência para miniprodução (Junho) 90 | Setembro/Outubro climatização Miniprodução com primeiras licenças atribuídas Já no regime da miniprodução, regulado pelo Decreto-Lei 34/2011, foram, em Junho de 2011, atribuídas as primeiras licenças. Os resultados desta primeira sessão de atribuição de potência mostram, segundo a Apisolar, “claramente a retracção dos agentes económicos, tendo sido atribuídas menos de metade das licenças disponíveis para o mês de Junho” (ver tabela 1). Uma vez que a potência não atribuída numa das sessões transita para a sessão seguinte, acumulando-se à potência disponível, fica assim alocado ao mês de Julho uma potência total de 13,74 MW para miniprodução de electricidade. A Apisolar destaca ainda os resultados da licitação de tarifa nos escalões II e III, sendo no escalão I a tarifa fixa. Sendo a tarifa base de licitação de 25 cêntimos por kilowatt-hora, no escalão II os agentes económicos “arriscaram menos, oferecendo maiores descontos à tarifa. Também a pesar nesta decisão poderá ter estado o facto de no escalão II as instalações se deverem realizar essencialmente em baixa tensão, o que retira pressão no investimento devido aos custos associados com a interligação”, avança a presidente da Apisolar, dando conta que desconhece-se ainda a distribuição regional das licenças atribuídas. Ao nível do regime da minigeração, recai também um alerta: “persistem ainda dúvidas relativas a definições, questões técnicas e processuais. Não obstante, a Apisolar crê que estas questões deverão ser inequivocamente esclarecidas ainda durante o mês de Julho, adiando uma posição sobre as mesmas para o início de Agosto.” Recorde-se que o período de pré-registo para a miniprodução de energia Potência fotovoltaica por habitante (watt) Fonte: APISOLAR entre 9,75 a 13 W/pessoa. Contrário ao expectável, é nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e ilha dos Açores onde se verifica menor potência per capita, entre 0 e 3,25 Wpv/pessoa. “Estes dados colocam em evidência a forte base regional subjacente à microgeração, tanto em termos de instalações como em termos de distribuição geográfica empresarial“ (ver tabela 2), afirma Maria João Rodrigues. Este balanço de distribuição de potência na microgeração surge depois de em finais de 2010 terem sido introduzidas alterações a nível da tarifa de venda e obtenção de registos. As novas regras foram aplaudidas pelo sector e a expectativa era a de que estivessem criadas as condições para a consolidação do solar fotovoltaico. Em causa estão mudanças no sistema de registo dos novos microprodutores que vieram corrigir os problemas detectados no programa Renováveis na Hora, entre os quais a concentração de registos num pequeno número de empresas. Os procedimentos relacionados com o registo de microprodução em regime de microprodução passaram a ser mais simples e transparentes, com registos ordenados por ordem de chegada, permitindo aos interessados ter maior previsibilidade quanto à data em que podem proceder à instalação da microprodução. O novo decreto de lei acabou ainda por apresentar condições para produzir mais electricidade em baixa tensão, de forma mais simples e transparente, em que as principais alterações apresentadas passaram pelo aumento da quantidade de electricidade que pode ser produzida, em que a potência atribuída passou para os 25MW por ano, sendo que aos 14 MW já instalados no ano de 2010 foram adicionados 10MW. Os resultados desta primeira sessão de atribuição de potência mostram, segundo a Apisolar, “claramente a retracção dos agentes económicos, tendo sido atribuídas menos de metade das licenças disponíveis para o mês de Junho”. Açores 0,1 MW Aveiro 2,6 MW Qualidade Qualidade É a característica principal que define as nossas soluções de energia solar, oferecendo a segurança que é essencial num É a característica principal que define as investimento a longo prazo. Beja 1,3 MW Braga 3,8 MW Bragança 1,8 MW Os produtos comercializados pela Donauer Castelo Branco 2,1 MW Solar Systems cumprem com os mais Coimbra 1,7 MW altos padrões de qualidade, normas e Évora 1,3 MW certificações. Disponibilizamos aos nossos Faro 4,0 MW Guarda 1,8 MW Leiria 3,1 MW Lisboa 5,1 MW Madeira 1,2 MW Portalegre 0,5 MW Porto 3,6 MW Santarém 2,8 MW Setúbal 2,5 MW Viana do Castelo 0,8 MW Vila Real 0,8 MW Viseu 14 MW Tabela 2 Distribuição geográfica de unidades de microprodução ligadas à rede nossas soluções de energia solar. Portugal Alemanha Bélgica França Itália Donauer Solar Systems o seu parceiro certo República Checa www.donauer.eu Tel. 707 311 305 clientes assistência técnica, que acompanha o planeamento e o projecto de instalações de energia fotovoltaica e térmica. Tektónica 2011 Stand 2C32 Donauer Solar Systems o seu parceiro certo www.donauer.eu [email protected] Portugal Alemanha Bélgica França Itália Républica Checa