12/9/2010 Universidade Federal de Juiz de Fora Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Nutrição Atividade Prática II – NUT 003 Recomendação de Nutrientes Profª Cristiane Gonçalves de Oliveira Fialho Necessidade Nutricional Quantidades de nutrientes e de energia disponíveis nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer sua necessidades fisiológicas normais e prevenir sintomas de deficiências (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) Recomendação Níveis de ingestão de nutrientes essenciais que, com base nos conhecimentos cientifícos, são julgados pela Food Nutrition Board como adequados para cobrir as necessidades de nutrientes específicos de praticamente todos os indivíduos saudáveis (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 1 12/9/2010 EXEMPLO: FERRO Indivíduo adulto: Necessidade: 1,08mg / dia x Recomendação: 8mg / dia Fatores considerados: - perdas basais, peso. - perdas basais, peso, perdas menstruais. Biodisponibilidade do nutriente. Facilitadores e redutores da absorção. Estado nutricional de ferro. NECESSIDADES FISIOLÓGICAS Variam de acordo com: Idade Sexo Estatura Peso Estado fisiológico Atividade física Recomendações Nutricionais Aplicação das Recomendações Nutricionais Dificuldades: Nutrientes x Alimentos Variabilidade do conteúdo de nutrientes. Rotulagem e tabelas de composição de alimentos. Estimativa do consumo e planejamento alimentar. Tabus e fatores culturais. Fatores sócio-econômicos. 2 12/9/2010 Recomendações Nutricionais Objetivos das Recomendações Nutricionais Promover adequado crescimento e desenvolvimento na infância e adolescência. Garantir uma gestação e amamentação adequadas. Evitar ou reduzir a incidência de doenças associadas com práticas inadequadas de alimentação e nutrição. Garantir o bom funcionamento dos tecidos e órgãos do organismo para as atividades diárias. DRIs – Ingestão Dietética de Referência “Dietary Reference Intakes” Conjunto de valores de referência para ingestão de nutrientes a serem utilizados no PLANEJAMENTO e na AVALIAÇÃO DE DIETAS de indivíduos e de populações SAUDÁVEIS (ILSI BRASIL e SBAN; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) Evolução histórica • Fome e desnutrição (Séc XIX) recomendações nutricionais • Observações de ingestão • Após Primeira Guerra Mundial (Séc XX) bases fisiológicas da nutrição • 1941 publicada pela Recommended Dietary Allowance (RDA) no American Journal of Dietetic Association Tiamina Ferro Riboflavina Energia Vitamina D Ác. nicotínico Ácido Ascórbido Proteína Cálcio Vitamina A 3 12/9/2010 • Anos 80 FAO (Food and Agriculture Organization) e WHO (World Health Organization) Hipótese: Ingestão necessidade energética de indivíduos saudáveis Recomendações descritas pela FAO/WHO em 1985. • DRIs 1941 origem dos relatórios das RDAs publicados desde de até 1989 pela National Academy of Sciences e Recommended Nutrient Intakes. • DRI (2002) além dos valores de referência para os macro e micronutrientes, propõem também: Cálculo da necessidade de energia tanto para indivíduos saudáveis como para grupos especiais Recomendações de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)e hidrossolúveis (tiamina, riboflavina, niacina, vit. B6, folato, vit. B12 e C) Recomendações de minerais (ferro, zinco, cálcio, fósforo, iodo, magnésio, manganês, selênio, cobre, cloro, sódio e potássio) Por que necessitamos de novos padrões de ingestão de nutrientes para substituir os antigos? Objetivos das DRIs: • Estabelecer recomendações individuais de ingestão • Prevenir doenças crônicas • Facilitar pesquisa em nutrição e orientação • Estabelecer normas de segurança 4 12/9/2010 DRIs = Ingestões recomendadas • Comitê composto de cientistas que apresentam uma gama de especialidades • Os valores são baseados em evidências científicas e atualizados periodicamente à luz de novas descobertas • São recomendações de ingestões ótimas e seguras e, não ingestões mínimas. Apresentam margem de segurança • Levam em consideração concentrações de nutrientes do sangue, crescimento normal, redução do risco de certas doenças crônicas. Ingestão Dietética de Referências / IOM / DRIs • O uso das RDAs em associação com aprofundamento das informações química, nutricional e toxicológica dos alimentos Utilização inadequada DRIs: metas simples (RDAs) + metas complexas • De planejamento de dietas passou para a recomendação de ingestão visando à adequada utilização do nutriente e à redução do risco de doenças crônicas. DRIs – Dietary Reference Intakes Incluem 4 “antigos” conceitos de referência: EAR RDA AI UL (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 5 12/9/2010 EAR – Estimated Average Requirement Necessidade Média Estimada É a quantidade de um nutriente estimada para atingir a necessidade ou requerimento do nutriente de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo Avalia a adequação e o planejamento da ingestão dietética de grupos populacionais Base para estabelecer as RDAs (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) EAR – Necessidade Média Estimada 50% 50% DP DP Média EAR RDA- Recommended dietary allowance Requerimento Médio Estimado/ Ingestão dietética recomendada É a quantidade de um nutriente estimada para para cobrir as necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis (97 a 98%) em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo META de ingestão para indivíduos sadios (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 6 12/9/2010 RDA- Recommended dietary allowance • Se o desvio padrão da EAR está disponível e os requerimentos para o nutriente em questão apresentam distribuição normal, então: RDA = EAR + 2 desvios-padrão • A RDA para os nutrientes é um valor para ser usado como meta para ingestão de indivíduos saudáveis. • Não deve ser usada para: avaliar a dieta de indivíduos ou grupos ou para o planejamento de dietas para grupos 97,72% 2,28% DP DP Média EAR RDA RDA – Ingestão Dietética Recomendada 7 12/9/2010 AI – Ingestão Adequada Utilizada em substituição das RDAs Baseia-se no consumo médio de nutrientes observado ou estimado experimentalmente de um grupo ou grupos de indivíduos sadios META de consumo de nutrientes na prescrição da dieta (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) UL – Tolerable upper intake level Nível máximo de ingestão tolerável Níveis mais altos de ingestão diária de nutrientes prováveis de não causar risco ou efeito adverso à saúde de quase todos os indivíduos de um determinado grupo populacional Não é um nível de ingestão recomendado UL se aplica a uso diário crônico Uso de suplementos e alimentos fortificados (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 8 12/9/2010 DRIs – Dietary Reference Intakes Incluem 2 “novos” conceitos de referência: EER AMDR (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 9 12/9/2010 EER – Necessidade Estimada de Energia Média de ingestão energética dietética a qual mantém o BALANÇO ENERGÉTICO em adultos saudáveis com idade, sexo, peso, altura e nível de atividade física de acordo com um bom estado de saúde (Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) EER – Necessidade Estimada de Energia Equações foram desenvolvidas para indivíduos de peso normal (IMC de 18,5 a 25 kg/m2), de 0 a 100 anos de idade, baseando-se em dados de gasto energético medidos pela técnica da água duplamente marcada (Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) EER – Necessidade Estimada de Energia Para crianças e mulheres grávidas ou lactantes, o EER inclui as necessidades de deposição de tecido ou de secreção de leite a uma taxa consistente com um bom estado de saúde Não há RDA e UL para as EERs (Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 10 12/9/2010 EER para lactentes e crianças de 0 a 2 anos de idade Não considera o sexo e a altura da criança, uma vez que esses fatores interferem no peso e, dessa forma, somente o peso se correlaciona diretamente com o gasto energético total Atividade física também não foi considerada Considera-se uma quota de deposição = fase de crescimento (Costa e Oliveira, 2008) EER para lactentes e crianças de 0 a 2 anos de idade EER = GET + Energia de deposição: 0-3 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 175 (kcal para deposição energética) 4-6 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 56 (kcal para deposição energética) LME até os 6 meses (Costa e Oliveira, 2008) Considera-se um consumo médio de 780 mL de leite materno/ dia e uma densidade energética de 650 kcal/L, o consumo energético total desta criança seria de 500 kcal/dia. O EER calculado pelas equações anteriores superiores a 500 kcal/dia para muitas crianças de ambos os sexos (Costa e Oliveira, 2008) 11 12/9/2010 EER para lactentes e crianças de 0 a 2 anos de idade EER = GET + Energia de deposição: 7-12 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 22 (kcal para deposição energética) 13-35 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 20 (kcal para deposição energética) (Costa e Oliveira, 2008) EER para crianças de 3 a 8 anos de idade São considerados; • Sexo • Idade • Altura • Peso • Atividade Física (Costa e Oliveira, 2008) EER para Meninos 3 a 8 anos de idade EER = 88,5 – 61,9 x idade [anos] + atividade física x (26,7 x peso[kg] + 903 x altura [m]) + 20 (kcal de deposição energética) Em que a atividade física (AF) será: AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário) AF = 1,13, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo) AF = 1,26, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo) AF = 1,42, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo) (Costa e Oliveira, 2008) 12 12/9/2010 EER para Meninas 3 a 8 anos de idade EER = 135,3 – 30,8 x idade [anos] + atividade física x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 20 (kcal de deposição energética) Em que a atividade física (AF) será: AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário) AF = 1,16, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo) AF = 1,31, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo) AF = 1,56, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo) (Costa e Oliveira, 2008) EER para adolescentes de 9 a 18 anos de idade As necessidades de energia são definidas para manter a saúde, promover ótimo crescimento e maturação e garantir um nível de atividade física desejável (Costa e Oliveira, 2008) EER para Meninos 9 a 18 anos de idade EER = 88,5 – 61,9 x idade [anos] + atividade física x (26,7 x peso[kg] + 903 x altura [m]) + 25 (kcal de deposição energética) Em que a atividade física (AF) será: AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário) AF = 1,13, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo) AF = 1,26, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo) AF = 1,42, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo) (Costa e Oliveira, 2008) 13 12/9/2010 EER para Meninas 9 a 18 anos de idade EER = 135,3 – 30,8 x idade [anos] + atividade física x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 25 (kcal de deposição energética) Em que a atividade física (AF) será: AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário) AF = 1,16, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo) AF = 1,31, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo) AF = 1,56, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo) (Costa e Oliveira, 2008) EER para Homens acima de 19 anos de idade EER = 662 – 9,53 x idade [anos] + atividade física x (15,91 x peso [kg] + 539,6 x altura [m]) Em que a atividade física (AF) será: AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário) AF = 1,11, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo) AF = 1,25, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo) AF = 1,48, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo) (Costa e Oliveira, 2008) EER para Mulheres acima de 19 anos de idade EER = 354 – 6,91 x idade [anos] + atividade física x (9,36 x peso [kg] + 726 x altura [m]) Em que a atividade física (AF) será: AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário) AF = 1,12, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo) AF = 1,27, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo) AF = 1,45, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo) (Costa e Oliveira, 2008) 14 12/9/2010 EER na Gravidez São considerados; • Contribuição Metabólica do útero • Contribuição Metabólica do feto • Aumento do trabalho cardíaco • Aumento do trabalho respiratório • Aumento da Atividade Física no fim da gravidez (esforço devido ao aumento de peso) (Costa e Oliveira, 2008) EER para gestantes de 14 a 18 anos de idade 1º trimestre: EER = EER da adolescente + 0 (energia de deposição na gravidez) 2º trimestre: EER = EER da adolescente + 160 kcal (8 kcal/semana x 20 semanas) + 180 kcal 3º trimestre: EER = EER da adolescente + 272 kcal (8 kcal/ semana x 34 semanas) + 180 kcal (Costa e Oliveira, 2008) EER para gestantes de 19 a 50 anos de idade 1º trimestre: EER = EER da mulher adulta + 0 (energia de deposição na gravidez) 2º trimestre: EER = EER da mulher adulta + 160 kcal (8 kcal/semana x 20 semanas) + 180 kcal 3º trimestre: EER = EER da mulher adulta + 272 kcal (8 kcal/ semana x 34 semanas) + 180 kcal (Costa e Oliveira, 2008) 15 12/9/2010 EER na Lactação São considerados nos primeiros 6 meses após o parto: • Energia de secreção do leite • Perda de peso .... Após os seis meses assume-se a estabilidade de peso (Costa e Oliveira, 2008) Nos primeiros seis meses após o parto, uma lactante bem nutrida perde cerca de 0,8 kg/mês, o que é equivalente a 170 kcal/dia (6500 kcal/kg) de perda de peso (Costa e Oliveira, 2008) EER para lactantes de 14 a 18 anos de idade 1º semestre: EER = EER da adolescente + 500 – 170 (energia de secreção do leite – perda de peso) 2º semestre: EER = EER da adolescente + 400 - 0 kcal (energia da secreção do leite – perda de peso) (Costa e Oliveira, 2008) 16 12/9/2010 EER para lactantes de 19 a 50 anos de idade 1º semestre: EER = EER da mulher adulta + 500 – 170 (energia de secreção do leite – perda de peso) 2º semestre: EER = EER da mulher adulta + 400 - 0 kcal (energia da secreção do leite – perda de peso (Costa e Oliveira, 2008) Classificação do fator de atividade física • Sedentário: atividades diárias típicas (serviços domésticos, pequenas caminhadas) • Leve: atividades diárias típicas acrescidas de 30 a 60 min de caminhada diária moderada • Ativo: atividades diárias típicas acrescidas de 60 min de • Muito ativo: atividades diárias típicas acrescidas de 60 min de caminhada diária moderada caminhada diária moderada + adicional de atividade intensa ou 120 min de atividade moderada. AMDR – Faixas de distribuição aceitáveis de macronutrientes Faixa da ingestão de uma fonte energética em particular (carboidratos, proteínas ou lipídios) a qual está associada com risco reduzido de doenças crônicas e ingestão adequada de nutrientes essenciais. (Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) 17 12/9/2010 AMDR – Carboidratos A - Carboidrato Total • AMDR = 45- 65% do VET - ingestão acentuada de carboidratos ou lipídios aumenta o risco de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes • RDA- 130g/dia para adultos, baseado na quantidade MÍNIMA média de glicose utilizada pelo cérebro • Ingestões medianas são de 200- 330g/dia para homens e de 180230g/dia para mulheres (IOM, 2002) AMDR – Carboidratos A - Açucares • Não está definido a UL para açúcares totais ou de adição, mas é sugerido um nível de ingestão máximo de 25% ou menos de energia proveniente de açúcares de adição • Ingestão média observada da população é de 15,7% (IOM, 2002) Fibras • Não está definido AMDR • Não está definido UL • AI para fibra total: 38g/dia homens e 25g/dia mulheres com idades de 19- 50 anos • AIs são menores para indivíduos mais jovens e mais velhos (IOM, 2002) 18 12/9/2010 Fibras - AI Estágio de Vida Total de Fibras (g/dia) Crianças Estágio de Vida Total de Fibras (g/dia) Mulheres 0- 6 meses ND 9-13 anos 26 7- 12 meses ND 14-18 anos 26 1-3 anos 19 19-30 anos 25 4- 8 anos 25 31-50 anos 25 51-70 anos 21 21 Homens 9-13 anos 31 > 70anos 14-18 anos 38 Gestante 19-30 anos 38 14-18 anos 28 31-50 anos 38 19-30 anos 28 51-70 anos 30 31- 50 anos 28 >70anos 30 Lactação 14-18 anos 29 19-30 anos 29 31- 50 anos 29 (IOM, 2002) AMDR – Proteína • AMDR proteína: 10-35% da ingestão energética de adultos, objetiva complementar as AMDR de gordura e carboidratos; • RDA para homens e mulheres acima de 18 anos de idade é de 0,8g/kg/dia de proteína de boa qualidade. (IOM, 2002) AMDR – Lipídios Totais • AMDR- 20- 35% do VET; • Baseado em evidencias de alta ou baixa ingestão de lipídios podem acarretar doenças cardiovasculares; • Não foram estabelecidas AI, RDA, ou UL. (IOM, 2002) 19 12/9/2010 AMDR – Faixas de Recomendação Macronutrientes Crianças (1-3 anos) (%) Crianças (4 -8 anos) (%) Adultos (%) 20 - 35 Lipídios 30 - 40 25- 35 ω- 6 (α- linolênico) 5 - 10 5 - 10 5 - 10 ω- 3 (α- linolêico) 0,6 – 1,2 0,6 – 1,2 0,6 – 1,2 Carbodirato 45 - 65 45 - 65 45 – 65 Protéina 5- 20 10 - 30 10 - 35 (IOM, 2002) AMDR Macronutriente Recomendação Colesterol Dietético A menor quantidade possível em dieta nutricionalmente adequada Ácidos Graxos Trans A menor quantidade possível em dieta nutricionalmente adequada Ácidos Graxos Saturados A menor quantidade possível em dieta nutricionalmente adequada Açúcar de Adição Não ultrapassar 25% do valor energético total (IOM, 2002) Aplicação das DRIs 20 12/9/2010 Aplicações da DRIs A V A Indivíduos População EAR: utilizada para verificar a EAR: utilizada para estimar a probabilidade da ingestão estar inadequada prevalência de inadequação da ingestão em uma população. EER: utilizada para verificar a L probabilidade de a ingestão energética estar inadequada. EER: utilizada para verificar a probabilidade de a ingestão energética estar inadequada na população. I RDA: a ingestão de nutrientes a este RDA: NÃO É UTILIZADA. A nível ou próximo do mesmo possui pouca probabilidade de estar inadequada. Ç AI: a ingestão de nutrientes a este AI: a ingestão de nutrientes a este nível ou próximo do mesmo possui pouca probabilidade de estar inadequada. nível ou próximo do mesmo possui pouca probabilidade de estar inadequada. UL: a ingestão acima da UL aumenta as chances de riscos adversos, devido a ingestão excessiva de nutrientes. UL: Utilizada para estimar o percentual à O da população em risco potencial de efeitos adversos devido a ingestão excessiva de nutrientes. Aplicações da DRIs P Indivíduos População RDA: META para a ingestão EAR: utilizada para planejar a dieta com pequena probabilidade da ingestão inadequada L A N E J A M E N T O EER: utilizada para planejar a ingestão com pequena probabilidade da ingestão inadequada EER: utilizada para planejar a ingestão com pequena probabilidade da ingestão inadequada AI: META para a ingestão. Utilizada quando não possui RDA AI: Utilizada para planejar a ingestão quando não possui RDA UL: utilizada como um guia para UL: utilizada planejar a ingestão. limitar a ingestão. A ingestão crônica acima da UL aumenta os riscos de efeitos adversos Com pequena probabilidade de efeitos adversos Aplicação das DRIs para Indivíduos 21 12/9/2010 Atenção!!! As DRIs não fornecem uma avaliação quantitativa precisa da adequação de dietas e nem tão pouco podem ser utilizadas para avaliar acuradamente o estado nutricional • Conhecimento da Necessidade INDIVIDUAL do nutriente • Ingestão habitual do nutriente Assim... Como não é possível conhecer a exata necessidade do indivíduo em relação a um determinado nutriente nem a ingestão habitual, se assume que: A EAR é a melhor forma de estimar as necessidades de um indivíduo. Porém , como há variação intrapessoal nas necessidades, o desvio padrão das necessidades indica o quanto a necessidade individual de um nutriente pode se desviar da mediana da necessidade (EAR) da população A média da ingestão observada é a melhor estimativa da ingestão habitual do indivíduo. Porém, como a ingestão varia dia-a-dia, o desvio padrão da variação intrapessoal é um indicador da magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual. Simplificando ... A adequação da ingestão em relação às necessidades é diferença entre a ingestão e a mediana da necessidade D= Mi - EAR Onde: D = diferença Mi = média da ingestão observada EAR = mediana da necessidade 22