Rogério Dumbá Robótica FUNDAMENTOS ROBOTICA CAPITULO 2 SISTEMA DE COORDENADAS Em matemática, um sistema de coordenadas é um sistema para se especificar uma ênupla (também conhecida como n-tuplo, ou nupla) é uma seqüência ordenada de n elementos, que pode ser definida pela recursão do par ordenado. As principais propriedades que distinguem uma enupla de um conjunto são: Uma enupla pode conter um objeto mais de uma vez. Os objetos são representados obrigatoriamente na ordem dada. Deve notar-se que a primeira das características distinguem uma enupla de um conjunto ordenado e a segunda, de um multiconjunto. de escalares a cada ponto num espaço n-dimensional. O espaço no qual é sobreposto o sistema de coordenadas não necessariamente precisa ter definida uma métrica, tal como no caso do espaço riemmaniano no contexto da relatividade. Os "escalares" em muitos casos são números reais mas, dependendo do contexto, também podem ser números complexos ou membros de outro corpo qualquer. De forma mais geral, as coordenadas podem por vezes ser retiradas de anéis ou outras estruturas algébricas semelhantes. A fim de que se especifique de forma não ambígua a posição de cada ponto neste espaço, é necessário que se defina uma origem e uma orientação. Para que se atribua a cada ponto do espaço uma ênupla de números, é necessário que ao longo de cada curva coordenada se possa definir uma variedade, de tal forma que exista uma correspondência biunívoca entre a intersecção dessas variedades e um ponto. Assim, cada ênupla equivale a determinar a posição de cada variedade ao longo de cada curva coordenada. Embora qualquer sistema de coordenadas específico seja útil para cálculos numéricos num espaço dado, considera-se que o próprio espaço existe independentemente de uma qualquer escolha de coordenadas. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Posição A posição de um corpo especifica-se através das suas coordenadas num certo referencial ou do seu vector posição. A esfera armilar é um instrumento de astronomia aplicado em navegação, que consta de um modelo reduzido da esfera celeste. A esfera armilar foi desenvolvida ao longo dos tempos por inúmeros povos que habitavam o lado asiático. Seus registros constam em pinturas de cerâmica e documentos que os chineses durante o século I A.C. (Dinastia Han) já conheciam a esfera armilar, sabe-se também, que nessa época, um astrônomo chinês Zhang Heng considerado a primeira pessoa a usar engrenagens e mecanismos de articulação hidráulicas no eixo da esfera armilar para reproduzir os movimentos da mecânica celeste para fins didáticos, entretanto o nome do instrumento vem do latim armilla ("bracelete"), visto que tem um esqueleto feito de anéis concêntricos articulados nos polos com escala de graduações e outros perpendiculares representando o equador, a eclíptica , indicando o curso do sol em relação as estrelas de fundo para os 365 dias do ano, os meridianos e os paralelos. O equipamento, apesar de ter tal uso, não é uma defesa dos sistemas heliocêntrico ou geocêntrico e sim um substituto dos conhecimentos da álgebra e trigonometria que permite organizar o movimento aparente das estrelas em pontual. Nesse sentido, a bola no meio das esferas, representando a Terra ou, atualmente, o Sol nada mais são de representações errôneas que não tem a ver com suas funções e sim com o desconhecimento completo com respeito ao instrumento. Nota: Antes do advento do telescópio no século XVII, a esfera armilar já era um instrumento primário de todos os navegadores na correção da posição estimada segundo a posição aparente dos astros. Para fins de posicionamento global, a Esfera armilar, que se tornou num dos emblemas de D. Manuel I, tem por missão projetar o plano de inclinação do observador na esfera superior, não estando previsto provar quem é quem no centro de todas as esferas já que o Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica tanto o observador como as coordenadas da própria terra encontram-se projetadas na esfera superior. Esfera Amilar Esfera armilar colocada no topo do Pelourinho existente em Constância não possui vestígio algum da esfera terrestre. A teoria mais aceite ou o efeito que mais respondia a questão: Porque o universo não desabava sobre a terra? É que os astros estariam fixos em esferas transparentes e cada uma possuía um diâmetro compatível com sua distância à terra. A partir da lua, a mais próxima, depois do Sol, existiam inúmeras outras esferas, uma para cada planeta, que eram tratados como as estrelas errantes. Embora soubessem que não existiam esferas de vidros no firmamento, resolveram mesmo assim recriar um universo em miniatura que pudessem mimetizar a mecânica celeste como num laboratório. Em substituição das esferas imaginárias de vidro, fizeram vários anéis que deram o nome de armilas. Cada armila seria então o círculo máximo de sua esfera que respondia por sua estrela, originando inúmeras armilas. Dispostas umas sobre as outras e com seus próprios eixos representando o movimento da lua, do sol, das estrelas errantes (planetas), com exceção da esfera terrestre e das fixas que eram representados por uma única armila situada na esfera superior (a mais exterior), uma vez tratar-se o conjunto de uma visão antropocêntrica do universo e que envolve a projeção do plano de inclinação do observador na esfera das estrelas fixas. A esfera do Sol, representada pela a armila mais larga era inclinada 66,6 graus medidos do polo celeste em direção ao trópico mais próximo ou seu complemento 23,4 graus afastado do equador aos trópicos formando um dístico (limitado entre os trópicos) com inscrições que indicavam os Abraxas, termo gnóstico que se refere ao curso do sol com relação as estrelas de fundo nos 365 dias do ano. Na época medieval era muito usado por navegadores do oriente. Os “cosmógrafos” faziam a função dos astrônomos de hoje… (hindus, árabes e chineses) Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica SISTEMA DE COORDENADAS Chama-se Sistema de Coordenadas no plano cartesiano ou espaço cartesiano ou plano cartesiano um esquema reticulado necessário para especificar pontos num determinado "espaço" com dimensões. Cartesiano é um adjetivo que se refere ao matemático francês e filósofo Descartes que, entre outras coisas, desenvolveu uma síntese da álgebra com a geometria euclidiana. Os seus trabalhos permitiram o desenvolvimento de áreas científicas como a geometria analítica, o cálculo e a cartografia. A idéia para este sistema foi desenvolvida em 1637 em duas obras de Descartes: Discurso sobre o método Na segunda parte, Descartes apresenta a ideia de especificar a posição de um ponto ou objecto numa superfície, usando dois eixos que se intersectam. La Géométrie onde desenvolve o conceito que apenas tinha sido referido na obra anterior. Coordenadas cartesianas na reta I) Eixo cartesiano Toda reta orientada, com uma base estável e com um segmento adotado como unitário é denominado Eixo cartesiano. (o) = origem (U) = unidade (e) = eixo Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica II) Medida Algébrica A medida algébrica de um segmento orientado entre o eixo (e) é um número verdadeiro, do qual o módulo representa o tamanho do segmento e cujo sinal seja positivo ou negativo, assim como o sentido do segmento concorde ou discorde do sentido de eixo: Vejamos o exemplo: III) Abscissa (e) representa o eixo cartesiano. A cada ponto P de e equivale a um único número verdadeiro xp e mutuamente. Desta forma: “Há uma aplicação bijetora entre o conjunto dos números reais e o conjunto dos pontos de eixo cartesianoe”. Circunstancialmente: “A abscissa de um ponto P sobre um eixo cartesiano e é o número verdadeiro xp que a ele corresponde. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Na representação: P (Xp) .......... abscissa de P é XP. A (XA).......... abscissa de A é XA. Note que a abscissa de um ponto de um eixo é na verdade a medição algébrica do segmento . A base separa o eixo em dois grupos de pontos: Abscissas positivas e negativas. Medida algébrica de um segmento orientado Sendo as abscissas de pontos A e B de e, determinaremos o calculo algébrico (AB) do segmento orientado . Considerando A (XA) e B (XB), a Relação de Chasles, temos: OA + AB + BO = 0 ⇔ OA + AB – OB = 0 AB = OB – OA Assim: AB = XB - XA Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Coordenadas cartesianas ortogonais no plano Sistema de coordenadas ortogonal Dados os eixos perpendiculares em O e seja α o plano estabelecido por eles. Por meio de um ponto P qualquer do plano α levemos as paralelas aos eixos, que irão interceptar , mutuamente em P1 e P2. Ao selecionar uma unidade (geralmente a mesma entre os dois eixos), seguiremos a nomenclatura: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica I-) Abscissa representada pelo número real XP = OP1. II-) Ordenada representada pelo número real YP = OP2. III-) Coordenadas de P representada por números reais XP e YP mencionados no modelo (XP; YP) de um par ordenado. IV-) Denominaremos Eixo das Abscissas o eixo dos x ou . V-) Denominaremos Eixo das Ordenadas o eixo dos y ou . VI-) Denominaremos Plano cartesiano o plano estabelecido pelo par de eixos . VII-) A base ou origem do sistema de coordenadas é o ponto O. É importante ressaltar que: a) Qualquer ponto do eixo das abscissas possui ordenada nula. b) Qualquer ponto do eixo das ordenadas possui abscissa nula. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica c) As coordenadas da base ou origem são nulas. d) Segmento paralelo ao eixo das abscissas Considerando os diferentes pontos A (XA; YA) e B (XB; YB), o segmento da reta é paralelo ao eixo das abscissas caso, A e B contenham a mesma ordenada. Vejamos a figura: Através do módulo da diferença das abscissas dos pontos A e B é que é dada a medida do segmento . Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica e) Segmento paralelo ao eixo das ordenadas Considerando os diferentes pontos C (XC; YC) e D (XD;YD), o segmento da reta é paralelo ao eixo das ordenadas e somente C e D possuem a mesma abscissa. Vejamos a figura: Através do módulo da diferença das ordenadas dos pontos C e D é dada a extensão do segmento . Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Quadrantes: Chamamos de quadrantes, o plano partido em quatro pelos eixos . Sinais das coordenadas: a) Somente se tiver a abscissa e a ordenda positivas, o ponto pertencerá ao 1º quadrante. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica b) Somente se tiver a abscissa negativa e a ordenada positiva, o ponto pertencerá ao 2º quadrante. c) Somente se tiver a abscissa e a ordenada negativas, o ponto pertencerá ao 3º quadrante. d) Somente se tiver a abscissa positiva e ordenada negativa, o ponto pertencerá ao 4º quadrante. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Bissetrizes dos quadrantes: Bissetrizes dos quadrantes ímpares (I e III) Qualquer ponto da bissetriz dos quadrantes ímpares possui abscissa idêntica à ordenada. Daí surge o resultado que a equação da bissetriz dos quadrantes ímpares é: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Bissetrizes dos quadrantes pares (II e IV) Qualquer ponto da bissetriz dos quadrantes pares possui abscissa contrária à ordenada. Daí surge o resultado que a equação da bissetriz dos quadrantes pares é: Distância entre dois pontos Considerando os diferentes pontos A(xA; yA) e B(xB; yB), vamos aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo ABC para determinarmos a extensão entre os pontos A e B. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica A extensão entre os pontos será mostrada por dAB. Assim: Equação de uma curva Dizemos que uma equação nas variáveis x e y é a equação de uma curva λ se, e somente se: - as coordenadas de todos os pontos de λ satisfazem a equação. - todo par (x; y) solução da equação representa um ponto da curva λ. Observe que, se o ponto P(xP; yP) pertence a λ, suas coordenadas Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica xp e yp satisfazem a equação de λ. Interceptos de uma curva Interceptos de uma curva são os pontos em que a curva corta o eixo cartesiano. Na figura acima, o ponto A(xA; 0) é o intercepto no eixo yB) é o intercepto no eixo . e B(0; Intersecção de curvas Considere λ1 e λ2 como duas curvas planas de equações s1 e s2, respectivamente. Dizemos que todo ponto P é a intersecção de λ1 e λ2, tal que P pertença, simultaneamente, às duas curvas λ1e λ2 e, portanto, satisfaça as equações s1 e s2. Desse modo: Ponto médio de um segmento Considerando os dois pontos A (xA; yA) e B(xB; yB) com A diferente de B, as coordenadas do ponto M, médio de , são obtidas aplicando: teorema de Tales. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Ângulos Ângulos na circunferência Ângulo central Ângulo central é todo o ângulo que possui o vértice no centro da circunferência. Na figura abaixo, AB é o arco que corresponde ao ângulo central AÔB. Se considerarmos a unidade de arco unitário, o arco será definido por um ângulo central unitário, dessa forma teremos a medida do ângulo AÔB igual à medida do arco AB. Vejamos: Ângulo inscrito Ângulo inscrito em uma circunferência é todo o ângulo que tem o vértice na circunferência, onde seus lados são secantes à ela. A Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica medida do ângulo inscrito é sempre a metade da medida do arco que ele estabelece na circunferência. Ângulo de segmento Ângulo de segmento é todo ângulo em que o vértice pertence à circunferência, sendo um dos lados secante e o outro tangente. A medida do ângulo de segmento é a metade do arco por ele estabelecido. Na figura abaixo, α é considerado um ângulo de segmento, que estabelece na circunferência o arco AB. Vejamos: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Ângulo excêntrico interior Ângulo excêntrico interior é aquele ângulo que possui como vértice um ponto longe do centro da região interior da circunferência. ^ Na figura, o ângulo APB é excêntrico interior e estabelece na circunferência o arco AB. As retas ↔ ↔ PA e PB interceptam a circunferência nos pontos C e D, estabelecendo o arco CD. A medida do ângulo APB é a metade da soma dos arcos AB e CD. Logo: Ângulo excêntrico exterior Ângulo excêntrico exterior é aquele ângulo que possui como vértice Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica um ponto da região exterior da circunferência, e lados secantes ou tangentes à circunferência. ^ Na figura, o ângulo APB é excêntrico exterior e determina na circunferência os arcos AB e CD. ^ A medida do ângulo APB é a metade da diferença entre os arcos AB e CD. Logo: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Elemento da circunferência Elemento da circunferência é a definição de circunferência de centro O e raio r: Vejamos: a) Corda: Corda são os segmentos de reta onde os pontos distintos da circunferência são suas extremidades. b) Diâmetro Diâmetro é a qualquer corda que passa pelo centro da circunferência, onde a medida do diâmetro é o dobro do raio. Vejamos: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica c) Arco Arco é cada parte que fica dividida uma circunferência quando pegamos dois pontos seguidos na mesma circunferência. Vejamos: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Posições relativas de reta e de circunferência Tangente Considerando a reta t, como sendo a tangente à circunferência de centro O e raio r no ponto de T, logo t é perpendicular a OT e a distância do ponto O à reta t é igual a r. Vejamos: Secante A reta secante é toda reta que possui dois pontos em comum, junto com uma circunferência. É importante sabermos que a distância do centro da circunferência a uma reta secante é sempre menor que o raio. Potência de ponto Potência de um ponto em relação a uma circunferência Considerando um ponto P e uma circunferência λ, dizemos que uma reta r passa por P e interrompe λ tanto no ponto A, como no ponto B. O produto das medidas dos segmentos PA e PB nada mais são do que a potência do ponto P em ralação a λ. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Vejamos: Observações: vejamos: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Propriedade da potência de ponto Propriedade da potência de ponto é a potência do ponto em relação à circunferência, sem depender da reta, sem interceptar a circunferência. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Diedros Os planos secantes α e β estabelecem no espaço quatro semiespaços. O corte de dois desses semi-espaços é chamado de diedro. Na imagem: α e β representam as faces. A reta a representa a aresta do diedro determinado pelo corte dos semiplanos I e I’. Secção reta de um diedro Chamamos de seção reta, o angulo determinado pelo corte de um diedro com um plano perpendicular a sua aresta. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Na imagem: A superfície perpendicular à aresta a determina a secção reta definida pelo ângulo São congruentes, todas as secções retas do mesmo diedro. A proporção de um diedro é a proporção da sua secção reta. Dois diedros são congruentes, sempre que suas secções são congruentes. Caso o plano π não seja perpendicular à aresta a, obteremos apenas uma secção inclinada. Poliedros Superfície poliédrica Chama-se superfície poliédrica a junção de um número limitado n (n ∈ N*) de polígonos planos, assim: a-) Jamais são clopanares, dois polígonos com um lado em comum; b-) Cada lado do polígono esta no máximo em dois polígonos. c-) Qualquer polígono tem ao menos um lado comum com dos outros polígonos. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Elementos Obtemos em numa superfície poliédrica, as faces que são os polígonos, as arestas que são as laterais dos polígonos e os vértices, que são os vértices dos polígonos. Assim, • A aresta que é lado de um único polígono é denominada aresta livre. • Já a aresta que é lado de dois polígonos é denominada aresta dupla. Superfície poliédrica aberta Classificação A superfície poliédrica que tem aresta livre é Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica denominada superfície poliédrica aberta. Já a que não possui a aresta livre é denominada superfície poliédrica fechada. Superfície poliédrica fechada Superfície poliédrica convexa Sempre que o plano de cada polígono deixa todos os demais polígonos num mesmo semi- espaço este é denominado superfície poliédrica convexa. Superfície poliédrica não convexa Poliedro O poliedro é ponto do espaço demarcado por uma superfície poliédrica fechada. O poliedro demarcado pela superfície poliédrica convexa é denominado poliedro convexo. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Poliedro convexo Relações de Euler I) Dada uma superfície poliédrica convexa aberta com vértices (V), arestas (A) e faces (F), teremos: II) Dada uma superfície poliédrica convexa fechada com vértices (V), arestas (A) e faces (F), teremos: Chamamos de poliedro Eureliano, qualquer poliedro que sacie essa relação. Observação: “Todo poliedro convexo é Eureliano, mas nem todo poliedro Eureliano é convexo”. Note que o poliedro abaixo não é convexo, mas segue a relação V – A + F =2. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Soma dos ângulos das faces Em todo poliedro convexo de vértices (V), a soma dos ângulos de todas as suas faces é dada por: Poliedros de Platão Chamamos de poliedros de Platão, quando todas as faces têm o mesmo número de lados, quando em todos os vértices coincidem o número de arestas e quando segue a relação de Euler (V – A + F =2). Poliedros de Platão: • Tetraedro • Hexaedro • Octaedro • Dodecaedro • Icosaedro Vejamos a tabela para os poliedros de Platão: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Poliedros regulares O poliedro é considerado poliedro de regular, quando for um poliedro de Platão e todas as suas faces forempolígonos regulares. Vejamos os cinco poliedros regulares existentes: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Triedros Definição Considerando como três semi-retas de mesma origem V e não coplanares, consideremos os semi-espaços I, II, III: • I com base na superfície (bc) e contendo • II com base na superfície (ac) e contendo • III com base na superfície (ab) e contendo Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica O corte dos semi-espaços I, II e III é chamado triedro determinado por . Relações entre as faces de um diedro I) Em todo triedro, qualquer face é menor que a soma das outras duas. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Desta forma, sendo f1 f2 e f3 as superfícies de um diedro, teremos: II) A soma das medidas (em graus) das superfícies de um triedro qualquer é inferior a 360º. Relações entre os diedros de um triedro I) Em todo e qualquer triedro, a medida (em graus) de um diedro aumentada de 180º ultrapassa a soma da extensão dos dois. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Desta forma, sendo d1 d2 e d3 as medidas em graus dos diedros de um triedro: II) Está contida entre 2 retos (180º) e 6 retos (540º) a soma dos dois diedros de um triedro. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS Um dos objetivos da Geometria Analítica é a determinação das propriedades de várias curvas e configurações geométricas, mas à medida que as estudamos, verificamos que as curvas e suas equações se tornam mais complicadas e mais difíceis de serem analisadas; em conseqüência, torna-se necessário, em várias ocasiões, estudar novos recursos a fim de facilitar o estudo destas curvas.Assim, é conveniente introduzir a noção de transformação de coordenadas, recurso que nos possibilita simplificar as equações de muitas curvas Uma transformação é uma operação por meio da qual uma relação, expressão ou figura é mudada de acordo com uma dada lei. Analiticamente a lei dada é expressa por uma ou mais equações denominadas equações de transformação. A solução é simples, basta exprimir os valores das coordenadas de um ponto genérico no sistema particular, em função das coordenadas do mesmo ponto no novo sistema, a partir de uma determinada lei de transformação. TRANSLAÇÃO DE EIXOS COORDENADOS Na translação de eixos coordenados mudamos a origem e conservamos as direções e os sentidos destes eixos. Sejam XOY o sistema particular e X'O'Y' o novo sistema. O novo sistema X'O'Y', percebemos facilmente, que é definido, em relação ao primeiro, pelas coordenadas h e k da origem O' e pela condição O'X' e O'Y' serem, respectivamente, paralelos e do mesmo sentido que OX e OY. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Y Y' P (x.y) ou P (x', y’) y y' x' O'(h ,k) X' k O h x = x ' +h então, y = y'+k e x' = x − h y' = y − k x X é a fórmula de mudança do sistema XOY para X'O'Y' é a fórmula de mudança do sistema X'O'Y' para o XOY EXEMPLOS: 1) Transforme a equação 7xy–14x–21y–13=0 em outra equação sem os termos do 1o grau, usando a translação de eixos coordenados. x= x' + h e y = y' + k ⇒ 7(x' + h)(y' + k) – 14( x' + h) – 21(y' +k) – 13=0 ⇒ 7x'y' + 7kx' + 7hy' + 7hk –14x'–14h –21y'– 21k =0 ⇒ 7x'y'+(7k –14)x' + ( 7h 21)y'+ 7hk –14h –21k – 13 = 0 ⇒ 7h − 21 = 0 7k − 14 = 0 ⇒ O'(3,2) ⇒ 7x'y' – 7.3.2 –14.3–21.2=0 ⇒ 7x'y' – 55=0. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica 2) Transforme a equação x2 +y2–6x +2y -6=0 em relação a um novo sistema de coordenadas, de eixos paralelos aos primeiros e origem conveniente para que na nova equação não figurem os termos em 1o grau. 1a maneira: quando não se conhece a equação geral da curva. x= x' +h e y= y'+ k , ⇒ ( x' + h)2 +( y'+ k)2 – 6(x'+ h) + 2( y′ +k) – 6=0 ⇒ x '2 + y'2 +(2h –6)x' + (2k + 2)y' + h2 + k2 –6h +2k– 6=0 ⇒ 2h − 6 = 0 2k = 2 = 0 ⇒ O'( 3,–1) , substituindo na equação ⇒ x'2 + y'2 = 16. 2a maneira : quando se conhece a equação geral da curva, neste caso é um círculo, de equação geral é (x–h)2 + (y–k)2 = R2 ( x2 – 6x + 9) +( y2 + 2y +1) = 6 +9 + 1 ⇒ ( x– 3)2 + ( y +1)2 = 16 , fazendo x+3 = x' e y−1=y' , temos O'(3,−1) e a equação se transforma em x'2 + y'2 = 16. ROTAÇÃO DE EIXOS COORDENADOS Na rotação, mudamos a direção dos eixos sem mudarmos a origem. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Seja o sistema XOY, através de uma rotação dos eixos de um ângulo θ , mantendo a mesma origem, obtém - se um novo sistema X ‘O Y ’ . Y Y' P(x, y) ou P(x',y') y X' θ y' D C x' O X θ A B x Mudança do sistema XOY para o sistema X’O Y ‘ :dos triângulos OBC e PDC, podemos dizer que x = OA = OB − AB , e que, y = AP = AD + DP OB = x’ cos θ , AB = DC = y’ senθ , AD = BC =x’ senθ , DP = y’ cos θ Substituindo, tem-se: x = x ′ cos θ − y′ sen θ y = x ′ sen θ + y′ cos θ Mudança do sistema X ‘ O Y ‘ para o sistema XOY:procedendo do mesmo modo obtém-se x ′ = x cos θ + y sen θ y′ = x sen θ + y cos θ EXEMPLO 1)Por uma rotação de eixos coordenados, transformar a equação 9x224xy+16y2-40x-30y=0, em outra equação desprovida do termo xy. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica x = x ′ cos θ − y ′senθ Solução: substituindo ,na equação teremos, y = x ′senθ + y ′ cos θ 9(x'cosθ −y'senθ)2−24(x'cosθ − y'senθ)(x'senθ + y'cosθ)+16(x'senθ+y'cosθ)2 − 40(x'cosθ − y'senθ) − 30(x'senθ + y'cosθ) =0 Que após o desenvolvimento e redução se termos semelhantes, assume a forma (9cos2θ −24cosθsenθ+16sen2θ)x'2 +(14senθcomθ+24sen2θ−24cos2θ)x'y' + +(9sen2θ+24senθconθ+16cos2θ)y'2 − (40cosθ+30senθ)x' −(40senθ−30cosθ)y'=0 Visto que a equação transformada deve ser desprovida do termo x'y',igualamos a zero o coeficiente de x'y' e obtemos: 14senθcosθ+24sen2θ−24cos2=0. Ora, sen2θ=2senθcosθ e cos2θ=cos2θ −sen2θ.Logo a última relação pode ser escrita 7sen2θ − 24 cos2θ Onde tg2θ = 24 , logo θ=36052= 11,63'' 7 senθ=0,6 e cosθ=0,8 Substituindo esses valores de senθ e cosθ na equação, temos: (5,76−11,53+5,76)x'2 + (3,24+11,52+10,24)y'2 −(32+18)x' + 24−24)y' =0 25y'2 − 50x'=0 ⇒ y'2 − x' =0 O lugar geométrico é uma parábola como está mostrando a figura abaixo Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica 4.0 y 3.0 2.0 1.0 −4.0 −3.0 −2.0 −1.0 1.0 2.0 3.0 x 5.0 4.0 −1.0 −2.0 −3.0 −4.0 SIMPLIFICAÇÃO DE EQUAÇÕES MEDIANTE ROTAÇÃO DE EIXOS A principal aplicação de mudança dos eixos coordenados é a simplificação das equações, pela escolha conveniente dos novos eixos. A fim de mostrar a possibilidade dessa simplificação, demonstraremos o seguinte teorema: Teorema: É sempre possível eliminar o termo xy da equação do segundo grau com duas variáveis: Ax2 + B y 2 + C xy + D x + E y + F = 0 (1) Mediante uma rotação dos eixos coordenados. Com efeito, as fórmulas de rotação dos eixos são: x = x ′ cos θ − y ′senθ , sendo θ o ângulo de rotação. y = x ′senθ + y ′ cos θ Substituindo em (1) e ordenando desenvolvendo e reduzindo a termos semelhantes temos: (Acos2θ +B senθcosθ+Csen2θ)x'2 + [Bcos2θ − (A−C)sen2θ]x'y' + (Asen2θ − Bsenθcosθ+Ccos2θ)y'2 +(Dcosθ +Esenθ)x'+(Ecosθ−Dsenθ)y'+F=0. Para ser eliminado o termo x'y', devemos ter: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Bcos2θ − (A−C) sen2θ=0 Donde C A -B Como o valor de θ é real, quaisquer que sejam os valores de A,B e C,concluise que é sempre possível eliminar o termo xy da equação (1), como queríamos demonstrar. Observação: pela rotação dos eixos coordenados o termo F da equação não se altera. tg 2 θ = EXEMPLO Elimine, usando rotação de eixos , o termo xy da equação x2 +4xy+y2=4 Sabe-se que : A =1 , B =1 e C =4 ⇒ tg 2θ = 2 2 x′ − y′ x = 2 2 2 2 y = 2 x ′ + 2 y ′ 4 1− 1 ⇒ 2θ=900 ⇒ θ= 450 ⇒ ⇒ Substituindo na equação ⇒ 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 x′ − y′ +4 x′ − y′ x′ + y′ + x′ + y ′ =4 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 1 1 1 x’ - x’y’ + y’2+ 2x’2 – 2y’2 + x’2 + x’y’ + y’2 = 4 ⇒ 3x’2 – y’2 = 4 2 2 2 2 4.0 y 3.0 2.0 1.0 −4.0 −3.0 −2.0 −1.0 1.0 2.0 3.0 4.0 x 5.0 −1.0 −2.0 −3.0 −4.0 Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica TRANSFORMAÇÃO GERAL : TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO É quando os eixos coordenados são submetidos a uma translação e uma rotação , tomados em qualquer ordem. As coordenadas de qualquer ponto P, referido aos conjuntos de eixos original e final são (x,y) e (x",y"), respectivamente, então, as equações de transformações das antigas para as novas coordenadas finais são dadas por. x = x ′′ cos θ − y ′′sen + h y = y ′′senθ + y ′′ cos θ + k onde θ é o ângulo de rotação e (h,k) são as coordenadas da nova origem referida aos eixos coordenados originais. Obs.: 1) Pode-se efetuar , indiferente da ordem .,a translação e a rotação, separadamente. 2) O grau de uma equação não é modificado por transformação de coordenadas. Exemplo: Por meio de uma translação e rotação dos eixos coordenados transformar a equação 5x2+ 6xy + 5y2 –4x + 4y –4= 0 Para eliminar os termos em 1o grau , façamos: x=x'+h e y = y'+k 5(x'+h)2 +6(x'+h)(y'+k) +5(y'+k)2 – 4(x'+h) +4(y'+k) – 4 = 0 Desenvolvendo e agrupando convenientemente os termos, temos: 5x'2 +6x'y'+5y'2 +(10h +6k –4)x' + (10k +6h+4)y'+ 5h2 +6hk +5k2+ 4h + 4k – 4= 0 ⇒ resolvendo o sistema: 10h +6k –4 =0 ⇒ h=1 e k= –1 , logo O'( 1,–1), substituindo na equação 10k +6h+4 = 0 acima,temos: 5x'2 + 6x'y'+5y'2 = 8 Para determinar θ utilizaremos a expressão: tg 2 θ = C 6 = A -B 5−5 ⇒ 2θ= 900 ⇒ θ= 450 ⇒ Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica 2 x′ − x = 2 2 y = 2 x ′ + 2 y′ 2 2 y′ 2 ⇒m substituindo na equação, obtida após a translação ⇒ 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 x′ − y′ x′ + y′ +5 5 x′ − y′ +6 x′ + y′ =8 2 2 2 2 2 2 2 2 ⇒ 4x"2 + y"2 = 4 , é uma elipse , de eixo maior vertical e vértice na nova origem. Y" Y Y' X" X O'(1,-1) ≡ C X" COORDENADAS POLARES Até agora temos determinado a posição de um ponto do plano utilizando unicamente as coordenadas cartesianas. Entre os vários sistemas existentes, o de uso mais freqüente é o sistema de coordenadas polares. Seja um ponto fixo O, ao qual chamamos de pólo (origem do sistema), e uma semi - reta e de origem em O, chamada e eixo polar. Um ponto P de um plano será determinado quando se conhece a distância OP, chamada raio Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica polar, e o ângulo determinado pelo eixo polar e o raio polar, medido positivamente no sentido trigonométrico. P ρ θ O raio polar e θ ⇒ ângulo polar e ⇒ eixo polar OP = ρ ⇒ Um ponto no sistema polar fica determinado pelo par ordenado ( ρ , θ ). O número ρ pode tomar qualquer valor real e θ qualquer valor de ângulo, da seguinte forma: o ângulo será considerado positivo, quando marcado no sentido trigonométrico e negativo caso contrário. O raio polar ρ será considerado positivo quando medido sobre o lado terminal do ângulo θ e negativo quando medido sobre a semi - reta oposta ao lado terminal do mesmo ânguloθ . 0 2,–30 ) P(2,300) P(3,1200) 300 1200 E –300 O P(– O e e P(2250) 2250 O O e e 2250 O e -300 P(3,2250) P(2,–300) Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Das convenções estabelecidas resultam, então, que dado um par ordenado de coordenadas polares, deve-se decidir, um valor de ρ e de θ, tal que o ponto P (ρ , θ) fique perfeitamente determinado, mas em contrapartida, dado um ponto P, há infinitos pares de coordenadas que podem corresponder a esse ponto. Em geral, um ponto P(ρ,θ), pode corresponder a qualquer dos pares ordenados (ρ , θ ± 2k π ), ou ( - ρ , θ ± k π ), onde k é um número inteiro. Relações entre as coordenadas polares e as coordenadas cartesianas Seja o ponto P referido a um sistema cartesiano XOY e ao sistema polar, de modo que o pólo esteja coincidente com a origem dos eixos cartesianos e o eixo polar coincida com o semi - eixo positivo das abscissas (OX). No sistema cartesiano o ponto P tem coordenadas x e y e no sistema polar θ e r Das relações métricas do triângulo retângulo sabe-se que: Y P(x,y) ou P(ρ,θ) ρ θ O x = ρ cos θ e y x y tg θ = x θ = arc tg X ou e y = ρ sen θ , cos θ = x x +y 2 2 , senθ = y x + y2 2 , , ; ρ2=x2 + y2 ⇒ r = x 2 + y 2 Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Distância entre dois pontos Sejam os pontos A(ρ1,θ1) e B(ρ2,y2) referidos a um sistema polar ( figura abaixo) B d ρ2 A θ2–θ1 θ2 ρ1 θ1 O e Para determinarmos a distância d do ponto A ao ponto B, apliquemos a Lei dos co-senos ao triângulo OAB. d 2 = ρ 12 + ρ 22 − 2ρ 1ρ 2 cos(θ 2 − θ 1 ) ⇒ d = ρ 12 + ρ 22 − 2ρ 1ρ 2 cos(θ 2 − θ 1 ) Equações Polares da Reta Seja r uma reta que não passa pelo pólo cuja equação geral é Ax +By + C = 0 E passando para coordenadas polares, obtemos: Aρcosθ + B ρ sen θ + C = 0 ou (A cos θ+ B sem θ)ρ + C = 0 que é a equação geral da reta em coordenadas polares. Equação polar do círculo Seja ao círculo de centro C(ρ0,θ0 ) e de raio R, e P( ρ, θ) um ponto qualquer do círculo. O triângulo OPC nos dá: ρ2 +ρ02 − 2 ρ0ρ cos (θ − θ0) = R2 que é a equação polar do círculo Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica Casos Particulares 1) Se o centro do círculo está no eixo polar, à direita do pólo, e o círculo passa pelo pólo, temos: ρ0= R e θ0= 0 então ρ= 2R cos θ Se o centro do círculo estiver à esquerda do pólo, temos: θ= π então ρ=− 2P cos θ 2) Se o centro do círculo está no eixo OU, acima do pólo e o círculo passa pelo pólo, π então ρ=2Rsen θ 2 Se o centro do círculo estiver abaixo do pólo, temos: 3π θ= então ρ= −2R senθ 2 3) Se o centro está no poço ρ0=0 e a equação do círculo é simplesmente ρ=∀ R ρ0=R e θ0= Observe-se que qualquer das duas equações ρ=R e ρ=−R representa a mesmo círculo. As equações que representam o mesmo lugar o mesmo lugar geométrico denominam-se equivalentes e ocorrem em virtude de convenção de sinal das coordenadas polares, constituindo, pois, uma peculiaridade das equações em coordenadas polares. EXEMPLOS 1)Transformar as seguintes equações cartesianas em equações polares: a) x-3y=0 ρcosθ - 3ρsenθ=0 ⇒ cosθ=3senθ ⇒ θ=arctg sen θ 1 1 = ⇒ tgθ = cos θ 3 3 ⇒ Resp: 1 3 b) x4 +x2y2- (x+y)2 = 0 ρ4cos4θ +ρ2cos2θρ2sen2θ - (ρcosθ+ρsenθ)2 =0 ⇒ ρ4cos4+ ρ4cos2θsen2θ-(ρ2cos2θ+ρ2sen2θ+2ρcosθρsenθ)2 =0 ⇒ ρ4cos4θ+ρ4cos2θ’en2θ-[ρ2(cos2θ+sen2θ)+2ρ2cosθsenθ]=0 ⇒ Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica ρ4cos4θ+ρ4cos2θsen2θ - ρ2 – 2ρ2cosθsenθ = 0 (÷ ρ2 ) ⇒ ρ2cos4θ + ρ2cos2θsen2θ - 1 – 2cosθsenθ = 0 ⇒ ρ2cos2θ(cos2θ+sen2θ)=1+ 2cosθsenθ ⇒ ρ2cos2θ=1+ 2cosθsenθ ⇒ ρ2 = ρ2=sec2θ +2tgθ 1 + 2 cos θ sen θ 1 2 cos θ sen θ ⇒ ρ2 = + ⇒ 2 2 cos θ cos θ cos 2 θ ⇒ ρ2=1+tg2θ+2tgθ ⇒ ρ2=(1+tgθ)2 ⇒ Resp: ρ=1+tgθ c) 9x2–72x+25y2 –81=0 ⇒ 9ρ2cos2θ + 25ρ2sen2θ –72ρcosθ –81=0 ⇒ 9ρ2cos2θ +16ρ2cos2θ –16ρ2cos2θ +25ρ2sen2θ –72ρcosθ –81=0⇒ 25ρ2cos2θ+25ρ2sen2θ – 16ρ2cos2θ –72θcosρ – 81 = 0 ⇒ ρ2(25 – 16cos2θ) 72ρcosρ – 81 =0 ⇒ ρ = 72 cos θ ± 5184 cos 2 θ + 8100 − 5194 cos 2 θ = 2(25 − 16 cos 2 θ) 9( 4 cos θ ± 5) 9( 4 cos θ − 5) −9 26 cos θ ± 90 = ρ1 = = 2 (5 − 4 cos θ)(5 + 4 cos θ) 5 + 4 cos θ (5 − 4 cos θ)(5 + 4 cos θ 2(25 − 16 cos θ) ⇒ ρ< 0 ( não serve) 9( 4 cos θ + 5) 9 ⇒ρ >0 = (5 − 4 cos θ)(5 + 4 cos θ) 5 − 4 cos θ ρ2 = Resp: ρ = 9 5 − 4 cos θ 2)Transformar as seguintes equações polares em equações cartesianas: a) ρ(1+cosθ)=6 ⇒ x 2 + y 2 1 + =6 ⇒ 2 2 x +y x x 2 + y 2 +x =6 ⇒ x 2 + y 2 =6-x ⇒ elevando ao quadrado ambos os lados da equação ⇒ x2 + y2 = 36 – 12x +x2 ⇒ Resp: y2 + 12x – 36 = 0 b) ρ =1+2sen2θ ⇒ ρ=1+2.2.senθcosθ ⇒ ρ=1+4senθcosθ ⇒ 4 x x +y 2 2 . y x +y 2 ⇒ x 2 + y 2 =1+ 4 xy x + y2 2 ⇒ 2 x 2 + y 2 =1+ 2 2 2 x 2 + y 2 (x + y )=x + y + 4xy Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica ⇒ (x2+ y2) (x2+ y2)2 = (x2+ y2+ 4xy)2 ⇒ Resp: (x2+ y2)3 = (x2+ y2+ 4xy)2 3) Determine a distância entre os pontos A(–3,600) e B(4,–600). d = ρ12 + ρ22 − 2ρ1ρ2 cos(θ2 − θ1 ) d = ( −3)2 + 4 2 − 2( −3).4. cos( −60 0 − 600 ) = 25 − 24 cos 600 = 9 + 16 + 24 cos( −1200 ) = 13 Convertendo coordenadas As coordenadas polares, r e θ, de um ponto sobre o plano euclidiano cuja origem é denotada por O são definidas como: r: a distância entre esse ponto e a origem O, θ: o ângulo formado entre o segmento de recta que une esse ponto à origem e o eixo x, também chamado ângulo azimutal. Da definição anterior, auxiliada pela comparação com o gráfico, podemos concluir as relações entre o par (x, y) de coordenadas cartesianas e o par (r, θ) de suas coordenadas polares. Assim obtemos: Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica As coordenadas cilíndricas permitem representar um ponto num espaço tridimensional e são uma generalização das coordenadas polares, bidimensionais, acrescentando uma terceira coordenada: a altura, h. Assim, um ponto genérico P é dado em coordenadas cartesianas correspondem a: por (r,θ,h), que r é a distância de O a P', a projecção ortogonal do ponto P no plano XY. Corresponde à distância de P ao eixo do z. θ é o ângulo entre a parte positiva do eixo do x e a distância de O a P', no sentido contrário aos ponteiros do relógio. h é o mesmo que z. Para converter de coordenadas cilíndricas para coordenadas cartesianas usa-se (x,y,z) = (rcos θ,rsin θ,h). A notação utilizada pode ser diferente. Em Física usa-se normalmente (ρ,φ,z), e podem ainda ser encontradas as representações (r,θ,z), (r,ψ,z), (r',ϕ,z) e (ξ1,ξ2,ξ3). Este sistema de coordenadas é particularmente útil na análise de superfícies em que zz é um eixo de simetria. Por exemplo, o cilindro infinito de equação x² + y² = c² representa-se simplesmente por r = c em coordenadas cilíndricas; daí a denominação destas coordenadas. Rogério Dumbá Robótica Rogério Dumbá Robótica O Sistema esférico de coordenadas é um sistema de referenciamento que permite a localização de um ponto qualquer em um espaço de formato esférico através de um conjunto de três valores, chamados de coordenadas esféricas. As coordenadas esféricas (r,Θ,Φ) são definidas por (convenção não norte-americana diferente daquelas adotadas por autores como John David Jackson de Classical Electrodynamics; Cheng: De acordo com a figura, designa a distância de cada ponto de coordenadas à origem, é o ânguloformado entre o semi-eixo positivo x e o vector e designa o ângulo entre o semieixo positivo z o vector . Rogério Dumbá Robótica