Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição do Jornal de Negócios Sócios do sindicato de quadros bancários querem afastar presidente por "gestão ruinosa" Lusa Um grupo de sócios do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários está a recolher assinaturas para pedir a destituição da actual direcção, liderada por Afonso Pires Diz, a quem acusam de "gestão ruinosa". Armando Lázaro, sócio fundador do sindicato, disse à Lusa que o grupo de associados decidiu avançar com esta iniciativa uma vez que consideram que, nos últimos anos, a gestão de Afonso Pires Diz foi "ruinosa" e que este tomou mesmo decisões "sem conhecimento dos associados", dirigindo "a seu bel-prazer o sindicato". O bancário disse que o objectivo da recolha de assinaturas é convocar "uma assembleia-geral extraordinária para afastar Afonso Pires Diz, ele e toda a direcção, e nomear uma comissão administrativa para gerir o sindicato e, no prazo de 60 dias, convocar novas eleições". Até ao momento, acrescentou, têm quase as 200 assinaturas obrigatórias por lei e contam ultrapassar esse número ainda esta semana. O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) foi fundado em 1983, contando com mais de 17 mil associados. Afonso Pires Diz é presidente há mais de duas décadas. No interior do SQTB a tensão entre associados e a direcção já existe há algum tempo, com os sócios a queixarem-se de falta de informação, decisões opacas e mesmo do recrutamento de familiares próximos do presidente da direcção. Em Junho, o Correio da Manhã deu conta de que, em 2013, o presidente do Sindicato propôs e foi aceite o aumento do seu ordenado de sete para 12 mil euros. No mês seguinte, em Julho, foi a vez de a RTP ter noticiado que o DIAP - Direcção de Investigação e Acção Penal está a investigar aplicações de alto risco feitas no antigo Banco Espírito Santo e na Rio Forte, com perdas significativas para aquele que é um dos sindicatos mais ricos do país. Afonso Diz, noticiou a televisão pública, está mesmo a ser investigado por gestão danosa. Já em Setembro, foi noticiado pelo jornal i que, em 2010, a Caixa Geral de Depósitos deu um empréstimo de 11,5 milhões de euros à Fundação Social do Quadro Bancário, pertencente ao SQTB, isto depois de a fundação ter sido considerada nula pela justiça portuguesa. 2015-10-12