ENTENDENDO REDES SOCIAIS NO TERCEIRO SETOR 2007 Resumo Esse artigo mostra a importância das Redes Sociais no Terceiro Setor. Discute conceitos de Redes Sociais por vários autores, além de seus tipos e aspectos principais, propondo uma metodologia de trabalho com organizações do Terceiro Setor. Exemplifica os conceitos teóricos apresentados, através da Rede Social São Carlos, em atividades desde 2006 e da Rede Social Itirapina, desde 2007. Palavras Chaves: Rede Social, Terceiro Setor UNDERSTANDING SOCIAL NETS IN THE THIRD SECTOR Abstract This article shows the importance of the Social Nets in the Third Sector. It discusses concepts of Social Nets for several authors, besides your types and main aspects, proposing a work methodology with organizations of the Third Sector. It exemplifies the presented theoretical concepts, through the Social Net São Carlos, in activities since 2006 and of the Social Net Itirapina, since 2007. Key Words: Social Net, Third Sector _________________________________________________________________________ Eduardo Henrique Ferin da Cunha Senac São Carlos Mediador da Rede Social São Carlos e Itirapina Rua Episcopal, 700- Centro – São Carlos/SP – CEP.: 13560-570 Tel: (16) 2107-1055 – [email protected] Tel.: (16) 3368-1796 – [email protected] INTRODUÇÃO Esse artigo tem por objetivo estudar as Redes Sociais, como alternativa para as organizações no Terceiro Setor. Abordamos aspectos teóricos de Redes Sociais, e exemplos reais, citando a Rede Social São Carlos e a Rede Social Itirapina. O Terceiro Setor tem um papel importante na sociedade moderna, visto que ele preenche um espaço governamental nos interesses públicos. Lester Salamon (2003) diz que “as organizações do Terceiro Setor podem desempenhar um papel de enorme importância na luta contra a exclusão e na promoção para a inclusão” e ainda define as maneiras de promover a inclusão: conscientização, empoderamento (empowerment), abertura do espaço público, “advocacy”, monitoramento, promovendo a inovação, mobilização de recursos, ajustes dos serviços às necessidades da comunidade, mediação e solução de conflitos, influência econômica. Dentro desse cenário, a Rede Social tem um papel fundamental, pois agrega as organizações em um espaço único de debate e projetos. Em um processo de Rede Social, as organizações podem ampliar sua base de contatos, trocar e compartilhar experiências sobre diversos aspectos como legislação, captação de recursos e projetos. A Rede Social pode criar uma força política muito grande, pois sozinhas, as organizações pouco conseguem, mas mobilizadas em Rede, podem conseguir atingir vários objetivos e implementar várias ações de políticas públicas. CONCEITO DE REDES SOCIAIS A expressão Redes Sociais é hoje objeto de discussão em vários segmentos. Para o SENAC SP: Rede Social é o sistema capaz de reunir e organizar pessoas e instituições de forma igualitária e democrática, a fim de construir novos compromissos em torno de interesses comuns e de fortalecer os atores sociais na defesa de suas causas, na implementação de seus projetos e na promoção de suas comunidades. Francisco Whitaker (1993), fala de estruturação em rede e a tradicional estruturação piramidal e diz que “Uma estrutura em rede – que é uma alternativa à estrutura piramidal – corresponde também ao que seu próprio nome indica: seus integrantes se ligam horizontalmente a todos os demais, diretamente ou através dos que os cercam”. Se a estrutura em pirâmide é mais difundida nas organizações sociais – pelo menos em nossa cultura ocidental - as redes encontram seu apoio na observação das estruturas da natureza, em geral horizontais. Na biologia se constata, por exemplo, que as bactérias se multiplicam em rede, e podem ter um poder destruidor fatal. Nas últimas duas décadas, transformou-se em uma alternativa prática de organização, possibilitando processos capazes de responder às demandas de flexibilidade, conectividade e descentralização das esferas contemporâneas de atuação e articulação social. Francisco Whitaker cita que empresas tradicionais utilizam a estrutura de pirâmide, e que as redes são estruturas alternativas de organizações. Ele diz que: Uma estrutura em rede – que é uma alternativa à estrutura piramidal – corresponde também ao que seu próprio nome indica: seus integrantes se ligam horizontalmente a todos os demais, diretamente ou através dos que os cercam. O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós possa ser considerado principal ou central, nem representante dos demais. As redes, sendo uma alternativa de organização das pessoas, tende a se tornar um instrumento de transformação social, onde dessa forma, podem executar projetos e ações em conjunto. Para Machado (1999), a formação de redes corresponde a natural evolução da sociedade. Diz ainda que as redes são os meios mais efetivos de obter uma estrutura social sólida, harmônicas, participativas, democráticas e verdadeiramente orientadas ao bem-estar comum. A organização em rede, como fato histórico, existe há muito tempo. Dois exemplos de articulação solidária ou organização em rede, historicamente, inquestionáveis: • Na Idade Média, quando uma estrutura feudal dividia a sociedade em três ordens absolutamente hierarquizadas, o povo organizava-se em laços de solidariedade horizontal. • A articulação dos judeus no mundo todo para salvar os compatriotas condenados nos campos de concentração na Europa, não é um exemplo de iniciativa, em rede, que simplesmente salvou milhares de pessoas do holocausto? Mas a conceituação de Rede enquanto sistema de laços realimentados provém da Biologia. Quando os ecologistas das décadas de 1920 e 1930 estudaram as teias alimentares e os ciclos da vida, propuseram que a rede é o único padrão de organização comum a todos os sistemas vivos. Terceiro Setor e Redes são hoje realidades intrinsecamente relacionadas. O Terceiro Setor é, essencialmente, uma rede e aqui se pode imaginar uma grande teia de interconexões. O Terceiro Setor caracteriza-se por iniciativas, cujos profissionais envolvidos percebem a participação e colaboração como um meio eficaz de realizar transformações sociais. As organizações do Terceiro Setor procuram desenvolver ações conjuntas, operando em nível local, regional, nacional e internacional e contribuindo para uma sociedade mais justa e democrática. A partir de diversas causas, a sociedade civil organiza-se em redes para a troca de informações, para a articulação institucional e política e para a implementação de projetos comuns. As experiências demonstram as vantagens e os resultados positivos dessas ações articuladas e dos projetos desenvolvidos em parceria. Na prática, redes são comunidades, virtuais ou presencialmente constituídas. Essa identificação é muito importante para a compreensão das redes. As definições referem-se a células, nós, conexões orgânicas, sistemas, etc. Tudo isso é essencial e, historicamente, correto, mas é a idéia de comunidade que permite problematizar do tema e, conseqüentemente, entender o seu significado para o Terceiro Setor. Uma comunidade é uma estrutura social estabelecida de forma orgânica, isto é, constitui-se a partir de dinâmicas coletivas e historicamente únicas. Sua própria história e sua cultura definem a sua organização comunitária. Esse reconhecimento deve ser coletivo e será fundamental para os sentimentos de pertencimento dos seus cidadãos e para o desenvolvimento comunitário. A convivência entre os integrantes de uma comunidade e o estabelecimento de laços de afinidade serão definidos a partir de pactos sociais ou padrões de relacionamento, estabelecidos nos grupos de convivência. Tipologia das redes Uma rede pode ser formada por pessoas e instituições com objetivos comuns a serem alcançados. Para Francisco Whitaker, esses objetivos podem ser: • A circulação de informações, base comum do funcionamento de todo e qualquer tipo de rede; • A formação de seus membros; • A criação de laços de solidariedade entre os membros; • A realização de ações em conjunto. As redes do Terceiro Setor podem apresentar uma multiplicidade de formas, muitas vezes híbridas, a partir de determinados tipos que se desdobram e modificam em graus diferenciados de multiplicação e especialização. Inicialmente, são identificadas três categorias de redes no Terceiro Setor: • Redes temáticas, que são organizadas em torno de um tema, por exemplo, em Santos foi criada a Rede de Amamentação. • Redes regionais, que são organizadas por região. Essas redes têm grande força, pois representa mais do que um município, mas vários agrupados. • Redes organizacionais, que são agrupadas por várias instituições como: associações, ONGs, etc.). Como exemplo citamos a Rede Social São Carlos que congrega várias organizações como: AMOR – Associação dos Moradores e Amigos dos Jardins, AFISC, Centro de Voluntariado, Projeto Pequeno Cidadão, Ramudá, ACORDE, etc. Participando de uma rede Segundo Bruno Ayres (2001) Participar de uma Rede Organizacional envolve algo mais do que apenas trocar informações a respeito dos trabalhos que um grupo de organizações realiza isoladamente. Estar em rede significa realizar conjuntamente ações concretas que modificam as organizações para melhor e as ajudam a chegar mais rapidamente a seus objetivos. A participação de pessoas e instituições em rede deve ter alguns princípios básicos como: liberdade, compromissos assumidos. Para Francisco Whitaker, numa organização em rede só pode haver participação livre e consciente de seus membros. Se não existir esse tipo de participação, a rede não se consolida nem se mantém: tende a “lacear” e, pouco a pouco, a se desfazer. Ao contrário, se uma rede for “assumida” por um número crescente de seus membros, que coloquem a serviço da realização dos seus objetivos sua capacidade de iniciativa e de ação, ela se adensa e se fortalece cada vez mais. Princípios de organização em rede Para que uma Rede Organizacional exerça todo o seu potencial é preciso que sejam criadas equipes de trabalho que atendam a alguns princípios: 1. Existência de um propósito unificador; 2. Participantes independentes; 3. Interligações voluntárias; 4. Multiplicidade de líderes. 5. Interligação e transposição de fronteiras Machado (1999) fala ainda de um decálogo de Redes que contém uma síntese do que deve ser uma verdadeira rede de organizações 1. A rede deve ser independente; 2. A rede, como toda estrutura, se constitui de baixo para cima, não o inverso; 3. A rede deve incorporar as organizações primárias mais representativas de seus respectivos setores; 4. A rede tem que ser participativa; 5. A rede deve atuar como coordenadora e orientadora do sistema de auto-regulação de suas afiliadas; 6. Deve existir compatibilidade ou harmonia entre os fins da rede e da comunidade a qual se desenvolve; assim como entre os da rede e de suas afiliadas e destas entre si; 7. A rede deve manter comunicação constante de suas afiliadas, assim como favorecer e estimular a comunicação interna destas; 8. Uma rede jamais deve ficar opaca, nem deixar a identidade de suas afiliadas se perder; nem apresentar como suas as obras de seus integrantes; 9. O papel da rede não é a de juiz dos problemas internos de suas afiliadas, nem de censura de seus órgãos diretivos ou administrativos, senão o guia e protetora de seus interesses comuns; 10. A rede deve manter sempre um contato direto com a comunidade. A animação de redes Para facilitar o desenvolvimento das atividades em rede, podem ser criadas articulações livres e específicas, de iniciativa de seus integrantes. Elas variam e dependem das especificidades de cada rede. São exemplos de ações em rede: • Formação de Grupos de Trabalho (GT) para tratar de assuntos de interesse comum: são temáticos ou de execução de tarefas. Podem ser: GT Conceitual; GT Integração e Participação; GT Captação de Recursos; GT Tecnologia; GT Mecanismos de Reconhecimento e Visibilidade etc. Como exemplo, podemos citar a Rede Social Itirapina e seus vários Grupos de Trabalho, na qual chamamos de Comissão: Comissão Reciclagem e Coleta Seletiva, Comissão Incentivo ao Artesanato, Comissão de Desenvolvimento Local, Comissão Urbanismo e Áreas Verdes e Comissão de Divulgação do Turismo. (maiores informações www.sp.senac.br/redesocial - link Itirapina). • Criação dos Fóruns para encontros virtuais: são encontros periódicos, para debater temas relevantes, buscando formas de compartilhamento de experiências e solução de problemas sociais. É um espaço para envolver toda a rede. • Encontros presenciais: são periódicos com a presença de todos os envolvidos. Na Rede Social São Carlos e Itirapina há encontros mensais onde todo o grupo discute planejamento, ações e projetos. A Internet é um importante recurso para as redes, representando um espaço de conexão entre as organizações, otimizando a sua comunicação e as possibilidades de colaboração. Quando as redes operam no âmbito da “internet”, usufruem as facilidades que as tecnologias de comunicação e informação proporcionam “websites”, correios eletrônicos, “chats”, listas de discussão, “teletrabalho”, educação à distância, acesso a bancos de dados, comércio eletrônico etc. 8 Monitoramento e avaliação de redes Para o monitoramento de redes é necessário definir alguém ou um grupo que acompanhe sua dinâmica. Existem ferramentas apropriadas que medem objetivamente os movimentos dos participantes. Mesmo assim, é importante o diagnóstico humano sensível às subjetividades. Os principais indicadores de avaliação de redes são: • Participação: indica a consolidação do ambiente de rede - o reconhecimento, a utilidade e a legitimidade da rede, levando em conta as interações e a colaboração entre os atores. • Geração e troca de conteúdos: indica a intensidade da produção e da troca de informações e conhecimentos. • Interatividade e conectividade: indica se os fluxos de informação convergem para o todo ou para as suas ramificações, de acordo com a intencionalidade da rede e os interesses dos integrantes. • Adesão: indica a capacidade de ampliação da rede com a inclusão de novos atores. REDE SOCIAL SÃO CARLOS A Rede Social São Carlos surge em Janeiro de 2006, com o fomento do Senac São Paulo, com o objetivo de ser um espaço comum para debater, planejar e executar projetos que possam contribuir para o desenvolvimento social de São Carlos. A Rede se reúne mensalmente, toda última 3ª feira de cada mês e troca sistematicamente informações que sejam úteis para projetos sociais em São Carlos. As organizações participantes da Rede Social São Carlos são: Abrigo de Idosos Dona Helena Dornfeld, ACORDE – Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional, AFISC – Associação de Apoio aos Fissurados Lábio Palatais, Amigos de São Judas Tadeu, AMOR – Associação de Moradores e Amigos dos Jardins, Centro de Voluntariado de São Carlos, CPP – Centro do Professorado Paulista, EAPA – Associação de Apoio HIV, Iguatemi Empresa de Shopping Center S.A., Kooperi Coletivo Autogestionário para promoção de práticas solidárias, ONG Espaço Cidadão, Projeto Pequeno Cidadão, Projeto Verde Azul, Ramuda, Salesianos São Carlos, Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, Senac São Carlos, Sindicato do Comércio Varejista, Sociedade Samaritanos de São Carlos. Projetos que a Rede Social desenvolve Projeto Fortalecimento da Rede Social Esse projeto tem a finalidade de ampliar a base da Rede Social São Carlos. Prevê a execução de ações definidas como: Confecção de um guia / folder das organizações do Terceiro Setor, Confecção informativo (AconTECENDO) e do Boletim On Line, Apoio técnico às organizações do Terceiro Setor, Diagnóstico Administrativo, Fórum Permanente do Terceiro Setor, Balcão de Cidadania. Projeto Respeito e Cidadania Solidária Esse projeto trabalhará com alguns aspectos definidos como: Conscientização para o Trânsito; Resgate dos direitos dos portadores de necessidades especiais, como moradia, transporte, etc. Prevê não só fiscalizar, mas também atuar junto ao poder público municipal na solução dos problemas e a realização de ações próprias. Projeto Biblioteca nas Comunidades Esse projeto trabalhará com alguns aspectos definidos como: biblioteca sobre rodas (com ônibus volante) e em locais fixos. Projeto Meio Ambiente e Sustentabilidade Esse projeto trabalhará com alguns aspectos definidos como: Educação para o Consumo Sustentável; Educação Ambiental; Conscientização contra o desperdício de água; Coleta Seletiva e Arborização das Ruas. Projeto de Desenvolvimento Local A Rede Social São Carlos pretende fomentar processos de desenvolvimento local em várias regiões da cidade e para desenvolver esse processo, conta com a assessoria e capacitação do Senac São Paulo. Esse projeto visa fomentar o Desenvolvimento Local no bairro Jd. Centenário. O Desenvolvimento Local visa, através dos ativos da própria comunidade, criar um futuro para o bairro, envolvendo aspectos Ambientais, Sociais, Econômicos (Geração de Renda), Segurança, Saúde e Educação. REDE SOCIAL ITIRAPINA A Rede Social Itirapina surgiu em Junho de 2007, com o fomento do Senac São Paulo em parceria com a FABI (Federação das Associações de Bairro de Itirapina), com o objetivo de ser um espaço comum para debater, planejar e executar projetos que possam contribuir para o desenvolvimento social de Itirapina. A Rede Social Itirapina se reúne mensalmente, toda segunda 3ª feira de cada mês e troca sistematicamente informações que sejam úteis para projetos sociais para Itirapina. As Associações participantes da Rede Social Itirapina são: FABI – Federação das Associações Bairro de Itirapina, APIB – Associação de Proprietários de Imóveis do Broa, Associação do Bairro SubEstação/ Colônia Fepasa e Distrito Industrial, Associação do Bairro Planalto Serra Verde, Associação do Bairro Vila Cianelli, Associação do Bairro Jardim Lemos, Associação do Bairro Vila Monte Alegre, Associação do Bairro Santa Cruz Associação do Bairro Jd. Nova Itirapina, Associação do Bairro Vale Verde, SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (São Carlos). Projetos que a Rede Social desenvolve Projeto Reciclagem e Coleta Seletiva O projeto de Reciclagem tem o objetivo de promover e resolver um problema do lixo em Itirapina. No projeto Reciclagem, já existe um Galpão próprio para a realização do projeto, entretanto, torna-se necessário fomentar a criação de uma cooperativa de catadores, para reduzir os impactos do Aterro Sanitário, os elevados custos da “manta plástica” e gerar renda para a comunidade. Projeto Urbanismo e Áreas Verdes Esse projeto visa implantar melhorias de Urbanismo e Áreas Verdes em vários bairros da cidade. A primeira etapa será no Jd. Lemos, que é um bairro com muita extensão de áreas verdes e muitas delas descuidadas, necessitando de melhorias. As ações envolvem arborização, limpeza de terrenos e construção de praças e áreas de lazer. Projeto de Divulgação do Turismo Esse projeto visa divulgar os potenciais turísticos de Itirapina. A cidade de Itirapina possui um excelente potencial turístico natural, com muitas cachoeiras, olhos d’água, represa para lazer, campos de aviação, esportes radicais (trekking, alpinismo, cascading, entre outros), entretanto, o local é pouco explorado e divulgado. Projeto de Incentivo ao Artesanato Esse projeto tem o objetivo de fomentar o Artesanato da cidade. Prevê a montagem de Feiras Itinerantes por toda a cidade de Itirapina, e colaborará também com o Projeto do Incentivo ao Turismo. Projeto de Desenvolvimento Local Com a constante e permanente articulação entre as associações de bairro de Itirapina e criando vínculos, a Rede Social Itirapina pretende fomentar processos de desenvolvimento local em vários bairros da cidade e o processo começou no bairro Sub-Estação Colônia Fepasa e Distrito Industrial. O Desenvolvimento Local visa, através dos ativos da própria comunidade, criar um futuro para o bairro, envolvendo aspectos Ambientais, Sociais, Econômicos (Geração de Renda), Segurança, Saúde e Educação. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Terceiro Setor precisa se articular para seu próprio fortalecimento, e uma das alternativas propostas e citadas nesse artigo é o processo de Rede Social, que já vem sendo utilizado largamente em todo país. As redes possuem tipos, características e formações diferentes, mas possuem princípios básicos como a existência de um propósito unificador; participações independentes, interligações voluntárias, multiplicidade de líderes, interligação e transposição de fronteiras. Os exemplos da Rede Social São Carlos e Itirapina mostram como uma cidade e suas organizações podem se organizar e elaborar propostas de trabalho em conjunto, visando sempre o bem público. É claro, que cada cidade tem a sua característica, e cada Rede Social tem o seu propósito, e essas diferenças devem ser trabalhadas em conjunto para conseguir atingir altos níveis de resultados sociais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AYRES, Bruno. Redes organizacionais no Terceiro Setor – um olhar sobre suas articulações. Rio de Janeiro, 2001. CUNHA, Eduardo Henrique Ferin da Cunha. Rede Social São Carlos e Itirapina (informações sobre as Redes São Carlos e Itirapina). Disponível no site: www.sp.senac.br/redesocial acesso em: 15/02/2008. DUARTE, Jorge Carlos Silveira. Redes Sociais – As inter-relações organizadas. Artigo de 2004 – São Paulo DUARTE, Jorge Carlos Silveira. Redes Sociais – uma contribuição para o Desenvolvimento Local. Apresentação no Seminário Redes e Desenvolvimento de 24/11/2006. FRANCO, Augusto de. Colocando os óculos de ver rede. Carta da Rede Social 120 de 14/09/06, disponível em: http://augustodefranco.locaweb.com.br/cartas acesso em 09/02/08 MACHADO, Antonio L. 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