Polinômios • • • Polinômio nulo: quando = 0, ∀ ∈ ℂ; assim, um polinômio é nulo se, e somente se, todos os coeficientes de forem nulos. Polinômios idênticos: quando dois polinômios são iguais (ou idênticos), assumindo valores iguais para todo complexo. = , ∀ ∈ ℂ. Grau é o índice do “último” termo não nulo de um polinômio Exemplo: sendo ℎ • = ℎ = 2, ℎ = 3, −4 ³−3 ²+5 +1→ Grau da soma Se , , + são polinômios não nulos, então o + =4 ≠4 é menor ou igual ao maior dos números !" # + ! ≤ %á'. (!" # , !" ! ) • • Grau do produto Se , são dois polinômios não nulos, então, o Divisão . e . é igual a soma dos graus de . !" #. ! = !" # + !" ! Dado dois polinômios (dividendo) e ≠ 0(divisor), dividir por é determinar dois outros polinômios *(quociente) e (resto) de modo que se verifiquem as duas condições seguintes: = *. + < (ou = 0, caso em que a divisão é chamada exata) Divisões imediatas = 0 → * = 0 = 0 < → * = 0 = Para obter * , no caso de > , explicaremos dois métodos: Método de Descartes Baseia-se nos seguintes fatos: * = − e < (ou = 0) e é aplicado da seguinte forma: I) Calculam-se * II) Constroem-se os polinômios * , deixando incógnitos os seus coeficientes. III) Determinam-se os coeficientes, impondo a igualdade = *. + =3 Exemplo: dividir * = = *. < − + → →3 - − 2 ³ + 7 + 2 por → - =3 ³−2 ²+4 −1 * = 4 − 3 = 1 → / = 0' + 1 <3→ −2 ³+7 +2= ≤ 2 → " = 2'² + 3' + 4 +5 3 6 −2 7 +4 −1 +8 ²+9 + desenvolvendo, temos: 3 - + 35 − 2 ³ + 4 − 25 + 8 ² + 45 − +9 + −5 =3 - −2 ³+7 +2 então, resulta: 3 =3→ = 1; 35 − 2 = −2 → 5 = 0; 4 − 25 + 8 = 0 → 8 = −4; − 5 = 2 → =2 Resposta: * = = −4 ² + 8 + 2 www.soexatas.com Página 1 Método da chave Exemplo: dividir = • - − ³ − 7 ² + 9 − 1 por = ²+3 −2 Divisão por binômios do 1º grau Teorema do resto: o resto da divisão de um polinômio por − é igual ao valor numérico de < . Exemplo: O resto da divisão de = 5 - + 3 ² + 11=> = − 3 é: 3 = → 5. 3- + 3.3² + 11 = ∴ = 443 Teorema de D’Alembert: um polinômio é divisível por − se, e somente se, é raiz de . Exemplo: Ao verificar, pode-se afirmar que = @ − 4 - − 3 7 + 7 − 1 é divisível por = − 1, pois 1 =0 Dispositivo prático de Briot-Ruffini: determina o quociente e o resto de uma divisão Teorema: se um polinômio é divisível separadamente por produto − −5 . Obs.: Dividir = 3 - − 2 ³ + ² − 7 + 1=> = 3 − 5 pode-se afirmar que − − 5, com ≠ 5, então é divisível pelo @ = 3A − B 6 =6 * = ³+ ²+2 +1 Equações polinomiais • • Equações equivalentes: quando duas equações polinomiais apresentam o mesmo conjunto solução. Teorema fundamental da álgebra: todo polinômio D de grau E ≥ 1 admite ao menos uma raiz complexa no conjunto dos complexos. • Teorema da decomposição Todo polinômio D de grau E E ≥ 1 , sendo D = E fatores do primeiro grau, isto é: D = G − I • G G − + 7 GHI GHI + ⋯+ + ⋯+ − G . I + K G ≠ 0 , pode ser composto em Multiplicidade A equação - + 5 L = 0 admite as raízes 0 − 5 com multiplicidade 4 e 7, respectivamente, e, embora equação seja do 11º grau, seu conjunto solução tem só dois elementos, portanto M(0, −5). www.soexatas.com Página 2 • Relações de Girard, equação de grau E qualquer G + GHI GHI + ⋯ + I + K = 0, sendo E o grau do polinômio, G raízes em um agrupamento, tem-se: "N + "O + "P + ⋯ + "Q = − "N . "O . "P … "Q = −N UV = −N K o termo independente e ℎ o número de 0QRN 0Q Q 0T 0Q V 0QRV 0Q Exemplo: se (rI , r7 , r6 ) é o conjunto solução da equação 2 ³ + 5 ² + 8 + 11 = 0, calcular I + 7 + 6 =− I. 7. 6 =− X[ I. 7 7. 6 + + XZ XY XZ =− =− II I. 6 = 7 @ 7 portanto, X\ XZ =4 7 I + 7 7 + 7 6 = I ∴ + 7 I 7 + + 6 7 7 −2 + 7 6 I. 7 =− L 7 I + + 7 7 + 7 6 7. 6 + I. 6 - Obs.: as n relações de Girard para uma equação polinomial de grau E não são suficientes para obter I . 7 . 6 … G . Mas quando é dada um condição para as raízes (por exemplo, soma de duas raízes é 1), então é possível obter o conjunto solução. • Raízes conjugadas Se uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raiz o número complexo ] = ^ + _`, então essa equação, também, admite como raiz o número ]̅ = ^ − _`, conjugado de ]. • Multiplicidade da raiz conjugada Se uma equação polinomial de coeficientes reais admite a raiz ] = ^ + _` _ ≠ 0 com multiplicidade P, então essa equação admite a raiz ]̅ = ^ − _` com multiplicidade P. Obs.: I) Os dois teoremas anteriores só se aplicam a equações polinomiais de coeficientes reais. Por exemplo, a equação ² − ` = 0 tem como raízes 0 `, entretanto não admite a raiz – `, conjugada de `. II) Como a toda raiz complexa ] = ^ + _` _ ≠ 0 corresponde a uma raiz conjugada ]̅ = ^ − _`, com igual multiplicidade, decorre que o número de raízes complexas não reais de D = 0 é necessariamente par. III) Se uma equação polinomial de coeficientes reais tem grau ímpar, então ele admite um número ímpar de raízes reais. Assim, por exemplo, toda equação ³ + 5 ² + 8 + 9 = 0 (com , 5, 8, 9 reais) tem uma ou três raízes reais, pois o número de raízes complexas e não reias é par. • Para determinar o número de raízes reais que a equação admite num certo intervalo dado c ; 5d , usa-se o Teorema de Bolzano: seja D = 0 uma equação polinomial com coeficientes reais e c ; 5d um intervalo real aberto. I) Se D D 5 têm mesmo sinal, então existe um número par de raízes reais ou não existe raízes da equação em c ; 5d . II) Se D D 5 têm sinais contrários, então existe um número ímpar de raízes reais da equação em c ; 5d . Exemplo: quantas raízes reais a equação ³ + 5 ² − 3 + 4 = 0 pode apresentar no intervalo c0; 1d? Temos D = ³ + 5 ² − 3 + 4, então: D 0 = 06 + 5.07 − 3.0 + 4 → D 0 > 0 D 1 = 1³ + 5.1² − 3.1 + 4 = 7 → D 1 > 0 Como D 0 D 1 são positivos, a equação pode ter duas ou nenhuma raiz real no intervalo dado. www.soexatas.com Página 3 • Raízes racionais Se uma equação polinomial D admite uma raiz racional e / = G G + em que D ∈ ℤ, * ∈ GHI ℤ∗g GHI + ⋯+ I + K = 08>< G ≠ 0 de coeficientes inteiros, = * são primos entre si, então = é divisor de K e * divisor de G. Exemplo: quais são as raízes racionais da equação 2 i − 5 @ + 4 - − 5 ³ − 10 ² + 30 − 12 = 0? Temos = ∈ (−1, 1, −2, 2, −3, 3, −4, 4, −6, 6, −12, 12) e * ∈ (1, 2) e I I 6 6 Então ∈ j−1, 1, −2, 2, −3, 3, −4, 4, −6, 6, −12, 12, − , , − , k, fazendo a verificação, concluí-se que as raízes reais / 7 7 I são 2 . 7 7 7 Obs.: I) Só se aplica o teorema em equações polinomiais de coeficientes inteiros. II) Se a equação D = 0, com coeficientes inteiros e K ≠ 0, admite uma raiz inteira (termo independente). III) Se D = 0, com coeficientes inteiros e coeficiente dominante unitário essa raiz é necessariamente inteira, pois * = 1. G l = , então I é divisor de K m = 1, admite uma raiz racional , então n Bibliografia Iezzi, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar 6. 7ª edição. São Paulo. Atual editora, 2005. Barroso, Antonio. Polinômios. www.ensinodematemtica.blogspot.com.br. <http://ensinodematemtica.blogspot.com.br/2010/01/polinomios-27012010.html>. Publicado em 21 de set. de 2013. Acesso em 28 dez. 2013. www.soexatas.com Página 4