ANOTAÇÕES CONCLUSIVAS POR PARTE DA MINISTRA DA AGRICULTURA, FLORESTAS E PESCAS SUL-AFRICANA, A SRA. TINA JOEMATPETTERSSON, EM OCASIÃO DA REUNIÃO MINISTERIAL AFRICANA SOBRE A AGRICULTURA INTELIGENTE EM TERMOS CLIMÁTICOS: JOANESBURGO, 14 DE SETEMBRO DE 2011 Good afternoon! Bonjour! Habari! Dumelang! Sanibonani! Assa laamu alaykum! Boa tarde! Excelentíssimos Ministros Membros do Conselho Executivo Suas Excelências Representantes da UA, Banco Mundial, FAO Distintos Delegados Oficiais de vários departamentos governamentais Senhores e senhoras Foram dois dias de discussões tangíveis longos e árduos, mas também produtivos. Fiquei impressionada com a energia e entusiasmo apresentados pelos delegados nas últimas 48 horas. Deveremos estar orgulhosos uma vez que esta conferência alcançou o que previa. Fomos capazes de partilhar experiências, perspectivas de liderança, explorámos exaustivamente os desafios e deslindámos e analisámos o significado de “Agricultura inteligente em termos climáticos”. Esta foi uma conferência significativa – uma vez que moldou as discussões sobre a Agricultura inteligente em termos climáticos no continente africano. Esta Conferência Ministerial Africana deu a oportunidade a todos os participantes para partilharem experiências e cooperação quanto às estratégias dos seus países relativamente à Agricultura inteligente em termos climáticos. A agricultura é uma das áreas mais importantes em relação às alterações climáticas. A agricultura fornece igualmente o sustento a mais de metade das pessoas mais pobres do mundo e as suas actividades associadas são responsáveis por cerca de 14% das emissões de gases com efeito de estufa anuais a nível global. É um sector vital para a nossa região, onde 80% da população subsaariana vive em áreas rurais. Contribui 30% para o Produto Interno Bruto na África subsaariana e emprega 70% da força laboral. Os países africanos, embora contribuam apenas com cerca de 3,8% para as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), estão mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global, variabilidade climática e alterações climáticas. Por conseguinte, esperamos que as negociações em progresso para abordar as alterações climáticas proporcionem uma oportunidade única para combinar a mitigação de baixo custo e resultados de adaptação essenciais ao nosso objectivo de combater a pobreza. O clima em África é altamente variável, particularmente em relação às alterações climáticas, uma vez que a exploração agrícola depende em grande medida da geografia e qualidade das estações chuvosas. Já estamos a testemunhar o aumento da frequência de eventos de perigos naturais e desastres, bem como eventos meteorológicos extremos. O aumento das secas e das temperaturas têm um grave impacto na produção agrícola e disponibilidade de alimentos. A seca afecta negativamente as economias nacionais e reduz a capacidade do país em exportar colheitas e gerar moeda estrangeira. Quaisquer alterações no clima como um dos fomentadores do sector agrícola em África poderiam ter, desta forma, repercussões com uma grande amplitude, não só na produção de alimentos, fibras e combustível, mas também no Produto Interno Bruto, emprego e receitas líquidas em divisas. As alterações climáticas terão consequências dramáticas na agricultura. Os recursos hídricos tornar-se-ão mais variáveis, as secas e inundações pressionarão os sistemas agrícolas, algumas áreas costeiras de produção de alimentos serão inundadas pela subida do nível do mar e a produção de alimentos sofrerá uma queda em alguns locais. As economias em desenvolvimento e os mais pobres de entre os pobres serão provavelmente os mais atingidos. No entanto, no geral, continua a existir uma incerteza significativa quanto aonde serão os efeitos mais elevados. Acreditamos que muitas pessoas desejam ver a Agricultura elevada até ao nível suposto no âmbito das negociações da CQNUAC e isto só pode ser alcançado se adoptarmos colectivamente um entendimento comum e partilhado. Esta conferência ajudou ao alinhamento com a União Africana para garantir que África assuma uma postura unívoca nas negociações globais e desenvolvimento de mecanismos. Os resultados desta conferência deverão ajudar os nossos países e o sector a serem capazes de garantir que a 17ª Conferência das Partes ao abrigo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas em Durban mais tarde este ano se torne numa verdadeira Conferência Africana das Partes. Em conjunto com o resto da comunidade global devemos isso à futura geração para entregar um pacote de decisões equilibrado que satisfaça todos os interesses das Partes no âmbito da CQNUAC. O percurso até Durban iniciou, continuaremos a persistir e a fazer figas para que recebamos uma menção no texto final do COP 17 em Durban. Por fim, excelentíssimos Ministros e distintos delegados, desejo uma boa viagem de retorno aos respectivos países. Espero que tenham passado uma estadia maravilhosa na África do Sul e que tenham usufruído do afecto e hospitalidade dos Sul-africanos. Bon Voyage! Ma’ a salama! Boa viagem!