11 Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Motivação PROCESSO DE PRODUÇÃO Máquina Mão de Obra PRODUTO COM BOA QUALIDADE Meio Ambiente Método Material 0,0125 PROCESSO DE MEDIÇÃO 124,12 Sistema de Medição Mão de Obra MEDIÇÔES COM 1752,124 BOA QUALIDADE Meio Ambiente Método Mensurando Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 2/64) Medições na Indústria Ocorrem em condições bem menos controladas que na calibração. Devem fornecer resultados confiáveis. Através de ferramentas estatísticas é possível verificar a confiabilidade das medições nas condições de produção. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 3/64) Medições na Indústria Os resultados obtidos nessas análises são úteis: Como critério de aceitação de novos SM. Para comparar diferentes SM nas condições de uso. Para investigar um SM sob suspeita de mau funcionamento. Para comparar o desempenho do mesmo SM antes e após uma ajustagem ou regulagem. Para avaliar os potenciais riscos de erros de classificação no CQ usando um SM. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 4/64) 11.1 Recomendações de Normas de Garantia da Qualidade www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Normas de Garantia da Qualidade ISO 9001: IM deve ser conhecida e compatível com exigências. ISO 10012: necessária análise ampla de incertezas. ISO 14253-1: IM deve ser considerada para verificação de conformidade. QS 9000: define os requisitos de confiabilidade metrológica através de análises de capacidade estatística do processo de medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 6/64) 11.2 Variabilidade de Processos de Produção e de Medição www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Variabilidade do Processo Produtivo Projetado Processo Máquina Método META Executado Mão de Obra Meio Ambiente Material TENDÊNCIA E VARIÂNCIA Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 8/64) Processo sob Controle Estatístico Um processo está sob controle estatístico quando suas variações naturais são estáveis e se situam dentro de limites previsíveis. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 9/64) Capacidade de um Processo Um processo é dito capaz quando está sob controle estatístico e produz dentro das tolerâncias de projeto. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 10/64) Capacidade e Controle Estatístico Sob controle Fora de controle Tolerância Capaz Semana ... Semana ... Semana 3 Semana 2 Semana 1 Semana 3 Semana 2 Semana 1 Tolerância Não Capaz Tolerância Tolerância Semana ... Semana ... Semana 3 Semana 2 Semana 1 Semana 3 Semana 2 Semana 1 Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 11/64) CEP Gráficos da Média e Amplitude Média Variação comum Variação especial n Peças medidas Amplitude (máx– mín) Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 12/64) Influência da incerteza de medição na capacidade do processo FABRICAÇÃO MEDIÇÕES Sistema de Medição Procedimento Mensurando Operador Ambiente G0 G1 X70 Y90 Z40 X80 Y90 Z40 X80 Y78 Z47 X80 Y90 Z40 X80 Y78 Z47 … Incerteza das Medições Como os produtos realmente são: Como a medi ção os “enxerga” X X Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 13/64) Características de Processo de Medição Adequado Deve ser capaz de identificar pequenas variações nas características medidas nos produtos; A variabilidade do processo de medição (erros aleatórios) deve ser pequena quando comparada com a variabilidade do processo produtivo e com os limites de especificação das tolerâncias do produto; O processo de medição deve estar sob controle estatístico, o que significa que as variações do processo de medição são devidas somente às causas comuns e não às especiais. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 14/64) 11.3 Parâmetros Utilizados na Análise Estatística dos Processos de Medição www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI 1. Tendência Diferença entre a média das indicações obtidas de um processo de medição e um valor de referência. Tendência Valor de Referência Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 16/64) 2. Repetitividade Faixa dentro da qual as indicações do processo de medição são esperadas para um mesmo operador em condições operacionais idênticas. Repetitividade Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 17/64) 3. Reprodutibilidade Faixa dentro da qual as indicações do processo de medição são esperadas quando são envolvidos diferentes operadores nas condições operacionais naturais do processo Operador 1 de medição. Operador 2 Operador 3 Reprodutibilidade Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 18/64) 4. Estabilidade Capacidade do sistema de medição em manter suas características estatísticas ao longo do tempo. Corresponde à faixa de variação da tendência ao longo do tempo. Momento 1 Momento 2 Estabilidade Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 19/64) 5. Desvio Linear da Tendência Está associado á forma como varia a tendência em função do valor da indicação. Corresponde à inclinação da reta da figura. Será nulo se o valor da tendência não varia significativamente ao longo da faixa de medição. Tendência Variação da tendência Faixa de Medição Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 20/64) 11.4 Avaliação Experimental de Processos de Medição www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Condições para Avaliação O melhor local para avaliar o desempenho de um processo de medição destinado a controlar um dado processo produtivo é no próprio processo produtivo. Por meio de métodos estatísticos é possível inferir várias características que espelham o desempenho do processo de medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 22/64) Ensaios de Avaliação 1. Avaliação da Capacidade de Processos de Medição. 2. Ensaio de estabilidade de longo prazo. 3. Ensaio de estabilidade de curto prazo. 4. Ensaio de Desvio Linear da Tendência. 5. Ensaio de Repetitividade. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 23/64) Ensaios de Avaliação 6. Ensaio de Reprodutibilidade. 7. Análise da variação peça a peça. 8. Análise da variação total do processo. 9. Análise do parâmetro R&R. 10. Análise de variância. 11. Análises com Recursos Gráficos. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 24/64) Preparação dos Ensaios a) Planejamento dos ensaios: - Delimitar parâmetros e abrangência. b) Seleção das amostras: - Representativas do processo. Devem ser numeradas. c) Medição e registro: - Procedimentos usuais da produção adaptados para o tipo de teste. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 25/64) 1. Avaliação da Capacidade do Processo de Medição Diferentes níveis de capacidade de um processo produtivo: Processo muito capaz Processo incapaz Processo capaz Dispersão do processo Tolerância Tolerância Tolerância Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 26/64) Índices de Capacidade dos Processos Produtivos: Bilateral: IT Cp 6.s Para processos não centrados: x LIT LST x C pk Min , 3.s 3.s Cp e Cpk > 1,33 => processo capaz Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 27/64) Medição de uma Peça de Referência Diferentes níveis de capacidade de um processo de medição: Sistema de mediç medição muito capaz Sistema de mediç medição incapaz Incerteza admissí admissível Sistema de mediç medição capaz Incerteza admissí admissível Incerteza admissí admissível Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 28/64) Índices de Capacidade dos Processos de Medição: Bilateral: IM adm Cg 6.s Para processos não centrados: IM adm Td Cgk 3.s Cg e Cgk > 1,33 => processo capaz Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 29/64) Avaliação da Capacidade do Processo de Medição Necessário um mensurando com valor de referência bem conhecido: Um padrão com valor de referência bem conhecido ou Um exemplar do produto cujo valor de referência tenha sido determinado por um processo de medição melhor. Medições repetidas são usadas para avaliar a tendência e dispersão. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 30/64) Preparação e documentação - Descrição da amostra - Descrição do SM - Descrição do padrão - Descrição do procedimento - Preparação do experimento Padrão medido “n” vezes Cálculo da média e desvio padrão tolerância Cálculo do índice de capacidade Cgk Cgk > 1,33 não Processo de medição não é capaz sim Processo de medição capaz Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 31/64) Quando o processo de medição é incapaz, o que fazer? Melhorar o procedimento de medição. Calibrar e ajustar o sistema de medição. Melhorar condições ambientais. Treinar os operadores. Selecionar SM similar, mas com incerteza melhor. Mudar o método de medição. Utilizar um SM mais robusto. Selecionar um SM que opere de forma automatizada, sem interferência do operador. Selecionar SM com outro princípio de medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 32/64) 2. Avaliação da Estabilidade de Longo Prazo Tendência Tempo • PERIODICAMENTE: Peça calibrada Medida n vezes e calculada a tendência e amplitude Amplitude (máx – mín) Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 33/64) Identificação de Causas Especiais de Variação Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 34/64) Interpretações das cartas: Valores elevados na carta de amplitudes indicam que a incerteza do processo de medição não é boa. Há fortes efeitos de influências aleatórias. Instabilidades na carta das médias indicam que o processo de medição sofreu mudanças que alteraram sua tendência. Há fortes efeitos de influências sistemáticas. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 35/64) 3. Avaliação da Estabilidade de Curto Prazo Nem sempre há condições para realizar ensaios de estabilidade de longo prazo. A estabilidade de curto prazo pode ser avaliada com base na amplitude dos resultados de vários operadores medindo amostras da produção (não calibradas). Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 36/64) Exemplo de avaliação da estabilidade de curto prazo Um experimento foi realizado com o objetivo de analisar a estabilidade de curto prazo de um processo de medição. Foram coletadas dez peças do processo produtivo, e dois operadores foram envolvidos, cada um medindo cada peça repetidamente por três vezes. As peças possuem uma João tolerância dimensional de ± 0,08 mm. Processo Peças 1 2 3 ... 10 Dados Manoel Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 37/64) Peças 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Medição 1 20,010 20,003 20,018 20,011 20,012 20,016 20,008 20,013 20,012 20,005 Medição 2 20,012 20,004 20,016 20,012 20,013 20,014 20,007 20,011 20,014 20,006 Medição 3 20,011 20,006 20,017 20,010 20,010 20,014 20,008 20,010 20,012 20,007 20,011 20,004 20,017 20,011 20,012 20,015 20,008 20,011 20,013 20,006 0,002 0,003 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 0,003 0,002 0,002 Medição 1 20,011 20,003 20,015 20,013 20,014 20,014 20,004 20,010 20,014 20,004 Medição 2 20,011 20,003 20,015 20,011 20,015 20,013 20,005 20,014 20,013 20,003 Medição 3 20,010 20,005 20,017 20,011 20,012 20,015 20,007 20,011 20,011 20,006 20,011 20,004 20,016 20,012 20,014 20,014 20,005 20,012 20,013 20,004 0,001 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,003 0,004 0,003 0,003 Operadores João Média Amplitude Manuel Média Amplitude Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 38/64) Cartas da amplitude Manoel João 0.006 LSC 0.006 LSC 0.002 R 0.002 R 0.000 1 2 3 4 5 6 Peças 7 8 9 10 LIC 0.000 LIC 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Peças A análise dessas cartas de controle não revela sinais de instabilidade como pontos fora dos limites de controle ou tendências. Dessa forma, o processo de medição pode ser considerado sob controle e com boa estabilidade de curto prazo. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 39/64) 4. Ensaio de Desvio Linear da Tendência Determina a componente linear da variação da tendência associada ao processo de medição ao longo da faixa de medição. É formado por um conjunto de ensaios de tendência, realizados com padrões de diferentes dimensões. O desvio linear de tendência é bem determinado na calibração. Com o uso, tende a se modificar, diminuindo a eficácia da correção. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 40/64) Exemplo de Ensaio de Desvio Linear da Tendência Peças calibradas cobrindo a faixa de medição do sistema de medição Valor de referência Indicação média Tendência 5,000 5,002 +0,002 10,500 10,508 +0,008 15,000 15,012 +0,012 20,500 20,521 +0,021 25,000 25,020 +0,020 Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 41/64) Exemplo de Ensaio de Desvio Linear da Tendência Desvio Linear da Tendência 0,025 Tendência 0,02 y = 0,00092x - 0,00113 0,015 0,01 0,005 0 0 5 10 15 20 25 30 Valor de Referência Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 42/64) 5. Ensaio de Repetitividade Avalia a variabilidade natural do processo de medição realizadas em condições semelhantes. Envolve medições repetidas da mesma amostra, realizadas pelo mesmo operador, e em um período de tempo curto. É comum que a amostra seja retirada e reposicionada no sistema de medição entre as medições repetidas. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 43/64) 5. Ensaio de Repetitividade A repetitividade pode ser estimada a partir do desvio padrão das medições repetidas. Alternativamente, podem ser estimada a partir das amplitudes de medições repetidas por: s Re R d2 R é a amplitude média d2 é uma constante (tabela 11.2) Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 44/64) m d2 g 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1,41 1,91 2,24 2,48 2,67 2,83 2,96 3,08 3,18 2 1,28 1,81 2,15 2,40 2,60 2,77 2,91 3,02 3,13 3 1,23 1,77 2,12 2,38 2,58 2,75 2,89 3,01 3,11 4 1,21 1,75 2,11 2,37 2,57 2,74 2,88 3,00 3,10 5 1,19 1,74 2,10 2,36 2,56 2,73 2,87 2,99 3,10 6 1,17 1,73 2,09 2,35 2,56 2,73 2,87 2,99 3,10 7 1,17 1,73 2,09 2,35 2,55 2,72 2,87 2,99 3,10 8 1,16 1,72 2,08 2,35 2,55 2,72 2,87 2,98 3,09 9 1,16 1,72 2,08 2,34 2,55 2,72 2,86 2,98 3,09 10 1,16 1,72 2,08 2,34 2,55 2,72 2,86 2,98 3,09 11 1,15 1,71 2,08 2,34 2,55 2,72 2,86 2,98 3,09 12 1,15 1,71 2,07 2,34 2,55 2,72 2,85 2,98 3,09 13 1,15 1,71 2,07 2,34 2,55 2,71 2,85 2,98 3,09 14 1,15 1,71 2,07 2,34 2,54 2,71 2,85 2,98 3,08 15 1,15 1,71 2,07 2,34 2,54 2,71 2,85 2,98 3,08 >15 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704 2,847 2,970 3,078 da número Metrologiade Científica e Industrial - Capítulo - (slide 45/64) m = número de ciclos Fundamentos g= amostras x número de11operadores Exemplo de Ensaio de Repetitividade Foram realizadas três medições por cada peça. Dois operadores foram envolvidos e Dez amostras (peças) foram medidas. m=3 g = 10 x 2 = 20. Da tabela 11.2, d2 = 1,693. A amplitude média é 0,00235 mm. s Re R 0,00235 0,00139 d2 1,693 Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 46/64) Peças 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Medição 1 20,010 20,003 20,018 20,011 20,012 20,016 20,008 20,013 20,012 20,005 Medição 2 20,012 20,004 20,016 20,012 20,013 20,014 20,007 20,011 20,014 20,006 Medição 3 20,011 20,006 20,017 20,010 20,010 20,014 20,008 20,010 20,012 20,007 20,011 20,004 20,017 20,011 20,012 20,015 20,008 20,011 20,013 20,006 0,002 0,003 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 0,003 0,002 0,002 Medição 1 20,011 20,003 20,015 20,013 20,014 20,014 20,004 20,010 20,014 20,004 Medição 2 20,011 20,003 20,015 20,011 20,015 20,013 20,005 20,014 20,013 20,003 Medição 3 20,010 20,005 20,017 20,011 20,012 20,015 20,007 20,011 20,011 20,006 20,011 20,004 20,016 20,012 20,014 20,014 20,005 20,012 20,013 20,004 0,001 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,003 0,004 0,003 0,003 Operadores João Média Amplitude Manuel Média Amplitude Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 47/64) Exemplo de Ensaio de Repetitividade Para este tipo de ensaio é comum exprimir a repetitividade para 99% de nível de confiança. Logo: Repe 2 * 2,576 s Re 5,152 s Re Repe 5,152 * 0,00139 0,0072 mm Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 48/64) 6. Ensaio de Reprodutibilidade Avalia a variabilidade natural do processo de medição quando realizada em condições variadas que espelham a realidade do processo de medição. Envolve medições com distintos operadores e pode envolver períodos de tempo mais longos e variações ambientais típicas do processo de medição. Se existe influência significativa do operador, as médias globais das medições feitas por cada operador serão significativamente diferentes. A carta de controle das médias é usada. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 49/64) 6. Ensaio de Reprodutibilidade A reprodutibilidade pode ser estimada a partir do desvio padrão da mistura das medições repetidas de todos os operadores. Alternativamente, podem ser estimada a partir da diferença entre as médias globais para cada operador por: s OP R OP d2 R OP Maior Média - Menor Média Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 50/64) 6. Ensaio de Reprodutibilidade De forma similar, é comum exprimir a reprodutividade com 99% de nível de confiança: Repro C 5,152 sOP A expressão acima está “contaminada” pela repetitividade. Descontaminando, fica: 2 R OP (5,152 s Re ) 2 Repro 5,152 d2 nr Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 51/64) Peças 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Medição 1 20,010 20,003 20,018 20,011 20,012 20,016 20,008 20,013 20,012 20,005 Medição 2 20,012 20,004 20,016 20,012 20,013 20,014 20,007 20,011 20,014 20,006 Medição 3 20,011 20,006 20,017 20,010 20,010 20,014 20,008 20,010 20,012 20,007 20,011 20,004 20,017 20,011 20,012 20,015 20,008 20,011 20,013 20,006 0,002 0,003 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 0,003 0,002 0,002 Medição 1 20,011 20,003 20,015 20,013 20,014 20,014 20,004 20,010 20,014 20,004 Medição 2 20,011 20,003 20,015 20,011 20,015 20,013 20,005 20,014 20,013 20,003 Medição 3 20,010 20,005 20,017 20,011 20,012 20,015 20,007 20,011 20,011 20,006 20,011 20,004 20,016 20,012 20,014 20,014 20,005 20,012 20,013 20,004 0,001 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,003 0,004 0,003 0,003 Operadores João Média Amplitude Manuel Média Amplitude Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 52/64) Exemplo de Ensaio de Reprodutibilidade Médias dos dois operadores em cada peça 20.013 LSC 20.010 X 20.008 LIC 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Peças Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 53/64) Exemplo de Ensaio de Reprodutibilidade Operador Média global João 20,0107 Manuel 20,0103 R OP 20,0107 - 20,0103 0,0004 mm sOP 0,0004 0,00024 mm 1,693 0,0004 (5,152 0,00139) 2 Repro 5,152 0,000001 1,693 10 2 2 Repro 0,00000 mm (a influência do operador não é significativa sobre o processo de medição) Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 54/64) 7. Ensaio de Variação Peça a Peça (VP) A variação peça a peça pode ser estimada a partir do desvio padrão das médias das diferentes peças. Alternativamente, podem ser estimada a partir da amplitude entre peças (diferença entre a maior das médias e a menor das médias) por: RP sP d2 VP 5,152 sP Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 55/64) Exemplo de Ensaio de Variação Peça a Peça (VP) Peças Operadores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 João Média 20,011 20,004 20,017 20,011 20,012 20,015 20,008 20,011 20,013 20,006 Manuel Média 20,011 20,004 20,016 20,012 20,014 20,014 20,005 20,012 20,013 20,004 20,011 20,004 20,016 20,011 20,013 20,014 20,006 20,011 20,013 20,005 Média da peça RP = 20,016 – 20,004 = 0,012 mm 0,012 sP 0,0071 mm 1,693 VP 5,152 sP 5,152 0,0071 0,036 mm Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 56/64) 7. Ensaio de Variação Peça a Peça (VP) Avalia a variabilidade natural do processo de fabricação peça a peça. Analisa as variações das médias de medições de distintas peças naturalmente extraídas do processo produtivo. A carta de controle das médias é usada. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 57/64) 8. Análise da Variação Total do Processo Avalia as variações totais do processo. Engloba as variações do sistema de medição, entre operadores e do processo de fabricação. É calculado a partir das estimativas dos desvios padrão associados à repetitividade (sRe), à reprodutibilidade (sOP) e do processo de fabricação (sP). Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 58/64) 7. Ensaio de Variação Peça a Peça (VP) sT s s 2 Re 2 OP s 2 P VT 5,152 sT Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 59/64) 8. Avaliação do Parâmetro R&R Muito usada na indústria para verificar a adequabilidade do processo de medição. Resulta da combinação da repetitividade com a reprodutibilidade. Freqüentemente é considerada com a variabilidade total da medição, excluindo a variação devido à própria peça e a tendência do processo de medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 60/64) 8. Avaliação do Parâmetro R&R De forma absoluta, R&R é calculado por: R & R Repe 2 Repro 2 Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 61/64) 8. Avaliação do Parâmetro R&R É mais comum exprimir o índice R&R de forma relativa como: um percentual do intervalo de tolerância do produto: %R & R TOL R &R 100 IT Um percentual da faixa de variação total do processo: %R & R VT R&R 100 VT Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 62/64) Interpretação do Parâmetro R&R %R&R %R&R < 10% 10% ≤ %R&R ≤ 30% %R&R > 30% Conclusão Processo de medição aceitável Processo de medição pode ser aceitável, dependendo da importância da aplicação, custo do sistema de medição e dos custos para obter melhorias. Processo de medição não é aceitável e precisa ser melhorado. Devem ser feitos esforços para identificar os problemas e minimizá-los. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 63/64) R & R Repe 2 Repro 2 (0,0072 ) 2 02 0,0072 mm Exemplo de Avaliação do Parâmetro R&R No exemplo do Manuel e João: R & R Repe 2 Repro 2 (0,0072)2 02 0,0072 mm %R & R VT R&R 0,0072 100 100 18,9% VT 0,038 %R & R TOL R&R 0,0072 100 100 4,5 % IT 0,16 Portanto, sob esses dois aspectos, o processo de medição é aceitável para a tarefa de medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 64/64)