XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UMA MICRO-EMPRESA Clenita Ana Trento (FABE) [email protected] Dinassir Girardi (FABE) [email protected] É cada vez mais crescente a necessidade de estar preparado para atender à um mercado globalizado e exigente, que muda dia-a-dia impondo a necessidade de alternativas e estratégias às empresas que querem manter-se competitivas e atuantes. EEste mercado é ainda pior nas pequenas e médias empresas, fato que motivou o desenvolvimento deste trabalho. A Lany Moda Íntima, empresa que atua no mercado de lingeries é uma destas empresas que sentiu a necessidade de uma estrutura formal para dar suporte às decisões, aproveitando as oportunidades do mercado e preparar-se de maneira antecipada às possíveis ameaças. Para isso, foi desenvolvido o Planejamento Estratégico, avaliando primeiramente todas as suas potencialidades e pontos fracos, bem como o ambiente externo, através de uma análise macro-ambiental. A consolidação desta análise permitiu verificar que a empresa encontra-se na posição de desenvolvimento, amparada pela predominância de pontos fortes e oportunidades do mercado. Com o desejo dos proprietários, foi elaborado o perfil estratégico da empresa, com a definição da visão, missão, valores e os objetivos estratégicos que darão suporte às decisões e alternativas desejadas, através de ações monitoradas por indicadores e prazos pré-definidos. Cabe salientar, no entanto, que este planejamento não é estático e precisa ser reavaliado constantemente sob a ótica de seus resultados, bem como, pelas mudanças que podem ocorrer no ambiente em que a empresa está inserida. Palavras-chaves: Planejamento estratégico, análise ambiental, estratégias, objetivos XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 1. Introdução É comum as empresas preocuparem-se com o futuro, determinando em que posição estarão, com que concorrentes competir, bem como o mercado em que estarão inseridas. Para isso, Tiffany e Peterson (1998) mencionam que o Planejamento Estratégico é uma poderosa ferramenta de gestão com possibilidade de transformar a empresa em um negócio bemsucedido. Para Hitt, Ireland e Hoskisson (2005), independente do tamanho da empresa, todas enfrentam uma concorrência globalizada crescente, uma vez que suas atividades não se restringem mais à mercados regionais relativamente seguros. As empresas devem ver o mundo cada vez mais como o seu mercado É diante desses desafios que se propõe, de que forma o planejamento estratégico, considerando as características e singularidades do setor em estudo, pode ser elaborado como um fator de competitividade e uma ferramenta de gestão? Então, faz-se necessário desenvolver o Planejamento Estratégico na empresa, proporcionando uma melhora nos resultados obtidos com a tomada de decisão do empresário em face ao ambiente que está inserido. Para isso é preciso identificar as estratégias vigentes adotadas pela empresa; avaliar a empresa identificando os pontos fortes e fracos; analisar o ambiente em que está inserida, verificando ameaças e oportunidades atuais e futuras da empresa; propiciar a criação da visão e missão da empresa e desenvolver as estratégias de atuação. 2. Revisão Conceitual A estratégia, segundo Mintzberg e Quinn (2001), é o padrão ou plano que integra as principais metas e políticas de uma organização e, desde que bem formulada, pode ordenar e alocar seus recursos, evidenciando suas competências e deficiências internas relativas. Já, a Administração estratégica, de acordo com Certo e Peter (1993), é definida como um processo contínuo e interativo que visa manter a organização como um conjunto integrado ao seu ambiente. Para isso, é necessário que os seus administradores se dediquem a uma série de etapas, como: execução da análise do ambiente, estabelecimento de uma diretriz organizacional, formulação da estratégia organizacional, implementação da estratégia organizacional e exercício do controle estratégico. Assim sendo, a Administração Estratégica é a capacitação da organização, de forma a permitir que as decisões administrativas e operacionais estejam de acordo com as decisões estratégicas, harmonizando a procura da eficiência e a eficácia da organização (FISCHMANN E ALMEIDA 1991). Com relação ao objetivo deste trabalho e em sua forma mais específica, o planejamento estratégico geralmente é identificado como uma técnica administrativa. Almeida (2003) define que este tem por objetivo ordenar as idéias para poder criar uma visão do caminho que se deve seguir, enquanto que, Oliveira (1998) afirma que seu propósito pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, que proporcionam à organização uma situação real para avaliar as implicações futuras ou as decisões presentes. Fischmann e Almeida (1991) acrescentam ainda, que esta técnica possibilita a análise do ambiente de uma organização, fazendo o levantamento de suas oportunidades e ameaças, dos 2 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 seus pontos fortes e fracos, para o cumprimento de sua missão. Através disso se estabelece o propósito e a direção que a organização deverá seguir. Então, para desenvolver um planejamento estratégico, a empresa deve conhecer o limite de suas forças e habilidades no meio em que atua, para que possa criar vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes (TUBINO, 2000). Embora cada modelo de planejamento possua características distintas, de acordo com Oliveira (1998) resumem-se de uma forma geral à estabelecer como resultados: - direcionamento dos esforços da organização; consolidação da missão, visão, valores e propósitos que animam a organização; elaboração do programa de atividades que integra toda a sua estrutura, e; estabelecimento de estratégias para um período de tempo com prioridades estabelecidas. Segundo Kaplan e Norton (2004, p.5), “não existem duas organizações que pensem a sua estratégia da mesma maneira”, o que leva a concluir que o modelo escolhido a ser trabalhado deve seguir a linha de conhecimento, aprendizado e cultura da organização. Assim, devido ao grande número de metodologias disponíveis, destaca-se, a metodologia de Fischmann e Almeida (1991), que consiste em dois estágios, o primeiro é composto por cinco etapas, configurando-se no planejamento estratégico propriamente dito e composto pela análise do ambiente, definição dos objetivos e metas, formulação e seleção das estratégias. O segundo estágio é composto de três etapas que se resumem à implementação, execução e acompanhamento do planejamento estratégico, conforme mostra a Figura 1. ETAPA 1 ETAPA 3 ETAPA 2 Análise interna (pontos fortes e pontos fracos) Definição de objetivos e metas Análise externa (oportunidades e ameaças) Formulação de estratégias alternativas ETAPA 4 ETAPA 5 Estabelecimento de critérios Seleção de estratégias 1º ESTÁGIO ETAPA 6 ETAPA 7 Implementação da estratégia Execução do Plano estratégico ETAPA 8 Avaliação e Controle 2º ESTÁGIO Figura 1: Diagrama simplificado do processo de planejamento estratégico Fonte: Adaptado de Fischmann e Almeida (1991) De acordo com Lobato (2002), o processo de planejamento estratégico inicia-se, efetivamente, a partir da determinação do negócio da empresa, uma vez que visa determinar o seu âmbito de atuação, e é a partir da visão e missão da empresa que pode-se estabelecer ações que serão implementadas, analisadas e acompanhadas visando atingir os objetivos e metas estipuladas do negócio. 3 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Partindo-se deste pressuposto, Costa (2006) destaca que a visão de uma empresa deve destacar para onde a mesma está caminhando ou quem ela deseja ser, não é apenas um sonho, é um modelo mental, claro, de uma situação altamente desejada e possível de ser. Neste sentido, tem-se a missão de uma organização, que para Certo e Peter (1993) como também para Almeida (2003), é a proposta para a qual, ou a razão pela qual uma organização existe, servindo para delimitar o seu campo de atuação e possibilidades de suas ações. Já, para Oliveira (1998), a missão é a determinação do motivo central do planejamento estratégico, a determinação de onde a empresa quer ir, e corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou onde irá atuar. Quanto aos valores, Costa (2006) afirma que são suas características, suas virtudes e as suas qualidades, as quais podem ser avaliadas. São atributos muito importantes para a organização, ou seja, virtudes que devem ser preservadas e incentivadas. Porém, esse processo de nada adianta se não levar em consideração o ambiente em que a organização está inserida, e uma das formas de avaliação da empresa encontra-se focada na análise SWOT, que é uma ferramenta que ajuda a empresa em seu planejamento estratégico, pois, segundo Lobato (2002), permite um estudo crítico da realidade interna e externa da organização, permitindo aos executivos selecionar a estratégia adequada para atingir os objetivos da empresa. De acordo com Oliveira (1998), aplicando-se a matriz SWOT, derivada do inglês Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças) é possível, de acordo com a Figura 2, levando-se em consideração os ambientes internos e externos, identificar algumas opções estratégicas para a organização. INTERNO EXTERNO DIAGNÓSTICO Predominância de Predominância de Forças Fraquezas Predominância de opção pela estratégia de opção pela estratégia de sobrevivência manutenção Ameaças Predominância de opção pela estratégia de opção pela estratégia de crescimento desenvolvimento Oportunidades Figura 2: A matriz SWOT e a possibilidade de estratégias. Fonte: Adaptado de Oliveira (l998) Para que seja possível efetuar esta análise é necessário a avaliação dos ambientes tanto internos à organização, quanto externos. Para Oliveira (1998), a análise externa tem por finalidade estudar a relação entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, assim como avaliar a atual posição, produto-mercado e perspectivas quanto a sua posição futura. De acordo com Oliveira, (1991) o ambiente empresarial não é um conjunto estável, uniforme e disciplinado, mas um conjunto bastante dinâmico em que atua constantemente grande quantidade de forças, de diferentes dimensões e naturezas e que muda a cada momento pelo fato de que cada uma dessas forças pode interferir e interagir com as demais forças do ambiente. 4 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Assim sendo, o primeiro enfoque do processo estratégico de acordo com Wright et al (2000), é sobre o macroambiente da organização, que mesmo sem exercer poder algum sobre ele, as empresas precisam estar constantemente monitorando-o. Para melhor entender esta análise, Hitt, Ireland e Hoskisson (2005), subdividem-no em segmentos identificados como: demográfico, econômico, político-jurídico, sociocultural e tecnológico. Já, no fator interno, a análise compreende um estudo das forças, das fraquezas, limitações e incertezas estratégicas, além dos pontos neutros da empresa, já que estes poderão se transformar em fortes ou fracos ao longo do tempo (AAKER 2001). Estes pontos fortes e fracos, de acordo com Oliveira (1998), são o perfil de ativos e qualificações em relação à concorrência, incluindo recursos financeiros, postura tecnológica, identificação de marcas e outros. 3. Metodologia É através da metodologia da pesquisa que foram definidos os critérios e métodos para a elaboração, desenvolvimento e implantação do planejamento estratégico, pois de acordo com Collis e Hussey (2005), metodologia é maneira global de tratar o processo de pesquisa, desde a base teórica até a coleta/análise dos dados. Utilizou-se, do modelo de pesquisa exploratória, que segundo os autores, é realizada sobre um problema ou questão de pesquisa, tem como objetivo procurar padrões, idéias ou hipóteses, utiliza técnicas como estudo de caso, observação e análises históricas, os quais podem oferecer dados qualitativos ou quantitativos. Assim trabalhou-se na forma de um Estudo de Caso que, segundo Yin (2005), é uma investigação empírica de um fenômeno dentro de seu contexto da vida real, para o qual há muito mais variáveis de interesse do que ponto de dados, fazendo com que o resultado seja baseado em várias fontes de evidências. Os dados foram coletados através de análises documentais fornecidos pela empresa, método da observação e entrevistas com os proprietários e funcionários, proporcionando identificar quais os investimentos que impulsionaram a empresa nos últimos meses e os fatores por eles considerados como críticos para o sucesso da organização, ajudando a identificar os seus pontos fortes e fracos. Também, utilizou-se uma pesquisa de satisfação aplicada em um trabalho de conclusão na área de marketing, pois pela definição de Yin (2005), os dados para o estudo de caso podem estar baseados em fontes de evidências. Com base na fundamentação teórica apresentada, estruturou-se o Planejamento Estratégico para a organização, uma micro-empresa que fabrica e comercializa lingeries, presente no mercado há 3 anos, que mesmo com um nível de produção e vendas considerado bom pelos proprietários, nunca trabalhou sob uma ótica de planejamento estruturado. O primeiro ponto trabalhado através da metodologia proposta por Fischmann e Almeida foi a definição, juntamente com os proprietários, da visão, missão e também os valores Na seqüência foi realizada a avaliação da estratégia vigente, que consistiu em analisar quais foram os investimentos e decisões que mais influenciaram a gestão da organização nos últimos meses, ou seja, como foram alocados os recursos da empresa. Em seguida foi realizada a avaliação do ambiente interno sob sua forma de atuação, com a avaliação da atual estrutura da empresa, observando os pontos fortes e fracos da empresa, em conjunto com o gestor. A definição dos pontos fortes e fracos foi realizada através da análise de capacidades 5 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 da empresa, dos diferenciais, dos produtos, dos funcionários, da força de venda, da situação financeira, do estoque, do atendimento ao cliente, dos custos, do processo produtivo e outros itens específicos julgados importantes pelo empresário. Esta identificação do desempenho da empresa, segundo Almeida (2003), normalmente é feito de forma comparativa, seja com empresas concorrentes, e/ou semelhantes pelo porte ou localização geográfica. Na realização da análise externa da empresa, levou-se em consideração uma adaptação da análise macroambiental, investigando as tendências do mercado, tanto na área econômica, política, legal, demográfica e social, proporcionando um possível entendimento da posição em que a empresa se encontra, na avaliação de suas oportunidades e ameaças. Também analisou-se quais vantagens competitivas a empresa está oferecendo, com relação aos seus concorrentes. Utilizou-se uma pesquisa de satisfação aplicada em um trabalho de conclusão na área de marketing, pois de acordo com Golde (1986), as informações externas também irão contribuir para esclarecer o comportamento do mercado e da indústria. Ao fim desta avaliação e antes de elaborar a estratégia e o planejamento que irá nortear a empresa, foi preciso examinar com cautela todas as atividades realizadas nos processos anteriores, considerando que a estratégia deve condizer com os objetivos e com as metas já estabelecidas, elaborando então um plano para suportar este planejamento. 4. Análise e interpretação dos dados A empresa tem como atividade principal a fabricação de roupas íntimas femininas com uma gama de produtos bem diversificada e englobada à qualquer faixa etária. Os modelos e cores produzidos não seguem à um padrão definido, nem modelo específico, os mesmos são produzidos a partir da tendência de mercado, com a empresa não trabalhando sob encomenda, os modelos são fabricados e ofertados ao mercado. Assim, de acordo com os proprietários, a empresa está tendo sucesso devido a diversidade, qualidade, renovação constante dos modelos e cores, preço justo e, pela busca constante de novos mercados. A crescente competitividade no setor obriga cada vez mais as empresas a efetuarem mudanças em seus sistemas tornando-as competitivas, assim como mantê-las no mercado. As ações muitas vezes são simplesmente por decisões casuais do tipo o que produzir, como também, onde efetuar novos e possíveis investimentos (MINTZBERG e QUINN, 2001). Na avaliação da situação atual percebe-se que a empresa não possui material em estoque nas “mãos” das revendedoras. Apesar de um grande número, todo o produto é vendido, ou seja, na entrega para as revendedoras é emitido um boleto para pagamento da mercadoria, que no passado era feito de forma condicional. Como não havia o pagamento as revendedoras detinham um grande volume de estoque que não vendido retornava para a fábrica. Com esta alteração no sistema de vendas reduziu-se o estoque de material e consequentemente um maior comprometimento das revendedoras, pois a mercadoria passou a ser sua responsabilidade. Esta política permitiu também a redução de modelos obsoletos, muito embora ainda se permita a troca de mercadorias. O aumento da produção realizado pela fábrica nos últimos meses, possibilita a compra de matérias-primas em um volume maior. O que antes era realizada somente no atacado, passou a ser direto das fábricas, proporcionando uma redução no custo dos materiais utilizados. 6 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Em 2007, também foi realizada a substituição de 03 equipamentos que estavam defasados e a aquisição de 05 novos, com novas tecnologias e modernidade, possibilitando assim a diversificação do mix de produtos oferecidos e uma maior qualidade. No decorrer de sua existência foram feitas várias adequações de layout, com reorganização do processo, eliminação dos contra-fluxos e aumento da produtividade, proporcionada pelo arranjo em células, com setores de corte, costura, revisão e estoque. Foi realizada também, a aquisição de um software para o maior controle da produção e acompanhamento das vendas que também passou e ser feita em loja própria, anexa á fábrica, com novos balcões e expositores, possibilitando assim um melhor atendimento e apresentação dos produtos que antes eram comercializados na fábrica. 4.1. Visão Ampliar o mercado de vendas no Sul do País, estando entre as principais empresas do mercado de lingeries e reconhecida pela excelência de produtos com um atendimento diferenciado. 4.2. Missão Produzir moda íntima feminina, com qualidade, conforto e durabilidade, oferecendo modelos diversificados e modernos que satisfaçam as expectativas dos funcionários e promovam o encantamento dos clientes em qualquer idade, através de beleza e sensualidade. 4.3. Valores a) b) c) d) e) Melhoria contínua; Ética nos relacionamentos; Excelência empresarial; Satisfação dos clientes; Competência profissional. 4.4. Análise ambiental Uma avaliação importante para definir os pontos fortes e ou fracos, portanto interno à organização, pode estar relacionado à expectativa e percepção dos clientes em relação aos pontos avaliados. No auxílio desta definição foram utilizados como dados primários os obtidos através de uma pesquisa de satisfação realizada como trabalho acadêmico, e pela percepção dos proprietários de forma comparativa aos seus concorrentes. Estes pontos fortes e fracos compõem a análise swot demonstrada na Figura 3. A análise externa deu-se através de uma avaliação macroambiental, dos fatores que de alguma forma influenciam nas decisões tomadas pela empresa e dadas a seguir. 4.4.1. Variáveis culturais Embora não haja influência direta na relação da empresa, um dos fatores do macro ambiente diz respeito aos fatores culturais, dos quais destaca-se o nível de alfabetização da população. De acordo com o IBGE (2007), entre os números estatísticos que mais revelam a desigualdade de um povo, o índice de analfabetismo é particularmente expressivo. E a redução de 5,2% do número absoluto de analfabetos no país, entre 2005 e 2006, é uma vitória que está sendo comemorada pelo governo federal, junto com todas as entidades, estados, municípios e empresas que participaram dos projetos espalhados pelo país inteiro. 7 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 O desenvolvimento do País e, principalmente de consolidar políticas públicas inovadoras é o que prevê o Plano Plurianual para o período 2008-2011. Além disso, os números dão ênfase grande à educação. Para cumprir os seus objetivos principais é preciso muito empenho político e principalmente uma participação da sociedade no acompanhamento das propostas e nas suas repercussões sobre onde os recursos serão aplicados. Os parâmetros econômicos utilizados na feitura da proposta para os próximos quatro anos, como o salário mínimo em 2011 de R$ 529,73, redução da Taxa Selic chegando a 8,54% e um crescimento anual do PIB em torno de 5% fornecem condições para que os investimentos previstos sejam coerentes com a capacidade de crescimento do país daqui para frente. 4.4.2. Variáveis tecnológicas De acordo com Pereira (2007), uma grande novidade tecnológica na área de vestuário, passou a ser a utilização da fibra de bambu. O bambu é uma planta que pertence à família das gramíneas e tem como principal característica a sustentabilidade, resistência, flexibilidade, o rápido crescimento e ainda é uma fonte nutritiva. O fio de bambu durante algum tempo foi importado da Indonésia e da China, até que em 2005 algumas malharias começaram a trazer a matéria-prima para o Brasil. Mesmo estando no mercado nacional há 5 anos, a fibra já conquistou grande espaço na indústria têxtil e isso é apenas o começo, pois a tendência é que a produção deste no Brasil aumente ainda mais. As fibras naturais são extraídas diretamente das varas de bambu, através de um processo mais barato que do algodão e está sendo muito divulgado pelo fato da matéria-prima ser renovável interessando principalmente às empresas preocupadas com o meio ambiente. A fibra ecologicamente correta possui um grande número de vantagens: 100% biodegradável, é inibidor de odores, hipoalérgico, é muito absorvente, seca rápido e é leve, sendo apropriada para o verão. As peças feitas a partir dela são extremamente confortáveis. 4.4.3. Variáveis econômicas Através de análise feita pelo Banco Central (2007), percebe-se que houve um crescente avanço da inflação no último ano. Cabe salientar ainda que, apesar de mostrar a possibilidade de redução gradativa nos próximos anos, o aumento da inflação de preços dos produtos industriais dependerão basicamente das condições atuais e prospectivas de demanda do mercado consumidor. Com relação à taxa de juros percebe-se uma lenta redução, que desde o início do ciclo de flexibilização da política monetária em setembro de 2005, foi reduzida gradativamente. Sendo que, parcela substancial disto ocorreu nos últimos 9 meses e permanecerá estável nos próximos, suportado por uma decisão do governo de manter um ambiente de estabilidade e previsibilidade do cenário macroeconômico. Através da Tabela 1, podemos observar os principais indicadores econômicos e suas perspectivas para os próximos anos. 2007 Câmbio, inflação e juros Taxa de câmbio final de período (R$ / US$) Selic (final de período %) INPC (em %) FIPE (em %) IGP-M (em %) 1,87 11,05 4,40 3,96 5,21 2008 1,92 10,23 4,14 3,91 4,16 2009 2,01 9,55 4,04 3,96 4,18 2010 2,06 9,18 4,09 3,95 4,14 8 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Fiscal Resultado primário (% PIB) 3,85 Dívida líquida setor público / PIB (% PIB) 43,40 Externo Exportações (US$ bilhões) 156,05 Importações (US$ bilhões) 113,98 Saldo (US$ bilhões) 42,07 PIB / Produção Prod. Industrial (em %) 5,04 PIB taxa de crescimento real (em %) 4,74 Tabela 1: Indicadores Econômicos Fonte: Banco Central (2007) 3,67 41,66 3,58 39,56 3,51 37,80 167,42 132,02 35,40 175,22 144,45 30,77 182,59 155,20 27,39 4,65 4,38 4,61 4,18 4,36 4,17 De acordo com o PAC (2007), um dos componentes de demanda a puxar o crescimento do PIB tem sido o consumo das famílias. As expectativas indicam que o consumo das famílias deverá crescer 6,1% neste ano, sendo este crescimento o resultado de uma combinação favorável de fatores, quais sejam: a expansão da massa salarial; a queda da taxa de desemprego; o aumento do crédito para pessoas físicas; o aumento real do salário mínimo e os programas de transferência de renda do Governo Federal (atualmente o programa Bolsa Família atende a 11,1 milhões de brasileiros). Para o período entre 2007 e 2010, o desafio da política econômica do governo federal é aproveitar o momento histórico favorável do País e estimular o crescimento do PIB e do emprego, intensificando ainda mais a inclusão social e a melhora na distribuição de renda. Através de dados do Banco Central (2007), o Copom reafirma o diagnóstico, de que, além de conter as pressões inflacionárias de curto prazo, a política monetária tem contribuído de maneira importante para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. Com relação aos indicadores de produção, obtidos junto ao Brasil.gov (2007), percebe-se de um modo geral, o crescimento em produção que a indústria atingiu no ano de 2007, em especial a indústria do vestuário e acessórios, atingindo a marca de 3,5% até julho/07. Enquanto que o crescimento da indústria do vestuário, no acumulado do ano foi de 3,5%, as vendas, tiveram um acréscimo de 10,1% no igual período, indicando que existe ainda a possibilidade de crescimento das indústrias do ramo (BRASIL.GOV 2007). 4.4.4. Variáveis sociais e demográficas O Brasil iniciou em 2003 a implantação de um novo modelo de desenvolvimento econômico e social, que combina crescimento da economia com distribuição de renda e proporciona a diminuição da pobreza com a inclusão de milhões de brasileiros e brasileiras no mercado formal de trabalho. Esta condição oferecida ao longo desses quatro anos permite que se caminhe em direção a um crescimento mais acelerado e de forma sustentável, uma vez que a economia brasileira tem grande potencial de expansão. Este desenvolvimento social deve dar conta ao crescimento da população feminina na ordem de 8,87% até o ano de 2015, de acordo com as estimativas obtidas junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2007). O cenário se repete para a população masculina, os dados indicam um crescimento total na população de 8,10% até o ano de 2015. 9 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 4.4.5. Variáveis legais De acordo com Brasil.gov (2007), juntamente com o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, criado pelo governo federal em 2003, criou-se a “Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas”, que unifica a cobrança dos tributos federais, estaduais e municipais para as micro e pequenas empresas; reduz a parcela dos tributos federais; amplia o universo de empresas beneficiadas pela tributação simplificada; agiliza a abertura e o fechamento de empresas e cria regimes favorecidos para essas empresas nas compras governamentais. 4.4.6. Variáveis políticas Segundo informações do brasil.gov (2007), em 2007 houve o reajuste do valor do salário mínimo para R$ 380,00 e o estabelecimento de uma política de longo prazo para elevação de seu valor real. No período compreendido entre 2008 e 2011, o salário mínimo sofrerá reajustes iguais à inflação (INPC) acrescida da taxa de crescimento real do PIB com dois anos de defasagem. Estas medidas estão sendo tomadas no intuito de dar continuação ao aumento real do salário mínimo até 2011, além da estabilização dos gastos da Previdência Social em relação ao PIB brasileiro. De acordo com informações obtidas do site do PAC (2007), o bom momento da economia têm sido atribuído às decisões de política econômica tomadas pelo governo Lula, mais especificamente no período 2003-2006, onde as prioridades do governo foram reduzir a inflação, estabilizar as finanças públicas, diminuir a vulnerabilidade externa, combater a pobreza e melhorar a distribuição de renda no Brasil Diante destes cenários e de acordo com as possibilidades levantadas pelos proprietários como pontos fortes e fracos, fez-se uma junção destes com as ameaças e oportunidades do mercado e ambiente em que a empresa está inserida, possibilitando observar através da análise swot que a organização encontra-se em uma posição de desenvolvimento, caracterizada pela predominância de forças e oportunidades, conforme observado na Figura 3. INTERNO DIAGNÓSTICO EXTERNO Predominância de Ameaças Predominância de Oportunidades Predominância de Fraquezas Predominância de Forças - Dificuldade para encontrar o produto (fraqueza) - Redução de vendas (ameaça) - Aumentos constantes no custo da matéria-prima (ameaça) - Redução do poder de compra com necessidade reduzida dos produtos; (ameaça) - Propaganda (fraqueza) - Custo (fraqueza) - Pós venda (fraqueza) - Falta de uma estrutura formal (fraqueza) - Visualização de novos mercados (fraqueza) - Possibilidade de exportar os produtos (oportunidade) - Parceria de negócios (oportunidade) - Entrada de novos concorrentes (ameaça) - Falta de rotas de atendimento (ameaça) - Tecnologia (força) - Entregas pontuais (força) - Mão-de-obra qualificada (força) - Inovação (força) - Qualidade do produto (força) - Baixa rotatividade/absenteísmo(força) - Atendimento (força) - Diversidade de produtos (força) - Durabilidade do produto (força) - Desenvolvimento de novos produtos (oportunidade) - Inexistência de concorrentes na região (oportunidade) - Absorção de mercados concorrentes (oportunidade) 10 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Atuar em outras regiões (oportunidade) - Venda em atacados (oportunidade) - Aumento das vendas (oportunidade) Figura 3: Análise SWOT Fonte: Dados da autora (2007) 4.5. Objetivos estratégicos Para Wright, Kroll e Parnell (2000), os objetivos representam finalidades genéricas na direção das quais os esforços da empresa são orientados, devendo sempre ser verificados com especificidade e com metas definidas, caso contrário não fornecerão uma orientação clara para a tomada de decisão administrativa, nem permitirão uma avaliação do desempenho da empresa, para isso forma definidos objetivos de marketing, produção, finanças e recursos humanos, descritos nas tabelas dos objetivos. Para o desenvolvimento de tais objetivos, se faz necessário a criação de estratégias, que se traduzem em uma forma de pensar no futuro, com procedimentos formalizados e articuladores de resultado, ou seja, uma verdadeira programação (MINTZBERG E QUINN, 2001). Segundo Wright, Kroll e Parnell (2000), a estratégia refere-se aos planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização, e foram classificadas de curto e longo prazo, também presentes nas tabelas dos objetivos. 4.6. Desdobramento dos objetivos e estratégias Parece óbvio que o estabelecimento de objetivos e desafios são básicos para qualquer atividade ou negócio, uma vez que não se sabendo aonde se quer chegar com a empresa, qualquer caminho servirá. Porém, de acordo com Oliveira (1991), os objetivos só terão sua validade se puderem ser aplicados na prática, é preciso então que se disponha de um conjunto de métodos e meios, cuja aplicação, conduza aos objetivos estabelecidos, portanto para o desenvolvimento dos objetivos propostos foram desenvolvidas as Tabelas abaixo, orientando as ações a serem tomadas para seu desenvolvimento e aplicação. Objetivos de MARKETING - Aumentar a satisfação dos clientes com qualidade e atendimento diferenciado - Oferecer promoções e preços acessíveis aos clientes - Fidelização de clientes Estratégias e Ações Meta Prazo Responsável 80% 11/2008 Proprietários 01 Mensal 80% 12/2009 Indicadores Proprietários Proprietários 11 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 - Capacitar a equipe em atendimento e vendas; - Utilizar pesquisas de satisfação de clientes para a melhoria contínua; - Adquirir matéria-prima de qualidade; - Atender os desejos e necessidades dos clientes; - Desenvolver um sistema de pós-venda; - Investir em novos produtos; - Aumentar o mix de produtos oferecidos; - Desenvolver site, para veiculação e comunicação; - Disponibilizar o conhecimento dos produtos e a marca para os clientes. - Reduzir despesas; - Oferecer redução de preços aos clientes; - Investir em marketing, promoções e eventos. - Desenvolver processos de melhorias na produção; - Desenvolver outros modelos de produtos; Satisfação clientes: Clientes satisfeitos X 100 Número de clientes Reclamações: Máximo 3 reclamações/mês Participação em eventos: Mínimo 1 por ano Número de promoções realizadas no ano. Aumento do número de clientes: Nr. Clientes 2008 X 100 - 100 Nr. Clientes 2007 Tabela 2: Objetivos de marketing Fonte: Dados da autora (2007) De acordo com a Tabela 2 os objetivos de marketing serão suportados com no mínimo 80% de seus clientes satisfeitos, 1 promoção mensal e a fidelização de clientes, buscando-se através das estratégias descritas um aumento do número de clientes para 2008, na faixa de 10%, relacionado aos que estavam cadastrados em 2007. Objetivos de PRODUÇÃO - Otimizar e aumentar a capacidade produtiva - Inovar com novos produtos Estratégias e Ações - Desenvolver processos de melhorias na produção; - Identificar indicadores de produtividade na produção; - Criação e gerenciamento de indicadores de processo (indicadores de perdas, produtividade, capacidade); - Qualificar a mão-de-obra; - Promover treinamentos aos profissionais ligados à empresa. - Possibilitar a utilização da internet como ferramenta de trabalho e pedidos de venda - Utilizar pesquisas de satisfação de clientes para a melhoria contínua; - Atender os desejos e necessidades dos clientes; - Desenvolver e investir em novos modelos de produtos; - Aumentar o mix de produtos oferecidos. Meta Prazo Responsável 15% Anual Proprietários 15 11/2008 Proprietários Indicadores Produtividade: Qtde produtos produzidos Nr. horas trabalhadas Crescimento de vendas: Vendas 2008 X 100 - 100 Vendas 2007 Nr. Lançamentos Produtos no ano Satisfação clientes: Clientes satisfeitos X 100 Número de clientes Tabela 3: Objetivos de produção Fonte: Dados da autora (2007) De acordo com a Tabela 3, pode-se observar o atendimento aos objetivos de produção, com otimização e aumento da capacidade produtiva na meta de 15% ao ano, buscando com isso, um crescimento também nas vendas. Para atender o objetivo de inovação, estará se trabalhando a meta de no mínimo 15 novos lançamentos até novembro de 2008. Objetivos de FINANÇAS - Aumentar a rentabilidade e retorno sobre o capital investido Meta Prazo Responsável 5% anual Proprietários 12 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 - Reduzir custos. Estratégias e Ações - Implantar uma administração financeira e fluxo de caixa; - Ampliar a carteira de clientes com novos nichos de mercado e manter os atuais; - Desenvolver processos de melhorias na produção; - Aumentar o número de representantes e vendedores; - Reduzir despesas; - Aprimorar e atualizar o sistema de custos industriais; - Reduzir encargos financeiros nas compras de matériasprimas; - Fortalecer as parcerias para vendas e distribuição. - Criação e gerenciamento de indicadores de processo (indicadores de perdas, produtividade, capacidade). 5% 11/2008 Proprietários Indicadores Retorno sobre patrimônio: Lucro líquido (LL) X 100 Patrimônio Líquido (PL) Lucratividade: Faturamento / Receitas Despesas / gastos Quantificar perdas: Tecido não aproveitado X 100 Tecido gasto Tabela 4: Objetivos de finanças Fonte: Dados da autora (2007) A Tabela 4, diz respeito aos objetivos de finanças, aumentar a rentabilidade e retorno sobre o patrimônio investido, ao qual se projeta 5% ao ano, e também a redução de custos, na meta de 5% até novembro de 2008, obtidos com melhorias no processo produtivo. Objetivo de RECURSOS HUMANOS - Proporcionar a melhoria do desenvolvimento e desempenho de funcionários Estratégias e Ações - Proporcionar ambiente de trabalho agradável e de alta sinergia; - Promover palestras/treinamentos com profissionais especializados focando questões diversas; - Divulgar aos colaboradores os princípios e valores que a empresa adota; - Promover treinamentos aos profissionais ligados à empresa. Meta Prazo Responsável 15 hs anual Proprietários Indicadores Horas treinamento por funcionários Tabela 5: Objetivo de recursos humanos Fonte: Dados da autora (2007) Um dos focos importantes a qualquer organização é o investimento realizado em seus colaboradores e de acordo com a Tabela 5, pretende-se obter no mínimo 15 horas de treinamento e/ou palestras por ano, à cada funcionário da empresa, alinhando-os sempre, às estratégias e objetivos da organização. 5. Considerações finais Pode-se perceber através da realização deste trabalho quem nem todas as inserções de mercado exercem influência na administração, que está relacionada diretamente à visão do administrador e missão da empresa. A busca por informações de um futuro incerto, também se torna oneroso e desgastante, principalmente às pequenas e médias empresas que muitas vezes limitam-se à um fluxo de caixa para sua sobrevivência, como também, a realização deste planejamento estratégico, não será garantia de sucesso. Cabe salientar, no entanto, que as estratégias e ações definidas, por si só, não farão sentido caso não sejam implementadas e controladas com afinco na busca incessante do atingimento das metas e padrões propostos. 13 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Apesar de o planejamento estratégico ser uma das ferramentas administrativas que vem recebendo muitas críticas, relacionadas principalmente à sua rigidez de processo, o planejamento deve ser visto como uma ferramenta que possibilita reflexões e análises sobre os possíveis acontecimentos futuros, propiciando conhecer melhor seu ambiente de atuação, preparando a organização para mudanças e ainda antecipar-se à elas. É importante então considerar, que as constantes alterações que ocorrem no ambiente empresarial demandam um processo de gestão flexível, precisando que este seja revisto e adaptado constantemente, permitindo uma interação maior da empresa com seu ambiente. É por isso que o processo estratégico nas empresas desenvolve-se com o tempo e, para serem competitivas, precisam não apenas concentrar-se em adotar estratégias condizentes com seus recursos, suas habilidades e condições ambientais, mas devem desenvolver também ações voltadas ao desenvolvimento de suas potencialidades. 6. Referências AAKER, David A. Administração Estratégica de Mercado. Porto Alegre: Bookman, 2001. ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de Planejamento Estratégico. São Paulo: Atlas, 2003. BANCO CENTRAL (2007). Banco Central do Brasil. Disponível em http://www.bcb.gov.br/?COPOM129. Acesso em 07 de outubro de 2007. BRASIL (2007). Brasil.gov. Disponível em http://www.brasil.gov.br/. Acesso em 07 de outubro de 2007. CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul. Administração Estratégica: Planejamento e Implantação da Estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993. COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração: 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. COSTA, Eliezer Arantes da. 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