1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA MARCOS ANDRADE DE OLIVA AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO CERVICAL DO COMPONENTE UCLA UTILIZADO EM PRÓTESE FIXA DO TIPO PROTOCOLO: ESTUDO COMPARATIVO COM MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA. Feira de Santana, BA 2013 2 MARCOS ANDRADE DE OLIVA AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO CERVICAL DO COMPONENTE UCLA UTILIZADO EM PRÓTESE FIXA DO TIPO PROTOCOLO: ESTUDO COMPARATIVO COM MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, da Universidade Estadual de Feira de Santana como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Biotecnologia. Orientador: Prof. Dr. Aristóteles Góes Neto Co-orientador:Prof a. Dr a. Maria Emilia Santos Pereira Ramos Feira de Santana, BA 2013 3 À minha família que me apóia de forma incondicional. 4 AGRADECIMENTOS A DEUS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PELO ACOLHIMENTO PARA REALIZAÇÃO DO DOUTORADO. APOIO FINANCEIRO DO PROGRAMA DE BOLSA CAPES. INSTITUTO NACIONAL DE EXPERIMENTOS E PESQUISAS ODONTOLÓGICAS - INEPO, NA PESSOA DO PRESIDENTE E AMIGO, PROF. FABIO BEZERRA. S.I.N. - SISTEMAS DE IMPLANTES, NA PESSOA DO ENGENHEIRO PROF. RICARDO LUIZ CIUCCIO, PELO SUPORTE NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO. DESTAK -LABORATÓRIO PELA DEDICAÇÃO AO NOSSO TRABALHO. PROFESSOR DR. ARISTÓTELES GÓES NETO PELO APOIO E AJUDA NA CONCRETIZAÇÃO DESTE TRABALHO. PROFESSORA DRa. MARIA EMÍLIA SANTOS PEREIRA RAMOS PELO APOIO DECISIVO PARA A CONTINUAÇÃO E CONCLUSÃO DESTE TRABALHO. PROFESSORAS DRa. SILVIA REIS E DRa. ALENA MEDRADO SEMPRE PRONTAS A ME AMPARAR. MUITO OBRIGADO. SR. HELTON RICARDO CARNEIRO JÚNIOR, SECRETÁRIO DO PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA, POR TODA SUA DEDICAÇÃO E EXTREMA COMPETÊNCIA EM SUAS ATIVIDADES. 5 RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a adapatação cervical dos pilares protéticos tipo UCLA para confecção da prótese protocolo inferior sobre quatro implantes com conexão hexágono externo em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram utilizados nove modelos em alumínio, divididos em quatro grupos: a) MINI (mini-abutments de 1mm); b) UCLA (abutments UCLA calcinável fundido com a barra protética); c) EUCLA (abutments UCLA com cinta metálica): d) EUCLA/BARRA (abutments UCLA com cinta metálica fundido com a barra protética). O grupo MINI foi utilizado como grupo controle. Após a aplicação de torque recomendado pelo fabricante, o grau de adaptação entre os implantes e pilares protéticos foi avaliado sob MEV em três pontos equidistantes na face vestibular e na face lingual de cada interface I-P, de maneira padronizada. O grupo UCLA apresentou maior desadaptação (10.8±2.2µm) quanto comparado aos demais grupos (p<0.05). Não houve diferença estatisticamente significante entre o grupo EUCLA (5.4±2.6µm) e o grupo EUCLA/BARRA (7.0±2.2µm) (p>0.05). O grupo MINI (3.1 ± 1.3µm) obteve os menores valores de desadaptação entre os protocolos avaliados (p<0.05). Dentro dos limites desse estudo, o grupo UCLA apresentou maiores discrepâncias marginais verticais quando comparado aos demais grupos. PALAVRAS CHAVE: Implante dentário. Interface implante-pilar protético. Conexão implantepilar protético. Pilar protético. Prótese implanto-suportada. Microscópio eletrônico de varredura. 6 ABSTRACT The aim of this study was to evaluate in vitro the implant-abutment interface misfits of external hex UCLA abutments used for full-arch implant supported prosthesis via scanning electron microscopy (SEM). Nine solid models with four implants each were divided in four groups: a) MINI (1mm mini-abutments); b) UCLA (plastic castable abutments with infrastructure); c) EUCLA (plastic castable abutments with milled Co-Cr base); and d) EUCLA/BARRA (plastic castable abutments with milled Co-Cr base and infrastructure). The group MINI was used as control. After applying the recommended torque by the manufacturer, the measurements of vertical misfits were obtained via SEM before and after casting in three points at the exact same distance on the buccal and lingual surfaces. The UCLA group presented statistically different results and the most critical interface misfit (10.8 ± 2.2µm) when compared to the other groups (p <0,05). There was no statistically significant differences in the EUCLA group (5.4±2.6µm) and EUCLA/BARRA group (7.0±2.2µm) (p>0.05). Within the limits of this study, the UCLA group used for full-arch implant supported prosthesis presented worse results when compared to the other groups at SEM analysis. KEYWORDS: Dental implants. Dental implant-abutment interface. Dental implant-abutment connection. Dental abutment. Implant-supported dental prosthesis. Scanning electron microscopy. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO GERAL 2 CAPÍTULO 1 8 11 INTRODUÇÃO 13 MATERIAIS E MÉTODO 15 RESULTADOS 19 DISCUSSÃO 21 CONCLUSÃO 23 REFERÊNCIAS 24 3 CONCLUSÃO GERAL 27 4 REFERÊNCIAS 28 5 ANEXOS 31 8 1 INTRODUÇÃO GERAL Dados do Ministério da Saúde (2004) demonstram que no Brasil, apenas 55% dos adolescentes têm todos os dentes. Entre os idosos, três a cada quatro não têm nenhum dente funcional na boca. Ao todo, são 30 milhões de brasileiros desdentados. Desses, oito milhões precisam de prótese total. Desta forma, a reabilitação implanto-suportada apresenta-se como uma opção de tratamento a reposição dos elementos dentários perdidos, permitindo recuperar a função, a estética, o conforto e a fonação, com vantagens sobre as próteses convencionais. As próteses sobre implantes, em comparação com as próteses removíveis, apresentam maior eficiência mastigatória, estabilidade, retenção, conforto e segurança, além de beneficiar psicologicamente os pacientes, permitindo grandes mudanças em sua auto-estima e elevando o padrão de qualidade de vida (PRIEST, 1999). Neste contexto, os implantes dentários têm sido cada vez mais utilizados, sendo que para se atingir o sucesso do tratamento reabilitador, é importante estabelecer adequada biomecânica ao conjunto prótese-implante. A maioria dos implantes dentários apresentam uma porção intra-óssea, em titânio, e um pilar protético transmucoso sobre o qual é confeccionado o trabalho protético. Os pilares são conectados aos implantes, após o procedimento cirúrgico ou após a osseointegração, através de um mecanismo de encaixe, associado a parafusos (MCGLUMPHY et al., 1998; COELHO et al., 2007). O encaixe desses componentes de modo impreciso pode influenciar negativamente o prognóstico do tratamento com implantes dentários (SKALAK, 1983; JANSEN et al., 1997). A má adaptação entre o implante e o pilar protético (I-P) pode submeter o conjunto a cargas indesejáveis, resultando em afrouxamento ou fratura do parafuso protético, ou fratura do corpo do implante comprometendo o sucesso do tratamento reabilitador. Tem sido demonstrado uma relação direta entre desadaptação e afrouxamento do parafuso protético, ou seja, quanto maior o espaço entre I-P maior as chances de afrouxamento do parafuso (SKALAK, 1983; RANGERT et al., 1989; BINON, 1996; MCGLUMPHY et al., 1998; AL-TURKI et al., 2002). Spazzin et al. (2009) realizaram um estudo, in vitro, com o objetivo de avaliar o afrouxamento do parafuso em função da desadaptação I-P em prótese fixa do tipo protocolo inferior e concluíram que é importante obter o máximo de assentamento I-P nessas reabilitações para reduzir o estresse sobre o parafuso protético e consequente afrouxamento do mesmo. Outro fator biomecânico a ser considerado é a tensão estática gerada pela falta de adaptação entre esses componentes, o qual pode ocasionar falhas no sistema prótese/implante, principalmente 9 quando essas tensões são submetidas às cargas mastigatórias (JEMT e LIE, 1995). Millington e Leund (1995) realizaram análise fotoelástica para a avaliação dos padrões de estresse gerados ao redor de implantes, alterando os níveis e a localização da desadaptação I-P, os quais concluíram que o nível de tensão estática em prótese fixa depende da dimensão e da localização da interface I-P e acrescentam que há uma relação direta entre a magnitude de desadaptação e tensão na estrutura. Markarian et al. (2007) também avaliaram, em análise fotoelástica, a distribuição de carga em prótese fixa com diferentes níveis de adaptação. Os autores confirmaram que a tensão estática aumentou em função da desadaptação I-P. Além do comprometimento mecânico, a existência de espaços entre I-P favorece o acúmulo bacteriano, o qual pode aumentar o risco de inflamações teciduais e consequentes danos à interface osso/implante. Considerando o biofilme bacteriano como um importante fator etiológico da mucosite e da peri-implantite, a infiltração bacteriana na interface I-P poderá afetar a evolução do tratamento e interferir no sucesso em longo prazo dos implantes osseointegráveis (QUIRYNEN e VAN STEENBERGHE, 1993; PERSSON et al., 1996; JANSEN et al., 1997; BROGGINI et al., 2003; DIBART et al., 2005; BROGGINI et al., 2006; COVANI et al., 2006). Broggini et al. (2003) analisaram, in vivo, os tecidos peri-implantares e a reabsorção da crista óssea relacionados a interface I-P, observando um aumento do infiltrado inflamatório na referida região e consequente aumento da reabsorção óssea. Cosyn et al. (2011) analisaram a presença de bactérias na porção interna dos pilares protéticos em implantes em função a mais de seis anos, desta forma, confirmaram a contaminação dos pilares protéticos e concluíram que a principal via de contaminação é a presença da interface I-P. Nesse sentido, a seleção adequada do pilar protético é um fator de grande relevância. Em 1988, Lewis et al., na Universidade da Califórnia (EUA), desenvolveram um pilar calcinável, denominado Universal Castable Long Abutment (UCLA), que depois de fundido seria conectado diretamente sobre a plataforma do implante com a possibilidade de restaurar proteticamente fixações mal posicionadas ou com pouco espaço interoclusal, e onde a necessidade estética não permitiria uma cinta metálica, além de tornar simplificada a restauração. Contudo, o pilar calcinável UCLA está suscetível a distorções técnico-laboratoriais, devido ao processo de fundição, podendo provocar um mau assentamento da peça sobre o implante e, desta forma, expor o tratamento ao insucesso (LEWIS et al., 1988; LEWIS, 1991 WEINBERG et al., 1993; BYRNE et al., 1998; BARBOSA et al., 2007). Apesar disso, esses componentes passaram a ser usados de forma indiscriminada pois apresentam uma alternativa de baixo custo para o tratamento reabilitador (CUNHA et al., 2010). 10 A falta de adaptação pode se agravar a partir do momento em que se realizam próteses com dois ou mais implantes, pois, além da adaptação individual, existe a necessidade de adaptação entre os demais componentes das próteses simultaneamente. Dentro desse aspecto, as reabilitações fixas implanto-suportadas que visam repor elementos dentários ausentes em todo o arco dental, também conhecidas por protocolo Branemark, são as que oferecem maior risco à desadaptação, devido à extensão e formato curvo da peça (SKALAK, 1983). Embora o protocolo original de Branemark seja constituído de cinco a seis implantes, a tendência é desenvolver um protocolo mais simples e de menor custo. O conceito “All-on-four” para reabilitações fixas implanto-suportadas vem sendo adotado com boa previsibilidade, no qual se utiliza apenas quatro implantes na região anterior de mandíbula para suportar uma prótese fixa (BRANEMARK et al., 1995; ENGQUIST et al., 2002). Malo et al. (2003) realizaram estudo retrospectivo para avaliar o sucesso do tratamento de quarenta e quatro pacientes com mandíbulas edêntulas, os quais foram reabilitados com prótese total fixa sobre quatro implantes. Os autores obtiveram taxa de sucesso acima de 96% e afirmam que o tratamento proposto pode ser adotado. Posteriormente, Malo et al. (2012) avaliaram cento e quarenta e dois pacientes reabilitados com prótese total fixa sobre quatro implantes em condições desfavoráveis (implantes com áreas de fenestração, áreas com comprometimento periodontal e áreas imediatamente após extração dentária) e obtiveram taxa de sucesso acima de 94%, reafirmando o conceito “All-on-four”. Patzelt et al. (2013) realizaram uma revisão de literatura referente ao tratamento “All-on-four” e observaram que os implantes mais utilizados apresentavam conexão hexágono externo e a taxa de sucesso estava acima de 98%. O parâmetro de adaptação em próteses sobre implantes ainda é um tema controverso. Há dificuldade de estabelecer qual o valor aceitável, o melhor método para verificar este desajuste e sua implicação clínica (SAHIN e ÇEHRELI, 2001). Apesar da dificuldade em estabelecer padrão aceitável para o desajuste entre I-P, o desafio na implantodontia continua sendo a obtenção de bom assentamento dos componentes protéticos sobre os implantes, principalmente nas reabilitações totais, buscando o ajuste da prótese às demandas estruturais e funcionais, de maneira a oferecer ao paciente a melhor reabilitação possível. Dentro deste aspecto, torna-se importante avaliar a adaptação dos pilares calcináveis UCLA em reabilitações tipo protocolo inferior, objetivando o sucesso em longo prazo. 11 2 CAPÍTULO 1 Artigo em Português * *Este artigo foi escrito de acordo com as normas do Journal of Oral Rehabilitation. 12 Avaliação da adaptação cervical do componente UCLA utilizado em prótese fixa do tipo protocolo: Estudo comparativo com microscopia eletrônica de varredura. M. A. Oliva*, F. J. B. Bezerra†, M. E. S. P. Ramos*, A. Goes-Neto*. *Programa de Pós Graduação em Biotecnologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil; † Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas - INEPO, São Paulo, Brasil. *Endereço para correspondência: Dr. M. A. Oliva, Avenida Alphaville, Alphaville, 233, 604, Salvador, BA, Brasil, 41701-015. E-mail: [email protected] 13 Introdução ! Os implantes osseointegráveis representam um grande avanço para a Odontologia, proporcionando aos pacientes a reposição dos elementos dentários perdidos, permitindo recuperar a função, estética, conforto e fonação. Estudos longitudinais demonstraram o sucesso em longo prazo dos implantes osseointegrados, porém complicações biológicas ou mecânicas têm sido relatadas, principalmente pelo desajuste entre o implante dentário e o pilar protético (I-P), resultando em falhas clínicas das reabilitações implanto-suportadas (1-3). ! A maioria dos sistemas de implantes dentários apresentam uma porção intra-óssea, em titânio, e um pilar protético transmucoso sobre o qual é confeccionado o trabalho protético. Os pilares são retidos no implante pelo emprego de um mecanismo de encaixe, associado a parafusos (4, 5). Essa conexão produz uma fenda que pode levar ao risco mecânico ou biológico (6, 7). ! A má adaptação entre I-P pode submeter o conjunto a cargas indesejáveis, resultando em afrouxamento ou fratura do parafuso protético, ou fratura do corpo do implante comprometendo o sucesso do tratamento reabilitador (6, 8, 9). Outro fator biomecânico a ser considerado é a tensão estática gerada pela falta de adaptação entre esses componentes, principalmente quando submetidos às cargas mastigatórias. Tem sido demonstrado uma relação direta entre desadaptação e afrouxamento do parafuso protético, assim como a magnitude de desadaptação e tensão na estrutura (4, 10, 11). ! Além do comprometimento mecânico, a existência de espaços na interface I-P favorece o acúmulo bacteriano, que pode aumentar o risco de inflamações teciduais e consequentes danos à interface osso/ implante. Considerando o biofilme bacteriano como um importante fator etiológico da peri-implantite, a infiltração bacteriana na interface I-P poderá afetar a evolução do tratamento e interferir no sucesso em longo prazo dos implantes osseointegráveis (3, 7, 12-14). ! Neste contexto, a adaptação das próteses sobre implantes é um fator fundamental para o sucesso longitudinal nos trabalhos reabilitadores. Por conseguinte, um dos maiores desafios na execução dos trabalhos protéticos implanto-suportados é o de escolher peças que tenham adaptação precisa e passiva sobre os implantes, visando evitar tensões que possam levar a complicações mecânicas e biológicas. Karl et al. (2005) (15) demonstraram que a adaptação passiva das estruturas e componentes protéticos sobre implantes é afetada pelo material e pelo processo de fabricação dos mesmos. ! Em 1988, Lewis et al. (16), na Universidade da Califórnia (EUA), desenvolveram um pilar calcinável, denominado Universal Castable Long Abutment (UCLA) que, depois de fundido, seria conectado 14 diretamente sobre a plataforma do implante com a possibilidade de restaurar proteticamente fixações mal posicionadas ou com pouco espaço interoclusal, e onde a necessidade estética não permitiria uma cinta metálica, além de tornar simplificada a restauração. Com a fundição desse pilar calcinável, a distorção no processo de confecção pode provocar um mau assentamento da peça sobre o implante, criando uma interface que favoreceria o aparecimento de peri-implantite. Com o objetivo de manter as características dos pilares UCLA com melhor assentamento I-P surgiram pilares UCLA com bases pré-usinadas em ligas nobres ou semi-nobres (17). ! A falta de adaptação pode se agravar em próteses com dois ou mais implantes, pois, além da adaptação individual, existe a necessidade de adaptação entre os demais componentes das próteses simultaneamente (6). Dentro desse aspecto, as reabilitações fixas implanto-suportadas que visam repor elementos dentários ausentes em todo o arco dental, também conhecidas por protocolo Branemark, são as que oferecem maior risco à desadaptação, devido à extensão e formato curvo da peça. Embora o protocolo original de Branemark fosse constituído de cinco a seis implantes, a tendência é desenvolver um protocolo mais simples e de menor custo para o paciente. O conceito “All-on-four” para reabilitações fixas implantosuportadas vem sendo adotado com boa previsibilidade, no qual se utiliza apenas quatro implantes na região anterior de mandíbula para suportar uma prótese fixa (18, 19). ! Considerando as variáveis envolvidas e a importância em se obter adaptação das próteses tipo protocolo sobre implantes, o objetivo desse trabalho foi avaliar in vitro a adaptação cervical dos pilares protéticos tipo UCLA para confecção da prótese protocolo inferior sobre quatro implantes com conexão hexágono externo em microscopia eletrônica de varredura (MEV). 15 Materiais e métodos Materiais ! Para a realização deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais: trinta e seis implantes Tryon (SA 307); doze mini-abutments (MA 4101)*; doze UCLA calcináveis (UCLA 400-Q)*; doze UCLA com cinta metálica (EUCLA 400-Q)*; e um torquímetro mecânico (KTMEC)*. Métodos ! Confecção dos modelos: Foram confeccionados nove modelos de estudo padronizados (32X14X07 mm) em alumínio contendo quatro implantes (SA 307)* do tipo hexágono externo de plataforma regular, com 3,75 mm de diâmetro e 7 mm de comprimento, dispostos com o espaçamento de 3 mm entre os mesmos. Após a sequência de fresagem (fresadora CNC modelo VF1)‽ recomendada pelo fabricante, os implantes foram instalados nos modelos de alumínio, com torquímetro mecânico (TMECC)*, posicionados em formato de "U" (Fig. 1 e 2). Fig.1. Desenho esquemático do modelo em alumínio (32X14X07mm). Detalhe A em escala 4:1. 16 ! Obtenção dos corpos de prova:! Foram utilizados nove modelos em alumínio com quatro implantes cada, divididos em quatro grupos: a) MINI (mini-abutments de 1 mm (MA 4101))*; b) UCLA (abutments UCLA (UCLA 400-Q) fundidos com a barra protética)*; c) EUCLA (abutments UCLA com cinta metálica (EUCLA 400-Q))*; e d) EUCLA/BARRA (abutments UCLA com cinta metálica (EUCLA 400-Q)* fundidos com a barra protética). O Grupo UCLA foi obtido através do assentamento de quatro abutments UCLA calcináveis e confecção da barra protética. Após a confecção da mesma, foi aplicado torque de 32 Ncm, conforme preconizado pelo fabricante* (Fig. 3, A, B e C) e as interfaces de adaptação entre os componentes e os implantes foram avaliados sob microscopia eletrônica de varredura (Modelo JSM-6390LV/GS) (MEV)†. O Grupo EUCLA foi obtido através do assentamento de quatro abutments UCLA com cinta metálica com um torque de 32 Ncm, conforme preconizado pelo fabricante* (Fig. 3, D). Após o torque, as interfaces de adaptação entre os componentes e os implantes foram avaliados sob MEV†. O Grupo EUCLA/BARRA foi obtido através da confecção da barra protética sobre os corpos de prova do grupo EUCLA. Após a confecção da mesma, foi aplicado torque de 32 Ncm, conforme preconizado pelo fabricante* (Fig. 3, E e F) e as interfaces de adaptação entre os componentes e os implantes foram avaliados sob MEV†. O Grupo MINI (grupo controle) foi obtido através do assentamento de quatro mini-abutments com torque de 20 Ncm, conforme preconizado pelo fabricante* (Fig. 3, G e H). Após o torque, as interfaces de adaptação entre os componentes e os implantes foram avaliados sob (MEV)†. O aperto do parafuso dos pilares protéticos, em todos os grupos, foi realizado com o auxílio de um torquímetro mecânico (KTMEC)* e o corpo de prova fixado em um torno de bancada†., ! Confecção da barra protética: Foi incluído um corpo-de-prova (seccionado) por anel de inclusão de silicone n.4 com capacidade para 90g‡. Sobre a superfície livre foram unidos quatro canais de alimentação em cera‡ de 2mm de diâmetro. Esses, por sua vez, foram ligados à base formadora de cadinho por uma trave, da mesma cera, com diâmetro de 5mm. Para se evitar a formação de bolhas, Calibra-express®¶ foi espatulado manualmente por 15 segundos e mecanicamente à vácuo por 60 segundos (Polidental Multivac 4)§. Em seguida, o anel de inclusão foi preenchido sob vibração. Foram utilizados 100g da liga de níquelcromo-molibdênio da marca Remanium® CSe ‡, com 61% Ni, 26% Cr, 11% Mo, 1,5% Si, e menos de 1% de Fe, Co, Ce. O conjunto foi ao forno elétrico (7000 – 5P)☥ pré aquecido à temperatura de 900oC quando a cera, uma vez volatizada, gerou o molde que por fim foi preenchido pelo metal fundido (ponto de fusão entre 1260oC e 1350oC). A injeção do metal liquefeito deu-se por meio de uma centrífuga. Após resfriamento do 17 conjunto, foi realizada soldagem a arco elétrico (Kernit®)#. A peça recebeu acabamento com disco à base de óxido de alumínio ❡ e polimento com disco de borracha✚. Fig. 2. Vista superior dos 09 modelos em alumínio (32X14X07mm) com os implantes instalados . ! Avaliação da interface I-P: Para a aferição do grau de adaptação entre os implantes e pilares protéticos foi realizado a avaliação sob microscopia eletrônica de varredura (Modelo JSM-6390LV/GS)†, imediatamente após o torque dos parafusos, em três pontos equidistantes na face vestibular e na face lingual de cada interface I-P, de maneira padronizada. A magnificação utilizada foi de 1000 vezes. As imagens obtidas foram mensuradas em sistema de medição computadorizado (Jeol Scanning Electron Microscope)† (Anexo I). ! Análise estatística: Inicialmente os dados foram avaliados quanto à normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Após a detecção e ajuste da normalidade, foi realizada a Análise de Variância one-way, seguido do teste de Tukey para detecção das diferenças entres os grupos. Foi realizado um cálculo posthoc do estudo, considerando o desvio padrão médio da desadaptação, sendo determinado um poder do estudo de 92%. Foi considerado um nível de significância de 5% para todas as análises. 18 Fig. 3: Pilares UCLA posicionados (A) e posterior confecção da barra fundida (B e C). Pilares UCLA com cinta metálica posicionados (D) e posterior confecção da barra fundida (E e F). Mini-abutments posicionados no modelo (G e H). Visão da área de assentamento dos pilares mini-abutment, UCLA com cinta metálica e UCLA calcinável (respectivamente, esquerda para direita) (I). * S.I.N., Sistema de Implante Nacional, São Paulo, Brasil. ‽ Hass, Oxnard, Califórnia. † Jeol, Tóquio, Japão. †Metalsul, Santa Catarina, Brasil. ‡ Dentaurum, Ispringen, Alemanha. ¶ Protechno, Girona, Espanha. § Degussa, Hanau, Alemanha. ☥ EDG Equipamentos e controle Ltda, São Paulo, Brasil. # Compact, São Paulo, Brasil. ❡ Talmax, Paraná, Brasil. ✚ Dedeco, Nova Iorque, Estados Unidos. 19 Resultados " Na análise da média de todas as regiões foi detectada uma diferença estatisticamente significativa entre o grupo UCLA para todos os outros grupos avaliados (p<0.05), sendo observada uma maior desadaptação neste grupo. Além disso, EUCLA e EUCLA/BARRA também mostraram maior desadaptação que o grupo MINI (p<0.05), embora sem diferença estatisticamente significativa entre si (p>0.05). O grupo MINI foi o grupo com os menores valores de desadaptação entre os protocolos avaliados (p<0.05) (Tabela 1 / Anexo II). Tabela 1. Análise da desadaptação (µm±desvio padrão) encontrada nos diferentes protocolos avaliados. Grupo Média ± Desvio padrão (µm) UCLA 10.8 ± 2.2 A EUCLA/BARRA 7.0 ± 2.2 B EUCLA 5.4 ± 2.6 B MINI 3.1 ± 1.3 C p <0.0001 Letras maiúsculas distintas na vertical indicam diferença estatisticamente significante entre os grupos pelo teste ANOVA/ Tukey, p<0.05. ! A figura 4 mostra a desadaptação vertical entre o implante e o componente protético dos grupos avaliados. Pode-se notar a superfície irregular dos componentes após a fundição nos grupos UCLA e EUCLA/BARRA (B e D, respectivamente) e uma maior desadaptação no grupo UCLA (B). As imagens correspondem às médias da desadaptação vertical encontradas em cada grupo. Na figura 5 fica demonstrado o cenário mais crítico para o assentamento vertical encontrado no grupo MINI (7µm) (A), assim como no grupo UCLA (27µm) (B). 20 Fig. 4. As imagens correspondem às médias da desadaptação vertical vista por microscopia eletrônica de varredura dos grupos MINI (A), UCLA (B), EUCLA (C) e EUCLA/BARRA (D). (Aumento de 1000X). Fig. 5. Desadaptação vertical vista por microscopia eletrônica de varredura demonstrando o cenário mais crítico no grupo MINI (7µm) (A) e no grupo UCLA (27µm) (B). (Aumento de 1000X). 21 Discussão ! Desde o surgimento dos implantes osseointegráveis na Odontologia, a utilização dos mesmos em indivíduos parcial ou totalmente edêntulos vem buscando aprimorar os princípios biomecânicos. A adaptação entre I-P é um importante fator a ser considerado para o sucesso longitudinal nos trabalhos reabilitadores (6). Os resultados do presente estudo mostraram que o grupo UCLA apresenta uma maior desadaptação vertical que todos os outros grupos avaliados. Além disso, EUCLA e EUCLA/BARRA também mostraram maior desadaptação vertical que o grupo MINI (p<0.05), embora sem diferença significativa entre si (p>0.05). O grupo MINI foi o grupo com os menores valores de desadaptação vertical entre os protocolos avaliados (p<0.05). ! O resultado do presente estudo reforça a afirmativa que o pilar calcinável UCLA apresenta maiores discrepâncias marginais verticais entre as superfícies de união I-P e que os pilares usinados são mais precisos. Isso se deve ao fato dos pilares calcináveis estarem mais propensos à sensibilidade técnicalaboratorial, gerando problemas quanto à contração de fundição, técnica de inclusão, método de fundição, tipo de liga odontológica utilizada e contração da liga (16, 20, 21). Baseado em trabalhos que corroboram com resultados apresentados, a seleção dos mini-abutments no grupo controle está fundamentado na melhor adaptação dos componentes usinados (16, 20, 21). ! Na comparação entre os grupos MINI e EUCLA, os resultados demonstram que os componentes pré-fabricados de titânio (grupo MINI) apresentaram menores níveis de desajuste vertical quando comparados ao UCLA com base em Co-Cr (grupo EUCLA). Esses resultados podem ser explicados pela diferença no material dos componentes, ou seja, os componentes pré-fabricados são de uma liga de titânio, enquanto as bases metálicas dos pilares UCLA são de Co-Cr. Essa última liga é muito mais rígida que o titânio, o que poderia dificultar o processo de usinagem para obtenção dos componentes. Uma outra hipótese seria a melhora da adaptação após o aperto do parafuso (10, 22). Apesar do torque do parafuso ter sido maior no grupo EUCLA (32Nm), os abutments em titânio, presentes no grupo MINI, são mais flexíveis resultando em melhor adaptação após o torque do parafuso. Estudos para avaliação dessas hipóteses devem ser realizados. ! O processo de fundição da barra não demonstrou ter alterado a adaptação vertical entre I-P, o que é possível observar quando se compara o grupo EUCLA e o grupo EUCLA/BARRA. Isso pode ter sido 22 favorecido pelo método de fundição e soldagem utilizado para confecção destas peças. Sabe-se que a desadaptação em peças fundidas, principalmente as extensas e em curva, tem a tendência de se agravar, pois a infra-estrutura se torna única, o que causa uma maior distorção, porém, quando seccionada e soldada, a infra-estrutura apresenta menores distorções (23, 24). Além disso, o estudo apresentado não simulou procedimentos clínicos para a confecção da infra-estrutura, dessa forma, foram eliminados os possíveis fatores como procedimentos de moldagem, material de impressão, expansão de cristalização do gesso especial e confecção do modelo mestre, os quais poderiam influenciar a adaptação da interface I-P (23). ! No entanto, quando falamos em obtenção de adaptação, além do uso de métodos de compensação para a distorção da infra-estrutura, também é necessário avaliar a geometria e disposição dos implantes no arco, pois os mesmos também podem influenciar os componentes mecânicos das reabilitações implantosuportadas (6). Um modelo padrão em alumínio com a disposição dos implantes de forma similar para todos os grupos, assim como a confecção de barras fundidas padronizadas foi utilizado com o objetivo de eliminar essas possíveis variáveis na comparação entre grupos. O fato de este estudo ter trabalhado com quatro implantes para reabilitações fixas implanto-suportadas em mandíbulas edêntulas baseia-se em trabalhos anteriores nos quais tal procedimento proporcionou altos índices de sobrevivência para os implantes com baixo custo (18, 19). Com isso o uso de quatro implantes vem ganhando cada vez mais indicação na reabilitação de mandíbulas edêntulas, o que reforça a importância do estudo apresentado. ! Ao serem analisadas as imagens de MEV, verificou-se que os pilares que sofreram processo de fundição apresentaram a base de assentamento com superfície bastante irregular quando comparados aos pilares antes da fundição. Apesar de o processo de fundição não ter interferido na adaptação vertical, as imagens demonstram que o processo de fundição promoveu uma superfície irregular, criando uma interface que pode favorecer o desenvolvimento de peri-implantite (25). ! O parâmetro de adaptação em próteses sobre implantes é um tema controverso. Há dificuldade de se estabelecer qual o valor aceitável, o melhor método para verificar este desajuste e sua implicação clínica (23). Apesar da dificuldade em estabelecer padrão aceitável para o desajuste entre I-P, a literatura demonstra uma relação positiva entre a magnitude de desadaptação e o comprometimento biomecânico das reabilitações implanto-suportadas (4, 10, 11). Dessa forma, o presente estudo demostra que o Grupo 23 UCLA apresenta a maior média de desadaptação vertical entre os grupos avaliados, o que sugere um comportamento biomecânico desfavorável. Conclusão ! Dentro dos limites desse estudo, pilar calcinável UCLA para confecção da prótese tipo protocolo inferior sobre quatro implantes com conexão hexágono externo apresenta maiores discrepâncias marginais quando comparado aos demais grupos. 24 Referências 1. Bahat O. Brånemark system implants in the posterior maxilla: clinical study of 660 implants followed for 5 to 12 years. Int J Oral Maxillof Implants. 2000;15:646. 2. Karoussis IK, Brägger U, Salvi GE, Burgin W, Lang N P. Effect of implant design on survival and success rates of titanium oral implants: a 10-year prospective cohort study of the ITI dental implant system. Clin Oral Implants Res. 2004;15:8. 3. García-Bellosta S, Bravo M, Subirá C, Echeverría JJ. Retrospective study of the long-term survival of 980 implants placed in a periodontal practice. Int J Oral Maxillofac Implants. 2010;25:613. 4. McGlumphy EA, Mendel DA, Holloway JA. Implant screw mechanics. Dent Clin North Am. 1998;42:71. 5. Coelho AL, Suzuki M, Dibart S, Silva N, Coelho PG. Cross-sectional analysis of the implant-abutment interface. J Oral Rehabil. 2007;34:508. 6. Skalak R. Biomechanical considerations in osseointegrated prostheses. J. prosth. Dent. 1983;49:843. 7. Jansen VK, Conrads G, Richter EJ. Microbial leakage and marginal fit of the implant-abutment interface. Int J Oral Maxillofac Implants. 1997;12:527. 8. Binon PP. The effect of implant⁄abutment hexagonal misfit on screw joint stability. Int J Prosthodont. 1996;9:149. 9. al-Turki LE, Chai J, Lautenschlager EP, Hutten MC. Changes in prosthetic screw stability because of misfit of implant- supported prostheses. Int J Prosthodont. 2002;15:38. 10.Millington ND, Leung T. Inaccurate fit of implant superstructures. Part I: stresses generated on the superstructure relative to size of fit discrepancy. Int J Prosthodont. 1995;8:511. 11.Spazzin AO, Henriques GE, de Arruda Nobilo MA, Consani RL, Correr-Sobrinho L, Mesquita MF. Influence of Prosthetic Screw Material on Joint Stability in Passive and Non-Passive Implant-Supported Dentures. Open Dent J. 2009;3:245. 25 12.Broggini N, McManus LM, Hermann JS, Medina R, Schenk RK, Buser D et al. Peri-implant inflammation defined by the implant-abutment interface. J Dent Res. 2006;85:473. 13.Covani U, Marconcini S, Crespi R, Barone A. Bacterial plaque colonization around dental implant surfaces. Implant Dent. 2006;15:298. 14.Cosyn J, Van Aelst L, Collaert B, Persson GR, De Bruyn H. The peri-implant sulcus compared with internal implant and suprastructure components: A microbiological analysis. Clin Implant Dent Relat Res. 2011;13:286. 15.Karl M, Rosch S, Graef F, Taylor T, Hechmann S. Static implant loading caused by as-cast metal and ceramic-veneered superstructures. J Prosthet Dent. 2005;93:324. 16.Lewis S, Beumer J, Hornburg W, Moy P. The “UCLA” abutment. Int J Oral Maxillofac Implants. 1988;3:183. 17.Lewis, SG. An Esthetic Titanium Abutment: report of thecnique. Int J Oral Maxillofac Implants. 1991;6:195. 18.Branemark PI, Svensson B, van Steenberghe D. Ten year survival rates of fixed prostheses on four or six implants ad modum Branemark in full edentulism. Clin Oral Implants Res. 1995;6:227. 19.Malo P, Nobre MA, Lopes A. Immediate rehabilitation of completely edentulous arches with a four-implant prosthesis concept in difficult conditions: an open cohort study with a mean follow-up of 2 years. Int J Oral Maxillofac Implants. 2012;27:1177. 20.Jaini LJ, Mallan SA, Zarina R. A Comparative Study on Microgap of Premade Abutments and Abutments Cast in Base Metal Alloys. J Oral Implantol. 2012; 9. [Epub ahead of print] 21.Barbosa GA, Simamoto Junior PC, Fernandes Neto AJ, de Mattos MG, Neves FD. Prosthetic laboratory influence on the vertical misfit at the implant/UCLA abutment interface. Braz Dent J. 2007;18:139. 22.Moraes LM, Rossetti PH, Rossetti LM, Pedreira AP, Valle AL, Bonachela WC. Marginal fit at cylinderabutment interface before and after overcasting procedure. J Appl Oral Sci. 2005;13:366. 26 23.Sahin S, Çehreli MC. The significance of passive framework fit in implant prosthodontics: current status. Implant Dent. 2001;10:85. 24.Yannikakis S, Prombonas A. Improving the fit of implant prosthetics: an in vitro study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2013; 28:126. 25.Quirynen M, Papaioannou W, van Steenberghe D. Intraoral transmission and the colonization of oral hard surfaces. J Periodontol. 1996;67:986. Agradecimentos CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Brasil S.I.N., Sistema de Implante Nacional, São Paulo, Brasil. INEPO, Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas, São Paulo, Brasil. 27 3 CONCLUSÃO GERAL O presente estudo in vitro mostrou que pilar calcinável UCLA para confecção da prótese tipo protocolo inferior sobre quatro implantes com conexão hexágono externo apresenta maiores discrepâncias marginais verticais entre as superfícies de união I-P e que os pilares usinados avaliados são mais precisos. Além disso, reforça a necessidade de se questionar o uso dos pilares calcináveis UCLA em próteses sobre implante, visando à longevidade dos tratamentos reabilitadores. 28 4 REFERÊNCIAS AL-TURKI L.E., CHAI J., LAUTENSCHLAGER E.P., et al. Changes in prosthetic screw stability because of misfit of implant- supported prostheses. Int. J. Prosthodont., 15: 38-42, 2002. BARBOSA G.A., SIMAMOTO JUNIOR P.C., FERNANDES NETO A.J., et al. Prosthetic laboratory influence on the vertical misfit at the implant/UCLA abutment interface. Braz. Dent. J., 18: 139-43, 2007. BINON P.P. The effect of implant⁄abutment hexagonal misfit on screw joint stability. Int. J. Prosthodont., 9: 149-60, 1996. BRANEMARK P.I., SVENSSON B., VAN STEENBERGHE D. Ten year survival rates of fixed prostheses on four or six implants ad modum Branemark in full edentulism. Clin. Oral Implants Res., 6: 227-231, 1995. BROGGINI N., MCMANUS L.M., HERMANN J.S., et al. Persistent acute inflammation at the implant-abutment interface. J. Dent. Res., 82: 232–237, 2003. BROGGINI N., MCMANUS L.M., HERMANN J.S., et al. Peri- implant inflammation defined by the implant-abutment inter- face. J. Dent. Res., 85: 473–78, 2006. BYRNE D., HOUSTON F., CLEARY R., et al. The fit of cast and premachined implant abutments. J. Prosthet. Dent., 80: 182-92, 1998. COELHO A.L., SUZUKI M., DIBART S., et al. Cross-sectional analysis of the implant-abutment interface. J. Oral Rehabil., 34: 508-16, 2007. COSYN J., VAN AELST L., COLLAERT B., et al.. The peri-implant sulcus compared with internal implant and suprastructure components: A microbiological analysis. Clin. Implant. Dent. Relat. Res., 13: 286-95, 2011. COVANI U., MARCONCINI S., CRESPI R., et al. Bacterial plaque colonization around dental implant surfaces. Implant Dent., 15: 298-304, 2006. 29 CUNHA T.M.A., ROCHA P.V.B., AMOEDO R.M.P., et al. Perfil do cirurgião-dentista quanto a detalhes do planejamento em prótese sobre implantes na cidade de Salvador-Ba. Implantnews., 7: 363-8, 2010. DIBART S., WARBINGTON M., MING F.S., et al. In vitro evaluation of the implant-abutment bacterial seal: the locking taper system. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, 20: 732-37, 2005. ENGQUIST B., ASTRAND P., ANZÉN B., et al. Simplified methods of implant treatment in the edentulous lower jaw. A controlled prospective study. Part I: One-stage versus two-stage surgery. Clin. Implant Dent. Relat. Res., 4: 93-103, 2002. JANSEN V.K., CONRADS G., RICHTER E.J. Microbial leakage and marginal fit of the implant/ abutment interface. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, 12: 527-40, 1997. JEMT T., LIE A. Accuracy of implant-supported prostheses in edentulous jaw. Clin. Oral Implants Res., 6: 172-80, 1995. LEWIS S., BEUMER J., HORNBURG W., et al. The “UCLA” abutment. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, 3: 183-9, 1988. LEWIS, S. An Esthetic Titanium Abutment: report of thecnique. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, 6:195-201, 1991. MALO P., RANGERT B., NOBRE M. “ All-on-four” immediate-function concept with Branemark system implants for completely edentulous mandibles: a retrospective clinical study. Clin. Implant Dent. Relat. Res., 5: 2-9, 2003. MALO P., NOBRE M.A., LOPES A. Immediate rehabilitation of completely edentulous arches with a four-implant prosthesis concept in difficult conditions: an open cohort study with a mean follow-up of 2 years. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, 27: 1177-90, 2012. MARKARIAN R.A., UEDA C., SENDYK C.L., et al. Stress distribution after installation of fixed frameworks with marginal gaps over angled and parallel implants: a photoelastic analysis. J. Prosthodont., 16: 117-122, 2007. MCGLUMPHY E.A., MENDEL D.A., HOLLOWAY J.A. Implant screw mechanics. Dent. Clin. North Am., 42: 71-89, 1998. 30 MILLINGTON N.D., LEUNG T. Inaccurate fit of implant superstructures. Part I: stresses generated on the superstructure relative to size of fit discrepancy. Int. J. Prosthodont., 8: 511-16, 1995. PATZELT S.B.M, BAHAT O., REYNOLDS M.A., et al. The All-on-Four Treatment Concept: A Systematic Review. Clin. Implant Dent. Relat. Res., , 2013 PERSSON L.G., LEKHOLM U., LEONHARDT A., et al. Bacterial colonization on internal surfaces of Branemark system implant components,” Clin. Oral Implants Res., 7: 90–95, 1996. PRIEST G. Single-tooth implants and their role in preserving remaining teeth: a 10-year survival study. Int. J. Oral Maxillofac. Implants., 14: 181-8, 1999. QUIRYNEN M., VAN STEENBERGHE D. Bacterial colonization of the internal part of two-stage implants. An in vivo study. Clin. Oral Implants Res., 4: 158–61, 1993. RANGERT B.O., JEMT T., JORNEUS L. Force and moments on Branemark Implants. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, 4: 241-47, 1989. SAHIN, S., ÇEHRELI, M.C. The significance of passive framework fit in implant prosthodontics: current status. Implant Dent, 10: 85-90, 2001. SKALAK, R. Biomechanical considerations in osseointagrated prostheses. J. prosth. Dent., 49: 843-48, 1983. SPAZZIN A.O., HENRIQUES G.E., DE ARRUDA NOBILO M.A., et al. Influence of Prosthetic Screw Material on Joint Stability in Passive and Non-Passive Implant-Supported Dentures. Open Dent. J., 3: 245-9, 2009. WEINBERG, L.A. The Biomechanics of force distribuition in implant-supported prosthesis. Int. J. Oral Maxilofac. Implants, 8: 147-65, 1993. 31 5 ANEXO I Para a aferição do grau de adaptação entre os implantes e pilares protéticos foi realizado a avaliação sob microscopia eletrônica de varredura (Jeol, Modelo JSM-6390LV/GS) em três pontos equidistantes na face vestibular (1V, 2V, 3V) e na face lingual (1L, 2L e 3L) de cada interface I-P (Fig. 6). As imagens obtidas foram mensuradas em sistema de medição computadorizado. No ponto da avaliação interface I-P foi traçado uma linha no sentido vertical e posteriormente foi traçado duas linhas, paralelas entre si, posicionadas nos pontos de união entre a linha vertical e a superfície do implante e entre a linha vertical e a superfície do pilar protético. A distância entre essas duas linhas foi determinada em micrômetros pelo sistema de medição computadorizado (Jeol Scanning Electron Microscope) (Fig. 7). Fig. 6. Linhas vermelhas representando ponto de avaliação da adaptação vertical na plataforma do implante. 32 Fig. 7. Determinação das distâncias entre implante e pilar protético. 5 ANEXO II As medidas de desadaptação vertical (µm) realizadas em três pontos equidistantes na face vestibular (1V, 2V, 3V) e na face lingual (1L, 2L e 3L) de cada interface I-P em cada implante, em cada modelo estão apresentadas nas tabelas abaixo (Tabelas 2, 3, 4 e 5). No total foram avaliados 288 pontos. Tabela 2: Medidas de desadaptação vertical (µm) realizadas em 06 pontos (1V, 2V, 3V, 1L, 2L e 3L) em cada implante em cada modelo do grupo MINI. 1 MINI 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 4,6 5,6 4,6 4,6 4,8 4,8 IMPLANTE 02 3,2 2,4 4,2 3,2 1,8 3 IMPLANTE 03 4,4 3,2 3,8 1,2 1 0,4 IMPLANTE 04 4,2 2,6 3,8 2,6 2,8 3 2 MINI 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 0,8 0,8 0,8 7,2 6,4 7,4 IMPLANTE 02 1,4 1,4 1,8 1,8 2,2 2,4 IMPLANTE 03 1,2 0,4 0,4 2 2,4 2 IMPLANTE 04 1 0,6 1,2 0,4 0,8 0,6 3 MINI 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 4 3,2 4 3,8 4,2 4,2 IMPLANTE 02 5,4 5,47 4,2 2 2,6 3,2 IMPLANTE 03 2,8 4 2,6 2,8 3,8 3,4 IMPLANTE 04 4,71 5 5 3,8 4,2 4,4 33 Tabela 3: Medidas de desadaptação vertical (µm) realizadas em 06 pontos (1V, 2V, 3V, 1L, 2L e 3L) em cada implante em cada modelo do grupo UCLA. 1 UCLA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 12,6 7,8 9,6 13,6 8,2 17,4 IMPLANTE 02 11,2 11,8 10,4 7 8,6 9,8 IMPLANTE 03 10,8 11,8 11,2 24,2 5 2,8 IMPLANTE 04 6 7,4 19,8 14,6 13,6 13,2 2 UCLA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 13 18,8 27,2 4,6 3,6 3,8 IMPLANTE 02 5 15 10,2 3,6 4,8 7 IMPLANTE 03 7,8 13,6 9,4 12,8 4,6 3 IMPLANTE 04 3,8 4,4 4 15 15,8 8,6 3 UCLA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 6,6 17,8 21,8 1,4 6,8 12,4 IMPLANTE 02 10,2 20,2 19 1,8 1,4 2,8 IMPLANTE 03 7,8 14,8 14,2 21,4 10,2 6,6 IMPLANTE 04 6,4 13,8 12,2 25,2 19,2 17,4 34 Tabela 4: Medidas de desadaptação vertical (µm) realizadas em 06 pontos (1V, 2V, 3V, 1L, 2L e 3L) em cada implante em cada modelo do grupo EUCLA. 1 EUCLA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 3 2,6 2,6 3,6 4,8 7,6 IMPLANTE 02 7,6 7,2 6,6 5,6 5,4 6,4 IMPLANTE 03 9 7,2 8,8 9,2 6,6 9 IMPLANTE 04 3 3,4 3,2 8,2 3 3,2 2 EUCLA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 4 4 4 11 12,4 13,8 IMPLANTE 02 2,8 3,4 1,6 2,6 3,2 3 IMPLANTE 03 3 2,8 2,8 3 2,4 1,8 IMPLANTE 04 3 3,8 3 2,8 2,6 2,4 3 EUCLA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 4 3,8 3,6 3,6 4 4 IMPLANTE 02 8,4 8,2 6,8 7,6 7,2 8 IMPLANTE 03 4,6 3,6 4,4 4 4 3,6 IMPLANTE 04 9,2 9,2 9,6 10,4 10,8 11 35 Tabela 5: Medidas de desadaptação vertical (µm) realizadas em 06 pontos (1V, 2V, 3V, 1L, 2L e 3L) em cada implante em cada modelo do grupo EUCLA/BARRA. 1 EUCLA/BARRA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 10 7,8 7,6 7,6 10,8 12,6 IMPLANTE 02 6 4,8 6,6 6,8 7,4 9,4 IMPLANTE 03 5,4 6,6 7,6 5,6 5,2 5,2 IMPLANTE 04 7,6 10,6 8,6 6,8 9,6 3,8 2 EUCLA/BARRA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 9,4 8,4 7,4 5 4,8 6 IMPLANTE 02 5,8 5,4 4,6 4,8 5 5,4 IMPLANTE 03 6,4 8,8 10 8,2 7,2 3,2 IMPLANTE 04 7,8 11 14,4 18,6 14,4 7 3 EUCLA/BARRA 1V 2V 3V 1L 2L 3L IMPLANTE 01 7,2 5 4 6,8 9 12,8 IMPLANTE 02 5,8 4,6 4 3,6 2,8 5,2 IMPLANTE 03 5,2 4,8 6,2 4,6 5,8 3,2 IMPLANTE 04 3,2 4,6 5,4 6,6 5,45 7,2 36 5 ANEXO III Journal of Oral Rehabilitation PRE-SUBMISSION ADVICE AND PREPARATION Before submitting your manuscript, ensure that you refer to the requirements below, which explain the file types, structure and supporting information required for a successful submission. SUBMISSIONS THAT DO NOT CONFORM TO OUR REQUIREMENTS WILL BE UNSUBMITTED. THE EDITOR MAY REJECT YOUR SUBMISSION IF THESE GUIDELINES ARE NOT MET. Writing should be clear and simple, avoiding excessive use of the passive, and written in good clear 'international' English. Particularly if English is not your first language, before submitting your manuscript you may wish to have it edited for language. This is not a mandatory step, but may help to ensure that the academic content of your paper is fully understood by journal editors and reviewers. Language editing does not guarantee that your manuscript will be accepted for publication. If you would like information about one such service please see http://authorservices.wiley.com/bauthor/ english_language.asp. The Editor may recommend an English Language Editing Service to an author as a condition of acceptance. There are other specialist language editing companies that offer similar services and you can also use any of these. Authors are liable for all costs associated with such services. Manuscripts and tables In order to be processed by our production team, all files should be editable, prepared in an appropriate word processing package and saved as .doc or .rtf. Please note: PDF (.pdf) is not a .doc or .rtf file format and is therefore not an appropriate file type. Manuscripts should be double line spaced with 2.5cm margins. Use 10pt Helvetica font. Headings: main (section) headings [A] in bold sentence case; sub-headings [B] in italic sentence case; sub-sub-headings [C] in italic sentence case with the text continued on the same line. Figures For help and advice on preparing your artwork, see http://authorservices.wiley.com/bauthor/ illustration.asp TIFF and EPS are preferred file formats. Figures should be prepared in an appropriate graphic package and named according to DOS conventions, e.g. 'figure1.tif'. PLEASE NOTE our submission system does not accept RAR files. Space in the print version is limited. Please consider if any of your figures (or tables) could appear online only. Additional figures and tables can be made available on the web version of the journal – please see below. Line work (vector graphics) and combined images (photographs with lines/ bars)- .ai (Adobe Illustrator)/ Encapsulated PostScript (.eps). There is a ‘save as’ function in most statistical/ spreadsheet packages such as Microsoft Excel that allows files to be saved in eps format. Lines should not be thinner than 0.25 pts and in-fill patterns and screens should have a density of at least 10%. Use 10pt Helvetica font for labels. The optimal resolution for these images is 600‒ 1200dpi. Photographs should be saved as high-resolution (300dpi) .tif files at 1.5x desired print size. Lower resolutions (<300 dpi) may compromise output quality. 37 Supplementary data Supporting material that is too lengthy for inclusion in the full text of the manuscript, but would nevertheless benefit the reader, can be made available by the publisher as online-only content, linked to the online manuscript. The material should not be essential to understanding the conclusions of the paper, but should contain data that is additional or complementary and directly relevant to the article content. Such information might include the study protocols, more detailed methods, extended data sets/data analysis, or additional figures (including). All material to be considered as supplementary data must be uploaded as such with the manuscript for peer review. It cannot be altered or replaced after the paper has been accepted for publication. Please indicate clearly the material intended as Supplementary Data upon submission. Also ensure that the Supplementary Data is referred to in the main manuscript. Please label these supplementary figures/tables as S1, S2, S3, etc. Full details on how to submit supporting information, can be found at http://authorservices.wiley.com/bauthor/suppinfo.asp Permission to include other’s work Permission to reproduce material within the manuscript must be obtained in advance by the corresponding author. Refer to the original publisher, who is responsible for managing the rights of the original author. Expect this to take up to six weeks. Once granted, upload a copy of the approval as a supporting file. An acknowledgement to the source must be made in your text. SUBMISSION REQUIREMENTS All submissions to Journal of Oral Rehabilitation should conform to the uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals, drawn up by the International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) see http://www.icmje.org/. General requirements All submissions should include the following: Main document 1. Title and running head (short title); 2. Article category; 3. First name, middle initial (if any) and family name of all authors – no degree/ titles/ positions of responsibility. All those listed as authors must fulfil the ICMJE criteria; 4. Affiliations should be written after the authors list as follows: Department/Division/Unit name, if any; affiliation name/City (without state)/Country; 5. Correspondence should be written after the affiliations list as follows: write only the title of one corresponding author (Mr/Mrs/Ms/Dr/Prof), first name(s) written with initials only, and followed by the last name – e.g. Dr. J. E. Smith; add Department/Division/Unit name, if any/ affiliation name/Street address/ City/ postal code /Country/ Email address; 6. A structured abstract (summary for review papers); 7. Six MeSH-compliant keywords http://www.nlm.nih.gov/mesh 8. Main body containing sections on background, methods, results and conclusions, with the appropriate heading. 9. Disclosure/ Acknowledgements: I ndicate at the end of the text before references: 1. Any necessary ethical approval(s); 2. The source of funding for the study; and 3. Any conflict of interest. 10. A reference list in Vancouver style (Ann. Intern. Med. 1997; 126: 36-47), in the order made in the text. Example: confirmed by other studies.23 / 23 Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman 38 DG. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. BMJ 2009; 339: b2535. For books, names and initials of all authors, the full title, place of publication, publisher, year of publication and page number should be given. 11. Tables – if appropriate, in tabulate text. Do not embed tables. 12. Figure legends – if appropriate, in a list following the references/ tables. (Figures must be uploaded additionally as individual graphic files. Please do not embed figures.) Accepted article types Original research – structured abstract of no more than 250 words should include the following: background, objective(s), methods (include design, setting, subject and main outcome measures as appropriate), results and conclusion. Original articles that describe cases require parental/ patient consent. For cohort studies, please upload a copy of your IRB approval. Maximum words – 2500; maximum figures and tables – 6; maximum references – 25. Reviews – structured summary giving information on methods of selecting the publications cited. Maximum words – 3000; maximum figures and tables – 6; maximum references – no limit. Case reports – only exceptional reports that have important education or safety messages will be considered. Our current rejection rate is 90%. Conclude with 3 learning points for our readers. All case reports require parental/ patient consent for publication. Maximum words – 2000; maximum figures or tables – 1; maximum references – 5 We work together with Wiley’s Open Access journal, Clinical Case Reports, to enable rapid publication of good quality case reports that we are unable to accept for publication in our journal. Authors of case reports rejected by our journal will be offered the option of having their case report, along with any related peer reviews, automatically transferred for consideration by the Clinical Case Reports editorial team. Authors will not need to reformat or rewrite their manuscript at this stage, and publication decisions will be made a short time after the transfer takes place. Clinical Case Reports will consider case reports from every clinical discipline and may include clinical images or clinical videos. Clinical Case Reports is an open access journal, and article publication fees apply. For more information please go to www.clinicalcasesjournal.com. Correspondence – Letters to the editor are encouraged, particularly if they comment, question or criticize original articles that have been published in the journal. Letters that describe cases require parental/ patient consent for publication. Maximum words – 1500; maximum figures and tables – 1; maximum references – 5. Guidelines on specific papers Randomised clinical trials (RCTs) must conform to the CONSORT statement http://www.consortstatement.org on the reporting of RCTs. A flow diagram of subjects, the trial protocol, and the registration details of the trial must be included in the paper along with and a numbered checklist provided as supplementary material. Diagnostic studies must conform to the STARD statement http://www.stard-statement.org/. A flow diagram of subjects, the trial protocol, and the registration details of the trial must be included in the paper along with and a checklist provided as supplementary material. 39 Qualitative research – authors should refer to the EQUATOR NETWORK resource centre guidance on good research reporting http://www.equator-network.org,which has the full suite of reporting guidelines (both quantitative and qualitative). Observational studies (Epidemiology) please follow the STROBE guidelines http:// www.strobestatement.org/and submit the study protocol as supplementary material. Systematic reviews/ meta-analysis of randomised trials and other evaluation studies must conform to PRISMA guidelines http://www.prisma-statement.org (these have superseded the QUOROM guidelines) and submit the study protocol as supplementary material. SUBMISSION Submissions must have been read and approved by all authors. Submission of a manuscript implies that it reports unpublished work and that it is not under active consideration for publication elsewhere, nor been accepted for publication, nor been published in full or in part (except in abstract form). All material to be considered for publication in Journal of Oral Rehabilitation should be submitted via the journal's online submission system at ScholarOne Manuscripts http:// mc.manuscriptcentral.com/jor Full instructions and support are available on the site and a user ID and password can be obtained on the first visit. If you have any queries please contact Lou Whelan, Journal of Oral Rehabilitation Editorial Office: [email protected] Once you are ready to submit, check: Your main document conforms to our requirements; Figures are uploaded as graphic files; Supporting documents are uploaded and designated correctly; and You have completed all submission steps. Failure to do so will result in your files returned to your author centre. You will receive an email detailing corrections required.