COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DA REGENERAÇÃO NATURAL ESTABELECIDA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL Marcelo Roveda 1, Caciane Peinhopf1, Andrea Nogueira Dias 2, Afonso Figueiredo Filho2, Caroline Signori Muller 3 Resumo Este trabalho teve como objetivo verificar a composição florística da regeneração natural estabelecida de um fragmento na Floresta Estacional Decidual em Frederico Westphalen, RS. O levantamento foi realizado em seis pontos equidistantes no limite do fragmento, e em cada um deles foram marcadas as distâncias de 10, 20, 40 e 80 m da borda, onde se estabeleceu três parcelas de 2 x 2 m (4 m²) por ponto, totalizando 18 parcelas em cada distância e 72 parcelas ao total. Em cada uma das parcelas foram registrados os indivíduos de espécies arbóreas, com Circunferência à Altura do Peito (CAP) < 15 cm, e de acordo com a altura, pertencentes às seguintes classes: classe I = 1,0 ≤ h ≤ 2,0 m; classe II = 2,0 < h ≤ 3,0 m; e classe III = h > 3,0 m. Foram amostrados 328 indivíduos, pertencentes a 17 famílias e a 37 espécies arbóreas. Com relação às espécies com maiores valores de regeneração natural total, apenas Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Eugenia paracatuana, Myrcia retorta, Senegalia bonariensis tiveram ocorrência nas quatro distâncias da borda. Os gêneros mais presentes no fragmento foram Eugenia, Tchilia, Matayba e Nectandra, juntamente com as famílias Fabaceae, Meliaceae e Myrtaceae. Palavras-chave: diversidade florística; ecologia florestal; fragmentação florestal. NATURAL REGENERATION ESTABLISHED IN A FRAGMENT OF SEASONAL DECIDUOUS FOREST Abstract This work has the objective to verify the composition of the natural regeneration of a fragment in the Seasonal Deciduous Forest in Frederico Westphalen, RS. The survey were realized in six equidistance dots in the fragment limit, and in each one of them were marked the distances of 10, 20, 40 and 80 m of the edge, where there were established three sectors with 2 X 2 m (4m²) each dot, totalizing 18 sectors in each distance and 72 sectors in total. In each one of the sectors were registered the individuals arboreous species, with Circumference in the Thorax Height (CAP) < 15 cm, and according to the height, belonging to the following classes: class I = 1,0 ≤ h ≤ 2,0 m; class II = 2,0 < h ≤ 3,0 m; e class III = h > 3,0 m. There were showed 328 individuals, belonging to 17 families and 37 arboreous species. According to the species with the overvalued the total natural regeneration, only with the Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Eugenia paracatuana, Myrcia retorta, Senegalia bonariensis had occurrence in the four distance of the edge. The genres more presented in the fragment were Eugenia, Tchilia, Matayba e Nectandra, with the families Fabaceae, Meliaceae e Myrtaceae. Keywords: foristic diversity, forest ecology, forest fragmentation. INTRODUÇÃO A Floresta Estacional Decidual compreende as florestas das porções médias e superiores do vale do Rio Uruguai, cobrindo, no sul do Brasil, uma superfície territorial de, aproximadamente, 47.000 km² (LEITE; KLEIN, 1990). Para Greggio et al. (2009), nos últimos tempos, verificou-se uma ocupação desordenada no uso da terra, resultando na fragmentação dos remanescentes naturais de florestas tropicais. Os efeitos de borda e os efeitos de área são os mais importantes fatores que levam às mudanças em comunidades fragmentadas (NASCIMENTO ; LAURANCE, 2006). Os efeitos de área se devem às mudanças ecológicas que ocorrem devido ao isolamento do fragmento e são proporcionais à área do fragmento. ¹ Engenheiro(a) Florestal; Mestrando em Ciências Florestais na Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO, Irati - PR [email protected]; [email protected]. 2 Engenheiro(a) Florestal. Dr(a). Professor(a) do Departamento de Engenharia Florestal, UNICENTRO, Irati - PR [email protected], [email protected]. 3 Engenheira Florestal; Frederico Westphalen - RS [email protected] Portanto, as espécies que ocorrem naturalmente em baixa densidade podem sofrer redução do tamanho populacional em fragmentos pequenos, podendo levar à extinção local (SHAFER, 1981). Segundo Zuidema et al. (1996), ambos operam paralelamente, já que quanto menor o tamanho do fragmento florestal maior é a razão borda/área e portanto fragmentos menores estão mais sujeitos a maiores intensidades dos efeitos de borda. De acordo com Carvalho (1982), a regeneração natural decorre da interação de processos naturais de restabelecimento do ecossistema florestal, sendo parte de um ciclo de crescimento da floresta e referindo-se às fases iniciais de seu estabelecimento e desenvolvimento. Conforme Silva et al. (2007), a regeneração natural permite uma análise efetiva para diagnosticar o estado de conservação dos fragmentos e a resposta às alterações naturais ou antrópicas no ambiente, pois formam um conjunto de indivíduos capazes de serem recrutados para estágios superiores. Dessa forma, com o estudo da regeneração natural, pode-se realizar previsões sobre o comportamento e desenvolvimento futuro da floresta, pois fornece a relação e a quantidade de espécies que constitui o seu estoque, bem como suas dimensões e distribuição na área (GAMA et al. 2002). Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo verificar a composição da regeneração natural estabelecida de um fragmento de Floresta Estacional Decidual em diferentes distâncias da borda para melhor conhecer o comportamento das espécies. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi desenvolvido em um fragmento de Floresta Estacional Decidual com, aproximadamente 15 ha, localizada no Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul (CESNORS) em Frederico Westphalen, estado do Rio Grande do Sul, situado na microrregião do Médio Alto Uruguai do Estado, a 566 m de altitude. Não existem dados históricos sobre fase de sucessão e intervenções sobre o fragmento. O clima da região é do tipo subtropical úmido (Cfa), as temperaturas médias anuais variam 14 a 20 °C, com temperaturas médias dos meses mais frios, variando de 10 a 15 °C, quando as geadas podem ser frequentes, onde as flutuações anuais e estacionais podem causar déficits hídricos consideráveis em algumas áreas, especialmente no verão (QUADROS; PILLAR, 1990). Para o levantamento em campo foram marcados 6 pontos equidistantes na borda do fragmento, e em cada um deles foram marcadas as distâncias de 10, 20, 40 e 80 m da borda, onde delimitou-se três parcelas de 2 x 2 m (4 m²) por ponto, levando em consideração que o levantamento arbóreo fosse obrigatoriamente realizado em diferentes distâncias da borda, totalizando 18 parcelas em cada distância e 72 parcelas ao total. Em cada uma das parcelas foram registrados os indivíduos de espécies arbóreas, com Circunferência à Altura do Peito (CAP) < 15 cm, e de acordo com a altura, pertencentes às seguintes classes: I = 1,0 ≤ h ≤ 2,0 m; II = 2,0 < h ≤ 3,0 m; e III = h > 3,0 m. A coleta dos dados foi realizada pela contagem do número de indivíduos de cada espécie dentro de cada classe de tamanho, nas unidades amostrais. Os indivíduos não identificados à campo foram coletados para posterior identificação, com auxílio do herbário do CESNORS e de literatura especializada. Para análise da regeneração natural, foram calculados a densidade, frequência, classe de tamanho, abundância relativa, regeneração natural, índice de diversidade de Shannon (H’) e índice de equabilidade de Pielou (J). RESULTADOS E DISCUSSÃO A suficiência amostral da regeneração natural estabelecida, observada na curva espécies-área (Figura 1), indica oscilação no número de espécies ao longo da amostragem, mas com um provável indicativo de estabilização a partir da 23° (vigésima terceira) parcela amostrada. Foram registrados 321 indivíduos na composição florística da regeneração natural, distribuídos em 37 espécies, 30 gêneros e 17 famílias (Tabela 1). Esses valores estão próximos dos encontrados por Sccoti (2009), que em 14 unidades amostrais de 2.000 m² e com inclusão de indivíduos com altura maior que 30 cm e Diâmetro a Altura do Peito menor que 5 cm encontrou 36 espécies, 31 gêneros e 22 famílias em um remanescente da Floresta Estacional Decidual em Santa Maria. Outros estudos mostraram riqueza florística maior, como Caldato et al. (1996) com 44 espécies, 37 gêneros e 26 famílias em 10 parcelas de 250 m², amostrando plantas com altura superior a 10 cm e DAP inferior a 10 cm; Araujo et al. (2004) com 48 espécies em 27 sub-parcelas de 4 m² amostrando todos os indivíduos com altura igual ou superior a 20 cm e CAP < 15 cm ; e Silva et al. (2007) com 60 espécies e 31 famílias em 16 subparcelas de 25 m² onde o nível de inclusão foi de CAP < 15 cm. Figura 1: Curva espécie-área para a regeneração natural estabelecida, em 24 parcelas (96 m²) distantes da borda (10, 20, 40 e 80 m), em fragmento de Floresta Estacional Decidual, Frederico Westphalen, RS. Figure 1: Species-area curve for natural regeneration established in 24 plots (96 m²) distant from the edge (10, 20, 40 and 80 m), in a fragment of Deciduous Forest Frederico Westphalen, RS. Este resultado pode sugerir as seguintes hipóteses: que a riqueza florística observada é característica da tipologia da floresta e do grau de intervenção da mesma; a população amostrada foi diferente nos estudos não existindo consenso metodológico; ou o número de espécies na área amostrada na presente pesquisa pode ser maior, conforme sugere a curva espécie-área. Na distribuição do número de espécies e de indivíduos, observa-se que houve uma pequena variação nas diferentes distâncias da borda (Figura 2). A distância de 40 m apresentou o menor número de espécies (15) e as demais distâncias foram semelhantes. Figura 2: Número de espécies e de indivíduos nas distâncias de 10, 20, 40 e 80 m da borda em fragmento de Floresta Estacional Decidual, Frederico Westphalen, RS. Figure 2: Number of species and individuals at distances of 10, 20, 40 and 80 m from the border fragment Deciduous Forest Frederico Westphalen, RS. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae, com sete espécies; Meliaceae, com seis espécies; Myrtaceae, com quatro espécies; Euphorbiaceae, Lauraceae, Rutaceae e Sapindaceae, com duas espécies cada. Na distância de 10 m da borda, as famílias com maior número de espécies foram Fabaceae e Meliaceae com 4, Rutaceae com 3, e Myrtaceae e Sapindaceae com 2 espécies cada. Quanto ao número de indivíduos, as famílias Myrtaceae, Fabaceae e Meliaceae foram às melhores representadas, com 25,7%; 17,1% e 10,0%, respectivamente (Tabela 2). Aos 20 metros da borda as famílias com maior representatividade de indivíduos foram as Meliaceae apresentando 5 espécies, Fabaceae com 4, Myrtaceae com 3, Euphobiaceae, Rutaceae e Sapindaceae com 2 espécies distintas cada. Em se tratando do número de indivíduos Myrtaceae apresentou 31,3%, Euphorbiaceae 18,0% e Moraceae 12,1%. Quando aos 40 metros da borda, observou-se que Fabaceae apresentou 3 espécies, enquanto Meliaceae, Myrtaceae e Sapindaceae apresentaram 2 espécies. As espécies com maior número de indivíduos foram Myrtaceae com 26,8%, Euphorbiaceae com 24,4% e Moraceae 21,8%. Tabela 1: Composição florística da regeneração natural estabelecida em Floresta Estacional Decidual em Frederico Westphalen, RS. Table 1: Floristic composition of natural regeneration established in Deciduous Forest in Frederico Westphalen, RS. Família1 Nome científico1 Nome popular Apocynaceae Aspidosperma australe Müll.Arg. Peroba Asteraceae Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera Sucará Boraginaceae Cordia ecalyculata Vell. Louro-mole Euphorbiaceae Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. Laranjeira Embirão Fabaceae Tetrorchidium rubrivenium Poepp. & Endl. Senegalia bonariensis (Gillies ex Hook. & Arn.) Seigler & Ebinger Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr. Dalbergia frutescens (Vell.) Britton. Rabo-de-bugio Holocalix balansae Micheli Alecrim Inga marginata Willd. Ingá Myrocarpus frondosus Allemão Cabreúva Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico-branco Nectandra lanceolata Nees Canela-amarela Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Canela-merda Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Canjerana Cedrela fissillis Vell. Cedro Guarea macrophylla Vahl. Catiguá-morcego Trichilia catigua A. Juss. Trichilia-catiguá Trichilia claussenii C. DC. Catiguá-vermelho Trichilia elegans A. Juss. Trichilia Moraceae Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. Cincho Myrtaceae Eugenia paracatuana O.Berg. Pitanga Eugenia rostrifolia D. Legrand Batinga Myrcia retorta Cambess. Guamirim Eugenia pyriformis Cambess. Uvaia Phytolaccaceae Seguieria aculeata Jacq. Limoeiro-bravo Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urb. Pessegueiro Styracaceae Styrax leprosus Hook. & Arn. Carne-de-vaca Rutaceae Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. Pau-marfim Pilocarpus pennatifolius Lem. Cutia Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. & Tul. Mamica-de-cadela Salicaceae Casearia sylvestris Swarts. Carvalinho Sapindaceae Cupania vernalis Cambess. Camboatá Matayba elaeagnoides Radlk. Camboatá-branco Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl. Aguaí-leiteiro Lauraceae Meliaceae Sapotaceae Ulmaceae Trema micrantha (Linnaeus) Blume. 1 Fonte: Flora do Brasil (2012); 2 Secretária Estadual do Meio Ambiente (2007) Unha-de-gato Grápia Candiúva Na área mais afastada da borda, aos 80 metros as famílias mais representativas devido ao número de espécies foram Meliaceae com 4 espécies, Fabaceae com 3 e com duas espécies cada uma, as famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Myrtaceae e Rutaceae. As três espécies com maior número de indivíduos foram Euphorbiaceae, Myrtaceae e Fabaceae, respectivamente, com 29,2, 18,0 e 14,6%. Pode-se observar que a família Myrtaceae ocorreu em todas as distâncias e apresentou maior representatividade aos 10, 20 e 40 metros, apenas aos 80 metros teve um pequeno decréscimo no número de indivíduos. Na última distância a família mais representativa foi Euphorbiaceae que aos 40 e 20 metros seguiam a família Myrtaceae, e aos 10 metros não se mostrou entre as espécies com maior número de indivíduos. A família Fabaceae ocorreu representativamente devido ao seu número de indivíduos aos 10 metros e aos 80 metros enquanto que com Moraceae isso ocorreu aos 20 e 40 metros. Meliaceae teve representatividade apenas aos 10 metros. A distribuição do número de indivíduos e de espécies nas diferentes classes de altura da regeneração variaram entre as distâncias da borda do fragmento (Figura 3). De forma geral, o maior número de indivíduos e espécies foi encontrado para a classe I em todas as distâncias. A classe III a 80 metros e a classe II aos 20 metros apresentaram maior representatividade de indivíduos e espécies. Figura 3: Número de indivíduos amostrados nas classes de tamanho 1 (184), 2 (81) e 3 (68) nas diferentes Distâncias da borda em fragmento de Floresta Estacional Decidual, Frederico Westphalen, RS. Figure 3: Number of sampled individuals in size classes 1 (184), 2 (81) and 3 (68) at different distances from the border fragment Deciduous Forest Frederico Westphalen, RS. O índice de diversidade de Shannon (H’) nas quatro distâncias avaliadas oscilou entre 1,92 para a distância de 40 metros e 2,92 para a distância de 80 metros, demonstrando um aumento da diversidade (Tabela 2). No inventário florestal contínuo do estado do Rio Grande do Sul o índice de diversidade foi de 1,63 para regeneração natural neste tipo florestal (SECRETÁRIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, 2002). Para Sccoti (2009), o índice de diversidade de Shannon foi de 1,22 e a equabilidade foi de 0,34 para regeneração natural estabelecida em remanescente de Floresta Estacional Decidual em Santa Maria, RS. Tabela 2: Três famílias com maior representatividade de indivíduos aos 10, 20, 40 e 80 metros de distância da borda. Table 2: Three families with greater representation of individuals at 10, 20, 40 and 80 meters from the edge. Famílias com maior ocorrência e porcentagem Dist. Família % Família % Família % 10 Myrtaceae 25,7 Fabaceae 17,1 Meliaceae 10,0 20 Myrtaceae 31,3 Euphorbiaceae 18,0 Moraceae 12,1 40 Myrtaceae 26,9 Euphorbiaceae 24,4 Moraceae 21,8 80 Euphorbiaceae 29,2 Myrtaceae 18,0 Fabaceae 14,6 Os valores de equabilidade (J) indicam que a distribuição dos indivíduos por espécie foi mais regular e homogênea nas distâncias de 10, 20 e 80 m em relação à distância de 40 metros, onde ocorreu, relativamente, maior número de indivíduos de poucas espécies. Apesar da área em estudo ter sofrido efeitos da ação antrópica no passado, quando comparado com Sccoti (2009), os índices de equabilidade foram elevados, considerando uma média de 0,83 para regeneração natural estabelecida, o que indica o predomínio de diversas espécies na regeneração natural estabelecida. Tabela 3: Índice de diversidade de Shannon e Weaver (H’) e equabilidade (J) das espécies arbóreas em Regeneração na Floresta Estacional Decidual, Frederico Westphalen, RS. Table 3: Index of diversity of Shannon and Weaver (H') and evenness (J) of tree species in regeneration in the Deciduous Forest, Frederico Westphalen, RS. Distância da borda (m) (H') (J) 10 2,75 0,88 20 2,72 0,83 40 1,90 0,70 80 2,92 0,92 CONCLUSÕES As famílias que apresentam maior regeneração natural foram Fabaceae, Meliaceae e Myrtaceae. Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Eugenia paracatuana , Myrcia retorta e Senegalia bonariensis ocorrem nas quatro distâncias da borda e estão presentes nas dez espécies com maiores valores de regeneração natural total do fragmento. Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor e Myrcia retorta foram observadas em todas as classes de tamanho da regeneração, sendo as espécies mais abundantes da regeneração florestal do fragmento. As espécies que dominam o estrato emergente na floresta como Apuleia leiocarpa, Anadenanthera colubrina, Balfourodendron riedelianum apresentaram baixos índices de regeneração natural e as espécies Peltophorum dubium, Cordia trichotoma, Diatenopteryx sorbifolia não apresentaram indivíduos. Senegalia bonariensis, Cabralea canjerana, Eugenia paracatuana, Myrcia retorta, Actinostemon concolor, Inga marginata, Matayba elaeagnoides, Sorocea bonplandii, Trichilia clausenii e Trichilia elegans ocorreram nas quatro distâncias da borda. REFERÊNCIAS ARAUJO, M. 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