BOTÂNICA FRENTE ÀS MUDANÇAS GLOBAIS
Seção: Florística/Fitossociologia
REGENERAÇÃO ARBÓREA SEIS ANOS APÓS MORTE E QUEDA DE Merostachys
multiramea Hack. (Poaceae) EM UM REMANESCENTE FLORESTAL NO SUL DO BRASIL
Elivane Salete CAPELLESSO (1)
Rafael WEIRICH (1)
Bruna Raquel ASSMANN (1)
Elisabete Maria ZANIN (2)
Jean Carlos BUDKE (2)
Os bambus estão geralmente associados a efeitos negativos na vegetação. A reprodução dessas espécies
compreende períodos longos de crescimento vegetativo, onde logo após a germinação ocorre um rápido
crescimento em biomassa, seguido pela floração e morte dos indivíduos. No momento da morte desses
bambus ocorre a abertura de clareiras, deixando o local com condições favoráveis para regeneração de
indivíduos arbóreos. Este estudo teve por objetivo avaliar a regeneração arbórea em uma área de transição entre Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional no Sul do Brasil, sob a influência de Merostachys
multiramea Hack., comparando a estrutura da regeneração entre dois, quatro e seis anos após a morte e
queda da bambúsea. O estudo foi realizado no Horto Florestal Municipal de Erechim, ao norte do Rio Grande
do Sul. Foram utilizadas 25 unidades amostrais de 10 x 10 m, onde foram amostrados todos os indivíduos
a partir de 0,30 m de altura até 4,77 cm de diâmetro à altura do solo. As espécies foram classificadas de
acordo com sua dispersão, estratificação e necessidades de luz para germinação. Em cada unidade amostral foram quantificados o número de indivíduos de M. multiramea, com seu número de colmos e sua altura,
além do DAS. Foram amostrados um total de 3.117 indivíduos arbóreos em regeneração, pertencendo a 23
famílias e 62 espécies, com uma densidade total de 12.468 ind.ha-1, com H’= 2,13 nats.ind-1 e J de 0,51. A
diversidade de espécies em regeneração aumentou ao longo dos três levantamentos realizados na área,
enquanto o número de indivíduos de bambu diminuiu. Existe Quanto menor o número de indivíduos de M.
multiramea maior o número de espécies arbóreas em regeneração. Observou-se uma estrutura fitossociológica distinta ao longo do período de estudo, onde as unidades amostrais do levantamento realizado seis
anos após a morte e queda dos indivíduos de M. multiramea foram mais semelhantes entre si. Palavras-chave: abertura de clareiras, sucessão ecológica, diversidade de espécies
Créditos de Financiamento: Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, URI –
Campus de Erechim.
(1) Graduandos em Ciências Biológicas pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, URI – Campus de Erechim. Av. Sete de Setembro, 1621, Erechim, RS, Brasil. CEP 99700-000, +55
54 3520-9000.
(2) Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim. e-mail para correspondência: [email protected]
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