ANO X
l
Nº 115
Outubro de 2013
Distribuição gratuita em postos de combustível
n Deva IVECO lanÇa seu
novo modelo em grande
estilo para cegonheiros
n Pit stop Betim
mobiliza bombeiros,
Samu e Anjos do Asfalto
O calcanhar
de aquiles
dos prefeitos
Mobilidade urbana preocupa
autoridades, que se unem
em busca de soluções
Editorial
Geraldo Eugênio de Assis
O tema vem tomando grandes proporções já faz algum tempo, mas
os entraves políticos criam empecilhos para que a mobilidade nos centros
urbanos deixe de ser um grave problema. No caso da região metropolitana de Belo Horizonte, o assunto merece atenção. Nesta edição, mostramos uma parte do problema que afeta toda a população e sobrecarrega os municípios da Grande BH. Com dedicação, os prefeitos tentam
encontrar uma solução a médio prazo. Torcemos para que sejam felizes
em suas ações, porque de seu sucesso dependem milhões de pessoas que
encontram dificuldades em transitar nas grandes cidades, seja com veículos automotores, seja de bicicletas, seja nos abarrotados ônibus da região.
Quando meu amigo, conhecido pela simpatia e pelo apelido engraçado, me contou a história do assalto que sofreu, fiquei perplexo. Quanta
covardia direcionada a um trabalhador que, para poder produzir e levar à
sua família o necessário para sua sobrevivência, passou por humilhação e
tortura. Para contar a sua história e alertar os leitores para que possam se
prevenir de situações como essas, o Febem, como é conhecido, dispôs-se
a pôr a boca no trombone.
Os roubos também ocorrem em cargas transportadas. Menos importantes que a vida, mas que geram frutos criminosos para a sociedade.
Fique atento às dicas, pois, por mais esperto que possamos ser, o perigo
está a nossa volta.
Envie sua carta para
Rua Santo Onofre 35,
Brasileia - Betim/MG.
CEP: 32600-084
[email protected]
Expediente
Diretor-gerAL/eDitor
Geraldo Eugênio de Assis
[email protected]
gereNte ComerCiAL
Poliana Silva
reDAção
Cristina Guimarães e Patricia Moraes
iLUstrAçÕes
Paulo Baraky Werner - PW
DiretorA exeCUtivA
Tayla Assis
[email protected]
DePArtAmeNto ComerCiAL
Karen Prado, Renata Gomes
e Rodrigo do Espirito Santo
[email protected]
eveNtos
Amanda Rodrigues
web DesigNer
Joélcio Simões
eDitorA Chefe
Patricia Moraes
[email protected]
gereNte ADmiNistrAtivA
Laís Morais
[email protected]
fotos
Arquivo Entre-Vias
revisão
Lílian de Oliveira
Diagramação
Roger Simões
DistribUição
Antônio Carlos dos Reis e Margeri Mansor
imPreSSão
Gráfica Del Rey
tiragem
10 mil exemplares
todos os direitos reservados
A reprodução total ou parcial de textos, fotos e artes
é proibida sem autorização prévia.
ENTRE-VIAS não se responsabiliza por textos opinativos assinados.
"As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Informes publicitários são de responsabilidade das empresas que os veiculam,
assim como os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes."
ENTRE-VIAS, por meio de um mailling especial, chega a empresários e executivos
de empresas de transporte de cargas e às principais redes de postos de combustíveis.
Autoridades, entidades de classe, sindicatos, indústrias e órgãos governamentais
também recebem a publicação.
4
Entre-Vias
aSSinaturaS / anunCianteS
Minas Gerais
Rua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG. CEP: 32600-084
(31) 3052-0103 / 3594-4245
[email protected]
Uma publicação da Auto Gestão Publicidade e Consultoria ltda.
CNPJ: 02.841.570/0001-30
Rua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG.
CEP: 32600-084
Tel.: (31) 3052-0103 / 3594-4245
[email protected]
Entre-Vias apoia: www.anjosdoasfaltomg.blogspot.com
EXPERIÊNCIA
E NOVAS
SOLUÇÕES.
Desde 1993 operando no segmento de
transporte de veículos leves por meio de
cegonhas, a Autoport oferece, com a mesma
qualidade, o transporte de caminhões e chassis. Com
pranchas especialmente fabricadas para este fim, a Autoport
disponibiliza um serviço diferenciado e com segurança, viabilizando
o deslocamento de veículos comerciais sem danos e desgastes para os
futuros proprietários. Experiência e novas soluções estão sempre na rota da
Autoport.
Distribuição nacional de veículos 0 km • Operação portuária • Transporte de peças
Gestão de pátios e armazenagem • Serviços automotivos (PDI - Pre Delivery
Inspection) • Transporte de caminhões, chassis e ônibus sobre pranchas.
Estrada dos Alvarengas, 5600, Assunção,
São Bernardo do Campo (SP)
(11) 4342-2584 / 4357-8973
[email protected]
www.autoport.com.br
Sumário
12 CAPA
Desatando o nó: prefeitos juntos
por melhorias na mobilidade urbana
8 SAÚDE
Seja um doador de órgãos;
basta informar sua família
10 RECONHECIMENTO
Criatividade: motorista abre
sua casa e mostra a coleção de
miniaturas de ônibus coletivos
18 FIQUE DE OLHO
Nova campanha contra álcool
e drogas ao volante já está no ar
20 ESPECIAL
Ladrões do asfalto: quadrilhas
estão cada vez mais especializadas
em roubo de cargas
10
31
26 MOBILIZAÇÃO
Contagem se mobiliza em torno
da inclusão de deficientes no trânsito
28 comemoração
est/Senat completa duas décadas de
S
atuação oferecendo cursos e capacitações
30 EVENTOS
z Pit Stop Betim ofereceu
assistência gratuita a veículos
z Iveco faz lançamento especial
do novo Stralis Hi-Way
zA
companhe outros eventos e lançamentos
40 esportes
6
Entre-Vias
Saúde
Diga “Quero ser
Organizações
não governamentais
e Ministério da Saúde
lançam campanha
para incentivar que
pessoas manifestem
à família o desejo
de doar os órgãos
Equipe do MG Transplantes
é responsável por fazer a captação
dos órgãos para doação em Minas
8
Entre-Vias
Q
uando o médico, após análises,
exames, consultas, dá a notícia:
"Só um transplante para salvar",
a dor e o sofrimento logo aumentam, pois
se sabe que será preciso enfrentar uma
longa fila à espera do órgão. Se o paciente
for uma criança, a situação piora. E nada
mais pode diminuir esse lamento do que
a doação. Por isso, o Ministério da Saúde
(MS) lançou recentemente uma campanha
nacional para sensibilizar as pessoas e estimular a doação de órgão no país.
O protagonista da campanha é o pequeno Matheus Bitencourt Lazaretti. Com
apenas 7 anos, ele foi transplantado recentemente e já estrelou a mesma mobi-
lização em 2007, quando ainda buscava
um doador. Com o slogan “Não deixe a
vida se apagar. Seja doador de órgãos.
Fale com sua família”, a ideia é que as
pessoas conversem com seus parentes,
deixando claro o desejo de doar seus órgãos. Assim, nessa hora tão difícil para
todos, os familiares estarão cientes e poderão agilizar o processo junto às centrais
de transplantes nos hospitais.
A importância de manifestar o desejo
de ser doador chegou também às redes
sociais. Há um ano, uma parceria do MS
com o Facebook incentiva que os usuários
divulguem em seus perfis que querem ser
doadores. Segundo o ministério, mais de
Fhemig/Divulgação
um doador”
135 mil internautas já tornaram público,
por meio da rede social, seu desejo. Apesar
de não ser obrigatória no país, a declaração
por escrito pode facilitar o entendimento e
a decisão dos parentes, já que serão eles os
responsáveis por autorizar a doação.
Uma pesquisa feita pelo Ministério da
Saúde mostra que melhorou, nos últimos
anos, a aceitação das famílias em relação
à doação devido a uma intensificação nas
campanhas e ao fortalecimento da rede
de captação nos hospitais. Em 2003, 80%
dos parentes negavam doar os órgãos do
ente falecido. Em 2012, embora ainda considerado alto, o índice caiu para 45%. As
campanhas feitas pelo setor público e por
entidades não governamentais tentam diminuir ainda mais essa rejeição imediata.
A aceitação refletiu nos números de
doações. Segundo o MS, até 2010, eram
registrados 9,9 doadores para cada 1 milhão de pessoas; nos últimos três anos, o
Brasil conseguiu chegar à marca de 13,5
doadores por milhão de pessoas. A meta é
chegar a 15 doadores por milhão em 2014.
Houve ainda queda de 40% na quantidade
de pessoas na fila de espera por transplantes. Se em 2008 eram 64.774 pessoas, até
setembro de 2013 eram 38.759.
Em Minas Gerais, segundo o MG Transplantes, órgão vinculado à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig),
SEJA UM DOADOR!
legislação brasileira estabelece que
A
somos doadores desde que, após a morte,
um familiar de até segundo grau de
parentesco autorize, por escrito, a retirada
dos órgãos
Não basta você querer ser um doador. Sua
família precisa saber e autorizar
Manifeste sua vontade em casa, aos seus
amigos e a todos que conhece
Qualquer pessoa pode ser doadora
Para que o transplante seja feito, é preciso
haver compatibilidade entre o doador e
quem está na fila de espera
Não há idade para ser doador.
Na fila, existem pessoas de todas
as idades à espera de um órgão
FAMOSOS DOADORES
Veja quem já manifestou publicamente o desejo
de doar seus órgãos quando morrer:
n Integrantes da banda Biquini Cavadão
n Integrantes da banda Capital Inicial
n Jogadores de futebol Dinei e Dedê
n Dupla sertaneja Felipe e Gabriel
n Escritor João Ubaldo Ribeiro
n Atriz Lúcia Veríssimo
n Ex-presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
n Médico e escritor Moacyr Scliar
n Integrantes da banda Pato Fu
n Cantora Zelia Duncan
o número de doadores cresceu nos últimos
dez anos, mas a relação de doadores por
milhão também não é a ideal ainda. Quase
3 mil mineiros estão na fila hoje no Estado
à espera de um órgão para o transplante.
Até julho, Minas tinha 12,3 doadores por
milhão de habitantes, no entanto, no período foram feitas 34,9 notificações. Isso
significa que pouco mais de um terço das
possibilidades foi concretizado.
O coordenador metropolitano do MG
Transplantes, Omar Lopes, diz que as pessoas precisam entender que a doação é um
ato de fraternidade. “As pessoas devem comunicar e deixar claro para os familiares e
amigos a sua condição de doador para que,
no momento de sua morte, sua decisão
seja respeitada e a doação seja efetivada”,
destaca.
Felipe sempre havia manifestado para a
família a intenção de ser doador. Ele morreu
há nove anos, ainda jovem, aos 21 anos,
após ser atropelado na capital. Quando
soube do acidente, a mãe dele, a bordadeira Rose Mary Guirado, 59, correu para o local e o acompanhou nos momentos em que
foi socorrido. Felipe teve morte cerebral e,
assim que recebeu a notícia, Mary se lembrou do pedido do filho. Ela consentiu em
doar os órgãos dele. Hoje, integra a equipe
do MG Transplantes como voluntária e tem
o papel de conscientizar as pessoas sobre a
importância da doação.
Vários órgãos podem ser doados, como
fígado, coração, pâncreas, rim e pulmão,
além de tecidos, como a córnea, e a medula óssea. No caso de doação após o
falecimento, deve haver a constatação de
morte encefálica – isto é, a completa e irreversível parada de todas as funções do
cérebro –, feita com base em diagnóstico
dado por dois médicos e em exames complementares interpretados por um terceiro
profissional. Esse procedimento foi estabelecido para não haver dúvida quanto ao
diagnóstico.
Entre-Vias
9
Reconhecimento
Paixão pelos
ônibus
Motorista revela sua
coleção de miniaturas
de coletivos de Belo
Horizonte, acervo que
conta a história do
transporte na capital
10
Entre-Vias
U
ma coleção de encher os olhos
e que gera até muito ciúme no
dono. Luiz Cláudio da Silveira, 48,
motorista de ônibus coletivo, é apaixonado pelo tipo de veículo que dirige todos os
dias. Grandes, espaçosos, com motores até
potentes e que levam uma diversidade de
pessoas de um destino a outro. O gosto virou um vasto e rico acervo. São miniaturas
de veículos do transporte coletivo de Belo
Horizonte.
Luiz conta que sua paixão começou com
a profissão. Ele guarda 40 pequenos ônibus,
feitos com esmero, de forma artesanal, pelo
aposentado Carlos Humberto Siqueira, que
mora no bairro Santa Lúcia, em Belo Horizonte. Ele não fabrica mais os modelos, mas
pretende voltar a produzi-los em breve, o
que deixa Luiz bastante ansioso para re-
tomar o hábito. O motorista confessa que,
toda vez que ia à casa de Carlos em busca
de mais um item para admirar, ficava embasbacado e em dúvida sobre qual levar.
A maioria dos modelos de seu acervo são do transporte coletivo da BHTrans,
apenas dois são do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) – linhas General
Carneiro e Borba Gato, ambas de circulação em Sabará. O colecionador também já
encomendou ônibus exclusivos. Ele levava
uma foto para Carlos Humberto e pedia
que fizesse a reprodução. Por isso, parte do
seu acervo revela modelos de linhas antigas, que nem existem mais. "Antigamente,
os ônibus que circulavam em cada bairro
tinham uma cor diferente", lembra-se.
As miniaturas não são tão pequenas.
Extrapolam o tamanho da palma da mão de
um adulto e ficam no quarto dele, na casa da mãe, com
quem mora, no bairro Dom Bosco, na capital. Para guardá-las, mandou fazer uma estante de vidro. Limpa quase
todos os dias, peça por peça, e não deixa que ninguém
ponha as mãos. Para se ter uma ideia do zelo que tem
por seus carros, o motorista tem um sobrinho de apenas
3 anos, idade em que qualquer criança adora carrinhos,
mas ele não cede. Gosta mesmo é de ficar admirando
sua coleção. "Todo mundo que conhece minha coleção
se encanta. Fiz três divisões no meu quarto para abrigá-la. Sempre abro, limpo com cuidado, só eu que cuido,
ninguém põe a mão, nem minha mãe", diz.
Preferido? Luiz diz que gosta de todos. Cada miniatura, segundo o colecionador, custou cerca de R$ 75
e ele levou mais de dois anos para chegar aos 40 itens.
Na visão dele, faltam cerca de 10 modelos para ficar
bem mais interessante. Agora, a vontade é que o seu
Carlos Humberto recomece a produção para que Luiz
aumente seu acervo.
Entre-Vias
11
Capa
Força-tarefa
de prefeitos
Administradores municipais reúnem-se em
Contagem para reivindicar obras de infraestrutura
e mobilidade urbana para a região metropolitana
12
Entre-Vias
C
onstrução do Rodoanel e duplicação da BR-381. Obras tão necessárias para diminuir os índices
de acidentes e mortes que deixam Minas
Gerais no topo da lista dos Estados com
rodovias mais violentas. Para contribuir
para que tais intervenções saiam do papel e façam parte da segurança de quem
trafega nesses locais, os prefeitos que
formam a Associação dos Municípios da
Região Metropolitana de Belo Horizonte
(Granbel) empreenderam uma verdadeira
força-tarefa, unindo esforços para levar aos
legisladores da Câmara dos Deputados reivindicações urgentes dos moradores e motoristas. No fim de setembro, juntos, sentaram para uma reunião que durou horas, no
Hotel Actuall, em Contagem, e só saíram de
lá quando tiveram uma garantia dos parlamentares de que os pedidos seriam levados
para Brasília e incorporados ao Orçamento
Geral da União previsto para 2014.
O relator do orçamento, deputado
federal Miguel Corrêa Júnior (PT), esteve
presente para incluir as demandas prioritárias dos 34 municípios que compõem a
Grande BH na verba prevista para investimentos no ano que vem. Entre os pedidos
feitos ao deputado, boa parte está ligada
à mobilidade urbana. Segundo o prefeito
de Betim e presidente da Granbel, Carlaile
Pedrosa (PSDB), o Rodoanel e a duplicação da BR-381 foram eleitos as prioridades para a região metropolitana. “São
obras que vão trazer melhoria de vida
para a população de vários municípios da
nossa região”, disse durante a reunião.
É o que também garante o presidente
do Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (Sintrauto), Carlos Roesel. Para ele, as
Desirèe Dutra
obras são fundamentais para a melhoria da
mobilidade e precisam sair do papel. “Do
jeito que estão (as rodovias), elas impedem
o crescimento econômico e transformam
a vida dos transportadores de carga em
um caos. Trechos como o da BR-381, onde
morrem centenas de pessoas anualmente,
já não deveriam existir. Nós, cegonheiros,
temos problemas ao trafegar por trechos
onde não há uma condição mínima de segurança”, afirmou.
Carlin Moura (PCdoB), vice-presidente
da Granbel e prefeito de Contagem, explica
que a entidade hoje luta pelas duas intervenções consideradas prioritárias (Rodoanel
e BR-381). “Estamos buscando investimentos que vão melhorar o trânsito na região
metropolitana, considerado um dos grandes gargalos das nossas cidades. Enfrentar
os desafios de maneira conjunta pode nos
ajudar a conquistar as demandas com mais
facilidade”, afirmou.
RESPOSTAS
Durante o encontro, Miguel Corrêa
afirmou que vai analisar todos os pedidos,
mas ainda não sabe o que será atendido
porque não tem em mãos a previsão de receita para o ano que vem. Algumas obras,
segundo ele, já fazem parte do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) e
outras podem ser pedidas por emendas
parlamentares ou fazer parte de programas federais. Ao todo, as solicitações das
34 prefeituras somam mais de R$ 480
milhões, das quais 12 são intervenções
estruturais em rodovias ou melhorias em
serviços urbanos de trânsito. Obras como
construção de escolas e postos de saúde
também foram requeridas.
Das prioridades, o Rodoanel ainda está
em fase de projetos, sem data para começar a ser construído. A parte Norte, uma das
principais, liga Betim a Ravena, distrito de
Caeté. Consulta pública feita recentemente
pela Secretaria de Estado de Transportes e
Obras Públicas (Setop) calculou que será
necessário pedágio no trecho, que pode
chegar a R$ 7. A previsão é de que a obra
seja realizada mediante parceria público-privada (PPP) e dividida em três etapas.
A rodovia passará por Sabará, Santa
Luzia, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro
Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem
Entre-Vias
13
Capa
Elias Ramos
“Estamos buscando investimentos que vão melhorar
o trânsito na região metropolitana, considerado um
dos grandes gargalos das nossas cidades. Enfrentar
os desafios de maneira conjunta pode nos ajudar a
conquistar as demandas com mais facilidade”
Carlin Moura, prefeito de Contagem e vice-presidente da Granbel
“É importante o apoio de todos, incluindo os líderes
empresariais, secretários municipais, vereadores e todos
os envolvidos que podem ajudar nessa luta. Os prefeitos
encontram-se sobrecarregados com transferências e
obrigações que vêm estrangulando os orçamentos,
como no caso da saúde, educação e segurança pública”
Desirèe Dutra
Carlaile Pedrosa, prefeito de Betim e presidente da Granbel
Elias Ramos
“Do jeito que estão (as rodovias), elas impedem o
crescimento econômico e transformam a vida dos
transportadores de carga em um caos. Trechos como
o da BR-381, onde morrem centenas de pessoas
anualmente, já não deveriam existir”
Carlos Roesel, presidente do Sintrauto
Desirèe Dutra
até chegar a Betim; e a expectativa é de
que seja uma alternativa ao Anel Rodoviário, que hoje está superlotado e sem estrutura para suportar tanto trânsito. Estima-se
que sejam investidos R$ 4 bilhões para
construir todo o contorno, do qual também
faz parte a construção de um ramal que vai
ligar Betim a Nova Lima, chamado de Rodoanel Sul. Esse trecho também vai evitar
que caminhões e carretas precisem trafegar
pelo Anel Rodoviário para seguir em direção ao Rio de Janeiro.
MANIFESTAÇÕES
Em julho, a presidente Dilma Rousseff
(PT) reuniu prefeitos e governadores em
Brasília para liberar recursos prometidos
como resposta às manifestações que se
alastraram pelo país durante a Copa das
Confederações. No pacote de mobilidade
urbana, Minas pediu parte para a revitalização do atual Anel Rodoviário, orçada em
R$ 1,7 bilhão, além de metrô, asfaltamento
de vias, entre outras demandas.
Já a duplicação da BR-381, entre Belo
Horizonte e Governador Valadares, no Vale
do Rio Doce, está emperrada nas licitações.
Agora, em fase de assinatura de contratos,
prevista para outubro, deve demorar um
pouco mais porque as empresas precisam
fazer o registro dos consórcios nas juntas comerciais, segundo o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit). São sete trechos, dos 11 previstos
para serem duplicados, que aguardam somente a assinatura de uma ordem de serviço. Logo depois, as obras podem começar.
A expectativa ainda é de que até o fim do
ano os motoristas que trafegam pela tão
conhecida Rodovia da Morte já vejam máquinas funcionando, muitas interdições e
homens trabalhando.
Capa
Em agosto, durante visita à cidade de
Varginha, no Sul de Minas, a presidente
Dilma Rousseff prometeu que a ordem de
serviço seria assinada por ela em setembro,
com previsão de que até dezembro começasse a duplicação. Ela deve voltar a Minas
Gerais para dar início à tão esperada obra.
Segundo os projetos apresentados pelos
consórcios e as definições dadas pelo Dnit
ao processo, a duplicação tem previsão de
ser concluída em dois anos e meio. O prazo
foi dado se não houver atrasos justificados.
O orçamento previsto para as intervenções
nos 11 trechos é de R$ 2,6 bilhões. Ao
todo, são 205 km de pistas a serem duplicados, que vão receber também 17 pontes
e 47 viadutos, cinco túneis, 20 passarelas e
99 paradas de ônibus.
16
Entre-Vias
Para o presidente da ONG SOS Rodovias Federais, José Aparecido Ribeiro, essas obras são fundamentais não só para
a melhoria da mobilidade, mas sobretudo
para a economia da região. “Cada vez que
o Anel Rodoviário de BH fica parado devido a acidentes ou em virtude do tráfego,
ele gera grandes prejuízos para as pessoas e para as indústrias”, afirmou. Sobre o
Rodoanel, ele disse que a rodovia tiraria
do Anel Rodoviário o tráfego pesado que
não necessita passar por BH, poupando
tempo, recursos financeiros “e, sobretudo,
evitando a poluição gerada pelo grande
volume de caminhões que ficam presos
no trânsito”. Para Aparecido Ribeiro, as
obras da BR-381 agora são questão de
tempo, mas ainda é preciso vencer a inér-
cia e a burocracia do governo. “Vejo com
bons olhos a iniciativa dos prefeitos, mas
precisa seguir a lógica da necessidade, da
urgência”, afirmou.
MELHORIAS NAS CIDADES
Além das duas obras prioritárias, na
última reunião da Granbel, os prefeitos
apresentaram reivindicações exclusivas
para cada município. Betim, por exemplo,
solicitou a construção de viaduto para ligar os bairros Teresópolis e Laranjeiras.
Esmeraldas pediu recursos para pavimentação, asfaltamento e infraestrutura viária
na cidade. Ribeirão das Neves também
quer obras ligadas à mobilidade urbana:
a pavimentação de corredores de ônibus.
Já em Contagem, o prefeito Carlin Moura
Desirèe Dutra
ressaltou a necessidade de uma obra de intervenção na avenida Maracanã, que liga o
Eldorado ao bairro Nova Contagem e está
prevista no PAC 2.
O município de Capim Branco apresentou reivindicações para a reforma do antigo
hospital e maternidade e a implantação de
uma área industrial tecnológica. Juatuba
pediu a implantação de um centro integrado ao esporte e construção de um estádio
poliesportivo.
A reunião itinerante da Granbel é uma
iniciativa da atual gestão. A ideia é que
todos os municípios possam unir suas
reivindicações para que sejam levadas
ao governo federal ou estadual com mais
rapidez e eficiência. Durante a reunião, o
prefeito de Betim falou das dificuldades
em que os municípios se encontram e do
esforço que vêm fazendo para investir em
condições básicas para a população. “É
importante o apoio de todos, incluindo
os líderes empresariais, secretários municipais, vereadores e todos os envolvidos
que podem ajudar nessa luta. Os prefeitos encontram-se sobrecarregados com
transferências e obrigações que vêm estrangulando os orçamentos, como no caso
da saúde, educação e segurança pública”,
ressaltou.
Além dos prefeitos e do deputado
Miguel Corrêa, estiveram presentes na
reunião vários parlamentares, secretários
municipais de planejamento da região metropolitana, autoridades de diversas áreas
dos municípios, bem como representan-
tes de entidades de classe. O prefeito de
Contagem, Carlin Moura, considera que a
bancada mineira no Congresso está engajada em resolver os problemas e unida aos
prefeitos. “Eles também disseram que as
obras pontuais das cidades que não entrarem no Orçamento da União poderão ser
executadas por meio de emendas parlamentares”, declarou.
Entre-Vias
17
Fique de Olho
Fotos: Rodrigo Nunes/MinCidades/Divulgação
Objetivo do Parada é reduzir em 50% o número de acidentes no país até 2020
Alerta sobre
álcool e volante
Ministério das Cidades lança mais uma campanha para
tentar reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito
U
ma nova campanha de trânsito
está sendo veiculada em todo o
país. É mais uma tentativa de alertar a população sobre os efeitos de dirigir
após o consumo de álcool e drogas. Segundo o Ministério das Cidades, a mensagem
pede uma mudança no comportamento
dos motoristas nas ruas e estradas e faz
parte do Pacto Nacional pela Redução de
Acidentes (Parada: um pacto pela vida),
que objetiva a redução em 50% no número
de acidentes até 2020.
A ideia, desta vez, é veicular mensagens fortes, que toquem o motorista. Uma
delas exibe um bebê aprendendo a andar
e em seguida uma vítima de acidente, que
ficou paraplégica com a batida, reaprendendo a caminhar. E diz: “As escolhas no
trânsito podem deixar marcas para o resto
da vida”. A campanha ainda mostra vítimas
tendo de reaprender a fazer coisas básicas,
como comer e falar. O slogan é “Aprender a
andar. Aprender a comer. Aprender a falar.
Só é natural na primeira vez”.
Uma das pessoas que aparecem na
campanha é o auxiliar administrativo João
Santos, 38. Ele sofreu um acidente de moto,
perdeu a esposa e teve uma perna amputada. Segundo o Ministério das Cidades, João
contou que andava de moto com a esposa
quando começou a chover. Ele parou no
acostamento e um carro desgovernado
atingiu os dois. O motorista do automóvel
estava sob efeito de álcool.
Andréa Mello, 29, também contou sua
história para fazer parte da mobilização. Em
2010, depois de uma balada, recusou o convite para dormir na casa de uma amiga e
voltou para casa dirigindo. No caminho, dormiu ao volante, bateu em um carro e depois
num poste. Ficou em coma e até hoje tenta
João Santos conta sua
história na campanha:
a esposa morreu ao ser
atingida por um carro
no acostamento
se recuperar do trauma que a deixou com
dificuldades de locomoção e comunicação.
Para o ministro das Cidades, Aguinaldo
Ribeiro, exibir casos reais de pessoas com
sequelas é uma forma de conscientizar os
motoristas sobre a necessidade de respeitar as regras. “A campanha mostra histórias
de pessoas que estão passando por processo de reabilitação. Essas experiências devem servir de exemplos de transformação
na vida”, afirma. E prossegue: “As consequências são muito piores para as vítimas
do que o mal-estar que o espectador pode
sentir quando assistir à campanha”.
A Associação Brasileira de Medicina de
Tráfego (Abramet) faz um alerta: dirigir sob
efeito de bebida alcoólica é a segunda maior
causa de acidente nas estradas e rodovias
brasileiras. A primeira causa é o excesso de
velocidade e, depois do álcool, estão a fadiga, o cansaço e o uso de celular. Uma pesquisa do Ministério da Saúde ainda aponta
que o álcool está presente no sangue de
quase metade das vítimas mortas em acidentes de trânsito, que são em sua maioria
homens com idade entre 20 e 39 anos.
O consumo de álcool e drogas diminui muito a capacidade de percepção da
velocidade e dos obstáculos no trajeto,
além de alterar os reflexos do condutor.
Quando alcoolizado, o motorista tem dificuldades para perceber uma moto ao lado
ou um pedestre atravessando. O rebite, no caso dos motoristas profissionais,
usado indevidamente
para diminuir o sono,
causa um cansaço excessivo quando o seu
efeito termina, e o
condutor acaba dormindo imediatamente.
A maconha, o crack e
o ecstasy provocam
confusão mental e
prejudicam o senso de
orientação.
Especial
Violência
Fotomontagem: Paulo Werner
Roubo de cargas,
de suplementos
rodoviários e de
pertences pessoais
dos caminhoneiros
tira o sossego e põe
em risco a vida dos
profissionais
20
Entre-Vias
"F
oi um dos piores dias da
minha vida. Estava descansando quando fui
abordado por dois homens. No susto, como reflexo, dei uma joelhada em um deles, que me bateu muito.
Durante uma hora, fiquei dentro da cabine
do caminhão sob pressão e no escuro, enquanto eles me intimidavam e roubavam
tudo o que tinha: dinheiro, aparelhos eletrônicos, roupas e calçados.”
O relato do cegonheiro Edson do
Carmo da Silva, mais conhecido como
“Febem”, mostra a vulnerabilidade dos
profissionais do transporte rodoviário de
cargas frente à violência. O fato aconteceu no dia 15 de agosto, em um posto
na BR-153, Buenópolis (MG), no sentido
Montes Claros. Nesse dia, ele parou à
noite para descansar no estacionamento
e, por volta das 3h, escutou um barulho
e foi surpreendido por dois homens, que
sobre rodas
Fotomontagem: Paulo Werner
quebraram o vidro da cabine do lado do
passageiro e entraram.
Após esse roubo, partiram para outro,
no mesmo posto. A segunda vítima foi um
colega de trabalho, que também teve seus
pertences e dinheiro levados pelos assaltantes. Quando iam para o terceiro, o caminhoneiro percebeu a movimentação e conseguiu
escapar. “Não temos sossego. Precisamos
descansar, a lei prevê a parada, mas não temos segurança. Quando converso com meus
colegas, todos falam do receio dos assaltos,
que estão cada vez piores e ocorrem de diferentes formas. Há casos de caminhão com
assaltantes que param os cegonheiros e roubam até os pneus”, conta.
Retrato do crime
Hugo Arruda, um dos responsáveis pela
Delegacia Especializada em Repressão ao
Furto, Roubo e Desvio de Cargas da Divisão
Especializada de Operações Especiais (DEOESP/MG), explica as diversas faces do crime.
“As quadrilhas são altamente profissionalizadas. Cada componente tem a sua função:
os que praticam o roubo, os intrujões – que
recebem e repassam as mercadorias – e os
receptadores – que compram. Além disso,
contam com tecnologia para bloquear o rastreamento”, enfatiza o delegado.
Um desses aparelhos é o “Jammer”, responsável por bloquear o sinal de GPS entre
os veículos e as centrais de monitoramento
contratadas pelas transportadoras. Em um segundo momento, os bandidos usam um dispositivo chamado popularmente de vassoura.
Por meio dele descobrem onde está instalado
o rastreador, que é retirado da carga.
“À medida que as quadrilhas se especializam, mais a Polícia Civil intensifica as ações.
Realizamos um mapeamento dos principais
pontos críticos, das características dos crimes
e dos criminosos ”, pontua o delegado.
Entre-Vias
21
Especial
Arquivo pessoal
“À medida que
as quadrilhas
se especializam,
mais a Polícia Civil
intensifica as ações.
Realizamos um
mapeamento
dos principais
pontos críticos,
das características
dos crimes e dos
criminosos”
Hugo Arruda, delegado da Delegacia
Especializada em Repressão
ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas
da Divisão Especializada de Operações
Especiais (DEOESP/MG)
Mapa do roubo de cargas em Minas
Localização
2012
Grande BH
Região Central
Região Noroeste
Vale do Rio Doce
Alto Paranaíba
Zona da Mata
Triângulo Mineiro
Sul de Minas
101
12
3
2
3
4
9
2
73
3
1
1
2
1
9
0
Total
136
90
Venda Nova
1º semestre de 2013
Norte
Pampulha
Nordeste
Noroeste
Oeste
Norte
Triângulo
Mineiro
Barreiro
Central
CentroOeste
Sul de Minas
22
Entre-Vias
Centro-Sul
Jequitinhonha
Mucuri
Noroeste
Alto
Paranaíba
Leste
Vale do
Rio Doce
Zona
da Mata
Fonte: Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) do Estado de Minas Gerais
Fotomontagem: Paulo Werner
Esse estudo revela que, dos 90 roubos de carga de maior valor registrados
pela Polícia Civil nos seis primeiros meses
deste ano, 73 ocorreram na Grande BH. A
região concentra centros de distribuição
de mercadorias que são enviadas para
outras regiões do Estado e do país. Em
segundo lugar no ranking de crimes figura o Triângulo Mineiro, com nove casos,
superando a Região Central (veja quadro).
O cigarro é o produto mais visado: metade das ocorrências envolvia cargas desse
tipo. Em seguida estão as bebidas, depois
eletroeletrônicos e, em quarto lugar, medicamentos. Derivados do petróleo também são visados.
Complexidade
A análise do crime contribui para
desmembrar quadrilhas e reforçar a fiscalização em pontos críticos. Outra ação
da delegacia é aprimorar o processo investigativo, buscando a responsabilização
criminal. Um dos principais alimentadores
do roubo de cargas é o receptador, que
tem, na maioria das vezes, empresa legalmente estabelecida para acobertar o
verdadeiro desempenho criminoso. Normalmente, é um comerciante de um ramo
específico que compra cargas roubadas e,
por meio da falsificação de documentos
fiscais, mistura esses produtos com os de
origem legal.
O tratamento dispensado pelo Código
Penal não caracteriza dolo na atividade
receptadora, ou seja, dificilmente se encontrará alguém cumprindo pena por receptação, assim como facilmente se obterá
a revogação da eventual prisão, mediante
pagamento de fiança.
Entre-Vias
23
Especial
“Contudo, com uma investigação apurada, conseguimos mostrar a vinculação do
receptador com o ato final. Assim, nós o
relacionamos com outros crimes, como formação de quadrilha, lavagem de capital e
até roubo, se provarmos que ele é o mentor,
o autor intelectual”, esclarece o delegado.
A delegacia especializada iniciou uma
mudança estrutural em março deste ano
e, para aperfeiçoar sua atuação, busca
apoio do Estado e de parceiros, para aprimoramento dos sistemas tecnológicos e
informacionais, bem como para aumentar
o poder de atendimento. “Acredito que
em breve estaremos trabalhando em outro
espaço e com novas viaturas. É importante
ressaltar que, nesses meses de atuação, recuperamos cerca de R$ 5 milhões em carga, além de efetuar diversas e importantes
prisões de assaltantes.”
Para Raimundo Luiz Fernandes, membro da diretoria do Sindicato das Empresas
de Transporte de Carga do Centro-Oeste
Mineiro (Setcom), erradicar o roubo de
cargas é essencial. “Há 10 anos, fundamos uma comissão, que tem como objetivo eliminar esse tipo de falha, atingindo o
elo mais fraco dessa corrente: o receptador. Assim que identificado, os seus bens
são indisponibilizados e o CNPJ, inativado,
impedindo o repasse desses produtos e
fazendo com que ele pense duas vezes antes de participar de tais esquemas. Eu faço
parte da comissão e sei da importância
dessas medidas, visto que se o problema
não for amenizado, nós, empresários, nos
tornaremos reféns desse tipo de furto.”
No papel
No âmbito federal, uma ação para
combater esse crime é o Sistema Nacional
Alerta!
Em caso de assalto, o delegado Hugo Arruda recomenda muita calma e
controle das vítimas. Ele ressalta que o foco do criminoso está na carga, e
não no motorista, que não deve revidar ou enfrentar a situação. Outro alerta
refere-se à atenção com carros de passeio. Ele explica que, normalmente, a
abordagem acontece por veículos pequenos, que interrompem os canais de
comunicação e levam os caminhões para estradas desertas.
“Apesar de ser uma situação de risco, deve-se manter o controle emocional e ficar muito atento a todos os detalhes, que podem ser fundamentais na
investigação. Todo o crime de roubo e/ou furto de cargas deve ser comunicado
pelo telefone (31) 3271-2494.”
de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao
Furto e Roubo de Veículos e Cargas, fruto
da Lei Negromonte. O projeto de lei foi
apresentado em 1997, mas somente nove
anos depois a legislação foi sancionada
pelo presidente da República, em fevereiro de 2006. Ela prevê articulação dos
órgãos federais e estaduais, bancos de dados, possibilidade de convênios, recursos
para treinamento de policiais, uma série
de ações de integração para o combate ao
roubo de cargas.
A identificação pelos fabricantes, na
nota fiscal, do lote e da unidade do produto que está sendo transportado; o estabelecimento de dispositivos antifurto; a
obrigatoriedade de as autoridades fazendárias fornecerem “à autoridade policial
competente cópia dos autos de infração
referentes a veículos ou mercadorias desacompanhados de documento regular de
aquisição, encontrados durante qualquer
ação fiscal” são outros aspectos positivos
da Lei Negromente.
Os Departamentos de Trânsito (Detrans) terão até 30 de junho de 2014 para
concluir a implantação do sistema e, inclusive, determinar como os veículos já em
circulação receberão o chip.
Gerenciamento de riscos
Cada transportador rodoviário de carga pode tomar medidas internas de autoproteção para reduzir o roubo de bens.
No texto “O Gerenciamento de Riscos no
TRC”, o autor coronel Paulo Roberto Souza
explica que esse conceito consiste na adoção de um conjunto de técnicas e medidas
preventivas que visam identificar, avaliar e
evitar ou minimizar os efeitos de perdas ou
danos que possam ocorrer no transporte de
mercadorias, desde a origem até o destino
da carga, garantindo que o produto esteja
no local desejado, dentro do prazo previsto
e em conformidade.
Considerando a estrutura organizacional e operacional de uma empresa de
transporte rodoviário de cargas, podem-se
Deivisson Fernandes
“O elo mais fraco dessa
corrente é o receptador.
Assim que identificado,
os seus bens são
indisponibilizados
e o CNPJ, inativado,
impedindo o repasse
desses produtos e fazendo
com que ele pense duas
vezes antes de participar
de tais esquemas”
Raimundo Luiz Fernandes, membro
da diretoria do Sindicato das Empresas
de Transporte de Carga do Centro-Oeste
Mineiro (Setcom)
definir como prioritárias, sob o enfoque de
gerenciamento de riscos, quatro áreas setoriais da organização potencialmente vulneráveis a riscos e que deverão ser protegidas: recursos humanos; instalações e áreas
físicas; sistemas de informação e operações
móveis de transporte.
Nesse sentido, o especialista recomenda algumas medidas para viabilizar
a proteção às operações de transporte:
rigorosa seleção de pessoal; estabelecimento de normas de segurança específicas às funções e educação de segurança (treinamentos prévios); veículos
adequados e em boas condições de
manutenção; emprego de tecnologias de
rastreamento/monitoramento e bloqueio;
fracionamento das cargas de maior valor
agregado (evitar concentração do risco);
planejamento de viagem/operações urbanas; Centro de Controle Operacional
24h e cadastramento de rotas no sistema; mapeamento dos locais de maior
risco; identificação de pontos de apoio,
em caso de necessidade; formação de
comboios, quando for o caso; comunicações em permanente disponibilidade
durante toda operação; observância fiel
das normas de segurança durante todo o
percurso e ativação dos meios de pronta-resposta, em situações de emergência.
Essas ações podem ser grandes aliadas
no combate ao roubo de cargas, eliminando prejuízos financeiros, reduzindo custos
médicos e processuais por óbito ou invalidez dos motoristas e operacionais de segurança das empresas.
Mobilização
Sem preconceitos,
sem barreiras
Fotos: Prefeitura de Contagem
Semana da Pessoa
com Deficiência,
realizada em
Contagem, visou
mostrar à sociedade
a importância
da inclusão
P
alestras com especialistas, marcha
pelas ruas de Contagem, muito
diálogo e discussão de políticas
públicas de inclusão. Esses eventos marcaram a Semana da Pessoa com Deficiência,
realizada entre os dias 16 e 21 de setembro. O evento, que já faz parte do calendário oficial da cidade, tem como objetivo
divulgar e proporcionar uma reflexão sobre
a temática e colocar fim ao preconceito,
tornando a cidade mais acessível.
Instituída pela Lei Municipal 4.282, de
21 de setembro de 2009, que estabelece a
data como Dia Municipal pela Inclusão Social
da Pessoa com Deficiência, a Semana contou com a participação de muitos cidadãos.
No primeiro dia, foi realizada uma audiência
pública sobre acessibilidade. No dia seguinte,
aconteceu o encontro com a Família Autista.
O terceiro foi marcado por atividades de conscientização. O quarto dia teve palestra com o
tema: “O trânsito para todos”. O penúltimo
dia possibilitou o diálogo com a Comunidade
Surda e, por último, a Marcha pela Inclusão
Social da Pessoa com Deficiência, com concentração na praça do Iria Diniz.
“Pela segunda vez, participei de um
evento dessa magnitude inclusiva das pessoas com deficiência e pude constatar uma
carência de pessoas qualificadas e profissionais preparados para lidar com essa
sociedade inclusiva, mesmo existindo uma
26
Entre-Vias
legislação específica para garantir os direitos das pessoas com deficiência”, avalia
o educador de trânsito inspetor De Paula,
que ministrou palestra na Semana.
Trânsito inclusivo
A conscientização mundial da necessidade de se resguardar o direito das minorias incentivou as primeiras iniciativas
concretas contra a discriminação aos deficientes. A Declaração dos Direitos das Pessoas com Retardo Mental, por resolução da
Organização das Nações Unidas (ONU), em
1971, foi a precursora. Quatro anos depois,
foi instituída a Declaração dos Direitos das
Pessoas Deficientes. Já a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu, em
1983, a Convenção 159 sobre Reabilitação
(exame prático), que indicarão as adaptações apropriadas. Várias resoluções de
trânsito tentam dirimir as diferenças de entendimento, mas ainda muitos cidadãos com
deficiência recorrem à Justiça a fim de obter
sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Instrutor em segurança
no trânsito, De Paula
Qualificação
O Serviço Social do Transporte (Sest)
e o Serviço Nacional de Aprendizagem
do Transporte (Senat) oferecem o curso
Transporte para Todos, com os objetivos de
sensibilizar e capacitar profissionais para
conhecer, valorizar, receber e trabalhar com
pessoas com restrição de mobilidade, como
idosos, gestantes e pessoas com deficiência.
O curso online é desenvolvido em
um ambiente virtual de aprendizagem
interativo e dinâmico que possibilita aos
alunos a utilização de diversos recursos
de comunicação para a construção do
Profissional em Emprego de Pessoas Portadoras de Deficiência. Na legislação brasileira, encontramos, na Constituição Federal
de 1988, muitos dispositivos relacionados
à temática.
Os anos passaram e ainda há muitas
barreiras para a inclusão de pessoas com
deficiência, e o trânsito é um desses espaços que merece atenção. Na opinião do especialista, um primeiro desafio está no treinamento. “Faltam instrutores preparados
para formar motoristas surdos. Como não
aprendizado, como chats, fóruns e correio
eletrônico.
Os conteúdos estão estruturados em telas
que permitem a navegação linear e sequencial
e que contemplam atividades estimulantes e
desafiadoras. Entre as temáticas abordadas
estão: sociedade e diferenças individuais;
inclusão social e o setor de transporte;
inserção no mercado de trabalho; dicas de
relacionamento e outros.
n Mais informações sobre o curso pelo
telefone 0800-728-2891 ou via e-mail:
[email protected]
têm conhecimento da Linguagem Brasileira
de Sinais (Libras), a aprendizagem torna-se,
assim, mais difícil.”
O educador também pontua as divergências de opiniões entre os examinadores
e os candidatos com deficiência. De acordo
com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
toda pessoa, ao se habilitar, deverá inicialmente ser submetida ao exame de Aptidão
Física e Mental (exame médico), que define
se é necessária a análise da Junta Médica
Especial e da Banca Examinadora Especial
Mercado de trabalho e inclusão
As empresas encontram dificuldade
para cumprir a Lei 8.213/91, que determina que as organizações tenham em seu
quadro de funcionários uma cota mínima
de pessoas portadoras de deficiências, conforme o número de trabalhadores.
Assim, empresas que têm entre 100 e
200 empregados devem contratar 2%, de
201 a 500 empregados, 3%, entre 501 e
1.000 devem contratar 4%, e aquelas que
possuem mais de 1.000 empregados devem contratar 5%.
Muitas atividades do setor produtivo
não possibilitam o preenchimento dessas
cotas. No ramo de transportes, é ainda
mais difícil, pois cerca de 80% dos recursos
humanos atuam no operacional, que exige
capacidade física e motora.
“De forma geral, o importante é construir uma ‘cultura de inclusão’, eliminando
barreiras físicas e de comunicação. Diversas
ações podem ser feitas: colocação no seu
quadro de pessoal de interprete de Libras,
garantia de acesso às tecnologias assistivas – que contribuem para proporcionar
ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente
promover vida independente e inclusão –,
construções de rampas ou elevadores de
acesso, implementação de plantas de imóveis ou a disponibilização de mobiliários
produzidos de acordo com o ‘Desenho Universal’ – que apresenta padrões de acessibilidade”, conclui De Paula.
Comemoração
Fotos: Divulgação
20 anos de ajuda
aos estradeiros
Sest/Senat completa duas décadas de atuação
oferecendo cursos e capacitações
28
Entre-Vias
O
Serviço Social do Transporte e o
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat)
comemoram 20 anos de atuação no país.
As instituições, que fazem parte da Confederação Nacional do Transporte (CNT),
foram criadas para promover eventos, cursos e serviços para tornar o profissional da
estrada mais capacitado para suas funções.
Além disso, oferecem, por todo o Brasil, locais de integração das famílias e de promoção da saúde.
"O Sest Senat é um exemplo ao oferecer
muitas opções de cursos e manter diálogo
com os transportadores – empresas e autônomos. Isso nos permite atender às necessidades de mão de obra qualificada do mercado", diz o presidente da CNT, Clésio Andrade,
ao comemorar as duas décadas do serviço.
Hoje, o Sest Senat tem quase 150
unidades espalhadas por todos os Estados.
Desde 1993, ano da fundação, já promoveu
mais de 100 milhões de ações em todas as
suas áreas de atuação. Mais de 66 milhões
de pessoas já foram atendidas no setor de
promoção social, ou seja, no atendimento
odontológico, psicologia, fisioterapia, palestras e campanhas de saúde.
Mais de 13 milhões de profissionais já
passaram pela qualificação do Sest Senat.
São cursos, palestras, seminários e campanhas de educação. Atualmente, o órgão
oferece os mais diversos cursos, como
transporte coletivo de passageiros, de escolares, de produtos perigosos, veículos de
emergência, entre outros.
No transporte rodoviário, tem capacitações como transporte de carga viva,
operador de empilhadeira e outros. Para
fazer parte do Sest Senat e ser beneficiado
pelos serviços, acesse a página na internet
(www.sestsenat.org.br).
Entre-Vias
29
Eventos
Pit stop por
um bom motivo
Iniciativa consistiu em inspeções preventivas
e manutenção de veículos, visando conscientizar
a importância dessas medidas para
segurança e preservação do meio ambiente
U
ma parada do bem. O Pit Stop Betim, realizado nos dias 20 e 21 de
setembro no Ginásio Poliesportivo
Divino Braga, teve o objetivo de conscientizar a sociedade e os motoristas sobre a necessidade das inspeções preventivas e manutenções periódicas nos veículos. Os carros
foram verificados gratuitamente nos seguintes itens: sistemas de frenagem, iluminação
e arrefecimento; suspensão; embreagem;
pneus; motor e estado geral da pintura.
A iniciativa também abordou a condução responsável, a redução de emissão de
gases poluentes e a diminuição do número de acidentes de trânsito nas vias urbanas e rodovias. Algumas palestras foram
conduzidas pela Polícia Rodoviária Federal
(PRF), e os Anjos do Asfalto também participaram, mostrando como é feito o atendimento às vítimas de acidentes.
O relatório é emitido em apenas alguns
minutos e possibilita ao motorista saber qual
é o estado dos itens de segurança do veícu-
30
Entre-Vias
lo, além de poder acompanhar os testes e
tirar dúvidas com técnicos especializados.
Nesse sentido, o Pit Stop foi uma oportunidade de chamar a atenção para a qualidade do ar e para a segurança da população, visto que a adequada manutenção
dos veículos traz benefícios para sociedade
e para o meio ambiente.
Sempre de olho
O evento é realizado anualmente pelo
Sindicato da Indústria de Reparação de
Veículos e Acessórios do Estado de Minas
Gerais (Sindirepa/MG) e conta com o apoio
da Câmara Automotiva da Federação das
Indústrias do Estado de Minas Gerais
(Fiemg) – que reúne várias entidades do
setor de reposição –, de fabricantes de autopeças e do Núcleo Integrado das Empresas do Setor Automotivo (Niesa).
Neste ano, além de Betim, a iniciativa
aconteceu em Venda Nova, em Belo Horizonte, nos dias 13 e 14 de setembro.
Simulação de resgate impressiona o público.
Participação das equipes: Bombeiros/MG,
SAMU e Anjos do Asfalto
Lançamento do
Stralis Hi-Way
Cegonheiros e outros representantes
do setor rodoviário de cargas conhecem
de perto o novo veículo da Iveco
C
erca de 500 pessoas – representantes do setor de transporte rodoviário de cargas, empresários e
jornalistas – participaram do lançamento do
novo Iveco Stralis Hi-Way. O evento aconteceu no dia 3 de outubro na Deva Betim.
A montadora apresenta um novo conceito: caminhão consagrado com o International Truck of the Year 2013, prêmio
concedido pela imprensa especializada
durante a feira de transportes de Hannover,
na Alemanha, em 2012. O mérito é reflexo
da implantação de uma série de conteúdos
tecnológicos e inovações que fazem do Iveco Hi-Way representante de um novo patamar no transporte de cargas e verdadeira
referência em design, conforto, espaço interno, ergonomia, tecnologia, segurança,
desempenho e baixos custos operacionais.
O modelo conta com amplo espaço
interno e está disponível nas versões teto
alto ou teto médio, ambas com cabine leito com 2,5 metros de largura por 2,25 de
comprimento, o que possibilita mobilidade
e favorece a sensação de bem-estar. Com
piso semipleno, a versão teto alto permite
que uma pessoa de até 1,90 metro fique
em pé sem encostar a cabeça no teto.
Chega em três opções de potência:
440 cv, 480 cv e a novíssima versão de 560 cv,
nas trações 4x2, 6x2 e 6x4, que o posiciona
entre os veículos de maior desempenho no
mercado dos extrapesados premium. A tecnologia de ponta dos propulsores e inovações
aerodinâmicas garantem economia de 2,5%
de combustível em relação ao Stralis Ecoline,
que já se destaca nesse quesito, e os custos
de manutenção são até 10% inferiores que o
dos concorrentes diretos.
Segurança
O veículo é equipado de série com freios
ABS, ajustador automático de folga, sensor
do nível de desgaste das lonas e freio motor
Iveco CEB (Combined Engine Brake) – que é a
combinação do freio por descompressão mais
freio motor convencional borboleta, garantindo uma potência de frenagem de 415 cv. Além
de tudo isso, o Iveco Hi-Way conta com o opcional freio auxiliar Intarder, totalizando 978 cv,
a maior potência de frenagem do segmento.
Câmbios
O Iveco Hi-Way oferece dois tipos de
caixa de velocidades. A automatizada, de
série para todas as versões, tem o câmbio
Eurotronic com 16 velocidades, que permite
mudanças rápidas e precisas. Já a mecânica,
também com 16 velocidades, possui sistema
H sobreposto e inteligente que reduz erros.
Entre-Vias
31
Eventos
Edmar de Freitas, Bruna Márcia, Juliana Maria,
Marcus Campolina, Alfredo Rezende e Geraldo Assis
Laura Luíza e Maria Luíza
Momento de
prestar atenção
Motoristas participaram do Pit Stop Betim para
realizarem gratuitamente inspeções preventivas e manutenções periódicas nos veículos. A iniciativa aconteceu
nos dias 20 e 21 de setembro no Ginásio Poliesportivo
Divino Braga.
João Gilberto, Regianne Rodrigues, Duilio de Oliveira, Borginho e Daniele Marzano
Arnaldo Lana, Rodrigo Nunes e Lúcio Campos
Marcus Campolina, Edmar de Freitas, João Gilberto, Alfredo
Rezende, Geraldo Assis, Carlaile Pedrosa e Fabrício Freire
Eventos
Robinson Romanhollie
e Alberto Medioli
Leôncio Farias, Jean Amorim, Lucas Fernando,
Gustavo Estevão e Guilherme Estevão
Eduardo Boca, José Lourenço, Guilherme
Venâncio e Alberto Medioli
Augusto César, Luiz Ricardo, Vanderli
Gonçalves e Luis Fioravanti
Alexandre Machado, Márcio Antônio,
Renato Machado e Djalma Vilaça
Claudilene Fernandes
e Roni Adriano
Lançamento de ponta
Robinson Romanholli, Alberto Medioli, Guilherme
Venâncio, Edson Pereira e Alcides Cavalcanti
Representantes do setor de transporte rodoviário de cargas, empresários e
jornalistas participaram do lançamento do novo Iveco Stralis Hi-Way. O evento
aconteceu no dia 3 de outubro na Deva Betim. O caminhão chega para revolucionar o mercado automotivo e promete associar design, conforto, espaço
interno, ergonomia, tecnologia, segurança, desempenho e baixos custos operacionais em um único veículo.
Itamar Araújo, José Francisco, José Lage e Nelson Novais
Djalma Altran, Eliane Altran, José Araújo, Oswaldo Altran e Aparecida Altran
Edson Pereira, Bernardo Silva, Carlos Júnior e Guilherme Venâncio
Vinícius Morais, Élcio Almeida, Thiago Morais e Rodrigo Malta
34
Entre-Vias
Maria Vitória, Raulino Silva, Edméia Silva, Eliane
Aparecida, Pedro Henrique e Thaís Senen
Anderson Alves, Jaime Barros
e André Cristiano
Carlos Júnior, Giovanne Andrade
e Bernardo Campos
Flavio Peçanha, Roni Adriano, Davidson Marcio e Wesley Teixeira
Zé Baia, José Teodoro, Cabeludo e Osvaldo Tram
Hélio Trovão, Rogério Maia, Armando
Reis e Carlos Roberto
Helvécio Ferri, Emerson Ferreira e Evandro Ferri
Antônio Júnior, Marco
Sérvio e Raimundo Amâncio
Weber Trindade, Eloísio Pimenta, Nuzio Ribeiro e Calos Henrique
Herculano Reis, Valdir Signoretti, Pedro Teodoro e Guilherme Venâncio
Fátima Silva e Jose Alceu
André Silva e Graziele Nogueira
Reniver Machado, Nilson Moura e Jesus Gomes
Hélio Oliveira, Daniela Carmacio,
Edna Carmacio e Daniel Carmacio
Entre-Vias
35
Eventos
Galera do Rádio PX da Cegonha faz evento de confraternização
Encontro de Radioamadores
Um grupo de amigos que utilizam o rádio do caminhão para se comunicar, trocar experiências e palavras de conforto resolveu se reunir
no 1º Encontro de Radioamadores. O objetivo do evento, que aconteceu no dia 15 de setembro em um sítio em Betim, foi confraternizar
com colegas e famílias. Durante toda a festa, houve muita conversa boa, música, alegria, animação e fartura de comida e bebida. O próximo encontro já tem data marcada: 15 de novembro.
Valter Balu, Renato Cattapixo, Juninho
de Deus e Weliton Vital
Gilmar Rodrigues, Vitor Marcílio
e Oberdan Ferreira
Rosana Alves, Janaína Alves,
Sônia Denicoli e Bruna Luíza
Vera Lucia e Silvio Santos
Carla Aparecida e Juninho de Deus
Celso Mota, Anderson Machado e Kátia Machado
Poliana Saurino, Márcio Andrade e Heitor Saurino
Elaine Meireles, Kayky Gabriel e Vitor Marcílio
Marco Antônio e Emanuela Machado
Eventos
Alexandre Carreirinha, Cristian Roberto
Alves e Levi Costa Júnior
Galera de Juatuba
1ª Festa do Caminhoneiro em Bicas
São Joaquim de Bicas recebeu, no dia 22 de setembro, a sua primeira Festa do Caminhoneiro. Organizada por Alexandre Carreirinha,
a comemoração contou com atrações artísticas, shows, carreata, procissão e muitas bênçãos. Cerca de 700 pessoas participaram das atividades, e parte da renda foi destinada para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). “A festa teve uma ótima receptividade
e, por isso, no ano que vem tem mais. Aguardem mais novidades”, anuncia o organizador.
Alexandre Carreirinha, Fylé do Barretão e Linda Flor
Uendel Garcia, Isabela Costa, Elizabete Pinheiro
Rosana Maria, Gabriela Maria, Roberto e Vânia Maria
Alexandre Carreirinha e Fabinho do Bar
Leonardo Piauí e Jacsiel Piauí
38
Entre-Vias
Washington Ribeiro
Silas, Elicelia e Jordane
Esportes
POR Marcel Moraes*
Com a mão na taça
O time do Cruzeiro está muito perto de conquistar o tricampeonato brasileiro em 2014,
faltando apenas algumas rodadas para o término da competição. O time do técnico
Marcelo Oliveira não vem mostrando um bom futebol nesta reta final do campeonato,
mas a grande vantagem que obteve durante a competição tem sido um fator
fundamental contra os adversários que brigam pelo título de 2014. Vamos torcer para
que a derrota do time celeste no clássico contra o Galo não atrapalhe o psicológico
dos jogadores e da torcida China Azul, pois a conquista do tricampeonato não pode ser
abalada por uma derrota para o grande rival.
Galo só treina para o Mundial
Não há como negar, mas o Galo já não tem muito interesse em disputar o Campeonato
Brasileiro há muito tempo, pois o principal objetivo do time atleticano nessa competição
foi não cair para a segunda divisão do Brasileirão e vencer o arquirrival Cruzeiro no
superclássico. As atenções dos jogadores estão totalmente voltadas para o Mundial
de Clubes no Marrocos, no fim de ano, o que é perfeitamente compreensivo, pois os
jogadores devem se preservar, evitando uma dividida mais forte para evitar uma contusão
grave – como a de Ronaldinho Gaúcho – e correr o risco de não participar desta histórica
competição que o Galo vai disputar pela primeira vez em sua história.
Minas, a capital do futebol no Brasil
Com a conquista da Taça Libertadores pelo time do Galo e a possível conquista do
tricampeonato brasileiro pelo time do Cruzeiro, o futebol mineiro vai se tornar a capital do
futebol no Brasil em 2014, um fato inédito, merecido e que vai deixar os paulistas e cariocas
com um grande sentimento de ciúmes e inveja. O futebol mineiro vai subir ao pódio mais alto
do futebol e, para completar a festa, quem sabe, nosso querido América fique entre os quatro
que sobem da segunda divisão para a elite do futebol brasileiro?
Libertadores de 2014
A Copa Libertadores da América de 2014 com certeza será uma das melhores dos últimos
anos, pois Cruzeiro e Galo entrarão com força total pela conquista do título. Não tenho dúvidas
de que teremos confrontos espetaculares envolvendo os nossos times e que um deles deverá
faturar a taça no ano da Copa.
*Colunista esportivo associado a ANCE, trabalhou na rádio Itatiaia e na rádio Ouro Preto, colunista do jornal “O Tempo”, associado ao sindicato dos
jornalistas, formado em jornalismo pela Estácio de Sá. E-mail: [email protected]
40
Entre-Vias
Download

O calcanhar de aquiles dos prefeitos - Revista Entre-Vias