ANO X l Nº 115 Outubro de 2013 Distribuição gratuita em postos de combustível n Deva IVECO lanÇa seu novo modelo em grande estilo para cegonheiros n Pit stop Betim mobiliza bombeiros, Samu e Anjos do Asfalto O calcanhar de aquiles dos prefeitos Mobilidade urbana preocupa autoridades, que se unem em busca de soluções Editorial Geraldo Eugênio de Assis O tema vem tomando grandes proporções já faz algum tempo, mas os entraves políticos criam empecilhos para que a mobilidade nos centros urbanos deixe de ser um grave problema. No caso da região metropolitana de Belo Horizonte, o assunto merece atenção. Nesta edição, mostramos uma parte do problema que afeta toda a população e sobrecarrega os municípios da Grande BH. Com dedicação, os prefeitos tentam encontrar uma solução a médio prazo. Torcemos para que sejam felizes em suas ações, porque de seu sucesso dependem milhões de pessoas que encontram dificuldades em transitar nas grandes cidades, seja com veículos automotores, seja de bicicletas, seja nos abarrotados ônibus da região. Quando meu amigo, conhecido pela simpatia e pelo apelido engraçado, me contou a história do assalto que sofreu, fiquei perplexo. Quanta covardia direcionada a um trabalhador que, para poder produzir e levar à sua família o necessário para sua sobrevivência, passou por humilhação e tortura. Para contar a sua história e alertar os leitores para que possam se prevenir de situações como essas, o Febem, como é conhecido, dispôs-se a pôr a boca no trombone. Os roubos também ocorrem em cargas transportadas. Menos importantes que a vida, mas que geram frutos criminosos para a sociedade. Fique atento às dicas, pois, por mais esperto que possamos ser, o perigo está a nossa volta. Envie sua carta para Rua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG. CEP: 32600-084 [email protected] Expediente Diretor-gerAL/eDitor Geraldo Eugênio de Assis [email protected] gereNte ComerCiAL Poliana Silva reDAção Cristina Guimarães e Patricia Moraes iLUstrAçÕes Paulo Baraky Werner - PW DiretorA exeCUtivA Tayla Assis [email protected] DePArtAmeNto ComerCiAL Karen Prado, Renata Gomes e Rodrigo do Espirito Santo [email protected] eveNtos Amanda Rodrigues web DesigNer Joélcio Simões eDitorA Chefe Patricia Moraes [email protected] gereNte ADmiNistrAtivA Laís Morais [email protected] fotos Arquivo Entre-Vias revisão Lílian de Oliveira Diagramação Roger Simões DistribUição Antônio Carlos dos Reis e Margeri Mansor imPreSSão Gráfica Del Rey tiragem 10 mil exemplares todos os direitos reservados A reprodução total ou parcial de textos, fotos e artes é proibida sem autorização prévia. ENTRE-VIAS não se responsabiliza por textos opinativos assinados. "As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Informes publicitários são de responsabilidade das empresas que os veiculam, assim como os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes." ENTRE-VIAS, por meio de um mailling especial, chega a empresários e executivos de empresas de transporte de cargas e às principais redes de postos de combustíveis. Autoridades, entidades de classe, sindicatos, indústrias e órgãos governamentais também recebem a publicação. 4 Entre-Vias aSSinaturaS / anunCianteS Minas Gerais Rua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG. CEP: 32600-084 (31) 3052-0103 / 3594-4245 [email protected] Uma publicação da Auto Gestão Publicidade e Consultoria ltda. CNPJ: 02.841.570/0001-30 Rua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG. CEP: 32600-084 Tel.: (31) 3052-0103 / 3594-4245 [email protected] Entre-Vias apoia: www.anjosdoasfaltomg.blogspot.com EXPERIÊNCIA E NOVAS SOLUÇÕES. 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Se o paciente for uma criança, a situação piora. E nada mais pode diminuir esse lamento do que a doação. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) lançou recentemente uma campanha nacional para sensibilizar as pessoas e estimular a doação de órgão no país. O protagonista da campanha é o pequeno Matheus Bitencourt Lazaretti. Com apenas 7 anos, ele foi transplantado recentemente e já estrelou a mesma mobi- lização em 2007, quando ainda buscava um doador. Com o slogan “Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com sua família”, a ideia é que as pessoas conversem com seus parentes, deixando claro o desejo de doar seus órgãos. Assim, nessa hora tão difícil para todos, os familiares estarão cientes e poderão agilizar o processo junto às centrais de transplantes nos hospitais. A importância de manifestar o desejo de ser doador chegou também às redes sociais. Há um ano, uma parceria do MS com o Facebook incentiva que os usuários divulguem em seus perfis que querem ser doadores. Segundo o ministério, mais de Fhemig/Divulgação um doador” 135 mil internautas já tornaram público, por meio da rede social, seu desejo. Apesar de não ser obrigatória no país, a declaração por escrito pode facilitar o entendimento e a decisão dos parentes, já que serão eles os responsáveis por autorizar a doação. Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostra que melhorou, nos últimos anos, a aceitação das famílias em relação à doação devido a uma intensificação nas campanhas e ao fortalecimento da rede de captação nos hospitais. Em 2003, 80% dos parentes negavam doar os órgãos do ente falecido. Em 2012, embora ainda considerado alto, o índice caiu para 45%. As campanhas feitas pelo setor público e por entidades não governamentais tentam diminuir ainda mais essa rejeição imediata. A aceitação refletiu nos números de doações. Segundo o MS, até 2010, eram registrados 9,9 doadores para cada 1 milhão de pessoas; nos últimos três anos, o Brasil conseguiu chegar à marca de 13,5 doadores por milhão de pessoas. A meta é chegar a 15 doadores por milhão em 2014. Houve ainda queda de 40% na quantidade de pessoas na fila de espera por transplantes. Se em 2008 eram 64.774 pessoas, até setembro de 2013 eram 38.759. Em Minas Gerais, segundo o MG Transplantes, órgão vinculado à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), SEJA UM DOADOR! legislação brasileira estabelece que A somos doadores desde que, após a morte, um familiar de até segundo grau de parentesco autorize, por escrito, a retirada dos órgãos Não basta você querer ser um doador. Sua família precisa saber e autorizar Manifeste sua vontade em casa, aos seus amigos e a todos que conhece Qualquer pessoa pode ser doadora Para que o transplante seja feito, é preciso haver compatibilidade entre o doador e quem está na fila de espera Não há idade para ser doador. Na fila, existem pessoas de todas as idades à espera de um órgão FAMOSOS DOADORES Veja quem já manifestou publicamente o desejo de doar seus órgãos quando morrer: n Integrantes da banda Biquini Cavadão n Integrantes da banda Capital Inicial n Jogadores de futebol Dinei e Dedê n Dupla sertaneja Felipe e Gabriel n Escritor João Ubaldo Ribeiro n Atriz Lúcia Veríssimo n Ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva n Médico e escritor Moacyr Scliar n Integrantes da banda Pato Fu n Cantora Zelia Duncan o número de doadores cresceu nos últimos dez anos, mas a relação de doadores por milhão também não é a ideal ainda. Quase 3 mil mineiros estão na fila hoje no Estado à espera de um órgão para o transplante. Até julho, Minas tinha 12,3 doadores por milhão de habitantes, no entanto, no período foram feitas 34,9 notificações. Isso significa que pouco mais de um terço das possibilidades foi concretizado. O coordenador metropolitano do MG Transplantes, Omar Lopes, diz que as pessoas precisam entender que a doação é um ato de fraternidade. “As pessoas devem comunicar e deixar claro para os familiares e amigos a sua condição de doador para que, no momento de sua morte, sua decisão seja respeitada e a doação seja efetivada”, destaca. Felipe sempre havia manifestado para a família a intenção de ser doador. Ele morreu há nove anos, ainda jovem, aos 21 anos, após ser atropelado na capital. Quando soube do acidente, a mãe dele, a bordadeira Rose Mary Guirado, 59, correu para o local e o acompanhou nos momentos em que foi socorrido. Felipe teve morte cerebral e, assim que recebeu a notícia, Mary se lembrou do pedido do filho. Ela consentiu em doar os órgãos dele. Hoje, integra a equipe do MG Transplantes como voluntária e tem o papel de conscientizar as pessoas sobre a importância da doação. Vários órgãos podem ser doados, como fígado, coração, pâncreas, rim e pulmão, além de tecidos, como a córnea, e a medula óssea. No caso de doação após o falecimento, deve haver a constatação de morte encefálica – isto é, a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro –, feita com base em diagnóstico dado por dois médicos e em exames complementares interpretados por um terceiro profissional. Esse procedimento foi estabelecido para não haver dúvida quanto ao diagnóstico. Entre-Vias 9 Reconhecimento Paixão pelos ônibus Motorista revela sua coleção de miniaturas de coletivos de Belo Horizonte, acervo que conta a história do transporte na capital 10 Entre-Vias U ma coleção de encher os olhos e que gera até muito ciúme no dono. Luiz Cláudio da Silveira, 48, motorista de ônibus coletivo, é apaixonado pelo tipo de veículo que dirige todos os dias. Grandes, espaçosos, com motores até potentes e que levam uma diversidade de pessoas de um destino a outro. O gosto virou um vasto e rico acervo. São miniaturas de veículos do transporte coletivo de Belo Horizonte. Luiz conta que sua paixão começou com a profissão. Ele guarda 40 pequenos ônibus, feitos com esmero, de forma artesanal, pelo aposentado Carlos Humberto Siqueira, que mora no bairro Santa Lúcia, em Belo Horizonte. Ele não fabrica mais os modelos, mas pretende voltar a produzi-los em breve, o que deixa Luiz bastante ansioso para re- tomar o hábito. O motorista confessa que, toda vez que ia à casa de Carlos em busca de mais um item para admirar, ficava embasbacado e em dúvida sobre qual levar. A maioria dos modelos de seu acervo são do transporte coletivo da BHTrans, apenas dois são do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) – linhas General Carneiro e Borba Gato, ambas de circulação em Sabará. O colecionador também já encomendou ônibus exclusivos. Ele levava uma foto para Carlos Humberto e pedia que fizesse a reprodução. Por isso, parte do seu acervo revela modelos de linhas antigas, que nem existem mais. "Antigamente, os ônibus que circulavam em cada bairro tinham uma cor diferente", lembra-se. As miniaturas não são tão pequenas. Extrapolam o tamanho da palma da mão de um adulto e ficam no quarto dele, na casa da mãe, com quem mora, no bairro Dom Bosco, na capital. Para guardá-las, mandou fazer uma estante de vidro. Limpa quase todos os dias, peça por peça, e não deixa que ninguém ponha as mãos. Para se ter uma ideia do zelo que tem por seus carros, o motorista tem um sobrinho de apenas 3 anos, idade em que qualquer criança adora carrinhos, mas ele não cede. Gosta mesmo é de ficar admirando sua coleção. "Todo mundo que conhece minha coleção se encanta. Fiz três divisões no meu quarto para abrigá-la. Sempre abro, limpo com cuidado, só eu que cuido, ninguém põe a mão, nem minha mãe", diz. Preferido? Luiz diz que gosta de todos. Cada miniatura, segundo o colecionador, custou cerca de R$ 75 e ele levou mais de dois anos para chegar aos 40 itens. Na visão dele, faltam cerca de 10 modelos para ficar bem mais interessante. Agora, a vontade é que o seu Carlos Humberto recomece a produção para que Luiz aumente seu acervo. Entre-Vias 11 Capa Força-tarefa de prefeitos Administradores municipais reúnem-se em Contagem para reivindicar obras de infraestrutura e mobilidade urbana para a região metropolitana 12 Entre-Vias C onstrução do Rodoanel e duplicação da BR-381. Obras tão necessárias para diminuir os índices de acidentes e mortes que deixam Minas Gerais no topo da lista dos Estados com rodovias mais violentas. Para contribuir para que tais intervenções saiam do papel e façam parte da segurança de quem trafega nesses locais, os prefeitos que formam a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel) empreenderam uma verdadeira força-tarefa, unindo esforços para levar aos legisladores da Câmara dos Deputados reivindicações urgentes dos moradores e motoristas. No fim de setembro, juntos, sentaram para uma reunião que durou horas, no Hotel Actuall, em Contagem, e só saíram de lá quando tiveram uma garantia dos parlamentares de que os pedidos seriam levados para Brasília e incorporados ao Orçamento Geral da União previsto para 2014. O relator do orçamento, deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT), esteve presente para incluir as demandas prioritárias dos 34 municípios que compõem a Grande BH na verba prevista para investimentos no ano que vem. Entre os pedidos feitos ao deputado, boa parte está ligada à mobilidade urbana. Segundo o prefeito de Betim e presidente da Granbel, Carlaile Pedrosa (PSDB), o Rodoanel e a duplicação da BR-381 foram eleitos as prioridades para a região metropolitana. “São obras que vão trazer melhoria de vida para a população de vários municípios da nossa região”, disse durante a reunião. É o que também garante o presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (Sintrauto), Carlos Roesel. Para ele, as Desirèe Dutra obras são fundamentais para a melhoria da mobilidade e precisam sair do papel. “Do jeito que estão (as rodovias), elas impedem o crescimento econômico e transformam a vida dos transportadores de carga em um caos. Trechos como o da BR-381, onde morrem centenas de pessoas anualmente, já não deveriam existir. Nós, cegonheiros, temos problemas ao trafegar por trechos onde não há uma condição mínima de segurança”, afirmou. Carlin Moura (PCdoB), vice-presidente da Granbel e prefeito de Contagem, explica que a entidade hoje luta pelas duas intervenções consideradas prioritárias (Rodoanel e BR-381). “Estamos buscando investimentos que vão melhorar o trânsito na região metropolitana, considerado um dos grandes gargalos das nossas cidades. Enfrentar os desafios de maneira conjunta pode nos ajudar a conquistar as demandas com mais facilidade”, afirmou. RESPOSTAS Durante o encontro, Miguel Corrêa afirmou que vai analisar todos os pedidos, mas ainda não sabe o que será atendido porque não tem em mãos a previsão de receita para o ano que vem. Algumas obras, segundo ele, já fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outras podem ser pedidas por emendas parlamentares ou fazer parte de programas federais. Ao todo, as solicitações das 34 prefeituras somam mais de R$ 480 milhões, das quais 12 são intervenções estruturais em rodovias ou melhorias em serviços urbanos de trânsito. Obras como construção de escolas e postos de saúde também foram requeridas. Das prioridades, o Rodoanel ainda está em fase de projetos, sem data para começar a ser construído. A parte Norte, uma das principais, liga Betim a Ravena, distrito de Caeté. Consulta pública feita recentemente pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) calculou que será necessário pedágio no trecho, que pode chegar a R$ 7. A previsão é de que a obra seja realizada mediante parceria público-privada (PPP) e dividida em três etapas. A rodovia passará por Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem Entre-Vias 13 Capa Elias Ramos “Estamos buscando investimentos que vão melhorar o trânsito na região metropolitana, considerado um dos grandes gargalos das nossas cidades. Enfrentar os desafios de maneira conjunta pode nos ajudar a conquistar as demandas com mais facilidade” Carlin Moura, prefeito de Contagem e vice-presidente da Granbel “É importante o apoio de todos, incluindo os líderes empresariais, secretários municipais, vereadores e todos os envolvidos que podem ajudar nessa luta. Os prefeitos encontram-se sobrecarregados com transferências e obrigações que vêm estrangulando os orçamentos, como no caso da saúde, educação e segurança pública” Desirèe Dutra Carlaile Pedrosa, prefeito de Betim e presidente da Granbel Elias Ramos “Do jeito que estão (as rodovias), elas impedem o crescimento econômico e transformam a vida dos transportadores de carga em um caos. Trechos como o da BR-381, onde morrem centenas de pessoas anualmente, já não deveriam existir” Carlos Roesel, presidente do Sintrauto Desirèe Dutra até chegar a Betim; e a expectativa é de que seja uma alternativa ao Anel Rodoviário, que hoje está superlotado e sem estrutura para suportar tanto trânsito. Estima-se que sejam investidos R$ 4 bilhões para construir todo o contorno, do qual também faz parte a construção de um ramal que vai ligar Betim a Nova Lima, chamado de Rodoanel Sul. Esse trecho também vai evitar que caminhões e carretas precisem trafegar pelo Anel Rodoviário para seguir em direção ao Rio de Janeiro. MANIFESTAÇÕES Em julho, a presidente Dilma Rousseff (PT) reuniu prefeitos e governadores em Brasília para liberar recursos prometidos como resposta às manifestações que se alastraram pelo país durante a Copa das Confederações. No pacote de mobilidade urbana, Minas pediu parte para a revitalização do atual Anel Rodoviário, orçada em R$ 1,7 bilhão, além de metrô, asfaltamento de vias, entre outras demandas. Já a duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, está emperrada nas licitações. Agora, em fase de assinatura de contratos, prevista para outubro, deve demorar um pouco mais porque as empresas precisam fazer o registro dos consórcios nas juntas comerciais, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). São sete trechos, dos 11 previstos para serem duplicados, que aguardam somente a assinatura de uma ordem de serviço. Logo depois, as obras podem começar. A expectativa ainda é de que até o fim do ano os motoristas que trafegam pela tão conhecida Rodovia da Morte já vejam máquinas funcionando, muitas interdições e homens trabalhando. Capa Em agosto, durante visita à cidade de Varginha, no Sul de Minas, a presidente Dilma Rousseff prometeu que a ordem de serviço seria assinada por ela em setembro, com previsão de que até dezembro começasse a duplicação. Ela deve voltar a Minas Gerais para dar início à tão esperada obra. Segundo os projetos apresentados pelos consórcios e as definições dadas pelo Dnit ao processo, a duplicação tem previsão de ser concluída em dois anos e meio. O prazo foi dado se não houver atrasos justificados. O orçamento previsto para as intervenções nos 11 trechos é de R$ 2,6 bilhões. Ao todo, são 205 km de pistas a serem duplicados, que vão receber também 17 pontes e 47 viadutos, cinco túneis, 20 passarelas e 99 paradas de ônibus. 16 Entre-Vias Para o presidente da ONG SOS Rodovias Federais, José Aparecido Ribeiro, essas obras são fundamentais não só para a melhoria da mobilidade, mas sobretudo para a economia da região. “Cada vez que o Anel Rodoviário de BH fica parado devido a acidentes ou em virtude do tráfego, ele gera grandes prejuízos para as pessoas e para as indústrias”, afirmou. Sobre o Rodoanel, ele disse que a rodovia tiraria do Anel Rodoviário o tráfego pesado que não necessita passar por BH, poupando tempo, recursos financeiros “e, sobretudo, evitando a poluição gerada pelo grande volume de caminhões que ficam presos no trânsito”. Para Aparecido Ribeiro, as obras da BR-381 agora são questão de tempo, mas ainda é preciso vencer a inér- cia e a burocracia do governo. “Vejo com bons olhos a iniciativa dos prefeitos, mas precisa seguir a lógica da necessidade, da urgência”, afirmou. MELHORIAS NAS CIDADES Além das duas obras prioritárias, na última reunião da Granbel, os prefeitos apresentaram reivindicações exclusivas para cada município. Betim, por exemplo, solicitou a construção de viaduto para ligar os bairros Teresópolis e Laranjeiras. Esmeraldas pediu recursos para pavimentação, asfaltamento e infraestrutura viária na cidade. Ribeirão das Neves também quer obras ligadas à mobilidade urbana: a pavimentação de corredores de ônibus. Já em Contagem, o prefeito Carlin Moura Desirèe Dutra ressaltou a necessidade de uma obra de intervenção na avenida Maracanã, que liga o Eldorado ao bairro Nova Contagem e está prevista no PAC 2. O município de Capim Branco apresentou reivindicações para a reforma do antigo hospital e maternidade e a implantação de uma área industrial tecnológica. Juatuba pediu a implantação de um centro integrado ao esporte e construção de um estádio poliesportivo. A reunião itinerante da Granbel é uma iniciativa da atual gestão. A ideia é que todos os municípios possam unir suas reivindicações para que sejam levadas ao governo federal ou estadual com mais rapidez e eficiência. Durante a reunião, o prefeito de Betim falou das dificuldades em que os municípios se encontram e do esforço que vêm fazendo para investir em condições básicas para a população. “É importante o apoio de todos, incluindo os líderes empresariais, secretários municipais, vereadores e todos os envolvidos que podem ajudar nessa luta. Os prefeitos encontram-se sobrecarregados com transferências e obrigações que vêm estrangulando os orçamentos, como no caso da saúde, educação e segurança pública”, ressaltou. Além dos prefeitos e do deputado Miguel Corrêa, estiveram presentes na reunião vários parlamentares, secretários municipais de planejamento da região metropolitana, autoridades de diversas áreas dos municípios, bem como representan- tes de entidades de classe. O prefeito de Contagem, Carlin Moura, considera que a bancada mineira no Congresso está engajada em resolver os problemas e unida aos prefeitos. “Eles também disseram que as obras pontuais das cidades que não entrarem no Orçamento da União poderão ser executadas por meio de emendas parlamentares”, declarou. Entre-Vias 17 Fique de Olho Fotos: Rodrigo Nunes/MinCidades/Divulgação Objetivo do Parada é reduzir em 50% o número de acidentes no país até 2020 Alerta sobre álcool e volante Ministério das Cidades lança mais uma campanha para tentar reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito U ma nova campanha de trânsito está sendo veiculada em todo o país. É mais uma tentativa de alertar a população sobre os efeitos de dirigir após o consumo de álcool e drogas. Segundo o Ministério das Cidades, a mensagem pede uma mudança no comportamento dos motoristas nas ruas e estradas e faz parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada: um pacto pela vida), que objetiva a redução em 50% no número de acidentes até 2020. A ideia, desta vez, é veicular mensagens fortes, que toquem o motorista. Uma delas exibe um bebê aprendendo a andar e em seguida uma vítima de acidente, que ficou paraplégica com a batida, reaprendendo a caminhar. E diz: “As escolhas no trânsito podem deixar marcas para o resto da vida”. A campanha ainda mostra vítimas tendo de reaprender a fazer coisas básicas, como comer e falar. O slogan é “Aprender a andar. Aprender a comer. Aprender a falar. Só é natural na primeira vez”. Uma das pessoas que aparecem na campanha é o auxiliar administrativo João Santos, 38. Ele sofreu um acidente de moto, perdeu a esposa e teve uma perna amputada. Segundo o Ministério das Cidades, João contou que andava de moto com a esposa quando começou a chover. Ele parou no acostamento e um carro desgovernado atingiu os dois. O motorista do automóvel estava sob efeito de álcool. Andréa Mello, 29, também contou sua história para fazer parte da mobilização. Em 2010, depois de uma balada, recusou o convite para dormir na casa de uma amiga e voltou para casa dirigindo. No caminho, dormiu ao volante, bateu em um carro e depois num poste. Ficou em coma e até hoje tenta João Santos conta sua história na campanha: a esposa morreu ao ser atingida por um carro no acostamento se recuperar do trauma que a deixou com dificuldades de locomoção e comunicação. Para o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, exibir casos reais de pessoas com sequelas é uma forma de conscientizar os motoristas sobre a necessidade de respeitar as regras. “A campanha mostra histórias de pessoas que estão passando por processo de reabilitação. Essas experiências devem servir de exemplos de transformação na vida”, afirma. E prossegue: “As consequências são muito piores para as vítimas do que o mal-estar que o espectador pode sentir quando assistir à campanha”. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) faz um alerta: dirigir sob efeito de bebida alcoólica é a segunda maior causa de acidente nas estradas e rodovias brasileiras. A primeira causa é o excesso de velocidade e, depois do álcool, estão a fadiga, o cansaço e o uso de celular. Uma pesquisa do Ministério da Saúde ainda aponta que o álcool está presente no sangue de quase metade das vítimas mortas em acidentes de trânsito, que são em sua maioria homens com idade entre 20 e 39 anos. O consumo de álcool e drogas diminui muito a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos no trajeto, além de alterar os reflexos do condutor. Quando alcoolizado, o motorista tem dificuldades para perceber uma moto ao lado ou um pedestre atravessando. O rebite, no caso dos motoristas profissionais, usado indevidamente para diminuir o sono, causa um cansaço excessivo quando o seu efeito termina, e o condutor acaba dormindo imediatamente. A maconha, o crack e o ecstasy provocam confusão mental e prejudicam o senso de orientação. Especial Violência Fotomontagem: Paulo Werner Roubo de cargas, de suplementos rodoviários e de pertences pessoais dos caminhoneiros tira o sossego e põe em risco a vida dos profissionais 20 Entre-Vias "F oi um dos piores dias da minha vida. Estava descansando quando fui abordado por dois homens. No susto, como reflexo, dei uma joelhada em um deles, que me bateu muito. Durante uma hora, fiquei dentro da cabine do caminhão sob pressão e no escuro, enquanto eles me intimidavam e roubavam tudo o que tinha: dinheiro, aparelhos eletrônicos, roupas e calçados.” O relato do cegonheiro Edson do Carmo da Silva, mais conhecido como “Febem”, mostra a vulnerabilidade dos profissionais do transporte rodoviário de cargas frente à violência. O fato aconteceu no dia 15 de agosto, em um posto na BR-153, Buenópolis (MG), no sentido Montes Claros. Nesse dia, ele parou à noite para descansar no estacionamento e, por volta das 3h, escutou um barulho e foi surpreendido por dois homens, que sobre rodas Fotomontagem: Paulo Werner quebraram o vidro da cabine do lado do passageiro e entraram. Após esse roubo, partiram para outro, no mesmo posto. A segunda vítima foi um colega de trabalho, que também teve seus pertences e dinheiro levados pelos assaltantes. Quando iam para o terceiro, o caminhoneiro percebeu a movimentação e conseguiu escapar. “Não temos sossego. Precisamos descansar, a lei prevê a parada, mas não temos segurança. Quando converso com meus colegas, todos falam do receio dos assaltos, que estão cada vez piores e ocorrem de diferentes formas. Há casos de caminhão com assaltantes que param os cegonheiros e roubam até os pneus”, conta. Retrato do crime Hugo Arruda, um dos responsáveis pela Delegacia Especializada em Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas da Divisão Especializada de Operações Especiais (DEOESP/MG), explica as diversas faces do crime. “As quadrilhas são altamente profissionalizadas. Cada componente tem a sua função: os que praticam o roubo, os intrujões – que recebem e repassam as mercadorias – e os receptadores – que compram. Além disso, contam com tecnologia para bloquear o rastreamento”, enfatiza o delegado. Um desses aparelhos é o “Jammer”, responsável por bloquear o sinal de GPS entre os veículos e as centrais de monitoramento contratadas pelas transportadoras. Em um segundo momento, os bandidos usam um dispositivo chamado popularmente de vassoura. Por meio dele descobrem onde está instalado o rastreador, que é retirado da carga. “À medida que as quadrilhas se especializam, mais a Polícia Civil intensifica as ações. Realizamos um mapeamento dos principais pontos críticos, das características dos crimes e dos criminosos ”, pontua o delegado. Entre-Vias 21 Especial Arquivo pessoal “À medida que as quadrilhas se especializam, mais a Polícia Civil intensifica as ações. Realizamos um mapeamento dos principais pontos críticos, das características dos crimes e dos criminosos” Hugo Arruda, delegado da Delegacia Especializada em Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas da Divisão Especializada de Operações Especiais (DEOESP/MG) Mapa do roubo de cargas em Minas Localização 2012 Grande BH Região Central Região Noroeste Vale do Rio Doce Alto Paranaíba Zona da Mata Triângulo Mineiro Sul de Minas 101 12 3 2 3 4 9 2 73 3 1 1 2 1 9 0 Total 136 90 Venda Nova 1º semestre de 2013 Norte Pampulha Nordeste Noroeste Oeste Norte Triângulo Mineiro Barreiro Central CentroOeste Sul de Minas 22 Entre-Vias Centro-Sul Jequitinhonha Mucuri Noroeste Alto Paranaíba Leste Vale do Rio Doce Zona da Mata Fonte: Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) do Estado de Minas Gerais Fotomontagem: Paulo Werner Esse estudo revela que, dos 90 roubos de carga de maior valor registrados pela Polícia Civil nos seis primeiros meses deste ano, 73 ocorreram na Grande BH. A região concentra centros de distribuição de mercadorias que são enviadas para outras regiões do Estado e do país. Em segundo lugar no ranking de crimes figura o Triângulo Mineiro, com nove casos, superando a Região Central (veja quadro). O cigarro é o produto mais visado: metade das ocorrências envolvia cargas desse tipo. Em seguida estão as bebidas, depois eletroeletrônicos e, em quarto lugar, medicamentos. Derivados do petróleo também são visados. Complexidade A análise do crime contribui para desmembrar quadrilhas e reforçar a fiscalização em pontos críticos. Outra ação da delegacia é aprimorar o processo investigativo, buscando a responsabilização criminal. Um dos principais alimentadores do roubo de cargas é o receptador, que tem, na maioria das vezes, empresa legalmente estabelecida para acobertar o verdadeiro desempenho criminoso. Normalmente, é um comerciante de um ramo específico que compra cargas roubadas e, por meio da falsificação de documentos fiscais, mistura esses produtos com os de origem legal. O tratamento dispensado pelo Código Penal não caracteriza dolo na atividade receptadora, ou seja, dificilmente se encontrará alguém cumprindo pena por receptação, assim como facilmente se obterá a revogação da eventual prisão, mediante pagamento de fiança. Entre-Vias 23 Especial “Contudo, com uma investigação apurada, conseguimos mostrar a vinculação do receptador com o ato final. Assim, nós o relacionamos com outros crimes, como formação de quadrilha, lavagem de capital e até roubo, se provarmos que ele é o mentor, o autor intelectual”, esclarece o delegado. A delegacia especializada iniciou uma mudança estrutural em março deste ano e, para aperfeiçoar sua atuação, busca apoio do Estado e de parceiros, para aprimoramento dos sistemas tecnológicos e informacionais, bem como para aumentar o poder de atendimento. “Acredito que em breve estaremos trabalhando em outro espaço e com novas viaturas. É importante ressaltar que, nesses meses de atuação, recuperamos cerca de R$ 5 milhões em carga, além de efetuar diversas e importantes prisões de assaltantes.” Para Raimundo Luiz Fernandes, membro da diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Centro-Oeste Mineiro (Setcom), erradicar o roubo de cargas é essencial. “Há 10 anos, fundamos uma comissão, que tem como objetivo eliminar esse tipo de falha, atingindo o elo mais fraco dessa corrente: o receptador. Assim que identificado, os seus bens são indisponibilizados e o CNPJ, inativado, impedindo o repasse desses produtos e fazendo com que ele pense duas vezes antes de participar de tais esquemas. Eu faço parte da comissão e sei da importância dessas medidas, visto que se o problema não for amenizado, nós, empresários, nos tornaremos reféns desse tipo de furto.” No papel No âmbito federal, uma ação para combater esse crime é o Sistema Nacional Alerta! Em caso de assalto, o delegado Hugo Arruda recomenda muita calma e controle das vítimas. Ele ressalta que o foco do criminoso está na carga, e não no motorista, que não deve revidar ou enfrentar a situação. Outro alerta refere-se à atenção com carros de passeio. Ele explica que, normalmente, a abordagem acontece por veículos pequenos, que interrompem os canais de comunicação e levam os caminhões para estradas desertas. “Apesar de ser uma situação de risco, deve-se manter o controle emocional e ficar muito atento a todos os detalhes, que podem ser fundamentais na investigação. Todo o crime de roubo e/ou furto de cargas deve ser comunicado pelo telefone (31) 3271-2494.” de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, fruto da Lei Negromonte. O projeto de lei foi apresentado em 1997, mas somente nove anos depois a legislação foi sancionada pelo presidente da República, em fevereiro de 2006. Ela prevê articulação dos órgãos federais e estaduais, bancos de dados, possibilidade de convênios, recursos para treinamento de policiais, uma série de ações de integração para o combate ao roubo de cargas. A identificação pelos fabricantes, na nota fiscal, do lote e da unidade do produto que está sendo transportado; o estabelecimento de dispositivos antifurto; a obrigatoriedade de as autoridades fazendárias fornecerem “à autoridade policial competente cópia dos autos de infração referentes a veículos ou mercadorias desacompanhados de documento regular de aquisição, encontrados durante qualquer ação fiscal” são outros aspectos positivos da Lei Negromente. Os Departamentos de Trânsito (Detrans) terão até 30 de junho de 2014 para concluir a implantação do sistema e, inclusive, determinar como os veículos já em circulação receberão o chip. Gerenciamento de riscos Cada transportador rodoviário de carga pode tomar medidas internas de autoproteção para reduzir o roubo de bens. No texto “O Gerenciamento de Riscos no TRC”, o autor coronel Paulo Roberto Souza explica que esse conceito consiste na adoção de um conjunto de técnicas e medidas preventivas que visam identificar, avaliar e evitar ou minimizar os efeitos de perdas ou danos que possam ocorrer no transporte de mercadorias, desde a origem até o destino da carga, garantindo que o produto esteja no local desejado, dentro do prazo previsto e em conformidade. Considerando a estrutura organizacional e operacional de uma empresa de transporte rodoviário de cargas, podem-se Deivisson Fernandes “O elo mais fraco dessa corrente é o receptador. Assim que identificado, os seus bens são indisponibilizados e o CNPJ, inativado, impedindo o repasse desses produtos e fazendo com que ele pense duas vezes antes de participar de tais esquemas” Raimundo Luiz Fernandes, membro da diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Centro-Oeste Mineiro (Setcom) definir como prioritárias, sob o enfoque de gerenciamento de riscos, quatro áreas setoriais da organização potencialmente vulneráveis a riscos e que deverão ser protegidas: recursos humanos; instalações e áreas físicas; sistemas de informação e operações móveis de transporte. Nesse sentido, o especialista recomenda algumas medidas para viabilizar a proteção às operações de transporte: rigorosa seleção de pessoal; estabelecimento de normas de segurança específicas às funções e educação de segurança (treinamentos prévios); veículos adequados e em boas condições de manutenção; emprego de tecnologias de rastreamento/monitoramento e bloqueio; fracionamento das cargas de maior valor agregado (evitar concentração do risco); planejamento de viagem/operações urbanas; Centro de Controle Operacional 24h e cadastramento de rotas no sistema; mapeamento dos locais de maior risco; identificação de pontos de apoio, em caso de necessidade; formação de comboios, quando for o caso; comunicações em permanente disponibilidade durante toda operação; observância fiel das normas de segurança durante todo o percurso e ativação dos meios de pronta-resposta, em situações de emergência. Essas ações podem ser grandes aliadas no combate ao roubo de cargas, eliminando prejuízos financeiros, reduzindo custos médicos e processuais por óbito ou invalidez dos motoristas e operacionais de segurança das empresas. Mobilização Sem preconceitos, sem barreiras Fotos: Prefeitura de Contagem Semana da Pessoa com Deficiência, realizada em Contagem, visou mostrar à sociedade a importância da inclusão P alestras com especialistas, marcha pelas ruas de Contagem, muito diálogo e discussão de políticas públicas de inclusão. Esses eventos marcaram a Semana da Pessoa com Deficiência, realizada entre os dias 16 e 21 de setembro. O evento, que já faz parte do calendário oficial da cidade, tem como objetivo divulgar e proporcionar uma reflexão sobre a temática e colocar fim ao preconceito, tornando a cidade mais acessível. Instituída pela Lei Municipal 4.282, de 21 de setembro de 2009, que estabelece a data como Dia Municipal pela Inclusão Social da Pessoa com Deficiência, a Semana contou com a participação de muitos cidadãos. No primeiro dia, foi realizada uma audiência pública sobre acessibilidade. No dia seguinte, aconteceu o encontro com a Família Autista. O terceiro foi marcado por atividades de conscientização. O quarto dia teve palestra com o tema: “O trânsito para todos”. O penúltimo dia possibilitou o diálogo com a Comunidade Surda e, por último, a Marcha pela Inclusão Social da Pessoa com Deficiência, com concentração na praça do Iria Diniz. “Pela segunda vez, participei de um evento dessa magnitude inclusiva das pessoas com deficiência e pude constatar uma carência de pessoas qualificadas e profissionais preparados para lidar com essa sociedade inclusiva, mesmo existindo uma 26 Entre-Vias legislação específica para garantir os direitos das pessoas com deficiência”, avalia o educador de trânsito inspetor De Paula, que ministrou palestra na Semana. Trânsito inclusivo A conscientização mundial da necessidade de se resguardar o direito das minorias incentivou as primeiras iniciativas concretas contra a discriminação aos deficientes. A Declaração dos Direitos das Pessoas com Retardo Mental, por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1971, foi a precursora. Quatro anos depois, foi instituída a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes. Já a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu, em 1983, a Convenção 159 sobre Reabilitação (exame prático), que indicarão as adaptações apropriadas. Várias resoluções de trânsito tentam dirimir as diferenças de entendimento, mas ainda muitos cidadãos com deficiência recorrem à Justiça a fim de obter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Instrutor em segurança no trânsito, De Paula Qualificação O Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) oferecem o curso Transporte para Todos, com os objetivos de sensibilizar e capacitar profissionais para conhecer, valorizar, receber e trabalhar com pessoas com restrição de mobilidade, como idosos, gestantes e pessoas com deficiência. O curso online é desenvolvido em um ambiente virtual de aprendizagem interativo e dinâmico que possibilita aos alunos a utilização de diversos recursos de comunicação para a construção do Profissional em Emprego de Pessoas Portadoras de Deficiência. Na legislação brasileira, encontramos, na Constituição Federal de 1988, muitos dispositivos relacionados à temática. Os anos passaram e ainda há muitas barreiras para a inclusão de pessoas com deficiência, e o trânsito é um desses espaços que merece atenção. Na opinião do especialista, um primeiro desafio está no treinamento. “Faltam instrutores preparados para formar motoristas surdos. Como não aprendizado, como chats, fóruns e correio eletrônico. Os conteúdos estão estruturados em telas que permitem a navegação linear e sequencial e que contemplam atividades estimulantes e desafiadoras. Entre as temáticas abordadas estão: sociedade e diferenças individuais; inclusão social e o setor de transporte; inserção no mercado de trabalho; dicas de relacionamento e outros. n Mais informações sobre o curso pelo telefone 0800-728-2891 ou via e-mail: [email protected] têm conhecimento da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), a aprendizagem torna-se, assim, mais difícil.” O educador também pontua as divergências de opiniões entre os examinadores e os candidatos com deficiência. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), toda pessoa, ao se habilitar, deverá inicialmente ser submetida ao exame de Aptidão Física e Mental (exame médico), que define se é necessária a análise da Junta Médica Especial e da Banca Examinadora Especial Mercado de trabalho e inclusão As empresas encontram dificuldade para cumprir a Lei 8.213/91, que determina que as organizações tenham em seu quadro de funcionários uma cota mínima de pessoas portadoras de deficiências, conforme o número de trabalhadores. Assim, empresas que têm entre 100 e 200 empregados devem contratar 2%, de 201 a 500 empregados, 3%, entre 501 e 1.000 devem contratar 4%, e aquelas que possuem mais de 1.000 empregados devem contratar 5%. Muitas atividades do setor produtivo não possibilitam o preenchimento dessas cotas. No ramo de transportes, é ainda mais difícil, pois cerca de 80% dos recursos humanos atuam no operacional, que exige capacidade física e motora. “De forma geral, o importante é construir uma ‘cultura de inclusão’, eliminando barreiras físicas e de comunicação. Diversas ações podem ser feitas: colocação no seu quadro de pessoal de interprete de Libras, garantia de acesso às tecnologias assistivas – que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão –, construções de rampas ou elevadores de acesso, implementação de plantas de imóveis ou a disponibilização de mobiliários produzidos de acordo com o ‘Desenho Universal’ – que apresenta padrões de acessibilidade”, conclui De Paula. Comemoração Fotos: Divulgação 20 anos de ajuda aos estradeiros Sest/Senat completa duas décadas de atuação oferecendo cursos e capacitações 28 Entre-Vias O Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat) comemoram 20 anos de atuação no país. As instituições, que fazem parte da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram criadas para promover eventos, cursos e serviços para tornar o profissional da estrada mais capacitado para suas funções. Além disso, oferecem, por todo o Brasil, locais de integração das famílias e de promoção da saúde. "O Sest Senat é um exemplo ao oferecer muitas opções de cursos e manter diálogo com os transportadores – empresas e autônomos. Isso nos permite atender às necessidades de mão de obra qualificada do mercado", diz o presidente da CNT, Clésio Andrade, ao comemorar as duas décadas do serviço. Hoje, o Sest Senat tem quase 150 unidades espalhadas por todos os Estados. Desde 1993, ano da fundação, já promoveu mais de 100 milhões de ações em todas as suas áreas de atuação. Mais de 66 milhões de pessoas já foram atendidas no setor de promoção social, ou seja, no atendimento odontológico, psicologia, fisioterapia, palestras e campanhas de saúde. Mais de 13 milhões de profissionais já passaram pela qualificação do Sest Senat. São cursos, palestras, seminários e campanhas de educação. Atualmente, o órgão oferece os mais diversos cursos, como transporte coletivo de passageiros, de escolares, de produtos perigosos, veículos de emergência, entre outros. No transporte rodoviário, tem capacitações como transporte de carga viva, operador de empilhadeira e outros. Para fazer parte do Sest Senat e ser beneficiado pelos serviços, acesse a página na internet (www.sestsenat.org.br). Entre-Vias 29 Eventos Pit stop por um bom motivo Iniciativa consistiu em inspeções preventivas e manutenção de veículos, visando conscientizar a importância dessas medidas para segurança e preservação do meio ambiente U ma parada do bem. O Pit Stop Betim, realizado nos dias 20 e 21 de setembro no Ginásio Poliesportivo Divino Braga, teve o objetivo de conscientizar a sociedade e os motoristas sobre a necessidade das inspeções preventivas e manutenções periódicas nos veículos. Os carros foram verificados gratuitamente nos seguintes itens: sistemas de frenagem, iluminação e arrefecimento; suspensão; embreagem; pneus; motor e estado geral da pintura. A iniciativa também abordou a condução responsável, a redução de emissão de gases poluentes e a diminuição do número de acidentes de trânsito nas vias urbanas e rodovias. Algumas palestras foram conduzidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), e os Anjos do Asfalto também participaram, mostrando como é feito o atendimento às vítimas de acidentes. O relatório é emitido em apenas alguns minutos e possibilita ao motorista saber qual é o estado dos itens de segurança do veícu- 30 Entre-Vias lo, além de poder acompanhar os testes e tirar dúvidas com técnicos especializados. Nesse sentido, o Pit Stop foi uma oportunidade de chamar a atenção para a qualidade do ar e para a segurança da população, visto que a adequada manutenção dos veículos traz benefícios para sociedade e para o meio ambiente. Sempre de olho O evento é realizado anualmente pelo Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Minas Gerais (Sindirepa/MG) e conta com o apoio da Câmara Automotiva da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) – que reúne várias entidades do setor de reposição –, de fabricantes de autopeças e do Núcleo Integrado das Empresas do Setor Automotivo (Niesa). Neste ano, além de Betim, a iniciativa aconteceu em Venda Nova, em Belo Horizonte, nos dias 13 e 14 de setembro. Simulação de resgate impressiona o público. Participação das equipes: Bombeiros/MG, SAMU e Anjos do Asfalto Lançamento do Stralis Hi-Way Cegonheiros e outros representantes do setor rodoviário de cargas conhecem de perto o novo veículo da Iveco C erca de 500 pessoas – representantes do setor de transporte rodoviário de cargas, empresários e jornalistas – participaram do lançamento do novo Iveco Stralis Hi-Way. O evento aconteceu no dia 3 de outubro na Deva Betim. A montadora apresenta um novo conceito: caminhão consagrado com o International Truck of the Year 2013, prêmio concedido pela imprensa especializada durante a feira de transportes de Hannover, na Alemanha, em 2012. O mérito é reflexo da implantação de uma série de conteúdos tecnológicos e inovações que fazem do Iveco Hi-Way representante de um novo patamar no transporte de cargas e verdadeira referência em design, conforto, espaço interno, ergonomia, tecnologia, segurança, desempenho e baixos custos operacionais. O modelo conta com amplo espaço interno e está disponível nas versões teto alto ou teto médio, ambas com cabine leito com 2,5 metros de largura por 2,25 de comprimento, o que possibilita mobilidade e favorece a sensação de bem-estar. Com piso semipleno, a versão teto alto permite que uma pessoa de até 1,90 metro fique em pé sem encostar a cabeça no teto. Chega em três opções de potência: 440 cv, 480 cv e a novíssima versão de 560 cv, nas trações 4x2, 6x2 e 6x4, que o posiciona entre os veículos de maior desempenho no mercado dos extrapesados premium. A tecnologia de ponta dos propulsores e inovações aerodinâmicas garantem economia de 2,5% de combustível em relação ao Stralis Ecoline, que já se destaca nesse quesito, e os custos de manutenção são até 10% inferiores que o dos concorrentes diretos. Segurança O veículo é equipado de série com freios ABS, ajustador automático de folga, sensor do nível de desgaste das lonas e freio motor Iveco CEB (Combined Engine Brake) – que é a combinação do freio por descompressão mais freio motor convencional borboleta, garantindo uma potência de frenagem de 415 cv. Além de tudo isso, o Iveco Hi-Way conta com o opcional freio auxiliar Intarder, totalizando 978 cv, a maior potência de frenagem do segmento. Câmbios O Iveco Hi-Way oferece dois tipos de caixa de velocidades. A automatizada, de série para todas as versões, tem o câmbio Eurotronic com 16 velocidades, que permite mudanças rápidas e precisas. Já a mecânica, também com 16 velocidades, possui sistema H sobreposto e inteligente que reduz erros. Entre-Vias 31 Eventos Edmar de Freitas, Bruna Márcia, Juliana Maria, Marcus Campolina, Alfredo Rezende e Geraldo Assis Laura Luíza e Maria Luíza Momento de prestar atenção Motoristas participaram do Pit Stop Betim para realizarem gratuitamente inspeções preventivas e manutenções periódicas nos veículos. A iniciativa aconteceu nos dias 20 e 21 de setembro no Ginásio Poliesportivo Divino Braga. João Gilberto, Regianne Rodrigues, Duilio de Oliveira, Borginho e Daniele Marzano Arnaldo Lana, Rodrigo Nunes e Lúcio Campos Marcus Campolina, Edmar de Freitas, João Gilberto, Alfredo Rezende, Geraldo Assis, Carlaile Pedrosa e Fabrício Freire Eventos Robinson Romanhollie e Alberto Medioli Leôncio Farias, Jean Amorim, Lucas Fernando, Gustavo Estevão e Guilherme Estevão Eduardo Boca, José Lourenço, Guilherme Venâncio e Alberto Medioli Augusto César, Luiz Ricardo, Vanderli Gonçalves e Luis Fioravanti Alexandre Machado, Márcio Antônio, Renato Machado e Djalma Vilaça Claudilene Fernandes e Roni Adriano Lançamento de ponta Robinson Romanholli, Alberto Medioli, Guilherme Venâncio, Edson Pereira e Alcides Cavalcanti Representantes do setor de transporte rodoviário de cargas, empresários e jornalistas participaram do lançamento do novo Iveco Stralis Hi-Way. O evento aconteceu no dia 3 de outubro na Deva Betim. O caminhão chega para revolucionar o mercado automotivo e promete associar design, conforto, espaço interno, ergonomia, tecnologia, segurança, desempenho e baixos custos operacionais em um único veículo. Itamar Araújo, José Francisco, José Lage e Nelson Novais Djalma Altran, Eliane Altran, José Araújo, Oswaldo Altran e Aparecida Altran Edson Pereira, Bernardo Silva, Carlos Júnior e Guilherme Venâncio Vinícius Morais, Élcio Almeida, Thiago Morais e Rodrigo Malta 34 Entre-Vias Maria Vitória, Raulino Silva, Edméia Silva, Eliane Aparecida, Pedro Henrique e Thaís Senen Anderson Alves, Jaime Barros e André Cristiano Carlos Júnior, Giovanne Andrade e Bernardo Campos Flavio Peçanha, Roni Adriano, Davidson Marcio e Wesley Teixeira Zé Baia, José Teodoro, Cabeludo e Osvaldo Tram Hélio Trovão, Rogério Maia, Armando Reis e Carlos Roberto Helvécio Ferri, Emerson Ferreira e Evandro Ferri Antônio Júnior, Marco Sérvio e Raimundo Amâncio Weber Trindade, Eloísio Pimenta, Nuzio Ribeiro e Calos Henrique Herculano Reis, Valdir Signoretti, Pedro Teodoro e Guilherme Venâncio Fátima Silva e Jose Alceu André Silva e Graziele Nogueira Reniver Machado, Nilson Moura e Jesus Gomes Hélio Oliveira, Daniela Carmacio, Edna Carmacio e Daniel Carmacio Entre-Vias 35 Eventos Galera do Rádio PX da Cegonha faz evento de confraternização Encontro de Radioamadores Um grupo de amigos que utilizam o rádio do caminhão para se comunicar, trocar experiências e palavras de conforto resolveu se reunir no 1º Encontro de Radioamadores. O objetivo do evento, que aconteceu no dia 15 de setembro em um sítio em Betim, foi confraternizar com colegas e famílias. Durante toda a festa, houve muita conversa boa, música, alegria, animação e fartura de comida e bebida. O próximo encontro já tem data marcada: 15 de novembro. Valter Balu, Renato Cattapixo, Juninho de Deus e Weliton Vital Gilmar Rodrigues, Vitor Marcílio e Oberdan Ferreira Rosana Alves, Janaína Alves, Sônia Denicoli e Bruna Luíza Vera Lucia e Silvio Santos Carla Aparecida e Juninho de Deus Celso Mota, Anderson Machado e Kátia Machado Poliana Saurino, Márcio Andrade e Heitor Saurino Elaine Meireles, Kayky Gabriel e Vitor Marcílio Marco Antônio e Emanuela Machado Eventos Alexandre Carreirinha, Cristian Roberto Alves e Levi Costa Júnior Galera de Juatuba 1ª Festa do Caminhoneiro em Bicas São Joaquim de Bicas recebeu, no dia 22 de setembro, a sua primeira Festa do Caminhoneiro. Organizada por Alexandre Carreirinha, a comemoração contou com atrações artísticas, shows, carreata, procissão e muitas bênçãos. Cerca de 700 pessoas participaram das atividades, e parte da renda foi destinada para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). “A festa teve uma ótima receptividade e, por isso, no ano que vem tem mais. Aguardem mais novidades”, anuncia o organizador. Alexandre Carreirinha, Fylé do Barretão e Linda Flor Uendel Garcia, Isabela Costa, Elizabete Pinheiro Rosana Maria, Gabriela Maria, Roberto e Vânia Maria Alexandre Carreirinha e Fabinho do Bar Leonardo Piauí e Jacsiel Piauí 38 Entre-Vias Washington Ribeiro Silas, Elicelia e Jordane Esportes POR Marcel Moraes* Com a mão na taça O time do Cruzeiro está muito perto de conquistar o tricampeonato brasileiro em 2014, faltando apenas algumas rodadas para o término da competição. O time do técnico Marcelo Oliveira não vem mostrando um bom futebol nesta reta final do campeonato, mas a grande vantagem que obteve durante a competição tem sido um fator fundamental contra os adversários que brigam pelo título de 2014. Vamos torcer para que a derrota do time celeste no clássico contra o Galo não atrapalhe o psicológico dos jogadores e da torcida China Azul, pois a conquista do tricampeonato não pode ser abalada por uma derrota para o grande rival. Galo só treina para o Mundial Não há como negar, mas o Galo já não tem muito interesse em disputar o Campeonato Brasileiro há muito tempo, pois o principal objetivo do time atleticano nessa competição foi não cair para a segunda divisão do Brasileirão e vencer o arquirrival Cruzeiro no superclássico. As atenções dos jogadores estão totalmente voltadas para o Mundial de Clubes no Marrocos, no fim de ano, o que é perfeitamente compreensivo, pois os jogadores devem se preservar, evitando uma dividida mais forte para evitar uma contusão grave – como a de Ronaldinho Gaúcho – e correr o risco de não participar desta histórica competição que o Galo vai disputar pela primeira vez em sua história. Minas, a capital do futebol no Brasil Com a conquista da Taça Libertadores pelo time do Galo e a possível conquista do tricampeonato brasileiro pelo time do Cruzeiro, o futebol mineiro vai se tornar a capital do futebol no Brasil em 2014, um fato inédito, merecido e que vai deixar os paulistas e cariocas com um grande sentimento de ciúmes e inveja. O futebol mineiro vai subir ao pódio mais alto do futebol e, para completar a festa, quem sabe, nosso querido América fique entre os quatro que sobem da segunda divisão para a elite do futebol brasileiro? Libertadores de 2014 A Copa Libertadores da América de 2014 com certeza será uma das melhores dos últimos anos, pois Cruzeiro e Galo entrarão com força total pela conquista do título. Não tenho dúvidas de que teremos confrontos espetaculares envolvendo os nossos times e que um deles deverá faturar a taça no ano da Copa. *Colunista esportivo associado a ANCE, trabalhou na rádio Itatiaia e na rádio Ouro Preto, colunista do jornal “O Tempo”, associado ao sindicato dos jornalistas, formado em jornalismo pela Estácio de Sá. E-mail: [email protected] 40 Entre-Vias