PLANO FORTALEZA DE AÇÕES INTEGRADAS DE ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS www.fortaleza.ce.gov.br EIXOS DO PLANO DE ENFRENTAMENTO AO CRACK 1. Gestão e Informação 2. Prevenção e Mobilização Social 3. Atendimento, Tratamento e Proteção 4. Reinserção Social e Inclusão Socioprodutiva 5. Formação de Recursos Humanos Para iniciar o debate... • Uso ritual das drogas nas sociedades tradicionais x consumo das drogas nas sociedades modernas; • Contexto sociocultural e econômico das sociedade moderno-contemporânea: busca do prazer e da felicidade plena; • O ser jovem na sociedade contemporânea: ambiguidade, contradição, complexidade e heterogeneidade dos papéis sociais; • Modelo Preventivo: ocupação do tempo livre x processo socioeducativo? Abordagens interventivas em relação as drogas 1. Imobilismo e resignação: linha progressiva e contínua do uso, abuso, dependência e morte; Ações de punição e controle. 2. Educação e ocupação do tempo livre: prevenir qualquer aproximação com as drogas; Ações de resgate e recuperação dos desviantes focado na abstinência. 3. Convivência da sociedade com as drogas: não erradicação e não defende punição e descriminação; Redução de Danos: diminuição do uso e dos danos associados ao uso problemático. A mudança não está focada no ideal, mas na ótica e possibilidade real dos grupos sociais que fazem uso /ou em risco de fazer. Outros Pressupostos • Crítica as rotulações e patologização universal dos usuários de drogas x condição de cidadão de direitos; • Compreensão de que o consumo de drogas não constitui, necessariamente, distúrbio, transtorno mental que requer tratamento clínico ou punição exemplar; • O envolvimento com as drogas se manifesta através de variados formas de uso, quantidades, tipos de drogas, graus de intensidade; • Desafio de um olhar sistêmico e singular: nas ações preventivas, educativas, protetivas ou terapêuticas aos diferentes grupos de consumidores ou possíveis. Os Danos Sociais • São as múltiplas formas de violências praticadas e/ou sofridas pelos usuários de crack, suas famílias e a sociedade em decorrência do uso problemático do crack Muitas vezes, essas manifestações ocorrem de maneira articulada, sendo agravadas por um contexto social marcado por outras formas de violências e vulnerabilidades e risco, a exemplo do desemprego, pobreza, miséria e abandono. Contextos socioculturais e os danos sociais. • Altos índices de vulnerabilidade e exclusão social; • Descuido em relação a sua aparência e asseio pessoal; • Conflitos familiares, quebra de vínculos familiares e comunitários, isolamento social; • Perda das funções sociais: trabalho, maternidade/paternidade, sexualidade, sociabilidade/interação social, etc. • Situações de risco pessoal e social: prostituição, exploração sexual de criança e adolescente, trabalho infantil, vivência de rua, etc. • Situações de violência: violência doméstica (física e psicológica), maus tratos, negligências, abandonos e criminalidade aquisitiva. Danos físicos e psíquicos • Problemas respiratórios, pela inalação de partículas sólidas; • Perda de apetite, falta de sono e agitação motora; • Desnutrição, desidratação e gastrite; • Rachaduras nos lábios, cortes e queimaduras nos dedos das mãos; • Entre os principais problemas de saúde estão: edema pulmonar, hipersensibilidade a pneumonia, bronquioespasmos, hemorragia alveolar, tuberculose, hepatites; além de DST’s/AIDS e transtornos mentais (depressão, psicose e risco de suícidio). REDE MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS SEMAS SMS GOVERNO ESTADUAL OUTROS ATORES PÚBLICOS E SOCIAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SME PREVENÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL ACOLHIDA, PROTEÇÃO E TRATAMENTO REINSERÇÃO SOCIAL E INCLUSÃO SÓCIOPRODUTIVA GOVERNO FEDERAL USUÁRIOS CONSELHOS SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA SDH SECEL SECULTFOR SDE COORDENADORIAS JUVENTUDE MULHER REDE MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS PREVENÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL CRAS/PAIF NUPPS UBS/PSF NASF ESCOLA PSE RAIZES NUPRED ACOLHIDA, PROTEÇÃO E TRATAMENTO CENTRO DE REFERÊNCIA PARA USUÁRIOS DE CRACK DISQUE DIREITOS - 0800 – 285 0880 CONSULTÓRIOS DE RUA EQUIPAMENTOS MUNICIPAIS SUAS – Assistência Social CENTRO POP EQUIPES DE ABORDAGEM SOCIAL CREAS EAN CASA DE PASSAGEM ABRIGOS SDH – Direitos Humanos PONTE DE ENCONTRO REDE AQUARELA PROGRAMA SE GARANTA ABRIGOS E REPUBLICAS DE C/A SUS - Saúde CAPS AD , HOSPITAIS GERAL SRH-AD CAPS i CAT’S COMUNIDADES TERAPEUTICAS REINSERÇÃO SOCIAL E INCLUSÃO SÓCIO-PRODUTIVA PAIF, PETI, BOLSA FAMÍLIA, PRONATEC, PELC, PRONASCI, CREDJOVEM, PROJOVEM , CUCA’S, INCLUSÃO DIGITAL, ESPORTE NA COMUNIDADE, ETC. REDE DE ATENDIMENTO À POPULAÇÃO DE RUA Consultórios de Rua CAPS AD CAPS GERAL CAPS i Hospitais SRHAD CP Serviço Especializado de Abordagem Social de Rua Centro pop EAN CRAS CREAS CASA DE PASSAGEM ABRIGOS Alguns avanços... • Criação do Núcleo Gestor e Grupo Técnico de articulação e acompanhamento do plano; • Criação do Centro de Referência Intersetorial de Prevenção e Atendimento aos usuários de crack; • Capacitação de 5.000 operadores da Rede de Proteção Social: módulo básico e avançado; • Capacitação da Rede SUS e SUAS pelo Centro de Referência Regional de Enfrentamento ao Crack: parceria com a UECE • Expansão de serviços: Caps- Ad e Caps Geral 24h, Consultório de Rua, Leitos para desintoxicação, CAT, Creas, Cras Centro Pop, etc; • Edital de apoio a espetáculos de teatro que abordem a temática do crack; • Articulação com a sociedade civil organizada: Acerd, Fórum da Luta Antimanicomial, Movimento da População de Rua e CUFA; • Fortalecimento das ações intersetoriais. Outros desafios... • Pensar metodologicamente o acompanhamento familiar às famílias com problemas com o crack pelos CRAS e o acompanhamento especializado aos usuários de crack e suas famílias pelos CREAS e à população de rua pelo CENTRO POP; • Superar o estigma, o preconceito e o desconhecimento dos técnicos, usuários e comunidade sobre a problemática; • Fortalecimento das práticas de vínculo e acolhimento pelos serviços; • Estabelecer fluxos e protocolos de atenção integrada da rede de proteção social dos territórios; • Ampliação e fortalecimento da Rede de Proteção Social nos territórios, sobretudo com a sociedade civil; • Superar a ideia da abstinência como única alternativa possível para o cuidado aos usuários de crack e articular o maior leque de possibilidades possível para a promoção de processos de resignificação dos projetos de vida;