Associação dos Transitários de Portugal COMUNICADO Face à situação que se vive nos vários portos do país directamente relacionada com as greves no sector marítimo portuário que têm sido decretadas pelos Sindicatos representantes dos trabalhadores dos portos de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz e Aveiro, a APAT Associação dos Transitários de Portugal reunida em Assembleia Geral Extraordinária e tendo em conta as consequências nefastas para a actividade, nas empresas transitárias e nos seus clientes carregadores não pode deixar de tecer as seguintes considerações e apelar para o entendimento entre todas as partes envolvidas neste conflito de modo a evitar um mal maior e irreparável. Com efeito, a situação vivida nos portos de Lisboa e Setúbal nomeadamente, têm levado a toda uma cadeia de consequências que, a prolongarem-se no tempo, tornarão inviável estes portos, as actividades neles desenvolvidas, as empresas e trabalhadores cuja actividade gravita à volta deste sector e, por maioria de razão, a própria economia nacional. Na verdade, o agudizar da situação leva a que os camiões, ao ficarem imobilizados à espera de descarregar nos portos, deixem de poder efectuar outros serviços e consequentemente conduzir as mercadorias para os portos que estão a funcionar (i.e. Sines e Leixões). Por outro lado, os contentores em vazio deixam de estar disponíveis dentro das janelas horárias necessárias para o seu enchimento, causando atrasos inevitáveis, perdendo as rotações dos navios e atrasando ainda mais as operações de carga desses navios. Ao não tocarem com a mesma frequência os portos portugueses, os navios deixam de oferecer, por um lado, a capacidade de carga necessária para o cumprimento integral das obrigações que os carregadores assumiram perante os seus clientes, e por outro o escoamento da produção nacional causando sérios prejuízos aos carregadores, às empresas produtoras e exigindo um esforço adicional que não é compensado nem está isento de custos extra. Sede: Av. Duque de Ávila, 9-7º 1000-138 LISBOA Tel.: 213 187 100 Fax: 213 187 109 E-mail: [email protected] Delegação: Av. Mário Brito, 4170 – Sala 106 – Edifício CDO 4455-491 PERAFITA Tel.: 229 962 329 Fax: 229 964 241 E-mail: [email protected] NIF: 500 963 096 Associação dos Transitários de Portugal2 As mercadorias ao não poderem ser contentorizadas com a regularidade habitual – por falta de equipamento disponível - vão ficando em armazém, provocando as inevitáveis rupturas com as inevitáveis consequências que daí advém. Mercadorias que tinham sido atraídas para os portos portugueses, em detrimento dos portos espanhóis, estão agora a regressar a Espanha deitando por terra todo um trabalho intenso de melhoramento das operacionalidades das infra estruturas portuárias nacionais. Contratos internacionais de fornecimento de mercadorias que tinham sido colocados em Portugal, estão já a ser canalizados para outros países produtores com a certeza de que dificilmente voltarão para o nosso País. Numa altura em que a exportação é o motor de alavancagem da economia nacional e é vista como a saída possível da presente conjuntura económica, deixar por resolver estas questões que já não são apenas conjunturais mas tendem a ser, cada vez mais, estruturais, é para as empresas transitárias motivo de grande preocupação e nessa medida não podem deixar de manifestar a sua grande inquietação pelo caminho que se está a tomar que não levará a outro fim senão o de desacreditar perante os parceiros internacionais os portos nacionais, o País e todos os operadores no comércio internacional Assim apelamos a todos as partes envolvidas que cheguem a um consenso, que se pede que seja para breve, sem o qual a situação só se irá deteriorar e eventualmente causar prejuízos irreparáveis. O PRESIDENTE DA DIRECÇÃO António Dias Sede: Av. Duque de Ávila, 9-7º 1000-138 LISBOA Tel.: 213 187 100 Fax: 213 187 109 E-mail: [email protected] Delegação: Av. Mário de Brito, 4170 – Sala 106 – Edifício CDO 4455-491 PERAFITA Tel.: 229 962 329 Fax: 229 964 241 E-mail: [email protected] NIF: 500 963 096