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DO
DIA
OFERECIMENTO
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lucrou a Adidas no trimestre,
resultado 8% melhor que no
mesmo período do ano passado
EDIÇÃO • 249
Por mais verba, clubes alteram
programa de sócio-torcedor
POR DUDA LOPES
No último ano, os programas de
sócio-torcedor viraram prioridade
entre os clubes brasileiros. Especificamente neste 2015, o futebol
paulista teve um grande salto na
área. Segundo o Movimento por
um Futebol Melhor, Corinthians,
Palmeiras e São Paulo têm quase
280 mil associados. E os três demonstraram nos últimos dias que
querem mais do que isso.
O caso mais radical foi o do São
Paulo. Após quatro meses de planejamento, a diretoria do clube
anunciou a reformulação do atual
modelo. O objetivo é claro: passar dos 55 mil associados de hoje
para 100 mil até o fim do ano.
A grande diferença do modelo
que será apresentado dia 15 está
no pacote oferecido ao sócio.
“Vamos passar uma série de experiências aos torcedores. Desde
entrada em campo com o time
até hospedagem no Morumbi”,
exemplificou o vice-presidente de
comunicação e marketing do São
Paulo, Douglas Schwartzmann.
Os prêmios serão
gerados de forma mais
tradicional, com frequência aos jogos, e também
pelo consumo dentro do
Morumbi. O tíquete será
um cartão pré-pago que
poderá ser usado em
compras ou em viagens
com o time. Haverá até
uma moeda própria, chamada de “Tricolor”.
Os rivais Corinthians e
Palmeiras não foram tão
radicais nas mudanças,
CARTAZ FEITO PELO SÃO PAULO PARA ATRAIAR OS SÓCIOS-TORCEDORES
mas se ajustaram para
ganhar mais. O time alvinegro
60 mil sócios em apenas quatro
viu o resultado imediatamente.
meses do ano, resolveu alterar a
Há uma semana, o Corinthians
precificação do programa Avanti.
lançou mais dois planos: um para
O clube extinguiu um dos plaquem adquirir cadeira cativa na
nos mais caros, mas subiu o preço
Arena e outro popular, de R$ 9 ao
em todos os outros. Oficialmente,
mês, para quem vai pouco ao esa justificativa é que o programa
tádio. Já são 6 mil novos associanão sofria reajuste havia três anos.
dos, e o clube passou a barreira
Além disso, ele foi adaptado ao
dos 100 mil sócios-torcedores.
Allianz Parque, já que antes a
O Palmeiras foi o mais sutil. O
equipe atuava no Pacaembu. Na
clube, que deu um salto de quase prática, isso eleva a arrecadação.
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Tour de France cria experiência
no Brasil em busca de promoção
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Pela primeira vez o Brasil será
sede de um evento oficial dos
organizadores da Volta da França,
mais importante prova de ciclismo
de estrada do mundo. O L’Étape
do Tour de France, prova com
participação exclusiva de 3.000
atletas amadores, será realizado
em Cunha (SP) em 25 de outubro.
O crescimento no interesse pela
bicicleta, motivado pela expansão
das ciclovias e discussões sobre
mobilidade urbana, além do fato
de o Brasil ser sede da Olimpíada
do Rio, em 2016, foram fatores
que motivaram o interesse em organizar a prova ciclística no país.
“O Brasil tem sido um dos cinco
países que mais leva ciclistas ao
L’Etape na França. Por isso, tínhamos interesse em fazer provas
aqui”, disse Arnaud Santin,
gerente de novos negócios da
ASO (Amaury Sports Organization), responsável pela Volta.
O evento faz parte de um
plano cujo objetivo é proporcionar aos ciclistas brasileiros a
experiência da Volta da França
por meio da promoção de provas em outras regiões do Brasil
nos próximos três anos.
“Queremos fazer do L’Étape
uma espécie de Lollapalooza do
esporte, com um grande envolvimento da população da cidade.
Também queremos deixar um legado para Cunha, com melhorias
na infraestrutura”, afirmou Márcio
Flores, CEO do Grupo Manga,
responsável pela prova brasileira
em parceria com a ASO.
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Segundo os organizadores, 500
profissionais irão trabalhar na
competição, que não dará prêmios. Haverá investimento de € 4
milhões (R$ 13,7 milhões) nos próximos três anos. O L’Étape Brasil
deve gerar um impacto de R$ 4,8
milhões para a região de Cunha.
Uma segunda prova já está
programada para acontecer no
Recife (PE), em março de 2016.
D A
R E D A Ç Ã O
Futebol começa a puxar a fila
e muda a relação com o fã
POR ERICH BETING
diretor da Máquina do Esporte
Numa indústria ainda em formação como é a nossa, o futebol precisa ser o carro-chefe para mudar o
jeito que pensamos a promoção do
esporte no Brasil. Com mais dinheiro, mais atenção da mídia e público,
o futebol tem a força de começar a
mudar o comportamento de toda a
indústria a partir de algumas ações.
Nos últimos dias, temos noticiado
por aqui diversos comportamentos
dos dirigentes de futebol que vão,
aos poucos, mudando a relação que
a modalidade tem com o seu fã.
Durante um século, o futebol pra-
ticamente não precisou se preocupar
em captar e reter os clientes. Agora,
a situação é muito diferente. Ou o
futebol busca o fã, ou vai encolher.
A preocupação em não formar filas
para o acesso da torcida ao estádio,
a mudança na oferta de experiências
ao fã pelo programa de sócio-torcedor, a criação de eventos para que
o consumidor interaja com o clube
não apenas nos dias de jogos são algumas das ações que podem ajudar
a mudar a indústria do esporte.
E o principal ponto de mudança é
o impacto que essas atitudes tem na
forma como o patrocinador enxerga
o esporte como negócio por aqui.
Num mercado de mídia peculiar
como o nosso, em que uma emissora de TV detém 50% da audiência e
75% da verba, o esporte precisa se
mostrar como uma alternativa viável e eficiente de investimento.
Ser só uma mídia de massa mais
barata não dá bom retorno às marcas. Quando o futebol começa a colocar o fã em primeiro lugar, passa
a oferecer para as empresas novas
possibilidades. É questão de tempo
para as marcas se apropiarem disso.
Em busca de redução de filas, Maracanã
transforma ingresso em cartão
POR REDAÇÃO
A administração do Maracanã lançou um novo
serviço para tentar diminuir as filas de pessoas
para entrar no estádio em dias de jogos. Chamado de Cartão Maracanã, ele funcionará como
ingresso, que pode ser carregado pela internet.
Em funcionamento já para o Brasileirão, o
plano é evitar as filas que se formam na troca de
ingresso comprado pela internet, uma reclamação recorrente dos torcedores. O torcedor pega
o cartão na primeira vez que adquirir a entrada.
No restante do ano, a compra online já é descontada diretamente, e o cartão vira o ingresso.
O serviço é semelhante à maioria dos programas de sócio-torcedor. Mas por conta da capacidade do estádio, a maior parte dos torcedores
no Maracanã não é associada de seus clubes.
A exceção do cartão está na compra de meia-entrada. Nesse caso, o torcedor tem que fazer a
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troca no estádio para apresentar um documento
que comprove a compra pela metade do preço.
Apesar da popularização das vendas de ingressos pela internet, o processo de troca tem sido
um problema para o Maracanã. Na final do Estadual do Rio, por exemplo, 14 mil ingressos foram
vendidos pela internet. Metade desse público
deixou para fazer a troca no dia da final.
A situação foi tão problemática que a administração do estádio foi autuada pelo Procon.
NBB celebra audiência recorde
em transmissão via internet
POR ERICH BETING
A Liga Nacional de Basquete
celebrou na noite da última terça-feira, dia 5, um novo recorde nas
transmissões dos jogos do Novo
Basquete Brasil, torneio equivalente ao Nacional da modalidade.
O duelo que definiu a classificação do Bauru sobre o Franca
para a semifinal do torneio bateu
a marca de 30.000 usuários únicos
na transmissão via internet. O
número representa quase 10%
de toda a audiência dos 41 jogos
da atual temporada do NBB que
foram exibidos pelo site da liga.
“Atingimos um número muito
maior de fãs do basquete em
diversas plataformas diferentes
e de fácil acesso, como o celular
e o tablet. Mas o grande sucesso das transmissões vai além de
apenas colocar jogos na internet.
Nós produzimos uma transmissão
de muita qualidade”, diz o vice-presidente da LNB, João Rossi.
Segundo a liga, o duelo decisivo foi acompanhado por tor-
cedores de 24
estados brasileiros e do Distrito
Federal. Além
disso, dez países do exterior
tinham usuários
conectados no
jogo, que alcançou um total de
400 diferentes
cidades no país.
Outro dado
que deixou os
executivos da
liga empolgados foi a interação com os
torcedores no
perfil do NBB no Twitter.
Foram mais de 1.700 interações
usando as hashtags: #nbbnaweb,
#playoffsnbb, #nbb7 e #finaisnbb.
Na temporada, as 41 transmissões pela internet foram acompanhadas por 371.725 torcedores.
Nos playoffs, a média de audiên-
cia por jogo foi de 11.013 pessoas. Na TV fechada, geralmente a
audiência é de cinco a seis vezes
maior do que a obtida na web.
Apesar do sucesso, a transmissão das semifinais do NBB
deixará a web. A partir de agora,
as partidas serão exibidas pelo
Sportv, parceira oficial do torneio.
Parceria com NBA gera alterações na promoção da liga
A transmissão pela internet e a maior exposição do NBB na TV fechada já são pequenas
mudanças que estão ligadas à aproximação do
basquete brasileiro com a NBA, liga dos EUA.
Parceiros desde o início do ano, NBB e NBA
têm trocado experiências. O desenvolvimento da
plataforma de transmissão de jogos pela internet
é um dos carros-chefes da NBA, que com o League Pass expande o torneio mundialmente.
Outra alteração feita pelo NBB que tem como
modelo a NBA foi a decisão de criar dias fixos de
exibição de jogos ao vivo na TV. Para isso, o basquete abriu mão dos jogos nos finais de semana,
mas tem jogo ao vivo no Sportv terças e sextas.
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Por mais verba, clubes alteram programa de sócio