Costuma deixar passar? Por mais anos que jogue, campos visite, torneios participe ou fairways pise, a pergunta parece ter vida, e criar dúvidas em muitos golfistas. Não deixa de ser curioso que uma regra tao importante e simples seja tao mal compreendida, esquecida, confundida e até ignorada. O princípio geral do Golfe diz que devemos jogar a bola tal como ela está, deixar o campo tal como o encontramos, e claro, respeitar outros jogadores. A regra demonstra que um golfista deve ter máxima atenção ao que o rodeia, sendo da responsabilidade do seu grupo estar posicionado imediatamente atrás daquele que têm na sua frente. Qualquer jogador isolado ou grupo que esteja a jogar uma volta completa, tem sempre o direito de passar outro que jogue só parte da volta. Se existir um buraco livre à sua frente, e sentir que atrasa o grupo anterior, deve sem demoras dar o direito de passagem, afastar-se para um dos lados do buraco, acenando para que joguem. Tal gesto aplica-se em torneios, em voltas de treino, em jogo de pares, ou individuais, independentemente da quantidade de jogadores que estiverem no grupo atrás. Se são mais céleres, devem ser incentivados a avançar. Nem todos os golfistas jogam bem, nem todos batem a bola longe, acertam os fairways e em regulation estão nos greens, não, nem todos. Por isso, a essência deste desporto é forte e permite a todos os seres humanos jogarem e confrontarem-se com diferentes níveis de jogo. Quem já não esteve a jogar um torneio e o grupo da frente, mesmo como um ou dois buracos livres à sua frente não o deixou passar? Quem já lhe disse que em torneios, ninguém pode passar ninguém? Coisas que presenciamos um pouco por todo lado, e quando barramos o grupo que temos nas costas, estamos atrasar a volta de golfe a todos os golfistas! Mas existe o outro lado, o de saber pedir para passar. É reconhecido como boa etiqueta perguntar ao grupo da frente se podemos avançar, desde que estejam de facto os buracos livres à sua frente, caso contrário não existem argumentos para o fazer. No entanto, recordo que não o deve fazer de forma indelicada, com gritos ou outra maneira menos elegante, pois falamos de regras de conduta, que visam a segurança, e cordialidade entre os jogadores. Devemos tratar os restantes golfistas da forma como queremos que nos tratem, e nunca esquecer que na grande maioria das ocasiões, e golfe é jogado sem a supervisão de um árbitro, baseando-se na integridade de cada um. Este deve ser o espirito do golfe! MQ Fevereiro 2012