UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Princípios e Fenômenos da Mecânica Professor: Humberto EXPERIMENTO Nº 8 – PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES E APLICAÇÕES Discentes: Camila de Oliveira Silva (2009028716) Gabriel Araújo (2009029224) Thiago Mateus B. da Silva (2009030605) Turma 2 A NATAL 24/06/2010 Objetivo O objetivo do experimento intitulado de “Princípio de Arquimedes e aplicações”, realizado no dia 14 de junho de 2010, foi analisar o comportamento de corpos imersos em diferentes sistemas a fim de presenciar a veracidade do princípio milenar que foi o título daquele experimento. As implicações da variação de grandezas relacionadas com o empuxo foram analisadas e discutidas. Naquele dia, estavam presentes os alunos da turma 02A, os técnicos de laboratório e o professor Humberto, no período de 10h 50min à 12h 30min. Introdução teórica Fluidos existem em toda parte, seja no ar, na água, nos motores de carros, etc. Um fluido é uma substância que flui. Podemos citar algumas características comuns aos fluidos: Possuem viscosidade; Moldam-se à superfície em que se encontram; Ao invés de massa e força, caracterizamo-los com sua densidade, massa específica e pressão. Quando mergulhamos um corpo qualquer em um líquido, este exerce uma força de sustentação (dirigida para cima) que tende a impedir que o corpo afunde. Essa característica faz com que percebamos que um objeto qualquer dentro de um líquido aparente ser mais leve do que ele realmente é. Essa força vertical chama-se Empuxo. Essa força surge porque, como sabemos, a pressão aumenta com a profundidade. Dessa forma, as forças exercidas pelo líquido na parte inferior são maiores do que na parte superior, gerando uma força resultante no sentido vertical para cima. Para estudá-la, é conhecido o Princípio de Arquimedes, que diz: “Um corpo completa ou parcialmente imerso em um fluido sofre a ação de uma força dirigida de baixo para cima com módulo igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo”.Ou seja: E = peso do líquido deslocado E = −𝑚𝑑𝑒𝑠𝑙 g Onde 𝑚𝑑𝑒𝑠𝑙 = 𝜌𝑙í𝑞 ∆V, para 𝜌𝑙í𝑞 = densidade do líquido e ∆V = 𝑉𝑓 - 𝑉𝑖 . 𝐸=−𝜌𝑙í𝑞 ∆Vg Materiais Utilizados Para analisar o princípio de Arquimedes e suas aplicações, durante o experimento foram utilizados os seguintes materiais: Cilindro de Arquimedes: consiste num conjunto formado por um êmbolo e um recipiente. Nesse experimento, esse sistema foi usado para verificar o empuxo que diferentes fluidos exercem em corpos; Béquer: recipiente que foi utilizado para imergir o êmbolo. Suas marcações de volume permitiram que o volume inicial e final do líquido pudesse ser medido. Proveta: usada para medir o aumento do volume do fluido após a imersão do êmbolo; Pipeta: utilizada para retirar o volume do líquido além do volume inicial; Sensor de força: com o auxílio desse instrumento, encontramos o peso aparente do cilindro de Arquimedes; Aparato com roldana: esse aparato estava preso à haste e foi o que permitiu que o cilindro de Arquimedes fosse baixado e imerso no líquido; Haste vertical: peça na qual foi acoplado o sensor de força e um aparato com roldana; Tripé: base que equilibra o sistema formado pela haste, pelo aparato com roldana e o sensor de força; Régua: usada para medir as dimensões do êmbolo; Obs.: Vale salientar que nesse experimento foram utilizados três béqueres. Um contendo somente água, outro com água e sal, e um terceiro com álcool. Cada um desses líquidos possui uma massa específica diferente, o q resultou em empuxos distintos para cada um deles. Procedimento experimental Ao chegarmos ao laboratório, o experimento já estava montado: a haste encaixada no tripé e ambos acoplados à plataforma; o sensor de força estava na extremidade da plataforma onde saia um gancho que segurava o recipiente e o êmbolo. Na 1ª situação, medimos o peso do conjunto formado pelo recipiente superior vazio e pelo êmbolo, cujo valor foi: 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗 .1 = 0,8 N Posteriormente, enchemos o béquer com um volume inicial 𝑉0 de 225 ml. Colocamos o béquer com a água abaixo do êmbolo e o mergulhamos no líquido até que o êmbolo ficasse completamente submerso na água. Com o sensor de força ligado, medimos o peso aparente, onde 𝑃𝑎𝑝𝑎 .1 = 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗 .1 E. 𝑃𝑎𝑝𝑎 .1 = 0,3 N Sabemos que, ao colocar o êmbolo dentro da água, o nível da água iria subir. Dessa forma, verificamos que o volume final 𝑉𝑓(1) foi de: 𝑉𝑓(1) = 270 ml Na 2ª situação, onde agora enchemos o recipiente superior com água, fizemos as mesmas medições. Primeiramente, o volume adicionado ao recipiente (𝑉𝑎𝑑𝑖𝑐 . ) foi: 𝑉𝑎𝑑𝑖𝑐 . = 52 ml Novamente verificamos o peso do conjunto (agora com o recipiente cheio): 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗 (2) = 1,3 N Com a mesma quantidade de água no béquer (225 ml) mergulhamos o êmbolo no líquido e observamos que o peso aparente era: 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(2) = 0,8 N Com o êmbolo mergulhado, verificamos que o novo volume do béquer era 𝑉𝑓(2) = 269 ml. Medimos a altura e o diâmetro do êmbolo: 𝐿ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = 72 mm 𝐷ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = 28 mm Agora, nesta parte utilizamos o dinamômetro para medir o peso do êmbolo fora e dentro do líquido, neste caso, é a água. 𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = 0,63 N (êmbolo fora do líquido) 𝑃𝑎𝑝𝑎 . = 0,2 N (êmbolo dentro do líquido) Utilizando novamente o dinamômetro, introduzimos o êmbolo dentro da água com sal e medimos o peso aparente, que foi: 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 0+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) = 0,12 N E = 𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 - 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 0+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) = 0,63N – 0,12N = 0,51 N Posteriormente, fizemos o mesmo procedimento numa solução com álcool hidratado: 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 0+𝐶2 𝐻5 𝑂𝐻) = 0,28 N E = 𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 - 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 0+𝐶2 𝐻5 𝑂𝐻) = 0,63N – 0,28N = 0,35 N Resultados e discussão Situação I (recipiente superior vazio) (a) Sabendo que o êmbolo é mais denso do que a água, faça o diagrama de forças que atuam no êmbolo quando submerso. Adote um sistema de coordenadas apropriado e mostre que o empuxo, exercido no êmbolo pelo líquido, pode ser medido sabendo-se o valor do peso do conjunto 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗 .(1) e o peso aparente do conjunto 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(1) . (𝑃𝑎𝑝𝑎 .(1) ) Reconhecendo o diagrama de forças, sabemos que o 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(1) é menor do que o 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗 .(1) , ou seja, há uma força contrária atuando no conjunto (o empuxo) dentro da água para que a lei da conservação das forças seja verdadeira: ƩF = 0 T + E = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 Se o T é o 𝑃𝑎𝑝𝑎 . , então: E = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 - 𝑃𝑎𝑝𝑎 . (b) A partir do volume inicial 𝑉𝑜 e final 𝑉𝑓(1) do líquido dentro do béquer, calcule o volume ∆𝑉(1) de líquido deslocado pela imersão do êmbolo. Com esse dado, calcule o peso da massa de água deslocada. Considere a densidade volumétrica da água 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1,00 g. 𝑐𝑚−3 e a aceleração da gravidade g = 9,8m.𝑠 −2 . 𝑉𝑓(1) - 𝑉𝑜 = 270 ml – 225 ml = 45 ml = 45 cm³ Sabendo que o peso de um corpo é P = m.g: 𝑃𝐻2 𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑃𝐻2 𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑃𝐻2 𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 = = = 𝑚𝐻2 𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 . g 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑉𝐻2 𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 . g 1 g.c𝑚−3 . 45 cm³ . 980 cm/s² 𝑃𝐻2 𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 = 4,4 . 104 g.cm/s² (c) Compare o valor do peso da massa de água deslocada com o valor do empuxo sofrido pelo êmbolo. Que conclusão você tira desta observação? Sabendo que o empuxo é: E = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 - 𝑃𝑎𝑝𝑎 . : E = 0,8 N – 0,3 N = 0,5 N (no sentido para cima) 0,5 N = 5,0. 104 g.cm/s² Teoricamente, o empuxo deve ser igual ao peso da água deslocada, ou seja, houve uma diferença de: cm cm − 4,4 . 104 g. 2 2 s s = 0,12 𝑜𝑢 12% cm 5,0. 104 g. 2 s 5,0. 104 g. δE = Situação II (recipiente superior cheio) (a) A partir do volume inicial 𝑉𝑜 e final 𝑉𝑓(2) do líquido, calcule o volume ∆𝑉(2) de líquido deslocado pela imersão do êmbolo. Compare este valor com o volume de água adicionado ao recipiente superior com a seringa 𝑉𝑎𝑑𝑖𝑐 . . Quais são as suas conclusões? Justifique. ∆𝑉(2) = 𝑉𝑓(2) - 𝑉𝑜 = 270 ml – 225 ml = 44 ml ou 44 cm³ O volume de água adicionado ao recipiente superior (52 ml) não influencia na variação do volume do líquido deslocado (44 ml), visto que o volume deslocado dentro do béquer é o volume do cilindro imerso na água. (b) Com o auxílio de algum instrumento de medida de comprimento, calcule o volume do êmbolo (cilindro) através das medidas de suas dimensões (altura e diâmetro). Compare este valor com os valores de ∆𝑉(2) e 𝑉𝑎𝑑𝑖𝑐 . . 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 𝜋𝑟 2 . h 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 3,14 . 1,4 𝑐𝑚 2 . 7,2 𝑐𝑚 = 44,3 𝑐𝑚³ = 44,3 ml O valor do volume do cilindro encontrado é aproximadamente o valor de líquido deslocado (salvo erros experimentais), visto que o volume deslocado no béquer é o volume do cilindro imerso. Conforme vemos, o volume adicionado ao recipiente superior (52 ml) não está relacionado com o volume deslocado dentro do béquer (44 ml). (c) Usando o mesmo raciocínio do item a da situação I, calcule o empuxo exercido no êmbolo pelo líquido e compare o resultado obtido com aquele do item A (situação I). Quais são as suas conclusões? E = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 - 𝑃𝑎𝑝𝑎 . E = 1,3 N – 0,8 N = 0,5 N ou 5,0 .104 𝑔. 𝑐𝑚/𝑠² Independente do peso do conjunto, o empuxo foi igual para ambas as situações. Isso pode ser explicado pelo fato de o empuxo depender apenas da massa específica, da gravidade e do volume deslocado (que é o volume do êmbolo). Determinação da densidade de um sólido através do empuxo Meça indiretamente a densidade do êmbolo através da expressão deduzida na sessão 9.3.2. Considere 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1,00 g. 𝑐𝑚−3 . Pesquise a densidade do PVC e compare-a com o valor calculado. 𝐸= 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 𝜌ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 Como consideramos o empuxo com sinal positivo e o peso com sinal negativo, não precisa colocar o sinal contrário nesta equação, ficando assim: 5,0 .104 𝑔. 𝑐𝑚/𝑠² = 1,0 𝑔. 𝑐𝑚−3 . 6,3 .104 𝑔. 𝑐𝑚/𝑠² 𝜌ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 𝜌ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = 1,26 𝑔. 𝑐𝑚−3 A densidade do PVC pesquisada foi de 1,4 𝑔. 𝑐𝑚−3 . A densidade experimental encontrada foi 1,26 𝑔. 𝑐𝑚−3 , com uma diferença de 10 %. Determinação da densidade de um líquido através do empuxo (a) Usando o resultado de que o empuxo no êmbolo pelo líquido pode ser expresso como: 𝐸 = 𝑉𝑙𝑖𝑞 𝜌𝑙𝑖𝑞 𝑔, onde 𝑉𝑙𝑖𝑞 é o volume de líquido deslocado (que possue o mesmo valor do volume do êmbolo),𝜌𝑙𝑖𝑞 é a densidade volumétrica do líquido e 𝑔 é a aceleração da gravidade. Explique o porquê da diferença nos valores mostrados pelo dinamômetro na sessão 9.3.3 para os diferentes fluidos, já que o volume do êmbolo utilizado foi o mesmo em todas as medições. Sabendo que o empuxo é 𝐸 = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑎𝑝𝑎 , onde 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 é o peso total do êmbolo (que permanece constante durante o experimento) e 𝑃𝑎𝑝𝑎 é o peso medido pelo dinamômetro quando o êmbolo está imerso nas soluções: 𝑃𝑎𝑝𝑎 = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐸 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐸(𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐸(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) O empuxo exercido no êmbolo por um líquido pode ser expresso como 𝐸 = 𝑉𝑙𝑖𝑞 𝜌𝑙𝑖𝑞 𝑔, logo: 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑉 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝜌 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑔 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑉 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝜌 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑔 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑎𝑝𝑎 . 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝑉 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝜌 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑔 = 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) + 𝑉 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝜌 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑔 Como os volumes de álcool e água+sal deslocados foram os mesmos, já que ambos correspondem ao volume do êmbolo, cujo valor permanece inalterado durante todo o experimento, podemos dizer que: 𝑉 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = 𝑉 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = 𝑉 Ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 Consequentemente: 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑎𝑝𝑎 . 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = = 𝑉 Ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 𝜌 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑔 𝜌 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑔 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) 𝑃𝑎𝑝𝑎 . 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = 𝜌 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝜌 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 Ou seja, o peso aparente medido pelo dinamômetro não é proporcional ao volume deslocado, mas sim à densidade do fluido em que ele foi submerso. Como os fluidos em que o êmbolo foi submerso são diferentes, e certamente, têm massas específicas também diferentes, os pesos aparentes obtidos nas duas medições foram distintos entre si. 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 0+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) = 0,12 N 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) = 0,28 N (b) Com base nos resultados obtidos na sessão 9.3.3 e usando o resultado anterior para o empuxo, calcule as densidades do álcool e da água com sal. Considere 𝑔 = 9,8 m.s-2. Do exercício anterior: 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑎𝑝 𝑎. 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = = 𝑉 Ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 𝑔 𝜌 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑔 𝜌 Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑔 Como 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐸(𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) e 𝑃𝑎𝑝𝑎 .(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) = 𝑃𝑡𝑜𝑡 𝑎𝑙 − 𝐸(Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ) E 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ρ 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = 𝑉 Ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 𝑔 Logo: ρ 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = E(𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 ) 𝑉 Ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 𝑔 Substituindo E 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 por 0,515 N, 𝑉 Ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 por 4,4.10-5m3 e g por 9,8m.s-2, obtemos: ρ 𝐻2 𝑂+𝑁𝑎𝐶𝑙 = 1182𝐾𝑔. 𝑚−3 = 1,18𝑔. 𝑐𝑚−3 Repetindo o processo para os valores obtidos na água salgada temos: ρ Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = 0,35𝑁 = 812𝐾𝑔. 𝑚−3 = 0,812𝑔. 𝑐𝑚−3 4,4. 10−5 𝑚2 9,8𝑚/𝑠 2 Conclusão A partir da análise dos resultados do experimento, o grupo percebeu a veracidade da expressão E = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 - 𝑃𝑎𝑝𝑎 . , uma vez que os instrumentos medidores de força sempre mostravam um peso aparente menor que o peso real do corpo imerso. Nesse experimento, semelhante ao que fez Arquimedes com a coroa do rei de Siracusa, pudemos calcular a partir do empuxo a densidade de um material (PVC) e obtivemos um resultado bastante próximo do que esperávamos, de acordo com a teoria. Partindo da expressão 𝐸 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑉𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 . 𝑔 e com a confirmação dos resultados experimentais, concluímos que o empuxo não depende do peso do corpo imerso, uma vez que os resultados para o empuxo foram os mesmos quando variamos o peso do êmbolo. Essa expressão também se mostrou válida quando imergimos o êmbolo em fluidos com diferentes massas específicas e encontramos diferentes valores para o empuxo, que, portanto, depende apenas da gravidade local, da densidade do fluido e do volume deslocado. Os valores encontrados foram satisfatórios, com pequenos erros que só num ambiente ideal poderiam não existir, já que, nesse experimento, desprezamos a interferência do ar, que também é um fluido e, portanto, altera o peso do corpo. Referências Bibliográficas Empuxo. Disponível em <http://educar.sc.usp.br/licenciatura/1999/empuxo/Empuxo-pg-02.htm> (Acesso: 22/06) RESNICK, Halliday. Fundamentos de Física – Gravitação, ondas e termodinâmica. LTC, V2, 7ª Ed. RJ. 2008.