O TESTE DO SUOR NO PROGRAMA ESTADUAL DE TRIAGEM NEONATAL DE MINAS GERAIS (PETN-MG) OLIVEIRA, Glauciane K. Gomes; CASTRO, Isabel P. Spínola; PEREIRA, Fernanda Rodrigues; SANTOS, Ângela E. A. Brito; MARTINS, Edjane J. Pereira Universidade Federal de Minas Gerais, Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico NUPAD/FM/UFMG INTRODUÇÃO: O NUPAD/FM/UFMG desde 2003 é o serviço de referência em Minas Gerais para a triagem neonatal da fibrose cística, doença diagnosticada por meio de exame laboratorial, dosando a tripsina imunorreativa (IRT) no sangue. De acordo com o protocolo do NUPAD, o teste do Suor é solicitado quando o paciente tem dois resultados alterados para IRT e/ou amostra com tempo de nascido igual ou superior a 45 dias. O exame é considerado padrãoouro para o diagnóstico da doença. O teste do suor padrão é realizado pela técnica de GibsonCooke que requer habilidade específica e alguns cuidados. A técnica consiste na estimulação das glândulas sudoríparas através da iontoforese por pilocarpina. Durante a realização do exame, todos os responsáveis pelos pacientes, respondem a um questionário sobre o histórico clínico da criança. OBJETIVO: Relacionar dados do Histórico Clínico com o resultado do exame. METODOLOGIA: No momento da realização do teste do suor, aplica-se um questionário com perguntas simples sobre o paciente para avaliar a presença de alguma sintomatologia da doença. O cuidador/responsável pelo paciente é quem responde este questionário. RESULTADOS: Foram realizados de Junho de 2009 até Junho de 2010, 670 exames de Teste do Suor com pacientes triados pelo NUPAD, sendo12 positivos e 658 normais. Entre os casos positivos (12): 50% havia apresentado algum problema respiratório, entre tosse, chieira no peito e pneumonia (apenas 1 paciente); 75% apresentou algum problema gastrointestinal como, diarréia, fezes volumosas e/ou gordurosas, 25% apresentou dificuldade para ganhar peso ou se alimentar e 42% dos cuidadores relataram que perceberam alguma alteração no suor (excessivo ou salgado). CONCLUSÃO: Concluiu-se que dos 12 pacientes com exames positivos apenas 2 (17%) não apresentaram nenhuma sintomatologia. Isto demonstra que existe uma relação entre sintoma e a existência da doença o que não exclui a necessidade da triagem neonatal para a fibrose cística.