MÚLTIPLOS SABERES E A PRODUÇÃO DE NOVOS SUJEITOS DOCENTES Antônio Berto Machado Professor Adjunto do Departamento de Educação Centro de Humanidades - Universidade Federal da Paraíba – Campus II – Campina Grande – PB O Curso de Pedagogia, do turno noturno, em Campina Grande – PB, criado e implantado através do Programa Estudante-convênio – Rede Pública (PEC-RP), constituiu-se em um espaço intercultural marcado pelo encontro de múltiplos saberes. São partícipes desse encontro os saberes experienciais1 trazidos pelo(a)2 professor(a)-aluno(a) do PEC-RP e os saberes acadêmico-científicos dos(as) professores(as) universitários(as). A presença desses saberes experienciais inaugurou uma nova realidade, em relação ao Curso de Pedagogia diurno. Nesse, o alunado, em sua maioria proveniente do ensino médio, com pouca ou sem nenhuma experiência em magistério, permanece, durante quase todo curso, se apropriando de saberes acadêmico-científicos para na reta final, através do estágio supervisionado, vivenciá-los na prática. Isso configura uma relação teoria-prática numa perspectiva unidimensional . Embora essa situação venha sendo criticada há muito tempo, ela quase não foi alterada. No Curso de Pedagogia noturno essa relação teoria-prática poderá ser modificada, reconfigurando-se em uma relação prática-teoria-prática. Isso porque os saberes experienciais, trazidos pelos(as) professores(as)-alunos(as) ao serem considerados, poderão se constituírem em um referencial prático que validará e/ou questionará os saberes acadêmico-científicos trabalhados na universidade. Sabe-se que todo saber acadêmico-científico reflete uma prescrição prática, bem como que toda prática pressupõe um embasamento em algum saber acadêmico-científico. Porém, esse encontro entre teoria e prática ou entre prática e teoria tem se constituído em uma relação tensa e conflituosa. Nessa perspectiva, pergunta-se: como tem se configurado esse encontro entre saberes experienciais e saberes acadêmico-científicos no Curso de Pedagogia noturno?; qual o nível de diálogo e interação entre esses saberes?; como os(as) professores(as) universitários(as) têm tratado os saberes experienciais de seus alunos e de suas alunas?; que tipo de mudanças esses saberes experienciais promoveram nos programas disciplinares dos(as) professores(as) que atuam no Curso de Pedagogia diurno e noturno?; que indicativos, relacionados à prática dos(as) docentes universitários(as) demonstram que os saberes experienciais estão sendo considerados como elementos importante na formação do(a) licenciando(a) de Pedagogia?. Condições contingentes para o encontro de múltiplos saberes Durante alguns anos, a Universidade Federal da Paraíba – UFPB, assim como as demais universidades brasileiras, vinha enfrentando um esvaziamento de seus cursos de Licenciaturas. Em se tratando do curso de Pedagogia, do campus II, este esvaziamento fazia-se visível tanto pelo não preenchimento das vagas ofertadas nos concursos vestibulares da instituição, quanto pelos índices de evasão e de cancelamento verificados. A Pedagogia experimentava uma situação paradoxal: era o curso que apresentava a segunda maior relação candidato/vaga, entre os cursos do Centro de 1 Saberes experienciais refere-se aqueles saberes aprendidos e apropriados na experiência prática, sem que tenha havido uma validação teórico-científica. 2 Utilizar-se-á uma linguagem não sexista, mesmo que esta se contraponha às normas cultas do português padrão. Entende-se que a convenção do masculino representar implicitamente o gênero feminino integra um conjunto de estratégias para negação do gênero feminino (Cf. Moreno, 1999). Como tal, expressa uma relação de poder entre os gêneros masculino e feminino, traduzindo-se em uma questão de discriminação a ser combatida, isto é, em uma questão política. Humanidades, porém com o menor percentual de aprovação no concurso vestibular (Cf. UFPB, 1997a). Além disso, o curso em questão, ao lado do Curso de Administração, experimentava um dos percentuais mais elevadas de diplomação, embora esse percentual fosse “...inferior à metade dos ingressantes” (UFPB, 1997b, p.43). No ano de 1997, através da Resolução do Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão – CONSEPE, a UFPB criou o Programa de Estudante Convênio – Rede Pública (PEC– RP), em caráter experimental. Este Programa destinava-se ao ingresso de professores e professoras da educação básica – educação infantil, ensino fundamental e ensino médio –, pertencentes a Instituições Públicas de Ensino, para realização de Cursos de Licenciatura. Para tal, foi firmado convênios ou termo aditivo aos convênios celebrados entre a UFPB e as respectivas instituições. De acordo com as normas estabelecidas, podia se inscrever no processo seletivo destinado ao preenchimento das vagas do PEC–RP, a professora e/ou professor que atuassem no município sede do respectivo campus da UFPB ou em municípios circunvizinhos, desde que atendessem a condições tais como: a) ter concluído o ensino médio ou equivalente; b) pertencer ao quadro docente permanente da secretaria de educação ou órgão equivalente; c) estar em efetivo exercício do magistério na Rede Pública de Ensino; d) estar atuando na sala de aula há, pelo menos dois anos; e) dispor, no mínimo, de um período de atividade no exercício do magistério correspondente a oito anos, para poder requerer aposentadoria (Cf. UFPB, 1998). Quanto a forma de ingresso nos cursos de Graduação, habilitação em Licenciatura, ocorria através de processo seletivo realizado pela UFPB – vestibular simplificado –, constando de: a) uma prova da matéria Língua Portuguesa; b) uma prova da matéria Matemática; c) uma prova específica. No caso do curso de Pedagogia, tratava-se de uma prova de conhecimentos gerais. Esse conjunto de provas aferia conhecimentos em nível de ensino médio (Cf. UFPB, 1998). Em 1998, a UFPB, através de Resolução do CONSEPE, atribuiu caráter permanente ao PEC–RP. Dentre os aspectos arrolados para justificar essa decisão, destacava-se: a) a necessidade de a UFPB continuar contribuindo para a qualidade da educação básica nas Instituições Públicas de Ensino; b) a constatação de grande contigente de professoras e professores atuando, em sala de aula, na escola pública das redes estadual e municipal, sem titulação em Cursos de Licenciatura; c) a disponibilidades de vagas nos seus Cursos de Licenciatura; d) a repercussão positiva do PEC – RP, em sua fase experimental. Inicialmente, foram oferecidas 472 vagas para os 20 cursos de Licenciaturas oferecidos nos diversos campi da UFPB, havendo uma previsão de 550 vagas a serem ofertadas para o ano 2000. Além dessas condições, a criação de cursos noturnos no Centro de Humanidades instaurou outras possibilidades. Permitiu que professoras e professores, de municípios equidistantes até 120 km de Campina Grande – sede do Campus II, da UFPB, participassem do processo seletivo e ingressassem no, recém criado, Curso de Pedagogia noturno. Essa condição possibilitou o ingresso de um grupo constituído por professoras e professores oriundos de diversos municípios e distâncias, com tempo e tipo de experiência os mais heterogêneos. Isso constituiu um problema e um desafio aos professores e às professoras do Departamento de Educação, do Centro de Humanidades, da UFPB: como trabalhar com um corpo discente tão diferente em relação ao do curso de Pedagogia diurno?; como respeitar e aproveitar os saberes acumulados nos anos de experiências e práticas pedagógicas desse grupo?; como tornar as aulas do Curso de Pedagogia noturno em espaços para a troca de experiências e análise de práticas sociais e educativas, tendo em vista a ampliação da compreensão do exercício do magistério no ensino fundamental?. Construindo espaço para o encontro de múltiplos saberes No período letivo 99.2 ingressou no Curso de Pedagogia noturno a segunda turma de discentes PEC-RP. Naquele momento, à luz das críticas produzidas pela avaliação da experiência com a primeira turma PEC-RP, tentou-se redimensionar a proposta didático-pedagógica do conjunto de disciplinas do primeiro período. Objetivava-se criar condições para uma diálogo e uma efetiva interação entre saberes experienciais e saberes acadêmico-científicos (Cf. Machado, 1999), na tentativa de se promover uma nova feição para a relação teoria-prática. Nessa perspectiva, procurou-se elaborar e desenvolver uma proposta didático-pedagógica para a disciplina Tópico Especial de Pedagogia ( Prática de Ensino na Escola Fundamental), com 30h/aulas, envolvendo as demais disciplinas do primeiro período (Prática de Pesquisa e Extensão, Antropologia Educacional, Sociologia da Educação, Psicologia do Desenvolvimento, Metodologia do Ensino de Linguagem e Metodologia do Ensino de Matemática). Essa proposta foi desenvolvida em três etapas: a) inicialmente, foi solicitado que as(os) alunas(os) PEC-RP da segunda turma escrevesse um relato de sua prática didático-pedagógica, destacando aspectos e dificuldades que, considerados como relevantes, seriam conhecidos por todas pessoas envolvidas na experiência (docentes e discentes), bem como as expectativas em relação ao Curso de Pedagogia noturno; no segundo momento, tendo-se em mãos todos os relatos escritos, docentes e discentes se dedicaram à audição e à análise dos relatos ora apresentados pelos(as) discentes, ocasião em os(as) docentes foram convidados(as) a relatarem para os(as) alunos(as) suas experiências de ensino, pesquisa e extensão; na última etapa, as(os) docentes deveriam elaborar seus planos de disciplinas considerando as informações, análises e reflexões desenvolvidas durante os relatos. Com essa proposta, imaginava-se estar construindo espaço e condições que possibilitassem diálogo e interação entre saberes experiencias e saberes acadêmico-científicos, na perspectiva de construir uma nova configuração para a relação teoria-prática. Entretanto, houve uma certa resistência do corpo docente da universidade. Essa resistência se manifestou através do baixo nível de adesão à proposta acordada, cuja evidência foi a ausência nas sessões de apresentação dos relatos, a não consideração dos relatos como elementos importantes para elaboração do plano de disciplina e a não disposição em apresentar suas experiências ao corpo discente. Esses indicativos apontaram para uma relação teoria-prática na qual os saberes acadêmicocientíficos se colocaram como superiores e hegemônicos. Mais do que isso, implicou em um silenciamento de saberes e culturas que, caso tivessem sido considerados, seriam de suma importância na formação das(os) professoras(es). A interculturalidade e a construção de novos sujeitos docentes O mundo atual está marcado por mudanças profundas. Embora se tenha consciência disso, ainda não foi possível construir uma compreensão adequada. Isso tem gerado insegurança e incerteza, provocando nas pessoas perplexidade, inquietação e medo, mais também uma reação de busca e criatividade para enfrentar essa nova realidade. Essas mudanças abrangem as dimensões econômica, social, educacional, cultural e política da sociedade. Tais mudanças repercutem diretamente nas práticas e instituições sociais, educacionais, culturais, políticas, etc. No campo educacional, vive-se um momento marcado por ressignificação de práticas: por um lado, os paradigmas que até então constituíam referências às práticas pedagógicas são alvos de críticas e de questionamentos; por outro, são propostas políticas educacionais e práticas pedagógicas que têm o currículo como elemento-chave que congrega lutas em torno de diferentes significados para o social, o político, o cultural e o pedagógico. Diante de tal realidade, faz-se necessário o exame de outros campos de saberes numa tentativa de descobrir suas potencialidades para a construção de práticas pedagógicas que, fundadas em uma nova configuração da relação teoria-prática, possibilitem a ampliação de intervenções sociais, políticas, culturais e pedagógicas propostas pela teorização crítica da educação. Nessa perspectiva, a interculturalidade desponta como uma possibilidade rica e produtiva, podendo se tornar uma referências às práticas pedagógicas que visam o desenvolvimento de um trabalho criticamente engajado. Como tal, ela se constitui em um espaço no qual se encontram, dialogam e interagem diferentes culturas e múltiplos saberes. A experiência do Curso de Pedagogia se coloca nessa direção. Para esse curso confluem um corpo discente com diferentes saberes e variadas experiências culturais. Entretanto, essa rica experiência tem sido pouco considerada como elemento importante para a construção de uma nova feição para a relação teoria-prática. Isso configura uma forte desconexão entre a cultura escolar universitária e a cultura social de referência das(os) alunas(os) que têm ingressado no Curso de Pedagogia noturno. Para uma reconfiguração da relação teoria-prática, embasada na propositura da interculturalidade, faz-se necessário que o corpo docente universitário conceba e assumas as salas de aula como “espaços de lidar com o conhecimento sistematizado, construir significados, reforçar, questionar e construir interesses sociais, formas de poder, de vivências que têm necessariamente uma dimensão antropológica, política e cultural” (Candau, 2000, p.52). Embora tenha havido uma tentativa de proposta de trabalho didático-pedagógico na perspectiva da interculturalidade na qual se objetivava contemplar as diferentes experiências culturais e os múltiplos saberes do corpo discente PEC-RP, essa propositura conseguiu adesão apenas de um pequeno grupo do corpo docente universitário. A maioria desse segmento preferiu fazer “vista grossa” à diversidade cultural e aos múltiplos saberes trazidos pelo referido corpo discente. Como tal, essa maioria continuou com seu programas disciplinares “engessados”, pouco permeável ao contexto do alunado e não receptível aos universos culturais e experienciais das(os) alunas(os)-professoras(es) do PEC-RP. Nessa direção pode-se inferir que a vivência escolar das alunas e dos alunos vinculadas(os) ao Curso de Pedagogia noturno se caracterizou como uma experiência cultural “padronizada, ritualista, formal, pouco dinâmica, que enfatiza o processo de mera transferência de conhecimentos, quando esta de fato acontece, e está referida a cultura de determinados atores sociais, brancos, de classe média, de extrato burguês e configurados pela cultura ocidental, considerada como universal” (Candau, 2000, p.53). Com a emergência de vários movimentos sociais, através dos quais se afirmam as diversas identidades sociais e culturais, torna-se problemático manter um Curso de Pedagogia pautado em uma concepção de sociedade monocultural. Considerando-se que o tecido social brasileiro é constituído por uma multiplicidade de culturas, faz-se necessário “um reconhecimento e valorização das diversas identidades culturais, de suas particularidades e contribuições específicas à construção do país...” (Candau, 1999, p.241). Nessa perspectiva, o Curso de Pedagogia noturno poderia se pautar na interculturalidade, promovendo relações dialógicas e igualitárias entre pessoas e grupos advém de universos culturais diferentes. Um primeiro passo nessa direção seria a construção de espaços para a manifestação dos múltiplos saberes, possibilitando a esses uma maior dizibilidade e visibilidade, enquanto expressão de diversas e diferentes experiências culturais. Para se avançar nessa direção é fundamental que o corpo docente universitário redimensione sua concepção de cultua e de diversidade cultural. Com relação a primeira, faz-se necessário concebê-la “como estruturante profundo do cotidiano de todo grupo social e (que) se expressa em modos de agir, relacionar-se, interpretar e atribuir sentidos, celebrar...” (Candau, 2000, p.61). Com relação à diversidade cultural, ai invés de olhar as culturas não hegemônicas (marginalizadas, negadas, silenciadas) como inferiores e/ou deficientes, tendo como referência a cultura européia, masculina, branca, hetorossexual, patriarcal, deveria encará-las como possibilidades de enriquecimento do processo educativo e não como um mal a ser extirpado. A vinculação do processo de formação docente efetivada no curso de Pedagogia noturno à proposta de interculturalidade passa necessariamente pela a adoção de uma agenda, tal como a que se segue. 1.Considerar a cultura como constructo central de nossos currículos e salas de aula, focalizando a aprendizagem em torno de questões relacionadas às diferenças culturais, ao poder e à história. [...] 2. Enfatizar o estudo da linguagem e do poder, de modo especial em termos de como a linguagem é usada para moldar identidades sociais e assegurar formas específicas de autoridade. 3. Colocar uma forte ênfase em vincular o currículo às experiências que os/as estudantes trazem para os seus encontros com o conhecimento institucionalmente legitimado. [...] 4. Promover o estudo, a produção, a recepção e o uso situado de variados textos e de forma como eles estruturam as relações sociais, os valores e as noções de comunidade, o futuro e as diversas definições do eu. [...] 5. Afirmar a necessidade de analisar a história não como narrativa linear, vinculada de forma não problemática ao progresso, mas como uma série de rupturas e deslocamentos. [...] 6. Ampliar a concepção de pedagogia, compreendendo-a como um modo de produção cultural implicado na forma como o poder e o significado são utilizados na construção e na organização de conhecimentos, desejos, valores. Ela é definida como uma prática cultural ética e politicamente responsável a serviço da ampliação da democracia. (Candau, 1999, p.247-8). Acredita-se que o caminhar nessa direção implica em redimensionamento do Projeto Político-Pedagógico do Curso, recolocando em um outro patamar a relação teoria-prática, bem como o processo de formação docente. Com tal intenção, uma experiência desenvolvida nessa direção encontra guarida teórica e prática, nos campos social, educacional, cultural, ético e político, visto que poderá contribuir para o aperfeiçoamento dos Cursos de Licenciaturas da Universidade Federal da Paraíba, de um modo geral, e, em especial, o Curso de Pedagogia noturno (PEC-RP). Com isso, estará se caminhando na perspectiva de um processo de formação docente articulado com a interculturalidade. Como tal, estará pautado em uma concepção de sociedade multicultural, reconhecerá e valorizará os diferentes saberes, fomentará as relações de solidariedade e reciprocidade entre as diferentes experiências culturais, denunciará e lutará contra as injustiças geradas pelo tratamento assimétrico dado às diferentes culturas, bem como se aliará às lutas contra todas as formas de discriminação. O resultado desse processo será uma formação docente crítica que possibilitará o engajamento social, educacional, cultural, ético e político, o que, certamente, contribuirá para a construção de uma sociedade justa, humana, solidária e eticamente desejada por todas(os) que lutam e acreditam na possibilidade de uma democracia e cidadania enquanto constructos humanos e historicamente possíveis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANDAU, Vera Maria. Interculturalidade e educação escolar. In. ______ (Org.). Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes, 2000. p.47-60.] CANDAU, Vera Maria. Pluralismo cultural, cotidiano escolar e formação de professores. In. ______ (Org.). Magistério: construção cotidiana. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1999. p.237-50. MACHADO, Antônio Berto. Proposta didático-pedagógica para disciplina Tópico Especial de Pedagogia (Prática de Ensino na Escola Fundamental). Campina Grande: UFPB/CH/DE, 1999. MORENO, Montserrat. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola. Campinas:Editora da UNICAMP, 1999. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Sucessos e insucessos na vida acadêmica. João Pessoa: Editora da Universidade Federal da Paraíba, 1997b. (Série Avaliação Acadêmica, 4o. Fascículo). UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Vestibular em dados. João Pessoa: Editora da Universidade Federal da Paraíba, 1997a. (Série Avaliação acadêmica, 2o. Fascículo).