IBP0468_05 RESULTADOS OBTIDOS COM O USO DO GÁS NATURAL NA INDÚSTRIA CERÂMICA VERMELHA Tales G. Jahn, Vicente de P. Nicolau, Alessandro P. Dadam, F. Hartke, Luis G. de M. Freire Rafael Justificativa Avaliação das vantagens técnicas e econômicas da utilização do gás natural na Indústria de Cerâmica Vermelha Desenvolvimento ferramentas de análise e diagnóstico Necessidade de se estudar o comportamento térmico dos fornos (viabilidade do processo de substituição) Fornos túneis e gás natural - tendências mundiais Situação brasileira: • Empresas começando a instalar fornos túneis • Uso de lenha (crescentes barreiras legais) e resíduos de madeira (aumento no uso para fins mais nobres) Formação de recursos humanos no setor Metodologia Grupo I - Conversão de forno contínuo, tipo túnel, para a queima de gás natural Grupo II - Conversão de forno intermitente para a queima de gás natural Grupo III – Projeto e Simulação de um novo forno para a queima de gás natural Para cada grupo são desenvolvidas ferramentas de análise e diagnóstico, que são planilhas comparativas e gráficos, bem como um programa específico de simulação computacional Grupo I - Forno Túnel Características gerais: Comprimento total: 80 m Largura total: 2,5 m (1,45 m úteis) Altura total: 2 m (1,30 m úteis) Capacidade produtiva máxima: 900 ton de queimados/mês Ciclo de queima: 50 horas Combustível: serragem Método Matemático Divisão do forno em 3 zonas e em 80 volumes Balanço de massa: Gases e carga Balanço de energia: Gases, carga, vagonetas, paredes, abóbada e piso Regime permanente Condução, convecção e radiação consideradas Inputs: Produção, consumo de combustível e vazão de ar Outputs: Perfil de temperaturas Balanço térmico do forno Simulação Computacional Simulações com gás natural: efeito da recuperação de calor 900 1,0m3/s 800 1,1m3/s 700 1,2m3/s 1,3m3/s Temperatura (ºC) 600 1,4m3/s 500 Valores experimentais do Gas 400 300 200 100 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Posição x(m) 55 60 65 70 75 80 85 90 Análise de Resultados Balanço térmico do forno: Consumo Simulado (m3/dia) 1433 Potência Simulada (kW) 659,9 Saída Total de Energia Consumo Medido (m3/dia) 1499 Potência Medida (kW) 668,6 (kW) % Convecção Parede Radiação Parede Convecção Abóbada 101,26 45,66 78,63 15,3 6,9 11,9 Radiação Abóbada Somatório paredes e abóbada 37,71 263,26 5,7 39,8 Somatório paredes e abóbada Condução Piso Gases Chaminé Gases Secador Saída de Calor com a Carga Saída de Calor com a Vagoneta Eliminação da Água Residual Reação Endotérmica - Caulinita Total 263,26 14,18 127,04 41,07 55,62 62,66 24,89 71,19 659,9 39,8 2,1 19,2 6,2 8,4 9,5 3,8 10,8 100 Melhorias Ampliação da zona de resfriamento Camada de cinzas Isolamento lateral Obras no secador Instalação do Gás Natural Conjunto Queimador Detalhe Queimador Gás Natural Grupo II – Forno Intermitente Abóbada Tamb. Carga Parede lateral Gases do forno Tar Piso Gases para c haminé Grupo II – Forno Intermitente Produção de Lajotas 30x30cm - Glasuradas. Set/2002 Simulação Computacional Análise de Resultados Parcela de Energia Aquecimento da carga Aquecimento dos gases do forno Aquecimento dda abobáda do forno Aquecimento da parede lateral Aquecimento do piso Aquecimento ddos gases do piso Aquecimento ddos gases da base Aquecimento da base Total para aquecimento do forno Perdas por radiação na abobáda Perdas por convecção na abobáda Perdas por radiação na superfície externa da parede Perdas por convecção na superfície externa da parede Perdas por condução na superfície externa da parede Perdas por condução da base para o solo Perda pela chaminé Total de perdas Produção de energia com a queima do combustível Energia [Joules] Percentual 3.28E+10 1.04E+08 7.51E+09 4.52E+10 6.02E+09 6.04E+06 7.00E+06 1.18E+10 22% 0% 5% 30% 4% 0% 0% 8% 1.03E+11 69% 3.62E+09 2.14E+09 2.29E+09 2.39E+09 4.16E+07 3.08E+08 3.58E+10 2% 1% 2% 2% 0% 0% 24% 4.66E+10 31% 1.50E+11 100% Grupo III - Forno construído Grupo III – Sistema de queima Conclusões • Coerência entre os resultados das simulações e a prática. Esta coerência nos assegura que dispomos de uma ferramenta bastante útil, a ser utilizada no projeto de novos fornos; • Facilidades de controle e regulagens para vários níveis de produção e para cada tipo de produto a ser fabricado; uniformidade do produto final; • Maior limpeza do parque de produção; não há necessidade de estocagem; • Programável, menor necessidade de operadores; • Fornalhas de construção mais simples, queima diretamente no interior do forno; • O setor ainda tem dificuldades relacionadas ao preço do insumo. AGRADECIMENTOS Nome do(s) Autor(es) Tales G. Jahn, Vicente de P. Nicolau, Alessandro P. Dadam, F. Hartke, Luis G. de M. Freire Dados do(s) Autor(es) [email protected], Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Mecânica Rafael