0 UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AVEIA BRANCA: INTERAÇÃO GENÓTIPO VERSUS DENSIDADE DE SEMEADURA NA CONTRIBUIÇÃO PARA A MÁXIMA EXPRESSÃO DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA COM RENDIMENTO DE GRÃOS E ALTERNATIVA PARA MAXIMIZAR O MANEJO DA LAVOURA Acadêmico: Cristiano Fontaniva Orientador: Dr. José Antonio Gonzalez da Silva Ijuí- RS Março de 2012 1 CRISTIANO FONTANIVA AVEIA BRANCA: INTERAÇÃO GENÓTIPO VERSUS DENSIDADE DE SEMEADURA NA CONTRIBUIÇÃO PARA A MÁXIMA EXPRESSÃO DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA COM RENDIMENTO DE GRÃOS E ALTERNATIVA PARA MAXIMIZAR O MANEJO DA LAVOURA Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia, Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Dr. José Antonio Gonzalez da Silva Ijuí – RS Março – 2012 2 TERMO DE APROVAÇÃO CRISTIANO FONTANIVA AVEIA BRANCA: INTERAÇÃO GENÓTIPO VERSUS DENSIDADE DE SEMEADURA NA CONTRIBUIÇÃO PARA A MÁXIMA EXPRESSÃO DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA COM RENDIMENTO DE GRÃOS E ALTERNATIVA PARA MAXIMIZAR O MANEJO DA LAVOURA Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita. Ijuí, 08 de Março de 2012. Prof. Dr. José Antonio Gonzalez da Silva DEAg/UNIJUÍ - Orientador Prof. Dr. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger DEAg/UNIJUÍ – Avaliadora Eng. Agrônomo Osmar Lohmann COTRIJUI – Avaliador convidado 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Ari José Fontaniva e Vanir Fontaniva, as minhas irmãs Silvane e Marilei e a todos os meus amigos e colegas do curso de Agronomia que, de uma forma ou outra, contribuíram de maneira efetiva na realização deste trabalho. Dedico também, ao meu professor e orientador José Antonio Gonzalez da Silva, ao qual tenho um enorme respeito e admiração, pela pessoa que é e pela imensa dedicação ao transmitir seu conhecimento. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por estar sempre guiando meus passos, dando proteção e forças para vencer os obstáculos da vida. Ao meu pai, Ari José Fontaniva, pela educação que me foi dada, pelo amor incondicional, pelo carinho, pelos conselhos e ensinamentos, pela compreensão, pelos inúmeros momentos felizes, que me fizeram ser uma pessoa honesta e capaz de tomar decisões sérias. Ainda, agradeço pelo esforço sobre-humano que realizou durante o desenrolar do curso, onde as dificuldades foram inúmeras, mas com pulso firme foram contornadas e possibilitaram a realização de mais um sonho. A minha mãe Vanir Fontaniva pelo amor, carinho, companheirismo, apoio, estímulo e compreensão nos momentos em que mais precisei, e por não medir esforços em me ajudar na realização deste sonho. As minhas irmãs Silvane e Marilei por estarem sempre ao meu lado, apoiando em minha caminhada e pelo amor e carinho a mim dedicado. Ao professor José Antonio Gonzalez da Silva, pela paciência, coerência, clareza e dedicação em seus ensinamentos sempre disposto a atender minhas necessidades e dúvidas. Uma pessoa a quem sempre terei um enorme respeito em consideração por tudo àquilo que fez por mim na vida acadêmica. De fato, neste período pude entender o significado da palavra professor, pois sem dúvida, esta brilhante pessoa não mede esforços para que o conhecimento seja transmitido. Além disso, pela amizade que levarei para sempre. Aos amigos que levarei para sempre comigo, Felipe Roman Mazzarollo, Pablo José Nicoletti Oliveira, Vinícius Lazzarotto e Paulo Ricardo Viana Correa pela amizade e companheirismo neste período, tanto em momentos bons como em momentos ruins, e que ainda possibilitaram a realização deste estudo. Aos colegas bolsistas e estagiários do Grupo de Pesquisa de Sistemas Técnicos de Produção Animal e Vegetal do Curso de Agronomia Ana Paula Valentini, Edegar Matter, José Tiago Boff, Renan Wentz, Geverson Capelari, Diovane Antonow, Juliana de Oliveira, Jordana Schiavo, Rogério Vieira, Gabriel Battisti, Leandro Rittel, Emilio Ghisleni Arenhardt, Juliano Gaviraghi, Taiane Pettenon, Fernando Bilibio Pinto, Ewerton Gewerhr, Adair José da Silva, Cassiane Ubessi, Gustavo Mazurkievicz, Homero da Silva, Maísa Didoné e Tânia Mattioni pelo incansável trabalho deste a implantação até a conclusão do experimento. Ao DEAg e ao IRDeR, que me proporcionaram a estrutura necessária para que o estudo fosse desenvolvido, pelo compromisso com a pesquisa e pelo comprometimento para o 5 desenvolvimento de, além de profissionais capacitados, de pessoas sensibilizadas com a problemática de desenvolvimento regional. À UNIJUI por ter me proporcionado a oportunidade de ser acadêmico e Bolsista além do enorme comprometimento para o desenvolvimento do noroeste do estado do RS. 6 AVEIA BRANCA: INTERAÇÃO GENÓTIPO VERSUS DENSIDADE DE SEMEADURA NA CONTRIBUIÇÃO PARA A MÁXIMA EXPRESSÃO DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA COM RENDIMENTO DE GRÃOS E ALTERNATIVA PARA MAXIMIZAR O MANEJO DA LAVOURA Cristiano Fontaniva Orientador: José Antônio Gonzalez da Silva RESUMO No sul do Brasil, a aveia é cultivada como espécie produtora de grãos e palha para a cobertura de solo, favorecendo a implantação de cultura de verão, apresentando forte importância na sucessão de culturas, principalmente pela produção de massa seca no sistema de semeadura direta para cobertura do solo. A densidade de semeadura é um dos fatores importantes a ser considerado na implantação de uma lavoura para que uma população ideal de plantas seja atingida. O manejo da densidade de plantas é uma das práticas culturais mais importantes para determinar o rendimento de grãos, pois o estande afeta a arquitetura das plantas, altera o crescimento e o desenvolvimento, e influencia na produção e partição de fotoassimilados. O objetivo do presente estudo foi o de elucidar os aspectos ligados a expressão da produção de biomassa total e daqueles ligados aos parâmetros de produção frente ao ajuste do arranjo de plantas em genótipos elite recomendados para cultivo no sul do Brasil. Assim, buscando abordar os aspectos ligados ao ajuste na densidade de cultivo em aveia branca visando incrementos consideráveis na qualidade de produção sob distintos sistemas de sucessão. O experimento foi conduzido em condições de campo, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), localizado no Município de Augusto Pestana – RS, durante ano agrícola de 2011. O estudo foi desenvolvido com dois experimentos de dimensões de 8 x 20m cada, totalizando 160 m². Sendo cada parcela composta de 4 x 5m e sub-parcelas de 1 x 5m. O experimento foi disposto na forma de blocos casualizados com quatro repetições de arranjo fatorial simples (2 x 4), constituído de dois experimentos. Os experimentos foram divididos pelo tipo de cultura antecessora, em que no experimento I a aveia semeada sobre restos culturais da soja e no experimento II, a aveia semeada sobre restos culturais de milho. Parcelas representam cultivares Brisasul e URS-Taura, tendo como sub-parcelas, as densidades de cultivo (100, 300, 600 e 900 sementes viáveis por m-2). Na análise da taxa diária de produção de biomassa com interface as diferentes densidade de semeadura testadas, existe diferença genética entre as cultivares URS-Taura e Brisasul. A máxima produção de grãos obtida entre os genótipos de aveia branca mostrou na média geral valor de 550 sementes m-2, bastante superior àquela sugerida pela indicação técnica da espécie. Valores de densidade de semeadura ao redor de 550 sementes m-2 promove efeitos pronunciados na expressão máxima de rendimento biológico e de grãos. Mesmo que, sobre o rendimento de palha a densidade ideal se mostre bastante inferior, a mais elevada sugerida recai em contribuição simultânea de elevada palhada no processo de reposição de nutrientes e da energia direcionada a produção de panículas com maior qualidade provenientes da planta-mãe ou daquelas que produziu poucos afílhos. Palavras-chave: sucessão; rendimento de grãos; rendimento biológico; densidade; biomassa. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Croqui da área experimental sobre resíduo de milho. ............................................... 63 Figura 2. Croqui da área experimental sobre resíduo de soja. .................................................. 63 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Teores médios de N, P e K exportado nos grãos das principais culturas (Comissão da Fertilidade, 2004). ................................................................................................................ 25 Tabela 2. Resumo da análise de variância de equação de regressão e seus parâmetros para a matéria seca total (MST) em aveia branca com os valores médios gerais de produção (RG) sobre resíduo de soja. DEAg/UNIJUI, 2012. ........................................................................... 37 Tabela 3. Resumo da análise de variância de equação de regressão e seus parâmetros para a matéria seca total (MST) em aveia branca com os valores médios gerais de produção (RG) sobre resíduo de milho. DEAg/UNIJUI, 2012. ........................................................................ 41 Tabela 4. Resumo da análise de variância de equação de regressão e seus parâmetros para a densidade de semeadura ideal em aveia branca com os valores médios gerais de produção (RG) estimados. DEAg/UNIJUI, 2012. .................................................................................... 43 Tabela 5. Resumo da análise de variância dos componentes ligados ao desempenho fisiológico e de produção em aveia branca. DEAg/UNIJUI, 2012. ......................................... 44 Tabela 6. Teste de comparação de médias para os parâmetros de rendimento de grãos e biológico nas distintas densidades sobre o resíduo de soja e milho. DEAg/UNIJUI, 2012. .... 46 Tabela 7. Resumo da análise de regressão e dos parâmetros de equação e suas respectivas densidades de semeadura. DEAg/UNIJUI, 2012. .................................................................... 49 Tabela 8. Resumo da análise de regressão e parâmetros da equação sobre o rendimento de palha e índice de colheita. DEAg/UNIJUI, 2012. .................................................................... 50 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11 1 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 13 1.1 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA AVEIA................................................................ 13 1.2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA .................................................................................... 14 1.3 ORIGEM E DOMESTICAÇÃO ..................................................................................... 15 1.4 ASPECTOS ECOLÓGICOS DA CULTURA DE AVEIA ........................................... 16 1.5 ASPECTOS RELACIONADOS À ECOFISIOLOGIA DA CULTURA .................... 17 1.5.1 Germinação .................................................................................................................... 17 1.5.2 Tipo de solo .................................................................................................................... 17 1.6 CARACTERES MORFOLÓGICOS E ESTADIOS FENOLÓGICOS ...................... 18 1.6.1 Estádios fenológicos da cultura .................................................................................... 18 1.6.1.2 Estádios de desenvolvimento reprodutivo .................................................................... 18 1.6.2 Ecofisiologia da planta de aveia.................................................................................... 19 1.6.2.1 Dormência .................................................................................................................... 19 1.6.2.2 Emergência ................................................................................................................... 19 1.6.2.3 Afilhamento (Perfilhamento)........................................................................................ 20 1.6.2.4 Alongamento do colmo ................................................................................................ 21 1.6.2.5 Emergência das inflorescências .................................................................................... 21 1.6.2.6 Fertilização ................................................................................................................... 22 1.6.2.7 Formação de grãos ........................................................................................................ 23 1.6.2.8 Vernalização ................................................................................................................. 23 1.7 TÉCNICAS DE MANEJO RELACIONADAS A PRODUÇÃO ................................. 23 1.7.1 Época de semeadura ...................................................................................................... 23 1.7.2 Densidade de semeadura ............................................................................................... 24 1.7.3 Distribuição das sementes ............................................................................................. 24 1.7.4 Profundidade de semeadura ......................................................................................... 24 1.7.5 Adubação ........................................................................................................................ 25 1.8 COMPONENTES DE RENDIMENTO E SUAS RELAÇÕES EM AVEIA .............. 27 1.8.1 Componentes diretos ..................................................................................................... 27 1.8.2 Componentes indiretos .................................................................................................. 28 1.9 ARRANJO ESPACIAL DE PLANTAS POR UNIDADE DE ÁREA ......................... 28 1.10 SISTEMAS DE SUCESSÃO SOJA E MILHO PARA A CULTURA DA AVEIA .. 30 2 METODOLOGIA .................................................................................................................. 33 2.1 LOCAL .............................................................................................................................. 33 2.2 CLIMA .............................................................................................................................. 33 2.3 SOLO ............................................................................................................................... 33 2.4 HISTÓRICO DA ÁREA .................................................................................................. 33 2.5 ANÁLISE DE SOLOS E SEMENTES ........................................................................... 34 10 2.6 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ..................................... 34 2.7 CARACTERÍSTICAS DOS CULTIVARES ................................................................. 34 2.8 VARIÁVEIS ESTUDADAS ............................................................................................ 35 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 37 CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 54 APÊNDICE .............................................................................................................................. 62 11 INTRODUÇÃO No sul do Brasil, a aveia é cultivada como espécie produtora de grãos e palha para a cobertura de solo, favorecendo a implantação de cultura de verão, apresentando forte importância na sucessão de culturas, principalmente pela produção de massa seca no sistema de semeadura direta para cobertura do solo. Esta espécie é também utilizada no sistema de rotação de culturas sendo de grande importância para redução na incidência de moléstias e de insetos por quebrar o ciclo de desenvolvimento destes organismos. Além disso, é de grande interesse para a alimentação humana e animal, sendo o grão de excelente valor nutricional, se destacando principalmente pela qualidade protéica, porcentagem de lipídios e conteúdo de carboidratos. Também merece grande importância em virtude da alta proporção de polissacarídeos não amiláceos, principais constituintes das fibras alimentares, das quais se destacam as chamadas β-glucanas, responsável pelas principais propriedades hipocolesterolêmicas da aveia. A aveia é uma espécie de clima temperado e subtropical, anual, de hábito ereto, com desenvolvimento uniforme e bom afilhamento. A produção de sementes varia de 900 a 3000 kg ha-1. Apresenta excelente valor nutritivo, podendo atingir até 26% de proteína bruta no início do pastejo, com boa palatabilidade e digestibilidade (60% a 80%). É uma planta atóxica aos animais em qualquer estádio vegetativo. A produtividade varia de 10 t a 30 t de massa verde hectare-1, com 2 a 6 t ha-1 de matéria seca. Adapta-se bem a vários tipos de solo, não tolerando baixa fertilidade, excesso de umidade e temperaturas altas. Responde muito bem à adubação, principalmente com nitrogênio e fósforo, além disto, é uma espécie que suporta o estresse hídrico e a geada. Dentre os fatores de ambiente que afetam o rendimento de grãos, estão a captação da radiação solar fotossinteticamente ativa e a competição por água e nutrientes são fatores que merecem atenção, podendo ser potencializada através da manipulação do arranjo de plantas e das características genéticas de cada cultivar. 12 A densidade de semeadura é um dos fatores importantes a ser considerado na implantação de uma lavoura para que uma população ideal de plantas seja atingida. O manejo da densidade de plantas é uma das práticas culturais mais importantes para determinar o rendimento de grãos, pois o estande afeta a arquitetura das plantas, altera o crescimento e o desenvolvimento, e influencia na produção e partição de fotoassimilados. Daí a necessidade de estabelecer critérios relacionados ao arranjo espacial de plantas (espaçamento entre linhas e de plantas dentro da linha) e suas influências nos caracteres agronômicos. Como a capacidade de tolerar competição entre plantas varia de acordo com a cultivar empregada, diversos trabalhos têm sido realizados para determinar a densidade ótima de plantas com o uso de cultivares de elevado potencial produtivo. Portanto, se referindo aquelas que evidenciam genética superior e exigem adequada tecnologia, que por sua vez, necessitam de melhor ajuste populacional para expressar incremento considerável em qualidade e produção. Outro aspecto importante a ser observado é a capacidade de acumular biomassa, resultado de toda a atividade fisiológica que envolve processos bioquímicos durante todo o ciclo da cultura. Assim, é o fenômeno que se reflete durante todo o desenvolvimento da planta, gerando tecidos e formando estruturas que direcionam em diferentes produções. Conhecer o ajuste entre a densidade populacional de plantas e sua ligação frente a diferentes constituições genéticas e sistemas de cultivo de elevado e reduzida decomposição de palha nos sistema também reforça a necessidade de pesquisas visando ajuste no manejo de plantas. A importância do precedente cultural é a grande influencia sobre a dinâmica dos nutrientes, pelas diferentes constituições químicas dos restos culturais. Visto que, com adições de resíduos culturais no solo provenientes de cultivos anteriores como soja e milho contribuem de maneiras diferentes na constituição da matéria orgânica do solo, com taxas de decomposição distintas. O objetivo do presente estudo foi o de elucidar os aspectos ligados a expressão da produção de biomassa total e daqueles ligados aos parâmetros de produção frente ao ajuste do arranjo de plantas em genótipos elite recomendados para cultivo no sul do Brasil. Assim, buscando abordar os aspectos ligados ao ajuste na densidade de cultivo em aveia branca visando incrementos consideráveis na qualidade de produção sob distintos sistemas de sucessão. 13 1 1.1 REVISÃO DE LITERATURA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA AVEIA A cultura da aveia é uma alternativa técnica e economicamente viável de cultivo no período de outono/inverno/primavera, especialmente no Sul do Brasil. Destina-se a produção de grãos de elevado valor nutricional na formação de pastagens, de forma isolada ou consorciada com outras forrageiras, para a produção de forragem conservada como feno e silagem, e, ainda, como cobertura verde/morta para proteção e melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, dando sustentabilidade ao sistema de semeadura direta. O crescimento da importância econômica desse cereal desafia a pesquisa no que diz respeito ao desenvolvimento permanente de novos cultivares com potencial de rendimento, qualidade industrial e nutritiva superior aos utilizados pelos produtores, e o desenvolvimento de tecnologias de manejo da cultura e de utilização na alimentação humana e animal. O consumo regular de aveia também está relacionado à diminuição da formação das placas de gordura no sangue que levam a doenças cardiovasculares, como arteriosclerose, infarto e derrame, além disso, a aveia é fonte de silício, mineral que reorganiza as fibras de sustentação da pele. E também desde que consumida com moderação e não combinada com alimentos ricos em açúcar, a aveia ajuda a regular as taxas de açúcar no sangue, prevenindo e controlando o diabetes. A aveia ajuda na formação e na eliminação do bolo fecal, reduzindo a incidência do câncer de intestino e do tubo digestivo. A aveia branca (Avena sativa L.) tem viabilidade econômica para a produção de grãos com qualidade nutricional para alimentação humana e animal. No Sul do Brasil, constitui uma lavoura alternativa para o manejo de rotação de culturas utilizadas na estação fria, evidenciando nos últimos anos, um crescimento acentuado na área cultivada, principalmente pelo aproveitamento dos grãos para comercialização e industrialização e por produzir uma ótima qualidade de palha, que proporciona boa cobertura do solo (HARTWIG et al., 2007). Segundo o IBGE (2011) a área ocupada com aveia (Avena sativa L.) em 1976 era de aproximadamente 39,8 mil hectares e na safra 2010/11 existe uma área semeada de 145.281 mil hectares destinada para produção de grãos e a média por hectare estimado para a safra 2010/11 de aproximadamente 2.260 kg.ha-1. Espera-se uma produção total de 328.295 mil toneladas de aveia. A produção mundial de aveia é de 50 milhões de toneladas por ano aproximadamente. Cerca de 78% desse total é destinado à alimentação de animais, e apenas 18% ao consumo humano. 14 Principais países produtores de aveia, (produção em toneladas): Rússia 6.135.000, Canadá 2.838.300, Estados Unidos 1.918.150, Finlândia 1.400.000, Austrália 1.300.000, Alemanha 1.131.000, China 1.050.000, Suécia 990.000, Ucrânia 935.000, Espanha 749.700, Reino Unido 680.000, Argentina 642.360, Romênia 520.000, França 462.000, Chile 344.527, Brasil 348.342, Cazaquistão 253.500, Turquia 250.000, República Checa 150.000, Suíça 117.000, Irlanda 128.000, México 90.000 (FLOSS, 2008). Na América Latina, o Brasil se destaca como o país de maior produção de aveia branca (Avena sativa L.). As condições climáticas do sul do Brasil permitem o cultivo de duas culturas ao ano, onde a aveia tem sido o cereal mais apto a participar do sistema de rotação de culturas, devido as suas propriedades recuperadoras do solo e potencial quebra no ciclo de moléstias. 1.2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA As gramíneas também conhecidas como capins, gramas (português brasileiro) ou relvas (português europeu) são plantas floríferas monocotiledôneas (classe Liliopsida) da família Poaceae. Avena spp. L. (Aveia) é pertencente ao género botânico pertencente á tribo Aveneae, subfamília Pooideae, família Poaceae, ordem Poales, subclasse Commelinidae, classe Lilopsida, divisão Magnoliophyta, superdivisão Spermatophyta, reino plantae, dominio Eukaryota. O gênero é composto por aproximadamente 450 espécies. As espécies de Avena mais cultivadas são Avena sativa (aveia branca) e Avena byzantina (aveia amarela), Avena strigosa (aveia preta), outra espécies com importancia agronomica são A. abyssinica, A. barbata, A. fátua, A. maroccana, A. nuda, A. occidentalis, A. sterilis. A aveia tem o número cromossômico básico 7. Assim as espécies diplóides têm 2n=2x=14, as tetraplóides 2n=4x=28 e as hexaplóides 2n=6x=42, sendo esse ultimo a aveia branca (Avena sativa) cultivada no Brasil (BORÉM, 1999). O grão é uma cariopse, termo utilizado para designar frutos pequenos, secos, indeiscentes, semente única por fruto, com uma fina camada de pericarpo (Rizzi, 2004). Bellido (1990) relata que os nós da aveia são lignificados, contendo regiões meristemáticas a partir das quais se alargam os entrenós e se diferenciam as folhas. Cada nó é um ponto de partida de uma folha. O número de entrenós, nos colmos férteis, varia de 5 a 9, variando de acordo com cada espécies e cultivares. As folhas se dispõem alternadamente em duas filas ao 15 longo do colmo. Cada folha tem duas partes: a bainha, que é a parte inferior que envolve o entrenó e o limbo, que é a parte superior (WHITE, 1995). 1.3 ORIGEM E DOMESTICAÇÃO As aveias cultivadas derivam da Ásia Central, porém a história de seu cultivo é bastante desconhecida, embora pareça que o cereal não têm significado, em tempos recentes como o trigo ou a cevada, uma vez que antes de ser cultivada era considerada uma erva daninha. Os primeiros vestígios arqueológicos foram encontrados no Egito, e era suposto a erva daninha das sementes, porque não há provas de que aveia foi cultivada pelos antigos egípcios. Os restos mais antigos encontrados nas culturas da aveia estão localizados na Europa Central, e são datadas a partir de Idade do Bronze. Introduzida na Europa como invasora do trigo e da cevada, à medida que estas culturas foram se dirigindo para o centro e norte da Europa, para ambientes mais frios, a aveia foi ganhando em competitividade e, finalmente, sendo domesticada como uma cultura alternativa (THOMAS, 1995). Segundo Harlan (1992), a domesticação ocorreu independentemente em cada nível de ploídia, sendo a Avena strigosa Schreb a primeira a ser domesticada, provavelmente na Península Ibérica, onde foi cultivada como produtora de forragem e grãos. A secretaria da agricultura do Rio Grande do Sul, através de estações experimentais, trabalhava com aveia sempre com pequena atenção, uma vez que os principais esforços eram voltados para o trigo. O Instituto Agronômico do Sul (IAS), localizado em Pelotas, realizou trabalhos com a aveia nos anos 50, liberando uma série de variedades com a sigla IAS. No final da década de 60 e inicio da década de 70, a área cultivada com aveia para produção de grãos era insignificante. As principais variedades cultivadas pelos agricultores eram provenientes dos Estados Unidos ou da Argentina e tinham características típicas de plantas forrageiras (BORÉM, 1999). Neste cenário foi iniciado o Programa de Melhoramento Genético de Aveia do Departamento de Plantas de Lavoura da UFRGS, pelo Prof. Fernando Irajá Félix de Carvalho em 1974. Neste ano, o Professor Fernando recebeu as primeiras populações F2 e F3 de aveia do Professor Hazel Lee Shands, da Universidade de Wisconsin (E.U. A), que iniciava um programa de intercambio de germoplasma chamado “Breeding Oats Cultivars Suitable for Production in Developing Countries” que foi financiado nos dois primeiros anos pela Agência de Desenvolvimento Internacional (AID), sob a tutela do governo norte-americano. Este 16 programa teve continuidade até os dias atuais sob o nome “Quaker International Oat Nursery” (QION), iniciado em 1977 e financiado pela empresa Quaker. Desta forma, o germoplasma de aveia branca utilizado no Brasil tem duas fontes de origem bem diferenciadas: uma até o início dos anos 70 e outra, completamente diversa, a partir dos anos 70 (SBMP 2007). A estatura da planta foi outro caráter que sofreu forte pressão de seleção nos programas de melhoramento nas últimas três décadas. Nos trabalhos antigos, há indicação que o acamamento e a suscetibilidade às ferrugens foram os dois principais empecilhos ao alcançe de bons rendimentos de grãos na cultura da aveia. As variedades antigas eram todas muito altas (mais de 150 cm), cresciam demais e acamavam, em anos onde o ambiente favorecia o desenvolvimento da cultura, prejudicando a colheita e a qualidade dos grãos (SBMP 2007). 1.4 ASPECTOS ECOLÓGICOS DA CULTURA DE AVEIA No Sul do País, as temperaturas do ar que ocorrem durante o período em que os cereais se desenvolvem não oferecem grande limitação à cultura. Eventualmente há alguma restrição por efeitos de temperaturas muito elevadas. Tem sido considerado que, para os estados do Sul, as temperaturas médias ideais nos meses de setembro, outubro e início de novembro (pouco antes da floração até a colheita) devem situar-se ao redor de 19 °C para que se obtenham boas produções de grãos. Como os valores mensais são muito variáveis de ano para ano, surgem alguns casos de prejuízos às culturas quando temperaturas muito baixas (geadas) coincidem com a floração e início da formação dos grãos. No outro extremo, em alguns anos ocorrem temperaturas muito elevadas que aceleram o ciclo e causam redução na produção (Mundstock, 1983). A aveia foi considerada por muito tempo como o cereal menos resistente a disponibilidade de água. Aparentemente, esta requer maior quantidade de água para a produção de matéria seca do que os outros cereais à exceção do arroz. O ponto de colheita é aquele em que as sementes atingem teor de água de aproximadamente 15%, a partir do qual deve-se realizar a colheita. Atrasos podem levar a significativas perdas de qualidade e de produtividade (Floss, 1988b). O retardamento da colheita provoca acamamento e quebra do colmo das plantas, com consequentes perdas de panículas, as quais caem no solo e não são recolhidas pela colheitadeira de cereais, reduzindo-se assim a produtividade. Além disso, o atraso da colheita determina a exposição das sementes, por um período mais longo, a agentes patogênicos, que podem provocar redução significativa no peso hectolítrico e escurecimento das sementes, depreciando-as industrialmente (Floss, 1988b; CBPA, 2002). 17 1.5 ASPECTOS RELACIONADOS À ECOFISIOLOGIA DA CULTURA 1.5.1 Germinação A germinação das sementes é a reativação do crescimento ativo do embrião resultando no rompimento do tegumento da semente e na emergência da plântula (Malavasi, 1988). Uma série de fatores intrínsecos e extrínsecos afeta o processo de germinação, cujo conjunto é essencial para que o processo se realize. Cada fator pode atuar por si ou em interação com os demais (Lima e Borges & Rena, 1993). Desta forma, tanto a germinação como o crescimento e estabelecimento da plântula podem ser afetados pela viabilidade, longevidade, dormência e maturidade da semente, além dos fatores ambientais, onde estes influenciam a germinação e são divididos em fatores bióticos e em fatores abióticos como água, oxigênio, temperatura, luz e estrutura do solo. A cultura de aveia preta visa a cobertura de solo para plantio direto e/ou pastejo enquadra-se entre aquelas culturas de colheita no estágio vegetativo ou reprodutivo precoce, situações estas onde são esperados os maiores efeitos do vigor das sementes. O teor mínimo de umidade para iniciar o processo de germinação depende da espécie. Por exemplo, o milho necessita de 30,5%, a soja 50%, o arroz 32 a 35% e a aveia de 32 a 36%. A variação se dá devido à diferença de volume do embrião e do eixo embrionário em relação ao volume total da semente, à permeabilidade da cobertura protetora e à composição química da semente. 1.5.2 Tipo de solo A aveia pode ser cultivada em quase todos os tipos de solo, com preferência àqueles com altos teores de matéria orgânica, permeáveis e bem drenados. Adapta-se a regiões tropicais, temperadas e frias, sendo mais indicada para altitudes de 1000 a 3000 m, podendose obter dois ou mais cortes por ano no caso de aveia forrageira, já no caso de produção de grãos é realizado uma única colheita por ano, dependendo da disponibilidade de água no solo (CROWDER et al., 1967; FLOSS, 1988). 1.5.3 Sistema radicular Na aveia a distribuição das raízes no solo é resultante de uma série de processos complexos e dinâmicos, que incluem as interações entre o ambiente, o solo e as plantas em pleno crescimento. Em linhas gerais, segundo Bohm (1979), estudos sobre crescimento 18 radicular devem ser feitos a partir da avaliação das características das raízes, como massa, comprimento e área, no tempo e no espaço, e em conjunto com os fatores que influenciam a distribuição do sistema radicular, como densidade e porosidade do solo, água e ar disponíveis no solo, nutrientes e pH, dentre outros. 1.6 CARACTERES MORFOLÓGICOS E ESTADIOS FENOLÓGICOS 1.6.1 Estádios fonológicos da cultura Os estádios de desenvolvimento são importantes porque permitem definir as épocas ideais dos tratos culturais, além de permitir sincronia de entendimento do desenvolvimento das plantas entre técnicos e produtores. Na aveia, várias escalas têm sido usadas, no entanto, o referido projeto esta baseado seguindo a proposta de Counce et al., (2000) mostrada abaixo, utilizado para trigo e outras culturas. 1.6.1.1 Estádios de desenvolvimento vegetativo V1 – Colar formado na 1ª folha do colmo principal V2 – Colar formado na 2ª folha do colmo principal V3 – Colar formado na 3ª folha do colmo principal V4 – Colar formado na 4ª folha do colmo principal V5 – Colar formado na 5ª folha do colmo principal V6 – Colar formado na 6ª folha do colmo principal V7 – Colar formado na 7ª folha do colmo principal V8 – Colar formado na 8ª folha do colmo principal V9 (VF-4) –. Colar formado na 9ª folha do colmo principal, faltando 4 folhas para o surgimento da folha bandeira V10 – (VF-3) – Colar formado na 10ª folha do colmo principal, faltando 3 folhas para o surgimento da folha bandeira. V11 – (VF-2) - Colar formado na 11ª folha do colmo principal, faltando 2 folhas para o surgimento da folha bandeira. V12 – (VF-1) - Colar formado na 12ª folha do colmo principal, faltando 1 folha para o surgimento da folha bandeira. V13 – (VF) – Colar formado na folha bandeira. 1.6.1.2 Estádios de desenvolvimento reprodutivo 19 R0 – Iniciação da panícula R1 – Diferenciação da panícula R2 – Formação do colar na folha bandeira R3 – Inserção da panícula R4 – Antese R5 – Elongação do grão R6 – Expansão do grão R7 – Maturidade de um grão da panícula R8 – Maturidade completa da panícula 1.6.2 Ecofisiologia da planta de aveia 1.6.2.1 Dormência Se a dormência é muito curta se houver boas condições para germinação no ambiente da panícula, o grão pode germinar na própria panícula. E para evitar a germinação das sementes ainda na planta-mãe, procura-se prolongar a dormência por um pequeno período após a colheita. Em decorrência da domesticação e do melhoramento a aveia (Avena sativa) apresenta um período de dormência curto quando comparado com outras espécies do mesmo gênero, como a Avena fatua (Adkins & Ross, 1981, Li & Foley, 1996). O comprimento do período de dormência é variável em função da cultivar e das condições de colheita e armazenamento. Geralmente, com o armazenamento em local seco, a dormência logo desaparece. Temperaturas específicas são requeridas, na quebra de dormência, por um considerável número de espécies. De um modo geral, há uma maior exigência por temperaturas baixas. Várias são as alterações que ocorrem no metabolismo da semente sob essa condição, desde modificações na composição de aminoácidos e ácidos orgânicos a alterações na quantidade de enzimas e no balanço hormonal (Mayer & Poljakoff- Mayber, 1989). 1.6.2.2 Emergência Quando a semente é colocada a germinar (não estando dormente) inicia-se uma série de etapas que vão desde a absorção da água até a saída do coleóptilo na superfície do solo. 20 Para que isto ocorra, torna-se necessária a conjugação dos seguintes fatores, em níveis favoráveis: água, temperatura e oxigênio. Todo o processo de germinação (até o aparecimento do coleóptilo na superfície do solo) tem duração de 5 a 14 dias. A temperatura mínima para que isto ocorra é de cerca de 3 a 5,5°C para o trigo, cevada e aveia e de 1°C para o centeio. As temperaturas ótimas variam de 20 a 25ºC (13 a 20°C para o centeio) e as máximas ao redor de 35°C. Quando a temperatura do solo está ao redor do mínimo exigido, o período de germinação até ocorrência da emergência é muito grande, mas na medida em que a temperatura se aproxima da ótima o processo se acelera. Em condições de lavoura, dificilmente tem-se temperaturas acima da ótima, sendo que geralmente estão entre 10 e 15°C. As primeiras estruturas que emergem do embrião são as raízes ou o coleóptilo, dependendo da temperatura. Sob baixas temperaturas as raízes são ativadas em primeiro lugar, em temperaturas mais elevadas o coleóptilo emerge primeiro da semente. Quando as raízes entram em contato com o solo iniciam a absorção de água e nutrientes, passando a suprir parcialmente as necessidades da nova planta, em escala progressivamente maior. Paralelamente, o coleóptilo que já contém a primeira folha em seu interior, alonga-se e rompe a barreira do solo entre a semente e a superfície. Quando ultrapassa a superfície em alguns milímetros paralisa seu crescimento. Em pouco tempo a primeira folha emerge e inicia o processo de fixação de CO2, suprindo progressivamente as necessidades da nova planta (SEMENTES UFSM, 2012). 1.6.2.3 Afilhamento (Perfilhamento) Após a emergência do coleóptilo, há o aparecimento progressivo de diversas folhas. Em paralelo, o tecido meristemático e os primeiros nós da planta (de onde provêm as folhas, raízes e afílhos) são deslocados e posicionam-se logo abaixo da superfície do solo. Em seguida tornam-se visíveis as estruturas laterais chamadas de afílhos, sendo o estádio de desenvolvimento denominado de afilhamento. Todos os cereais de estação fria cultivados no Brasil emitem afílhos, sendo que o número de afílhos emitidos depende da espécie e da variedade dentro de cada espécie. Os fatores ambientais influenciam no afilhamento. Temperaturas baixas permitem que a planta emita um grande número de afílhos. A disponibilidade de água, nutrientes e boas condições físicas do solo favorecem o crescimento geral da planta, refletindo-se na maior 21 produção de afílhos. O fator de maior efeito é o espaçamento entre plantas, pois quando as plantas estão mais afastadas há a emissão de um número maior de afílhos, mas que nem sempre chegam a formar panículas férteis (GAVIRAGHI et al., 2008). Os afílhos são emitidos de forma alternada, de um lado e outro da planta. O primeiro afilho emitido pela planta é o que tem melhores condições de sobreviver. A ordem de aparecimento dos afílhos indica a ordem de sobrevivência. A fase de afilhamento termina quando inicia o alongamento dos entrenós e há a diferenciação da espiga (panícula) no ponto de crescimento. A avaliação do afilhamento de cultivares de aveia pode ser considerado como fundamental no diagnóstico de sistemas de manejo que visam à otimização da produtividade agrícola. A radiação solar é a fonte de energia para a fotossíntese e atua como um fator de ambiente que regula o crescimento e o desenvolvimento das plantas (ALMEIDA et al., 2001). Ao afílhos dos nós mais altos das plantas não são importantes para a produção de grãos. Quando eles se desenvolvem ocorre uma falta de sincronismo nas taxas de acumulação de massa entre o colmo principal e os afílhos dos nós inferiores da planta. O afilhamento dos cereais de estação fria pode ser um caráter importante e desejável para as condições climáticas do sul do Brasil, pois pode influenciar diretamente o rendimento de grãos. O perfilhamento é determinado por: genótipo da planta, balanço hormonal, florescimento, fotoperíodo, temperatura, intensidade luminosa, disponibilidade de nutrientes minerais, água e carboidratos de reserva (CECILIO VIEGA SOARES FILHO, 2007). 1.6.2.4 Alongamento do colmo Terminando o afilhamento, a planta tem um acelerado crescimento dos entrenós (iniciando-se pelos basais) e das bainhas foliares, aumentando a estatura da planta. Paralelamente há o desenvolvimento dos afílhos e das espigas (panículas) da planta mãe. O início desta fase é caracterizado pelo aparecimento externo do primeiro nó na base da planta. Pouco antes de haver a emergência da espiga (panícula), a inflorescência já atingiu grande tamanho e esta envolta na bainha da folha bandeira. Este “entumescimento” característico é chamado de “emborrachamento”. Coincide, nesta etapa, o aparecimento externo da última folha, chamada de folha bandeira (MUNDSTOCK, 2005). 1.6.2.5 Emergência das inflorescências 22 O aparecimento das inflorescências é um dos eventos mais críticos do ciclo da planta. Neste momento, a planta está atingindo sua estatura final, a plena área foliar, o sistema radicular está praticamente formado e está realizando a fecundação dos óvulos. O surgimento das inflorescências não coincide com o florescimento. Em trigo, aveia e centeio a abertura das anteras se processa alguns dias (ao redor de 5 a 7) após a plena emergência das inflorescências. Na aveia o período para que todas as espigas (panículas) de uma planta estejam fecundadas é de 7 a 9 dias. O florescimento, em trigo dá-se primeiro no colmo principal e após, nos afílhos, na mesma ordem de seu aparecimento. Dentro de cada espiga, inicia-se na parte central-superior da espiga e progride para a parte basal e apical. O tempo requerido para que uma espiga realize a fecundação em todas as flores é de 3 a 5 dias. Dentro de cada espigueta a fecundação inicia na flor basal e segue para as superiores, na ordem de seu aparecimento. No centeio o florescimento processa-se em ordem semelhante ao trigo. Na aveia o florescimento inicia no ápice da panícula e segue em direção a base, por um período de 3 a 4 dias, sendo que este período pode estender-se por mais tempo. Em uma mesma planta, todas as panículas florescem em cerca de 10 dias (DELTA-INTKEY, 2012). 1.6.2.6 Fertilização Na aveia e no centeio a meiose coincide com o início da emborrachamento. Nos cereais com alta percentagem de autofecundação, como o trigo e a aveia, o pólen de cada flor cai no respectivo estigma, sendo que alguns podem ser levados pelo vento. Assim, o pólen de uma planta pode fecundar o óvulo de outra. Em média as percentagens de fecundação cruzada são: 1 a 4% para o trigo; 0,5 a 1% para a aveia e 96 a 99% para o centeio. A fertilização em trigo dá-se praticamente durante o dia (80 a 90% das flores). Em 3 a 4 minutos a flor se abre, mas sua abertura depende das condições de temperatura. Temperaturas de 13 a 25°C são favoráveis. A presença de chuvas, dias nublados e frios não favorecem abertura das flores. Na aveia a fertilização ocorre por ocasião da emissão da panícula da folha bandeira. A abertura das flores é reduzida e, quando ocorre dá-se um ou dois dias após a fertilização. O processo de fertilização é o mais crítico no desenvolvimento da planta. As condições ambientais extremas podem prejudicar visivelmente o sucesso da formação dos grãos nas 23 primeiras etapas. As temperaturas muito baixas podem causar esterilidade. As temperaturas elevadas também são muito prejudiciais (4SHARED, 2012). 1.6.2.7 Formação de grãos Compreende o período que vai desde a fertilização do óvulo até a máxima acumulação de matéria seca nos grãos, caracterizando-se pela formação do embrião e deposição de reservas nos grãos. A duração deste período varia em função da espécie. Em trigo, no Rio Grande do Sul, varia de 30 a 50 dias. Para o centeio, temperaturas amenas entre 15 e 20°C no período de formação de grãos são favoráveis, já temperaturas acima de 25°C podem prejudicar o desenvolvimento dos grãos. Em aveia, o período de formação de grãos também é sensível a temperaturas muito elevadas, reduzindo o tempo em que o grão está em formação. 1.6.2.8 Vernalização A vernalização constitui definitivamente um processo de acumulação de baixas temperaturas por parte da planta. Algumas variedades de hábito hibernal necessitam receber, na fase de afilhamento, uma certa quantidade de frio para que possam produzir inflorescências normais. As variedades de trigo com características hibernais bem acentuadas necessitam o maior período de vernalização e, quanto mais intermediárias, menor o período. As variedades cultivadas no Sul do Brasil não necessitam receber período de frio para produzirem espigas normais. Algumas delas reagem a vernalização, alternando o comprimento do período entre a emergência ao florescimento (Castro, 2009). 1.7 TÉCNICAS DE MANEJO RELACIONADAS A PRODUÇÃO 1.7.1 Época de semeadura A época de semeadura indicada conforme Indicações técnicas para a cultura da aveia (RCBPA, 2006) mais adequada para a produção de grãos em cada região é: -Região de Ijuí (RS): 15 de maio a 15 de junho; -Região de Passo Fundo (RS): 15 de maio a 15 de junho; -Região Sul do Paraná: 15 de maio a 15 de julho; 24 -Região Norte e Oeste do Paraná: 15 de março a 15 de maio; -Região de Campos Novos e Lages (SC): 15 de junho a 15 de julho; -Região do Sul de São Paulo: 15 de abril a 30 de maio; -Região do Mato grosso do Sul: 15 de março a 15 de maio. 1.7.2 Densidade de semeadura A quantidade de sementes recomendada é de 200 a 300 sementes viáveis. m-2. Na semeadura tardia e regiões mais quentes, deve ser utilizada a densidade maior, pois é menor o afilhamento, para semeadura a lanço, utilizar 20% a mais de semente. Na produção forrageira e cobertura de solo, utilizar 350-400 sementes viáveis por m-2 para uma cobertura rápida do solo e produção precoce de forragem (Comissão..., 2006). 1.7.3 Distribuição das sementes Esta operação, quando efetuada em linhas, tem como vantagens a distribuição e a profundidade mais uniforme das sementes, bem como melhor cobertura e maior eficiência na utilização dos fertilizantes. Neste caso, devem ser utilizados os espaçamentos de 17 a 20 cm para a produção de grãos, forragem ou adubação verde e cobertura (Comissão..., 2006). 1.7.4 Profundidade de semeadura As sementes de aveia germinam facilmente em profundidades de 2 a 4 cm. Em profundidades maiores, existem riscos de sementes de baixo vigor e com poucas reservas não emergirem, também é maior o tempo para a completa emergência das plântulas e conseqüente redução do índice de afilhamento (Comissão..., 2006). 1.7.4.1 Calagem No caso de sistema de semeadura direta é a utilizada com maior freqüência no sul do pais, as indicações de calagem segundo o ROLAS a cultura da aveia apresenta um melhor desenvolvimento com o pH na faixa de 5,0 e 6,0, a calagem deve seguir as indicações do ROLAS. 25 1.7.5 Adubação A exportação de nutrientes pelas principais culturas está descrito logo abaixo na tabela 1. Onde a aveia branca que é o foco do trabalho esporta 20 kg.t-1 de nitrogênio, cerca de 7 kg.t-1 de fósforo e 5 kg.t-1 de potássio. Tabela 1. Teores médios de N, P e K exportado nos grãos das principais culturas (Comissão da Fertilidade, 2004). Espécie Aveia Branca Feijão Girassol Milho Soja Trigo Nitrogênio 20 50 25 16 60 22 Fósforo kg.t-1 7 10 14 8 14 10 Potássio 5 15 6 6 20 6 Adaptada de Rolas, 2004. 1.7.5.1 Adubação Nitrogenada O N é considerado o principal nutriente para o desenvolvimento da planta (LONGNECKER et al.,1993. Alvim e Botrel, 2001) e, consequentemente, para a promoção de aumentos na produção de grãos elevando a sua qualidade (Alvim et al., 2000). Ressaltando que muitos compostos bioquímicos presentes nas células vegetais possuem nitrogênio. Por exemplo, o N é encontrado nos nucleosídeos fosfato e nos aminoácidos que formam a estrutura dos ácidos nucléicos e das proteínas, respectivamente. Apenas elementos como o oxigênio, carbono e o hidrogênio são mais abundantes nas plantas que o nitrogênio. A maioria dos ecossistemas naturais e agrários apresenta um expressivo ganho na produtividade após serem fertilizados com nitrogênio inorgânico, atestando a importância desse elemento (TAIZ & ZIEGER, 2004). Também é o nutriente que tem maior efeito no crescimento da aveia e que limita a produção de fitomassa. A disponibilidade de N estimula o crescimento e a atividade do sistema radicular, com reflexos positivos na absorção de outros nutrientes e na quantidade de massa seca produzida pela aveia. Porém, se o elemento em questão for escasso neste estádio, os fotoassimilados presentes nos afílhos periféricos são translocados para a planta principal e podem ser abortados. Para rendimentos elevados, a cultura deve ser bem suprida na fase inicial (logo após a emergência) e na fase de elongamento dos entrenós. (Santi et al., 2003). 26 1.7.5.2 Adubação de Fósforo e Potássio O P é o nutriente mais limitante da produtividade de biomassa em plantas cultivadas em solos tropicais (Novais e Smyth, 1999). Um dos maiores problemas no estabelecimento e na manutenção de pastagens em solos tropicais ocorre devido ao teor muito baixo de P disponível (Lobato et al., 1986; Bull et al., 1998). Em solos tropicais, o P aplicado é rapidamente adsorvido em óxidos de Fe e Al, o que explica a baixa eficiência da adubação fosfatada (Holford, 1997). Embora o P seja o macronutriente menos extraído pela aveia preta (Primavesi et al., 1999), a quantidade extraída pela cultura é baixa, comparada aos demais macronutrientes [33 kg ha-1 em culturas com produção de massa seca maior que 10 t ha-1 Borkert et al., (2003)]. Entretanto esse nutriente exerce um papel vital no metabolismo dos vegetais. Desse modo, o P desempenha nas plantas diversas funções como induzir a formação de um sistema radicular mais longo e com raízes mais finas, que seriam mais eficientes na absorção de nutrientes do solo (Vilela e Anghinoni, 1984). Desempenha função estrutural, faz parte de compostos orgânicos como o ATP, aminoácidos, constitui enzimas, participa de diversos processos metabólicos, especialmente no processo de transferência e de armazenamento de energia (Malavolta et al., 1997). TAIZ & ZIEGER, 2004, o fosfato (HPO42-) na solução do solo é rapidamente absorvido pelas raízes da planta por intermédio de um transportador de H+-HPO42- do tipo simporte e incorporado em uma variedade de compostos orgânicos, incluindo açucares fosfatos, fosfolipídios e nucleotídeos. O principal ponto de entrada na via de assimilação ocorre durante a formação de ATP, a molécula de energia da célula. 1.7.6 Colheita A colheita deve ser realizada o mais rapidamente possível quando os grãos tiverem atingido a umidade aproximada de 15% para a aveia a maior dos cereais cultivados. O atraso na colheita determina a ação de fatores adversos, com prejuízos tanto no rendimento quantitativo como qualitativo, ou seja, ocorre acamamento e quebra do colmo das plantas, com consequentes perdas de panículas que caem ao solo e não é recolhido pelas colhedoras, o que reflete negativamente no rendimento; A colhedora precisa ser bem regulada em função do teor de umidade do grão. Semente muito seca quebra ou pode perder a casca, o que determina redução valor comercial; pois, o descascamento ativa a enzima lipase, que causa a rancificação (acidez) do produto. 27 1.8 COMPONENTES DE RENDIMENTO E SUAS RELAÇÕES EM AVEIA Os componentes individuais de rendimento se formam sucessivamente ao longo do período de crescimento. Inicialmente um determinado número de plantas é estabelecido por unidade de área e a partir destas um número de colmos são produzidos. A formação de colmos pelo afilhamento finaliza a transição da fase de crescimento vegetativo ao reprodutivo. Na gema terminal se diferenciam os primórdios de espiguetas, dentro das quais se diferenciam por sua vez os primórdios florais, onde se desenvolvem os ovários e estames. Deste modo o número definitivo de grãos por panícula é determinado (BELLIDO, 1991). No desenvolvimento de cereais, durante o crescimento ou a diferenciação, ocorrem alterações nos órgãos vegetativos e reprodutivos, bem como processos fisiológicos, que determinam a quantidade de biomassa produzida, sua distribuição, e especialmente, a acumulação nos grãos, o produto econômico (RIZZI, 2004). A existência de caracteres correlacionados com o rendimento de grão em aveia poderá ser de grande utilidade para os mecanismos de seleção empregados pelos melhoristas na obtenção de plantas superiores. Além disto, o entendimento sobre o grau de relação genética entre o desempenho de uma planta e sua progênie, estimado através da herdabilidade, faz-se necessário, principalmente, quando o melhorista deseja obter progresso com a seleção artificial (AMARAL et al., 1996). A qualidade do grão de aveia para a comercialização tem sido relacionada com o tamanho do grão e o peso do hectolitro; caracteres estes relacionados com a quantidade de farinha através da relação peso/volume e do peso da cariopse. Muitos autores como BARBOSA NETO et al., (1996) e FLOSS et al., (1996) têm relatado, através de seus estudos, valores expressivos da relação entre estes componentes do rendimento qualitativo do grão de aveia. 1.8.1 Componentes diretos O afilhamento em aveia e em outros cereais de inverno é uma característica morfológica em que gemas auxiliares são formadas na base de cada primórdio foliar, as quais podem se desenvolver até produzir afílhos férteis ou não. A sobrevivência de afílhos é determinada pela sua taxa de desenvolvimento em relação ao colmo principal. Assim, o período de tempo compreendido entre a emissão de duas folhas sucessivas deve ser similar no colmo principal e nos afílhos para que essas estruturas possam sobreviver e produzir grãos (MASLE, 1985). O afilhamento de cereais de estação fria pode ser um caráter importante e desejável sob as condições climáticas do sul do Brasil, principalmente por representar um dos 28 componentes diretos do rendimento e que pode maximizar o incremento de produtividade de grãos. O nitrogênio dentre os nutrientes minerais, quando em doses não limitantes, aumenta a duração do período de afilhamento, o número máximo de afílhos e sua sobrevivência (LONGNECKER, et al., 1993). 1.8.2 Componentes indiretos Alto peso de grão, casca fina e pouco peso, são fatores de grande responsabilidade na obtenção de plantas com grãos superiores em qualidade de aveia para uso industrial. Portanto, o conhecimento sobre a correlação entre os caracteres peso de grão, peso de casca, e peso de cariopse são aspectos importantíssimos para o melhorista de aveia identificar genótipos que produzam grãos pesados com casca fina (lema e pálea), resultando em cariopse de grande tamanho e peso, de acordo com os interesses dos produtores rurais e industriais. Para Petr et al., (1988), o número de grãos por panícula é em função do número de espiguetas por panículas e do número de flores férteis por espigueta, que depende do: potencial genético do cultivar para formação da panícula, espiguetas e flores; condições climáticas na antese e na fecundação; tamanho e atividade do aparato fotossintético durante a formação da panícula, espigueta e flores e capacidade de transferir assimilados á panículas; competição entre plantas individuais e ocorrência e grau de infestação e de danos por enfermidades e pragas. Também, o peso de mil grãos depende de: tamanho e duração da atividade funcional do aparato fotossintético da parte superior da planta; capacidade de transferência de fotoassimilados ao grão; duração do estádio de formação do grão; condições climáticas e nutricionais durante o enchimento de grãos e ocorrência de enfermidades (PETR et al., 1988). Os caracteres indicadores da qualidade do grão como percentual de cariopse, peso do hectolitro, tamanho do grão, e principalmente proteínas e fibras solúveis (β-glucana), tem recebido maior atenção pelos melhoristas de aveia (KUREK et al., 2002). Resultados obtidos por CAIERÃO et al., (2001) demonstraram que as variáveis primárias, número de grãos panícula (NGP), peso de panícula (PP) e peso de mil grãos (PMG), apresentaram tendência a associações positivas com o rendimento de grãos, ao passo que as secundárias, dias da emergência à maturação (DEM) e dias da emergência à floração (DEF), caracterizaram-se por tendência negativa. 1.9 ARRANJO ESPACIAL DE PLANTAS POR UNIDADE DE ÁREA 29 A população de plantas é diferente de alguns fatores (potencial genético, radiação solar, disponibilidade de água e nutrientes, incidência de pragas, doenças e plantas daninhas), pode implicar no desempenho da cultura da aveia destinada para a produção de grãos (ABREU, 2001). ALMEIDA et al., (2000) consideram que o contínuo melhoramento genético da cultura da aveia tem modificado, significativamente, a arquitetura de planta através de redução na estatura e na área foliar, entre outras características. E também a influência da densidade sobre características agronômicas, associado com o lançamento de cultivares com maior potencial de rendimento, reafirma a relevância deste tema como um foco de investigação prioritário. Isto é particularmente importante para o cultivo de aveia, onde programas de melhoramento genético têm colocado grande esforço no desenvolvimento de cultivares mais produtivas, capazes de explorar melhor o ambiente disponível (Thomé et al., 2001). Essas mudanças podem alterar a resposta dos cultivares à população de plantas e, portanto, serem necessárias recomendações particulares para cada grupo de cultivar. MUNDSTOCK & GALLI (1994) salientam que a competição de plantas de aveia tem efeitos diretos sobre o crescimento e desenvolvimento e pode afetar o potencial de rendimento da cultura. A população de plantas, em função de alguns fatores (potencial genético, radiação solar, disponibilidade de água e nutrientes, incidência de pragas, doenças e plantas daninhas), pode implicar no desempenho da cultura da aveia destinada para a produção de grãos (ABREU, 2001). No Brasil, DARTORA & FLOSS (2002b), não encontraram interação significativa entre densidade de plantas e doses de N em cobertura no rendimento de grãos e estimaram maiores valores na densidade de 127 plantas m-2, independente do cultivar e da dose de N em cobertura, com equação linear inversamente proporcional ás doses, com maior rendimento de grãos na dose de 30 kg ha-1. FONTOURA & MORAES (2002) observaram o efeito da densidade de semeadura, com maior rendimento de grãos nas densidades 200, 300 e 400 plantas m-2. Conforme Ceccon et al., (2004), em caso de redução da densidade inicial de plantas, a produtividade esperada pode ser alcançada com maior dose de N em cobertura, desde que seja aplicado o mais cedo possível e em condições de umidade e temperatura favoráveis. Com a população de plantas recomendada, o rendimento esperado pode ser superado com a adubação em cobertura. 30 Dessa forma, constata-se que pode existir diferença de comportamento entre as cultivares para população de plantas, sendo assim necessária a determinação da população específica em função do cultivar considerado. Provavelmente em determinados cultivares, maior população de plantas favoreça algumas características da cultura podendo influenciar, inclusive, o rendimento de grãos. Em outros, a redução na população de plantas poderia não influenciar, significativamente, o desempenho a campo possibilitando a redução na quantidade de sementes em cultivo comercial. Isso pode representar uma considerável economia em médias e grandes propriedades, considerando que a lavoura de aveia branca oferece rentabilidade inferior às lavouras de verão (ABREU, 2001). 1.10 SISTEMAS DE SUCESSÃO SOJA E MILHO PARA A CULTURA DA AVEIA A liberação dos nutrientes depende do elemento, e poderá ser rápida e intensa (ROSOLEM et al., 2003), ou lenta e gradual (PAULETTI, 1999), dependendo, dentre vários fatores, da interação entre a espécie utilizada, o manejo da fitomassa, época de semeadura e de corte, umidade (regime de chuvas), aeração, temperatura, atividade macro e microbiológica, composição química da palha, relação C/N e tipo de solo (OLIVEIRA et al., 1999; BORTOLINI et al., 2000; ALCÂNTARA et al., 2000; OLIVEIRA et al., 2002; PRIMAVESI et al., 2002). São relativamente recentes os estudos da influência dos resíduos culturais deixados na superfície do solo sobre o rendimento de culturas cultivadas em sucessão. Embora grande quantidade de N possa existir na parte aérea das culturas de cobertura, a quantidade real de N que será aproveitada pela cultura em sucessão irá depender do sincronismo entre a decomposição da biomassa e a taxa de demanda da cultura. Sendo que os melhores indicadores da qualidade de uma planta de cobertura são a porcentagem de cobertura do solo, no transcorrer do desenvolvimento, a persistência do resíduo sobre o solo e a capacidade de reciclar nutrientes, notadamente a mobilização de elementos lixiviados ou pouco solúveis, liberando-os gradativamente para a cultura subsequente (Crusciol et al., 2008, p. 482). A disponibilidade do nitrogênio no solo está vinculada, entre outros fatores, à relação carbono/nitrogênio (C/N) dos resíduos culturais, principalmente no sistema de plantio direto, onde os mesmos permanecem na superfície do solo. Nessas condições pode ocorrer deficiência de N para as culturas, quando cultivadas sobre resíduos com alta relação C/N, devido a imobilização do N pelos microrganismos do solo. O fornecimento de N as plantas de aveia é de grande importância nos períodos em que o potencial de rendimento está sendo estabelecido. Os componentes 31 do rendimento como o número de panículas por área e o número de grãos por panícula, sofrem forte influência pela variação do momento em que o N é fornecido (BRAZ et al., 2006). O N, por ser absorvido em grande quantidade pela aveia, comumente não é suprido na quantidade necessária e no estádio fisiológico requerido. O suprimento adequado do N no sistema de semeadura direta (SSD) é mais complexo do que no sistema convencional de cultivo (SCC). A razão para isso está relacionada com a quantidade e qualidade de resíduos da cultura anterior remanescente sobre o solo, podendo disponibilizar ou imobilizar N para a cultura subsequente, outra razão está ligada à agregação de nitrogênio ao solo, o nitrogênio fixado biologicamente, durante a decomposição de resíduos, pode reduzir a necessidade de fertilizante nitrogenado para um cultivo subsequente (RANELLS & WAGGER, 1996). O suprimento do N para as culturas não leguminosas tem importância econômica e ambiental muito significativa, pela alta resposta à aplicação e facilidade de perda, ocasionando contaminação ambiental (WENDLING et al., 2007). As inúmeras espécies de plantas de cobertura proporcionam efeito residual variável, sugerindo assim que sejam usadas aquelas com maior potencialidade em relação ao aumento da produtividade das culturas econômicas em sucessão (MONEGAT, 1991). Uma vez que o conhecimento do tempo de permanência dos resíduos vegetais e a dinâmica de liberação dos nutrientes são de suma importância, uma vez que o sucesso do plantio direto depende da manutenção de sistemas capazes de gerar quantidades de matéria seca suficientes para manter o solo coberto durante todo o ano (KLIEMANN et al., 2006). A produção de biomassa é uma característica reconhecida das leguminosas utilizadas como adubo verde, entretanto, existe uma grande variação destas produções conforme as condições nas quais essas leguminosas crescem (ALVARENGA et al., 1995). O estudo de leguminosas forrageiras no Brasil encontra-se relegado a um plano secundário, quando comparado ao das gramíneas, impedindo a obtenção de leguminosas que possam competir favoravelmente, quando cultivadas em solos tropicais de baixa fertilidade (RODRIGUES et al., 1993). A melhor performance apresentada pelas gramíneas, em relação às leguminosas, está ligada, entre outros aspectos, ao desenvolvimento inicial mais rápido o que se associa a uma melhor adaptação as condições edafoclimáticas adversas (GOMES et al., 1997). O trigo tem apresentado resposta significativa à aplicação de N (Goepfert et al., 1974). Em média, exporta em torno de 22 kg ha-1 de N (CFSRS/SC, 2004) por tonelada de grãos retirados da lavoura. Para que não ocorra redução do estoque de N no solo, é 32 importante que essa quantidade seja reposta em alguma fase do sistema produtivo, o que pode acontecer na aveia. 33 2 METODOLOGIA 2.1 LOCAL O experimento foi conduzido em condições de campo, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), localizado no Município de Augusto Pestana – RS, durante ano agrícola de 2011. O IRDeR está situado a 280 26’ 30” de latitude sul e 540 00’ 58” de longitude oeste no Meridiano de Greenwich e apresenta altitude de aproximadamente 400 metros. 2.2 CLIMA O clima da região segundo a classificação de Köppen é cfa, ou seja, um clima subtropical úmido, com verão quente sem estiagem típica e prolongada. Os meses de janeiro e fevereiro são os meses mais quentes do ano, com temperatura superior a 220 C, enquanto que em junho e julho são os meses mais frios do ano, com temperatura inferior a 30 C. As observações meteorológicas registradas na estação experimental do IRDeR, registram precipitações pluviométricas de aproximadamente 1600 mm ano-1, com tendência de maiores precipitações na estação do outono-inverno. Os dados de precipitação pluviométrica durante o período de realização do experimento serão obtidos na estação meteorológicas do IRDeR. 2.3 SOLO O solo da área experimental classificado como Latossolo Vermelho Típico, originário do basalto da formação da Serra Geral, caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, textura argilosa com predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio. 2.4 HISTÓRICO DA ÁREA Na área experimental situada no IRDeR, o sistema de semeadura direta na palha vem sendo adotada a 15 anos. A referida área apresenta como características gerais uma boa estrutura e drenagem, tendo como cultura antecedente ao plantio da aveia parte coberta com restos culturais de soja e a outra parte coberta com a palhada de milho, onde a palhada de soja esta localizada a direita da estrada e a esquerda coberta com os restos culturais da cultura do milho, onde esta mencionada anteriormente é que da acesso a área experimental do IRDeR. 34 2.5 ANÁLISE DE SOLOS E SEMENTES Foi realizada a análise química de solos, com objetivo de verificar as condições de fertilidade do solo no local de implantação da cultura. A coleta da amostra de solo foi procedida com coleta de sub-amostras numa profundidade de 0 - 10 cm. Estas sub-amostras foram retiradas com ajuda de um trado holandês e obtidas através de caminhamento em zigzag na área experimental. A análise de sementes foi realizada com o objetivo de verificar as condições de germinação, vigor e sanidade do lote de sementes utilizado no experimento, onde os valores de germinação e vigor deram 85% e 90%, respectivamente. Com um acréscimo de 15% em cada densidade para compensar a diferença de germinação e vigor. 2.6 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS O estudo foi desenvolvido com dois experimentos de dimensões de 8 x 20m cada, totalizando 160 m². Sendo cada parcela composta de 4 x 5m e sub-parcelas de 1 x 5m. O experimento foi disposto na forma de blocos casualizados com quatro repetições de arranjo fatorial simples (2 x 4), constituído de dois experimentos. Os experimentos foram divididos pelo tipo de cultura antecessora, em que no experimento I a aveia semeada sobre restos culturais da soja e no experimento II, a aveia semeada sobre restos culturais de milho. Parcelas representam cultivares Brisasul e URS-Taura, tendo como sub-parcelas, as densidades de cultivo (100, 300, 600 e 900 sementes viáveis por m-2). O ajuste de plantas por metro linear no experimento para as distintas densidades em m-2 foi de: 100 (23 sementes.m-1), 300 (69 sementes.m-1), 600 (138 sementes.m-1) e 900 (207 sementes.m-1). O espaçamento utilizado foi de 20 cm (0,20 m) entre linhas. As análises estatísticas realizadas foram análise de variância, teste de médias e regressões polinomiais com a ajuda do software GENES (CRUZ, 2001). 2.7 CARACTERÍSTICAS DOS CULTIVARES 2.7.1 URS-Taura Obtentor: UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul Classe comercial: Branca indústria Região de adaptação: Região Sul e SP Estatura: Alta Fertilidade do Solo: Média/Alta Nitrogênio de cobertura: 80 a 100 kg ha-1 35 Densidade de semeadura: 400 sementes m-2 PMS (Peso de mil sementes g-1): 29 Floração (dias): 79 Maturação (dias): 116 Ferrugem da Folha: Resistente Ferrugem do Colmo: Suscetível 2.7.2 UFPel-Brisasul Obtentor: UFPel (Universidade Federal de Pelotas) Classe comercial: Branca indústria Região de adaptação: Região Sul e SP Estatura: Baixa Fertilidade do Solo: Média/Alta Nitrogênio de cobertura: 80 a 100 kg ha-1 Densidade de semeadura: 300 sementes m-2 PMS (Peso de mil sementes g-1): 29 Floração (dias): 79 Maturação (dias): 120 Ferrugem da Folha: Moderadamente resistente Ferrugem do Colmo: Moderadamente resistente 2.8 VARIÁVEIS ESTUDADAS 2.8.1 Rendimento de grãos (RG) Para estimar o rendimento de grãos foram colhidas as três linhas centrais de cada parcela identificada e trilhadas individualmente. O valor real foi ajustado para a unidade kg.ha-¹. 2.8.2 Rendimento Biológico (RB) É toda a massa vegetal produzida pela planta que se encontra acima do solo. Portanto, neste estudo foi estimada através de cortes periódicos de 30 em 30 dias em cada uma das linhas, coletando 4 sub-amostras ao longo da linha. Após coleta, a amostra foi pesada para obtenção da massa verde e após submetida em estufa de ar forçado a 65o C por 36 três dias para estimativa da matéria seca total. Assim, a partir, deste procedimento foi possível avaliar o acúmulo de carbono acumulado nos intervalos estabelecidos. 2.8.3 Rendimento de palha (RP) Obtido através peso seco das plantas trilhadas. É o resultado da subtração do rendimento de grãos pelo rendimento biológico expresso em kg ha-1. 2.8.4 Índice de colheita (IC) O índice de colheita é a relação do rendimento do grão com o rendimento biológico. Foi determinado através da razão entre a produção econômica e a produção biológica da planta (RG/RB). 2.8.5 Massa de mil grãos (MMG) Estimada através da massa de 250 grãos multiplicado por 4, para compor o peso de 1000 grãos em gramas (g). Estes foram retirados aleatoriamente da massa total da parcela, contados e pesados com balança de precisão. 37 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na tabela 2, se percebe que ao longo dos cortes (quatro cortes) em intervalos de 30 em 30 dias o comportamento das cultivares URS Taura e Brisasul nas diferentes densidades de cultivo testados mostrou tendência linear pela significância do quadrado médio de grau um e com parâmetro de inclinação da reta (bix) também significativo. Tabela 2. Resumo da análise de variância de equação de regressão e seus parâmetros para a matéria seca total (MST) em aveia branca com os valores médios gerais de produção (RG) sobre resíduo de soja. DEAg/UNIJUI, 2012. Cultivar Taura Taura Taura Taura Densidade Fonte de Quadrado Equação (sem m-2) Variação Médio (MST) MST=a± bx±cx2 L 75598272* 1729+64,81x ns 100 Q 2327150 Erro 390077 L 73331095* 1308+63,83x 300 Q 1496340ns Erro 595049 L 104098000* 1425+76,05x 600 Q 7821810ns Erro 191806 L 112205319* 1282+78,95x ns 900 Q 7579009 Erro L Brisasul 100 Q Erro L Brisasul 300 Q Erro L Brisasul 600 Q Erro L Brisasul 900 Q Erro 309278 64200194* 4734975ns 756487 91314011* 2737370ns 376477 90134088* 5982916ns 162360 136492735* 16557507ns 834873 1141+59,72x 1760+71,23x 1398+70,76x 1550+90,14x - 0,93 0,95 P (bix) * * 0,89 * 3907,6 a 0,90 * 3667,8 a 0,93 0,95 0,91 0,70 - * * * * - 2222,7 c R2 RG (kg ha-1) 2812,5 b 3003,0 a 3267,8 a 3577,3 a 2779,7 b sem m-2= sementes por metro quadrado; MST= matéria seca total; R2= coeficiente de determinação; P (bix)= parâmetro que mede a significância da reta; RG= rendimento de grãos; L= equação linear; Q= equação quadrática. Cabe ressaltar que o coeficiente de determinação das diferentes equações obtidas mostrou que na grande maioria dos casos os pontos reais estão em mais de 90% representados 38 próximos a reta, o que potencializa a confiabilidade dos dados. Para a cultivar Taura as equações que expressam o comportamento de produção estão assim representados nas seguintes densidades sobre resíduo de soja: 100 (1729+64,81x), 300 (1308+63,83x), 600 (1425+76,05x) e 900 (1282+78,95x). Portanto, a maior média geral no acúmulo de matéria seca total produzida (MST= a) foi na densidade de 100 sementes por m-2 com 1729 kg de MST ha-1. Por outro lado, os pontos 300 e 600 sementes por m-2 mostraram certa similaridade de 1308 e 1425 kg ha-1 de MST, respectivamente. Já, a cultivar Taura na densidade mais elevada mostrou média de acúmulo mais reduzido para esta variável (1282 kg ha-1), possivelmente já indicando os reflexos da forte competição intraespecífica neste ponto, trazendo prejuízos no crescimento e produção de folhas e colmos adequados para esta cultivar. Nas maiores populações de plantas de aveia branca a competição intraespecífica se acentua reduzindo o afilhamento e a biomassa por planta. A variação do grau de competição entre plantas de aveia provoca uma adaptação morfológica devido à ocorrência de maior ou menor disponibilidade de espaço entre as mesmas, com variável oferta de luz, água e nutrientes (ROSSETTO & NAKAGAWA, 2000). Por outro lado, estudos realizados por Souto et al., (1992) observaram que espaçamentos e densidades populacionais não interferiram significativamente na distribuição do sistema radicular e no peso da matéria seca da parte aérea de plantas de aveia branca numa amplitude de 100 a 300 sementes m-2. Na análise da taxa diária de produção de MST se percebe que a cada um dia do ciclo da cultura há a produção de massa conforme as seguintes densidades de sementes testadas por m-2: 100 (64,81 kg ha-1 dia-1), 300 (63,83 kg ha-1 dia-1), 600 (76,05 kg ha-1 dia-1) e 900 (78,95 kg ha-1 dia-1). Estes resultados evidenciam que a maior taxa de produção de carbono acumulado se refletiu nas duas maiores densidades de cultivo. Na análise da cultivar Brisasul sobre resíduo de soja, as equações que representam o acúmulo de MST em kg ha-1 está representado conforme as seguintes densidades de sementes por m-2: 100 (1141+59,72x), 300 (1760+71,23x), 600 (1398+70,76x) e 900 (1550+90,14x). Portanto, se percebe o maior acúmulo de MST no ponto de 300 sementes por m-2 com 1760 kg ha-1. No entanto, diferentemente do observado para a cultivar Taura, a Brisasul mostrou produção média de MST mais reduzida na menor densidade de semeadura (100 sementes por m-2) com valor médio estimado de 1141 kg ha-1. Na análise da taxa diária de energia produzida para o acúmulo de biomassa se percebe diferenças genéticas de eficiência de produção de matéria entre as duas cultivares, a tal ponto que, nas mesmas condições estabelecidas a taxa diária produzida em kg ha-1 foram as seguintes, conforme as densidades de sementes por m-2: 100 (59,72 kg ha-1 dia-1), 300 (71,23 kg ha-1 dia-1), 600 (70,76 kg ha-1 39 dia-1) e 900 (90,14 kg ha-1 dia-1). Cabe argumentar que estes resultados podem mostrar possíveis alterações que se dão pelas diferenças do ambiente de cultivo, reflexos de condições climáticas, particularidades de condição de solo, de épocas de semeadura e das distintas constituições genéticas estudadas. ABREU et al., (2006) estudando cultivares de aveia branca também observou aumentos lineares na produção de biomassa conforme aumento da população de plantas. Cabe ressaltar, que segundo estes autores, também observaram maior produção de biomassa nas maiores populações de plantas estudadas. FLECK, et al., (2009) consideram que em etapas precoces de desenvolvimento das plantas as altas populações de plantas favorecem a rápida cobertura do solo, com benefícios expressos na redução da infestação por plantas daninhas. A rápida cobertura do solo pode ser favorecida pela qualidade da semente (ABREU, 2001). SCHUCH et al., (2000a) consideram que a acumulação de matéria seca pode ser potencialmente afetada pela taxa e uniformidade de emergência, emergência total e estabelecimento de estandes, fatores estes diretamente relacionados ao vigor das sementes. Em estudos realizados com a cultivar de aveia branca UPF 18 de ciclo tardio as reduzidas populações de plantas resultaram efeito altamente significativo sobre a biomassa total, fato atribuído ao maior afilhamento nas menores populações de plantas (ABREU, 2001). A variação do grau de competição entre plantas de aveia provoca uma adaptação morfológica devido à ocorrência de maior ou menor disponibilidade de espaço entre as mesmas, com variável oferta de luz, água e nutrientes por planta (GALLI & MUNDSTOCK, 1996). Segundo MASLE, 2005 a formação de afílhos é um processo de desenvolvimento de gemas a partir da terceira folha expandida, e após deste estádio, a cada folha expandida pode corresponder a emissão de um novo afilho. Nas maiores populações de plantas de aveia branca a competição intraespecífica se acentua reduzindo o afilhamento e a biomassa por planta. Isso indica que os aumentos lineares observados na biomassa por área devem-se ao aumento no número de plantas. As épocas de semeadura e o ciclo das cultivares também resultaram efeito altamente significativo sobre a produção de biomassa por planta, interagindo com a população e biomassa total de plantas (ABREU, 2001; ABREU et al., 2002). Segundo ABREU et al., (2003) a capacidade de afilhamento da aveia branca é maior em baixas populações de plantas, produzindo mais panículas por área e estas com maior número de grãos, indicando a viabilidade da utilização de 200 sementes aptas m-2. Numa análise geral, envolvendo os valores médios de produção de grãos com a produção de biomassa obtida (Tabela 2) se percebe que os maiores rendimentos foram encontrados nos pontos 300 e 600 sementes por m-2 na cultivar Taura, com 3907, 6 kg ha-1 e 40 3667,8 kg ha-1, respectivamente (classe a). Fato curioso foi o observado para a cultivar Brisasul em que o rendimento médio de produção de grãos nos pontos 100, 300 e 600 plantas por m-2 não mostrou alteração nesta variável. Além disso, este comportamento reflete a maior capacidade competitiva desta cultivar a ponto que em densidades reduzidas ela consegue manter a estabilidade de produção, possivelmente pela maior capacidade de produção de afílhos férteis. De acordo com OZTURK et al., (2006) o efeito da competição entre plantas é determinante na produção de afílhos, com implicações diretas no rendimento de grãos e seus componentes. Estudos feitos por este autor mostraram que muitas constituições genéticas responderam de maneira diferenciada à densidade de semeadura, principalmente, quanto ao potencial de emissão, desenvolvimento e/ou sobrevivência de afílhos, o que pode ser diretamente relacionado com a produtividade final na cultura do trigo. Neste contexto, estudos realizados por VALÉRIO et al., (2008) em trigo, observaram que genótipos com reduzido potencial de afilhamento são mais dependentes da densidade de semeadura. Desta forma, a identificação do número ideal de indivíduos por unidade de área, bem como qual densidade é mais estável e responsiva a melhoria da qualidade do ambiente, pode determinar o máximo rendimento de grãos, com o balanço ideal dos componentes do rendimento, sem o risco de ter excesso ou falta de plantas por área de produção (VALÉRIO et al., 2008). Na tabela 3, do resumo da análise da fonte variação de regressão da produção de matéria seca em aveia sobre resíduo de milho como cobertura de solo, todas as equações testadas mostraram significância de quadrado médio para grau um e com o parâmetro de equação (bix) também significativo. Portanto, a inclinação da reta foi efetiva sobre esta variável na produção de matéria seca total (MST) ao longo dos cortes em cada densidade de cultivo nos genótipos URS Taura e Brisasul. Tal fato reporta que as equações que expressam o comportamento da cultivar Taura nas distintas densidades estão assim representadas: 100 (2146+68,57x), 300 (2301+67,70x), 600 (2747+98,75x) e 900 (2270+77,32x). O maior valor observado para a média geral do acúmulo de MST produzida foi na densidade de 600 sementes por m-2 com 2747 kg de MST por ha-1. Por outro lado, as densidades de 100, 300 e 900 sementes por m-2 mostraram valores próximos entre si de produção de biomassa, com 2146, 2301 e 2270 kg ha-1 de MST produzida, respectivamente. Para a análise da taxa diária de acúmulo de biomassa nota-se que a cada um dia em kg ha-1, há a produção de MST conforme as densidades testadas de sementes por m-2: 100 (68,57 kg ha-1 dia-1), 300 (67,70 kg ha-1 dia-1), 600 (98,75 kg ha-1 dia-1) e 900 (77,32 kg ha-1 dia-1). Ratifica-se as fortes contribuições sobre a taxa de acúmulo de MST por dia a densidade de 600 sementes por m-2 para esta cultivar sobre resíduo de milho. 41 Tabela 3. Resumo da análise de variância de equação de regressão e seus parâmetros para a matéria seca total (MST) em aveia branca com os valores médios gerais de produção (RG) sobre resíduo de milho. DEAg/UNIJUI, 2012. Cultivar Taura Taura Taura Taura Brisasul Brisasul Brisasul Brisasul Densidade Fonte de Quadrado Equação -2 (sem m ) Variação Médio (MST) MST=a± bx±cx2 L 84635265* 2146+68,57x 100 Q 338433ns Erro 1096982 82501251* 2301+67,70x L ns 1548158 300 Q 710235 Erro 175534050* 2747+98,75x L ns 600 2156492 Q 1272803 Erro 107599285* 2270+77,32x L ns 900 464101 Q 1600401 Erro 53120071* 1830+54,32x L ns 100 93177 Q 448167 Erro 71561119* 1689+63,05x L ns 300 85410 Q 343077 Erro 57718428* 1251+56,63x L ns 600 978121 Q 1083160 Erro 73904745* 1781+64,07x L ns 900 646415 Q 47925 Erro R2 0,92 0,97 0,92 0,93 0,95 0,91 0,92 0,93 - P (bix) * * * * * * * * - RG (kg ha-1) 2056,7 c 2764,0 b 3284,0 a 3127,8 a 2080,4 c 2811,1 a 2959,3 a 2437,5 b sem m-2= sementes por metro quadrado; MST= matéria seca total; R2= coeficiente de determinação; P (bix)= parâmetro que mede a significância da reta; RG= rendimento de grãos; L= equação linear; Q= equação quadrática. Na análise da cultivar Brisasul, as equações que explicam a produção de biomassa total em kg ha-1 nas diferentes densidades são: 100 (1830+54,32x), 300 (1689+63,05x), 600 (1251+66,63x) e 900 (1781+64,07x). Percebe-se comportamento distinto sobre esta cultivar a ponto que a menor e maior densidade mostraram valores médios mais expressivos, no entanto, com maior taxa diária de acúmulo nos três maiores pontos observados. Portanto, nesta condição, está apresentada a análise da taxa diária de acúmulo de biomassa em kg ha-1 nas diferentes densidades de sementes por m-2: 100 (54,32 kg ha-1 dia-1), 300 (63,05 kg ha-1 42 dia-1), 600 (66,63 kg ha-1 dia-1) e 900 (64,07 kg ha-1 dia-1). Observa-se que diferentemente do observado para a cultivar Taura, as densidade nos pontos 300, 600, 900 sementes m-2 para a Brisasul evidenciam comportamento similar de produção de MST por dia. Tal fato recai da maior capacidade desta cultivar na manutenção de estabilidade de produção de biomassa, independente das densidades estabelecidas, exceto na mais reduzida população. Estudos de Schaedler et al., (2009) mostrando a habilidade competitiva de genótipos de aveia branca revelaram que alguns atributos são importantes em definir a maior capacidade de competição e ajuste do dossel sob maiores densidades. Entre estas, destaca-se a capacidade de interceptação de luz pelo dossel da comunidade vegetal, além da população e do arranjo das plantas e os reflexos sobre um conjunto de características morfológicas, tais como: capacidade de afilhamento, estatura de planta, número de folhas formadas, área foliar, distribuição das folhas, ângulo foliar, grau de decumbência do limbo das folhas e produção de matéria seca da parte aérea. Os valores médios de produção (MST= a) sobre resíduo de milho obtido pela cultivar Taura foi superior a Brisasul nas diferentes densidades testadas, com valores acima de 2000 kg ha-1, recaindo numa maior habilidade de conversão de energia na produção de biomassa em ambiente com maior relação carbono/nitrogênio. O fornecimento de N (nitrogênio) as plantas depende, entre outros fatores, da quantidade de matéria orgânica do solo (AMADO et al., 2001), da composição dos resíduos vegetais (SIQUEIRA NETO et al., 2010) e da expectativa do rendimento (RCBPA, 2006). Entre estes fatores, a composição bioquímica dos resíduos é determinante em promover a mineralização ou imobilização do N às plantas, refletindo diretamente na maior ou menor taxa de produção de biomassa da cultura subsequente. Na tabela 3, considerando os valores médios de rendimento de grãos em cada densidade de cultivo, a cultivar Taura mostrou maior produção de grãos nos pontos 600 e 900 sementes por m-2. Desta forma, numa análise geral ligando a taxa de biomassa por dia produzida com a produção de grãos, se levanta a hipótese de um melhor ajuste para ambos os caracteres na densidade de até 600 sementes por m-2 para as cultivares Taura e Brisasul. Este fato se contrapõe as indicações técnicas da cultura da aveia (RCBPA, 2006), que recomenda entre 200 a 300 sementes viáveis por m-2 e em regiões onde a semeadura é tardia e ocorrem períodos de instabilidade climática é recomendado o uso de uma densidade maior devido a altas temperaturas que reduzem o afilhamento. Portanto, na confirmação de tal hipótese, na Tabela 4 esta apresentado o resumo da análise de variância da regressão para a estimativa de ajuste da melhor densidade de cultivo para o rendimento de grãos. Assim, sobre resíduo de 43 soja as equações de graus dois foram significativas e com coeficiente angular confirmado. Portanto, foram obtidos as seguintes equações: Taura=RG= 2160+8,03x-0,009x2 e Brisasul=RG= 2593+3,91x-0,004x2. Já, sobre resíduo de milho as significâncias de grau dois e coeficiente angular também foram verificadas, a ponto que as equações obtidas para estas cultivares foram: Taura=RG= 1587+5,04x-0,004x2 e Brisasul=RG=1646+5,08-0,005x2. Tabela 4. Resumo da análise de variância de equação de regressão e seus parâmetros para a densidade de semeadura ideal em aveia branca com os valores médios gerais de produção (RG) estimados. DEAg/UNIJUI, 2012. Quadrado Médio L 1224455ns Taura Q 5892990* Erro 112587 Soja L 52488ns Brisasul Q 1236031* Erro 136139 L 2558734ns Taura Q 1022053* Erro 52669 Milho L 194723ns Brisasul Q 1644375* Erro 46631 Geral (soja+milho+cultivares) Amb Cultivar FV Equação RG= a ± bx±cx2 2160+8,03x-0,009x2 2593+3,91x-0,004x2 1587+5,04x-0,004x2 1646+5,08x-0,005x2 1997+5,49x-0,005x2 R2 0,97 0,90 0,99 0,98 0,96 P Dens RG (bix2) (sem.m-2) (kg ha-1) * 501 3909,9 487 3544,5 * 681 3137,8 * 508 2936,5 * * 550 3353,5 Amb= ambiente; FV= fonte de variação; RG=rendimento de grãos; R2= coeficiente de determinação; P(bix2) = parâmetro que mede a significância do ângulo; sem m-2= sementes por metro quadrado. A partir das equações propostas foram estimadas em cada condição a densidade ideal para a promoção da máxima eficiência técnica da produção de grãos. Desta forma, sobre resíduo de soja as cultivares Taura e Brisasul mostraram número de sementes ideal de 501 e 487 sementes por m-2. Portanto, esses valores quando inseridos na equação (x) indicam valores estimados de 3909,9 kg ha-1 e 3544,5 kg ha-1 de produção de grãos para a Taura e Brisasul, respectivamente. Já, para o cultivo sobre o resíduo de milho o número ideal de sementes dos cultivares Taura e Brisasul foram 681 e 508 sementes por m-2. E quando inseridas na equação (x) resultam em valores estimados do rendimento de grãos para as cultivares de aveia branca com 3137,8 kg ha-1 e 2936,5 kg ha-1 para as mesmas. Segundo Silveira et al., (2010) estudando genótipos de trigo considerados de baixo potencial de afilhamento nas densidades de 500 e 600 sementes por m-2 (FUNDACEP 29 e BR 18) tenderam a aumentar o rendimento de grãos, pois, de acordo com VALÉRIO et al., (2008), genótipos com reduzido potencial de afilhamento são mais dependentes da densidade de semeadura, em termos produtivos. Resultados similares, porém menos expressivos, foram 44 observados por OZTURK et al., (2006), que observaram incremento no rendimento de grãos, com o aumento da densidade. Ao contrário, nas constituições genéticas com maior potencial de afilhamento, ocorre maior competição por fatores abióticos como água e nutriente, refletindo muitas vezes na redução do rendimento de grãos (OZTURK et al., 2006). Desta forma, a melhor exploração do genótipo está relacionada com o aproveitamento direto dos recursos do ambiente pela planta, assim como, a adoção de densidade que se ajuste à uma maior resposta em produtividade (DARWINKEL, 1978). Na tabela 5 do resumo da análise de variância os caracteres ligados ao desempenho fisiológico de produção em aveia branca mostraram diferenças significativas por efeitos genéticos e do manejo de cultivo pela alteração da densidade de sementes por unidade de área. Os efeitos de interação também foram confirmados, identificando que as constituições genéticas mostram comportamentos distintos nas densidades avaliadas. Tabela 5. Resumo da análise de variância dos componentes ligados ao desempenho fisiológico e de produção em aveia branca. DEAg/UNIJUI, 2012. Fonte de Variação Bloco Genótipo (G) Densidade (D) GxD Erro Total CV (%) Média Geral Fonte de Variação Bloco Genótipo (G) Densidade (D) GxD Erro Total CV (%) Média Geral GL 3 1 3 3 21 31 GL 3 1 3 3 21 31 - Quadrado Médio (Precedente: Soja) RG RB RP -1 -1 (kg ha ) (kg ha ) (kg ha-1) 33723 394400 248672 27400* 31312* 117304* 2529675* 3016754* 6258964* 435525* 1548078* 470667* 73199 222262 112616 8,78 7,13 9,50 3079 6611 3531 Quadrado Médio (Precedente: Milho) RG RB RP (kg ha-1) (kg ha-1) (kg ha-1) 160265 514634 118145 131278* 414732* 79240* 1129013* 3400833* 1064576* 106293* 952145* 523874* 33232 142578 75590 6,86 6,49 8,69 2656 5816 3160 IC (RG/RB) 0,00079 0,00008 0,07074* 0,00127 0,00079 5,98 0,46 IC (RG/RB) 0,00044 0,00031* 0,00694* 0,00179* 0,00054 5,07 0,45 * Significativo a 5% de probabilidade; GL= graus de liberdade; RG= rendimento de grãos; RB= rendimento biológico; RP= rendimento de palha; IC= índice de colheita; CV= coeficiente de variação. Cabe ressaltar, que os valores das médias gerais frente ao tipo de sucessão com resíduo de soja como cobertura de solo indicou para a aveia branca acréscimos mais evidentes 45 no RG e RB, o que para o RP e IC essas diferenças foram menos expressivas. O efeito do resíduo de cobertura de solo traz uma série de benefícios ao longo do processo de desenvolvimento da cultura subsequente, acarretando em uma maior ou menor liberação de nutrientes em virtude da capacidade de decomposição da matéria orgânica oriundo das condições ambientais e da relação carbono/nitrogênio do próprio tecido vegetal em decomposição. A relação C/N tem sido a característica mais usada em modelos para prever a disponibilidade de N no solo durante a decomposição de materiais orgânicos (Nicolardot et al., 2001). Para Allison (1966), materiais com valores de C/N entre 25 e 30 apresentam equilíbrio entre os processos de mineralização e imobilização. Usando esses valores como base, pode-se inferir que, a introdução de plantas de cobertura intercalar ao milho demonstrou no trabalho de Argenton et al., (2005) uma prática benéfica para as propriedades relacionadas com a estrutura do solo. Segundo Braida et al., (2006), a matéria orgânica do solo é fundamental na ciclagem de nutrientes, na complexação de metais e na atividade da biota do solo. Portanto, sua presença nas camadas mais superficiais, onde se concentra grande parte do sistema radicular, é um aspecto benéfico no sistema agrícola. E as maiorias dos fatores ambientais que afetam a decomposição de resíduos orgânicos estão relacionadas à sua ação sobre a atividade dos microrganismos decompositores. São eles: a temperatura (Jenkinson, 1965; Campbell et al., 1981), a umidade (Rannels & Wagger, 1992), o teor de matéria orgânica do solo (Doran, 1980; Dick, 1983), a localização (Parker & Larson, 1962; Smith & Sharpley, 1990) e a quantidade de material adicionado (Brown & Dickey, 1970). Na tabela 6, do teste de medias sobre o resíduo de soja a densidade mais reduzida não mostrou alterações de produção de grãos. A diferença sobre esta variável foi identificada no ponto de 300 sementes por m-2 com a cultivar URS Taura superior a cultivar Brisasul com valores médios de produção 3857, 4 e 3257,8 kg ha-1, respectivamente. Ressalta-se, que esta densidade de cultivo representa aquela sugerida pela indicação oficial de cultivo da aveia branca no sul do Brasil (RCBPA, 2006). Na densidade de 600 sementes por m-2 as diferenças entre as duas cultivares não foram verificadas, mas ressaltando os elevados valores médios obtidos nesta condição, próximos ou superiores a 3500 kg ha-1. Na densidade mais elevada se percebe uma redução dos valores médios frente os anteriores comentados, exceto para a menor densidade. Importante comentar que nesta condição a cultivar Brisasul evidencia a capacidade de maior expressão do incremento do rendimento de grãos. 46 Tabela 6. Teste de comparação de médias para as variáveis ligadas ao desempenho fisiológico de produção sob distintas densidades de semeadura em resíduo de soja e milho. DEAg/UNIJUI, 2012. Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul Genótipo Taura Brisasul 100 2687,5a 2752,9a 100 5964,2a 5756,2a 100 3276,7a 3003,3a 100 0,45a 0,47a 100 2171,4a 2080,4a 100 5174,0a 4573,2b 100 3002,3a 2492,8b 100 0,42a 0,45a Precedente Soja Rendimento de Grãos/RG (kg ha-1) 300 600 3857,4a 3667,8a 3257,8b 3443,3a Rendimento de Biológico/RB (kg ha-1) 300 600 7148,7a 6556,5a 6474,0a 6349,2a Rendimento de Palha/RP (kg ha-1) 300 600 3291,3a 2888,6a 3206,0a 2905,7a Índice de colheita/IC (RG/RB) 300 600 0,54a 0,55a 0,50b 0,54a Precedente Milho Rendimento de Grãos/RG (kg ha-1) 300 600 2764,0a 3034,1a 2865,6a 2959,3a Rendimento de Biológico/RB (kg ha-1) 300 600 5731,0a 5989,0a 6078,0a 6345,5a Rendimento de Palha/RP (kg ha-1) 300 600 2966,9a 2954,8b 3212,3a 3386,1a Índice de colheita (RG/RB) 300 600 0,48a 0,50a 0,47a 0,46b 900 2222,7b 2737,2a 900 6649,7b 7990,0a 900 4426,7b 5252,7a 900 0,33a 0,34a 900 2912,7a 2464,5b 900 6828,7a 5815,2b 900 3916,0a 3350,6b 900 0,43a 0,42a Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott & Knott; 100, 300, 600 e 900= sementes por m-2. Na análise do rendimento biológico em todas as densidades testadas a produção de biomassa total não diferiu entre as duas cultivares, com exceção, a de 900 sementes por m-2 que também qualifica a cultivar Brisasul na maior capacidade de conversão de energia à formação de tecido vegetal. Tal capacidade de estabilidade desta cultivar frente as drásticas alterações proporcionados pelas densidade de cultivo, indica algum que algum componente da planta tenha maior capacidade de alteração para a manutenção de tal estabilidade. No 47 rendimento de palha, que representa a energia total absorvida e que será direcionada ao solo como cobertura de proteção e nutrientes, foi detectado similaridade entre as duas cultivares ao longo das densidades de cultivo, exceto, na mais elevada condição, com a maior capacidade de reposição expressa pela cultivar Brisasul. Na avaliação do Índice de Colheita (IC) a diferença entre as duas cultivares no ponto de menor e maior densidade indicou a mesma eficiência de produção de energia direcionada a palha e grãos, por outro lado, o ponto de 300 sementes por m-2 foi decisivo em qualificar a cultivar Taura como a de maior valor médio de produção de grãos nesta condição. Estudos feitos por FLOSS (2002) com aveia preta mostraram sua elevada performance frente aos demais cereais de inverno testados em produção de matéria seca para formação de palhada. Além disso, esse mesmo autor ressalta que quando a aveia preta é manejada no final da floração e início de formação das primeiras sementes, a cobertura do solo tende a ser menos duradoura, porém, a disponibilidade dos nutrientes reciclados já tende a ser liberando antecipadamente, beneficiando assim a cultura em sucessão. Ainda na tabela 6 do teste de médias sobre o resíduo de milho a menor densidade não mostrou mudanças no rendimento de grãos. O ponto que mostrou aumento na variável da produção de grãos considerável foi o de 600 sementes por m-2 para a cultivar Taura e Brisasul, com valores médios de 3034,1 e 2959,3 kg ha-1. Observa-se que esta densidade esta acima do recomendado pelas indicações técnicas da cultura da aveia como comentado anteriormente. Para a densidade mais elevada se percebe uma redução nos valores médios de produção, sendo estas médias maiores do que os obtidos na menor densidade. Importante salientar que nesta condição de cultivo a cultivar Taura evidencia a capacidade de expressar maior incremento da produção de grãos, fato que pode ser atribuído ao alto número de plantas por unidade de área, criando um efeito compensatório no rendimento de grãos. Estudos de ABREU et al., (2005) revelam que nas maiores populações de plantas de aveia branca a competição intraespecífica se acentua reduzindo o afilhamento e a biomassa por planta. Porém, estes mesmos autores constataram que a produção de biomassa por área é o fator determinante desse comportamento ao ponto que as maiores populações produzem mais biomassa ao longo do ciclo da cultura. Já, na análise do rendimento biológico em todas as densidades testadas a produção de biomassa total diferiu entre as cultivares, onde na menor e maior densidade o comportamento da cultivar Taura foi superior a Brisasul. Nas densidades de 300 e 600 sementes por m-2 não ocorreram diferenças entre as cultivares. Na análise do rendimento de palha, observa-se que a cultivar Brisasul mostrou um melhor aproveitamento da energia absorvida e convertida neste caráter. Na avaliação do Índice de colheita (IC), a 48 diferença entre as duas cultivares no ponto de 100 e 900 sementes por m-2 indicaram semelhanças na eficiência de produção de energia direcionada aos grãos e a palha. Por outro lado, a densidade de 600 sementes por m-2 foi crucial em indicar a cultivar Taura como a de maior valor médio de produção de grãos sobre cultivo em resíduo de milho. Na tabela 7, do resumo da análise de regressão e dos parâmetros de equação com estimativa do potencial de produção, o rendimento de grãos (RG) evidenciou que independente do ambiente de cultivo e da cultivar testada o comportamento quadrático foi aquele mais ajustado. Cabe ressaltar que nesta variável, os parâmetros da equação foram significativos, confirmando a tendência quadrática. Para Almeida et al., (2003), o rendimento de grãos em aveia é um processo sequencial em que o número de panículas produzidas por planta é definido em primeiro lugar, seguido do número de grãos fertilizados por inflorescência e pela massa seca de grãos produzidos por panícula. Portanto, pela estimativa da densidade ideal as cultivares Taura e Brisasul sobre resíduo de soja indicaram a máxima produção na densidade 463 e 505 sementes por m-2, respectivamente, com a máxima produção ao redor de 3960 e 3483 kg ha-1 para as cultivares Taura e Brisasul, respectivamente, nesta condição. Já sobre o resíduo de milho maior quantidade de sementes foi necessário para a obtenção da máxima produção para a cultivar Taura, ao contrário da Brisasul, que indicou maior estabilidade. Assim, a densidade ideal nesta condição foi de 653 e 547 sementes por m-2 nas cultivares Taura e Brisasul, respectivamente, almejando produção máxima obtida ao redor de 3080 kg ha-1 (Taura) e 3060 kg ha-1 (Brisasul). Estas observações ressaltam o que menciona Sangoi (2001) em que a resposta rendimento de grãos com o aumento na densidade de plantas depende de mecanismos morfológicos, fisiológicos e alométricos de compensação de espaços e seus reflexos sobre a diferenciação e o desenvolvimento de estruturas reprodutivas nos ambientes específicos de cultivo. Espécies como aveia e soja apresentam grande capacidade de compensação do espaço quando cultivada em baixas populações, com a produção de afílhos e ramificação das plantas, respectivamente. Esta plasticidade é traduzida em uma maior diminuição dos meristemas reprodutivos, reduzindo à dominância apical, criando uma compensação que favorece os demais componentes direta ou indiretamente ligado a produção (Vega et al., 2001). Na tabela 7, da análise do rendimento biológico que representa a produção de biomassa total obtida pela espécie (palha+grãos) foi observado que sobre o resíduo de soja as cultivares Taura e Brisasul evidenciaram comportamento quadrático. Fato também observado por ABREU (2002) que durante a maturação fisiológica, a produção de matéria seca apresentou tendência quadrática com ponto de máxima população de 306 planta por m-2 e 49 estimativa de produção de 8889 kg ha-1. Assim, observando que as maiores densidades de plantas proporcionam maior produção de matéria seca total. Tabela 7. Resumo da análise de regressão e dos parâmetros de equação e suas respectivas densidades de semeadura. DEAg/UNIJUI, 2012. Amb Cultivar FV L Q Erro Soja L Brisasul Q Erro L Taura Q Erro Milho L Brisasul Q Erro Taura Amb Cultivar FV L Taura Q Erro Soja L Brisasul Q Erro L Taura Q Erro Milho L Brisasul Q Erro QM 851629* 6338265* 53720 1194ns 1548396* 89439 1109002* 629748* 24216 200446ns 1683980* 49373 QM 271996ns 926456* 220901 8774498* 737989* 184081 5450830* 25387ns 133371 2571369* 4466407* 143474 Rendimento de Grãos Equação RG=a ± bx±cx2 3470,4-0,761x 1992,3+8,51x-0,0092x2 2333,3+4,55x-0,0045x2 2308,0+0,86x 1842,1+3,79x-0,0029x2 1655,2+5,14x-0,0047x2 Rendimento Biológico Equação RB=a ± bx±cx2 6375,4+0,43x 5810,3+3,97x-0,0035x2 5481,8+2,44x 6286,2-0,72x+0,0007x2 5016,0+1,92x 5109,5+1,33x+0,0005x2 5074,7+1,32x 3833,9+9,10x-0,0077x2 R2 0,97 0,99 0,99 0,96 R2 0,42 0,80 0,95 0,95 P D RG -2 (bix) (sem m ) (kg ha-1) * 463 3960 * 505 3483 653 3080 * * 547 3060 D RB P (bix) (sem m-2) (kg ha-1) * 567 6936 * 514 6100 * 630 5704 * 591 6522 Amb= ambiente; FV= fonte de variação; QM= quadrado médio; R2= coeficiente de determinação; P (bix)= parâmetro que mede a significância da reta; D= densidade de semeadura; sem m2= sementes por metro quadrado; RG= rendimento de grãos; RB= rendimento biológico. A densidade ideal obtida para a Taura na obtenção do rendimento biológico máximo foi de 567 sementes por m-2, tendo estimativa de 6936 kg ha-1. Já, para a Brisasul a densidade ideal nesta condição foi de 514 sementes por m-2, com estimativa máxima de produção de biomassa próximo de 6100 kg ha-1. 50 Tabela 8. Resumo da análise de regressão e parâmetros da equação sobre o rendimento de palha e índice de colheita. DEAg/UNIJUI, 2012. Amb Cultivar FV Taura Soja Brisasul Taura Milho Brisasul Amb L 2085122* Q 2417437* Erro L 80849 8980552* Q 4425365* Erro L 143250 1643315* Q 907532* Erro L 75124 1335957* Q 665374* Erro 68131 Cultivar FV Taura Soja Brisasul Taura QM QM L 0,0318* Q 0,0932* Erro L 0,0002 0,0310* Q 0,0518* Erro L 0,0014 0,00019ns Q 0,02080* Erro 0,00037 L 0,0018042ns Milho Brisasul Q 0,0033167* Erro 0,0007555 Rendimento de Palha Equação P D R2 RP=a ± bx±cx2 (bix2) (sem m-2) 2905,5+1,19x 3818,00,85 * 404 4,53x+0,0056x2 2417,9+2,47x 3653,0347 0,89 * 5,27x+0,0076x 2707,8+1,05x 3267,10 95 * 360 2,45x+0,0034x2 2657,6+0,95x 2178,7+3,95x0,0029x2 Índice de Colheita Equação IC=a ± bx±cx2 0,5412-0,00014x 0,36+0,00097x0,0000011x2 0,5371-0,00014x 0,40+0,00069x0,00000083x2 0,37+0,00054x0,00000053x2 0,43+0,00017x0,00000021x2 - - 0,73 * - - R2 - 498 RP (kg ha-1) 2901 2739 2825 3146 P D IC -2 2 (bix ) (sem m ) (RG/RB) - 0,98 * - - 0,92 * - - 0,99 * - - 0,99 * 441 0,57 416 0,54 509 0,50 405 0,46 Amb= ambiente; FV= fonte de variação; QM= quadrado médio; R2= coeficiente de determinação; P (bix2)= parâmetro que mede a significância da reta; D= densidade de semeadura; sem m2= sementes por metro quadrado; RP= rendimento de palha; IC= índice de colheita. Em resíduo de milho a cultivar Taura também evidenciou a máxima produção de palha e grãos ao redor de 630 sementes por m-2 com estimativa de produção de 5704 kg ha-1 51 de biomassa. Além disso, a Brisasul indicou que nessa condição a densidade de 591 sementes por m-2 mostrou a mais expressiva produção, que foi de 6522 kg ha-1. Portanto, se ressalta que em condição mais favorável de liberação de nitrogênio orgânico decomposto pelo resíduo de soja, há maior favorecimento de rendimento biológico à cultivar Taura, com menor densidade de sementes em comparação ao resíduo de milho. Ressalta-se, a cultivar Brisasul nestas condições evidenciar o mesmo comportamento. Na tabela 8, do resumo da análise da regressão que envolve a análise do rendimento de palha e do índice de colheita, se percebe que sobre o resíduo de soja a densidade para a máxima produção de palha se deu na densidade de 404 e 347 sementes por m-2, para as cultivares Taura e Brisasul, respectivamente. Assim, foram elas que nesta mesma ordem mostraram produção de 2901 e 2739 kg ha-1 de palha. Já, sobre o resíduo de milho, as cultivares Taura e Brisasul indicaram a maior produção de palha na densidade de 360 e 498 sementes por m-2, respectivamente, mostrando nesta sequência, densidade ideal com a produção de palha de 2825 e 3146 kg ha-1. Considerando que a palhada resultante no processo da colheita retorna ao solo na forma de cobertura, consequentemente será incorporada a matéria orgânica do solo. Conforme Braida et al (2006) a matéria orgânica do solo é fundamental na ciclagem de nutrientes, na complexação de metais e na atividade da biota do solo, portanto, sua presença nas camadas mais superficiais, onde se concentra grande parte do sistema radicular, é um aspecto relevante no sistema. Ainda na tabela 8, na análise do índice de colheita, determinado pela razão entre a produção econômica e biológica da planta, se percebe que sobre resíduo de soja há uma similaridade na partição de fotoassimilados entre as cultivares Taura e Brisasul, ao redor de 0,57 e 0,54 de energia bioquímica direcionada a produção de grãos, culminando com uma densidade ajustada ao redor de 416 e 441 sementes por m-2. Por outro lado, sobre o resíduo de milho a cultivar Taura mostrou eficiência superior (IC=0,50) na densidade de 509 sementes por m-2, ao ponto que, o genótipo Brisasul mostrou melhor resposta (IC= 0,46) com 405 sementes por m-2. De acordo com Donald & Hamblin (1976), a vantagem de usar o índice de colheita no processo de seleção de plantas ou na identificação de manejos mais ajustados está na ligação do rendimento de grãos com o rendimento biológico, indicando a eficiência com que a planta converte o rendimento biológico para produção de palha e rendimento de grãos. Por exemplo, o IC de 20% comparado ao IC de 40%, para um mesmo rendimento biológico, indica que as plantas com IC de 40% são duas vezes mais eficientes na conversão de seu rendimento biológico na obtenção do produto de exploração econômica (grãos). Contudo, as alterações da densidade de plantas indicam de sobremaneira uma forma eficiente de alterar a expressão dos caracteres 52 ligados aos parâmetros fisiológicos da planta, consequentemente, em possibilidades de melhoria na eficiência de produção. 53 CONCLUSÕES 1 - Na análise da taxa diária de produção de biomassa com interface as diferentes densidade de semeadura testadas, existe diferença genética entre as cultivares URS-Taura e Brisasul mostrando comportamento distinto frente a eficiência de energia absorvida e transformada. 2 - Para a taxa de acúmulo diária de matéria seca total concomitante com a máxima produção de grãos nas densidades testadas, o ambiente com resíduo de soja mostrou que as densidades entre 300 e 600 sementes m-2 para ambas as cultivares mostram efeitos mais pronunciados. Por outro lado, sobre resíduo de milho, os pontos nas densidades 600 e 900 sementes m-2 foram aqueles que concomitantemente, mostram maior taxa diária de produção de biomassa e rendimento de grãos. 3 - A máxima produção de grãos obtida entre os genótipos de aveia branca mostrou na média geral valor de 550 sementes m-2, bastante superior aquela sugerida pela indicação técnica da espécie. Cabe ressaltar, que sobre resíduo de milho, a cultivar URS Taura evidencia necessidade inclusive maior de semente para expressar o pico de produção de grãos quando sobre resíduo de milho, confirmando diferenças de ordem genética frente ao genótipo Brisasul. 4 - Valores de densidade de semeadura ao redor de 550 sementes m-2 promove efeitos pronunciados na expressão máxima de rendimento biológico e de grãos. Mesmo que, sobre o rendimento de palha a densidade ideal se mostre bastante inferior, a mais elevada sugerida recai em contribuição simultânea de elevada palhada no processo de reposição de nutrientes e da energia direcionada a produção de panículas com maior qualidade provenientes da plantamãe ou daquelas que produziu poucos afílhos. Portanto, corroborando a densidades proposta para estas cultivares de ciclo curto e de elevado potencial de produção de grãos sugere um índice de colheita ao redor de 50 a 54%. 54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, G. T. de. Desempenho de aveia branca ( Avena sativa L.) em função da população de plantas. Pelotas - RS, 2001. 49 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia - Produção Vegetal) - Universidade Federal de Pelotas, UFPel, 2001. ABREU, G. T. de; SCHUCH, L.O.B.; MAIA, M. de S. Análise do crescimento e utilização de nitrogênio em aveia branca (Avena sativa L.) em função da população de plantas. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.8, n.2, p.111- 116, 2002. ABREU, G. T. de; SCHUCH, L.O.B.; MAIA, M. de S.; et al., Desempenho de aveia branca (Avena sativa L.) em função da população de plantas. Revista Científica Rural, Bagé, v.8, n.2, p. 144 – 152, 2003. ABREU, G. T. de; SCHUCH, L.O.B.; MAIA, M. de S.; et al., Produção de biomassa em consórcio de aveia branca (Avena sativa L.) e leguminosas forrageiras. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 11, n.1, p.19 - 24, 2005a. ABREU, G. T. de; SCHUCH, L.O.B.; MAIA, M. de S.; et al., Produção de grãos de aveia branca (Avena sativa L.) em cultivo companheiro com leguminosas forrageiras. Revista Universidade Rural Série Ciências da Vida, Seropédica, v. 25, n. 2, 2005b. ABREU et al., Efeito da população de plantas do cultivar UPF 18 de aveia branca (Avena sativa L.) sobre a produção de biomassa. Reveista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 12, n. 1, p. 31-36, jan-mar, 2006. AC Oliveira et al., In: Brisasul: a new high-yielding white oat cultivar with reduced lodging. Crop Breeding and Applied Biotechnology 11 p 370-374, 2011. ADKINS,S.W. & ROSS,J.D. Studies in wild oat seed dormancy. I. The role of ethylene in dormancy breakage and germination of wild oat seeds (Avena fatua). Plant Physiology, 67:358-362, 1981. ALCÂNTARA, F.A.; FURTINI NETO, A.E.; DE PAULA, M.B.; MESQUITA, H.A.; MUNIZ, J.A. Adubação verde na recuperação da fertilidade de um Latossolo VermelhoEscuro degradado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, p. 277-288, 2000. ALLISON, F.E. The fate of nitrogen applied to soils. Adv. Agron., 18:219-258, 1966. ALMEIDA, M. L. de; MUNDSTOCK, C. M; O afilhamento em cereais de estação fria é afetado pela qualidade da luz?. Ciência Rural, Santa Maria, v. 28, n. 3, p. 511-519, 1998. ALMEIDA, M. L. de; SANGOI, L.; ROSA, J. L.; et al., Ausência de influência de afilhamento na determinação da densidade de plantas para aveia. In: REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 20, 2000, Pelotas - RS. Resultados Experimentais. Pelotas: Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia, 2000. p. 77- 80. 428 p. 55 ALMEIDA, M. L. de; SANGOI, L.; WAMSER, A, F.; ENDER, M.: O perfilhamento não interfere em grãos de aveia branca produzir resposta à densidade de plantas. Scientia Agrícola. Piracicaba, Brasil. Vol.60 n.2 Piracicaba 2003. ALVARENGA, R. G.; COSTA, L. M. da; MOURA FILHO, W.; REGAZZI, A. J. Características de alguns adubos verdes de interesse para a conservação e recuperação de solos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 30, n. 2, p. 175-185, 1995. ALVARENGA, R. G.; COSTA, L. M. da; MOURA FILHO, W.; REGAZZI, A. J. Características de alguns adubos verdes de interesse para a conservação e recuperação de solos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 30, n. 2, p. 175-185, 1995. ALVIM, M.J; BOTREL, M.A. Efeitos de doses de N na produção de leite de vacas em pastagem de coast-cross. Pesq. Agropecu. Bras., Brasília, v. 36, n. 3, 2001. AMADO, T.J.C. et al., POTENCIAL DE CULTURAS DE COBERTURA EM ACUMULAR CARBONO E NITROGÊNIO NO SOLO NO PL ANTIO DIRETO E A MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v 25. p, 189-197, 2001. AMADO, T.J.C. et al., Recomendação de adubação nitrogenada para o milho no RS e SC adaptada ao uso de culturas de cobertura do solo, sob sistema plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.26, n.1, p.241-248, 2002. AMARAL, A.L. et al., Estimativa da herdabilidade para os caracteres adaptativos ciclo e estatura planta em aveia. Ciência Rural, Santa Maria, V. 26, n.1, p. 171-176, 1996. ARGENTA, G. et al., Arranjo de plantas em milho: análise do estado-da-arte. Ciência Rural, Santa Maria, v. 31, n. 6, p. 1075-1084, 2001b. ARGENTA, G. et al., Efeito do espaçamento entre linhas sobre a resposta de dois híbridos simples de milho à densidade de plantas. In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 23., 2000, Uberlândia. Congresso... Uberlândia: ABMS, 2000a. (CD - ROM). ARGENTA, G. et al., Resposta de híbridos simples de milho à redução do espaçamento entre linhas. CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 23., 2000, Uberlândia. Congresso... Uberlândia: ABMS, 2000b. (CD - ROM). ARGENTA, G. et al., Resposta de híbridos simples de milho à redução no espaçamento entre linhas. Pesq. Agropecu. Bras., Brasília, v. 36, n. 1, p. 71-78, jan. 2001a. ARGENTON, J.; ALBUQUERQUE, J.A.; BAYER, C.; WILDNER, L.P. Comportamento de atributos relacionados com a forma da estrutura de Latossolo Vermelho sob sistemas de preparo e plantas de cobertura. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.29, p.425-435, 2005. BARBOSA NETO, J.F., MATIELLO, R.R., CARVALHO, F.I.F., et al., Progresso genético no melhoramento da aveia no sul doBrasil. In: REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 19, Porto Alegre-RS, 1999. Resultados Experimentais... Porto Alegre : UFRGS, 1999. p.23- 26. 476p. 56 BELLIDO, L.L. Cultivos herbáceos: cereales. Madrid: Mundi- Prensa, 1990, p.539. BOHM, W. Methods of studying root systems. New York: Springer-Verlag, 1979. 189p. BOHM, W. Methods of studying root systems. New York: Springer-Verlag, 1979. 189p. BORÈM, Aluísio. Melhoramento de Espécies Cultivadas. Viçosa: Ed.: UFV, 1999. p. 817. BORTOLINI, C.G.; SILVA, P.R.F.; ARGENTA, G. Efeito de resíduos de plantas jovens de aveia preta em cobertura de solo no crescimento inicial do milho. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, Porto Alegre, v. 6, p. 83-88, 2000. BRAIDA, J.A.; REICHERT, J.M.; VEIGA, M.; REINERT, D.J. Resíduos vegetais na superfície e carbono orgânico do solo e suas relações com a densidade máxima obtida no ensaio proctor. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.30, p.605-614, 2006. BRAZ, A. J. B. P.; SILVEIRA, P. M. da; KLIEMANN, H. J.; ZIMMERMANN, F. J. P. Adubação Nitrogenada em cobertura na cultura do trigo em sistema de plantio direto após diferentes culturas. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 30, n. 2, p. 193-198, mar./abr., 2006. BULL, L.T. et al., Relação entre fósforo extraído por resina e resposta da cultura do alho vernalizado à adubação fosfatada em cinco solos e sem adubação orgânica. Rev. Bras. Cienc. Solo, Campinas, v. 22, p. 459-470, 1998. CAIERÃO, E. et al., Seleção indireta em aveia para o incremento no rendimento de grãos. Ciência Rural, Santa Maria, v.31, n.2, p.231-236, 2001 CAIERÃO, E. et al., Seleção indireta em aveia para o incremento no rendimento de grãos. Ciência Rural, Santa Maria, v.31, n.2, p.231-236, 2001. COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA - CBPA. Recomendações técnicas para a cultura da aveia. IAPAR: Londrina, 2002. 60 p. COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA. Indicações técnicas para a cultura da aveia (grãos e forrageira). Passo Fundo: UPF, 2003. 87p. Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia. Indicações Técnicas para Cultura da Aveia. Guarapuava: A comissão: Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2006. 82 p. COUNCE, P.A. et al., A uniform, objective, and adaptative system for expressing rice development. Crop Science, Madison, v.40, n.2, p.436-443, 2000. CROWDER, L. V.; LOTERO, J.; FRANSEN, J.; KRUK, C. F. Oats forage production in cool tropics as represented by Colombia. Agronomy Journal, v. 59, n.l, p. 80-2, 1967. CRUSCIOL, C. A. C. Taxas de decomposição e de liberação de macronutrientes da palhada de aveia preta em plantio direto. Bragantia, Campinas, v.67, n.2, p.481-489, 2008. CRUZ, P.J.; CARVALHO, F.I.F. de; CAETANO, V. R. et al., Efeito do acamamento induzido em trigo. Revista Brasileira de Agrociência, v.6, n.2,p.112-114, 2000. 57 DARTORA, K.S.; FLOSS, E.L. Componentes de rendimento de grãos em aveia branca sob diferentes doses de nitrogênio e densidades de plantas. In: REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 22., 2002, Passo Fundo. Resultados experimentais. Passo Fundo : EDUPF, 2002a. p.731. DARWINKEL, A. Patterns of tillering and grain production of winter wheat at a wide range of plant densities. Netherlands Journal Agricultural Science, v.26, p.383-398. 1978. DONALD, C.M.; HAMBLIN, J. The biological yield and harvest index of cereals as agronomic and plant breeding criteria. In: BRADY, N.C. (Ed.) Advances in Agronomy. New York: Academic Press, 1976. v.8, p.361-407. FLECK, N.G. et al., ASSOCIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE PLANTA EM CULTIVARES DE AVEIA COM HABILIDADE COMPETITIVA. Planta Daninha, ViçosaMG, v. 27,n. 2, p. 211-220, 2009. FLOSS, E. L. Manejo forrageiro de aveia (Avena sp.) e azevém (Lolium sp.). In: PEIXOTO, A. M.; MOURA, J. C. & FARIA, V. P. (Ed). Simpósio sobre manejo da pastagem - 9. Piracicaba: FEALQ, 1988a. p. 231-268. FLOSS, E. L.; HAUBERT, S. A.; ZANATTA, F. S. Rendimento corrigido pela qualidade industrial do grão de aveia. Avenacor. In: REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE AVEIA, v. 22, 2002, Passo Fundo. Resultados experimentais. Passo Fundo: UPF, 2002. p. 553 – 558. FLOSS, Elmar Luiz. Situação e perspectiva da cultura da aveia. In: . In: Reunião da comição brasileira de pesquesa de aveia, 28, 2008, Pelotas. Anais. Universidade Federal de Pelotas: 2008. p. 35-45. G. Silveira et al., EFEITO DA DENSIDADE DE SEMEADURA E POTENCIAL DE AFILHAMENTO SOBRE A ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE EM TRIGO. Bragantia, Campinas, v.69, n.1, p.63-70, 2010. GALLI, A.P.; MUNDSTOCK, C.M. A plasticidade de semeadura de plantas de aveia sob diferentes épocas e graus de competição. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SULBRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 16; 1996, Florianópolis - SC. Resultados Experimentais. Florianópolis: UFSC, 1996. p. 27- 29. GAVIRAGHI, F.; MARTINS, J. A. K.; BATTISTI, G.; VALENTINI A. P. F.; ZAMBONATO, F.; WAGNER, J. F.; BOSA, D.; CIOTI,R.; SILVA, A. J. da; CRESTANI, M.; SILVA, J. A .G. da; BERTO, J. L.; FERNANDES, S. B. V.; expreção da evolução cocaracter afilhamentocob distintosespaçamentos de semeadura em cultivares de aveia. In: . In: Reunião da comição brasileira de pesquesa de aveia, 28, 2008, Plelotas. Anais. Universidade Federal de Pelotas: 2008. p. 56-68. GAVIRAGHI, F.; MARTINS, J. A. K.; BATTISTI, G.; VALENTINI A. P. F.; ZAMBONATO, F.; WAGNER, J. F.; BOSA, D.; PARAGINSKI, A. A.; SILVA, A. J. da; CRESTANI, M.; SILVA, J. A .G. da; BERTO, J. L.; FERNANDES, S. B. V.; Alteração nos componentes diretos e indiretos do rendimento de grãosem aveia branca (Avena sativa L.) com base em modificações no arranjo populacional. In: . In: Reunião da comição brasileira de 58 pesquesa de aveia, 28, 2008, Plelotas. Anais. Universidade Federal de Pelotas: 2008. p. 6972. GAVIRAGHI, F.; MARTINS, J. A. K.; BATTISTI, G.; VALENTINI A. P. F.; ZAMBONATO, F.; WAGNER, J. F.; BOSA, D.; PARAGINSKI, A. A.; SILVA, A. J. da; CRESTANI, M.; SILVA, J. A .G. da; BERTO, J. L.; FERNANDES, S. B. V.; Alteração nos componentes diretos e indiretos do rendimento de grãosem aveia branca (Avena sativa L.) com base em modificações no arranjo populacional. In: . In: Reunião da comição brasileira de pesquesa de aveia, 28, 2008, Pelotas. Anais. Universidade Federal de Pelotas: 2008. p. 69-72. GAVIRAGHI, F.; WAGNER, J. F.; SILVA, J. A .G. da; Avaliação da expreção dos caracteres adaptativos em aveia branca sob distintos ambientes de cultivo e épocas de aplicação de nitrogenio. In: Reunião da comição brasileira de pesquesa de aveia,29, 2009, Porto Alegre. Anais. Univercidade federal do rio grande do sul. 2009. P. 83-85. GOLDBERG, DEBORAH. E.; KEITH LANDA: In: COMPETITIVE EFECT AND RESPONSE: HIERARCHIES AND CORRELATED TRAITS IN THE EARLY STAGES OF COMPETITION. Departament of Biology, University of Michigan. Journal os Ecology. V.79. p 1013-1030, 1991. HARTWIG, Irineu et al., Variabilidade fenotípica de caracteres adaptativos da aveia branca (Avena sativa L.) em cruzamentos dialélicos. Ciência. Rural, Abr 2007, vol.37, n.2, p.337345. HOLFORD, I.C.R. Soil phosphorus: its measurement, and its uptake by plants. Aust. J. Soil Res., Collingwood, v. 35, p. 227-239, 1997. I.P. Valério et al., Desenvolvimento de afílhos e componentes do rendimento em genótipos de trigo sob diferentes densidades de semeadura. Pesquisa. Agropecuária Brasileira, Brasília, v.43, n.3, p.319-326, mar. 2008. JALANI, B.S ; FREY, K, J. ; BAILEY, Jr. Contribuition of growth rate and harvest index to grain yield of oats following selfing and 86 outcrossing of M1 plantas. Euphytica, Amsterdam, v.28, p. 219-225, 1979. LI, B. & FOLEY,M.E. Transcriptional and posttranscritional regulation of dormancyassociated gene expression by afterripening in wild oat. Plant Physiology, 110: 1267-1273. 1996. LIMA e BORGES, E. E. de & RENA, A. B. Germinação de sementes. In: Sementes florestais tropicais. Brasília: ABRATES, 1993. LOBATO, E. et al., Adubação fosfatada em pastagens. In: MATTOS, H.B. et al., (Ed.). Calagem e adubação de pastagens. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986. p. 145-174. LONGNECKER, N,; KIRBI, E.J.M; ROBSOM, A. leaf emergence, tiller growth, and apical development of nitrogen-deficient spring wheat. Crop Science, Madinson, v.33, p.154160,1993 59 LONGNECKER, N.; KIRBY, E.J.M.; ROBSON, A. Leaf emergence, tiller growth, and apical development of nitrogen-deficient spring wheat. Crop Science, Madison, v.33, p.154160, 1993. MALAVASI, M. de M. Germinação de sementes. In: Manual de análise de sementes florestais. Fundação Cargill, 1988. 100 p. MASLE, J. Competition among tillers in winter wheat: consewuences for growth and development of crops. In: Wheat Growth and Modeling. New York, Plenum Press. 407p. p.33-54 (NATO ASI series, Series A, Life Sciences; v.86. Proceedings of a NATO advanced Research Workshop on Wheat growth and Modeling). 1985. MAYER, A. M. & POLJAKOFF-MAYBER, A. The germination of seeds. 4 ed. Pergamon Press, 1989. 270 p. MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo: características e manejo em pequenas propriedades. Chapecó: Ed. do Autor, 1991. NICOLARDOT, B.; RECOUS, S. & MARY, B. Simulation of C and N mineralisation during crop residue decomposition: A simple dynamics model based on the C/N ratio of the residues. Plant Soil, 228:83-103, 2001. NOVAIS, F.R.; SMYTH, T.J. Fósforo em solo e planta em condições tropicais. Viçosa: UFV, 1999. OLIVEIRA, M.W.; TRIVELIN, P.C.O.; PENATTI, C.P.; PICCOLO, M.C. Decomposição de nutrientes da palhada de cana-de-açúcar em campo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 34, p. 2359-2362, 1999. OLIVEIRA, T.K.; CARVALHO, G.J.; MORAES, R.N.S. Plantas de cobertura e seus efeitos sobre o feijoeiro em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 37, p. 1079-1087, 2002. OZTURK, A.; CAGLAR, O.; BULUT, S. Growth and yield response of facultative wheat to winter sowing, freezing sowing and spring sowing at different seeding rates. Journal of Agronomy and Crop Science, v.192, p.10-16, 2006. PAULETTI, V. A importância da palhada e da atividade biológica na fertilidade do solo. In: CURSO SOBRE ASPECTOS BÁSICOS DE FERTILIDADE E MICROBIOLOGIA DO PRIMAVESI, O.; PRIMAVESI, A.C.; ARMELIN, M.J.A. Qualidade mineral e degrabilidade potencial de adubos verdes conduzidos sobre Latossolos, na região tropical de São Carlos, SP, Brasil. Revista de Agricultura, Piracicaba, v. 77, p. 89-102, 2002. RANELLS,N.N.; WAGGER, M.G. Nitrogen release from grass and legume cover crop monocultures and bicultures. Agronomy Journal, Madison, v. 88, n. 5, p. 777 - 82, 1996. RIZZI, S. P. Caracteres morfo-fisiológicos e produtividade de cultivares de aveia branca. Passo Fundo,: Universidade de Passo Fundo (UPF), 2004. Mestrado (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. P- 86. 60 RIZZI, S. P. Caracteres morfo-fisiológicos e produtividade de cultivares de aveia branca. 2004. 86 f. Mestrado (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Passo Fundo. ROCHA, Rubson. et al., Caracterização Multivariada da Aveia Forrageira no Oeste Catarinense. II. Análise dos genótipos. In: XXIV Encontro Nac. de Eng. de Produção. Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de nov de 2004. ROSOLEM, C.A.; CALONEGO, J.C.; FOLONI, J.S.S. Lixiviação de potássio da palhada de espécies de cobertura de solo de acordo com a quantidade de chuva aplicada. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 27, p.355-362, 2003. ROSSETTO, C, A, V.; NAKAGAWA, J. Acúmulo de matéria seca em plantas de aveia preta. Seminário de Ciências Agrárias, Londrina, v. 21, n. 1, p. 77-88, mar. 2000. Sangoi, L. Entendendo efeitos densidades de plantas sobre o crescimento do milho e do desenvolvimento:.. Uma questão importante para maximizar o rendimento de grãos Ciência Rural, v.31, p.159-168, 2001. SANTI, A. et al., Adubação nitrogenada na aveia preta. In - Influência na produção de massa seca e ciclagem de nutrientes sob sistema plantio direto. Rev. Bras. Cienc. Solo, Viçosa, v. 27, n. 6, p. 1075-1083, 2003. SBMP, DIAS, M. de S.; Melhoramento Genético da aveia branca no Rio Grande do Sul, Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas, Porto Alegre, p. 4-5, n°. 12, outubro 2007. SCHAEDLER, C. E. Potencial competitivo de cultivares de aveia com plantas concorrentes. 2008. 130 f. Dissertação (Mestrado em Fitossanidade) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2008. SCHAEDLER, C.E. et al., USO ASSOCIADO E CONTRIBUIÇÕES RELATIVAS DE GENÓTIPOS DE AVEIA E DE PRÁTICAS DE MANEJO À COMPETITIVIDADE DA CULTURA COM PLANTAS CONCORRENTES. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 27, p. 957-965, 2009. Número Especial. SCHUCH, L. O. B.; NEDEL, J. L.; ASSIS, F. N. de; et al., Emergência no campo e crescimento inicial de aveia preta em resposta ao vigor das sementes. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 6, n. 2, p. 97 - 101, 2000 a. SILVEIRA, G. et al., EFEITO DA DENSIDADE DE SEMEADURA E POTENCIAL DE AFILHAMENTO SOBRE A ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE EM TRIGO. Bragantia, Campinas, v.69, n.1, p.63-70, 2010. SOLO EM PLANTIO DIRETO, Cruz Alta, 1999. Palestras... Passo Fundo: Aldeia Norte, 1999. p.56-66. SOUTO, J. S.; ISHY, T.; ROSOLEM, C. A.; CAVARIANI, C. Distribuição do sistema radicular de aveia preta em função da população e espaçamento. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília. V. 27. n. 9, p. 1238-1289, 1992. 61 TAIZ, L.; ZEIGER. Fisiologia Vegetal / Lincoln Taiz Eduardo Zieger; trad. Eliane Romanato Santarém ...[et al.,] – 3 ed. – Porto Alegre; Artmed, 2004. THOMAS, H. 1995. Oats. In: Smartt, J. & Simmonds, N. W. (ed.) Evolution of crop plants. 2. ed. Longman Scientific & Technical, p. 132-136. THOMÉ, GCH; MILACH, SCK,.. FEDERIZZI, LC Resistência parcial à ferrugem da Folha los genótipos de aveia Pesquisa Agropecuária Brasileira, V.36, p.393-398, 2001. VALÉRIO, I.P.; CARVALHO, F.I.F.; OLIVEIRA, A.C.; MACHADO, A.A.; BENIN, G.; SCHEEREN, P.L.; SOUZA, V.Q.; HARTWIG, I. Desenvolvimento de afilhos e componentes do rendimento em genótipos de trigo sob diferentes densidades de semeadura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.43, p.319- 326, 2008. VEGA, CRC; ANDRADE, FH; SADRAS, VO; Uhart, SA; VALENTINUZ, ou de sementes número como uma função do crescimento. Um estudo comparativo em soja, girassol e milho. Crop Science, v.41, p.748-754, 2001 WENDLING, A; ELTZ, F. L. F.; CUBILLA, M. M. et al., Recomendação de adubação Nitrogenada para aveia em sucessão ao Milho e Soja sob Sistema de Plantio Direto no Paraguai. R. Bras. Ci. Solo, 31:985-994, 2007. WHITE, E.M. Structure and development of oats. In: WHELCH, R.W. The oat crop. London: Chapman e Hall, 1995. p.369-408. Sites consultados: <http://www.anutricionista.com/aveia.html> Acessado em 09/01/2012. <http://delta-intkey.com/grass/www/avena.htm> Acessado em 19/01/2012. EMBRAPA, Trabalhos Científicos. Publicações. Disponível em: <http//:www. cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD45.html> Acessado em: 19/01/2012. Núcleo de Sementes da UFSM. Disponível no endereço: <http://www.ufsm.br/sementes/textos/vigor.pdf> Acessado em 19/01/2012. Disponível no endereço: <http://dc392.4shared.com/doc/7HUKCNd2/preview.html> Acessado em 19/01/2012. <http://www.vanass.com.br/produtos/aveia_branca/17 Acessado dia 13/02/2012.> 62 APÊNDICE 63 APÊNDICE A – Croquis da área experimental U R S -2 3 IV 600 B R IS A S U L 100 900 300 100 600 U R S -2 3 III 100 600 900 100 900 B R IS A S U L II 300 100 I 600 600 300 100 900 U R S -2 3 600 300 600 U R S -2 3 300 300 B R IS A S U L 300 900 900 B R IS A S U L 900 100 900 300 600 100 CANA IRDER ESTRADA Figura 1. Croqui da área experimental sobre resíduo de milho. ESTRADA Figura 2. Croqui da área experimental sobre resíduo de soja. IV 900 III 300 II 600 I 100 300 600 900 100 300 600 B R IS A S U L IRDER CANA 900 U R S -2 3 100 900 300 U R S -2 3 600 900 300 100 B R IS A S U L 600 900 100 300 B R IS A S U L 100 900 600 U R S -2 3 100 600 300 600 B R IS A S U L 100 300 900 U R S -2 3