Programa e Resumos V JORNADA CIENTÍFICA EM PESQUISA SOCIAL 26, 27 E 28 DE MAIO DE 2008 LOCAL: Centro Cultural Campus Três poços CADERNOS UniFOA - ESPECIAL V JORNADA CIENTÍFICA EM PESQUISA SOCIAL CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA ANO III - maio/2008 ISSN 1982 - 1816 EXPEDIENTE FOA Presidente Dauro Peixoto Aragão Vice-presidente Jairo Conde Jogaib Superintendente Geral José Ivo de Souza Superintendente Executivo Eduardo Guimarães Prado UniFOA Reitor Jessé de Hollanda Cordeiro Júnior Pró-Reitora Acadêmico Cláudia Yamada Utagawa Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Maria Auxiliadora Motta Barreto Pró-Reitora de Extensão Teresa Cristina Seabra de Almeida Cadernos UniFOA Editora Executiva Flávia Lages de Castro Editor Científico Marcelo da Silva Genestra Capa e Editoração Daniel Ventura Curso de Serviço Social Coordenadora Mônica Santos Barison Comissão Organizadora Aurea Cristina Santos Dias Karin Alves do Amaral Escobar Mônica Santos Barison Peterson Leal Pacheco Ranieri Carli APRESENTAÇÃO A Jornada Cientifica em Pesquisa Social, em sua quinta edição, se constitui como uma das estratégias do Curso de Serviço Social do UniFOA para a materialização da sua política pedagógica, que persegue o objetivo de oferecer formação profissional pautada na articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. O evento se constitui, essencialmente, como espaço de exposição de trabalhos científicos dos discentes, docentes e profissionais que atuam no campo social, na perspectiva de estabelecer redes de relações junto a instituições que desenvolvem algum tipo de pesquisa social. Cumpre ainda o papel de despertar o interesse do aluno da graduação pela iniciação cientifica, possibilitando o aprendizado acerca da formulação de trabalhos relativos às atividades das disciplinas, dos projetos de pesquisa, do estágio curricular ou do Trabalho de Conclusão de Curso. A abertura da V Jornada de Pesquisa Social conta com o debate de temática que se apresenta como desafio de profissionais pesquisadores na contemporaneidade: a intersetorialidade e o processo de organização das políticas sociais. Como nos anos anteriores, as temáticas abordadas estão vinculadas às linhas de pesquisa do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Centro Universitário e expressam a diversidade de interesses dos participantes pelo estudo da complexidade que configura o conjunto das relações sociais. edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Boa Jornada! Comissão Organizadora PROGRAMAÇÃO Data: 26 de Maio Sessão de Abertura Debate “A Política Social na Contemporaneidade: os Desafios da Intersetorialidade” Palestrantes: Profª Janete Luzia Leite - Doutora em Serviço Social, Professora Adjunta da Escola de Serviço Social da UFRJ Profº Mauricio Caetano Matias Soares - Mestre em Políticas Sociais –UFF, Assistente Social do Serviço de Atenção Domiciliar MS/SAD/RJ, Pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Políticas Sociais, Questão Social e Serviço Social –ESS/UFRJ Coordenação da Mesa: Profª Aurea Dias Data: 27 de Maio Mesa de Debates 2: Coordenação da Mesa: Profª Ursula Adriane Fraga Amorim Produção de Subjetividades e Saberes “O conceito de ‘Vida Humana’ e as novas biotecnologias da reprodução: analisando uma rede de controvérsias” Autores: Eder Frossard de Andrade Mateus de Oliveira Vale Rafael Lima Ribeiro Orientador: Julio Cesar de Almeida Nóbrega Trabalho e Sociabilidade “Trabalho e Quilombolas: as relações de trabalho dos residentes do quilombo São José da Serra/Valença RJ)” Autora: Daline Lopes Cortes Orientadora: Aurea Dias edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Práticas Sociais e Cidadania “ A violência contra a criança e as construções culturais” Autora: Juliana de Paula Novaes Orientadora: Daniele do Val “Terceira Idade: os novos consumidores de turismo” Autora: Marilia Teixeira dos Santos Orientadora: Carolina Dutra de Araujo “Direito e Cidadania: os impactos da interdição no cotidiano de vida dos portadores de transtornos mentais” Autores: Joanna de Oliveira Orientadora: Mônica Barison Cadernos UniFOA on-line Mesa de Debates 1: Coordenação da Mesa: Profa Karin Amaral Alves Escobar “Feira Livre e Cultura no Município de Volta Redonda” Autora: Ana Flora Fernandes Cavalcanti Orientadora: Débora R. C. Candido Interdisciplinaridade e Trabalho Profissional “ A Hotelaria Hospitalar como fator de redução de custos e conquistas de mercado em hospitais particulares de Volta Redonda” Autora: Marcela Kristal de Almeida Duarte Orientadora: Carolina Dutra de Araujo Data: 28 de maio Mesa de Debates: Coordenação da mesa: Profº Peterson Leal “Perfil dos Idosos atendidos no Grupo de Acolhimento do Centro Gerontológico da AAPVR” Autora: Paula Gurgel Inácio Orientadora: Karin Alves do Amaral “ Ligue-Idoso – Violência e Velhice no Municipio de Volta Redonda: um estudo sobre os usuários da ouvidoria” Autores: Alessandra Santos Torres Dias Emanuele Dalpra Afonso Orientadora: Helenice Morais Sales Colaboradores: Sandra Martins Rubianara Cabral Barbara de Souza Silva “A Política de Saúde e o Tratamento Fora de Domicílio – Dilemas e possibilidades do Município de Porto Real” Autora: Aparecida Maria Amaral Silva edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 “ Planejamento familiar e prevenção de doenças sexualmente transmissiveis e AIDS no município de Volta Redonda” Autores: Camila Lopes de Souza Leila Teixeira Pinto Carmo Natalia Galbas Alves Regina Celia M. Caetano Orientadora: Roberta Oliveira Ferreira Cadernos UniFOA on-line Estado, Sociedade e Políticas Sociais “A ‘Questão social’ no século XXI e a inserção do Brasil na era neoliberal” Autores: Camila Faria Eduardo de Souza Isabel Castro Joanna de Oliveira Vinicius Ribeiro Orientador: Rodrigo Castelo Branco “ A realidade do idoso institucionalizado no município de Volta Redonda” Autora: Barbara de Souza Silva Dayane Roberta da Silva Larissa Fagundes Costa Silene de Assis Ribeiro Orientadora: Karin Alves Amaral Escobar “ Metodos de pesquisas necessárias para elaboração de políticas publicas com crianças em situação de rua” Autoras: Débora Tavares Rodrigues Luci Leila S. Viana Orientadora: Carolina Dutra de Araujo “ O caráter conta” Autoras: Flávia Bellei Moreira Livia Gávio Coutinho Suellen Bitencourt Orientadora: Carolina Dutra de Araujo edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line “ Área de Lazer Publicas de Barra Mansa: um olhar sobre a acessibilidade para portadores de necessidades especiais” Autores: Marvio Fonseca Leite Túlio José Leonardo Dominato Orientadora: Carolina Dutra de Araujo MESA DE DEBATES A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E AS CONSTRUÇÕES CULTURAIS edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Autora: Juliana de Paula Novaes; Daniele do Val Santa Bárbara (orientadora) Resumo: O presente trabalho visa debater sobre os padrões culturais socialmente construídos enquanto um importante determinante de práticas violentas gestadas contra as crianças. O debate entre as representações culturais, a violência e a população infantil deriva de uma produção acadêmica elaborada para uma apresentação oral na disciplina de Seminário de Família, Infância e Adolescência, ministrada pela professora Daniele do Val na turma do sétimo período de Serviço Social. O que se coloca em pauta na apresentação da temática é a análise da ligação entre os termos cultura e violência contra a criança, de modo a evidenciar a inter-relação entre os mesmo, traçando algumas linhas de raciocínio entre a história e a pratica da cultura nas sociedades, bem como pontuar algumas questões relevantes para o enfrentamento da violência contra a criança a partir do entendimento do caráter heterogêneo e mutante das produções culturais. TERCEIRA IDADE: OS NOVOS CONSUMIDORES DO TURISMO edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Autoras: Marilia Teixeira dos Santos; Carolina Dutra de Araujo (orientadora) Resumo: O público da terceira idade busca o contato com novas pessoas, culturas diversificadas e atitudes renovadas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar a estrutura do turismo atual para este público; conhecer as particularidades e necessidades do turista idoso; incentivar e criar programas de lazer, esporte e atividades físicas que proporcionem a melhoria da sua qualidade de vida e estimulem sua participação na comunidade. Assim, poderá haver integração da associação de bairros e agências locais com a Prefeitura em prol dos benefícios a serem adquiridos, como também, estimular e incentivar as empresas e o público que se encontra prestes a se aposentar para se preparar de uma maneira adequada, positiva e vital. Os 122 (cento e vinte e dois) idosos da amostra foram questionados diretamente na Associação dos Aposentados e Pensionistas (Unidade Barra do Piraí), em diversos horários, onde a pesquisadora abordou os entrevistados. Os questionários foram estruturados em dois blocos: a) bloco 1, foram estudados os significados de qualidade de vida (10 perguntas fechadas em escala Likert); b) bloco 2, identificação da satisfação dos idosos com as políticas e práticas de atividades voltadas para o lazer e entretenimento na cidade de Barra do Piraí (pergunta fechada tipo sim, não ou não sabe).Análise dos resultados: Compreensão sobre qualidade de vida: Foi observado que a definição que eles deram foi à busca da valorização do bem-estar na terceira idade. Alguns aspectos importantes: o bom relacionamento, hábitos saudáveis, poder aprender mais, de se possuir bem-estar, alegria e amor. Satisfação do idoso: Os dados levantados levam a crer que os idosos não estão, de uma forma geral, satisfeitos com as políticas e práticas utilizadas pela Prefeitura local. Não há um período certo na preparação para o envelhecimento, creio que começamos a partir do momento que lidamos bem com este envelhecimento natural, ou seja, se encararmos a velhice como mais uma etapa da vida, já estará sendo criado o alicerce para vivenciarmos esta fase com amadurecimento, disposição e saúde. Envelhecer é uma dádiva e não um problema, tudo dependerá do enfoque dado. DIREITO E CIDADANIA: OS IMPACTOS DA INTERDIÇÃO NO COTIDIANO DE VIDA DOS PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Autoras: Joanna Oliveira; Mônica Santos Barison (orientadora) Resumo: Este trabalho apresenta, parcialmente, o estudo que está sendo desenvolvido na pesquisa “Direito e Cidadania: os impactos da interdição no cotidiano de vida dos portadores de transtornos mentais”. Problematiza-se a relação entre a afirmação da positividade da cidadania dos portadores de transtornos mentais e as práticas sociais que postulam a necessidade de decretar incapacidade civil através da interdição para protegê-los. Ou seja, identifica o paradoxo entre o movimento contemporâneo que impõe a necessidade de se reconhecer o status de cidadania do louco e o decreto da interdição que impossibilita o exercício dos atos civis. A pesquisa pretendeu conhecer a realidade de vida de portadores de transtornos mentais que foram interditados, para elucidar a existência de relações entre esta condição e o processo de garantia de seus direitos. A pesquisa foi reconhecida como qualitativa. Utilizaram-se como instrumentos: entrevista semi-estruturada, questionário e observação participante. O universo foi de portadores de transtornos mentais (e seus respectivos curadores) que foram interditados na 2ª Vara de Família da Comarca deste município. Inicialmente, realizou-se levantamento dos processos de interdição que tramitavam na 2ª Vara de Família na ocasião do trabalho de campo. Identificou-se a existência de 262 processos. Em seguida, foi realizada, em 1/3 deste quantitativo (86), uma busca para levantar os processos de interdição cujos sujeitos eram portadores de transtornos mentais, identificando 19 casos. Foram utilizados os laudos constantes para a seleção dos casos. Por fim, dentre os 19 processos, foram escolhidos, aleatoriamente, 1/3 dos casos (06) para feitura de visita domiciliar para realizar o levantamento de dados, segundo os objetivos da pesquisa. Reflexões foram produzidas, a partir das falas dos sujeitos entrevistados: a interdição foi requisitada pelos familiares para se cumprir exigências para a requisição/concessão de benefícios assistenciais ou previdenciários ou ainda para representar o interditando junto ao INSS ou banco; os sujeitos entrevistados identificam que a interdição significa a possibilidade de se garantir o acesso/administração de benefícios; tais necessidades foram identificadas pelo curador em função da falta de autonomia dos portadores de transtornos mentais de fazê-lo; o louco é reconhecido como incapaz pela impossibilidade de se inserir no mercado de trabalho, não tendo função, tornando-se dependente; na visão dos entrevistados, o exercício dos atos civis não é visualizado como direito, pois não se identifica sua utilidade prática; além disso, não é identificada a possibilidade de serem produzidas mudanças na vida dos loucos, ao que se refere à construção de autonomia; se o portador de transtorno mental, na visão dos entrevistados, é incapaz para o trabalho, para que favorecer a construção de outras formas de inserção social? o tratamento oferecido aos interditados, na visão dos entrevistados, não é identificado como mecanismo para contribuir na produção de autonomia, mas somente para “controlar crises”; tal entendimento sobre o tratamento foi construído em função da prática da psiquiatria, que apresentou a internação/medicação como terapêuticas apropriadas para a assistência; de fato, verifica-se, nos casos estudados, que a maioria recebe apenas tratamento medicamento, o que contraria os princípios e diretrizes que organizam as políticas sociais nesta área e não possibilita a construção de novas formas de inserção social. edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autores: Eder Frossard de Andrade; Mateus de Oliveira Vale; Rafael Lima Ribeiro; Júlio César de Almeida Nobre (orientador) Resumo: Com o advento das novas biotecnologias de reprodução, passamos a conviver com intensas turbulências no que se refere ao conceito de vida humana. Tais tecnologias parecem produzir um mundo bastante vertiginoso para olhares habituados a conceber a representação de humano como sendo uma fronteira natural. Essas perspectivas parecem ancoradas em uma concepção de tecnociência e humanidade como polaridades estanques. Na atualidade nos deparamos com uma intensa e constante mistura entre aquilo que entendemos por humanidade e não-humanidade. Questões como a infertilidade, a reprodução medicamente assistida, a clonagem e principalmente as pesquisas com células embrionárias apontam para uma reprodução e condição humanas cada vez mais imbricadas com o artifício. No presente trabalho abordamos tal cenário a partir do pensamento de Bruno Latour. Em sua teoria das Redes Sociotécnicas, todo e qualquer fato – entendido como puro – depende de um processo bastante conectivo, onde humanos e não-humanos o colocam em circulação. O foco se volta para a potência de intensas traduções. Com conceito “vida humana” não é diferente. A partir de lentes híbridas nos debruçamos sobre uma atualidade de intensa controvérsia, onde a natureza do que chamamos humano parece estar em jogo em meio a uma diversidade de mediações. Com o intuito de estudarmos a dinâmica conectiva de tais controvérsias a envolver as novas biotecnologias da reprodução, objetivamos as diferentes traduções da vida humana feitas por múltiplos actantes no controvertido tema. Analisamos alguns periódicos de grande visibilidade e influência no Brasil, tais como a revista Época, o Jornal do Brasil, o jornal Folha de São Paulo – todos os três em suas versões On-Line – e a revista jurídica Consulex. Nosso recorte temporal foi limitado entre 2007 e 2008 devido ao grande dinamismo na área de discussão. 10 Cadernos UniFOA on-line O CONCEITO DE “VIDA HUMANA” E AS NOVAS BIOTECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO: ANALISANDO UMA REDE DE CONTROVÉRSIAS edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Daline Lopes Côrtes; Aurea Cristina Santos Dias (orientadora) Resumo: O interesse desta é pesquisa é o estudo das relações de trabalho dos residentes no quilombo São José da Serra - Valença/RJ. A principal categoria teórica que subsidia nossas análises é trabalho, por nós entendida como elemento fundante das relações sociais. Os quilombolas têm sido histórica e cientificamente (re)conhecidas como de escravos fugidos do regime de trabalho cativo vigente no Brasil por mais de três séculos, sendo que atualmente, devido à heterogeneidade das origens dos quilombos, sua definição tornou-se mais abrangente “grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida característicos e na consolidação de um território próprio” (O’DWYER, 2002:18), tendo extrema relevância à auto-definição dos sujeitos. Consideramos os quilombos, importante forma de “resistência negra” ao regime escravocrata, que foram duramente perseguidos durante todo o período colonial. Em 1740, o conselho Ultramarino, órgão colonial responsável pelo controle central patrimonial, considerava quilombo “toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenha ranchos levantados nem se achem pilões neles” (O’DWYER, 2002:47). Mesmo hoje, após centenas de anos, essa idéia distorcida de quilombo ainda permanece no imaginário de parte da sociedade. Insistir em tal conceito significa negar ou tornar invisível o verdadeiro sentido e a história dos quilombos. Após a pesquisa de campo, realizada em janeiro de 2008, foi possível observar diversos pontos importantes da vida e do trabalho dessa população, sendo a falta de trabalho evidenciada como problema em todas as entrevistas e conversas realizadas com os moradores do quilombo. Como conseqüência gritante temos o esvaziamento do quilombo, que hoje tem aproximadamente 96 moradores, segundo relatos hoje no quilombo temos um quarto da população original. Os quilombolas jovens e adultos que residem no quilombo em sua maioria trabalham como diaristas em fazendas bastante distantes das suas residências. O trabalho, ponto chave dessa análise, encontra-se precarizado e escasso, segundo os relados dos quilombolas essa situação se agravou com o declínio da lavoura de café e o inicio do processo de titulação das terras. Aos pensarmos nas causas, podemos verificar que a expansão da criação de gados (em detrimento das lavouras) fez com que houvesse uma redução da mão de obra necessária, fato intensificado pelo conflito entre os quilombolas e os fazendeiros locais que passaram a não utilizar-se da força de trabalho dos quilombolas com retaliação pela ameaça de perderem suas terras. Deste modo a luta por trabalho configura-se o elemento central da manutenção da comunidade. 11 Cadernos UniFOA on-line TRABALHO E QUILOMBOLAS: AS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS RESIDENTES NO QUILOMBO SÃO JOSÉ DA SERRA (VALENÇA/RJ) edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Ana Flora Fernandes Cavalcanti; Débora R. C Candido (orientadora) Resumo: O presente estudo tem por objetivo o levantamento de dados para a avaliação da feira-livre de Volta Redonda na condição de patrimônio cultural imaterial. Objetiva ainda, ponderar a influência das mudanças culturais ocorridas nas últimas décadas com relação ao comportamento do consumidor e feirante, assim como a organização dos espaços e a relação com a concorrência, imprimindo assim, a relação entre a feira, a cultura local, a identidade da população/cidade e o contexto do turismo. A metodologia de pesquisa adotada foi a realização de entrevistas junto aos feirantes e órgãos públicos relacionados ao setor e ainda a aplicação de questionários junto ao público consumidor. A população de amostra é em primeira instância a dos feirantes, seguida de seus clientes - moradores da cidade e visitantes, uma vez que através deste contexto de consumo, se pretende identificar as relações com o objeto de estudo. Além do levantamento bibliográfico, foi realizada pesquisa documental junto ao acervo do Instituo de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU), a fim de identificar o perfil das relações estabelecidas no município e aproximar a pesquisa do olhar da população e sua possível identidade com o tema. O capitulo inicial faz uma contextualização da feira-livre, identificando suas principais características, suas mudanças ao longo do tempo, além de peculiaridades. Posteriormente, analisa a feira-livre em seu contexto atual, buscando valores como identidade, patrimônio e cultura presentes nas relações da comunidade com o objeto de estudo. No capitulo final, busca destacar a importância da preservação do patrimônio e sua co-relação com o turismo. Acredita-se que este trabalho possa contribuir futuramente no planejamento de projetos que visem a preservação e a valorização da feira-livre de Volta Redonda como Patrimônio Imaterial Cultural da cidade e conseqüentemente na busca por soluções que visem uma melhoria significativa no ambiente e na qualidade da experiência das pessoas que o freqüentarem e que o constroem. Considerando a feira como parte da dinâmica do município de Volta Redonda, que se encaixa na paisagem e no cotidiano da população, torna-se plausível argumentar que faz parte da vida cultural da população, ultrapassando as relações de compra e venda e indo em direção a um conjunto de hábitos e idéias interiorizadas por estes indivíduos. 12 Cadernos UniFOA on-line FEIRA LIVRE E CULTURA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA A HOTELARIA HOSPITALAR COMO FATOR DE REDUÇÃO DE CUSTOS E CONQUISTA DE MERCADO EM HOSPITAIS PARTICULARES DE VOLTA REDONDA 13 edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Autoras: Marcela Krístal de Almeida Duarte e Carolina Dutra de Araujo (orientadora) Resumo: O artigo trata de um tema recente no mercado hospitalar, a hotelaria dentro deste meio de hospedagem é de grande valor para a recepção do cliente e seu bom atendimento. Através deste artigo desejamos comprovar a importância da Hotelaria Hospitalar tanto para clientes quanto para a empresa, explorar suas formas de implantação dentro de uma adaptação da hotelaria convencional para a hospitalar, apresentar bases para um gestor hoteleiro fazer parte do corpo diretor de serviços de apoio à área médica e orientar aos empresários da saúde a importância da presença deste profissional mesmo antes da inauguração do hospital. O Estado do Rio de Janeiro, é o segundo Estado em população com planos de saúde e a cidade de Volta Redonda, dentro da nossa região é a maior e melhor cidade em desenvolvimento econômico e social. A Hotelaria Hospitalar, de uma maneira sistêmica, tem oferecido resultados interessantes à empresa e ao cliente. Como procedimentos metodológicos serão realizadas observações in loco e revisão bibliográfica. A gestão em Hotelaria Hospitalar vem lutando a cada dia para ganhar espaço junto às profissões antigas como enfermagem e medicina, no entanto, tem encontrado espaço para crescer e mostrar seu valor, pensa-se que daqui a alguns anos, os hospitais sentirão tanto a necessidade de um profissional da hotelaria para acomodar seu paciente/cliente quanto de um médico para tratá-lo. edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autores: Rodrigo Castelo Branco (orientador); Camila Faria; Eduardo de Souza; Isabel Castro; Joanna de Oliveira; Vinicius Ribeiro Resumo: Frente aos argumentos das ideologias dominantes, observamos que a fome, a desigualdade e o desemprego que imperam na atual conjuntura, longe de ser um problema individual, é antes de tudo uma “questão social”, proveniente de tensões entre classes em um sistema contraditório. Por este motivo, o objeto de estudo de nossa pesquisa se constitui no agravamento da “questão social” em meio ao advento do neoliberalismo. O tema é atualmente muito debatido nos meios acadêmico e político, tendo em vista os impactos da ofensiva burguesa contra-revolucionária que atinge direta e indiretamente a classe trabalhadora. Segundo o World Report de 2001 da ONU, 86% das riquezas estão concentradas nas mãos de 20% dos mais ricos da população mundial, enquanto os 20% mais pobres apropriam-se somente de 1% de toda a riqueza socialmente produzida. O BIRD afirma que mais de 2 bilhões de seres humanos encontram-se abaixo da linha de pobreza e miséria. O relatório Panorama Social da América Latina 2007, aponta que o continente americano tem cerca de 190 milhoes de pessoas pobres, sendo 69 milhões indigentes. No Brasil, recente pesquisa do IPEA (2008) comprova que os 10% mais ricos concentram 75,4% da riqueza nacional. Devido a estes fatos, observamos que é de grande relevância o estudo deste tema, visto que a “questão social” e suas expressões constituem o objeto de trabalho do assistente social, ganhando centralidade nos debates travados pelos cursos universitários mais avançados de serviço social e pela categoria profissional como um todo. Dentre as nossas pretensões, destacamos as seguintes como centrais: construir reflexões sólidas sobre conceitos teóricos correntes nas ciências sociais; apreender os movimentos e mudanças da sociedade capitalista na atual fase contemporânea do imperialismo; e, debater a “questão social”, matéria fundante do serviço social. Neste caso, essas reflexões teóricas têm por finalidade proporcionar aos pesquisadores um melhor embasamento a respeito de determinadas categorias teóricas. O objetivo último é formar um profissional qualificado para intervir nas diversas expressões da “questão social”, bem como formar pesquisadores e formuladores de políticas sociais. Na construção do corpo teórico de nossa pesquisa, nos utilizaremos de uma bibliografia sobre financeirização, neoliberalismo, “questão social” e trabalho. Sendo assim, apuraremos e revisaremos este material atentando para leituras complementares afins. Cumprida esta etapa, realizaremos, em estudos monográficos, pesquisas sobre a realidade social da região Sul Fluminense, em particular, e do Brasil, em geral. 14 Cadernos UniFOA on-line A “QUESTÃO SOCIAL” NO SÉCULO XXI E A INSERÇÃO DO BRASIL NA ERA NEOLIBERAL edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Roberta Oliveira Ferreira (orientadora); Camila Lopes de Souza; Leila Teixeira Pinto Carmo; Natalia Galbas Alves; Regina Célia M. Caetano. Resumo: O projeto de pesquisa “Planejamento familiar e prevenção de DSTs e AIDS no Município de Volta Redonda”, se desenvolveu durante os anos de 2006 e 2007. Estabelecemos o grupo de estudos sobre o campo da saúde. Especificamente, sobre o debate atual a respeito do planejamento familiar e a prevenção de DSTs e AIDS no Brasil e no Município de Volta Redonda. Realizamos uma pesquisa bibliográfica a respeito do tema pesquisado. Assim como, pesquisamos a legislação brasileira sobre o planejamento familiar. Procedemos entrevistas com profissionais de saúde da rede municipal e usuários dessa mesma rede. Constituíram-se como pontos de análise dessa pesquisa: a questão do acesso a política de planejamento familiar, a trajetória histórica e o desdobramento dessa política social no município no amplo contexto das políticas de saúde. Em Volta Redonda, há uma rede de saúde atuante no campo do planejamento familiar e na prevenção de DSTs e AIDS (Casa da Mulher e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) para HIV). O município recebe subsídios da ONG Benfam que historicamente no Brasil realiza parcerias com prefeituras para distribuição de preservativos, contraceptivos e treinamento de profissionais de saúde no campo da saúde reprodutiva e do planejamento familiar. Identificamos no município a atenção a saúde do casal com dificuldades de engravidar inclusive, com encaminhamentos para centros de pesquisa e hospitais universitários para investigação médica. No que concerne a articulação entre política de educação e saúde, não conseguimos identificar na rede de educação qualquer trabalho de cunho institucional com objetivo de prevenção / orientação que se remetesse a questão do planejamento familiar e a prevenção de DSTs e AIDS nas escolas. Os profissionais de saúde sujeitos da pesquisa, demonstraram conhecimento e criticidade a respeito da política de planejamento familiar em Volta Redonda. Pontuando inclusive, os pontos críticos da política como: dificuldade da população em acessar a política devido a falta de divulgação e dificuldade de se adequar as normas das reuniões dos grupos de planejamento familiar que são realizados nos postos durante o dia (horário de trabalho da população em geral). Os usuários do SUS que participaram da pesquisa, demonstraram pouco conhecimento e pouca prática de uso da estrutura municipal para a atenção ao planejamento familiar e para a prevenção de DSTs e AIDS. Em geral, os entrevistados relataram que conheciam a distribuição de preservativos nos postos de saúde. Avaliamos ser fundamental a articulação entre as políticas de saúde e educação para a construção de uma rede de informação e orientação a população, com base na concepção de prevenção em saúde. Pontuamos a necessidade dos Assistentes Sociais presentes na política de saúde, compreenderem a importância da política de prevenção para DSTs e AIDS e da política de planejamento familiar ocupando os espaços existentes e trabalhando pelo desenvolvimento desse campo de atuação com objetivo de desburocratização do acesso. 15 Cadernos UniFOA on-line PLANEJAMENTO FAMILIAR E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS NO MUNICÍPIO DE VOLTA RENDODA – RJ. edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Paula Gurgel Inácio; Karin Alves do Amaral Escobar (orientadora) Resumo: A adoção de medidas de promoção e prevenção à saúde da população idosa tem sido muito eficaz na busca da qualidade de vida. Esta deve ser entendida como uma construção global referenciada a diversos aspectos do envelhecimento como fato individual e social. As alterações sociais desempenham um importante papel e em muitas situações a deflagração destes problemas pode ser atenuada com medidas preventivas. O grupo de acolhimento foi pensado dentro da perspectiva de sondar as necessidades sociais e de saúde dos idosos atendidos no Centro Gerontológico da AAPVR. Este estudo objetivou levantar um perfil dos idosos atendidos no grupo. Utilizamos como instrumento de coleta de dados um questionário com questões objetivas e subjetivas o qual denominamos de avaliação multidimensional de saúde, que os idosos preenchem no grupo de acolhimento. A amostra foi constituída de 60 idosos representando 30 % dos usuários. Alguns resultados apontam que em relação à idade existe uma predominância na faixa etária entre 70 a 79 anos. Quanto ao sexo podemos observar uma feminização do envelhecimento. O estado civil revela que a maioria é casada, seguida de viúvos e divorciados. Em relação à renda observamos que 36 % dos idosos recebem um salário mínimo, 24% de dois a quatro salários mínimos, sendo estes os dados mais significativos. Um dos grandes desafios para as políticas públicas de atendimento aos idosos é a promoção da inclusão social por meio da escolaridade. Percebemos que 37% deles possuem nível primário, 25% o 1º grau completo e 20% o 2º grau completo. Em relação à participação em grupo comunitário 80% dos pesquisados não freqüentam essa atividade. Apesar dos incentivos através de políticas públicas, percebemos que não existe uma cultura de participação social. Observamos que 27% dos idosos residem com o cônjuge, 25% sozinhos, 19% com os filhos e os demais 29% vivem com algum familiar. Avaliamos que do total de idosos pesquisados 60% adotaram alguma medida de promoção à saúde. A busca pela qualidade de vida é permanente e depende não só dos serviços oferecidos ou dos profissionais, mais principalmente do idoso que representa o principal sujeito da mudança. Acreditamos que as equipes ainda têm grandes desafios a serem enfrentados no dia-a-dia de trabalho: ajustar-se às realidades da velhice abrindo novas possibilidades de intervenção. 16 Cadernos UniFOA on-line PERFIL DOS IDOSOS ATENDIDOS NO GRUPO DE ACOLHIMENTO DO CENTRO GERONTOLÓGICO DA AAPVR edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Helenice Morais Sales (orientadora); Alessandra Santos Torres Dias; Emanuele Dalpra Afonso; Sandra Martins (colaboradora);Rubianara Cabral (colaboradora); Bárbara de Souza Silva (colaboradora) Resumo: O Ligue Idoso / Ouvidoria é um serviço novo, foi inaugurado em 30 de setembro de 2005, com objetivo de receber denúncias de violação de direitos da pessoa idosa, analisar e encaminhar para os recursos do município de Volta Redonda - RJ. É um serviço da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (SMAC) de Volta Redonda, sendo um serviço da Proteção Especial de Média Complexidade. Ao realizarmos essa pesquisa estaremos conhecendo a demanda do Serviço, pois somente conhecendo a realidade que poderemos propor projetos para intervenção profissional. Além de fornecer um suporte técnicooperativo, o que posteriormente, também contribuirá para a legitimação do Serviço e sua ampliação. Este trabalho é de extrema importância, tanto para que possamos conhecer a demanda do Ligue Idoso, quanto no que diz respeito à desmistificação da velhice, a autora Medeiros (2003) exemplifica alguns desses mitos “(...) velho não aprende, que não muda e que é improdutivo. E que a velhice é um tempo de perdas, onde não há aquisições...”; pois somente através de estudos que conseguiremos entender a velhice e os mitos que culturalmente traz consigo. O objetivo principal do projeto de pesquisa é conhecer o perfil da demanda do serviço – Ligue Idoso / Ouvidoria. A pesquisa é quali-quantitativa. Realizamos pesquisa documental que se deu através da análise de prontuários, à partir de uma amostragem de 10% das denúncias recebidas. Foram coletados dados tais como bairros de maior incidência, tipo de violência denunciada, relação dos idosos com seus agressores, etc. Foi realizada entrevista com roteiro de perguntas abertas e fechadas com idosos usuários do Ligue Idoso. O principal objetivo é nos aproximarmos da compreensão que estes cidadãos têm sobre a velhice, sobre direitos e políticas públicas direcionada aos idosos.Os dados já foram sistematizados e parcialmente apresentados à comunidade, o projeto encontra-se atualmente em fase de conclusão. 17 Cadernos UniFOA on-line LIGUE IDOSO – VIOLÊNCIA E VELHICE NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA : UM ESTUDO SOBRE OS USUÁRIOS DA OUVIDORIA A POLÍTICA DE SAÚDE E O TRATAMENTO FORA DE DOMICÍLIO: DILEMAS E POSSIBILIDADES DO MUNICÍPIO DE PORTO REAL 18 edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Autora: Aparecida Maria Amaral Silva; Roberta de Oliviera Ferreira (orientadora) Resumo: O objetivo do presente trabalho é refletir sobre o tema: O Tratamento Fora de Domicílio – TFD – na política de saúde do Brasil, e traçar o perfil dos usuários atendidos por esse serviço no município de Porto Real. O tratamento Fora do Domicílio – TFD – é um serviço prestado dentro da política de saúde que visa garantir, através do Sistema Único da Saúde – SUS, tratamento médico, de média e alta complexidade, a pacientes portadores de doenças intratáveis, por falta de condições técnicas, no município ou estado de origem. O TFD é uma realidade na política de saúde brasileira, além de ser um desafio na implantação do SUS, e na efetivação da proposta da saúde como direito de todos e dever do Estado. Um problema encontrado, durante o estágio, que levou à elaboração desse trabalho, foi a falta de conhecimento dos usuários, em relação à regulamentação que dá acesso a esse direito, e a outros direitos que lhes são garantidos. Assim sendo, o atendimento é solicitado como favor ou benesse, por parte do usuário e/ou do familiar. O trabalho de pesquisa foi realizado com pacientes que fazem tratamento contra o câncer, e os resultados da mesma indicam mudanças na realidade encontrada no campo de estágio, na medida em que evidenciam o perfil dos usuários; e indicam também a necessidade de aperfeiçoamento das ações que vêm sendo desenvolvidas no município. Além disso, apontam o desafio de efetivar as propostas preconizadas na legislação do SUS, na garantia dos direitos aos usuários e familiares que fazem tratamento fora de domicílio – TFD. E, ainda propõe romper, hoje, no século XXI, com a idéia do atendimento para o TFD, como favor dentro das bases do clientelismo. edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autores: Bárbara de Souza Silva, Dayane Roberta da Silva, Larissa Fagundes Costa e Sirlene de Assis Ribeiro; Karin Escobar (orientadora) Resumo: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, no Brasil a população idosa é o grupo que apresenta as taxas mais elevadas de crescimento. Para Veras (2003) a longevidade da população é um fenômeno mundial que traz importantes repercussões no campo social e econômico. Nesse sentido torna-se necessário que o Estado e a sociedade desenvolvam políticas públicas que disponibilize à pessoa idosa uma rede de serviços e ações capazes de reconhecer o idoso como sujeito de direitos garantindo assim o exercício de cidadania deste segmento. Debert (1999) afirma que a velhice é caracterizada pela dependência em função do avanço da idade ser considerado um processo de perdas. Veras (2003) sinaliza que envelhecer sem nenhuma doença crônica se constitui mais exceção do que regra, visto que a maioria das doenças crônicas que acometem os idosos tem na própria idade seu maior fator de risco. Faz se necessário uma ênfase na questão da prevenção de doenças promovendo mais autonomia nesta fase da vida. As doenças que causam dependência geram gastos crescentes e um custo elevado para os familiares, visto que atualmente nenhum sistema de atenção à saúde prevê uma oferta suficiente de serviços para atender essa demanda. Estas questões podem estar relacionadas com o fato de muitos familiares recorrerem a institucionalização como alternativa de cuidado ao idoso. De acordo com o Estatuto do Idoso, Lei 10.741/2003, se entende como garantia de prioridade dentre outras questões “priorização do atendimento ao idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência”. O objetivo geral dessa pesquisa é conhecer a realidade do idoso institucionalizado nas Instituições de Longa Permanência para idosos/ ILPI existentes no município de Volta Redonda. Pesquisas e estudos que possam refletir sobre esta realidade são relevantes e podem se transformar em fontes de contribuição para a gestão dos formuladores de políticas públicas. O universo da pesquisa será constituído de quatro instituições. Os sujeitos sociais envolvidos na pesquisa serão os idosos. Como instrumento de coleta de dados realizaremos pesquisa documental, questionário e entrevista. O processo de envelhecimento é humano e natural. O envelhecimento está diretamente vinculado aos direitos humanos, visto que a velhice significa o direito de viver. 19 Cadernos UniFOA on-line A REALIDADE DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Débora Tavares Rodrigues; Luci Leila S. Viana; Vânia Mishima; Carolina Dutra de Araujo (orientadora) Resumo: Sem dúvida, é cada vez mais crescente o aumento das políticas públicas diversas dentre os países que integram o Mercosul, sendo no Brasil um dos principais focos a área de crianças em situação de rua no Brasil. Sob tal aspecto, este estudo pretende analisar como no Brasil várias áreas e órgãos procuram intensificar sua participação nos estudos sobre este ramo, enquanto nos demais países do bloco econômico do qual faz parte predominam políticas assistencialistas e não mais programas sociais específicos para a melhoria da população. Logo, a academia aliada a centros de pesquisa vêm procurando driblar os problemas econômicos e políticos existentes na região a fim de reverter o quadro de abandono das crianças em situação de rua. Com esta finalidade, os temas foram apresentados e comparados, observando-se alguns problemas e suas possibilidades de solução, discutindo os indícios da relevância deste setor em diversas instituições nacionais, em conseqüência do crescimento da quantidade e da qualidade de ações realizadas no país. Nas últimas décadas, principalmente, tornou-se visível em especial nos países que compõem o Mercosul a necessidade de assistência aos impactos sociais que várias crises econômicas e políticas deixaram como conseqüência. No Brasil, destacou-se a atividade e o estudo na questão de crianças em situação de rua. Quando se obtém dados que associam corretamente metodologias observacionais elaboradas para utilização de pesquisa de campo e entrevistas estruturadas para a obtenção de dados, descobre-se como a criança utiliza o espaço de rua e como são influenciadas por ele, possibilitando uma discussão mais clara. Tais resultados são de suma importância para salientar quais os estudos adequados e as alternativas de intervenção em tal situação, enfatizando o apoio da participação comunitária a fim de atingir os melhores resultados e pesquisas mais completas e esclarecedoras, o que significa o amadurecimento da produção cientifica, na tentativa de sanar os efeitos dos impactos dos ajustes econômicos em países do Mercosul no âmbito social. 20 Cadernos UniFOA on-line MÉTODOS DE PESQUISAS NECESSÁRIAS PARA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RUA edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Autoras: Flávia Bellei Moreira; Lívia Gávio Coutinho; Suellen Bitencourt; Carolina Dutra de Araujo (orientadora) Resumo: Atualmente, no Brasil, vem sendo discutido o método de formação do indivíduo utilizado pelas famílias, pela justiça e pela educação, pois o aumento da violência está muito significativo. Para que seja formada uma pessoa com um caráter justo, bom e sincero, seria recomendável que os pontos principais de uma sociedade sejam a justiça, a educação em melhor condição para um cidadão no futuro e, por último, e não menos importante, a responsabilidade da família, do indivíduo, e da sociedade em geral para com o próximo. Neste artigo, o objetivo é dar uma ênfase à Política Educacional e em como o Assistente Social poderá intervir nos casos relatados no desenvolvimento deste trabalho. Estes casos acontecem por falta de instrução na escola? Por falta de responsabilidade dos pais ou do próprio indivíduo? E a justiça, como deve reagir em cada um deles? Para analisar essas questões foi realizada pesquisa bibliográfica. O caráter de uma pessoa se constrói ao decorrer de sua vida, mas é indispensável instituir valores imprescindíveis quando crianças para que haja um respeito mútuo dela com a sociedade quando adulto. E a família, a escola e a constituição são peças fundamentais para a formação de uma sociedade justa e igualitária, mas para que isso aconteça é necessário atribuir às mudanças teóricas para a prática, evitando assim a ocorrência de casos parecidos como os citados acima. E sendo a política educacional como um dos pressupostos capazes de intervir na construção do caráter do indivíduo, é necessário examinar as mudanças neste campo tomando como eixo de analise o significado que ela adquire no atual contexto das mudanças do mundo do trabalho e da cultura e nas novas formas de financiamento como parte de uma estratégia que rearticula e dá novo formato à relação público - privado na área de educação. E o assistente social é uma das peças chaves realizando a garantia do acesso, da permanência, da qualidade e da gestão democrática e participativa no âmbito da educação. Cabe ressaltar que é necessário utilizar programas educacionais com intuito de desenvolver nos indivíduos um ponto de vista moral crítico que ultrapassem a doutrinação e o conformismo dos valores da sociedade. 21 Cadernos UniFOA on-line O CARÁTER CONTA! ÁREAS DE LAZER PÚBLICAS DE BARRA MANSA: UM OLHAR SOBRE A ACESSIBILIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 22 edição especial - V Jornada Científica em Pesquisa Social 2008 Cadernos UniFOA on-line Autores: Márvio Fonseca Leite; Túlio José Leonardo Dominato; Carolina Dutra de Araujo (orientadora) Resumo: O lazer é um importante componente da qualidade de vida do cidadão e no caso dos portadores de necessidades especiais, ele possibilita a integração comunitária, o aumento da auto-estima além do desenvolvimento e descoberta de novas potencialidades individuais. Promover a acessibilidade no ambiente construído é proporcionar condições de mobilidade, com autonomia e segurança, constituindo um direito universal resultante de conquistas sociais importantes, que reforçam o conceito de cidadania. Nesta perspectiva, será avaliada a adequação dos equipamentos públicos de lazer do município de Barra Mansa, que podem ser utilizadas para o turismo, em relação à acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Acredita-se que essa seja uma questão prioritária do governo, já que o Plano Nacional de Turismo 2007-2010: uma viagem na acessibilidade, prioriza a inclusão de minorias sociais. As áreas analisadas em Barra Mansa serão aquelas apontadas no Inventário da Oferta Turística como atrativos do município.