UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL- UNIJUÍ TEORIA POLÍTICA PROFESSOR: DEJALMA CREMONESE DÉBORA SOUSA LOPES DOS SANTOS TEMA: VIOLÊNCIA VALENÇA – ABRIL- 2008 As pesquisas mais recentes mostram que um dos maiores problemas que afligem os cidadãos e preocupam a opinião pública em todo o mundo é a criminalidade. Desemprego - pesadelo que mais tem atormentado os trabalhadores - altas taxas de inflação, elevada carga tributária e altos custos financeiros, problemas tradicionais em qualquer país. A palavra violência pode ser defendida como sendo: "Qualidade do que é violento; abuso da força; tirania; opressão; veemência; ação violenta; coação jurídica; coação física ou moral". ( Dicionário Globo, 1995). Karl Marx aponta a existência das desigualdades sociais ( base da formação das classes sociais) como resultado das relações de produção típicas do sistema capitalista. Ele diz que: -" A história de toda sociedade até os nossos dias , é a história da luta de classes". As prisões não diminuem a taxa de criminalidade: pode-se aumentá-las, multiplicá-las ou transformá-las a quantidade de crimes e de criminosos permanece estável, ou, ainda pior, aumenta”. (Foucoult, 1987, p.221). Direito, Justiça, Política, Ética e outras grandezas humanas foram criadas por nossas extremas necessidades de sobrevivência em um ambiente hostil: ou criávamos essas dimensões para controlar a sociedade ou nos matávamos aos poucos. A sociedade exige dos seus membros conformidade com os seus valores e padrões estabelecidos . A desorganização pessoal ou desajustamento significa que o indivíduo não se ajusta com a sociedade em geral, ainda que, em muitos casos, ele possa estar ajustado a grupos menores dentro dela. Esse desajuste social, financeiro, econômico e cultural pelo qual passamos, é o resultado do desequilíbrio de forças que sempre favoreceu os estrangeiros em nosso detrimento, remontando aproximadamente cinco séculos. (Cardoso, 1999). Grupos de diferentes antecedentes culturais e diferentes padrões morais criam concepções diversas do que é certo e errado. O convívio social do capitalismo pósindustrial incentivou a chamada degeneração moral e, assim, permitiu o crescimento da atividade criminosa. Os cientistas enquadrados nessa corrente de pensamento acreditam que, devido o processo empresarial centralizador de capital e os avanços tecnológicos resultantes, os ambientes sociais tornaram-se mais propensos às atividades criminosas (Fukuyama, 1999). O fluxo migratório dos indivíduos para essa atividade ilegal estão estreitamente relacionadas com certas variáveis sócioeconômicas, tais como escolaridade, nível de renda per capita, índice de concentração de renda, densidade demográfica e grau de urbanização, entre outras, as quais são alteradas significativamente através do processo de desenvolvimento econômico do país. Já se apercebeu boa doutrina nas sociedades brasileiras, especialmente grandes metrópoles, trazendo um terror cotidiano, e trata-se da cultura do medo. Com efeito, sob essa clâmide de fobias, de paranóias, de neuroses de superdimensionamento do fato social crime, criam-se legislações de atropelo, autênticas carreiras a pisotear o já malversado sistema punitivo brasileiro. A demanda de punição, tem o condão de destruir qualquer resquício de racionalidade na condução da polis. Já previu no século XVII o filósofo Espinosa a qualidade triste que ao sentimento medo se poderia atribuir. Influenciado por esta triste paixão, desenvolveria o indivíduo uma falsa compreensão da realidade, guiar-se-ia por idéias imaginativas, inadequadas, teria tolhida sua capacidade de razão. TRIBO DE JAH - REFÉM DA VIOLÊNCIA Nosso belo país Nunca foi tão infeliz Todo dia é a mesma agonia Rumores de crise e turbulências A cidade é um campo minado em meio ao medo e a violência Não haverá paz Não haverá jamais Ordem e progresso algum Sem justiça e políticas sociais Sem leis iguais pra qualquer um S.O.S. norte, sul Leste e oeste Essa é a hora crucial De evitar o caos O ódio não nos trará melhor fim Jah não nos fez pra viver assim Acuados Cidadãos sitiados Nas ruas e residências Reféns da violência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARRERA, Fernandez, José. A Economia do crime revisitada. Economia e Tecnologia, v.1, n.3, p. 305- 318, Campinas: 1998. CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. CHAUÍ, Marilena. 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