10 Economia Terça-feira, 19 de maio de 2 Diário do Amazonas | visite D24am.com Para presidente do TST, ações vão crescer após terceirização 015 QUALIFICAÇÃO FDC passa a ocupar o 16º lugar no ranking das escolas de negócios Ministro diz que empresas também ficam sem segurança jurídica com a regra TEXTO Agência Brasil FOTO Marcelo Camargo/ABr BRASÍLIA O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Antônio José de Barros Levenhagen, disse ontem que, seconvertidoemleina forma como foi aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto que propõe novas regras para a terceirização aumentará o número de ações trabalhistas e, ao contrário do que tem sido ditopor alguns de seus defensores, “não dará segurança jurídica às empresas”. Segundo ele, tudo indica que os juízes trabalhistas terão “muita dor de cabeça” com as lacunas abertas e com a falta de parâmetros e de detalhamentos dodocumento. “Da forma como saiu da Câmara, (o projeto de lei) tem muitas normas em branco. Não há parâmetro, por exemplo, sobre se poderá terceirizar na atividade-fim cerca de 30% (do quadro), ou se o empregado terceirizado não poderá receber salários inferiores a 80% do empregado efetivo. Como não trata desses aspectos de forma explícita, e como não há referências padrão, poderá eventualmente redundar em várias ações para questionar se, na atividade-fim, pode-se pen- REGULAMENTAÇÃO Projeto da terceirização deverá tornar os processos mais lentos, diz o magistrado Para o ministro Antônio Levenhagen, os juízes trabalhistas terão “muita dor de cabeça” com as lacunas abertas pelas novas regras sar em terceirizar 99% . Convenhamos: isso seria um absurdo porque pode gerar uma insegurança jurídica maior do que a que temos hoje”, disse Levenhagen à Agência Brasil, durante simpósio sobre trabalho temporário. De acordo com o ministro, como não há parâmetros bem definidos, caberá ao magistrado decidir qual seria esse percentual. “Talvez um entenda que só possa terceirizar 40% do quadro; outro, 50%; outro, 90%. Outros entenderão que não pode haver uma discrepância de salário significativa. Há uma miríade (quantidade indeterminada) de possibilidades de discussões em ações judiciais. Por isso, nossa expectativa é que, aprovado o projeto na forma como foi aprovado na Câmara, tenhamos como resultado o incremento de demandas trabalhistas”, disse. Ao dar sua opinião pessoal sobre o assunto – deixando claro que, em parte, as explicações não representam a posição oficial do TST –, Levenhagen dis- se acreditar que, além de aumentar o número de ações trabalhistas, a regulamentação, da forma como está, tornará os processos mais lentos, uma vez que, em algumas situações, haverá mais etapas para a definição da responsabilidade pelo trabalhador. É o caso, por exemplo, da chamada quarteirização, situação em que, em função da necessidade de grande número de contratações, uma empresa terceirizada precise contratar outra empresa para dar conta da demanda. Indústrias do Vale de Eletrônicos de Minas interessadas no PIM projetam 3 mil empregos Pelo menos 3 mil empregos poderão ser gerados com a transferência de 40 empresas do Vale de Eletrônicos do município de Santa Rita do Sapucaí em Minas Gerais, para o Polo Industrial de Manaus (PIM), com investimentos de 20 milhões, com o fim dos incentivos fiscais daquela região, informou o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto. “A nossa implantação é de forma imediata. Das 153 em- presas no Vale de Eletrônicos, 40 delas poderão trazer linhas de produtos para produzir em Manaus”, disse, ao acrescentar que o objetivo de sua visita a Manaus é conhecer a Zona Franca, a ambiência do sistema para poder produzir. Segundo o presidente, das 153 empresas do Vale de Eletrônicos nem todas são passíveis de utilização do Processo Produtivo Básico (PPB), onde 60% das etapas da produção regionalizadas para a obtenção dos incentivos fiscais. “Por isso, a melhor opção é produzir na Zona Franca de Manaus, devi- OS NÚMEROS 40 das 153 empresas no Vale de Eletrônicos, de Santa Rita do Sapucaí, poderão transferir as suas linhas de produção para Manaus. do à competitividade ou então, na China”, disse o executivo. De acordo com Roberto Pinto, inicialmente, as empre- sas querem produzir toda linha de áudio e vídeo. “As placas de eletroeletrônicos, produtos eletrônicos que não recebem incentivos fiscais lá e tudo de novo que for lançado no mercado”, adiantou. O presidente estima que serão produzidos no PIM pelo menos 150 produtos novos diferentes. No PIM, já existem cinco empresas do Vale da Eletrônica desde 2007, que geram em torno de 600 empregos diretos e indiretos. Uma delas é do empresário Rodrigo Borges que emprega 80 funcionários de forma direta e 50, indireta. A Fundação Dom Cabral (FDC)- escola de negócios brasileira fundada em 1976, em Belo Horizonte, passou a ocupar o 16º lugar no ranking geral do tradicional jornal britânico Financial Times divulgado nesta segunda-feira, que classifica as 50 melhores escolas de negócios de todo o mundo. No Amazonas e o no Pará, a FDC é representada pela associada Outitude Business Solutions, que oferece programas de parceria empresarial, customizados, abertos e está montando as primeiras turmas do Norte da Especialização com ênfase em Negócios da FDC. O próximo programa aberto oferecido em Manaus será o Gestão Pública Contemporânea, que acontece em junho e é voltado para a capacitação do setor público. Reunião do Codam avaliará inve st imen tos de R$ 830 mi Na segunda reunião do ano, o Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) vai apreciar 24 projetos com investimentos estimados em R$ 830 milhões, que prometem gerar 1,2 mil vagas no mercado de trabalho, ao longo do período de até três anos, na reunião prevista para a próxima quinta-feira. Os principais projetos são para a produção de telefone celular, tablets e HDs são destaques na pauta, informou a Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti). A pauta está disponível no site www.seplancti.am.gov.br. No acumulado do ano, incluindo os projetos industriais aprovados em fevereiro, o investimento projetado pelo Codam, até o momento, é de R$ 2,12 bilhões e 2,9 mil novas vagas, em um total de 48 proposições encaminhadas pelas empresas.