Departamento de Química Universidade de Aveiro Dissertação de Mestrado Caracterização por GC-MS de óleos vegetais e ceras parafínicas Fátima Mirante 24 de Setembro 2007 Estrutura da apresentação Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras estudadas Resultados Conclusões 2 Motivação Utilização de recursos renováveis como fonte de energia e como novos materiais Possível cenário das fontes de energia ao longo dos próximos anos [1]. [1] Nakicenovic, Grϋbler, and Maconald, 1998 . 3 Motivação As reservas mundiais de petróleo convencional irão esgotar-se por volta do ano 2046. Reservas de petróleo em biliões de barris em 2003. Por cada 3.8 litros de gasolina que um automóvel queima, são libertados 10 kg de CO2 na atmosfera. 4 Motivação Coco Girassol Colza Óleos e gorduras vegetais Fonte de energia (Biodiesel) Mamona Cacau Palma Material para acumulação de energia térmica (PCM) Soja 5 Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras estudadas Resultados Conclusões 6 Objectivos Caracterizar por GC-MS óleos e gorduras vegetais transesterificadas; Analisar por DSC óleos e gorduras vegetais que fundem acima da temperatura ambiente. 7 Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras estudadas Resultados Conclusões 8 Biodiesel Definição Ésteres metílicos/etílicos produzidos a partir de óleos vegetais ou gorduras animais, e que tenha qualidade para ser usado como biofuel. Biodegradável; Não tóxico; Elevado ponto de inflamação; Boas propriedades lubrificantes; Vantagens ambientais. 9 Biodiesel Reacção de transesterificação Catalisador CH2 -OCOR1 + 3CH3OH CH2 -OH + R1COOCH3 CH -OCOR2 CH -OH R2COOCH3 CH2 -OCOR3 CH2 -OH R3COOCH3 Glicerol Ésteres Metílicos Triglicerídeo Metanol 10 Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras estudadas Resultados Conclusões 11 Materiais de Mudança de Fase Definição PCM – material armazenador de calor latente Temperatura/T T2 Sensível Sensível Latente Tf Elevado calor de fusão; Elevada condutividade térmica; Elevado calor específico; Sofrer pequena variação de volume na transição de fase; Fusão T1 Líquido Sólido Não ser corrosivo nem tóxico; Quimicamente estável; Energia térmica/Q 12 Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras Estudadas Resultados Conclusões 13 Amostras estudadas Óleos e gorduras vegetais Óleos e gorduras vegetais Óleo de rícino Ponto de fusão/ºC Origem -18 a -10 José M. Vaz Pereira SA Manteiga de kpangnan 38 a 40 Agbanga Karité, África Manteiga de karité 29 a 34 Agbanga Karité, África Manteiga de cacau 29 a 31 Agbanga Karité, África Óleo de coco virgem 23 a 28 Agbanga Karité, África Óleo de palma 36 a 45 Fluka Óleo de coco 23 a 28 Fluka Óleo de palma 36 a 45 Sovena Óleo de colza -15 a 0 Sovena Óleo de girassol -18 a -15 Sovena Óleo de soja -23 a -20 Bunge Ibérica Óleo de mamona -18 a -10 Dep Engª Química da UFRJ, Brasil 14 Amostras estudadas Amostras de biodiesel Biodiesel Composição Origem Iberol A 72% soja + 28% palma Iberol Iberol B 50% soja + 50% palma Iberol Torrejana > 80% colza Torrejana Mythen 100% palma Mythen Mamona 100% mamona (rícino) Dep Engª Química da UFRJ, Brasil 15 Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras estudadas Resultados Conclusões 16 Resultados Identificação e quantificação dos ácidos gordos nos óleos e gorduras vegetais transesterificados Ésteres metílicos dos ácidos gordos Óleo de mamona % Óleo de rícino % Lit. % M. de kpangnan % C16:1 Lit. % M. de karité % Lit. % M. de cacau % Lit. % 0.2 C16:0 0.1 0.8 - 1.3 1.2 3.1 5.3 3-9 19.6 20.0 - 30.0 C18:2 5.8 0.6 2.9 - 4.2 0.2 0.4 6.9 2-9 1.0 1.0 - 4.0 C18:1 4.1 5.8 2.5 - 4.0 58.4 50.5 49.4 38 - 50 26.2 37.0 - 41.0 C18:0 1.3 2.3 0.9 -1.3 40.8 45.5 38.3 34 - 45 38.4 34.0 - 35.5 Ac. ricinoleico 88.8 91.1 87.4-90.4 17 Identificação e quantificação dos ácidos gordos nos óleos e gorduras vegetais transesterificados Ésteres Metílicos dos Ácidos Gordos Óleo de coco % Óleo de coco virgem % C8:0 Lit. % Lit.% Fluka Sovena Óleo de soja % Lit. % Óleo de colza % Lit. % Óleo de girass ol % Lit. % 5-9 C10:0 5.3 3.9 6 - 11 C12:0 48.5 57.0 42 - 52 C14:0 21.7 26.1 13 - 20 C16:1 C16:0 Óleo de palma % 11.5 7.3 8 - 14 0 - 0.4 ≤0.1 0.8 0.8 0.5 - 2.0 ≤0.2 0.1 0.3 0 - 0.6 0 - 0.2 40.1 36.3 32.0 - 45.0 C18:3 11.2 0 - 0.3 9.9 - 12.2 0-2 0.1 0.1 6.2 5 - 10 1.0 - 5.0 7.2 8.5 - 9.3 3-9 <1.0 C18:2 0.6 0.1 1.5 - 2.5 7.3 12.0 6.5 - 12.0 58.8 49.7 - 58.0 18.3 20.0 - 21.3 68.4 48 - 74 C18:1 9.5 4.8 3 - 12 50.9 45.9 38.0 - 52.0 24.2 17.7 - 26.0 73.4 59.7 - 63.0 25.0 14 - 40 4.7 2.0 - 7.0 5.2 3.0 - 5.4 1.9 0 - 3.0 4.7 1-7 C18:0 C20:1 C20:0 0.1 - 0.3 0.6 0.2 - 0.5 0.1 0.3 0-1 0.6 0.7 18 Resultados Identificação e quantificação dos glicerídeos do óleo de coco RT: 0.00 - 49.96 NL: 3.91E7 25.17 100 TIC MS oleococo 95 24.24 26.03 90 26.84 85 80 75 70 Relative Abundance 65 60 27.61 55 50 45 40 28.33 35 30 23.26 25 21.30 20 15 29.02 10 5 9.96 3.60 0 0 5 11.95 10 13.68 15 29.68 20.20 31.24 15.20 20 25 30 33.34 35 37.03 40.08 40 43.46 47.01 45 Tim e (m in) Cromatograma do óleo de coco 19 Resultados Identificação e quantificação dos diglicerídeos do óleo de coco C:\Do cuments and Settings\...\1o leo co co 28-10-2005 17:09:44 Fórmula molecular Massa molecular MW Diglicerídeos % C26H52O5Si 472 C8-C12-OTMS 0.4 C12-C12-OTMS 1.6 RT: 0.00 - 49.96 100 Tr/min 90 80 25.17 24.24 26.03 26.84 NL: 3.91E7 TIC M S 1 o leo co co Relative Abundance 70 19.04 60 50 27.61 40 21.30 C30H60O5Si 30 28.33 528 23.26 21.30 20 29.02 22.363.60 C H O Si 10 20.20 9.96 11.95 13.68 15.06 18.89 6.39 9.7232 64 5 0 0 5 10 23.36 15 556 20 C34H68O5Si 29.68 25 C12-C14-OTMS 1.0 31.24 33.90 35.69 37.93 39.93 42.68 44.77 47.01 30 584 35 40 45 C12-C16-OTMS Time (min) 0.5 1 oleococo #1446 RT: 21.30 AV: 1 NL: 1.11E6 T: {0;0} + c EI det=350.00 Full ms [ 33.00-808.00] 315 100 [M-R1,3COOCH2]+ O Relative Abundance 315 80 60 183 57 73 20 50 85 100 129 146 155 150 200 316 287 250 O M-15 257 184 201 2 [M-R1,3COO]+ [R1,3CO+74]+ 40 1 OTMS [R1,3CO]+ 343 367 395 300 3 513 329 350 400 438 439 511 450 500 514 C11H23 O 528 584 600 550 600 m/z C11H23 O Espectro de massa do derivado TMS da 1,3-dilauritina, com Tr = 21.30 min, para R1 = R3 = C11H23 e Mw = 528. 20 Relative Abundan Resultados 60 16.39 50 27.55 Identificação e quantificação dos triglicerídeos do óleo de coco 40 30 28.30 23.21 20 21.30 23.21 24.19 25.11 25.97 Triglicerídeos C31H58O6 C33H62O6 C10-C10-C10 C8-C10-C12 C37H70O6 C39H74O6 0 0 5 C8-C12-C12 C8-C12-C14 C10-C12-C12 C10-C10-C14 C12-C12-C12 C10-C12-C14 0.5 28.30 C43H82O6 C45H86O6 10 15 30.36 31.23 33.49 36.51 38.54 40.59 42.65 45.38 20 o leo co co +P I 3.0 25 30 35 40 80 100 O 80 20.3 9.1 C47H90O6 29.66 C49H94O6 C12-C16-C18 + 24.19 25.11 71 285 239 123 311 171 367 497 537 438 16.39 27.55 0 40 M R1=R2= C11HTIC o23 leo R3= C15H31 co co 496 468 26.78 NL: 2.10E R3 439 109 20 O 495 467 [R3CO+74]+ 257 211 98 [MR1,2COO]+ + [M-R3COO] 25.97 100 200 300 400 M+ 694695 726 677 538 593 622 500 600 7 700 m/z 30 23.21 20 21.5 C12-C12-C16 C12-C14-C14 29.00 O 28.30 17.0 C12-C14-C18 C12-C16-C16 C14-C14-C16 R1 3 O [R3CO]+ 40 50 2 O 70 60 O [R1,2CO+74] 57 60 90 16.9 C12-C12-C14 C10-C14-C14 C10-C12-C16 C14-C14-C14 C12-C14-C16 C12-C12-C18 R2 48.32 45 1 03-11-2005 15:37:19 RT: 0.00 - 49.96 21.30 10 29.00 13.67 19.04 6.42 8.54 10.08 11.99 3.61 0 5 10 15 30.36 31.23 33.49 36.51 38.54 40.59 42.65 45.38 O 20 25 30 5.2 35 1 2 80 O [R3CO+74]+ 57 60 40 20 71 211 98 [MR1,2COO]+ [R1,2CO+74]+ [R1,2CO]+ O R1=R2= C13H27 R3= C11H23 [M-R3COO]+ 495 467 257 R3 496 468 439 109 100 R1 3 O 239 171 285 311 367 438 497 537 0 0.7 O 48.32 45 O oleo coco+PI #1950 RT: 27.55 AV:+ 1 NL: 6.55E5 [R CO] T: {0;0} + c EI det=350.00 Full 3ms [ 33.00-808.00] 183 100 123 2.1 40 R2 Time (min) Relative Abundance 27.55 C41H78O6 19.04 oleo coco+PI #1950 RT: 27.55 AV: 1 + NL: 6.55E5 [R1,2CO] T: {0;0} + c EI det=350.00 Full ms [ 33.00-808.00] 183 100 0 26.78 29.00 13.67 6.42 8.54 10.08 11.99 3.61 Time (min) C8-C8-C12 C8-C10-C10 C35H66O6 % Relative Abundance 22.22 10 Relative Abundance Tr/min Fórmula molecular 200 300 400 500 M+ 538 593 622 600 694695 726 677 700 79 80 Espectro de massa de dois triglicerídeos com Mw = 694, C43H82O6. m/z 21 Resultados DSC dos óleos e gorduras vegetais Óleos e vegetais gorduras Temperatura de fusão (ºC) Entalpia de fusão (J/g) 35.94 -110.0 21.26 -8.72 Óleo de palma 43.70 -6.18 Óleo de coco virgem 27.73 -59.28 Manteiga de Karité 38.50 -39.3 Manteiga de kpangnan 41.07 -88.70 Manteiga de cacau Óleo de coco 22 Resultados Identificação e quantificação dos ácidos gordos nas amostras de biodiesel Ésteres de ácidos gordos Iberol A % Iberol B % Mythen % C16:0 1.9 10.9 9.8 C18:2 60.3 32.6 2.2 13.75 C18:1 37.8 56.3 87.4 86.19 0.3 0.1 C18:0 Ác. ricinoleico Torrejana % Mamona % 99.3 23 Motivação Objectivos Biodiesel Materiais de mudança de fase Amostras estudadas Resultados Conclusões 24 Conclusões Óleos e gorduras vegetais transesterificados Os óleos de mamona, rícino, palma, soja, colza e girassol % ésteres de ácidos gordos insaturados > saturados Os óleos de coco virgem, coco e a manteiga de cacau % ésteres de ácidos gordos insaturados < saturados As amostras das manteigas de kpangnan e karité % ésteres de ácidos gordos insaturados ≈ à dos saturados 25 Conclusões Análise do óleo de coco 96.5% 3.5% série homóloga de triglicerídeos de C31 a C44. quatro diglicerídeos Análise por DSC O óleo de coco virgem e as manteigas cacau, kpangnan e karité Entalpia de fusão elevada Possível utilização como PCM 26 Conclusões Amostras de biodiesel Iberol A Iberol B Mythen Torrejana Ricas em ésteres dos ác. oleico e linoleico Um elevado índice de iodo e pouca estabilidade oxidativa. Mamona Mythen Níveis anormalmente baixos de palmitato de metilo, o que indicia que deverá ter sofrido um tratamento para reduzir o teor de saturados. 27