MERCADO Tonelada de embalagens da Tetra Pak alcança preço recorde de R$ 400,00 Durante o mês de setembro, o preço pago pela tonelada de embalagem da Tetra Pak pósconsumo, atingiu preço recorde. As fábricas da Klabin em Piracicaba, interior de São Paulo e da Trombini, em Canela, no Rio Grande do Sul, mediante negociação comercial, estão pagando R$ 400,00 a tonelada de material enfardado e colocado nas recicladoras. Juntas, as recicladoras processam mais de 1.500 toneladas mensais desse material. Trata-se de um preço histórico para o desenvolvimento da cadeia recicladora de embalagens longa vida no Brasil que, quando iniciou, pagava R$40,00 por tonelada. Este novo valor, sem dúvida, é um impulso considerável para aumentar ainda mais o volume de reciclagem deste material que vem apresentando valorização crescente. Fábrica da Trombini Conscientizando a sociedade O trabalho de conscientização da sociedade em relação à reciclagem conta com um aliado importante: o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). Trata-se de uma associação sem fins lucrativos mantida por empresas dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. São Paulo................. R$ 300,00 a R$ 400,00 Rio de Janeiro.......... R$ 300,00 Paraná....................... R$ 300,00 Santa Catarina.......... R$ 300,00 a R$ 350,00 Rio Grande do Sul.... R$ 400,00 INFORMATIVO AMBIENTAL DA TETRA PAK Saiba mais www.cempre.org.br Tel. (11) 3889-7806. Esses valores correspondem à tonelada de material enfardado e colocado nas fábricas recicladoras. Fábrica da Klabin SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO RECICOLETA Cariocas têm a primeira unidade centralizadora exclusiva para embalagens da Tetra Pak A bela paisagem de São José: modelo em coleta seletiva Em destaque nacional Localizado na região serrana do Rio de Janeiro, o município de São José do Vale do Rio Preto é conhecido por sua produção de hortifrutigranjeiros, com destaque para a cultura do caqui, onde o Município, que possui 21 mil habitantes, se destaca como maior produtor deste Estado. Desde 2005, São José também passou a se destacar por sua Coleta Seletiva, que atende 100% da cidade através de um convênio entre a Prefeitura e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de São José do Vale do Rio Preto, formada por 28 integrantes. Neste convênio, a Prefeitura fornece o caminhão da coleta e os cooperados recolhem diariamente os materiais nos bairros, fazendo também a triagem. No total, são, em média, 25 toneladas mensais de material reciclável, sendo que 10% deste total, ou 2,5 toneladas, são de embalagens da Tetra Pak. Os materiais são comercializados através de cotação para obtenção de melhores valores, sendo que as embalagens da Tetra Pak são totalmente destinadas à Recicoleta (veja texto ao lado), que garante o melhor preço. Um detalhe interessante é que o caminhão da coleta foi personalizado com a mesma programação visual do folheto educativo fornecido pela Tetra Pak. “A Tetra Pak foi muito importante para a implantação da Coleta Seletiva, fornecendo material de divulgação e orientando os participantes. Através deste material, conseguimos sensibilizar os 4 mil alunos da rede pública de ensino, que também visitaram o Centro de Triagem”, destaca Marcos Aurélio Padilha Fróes, Secretário Municipal do Meio Ambiente. Outro apoio importante foi a adesão do comécio local. Atualmente, os supermercados e lojas representam cerca de 20% de todo o faturamento da Associação, que passa diariamente nos estabelecimentos para a coleta dos recicláveis. Recentemente, o sucesso da Coleta Seletiva foi notícia do Jornal Nacional, da Rede Globo, o que deixou toda a população orgulhosa e, com isso, aumentou a participação dos moradores. “O incentivo para a Coleta Seletiva que a cidade recebeu da Tetra Pak foi essencial para aumentar a consciência ambiental, principalmente nas escolas; e ainda, aumentar o volume de embalagens longa vida coletadas, o que resultou em maior carga e melhor preço para a comercialização, que, por sua vez, aumenta a renda e a qualidade de vida dos participantes da Associação”, conclui Marcos Aurélio Padilha Fróes. Saiba mais: (24) 2224-1986 NITERÓI Coleta em franco crescimento A semente foi lançada em 1991, mas, foi há cerca de dez anos, com a implementação de melhorias na infra-estrutura, que a Coleta Seletiva de Niterói, no Rio de Janeiro decolou e não pára de crescer, atingindo hoje quase metade de toda a cidade, resultando em dividendos ambientais e sociais. No total são mais de 210 toneladas mensais de material recolhido, dividido em papéis (jornal, revista, papelão, papel branco e embalagens da Tetra Pak), plásticos, vidros e metais (ferrosos e não ferrosos), que estão melhorando a vida de centenas de famílias através de projetos sócio-ambientais. Efetivado através da Companhia de Limpeza de Niterói CLIN, o sistema de coleta seletiva da cidade fluminense vem obtendo significativo apoio da população, com crescente número de pontos cadastrados. O sistema adotado é o porta-a-porta que se realiza por meio de cadastro da população, que tem o seu material recolhido por um funcionário devidamente uniformizado e identificado em dia marcado. O funcionário recolhe os resíduos separados, acondicionando-os em recipientes próprios (sacos transparentes doados pela CLIN). Após recolhido, os resíduos são encaminhados à Cooperativa de Catadores Monte Real, organizada pela Prefeitura de Niterói/CLIN para triagem, sendo posteriormente prensados, enfardados e comercializados pelos 50 catadores cadastrados, para geração de renda. Só de embalagens da Tetra Pak, são 4 toneladas que são comercializadas junto à Recicoleta. “Também dispomos de Pev's (Pontos de Entrega Voluntária) em locais estratégicos, permitindo àqueles que são impossibilitados de serem atendidos pelo sistema convencional, portaa-porta, a participarem do projeto” explica Sílvia Pires, bióloga e coordenadora da Coleta Seletiva. Além disto, a cidade possui outros pontos de coleta para materiais específicos tais como pilha, bateria, lâmpadas e óleo de cozinha, onde os contribuintes recebem orientação quanto ao descarte correto dos resíduos. Ações sociais Além dos benefícios gerados diretamente aos cooperados, a Coleta Seletiva ainda proporciona outros ganhos sociais. Uma pequena parcela do material recolhido, por exemplo, é destinada para o depósito na sede da Companhia. Neste local, o material é triado, prensado e vendido para manutenção de um projeto sócio-ambiental, que atende menores de 14 a 17 anos de comunidades menos favorecidas, pois todos recebem uma bolsa auxílio. “A CLIN realiza e participa de campanhas direcionadas a todas as faixas etárias, visando, assim, manter a população estimulada e ativa, sempre despertando o caráter sócio-ambiental das atividades”, explica Sílvia. A participação e colaboração da sociedade são incentivadas pela troca do lixo reciclável por mudas, sementes, ou objetos reciclados (canetas, pastas, camisas) e reaproveitados (artesanatos). Há, inclusive, um ponto específico de entrega, onde a população pode conferir uma exposição de fotos e peças artesanais, bem como participar de oficinas de reaproveitamento de lixo. Saiba mais: (21) 9572-6625 Golfinho produzido com embalagens por jovens atendidos por projeto social (21) 2620-2175 As embalagens pós-consumo da Tetra Pak vêm paulatinamente ganhando maior importância entre os materiais destinados à indústria da reciclagem. Prova deste crescente interesse está na Recicoleta, a primeira unidade centralizadora destinada a receber exclusivamente este tipo de material reciclável, que começou a operar no final de 2006 no Rio de Janeiro. Atualmente, a unidade recebe a média de 70 toneladas de embalagens da Tetra Pak mensais, porém a tendência é o volume crescer significativamente. Contando com uma estrutura enxuta, a unidade centralizadora faz retiradas locais na própria capital carioca e em Niterói, porém, recebe material de outras cidades da região. “Atuamos na conscientização e comercialização das embalagens longa vida, procurando pagar um preço mais justo e tabelado pelo material solto e prensado, à vista”, explica Paulo Roberto Ribeiro, consultor em gerenciamentos de resíduos e responsável pela unidade. Segundo o consultor, o trabalho procura atender a todos os setores e à sociedade, trabalhando com igrejas, escolas, prefeituras, cooperativas, sucateiros e depósitos entre outros. Todo o material coletado é prensado, enfardado e negociado junto às indústrias de papel, tais como a Klabin e Artvinco. Para agilizar e melhorar as condições de entrega do material, a Recicoleta orienta a todos os coletores para a importância de limpar e separar corretamente as embalagens da Tetra Pak. Além dos ganhos ambientais, o trabalho da unidade centralizadora proporciona dividendos sociais: “Fazemos um trabalho de responsabilidade social, que é a troca das embalagens por telhas, leite, material escolar etc. Além disto, apoiamos com faixas, folhetos, big bag's, brindes para exposições e palestras, sempre com a finalidade de melhorar a divulgação da coleta das embalagens longa vida”, relata Paulo Roberto. O consultor observa uma crescente conscientização da sociedade. “Tenho percebido uma grande evolução na coleta seletiva, pois as cooperativas estão se organizando melhor, prefeituras têm buscado implantar a coleta seletiva e melhorar a que já existe”, conclui. Saiba mais: (21) 9214-9474 (21) 7819-1283 ID: 23*18891 PROGRAMA RE-COOPERAR Reciclagem melhora qualidade de vida em cidades fluminenses Criado pela ONG Guardiões do Mar, o Programa Re-Cooperar caminha para seu primeiro ano contabilizando sucesso na melhoria do meio ambiente e gerando benefícios para comunidades carentes de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Atualmente o programa atende famílias de 40 catadores de lixo daquela cidade, porém o objetivo é chegar, em curto prazo, a um total de 150 catadores abrangendo também os municípios de Niterói e Itaboraí, oferecendo renda e melhoria na qualidade de vida. Contando com o apoio da Petrobrás para a implantação das Cooperativas de reciclagem nesses três municípios, o programa atualmente recolhe mensalmente cerca de 50 toneladas de material reciclável, entre papéis, vidros, metais e embalagens da Tetra Pak, esta última no volume de pouco mais de uma tonelada. Todo este material, após a separação, prensagem e enfardamento é negociado diretamente junto às empresas recicladoras, o que garante um ganho maior, gerando um salário mínimo ou mais para cada família. Segundo o presidente da ONG, o biólogo Pedro Belga, “Nosso objetivo é atender cada vez mais um número maior de famílias. O que queremos é que as pessoas passem a olhar para os resíduos como produtos rentáveis e não como lixo”. Mobilizadores ambientais Para que o Programa funcione a Guardiões do Mar estipulou uma rota específica nesses municípios para coleta seletiva. Além disso, a ONG realizou uma parceria com a Secretaria de Educação de São Gonçalo para que as 90 escolas municipais participem do Programa doando seu lixo através da realização de uma gincana. Mobilizadores ambientais da ONG percorrem as escolas ensinando e mostrando para as crianças a importância da coleta seletiva para o meio ambiente e como forma de ajudar catadores e familiares a gerarem renda. Numa ação inédita no município de São Gonçalo, o programa criou ainda o “O Bom Dia Cidadão”, onde catadores percorrem ruas de São Gonçalo mostrando aos moradores a importância da coleta seletiva e recolhendo todo o material reciclável das casas. A verba do patrocínio foi utilizada na infraestrutura, inclusive com a aquisição de veículos e até mesmo de um terreno para construção de um galpão. “Nós não concorremos com ferros-velhos ou pequenos produtores. Vamos trabalhar um mercado inexplorado em nosso Estado, que são os grandes geradores de lixo. Vamos somar esforços e vender diretamente para as indústrias recicladoras para que tenhamos possibilidades de ampliar o número de pessoas atendidas. O catador que trabalha no Re-Cooperar sabe a importância de reciclar o lixo não só para gerar renda como também para retirar esse lixo impactante do meio ambiente”, conclui Pedro Belga. Saiba mais: (21) 2605-8016