Transporte de Cargas
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•1
Contextualização Modais
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•2
Transporte de Cargas
TRANSPORTE
O transporte é uma atividade importante na logística pois é o
responsável pela movimentação do produto pelos diversos estágios
de produção até o consumidor final.
A ATIVIDADE ENVOLVE DECIDIR ENTRE:
- MÉTODO DE TRANSPORTE A SER UTILIZADO,
- ROTEIROS,
- UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE DOS VEÍCULOS.
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•3
Transporte de Cargas


Formas de transporte
Próprio
Contratual
Transporte Eventual
Modos de transportes
Rodoviário
Ferroviário
Hidroviário
Aéreo
Dutos
Velocidade de entrega
Deterioração da qualidade
Flexibilidade da rota
produto
Intermodal
Fatores de
influência
na escolha
do Modal
Confiabilidade de entrega
Custo de transporte
Adequação física do
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•4
Transporte de Cargas
Comparação entre os modais de transporte
Modal
NATUREZA DA COMPOSIÇÃO
DO TRÁFEGO
ESTRUTURA DE CUSTOS
Ferroviário
Indústrias de extração, produção
pesada e produtos agrícolas
Custos fixos altos (equipamenyo,
terminais, vias férreas, etc)
Custos Variáveis baixos
Hidroviário
“Commodites” de mineração e relac. a
básico a granel, produtos químicos e
cimento alguns produtos agrícolas.
Custos fixos médios ( navios e
equipamentos)
Custos variável baixo (alta
capacidade de transporte)
Aéreo
Nenhuma “commodity”, situação de
emergência
Custos fixos baixos (aeronaves e
manuseio, e sistema de cargas)
Custos variáveis altos (combustível,
manutenção e mão-de-obra)
Dutos
Petróleo, gás, água etc.
Custos fixos elevados ( direito de
acesso, construção, equipamentos
para controles, etc.)
Custos variáveis baixos (baixa
necessidade de mão-de-obra)
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•5
Transporte de Cargas
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS RELATIVAS POR MODAL
CARACTERÍSTICAS
OPERACIONAIS
Velocidade
Disponibilidade
Confiabilidade
Capacidade
Freqüência
Resultados
FERROVIÁRIO
RODOVIÁRIO
HIDROVIÁRIO
ÁEREO
DUTOS
3
2
4
1
5
2
1
4
3
5
3
2
4
5
1
2
3
1
4
5
4
2
5
3
1
14
10
18
16
17
*Escala de 1 a 5, onde 1 é o melhor e 5 é o pior.
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
Bowersox & Closs. 1996
•6
Importância do Transporte de
Cargas na Economia
•Custo do Transporte Rodoviário de Carga*
•Rodoviário
= R$ 128,9 bi - 5,6%PIB
•Ferroviário
= R$ 9,5 bi
- 0,4%PIB
•Aquaviário
= R$ 11,5bi
- 0,5%PIB
•Dutoviário
= R$ 3,0 bi
- 0,1%PIB
•Aéreo
= R$1,8 bi
- 0,1%PIB
•TOTAL
= R$ 154,8 bi - 6,7% PIB
•Custo de
Transporte de
Carga no Brasil
Ano 2006
Fonte:Estimativa CEL-COPPEAD - *Somente Transporte Doméstico
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•7
Importância do Transporte de
Cargas na Economia
 Insuficiência de dados oficiais, agravada pela extinção do
Geipot
 Faturamento do TRC (2006)
R$ 128,9 bilhões
 Empregos diretos
5 milhões
Participação no PIB
5,6%
 Quantidade de caminhões
1.501.007
 Consumo de diesel (Geipot-62,99%)
24,7 bilhões de litro/ano
Fontes: IPEA, ANP, COPPEAD
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•8
A Participação dos Modais no Brasil
Participação do TRC – Transporte Rodoviário de Carga na matriz de transporte (%)
DISTRIBUIÇÃO INTERMODAL DE CARGAS
Composição percentual da carga movimentada (%)
1996
Geipot
1997
Geipot
1998
Geipot
1999
Geipot
2000
Geipot
2005
PNLT
0,33
0,26
0,31
0,31
0,33
0,4
Aquaviário
11,47
11,56
12,69
13,19
13,86
13
Dutoviário
3,78
4,555
4,44
4,61
4,46
3,6
Ferroviário
20,74
20,72
19,99
19,6
20,86
25
Rodoviário
63,68
62,91
62,57
62,29
60,5
58
100
100
100
100
100
100
MODO
Aéreo
Total
Fonte: PNLT - Plano Nacional de Logística e Transporte (2007)
Fonte: GEIPOT (2001)
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•9
A Participação dos Modais no Brasil
•Aéreo
•0,4%
•Aquaviário
•13%
•Dutoviário
•4%
•58%
•25%
•Ferroviário
•Rodoviário
Fonte: PNLT - Plano Nacional de Logística e Transporte (2007)
Fonte: GEIPOT (2001)
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•10
Market-Share dos Modais Brasil e
EUA(TKm)
Brasil
•Rodoviário
•Ferroviário
•Aquaviário
•Dutoviário
•Aereoviário
62%
19%
14%
5%
< 1%
EUA
26%
38%
16%
20%
< 1%
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•11
Comparação com outros países
Participação do Rodoviário em TKm
63
80
60
40
26
24
8
20
0
EUA
Austrália
China
Brasil
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•12
Razões para Domínio do
Rodoviário

O histórico de serviço e capacidade insuficiente dos outros modais

Prioridade nos investimentos governamentais

Falta de regulação ou desrespeito á mesma:
- normas de trabalho
- idade ou manutenção dos veículos
- peso máximo por eixo

Excesso de oferta e preços baixos
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•13
Investimentos no Setor de Transporte
PERFIL DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
Peso do Transporte na Economia Brasileira
Empresas transportadoras de carga (ETC), segundo o IBGE/PAS 2005
62.789
Empresas frotistas (transportadoras e carga própria), segundo a
ANTT, em 24/01/08
144.188
Autônomos, segundo a ANTT, em 24/01/2008
765.930
685
Cooperativas, segundo a ANTT, em 24/01/2008
Frota total de caminhões, segundo a ANTT, em 24/01/08
1.723.732
Frota das empresas (transportadoras e carga própria),segundo a
ANTT, em 24/01/08
738.802
Frota de autônomos, segundo a ANTT, em 24/01/08
976.937
7.983
Frota de cooperativas, segundo a ANTT, em 24/01/08
Idade média da frota
(anos)
Idade média da frota
(anos)
Idade média da frota
24/01/2008 (anos)
Idade média da frota
24/01/2008
nacional, segundo a ANTT, em 24/01/2008
16,7
das empresas, segundo a ANTT, em 24/01/2008
10,6
dos autônomos, segundo a ANTT, em
21,3
das cooperativas, segundo a ANTT, em
13
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•14
Investimentos no Setor de Transporte
PERFIL DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
Peso do Transporte na Economia Brasileira
Faturamento do setor de transporte de cargas, segundo o COPPEAD
em 2006 (R$ bilhões)
Participação do transporte de carga no PIB, segundo o COPPEAD, em
2006 (%)
Faturamento do transporte rodoviário de cargas, segundo o COPPEAD
em 2006 (R$ bilhões)
Participação do transporte de rodoviário de carga no PIB, segundo o
COPPEAD, em 2006 (%)
Produção anual de caminhões em 2007, segundo a Anfavea
(unidades)
Movimento anual do transporte de cargas, segundo a CNT, em 2005
(toneladas)
Movimento do transporte rodoviário de cargas, segundo a CNT, em
2005 (toneladas)
Movimento do transporte de cargas, segundo a CNT, em 2005
(milhões de tku)
Movimento do transporte rodoviário de cargas, segundo a CNT, em
2005 (milhões de tku)
154,8
6,7
128,9
5,6
133.263
1.664.530.07
790.149.850
794.903
485.625
Rede hidroviária em 2004 (km)
29.283
Mallha ferroviária em 2004 (km)
Malha rodoviária total segundo a ANTT, dado de 2004 (km)
Malha asfaltada segundo a ANTT, dado de 2004 (km)
1.610.081
196.095
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•15
Índice de investimento em infra-estrutura
de transporte baixo e declinante
1,2
Investimentos da União e do Ministério dos Transportes,
em % do PIB (1987-2003)
(Prof. Raul Velloso) 1,2
1
0,8
0,9
0,9
0,9
0,8
0,8
0,7
0,7
0,6
0,39
0,4
0,2
0
0,25
0,13 0,18
1995
1996
1997
União
0,27
1998
0,26 0,29
0,20
1999
M.Transp.
0,4
0,09
2000
2001
2002
2003
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•16
Tamanho da Frota – (mil veículos)
TRANSPORTADOR
REGISTROS
VEÍCULOS
VEÍC/TRANSP.
Autônomos
662.996
850.535
1,3
Empresas
(TRC e carga própria)
120.679
642.708
5,3
7.764
13,3
1.501.007
1,9
Cooperativas
Totais
582
784.205
Fonte: ANTT
Nº CNH EMITIDAS (Categorias C, D e E) em 2006
9.763.996
Fonte: DENATRAN
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•17
Idade da Frota
TRANSPORTADOR
Idade média (anos)
Autônomo
21,6
Empresa
11,8
Cooperativa
Média
14,8
18,5
Fonte: ANTT
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•18
Fragmentação do setor
Distribuição dos Caminhões
20%
51%
29%
autônomos
transportadora
carga própria
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•19
Estrutura Relativa de Custos
Itens de Custo
Motorista
Veículo
Combustível
Pneus
Manutenção
Overhead
EUA
Brasil
30%
16%
20%
19%
19%
26%
3%
11%
8%
14%
20%
14%
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•20
Acidentes com caminhões
• Os caminhões representam apenas cerca de 5% da frota, mas
participam de 33% dos acidentes.
• Estão envolvidos em 8.500 mortes (2.500 motoristas) e 110 mil
acidentes por ano.
• Cerca de 80% dos acidentes ocorrem com os caminhões carregados.
• 15% nos primeiros 15 minutos e
• 15% após 4 horas de direção.
• Custo de R$ 7,7 bilhões/ano.
• Falta norma sobre tempo de direção
• Excesso de peso e falta de balanças
Fonte: ANTT
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•21
Acidentes totais/1.000 km de
rodovia pavimentada
Fonte: ANTT
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•22
Acidentes totais/1.000 km de
rodovia pavimentada
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•23
Preço muito baixos
4. AVILTAMENTO DO FRETE
56
60
50
US$ / 1000
TKU
40
18
30
11
14
20
10
0
Brasil
Rodo
EUA
Ferro
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•24
Problemas Estruturais












Má conservação das estradas
Roubo de cargas
Fragmentação do setor com pouco poder de barganha
Excesso de capacidade e pouca carga de retorno
Excesso de idade da frota
Tempos excessivamente longos de carga e descarga
Ausência de barreiras de entrada (regulamentos)
Fortes barreiras de saída (escolaridade baixa)
Concorrência livre e predatória
Produto intangível e pouco diferenciado
Falta especialização: Qualquer carga para qualquer lugar
Presença das agências de frete
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•25
Visões conflitantes sobre estado de
conservação das vias
Condição da malha nacional segundo DNER
8%
13%
Condição da malha segundo CNT
6% 3%
4%
19%
18%
27%
34%
Excelente
Bom
68%
Regular
Mau
Péssimo
•Total = 47.799 Km
Ótimo
Bom
Deficiente
Ruim
Péssimo
•Total = 42.825 KM
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•26
Rodovias deficientes
Estado geral
Péssimo
km
9.592
%
11,0
% acumulada
11,0
Ruim
Regular
19.397
35.710
22,1
40,8
33,1
73,9
Bom
13.682
15,6
89,5
9.211
10,5
100,0
Ótimo
Total
87.592 100,0
Fonte: Pesquisa Rodoviária CNT 2007
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•27
Percentual de Rodovias
Pavimentadas
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•28
Evolução do roubo de cargas no Brasil
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•29
Evolução da Idade Média da Frota
Brasileira (anos)
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•30
CÍRCULO VICIOSO do Transporte
Rodoviário de Carga
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•31
Conseqüências




Barreira para o desenvolvimento de outros modais
- Necessidade de altos investimentos nas ferrovias e cabotagem
Dificuldades de cobrança de pedágios
- Dificulta o processo de privatização das rodovias
Horas excessivas de trabalho
Aumento dos acidentes nas estradas
- Cinqüenta mil mortos por ano
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•32
Ferrovias
Densidade de Ferrovias Km / 1000 Km2
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•33
Ferrovias
Fontes : Ministério dos Transportes; Entrevistas; “Os desafios da regulação
do setor de transportes no Brasil” (Newton de Castro)
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•34
Ferrovias
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•35
Ferrovias
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•36
Cabotagem
Evolução do Número de Navios-Contêineres
•A baixa disponibilidade de navios na cabotagem de contêineres é
considerada como um
•obstáculo para o crescimento do setor.
Fontes: : www.alianca.com.br; www.mercosul-line.com.br; www.port.rotterdam.nl;
www.apb.es; Análise Coppead
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•37
Cabotagem
Uma das causas para a baixa oferta de navios para a cabotagem é o ainda
difícil equilíbrio econômico do negócio cabotagem, que tem de conviver com um
grande desbalanceamento de cargas nos fluxos sul-norte (maior) e norte-sul
(menor).
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•38
Cabotagem
A questão do desempenho dos portos é primordial para o aumento da
competitividade da cabotagem. Apesar das melhorias obtidas a partir da Lei dos
Portos de 1993, o desempenho portuário ainda não alcançou o nível de
desempenho desejado.
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•39
Cabotagem
Uma das principais causas para o nível do desempenho portuário estar
ainda abaixo dos níveis internacionais é o excedente de trabalhadores
utilizados nas operações portuárias.
Fonte: COPPEAD/UFRJ – GEIPOT
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•40
Dimensão de Comboios
Rios Brasileiros vs. Rio Mississippi
Portos
MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES
Boa Prática Internacional
Brasil
40 por horas
Máximo 27 contêineres por hora
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•41
Principais Portos Brasileiros
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•42
Hidrovias
Uma das causas para o pequeno desenvolvimento da navegação de interior
no Brasil é a pouca priorização de investimentos governamentais no setor.
Fontes: Ministério dos Transportes/Sec.Executiva/Subsecretaria de Plan. e
Orçamento
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•43
Hidrovias
A deficiente utilização dos recursos de navegação de interior é também causada
pela pequena quantidade e baixa qualidade de terminais intermodais em rios
navegáveis.
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•44
Hidrovias
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•45
Densidade de Transporte
Fonte: COPPEAD/UFRJ
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•46
Evolução da Matriz de
Transporte
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•47
DISTRIBUIÇÃO MODAL
BRASIL X OUTROS PAÍSES
A ÁREA DO
CÍRCULO
REPRESENTA
A UTILIZAÇÃO
DO MODAL
AQUAVIÁRIO
Dinamarca
80
% Rodoviário
70
França
Brasil
Bélgica
Hungria
60
50
Alemanha
40
EUA
Canadá
30
20
China
10
Rússia
0
10
20
30
50
40
60
70
80
% Ferroviário
Fonte: GEIPOT (2001)
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•48
Cenário de Crescimento Econômico
“ O Brasil não terá condições de
crescer porque faltará transporte
para escoar as exportações e para
fomentar o setor produtivo, tanto
industrial quanto agrícola”. O setor
de transportes é uma verdadeira
bomba-relógio!
PROFESSOR PAULO FERNANDO FLEURY,
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
•Professora Jacqueline Romero Benjamim
•49
Download

Transporte de Cargas