GRUPO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE COM ADOLESCENTES 1 LUZ, Patricia Medina da2; MEGIER, Manoela de Carvalho³; ROQUE, Anamaria Xavier4; JAEGER, Fernanda Pires5 1 Trabalho de Extensão - Unifra Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 4 Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 5 Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 RESUMO O presente trabalho pretende apresentar a experiencia de um grupo realizado com adolescentes em uma escola de comunidade do municipio de Santa Maria-RS. O grupo conta com 8 participantes, em média, adolescentes da 6ª série com idade entre 12 e 13 anos e iniciou suas atividades em abril/2012, com encontros semanais. As atividades do grupo são planejadas a partir das necessidades do mesmo, ou seja, traça-se o assunto e uma dinâmica a ser trabalhada. Durante os encontros foram desenvolvidos temas como cidadania, diferenças, respeito, adolescência, empatia e família. Desta forma, a partir dos temas trabalhados observou-se que os jovens utilizam o espaço grupal como um importante meio de expressão dos seus sentimentos e ideias sobre o período em que estão vivenciando, sendo a participação no grupo uma forma de promoção de saúde. Palavras-chave: Adolescência; Grupos; Saúde Coletiva 1. INTRODUÇÃO É perceptível que a adolescência é um período permeado por diversas transformações a nível corporal, comportamental, emocional e cognitivo. Neste sentido a adolescência, conforme Santrock (2003), é o período de transição entre infância e a vida adulta e vem acompanhada de mudanças biológicas, cognitivas e socioemocionais. Logo, a adolescência configura a entrada do adolescente na vida adulta que, segundo Steinberg (1993), representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto. No entanto a adolescência também é caracterizada por um período de intensas crises, onde o adolescente sente-se imerso dentro do seu “mundo interno”, ou seja, dos seus dilemas, conflitos, sentimentos e expectativas. Dentro deste contexto Erickson (1972) expõe que o conceito de crise é desenvolvido sublinhando as incertezas e indagações do adolescente no sentido de descobrir quem é e de definir o que virá a ser no futuro. Esta etapa evolutiva é uma fase que precisa ser efetivamente vivida, e é essencialmente um período de descoberta pessoal. Cada indivíduo vê-se engajado numa experiência viva, num problema do existir (WINNICOTT, 2001, p. 115). Neste sentido, o grupo com adolescentes representa uma “válvula de escape” nas suas vidas, pois neste espaço é permitido a eles extravasar todas as suas emoções, pensamentos, mágoas, angústias e, inclusive, as suas tristezas, visto que, isto ocorre através da fala, da escrita e até mesmo por meio de desenhos, músicas, etc. Além disso, no grupo o adolescente pode resgatar a sua própria autonomia no sentido de se expressar, criar e agir da forma que desejar, assim como, reconhece a si mesmo e ao outro. Nesta perspectiva Minelli apud Melo (2005, p. 5) descreve que “pertencer a um grupo é extremamente importante para o adolescente”, pois permite que junto a outros jovens se sinta à vontade, desenvolvendo suas habilidades de interação social, adquirindo o amadurecimento suficiente para integrar-se ao mundo dos adultos e, além disso, reconhece as diferenças nos outros e em si próprio, colaborando para a constituição de sua identidade. Os grupos de promoção a saúde tal como descritos por Santos et.al (2006) tem sido cada vez mais utilizados para se trabalhar com adolescentes. Assim, o presente estudo busca apresentar a experiência desenvolvida com um grupo de adolescentes utilizando-se da perspectiva teórica de grupos operativos de Pichon-Rivière (1998), tendo como tarefa a promoção de saúde do jovem. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Adolescência A adolescência é definida, de acordo com Santrock (2003), como o período de transição entre infância e a vida adulta e vem acompanhada de mudanças biológicas, cognitivas e socioemocionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define adolescência como sendo um período de vida, que começa aos 10 anos e vai até os 19 anos completos. Santrock (2003) expõe que a adolescência pode ser dividida em adolescência inicial que é o período aproximado situado entre a 5ª e 8ª série do ensino fundamental, onde ocorre as mudanças da puberdade; e em adolescência posterior onde se acentuam os interesses por namoro, carreira e exploração da identidade. A puberdade segundo Santrock (2003) é um período de rápida maturação física que envolve mudanças hormonais, físicas e até mesmo comportamentais no início da adolescência. Este período, para Cole (2003), é marcado nas meninas pelo acontecimento da primeira menstruação ou menarca, o aumento dos pelos vaginais e o crescimento dos seios. Nos meninos acontece a alteração da tonalidade da voz, o aumento dos pelos pubianos e o crescimento do pênis, que passa a ter ereção e ejaculação. Sobre a questão de saúde, Santrock (2003) afirma que os adolescentes mais novos são mal informados sobre questões de saúde e com isso suas percepções sobre ela são equivocadas. Ao falar sobre saúde do adolescente é preciso reconhecer que existem grandes diferenças nas condições e estilos de vida, sendo essas diferenças influenciadas pela situação socioeconomicas, pelas habilidades sociais, habilidades de linguagem, pelos recursos sociais. Nessa fase da adolescência o grupo adquire uma grande importância, geralmente consiste em adolescentes que tem idade, sexo, etnia e condição socioeconômica semelhante. O grupo ajuda-os a desenvolverem habilidades sociais, e dá um senso de pertencer e fortalecer o autoconceito (PAPALIA e OLDS, 2000). No período da adolescência a amizade é um importante aspecto no desenvolvimento e têm como função principal companheirismo, estimulação, apoio físico, apoio do ego, comparação social e intimidade/afeição. Assim, a adolescência pode ser considerada, como mostra Haack, Silva, Prati e Boeckel (2010) como uma fase de passagem, pois é quando o adolescente está abrangendo seu círculo social, indo para além da família. A entrada nesse mundo compreende a autonomia, independência e a chegada a um mundo adulto. 2.3 Grupo de promoção de saúde Os Grupos de Promoção de Saúde (GPS), segundo Santos et. al (2006), são vistos como instrumentos a serviço da autonomia, bem como do desenvolvimento contínuo do nível de saúde e condições de vida. Os GPS se dão através da construção do saber em saúde na seguinte condição: participação cooperativa dos membros, ou seja, conjunto de palavras, gestos e posturas corporais constituídas no espaço de ações de aceitação do outro como legítimo. Seus objetivos são construidos de forma contínua a fim da potencialização das capacidades dos sujeitos, e mudanças de comportamentos e atitudes direcionadas ao desenvolvimento de autonomia e enfrentamento das condições geradoras de sofrimento evitáveis/desnecessarias (Santos et.al, 2006, p.347). Assim, os GPS caracterizam-se por um conjunto de pessoas, que interagem, numa constante de tempo e espaço, para realizar a tarefa da promoção de saúde. Possibilitam aos sujeitos a oportunidade de desenvolver sua autonomia, bem como a consciencia do direito a vida com condições de dignidade. 2.4 Grupo operativo Zimerman (1997) define grupo operativo como um conjunto de pessoas com um objetivo em comum ao qual tentam abordar, operando em equipe um trabalho ou tarefa em comum, a fim de alcançar seus objetivos. “No grupo, as necessidades tornam-se comuns e as pessoas se articulam para concretizar objetivos” (GAYOTTO E DOMINGUES, 1995, p. 31). Na visão de Gayotto e Domingues (1995), os grupos operativos visam promover mudanças no indivíduo, fornecendo aos participantes a possibilidade de se darem conta e explorar suas fantasias básicas, gerando assim, a capacidade de compreender e de transformar sua realidade. Segundo os presentes autores a técnica de grupo operativo é centrado na tarefa, sendo que a tarefa é um conjunto de ações destinadas a conquistas de objetivos comuns e trata também, de resolver o denominador comum de ansiedade do grupo, visando sempre a mudança de condutas estereotipadas e a integração do sentir, pensar e agir. Já para Pichón-Rivière (apud Osório 1986), o grupo operativo tem como objetivo em seus diversos campos de aplicação, identificar os obstáculos que a tarefa oferece ao grupo, e não unicamente o intuito de cura, mas sim de resolver os obstáculos que freiam o desenvolvimento do indivíduo no grupo, ou seja, proporcionar melhores condições de achar as próprias soluções (OSÓRIO, 1986). Para se constituir a integração do grupo faz-se necessário a construção de um vínculo, vínculo significa, segundo Gayotto e Domingues (1995), relações interpessoais que envolve comunicação e aprendizagem, sendo uma construção interna a partir da ação conjunta. De acordo com Portarrieu e Tubert-Oklander (1989), após o coordenador estabelecer um enfoque adequado para a operação do grupo, precisa ajudar, por meio de intervenções interpretativas a pensar junto com o grupo e integrar o pensamento grupal, facilitando a comunicação. Diante disso, “os grupos operativos são terapêuticos por promoverem mudanças nos indivíduos que os compõem” (FISCMANN, 1997, p. 100). Desta forma, Maldonado e Canella (apud HAACK et.al, 2010) explicam que só percebemos o que o grupo necessita quando se está disposto a escutar o que as pessoas têm a dizer. 2.5 Dinâmica de grupo A aplicação da técnica de dinâmica de grupo tem por finalidade despertar nas pessoas a consciência de procurar suas próprias soluções para o que querem. Os elementos que compõem uma dinâmica de grupo são: objetivos, materiais-recursos, ambiente-clima, tempo determinado, passos, número de participantes, perguntas e conclusões. “O planejamento das dinâmicas grupais deve valorizar as necessidades complexas emergidas no processo grupal” (SANTOS et.al, 2006, p.349). 3. METODOLOGIA O objetivo de realizar um grupo com adolescentes se deu através do desejo de proporcionar um espaço de escuta e de acolhimento a estes jovens que se encontram em um processo de desenvolvimento intenso. Foram realizados 13 grupos com duração de uma hora cada um. Estes encontros visavam a expressão de sentimentos, desejos, expectativas. O grupo contava com a coordenação de 3 acadêmicas do curso de psicologia e foi organizado em: dinâmica de grupo, discussão sobre o tema e para finalizar a avaliação da atividade. Utilizou-se a técnica de dinâmicas de grupo para aperfeiçoar a discussão dos assuntos propostos. Segue a apresentação de cada encontro: 1º encontro: primeiramente procurou-se conhecer os participantes e questões de interesses/desinteresses pessoais de cada um através da dinâmica do desenho, onde deveriam fazer um desenho livre e escrever seus dados pessoais, o que gosta e não gosta, bem como assuntos de interesse para serem discutidos no decorrer do grupo. 2º encontro: foi trabalhado o assunto adolescência através da dinâmica de colagens, que consistia em confeccionarem um cartaz com suas percepções sobre a adolescência. 3º encontro: foi aplicada a dinâmica caça ao tesouro que consistia em eles conhecerem melhor um ao outro através de perguntas para encontrarem as diferenças e semelhanças entre eles. 4º encontro: tema livre onde emergiu questões de aula, professores, namorados e drogas. 5º encontro: o assunto do dia era as diferenças/preconceitos, logo foi aplicada a dinâmica do bunker, onde eles deveriam escolher 5 pessoas para salvarem. 6º encontro: através da dinâmica do pirulito trabalhamos o tema cooperação/solidariedade. 7º encontro: foi aplicada a dinâmica olho no olho para haver uma maior aproximação entre eles e se discutir a capacidade empática. 8º encontro: o assunto trabalhado foi a percepção dos adolescentes perante o grupo, eles expressaram-se através de música, poema. 9º encontro: o tema em questão foi a importância de cada um, onde foi aplicada a dinâmica do espelho. 10º encontro: o tema abordado foi o estabelecimento de regras e limites no grupo, onde deveria ser confeccionado um cartaz que contivesse as mesmas. 11º encontro: através da dinâmica do feitiço, procurou-se mostrar que devemos desejar ao outro o que desejamos para si mesmos. 12º encontro: trabalhou-se a questão de reconhecer as qualidades dos colegas, onde cada um deveria escrever uma qualidade de determinado colega. 13º encontro: foi abordado o tema família, onde cada um expressou através de desenho sua família. O grupo continuará suas atividades até dezembro/2012. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir dos encontros foi possível perceber que estes jovens não encontram um espaço de escuta qualificada nos ambientes como a escola e a família. O grupo de amigos demonstra ser uma importante fonte de apoio para os mesmos (PAPALIA, OLDS e FELDMAN, 2010), e, muitas vezes, as únicas pessoas com as quais podem dialogar sobre as questões envolvidas no período de desenvolvimento que se encontram. Tal como apontam Sousa, Fernandes e Barroso (2006) muitas vezes a ideia de que ao se falar sobre determinado assunto se está estimulando a prática de tal ação, como por exemplo sexo, faz com que tanto a escola como a família acabem se omitindo deste papel. O grupo de adolescentes com o qual se está trabalhando vivencia diariamente situações de desigualdades sociais, econômicas e de gênero. Além disso, está inserido em uma comunidade em que se observa constantemente situações de violência. Estas situações parecem exercer forte influência no comportamento, nos sentimentos e na forma de ser destes jovens que ao se sentirem desamparados passam a reproduzir as práticas de violência (MARTY,2006). Quando se trabalhou o assunto adolescência, foi possível perceber a carência de informações sobre o próprio período que estão vivenciando. Isso ficou explícito na pergunta de um dos jovens sobre o que era pelos pubianos, bem como na surpresa de saber a faixa etária da adolescência. Mas todos conseguem perceber as mudanças corporais que estão ocorrendo em si. Os encontros visavam proporcionar espaço de troca e diálogo entre os adolescentes. No entanto, o grupo proporcionou também uma ampliação dos vínculos, pois muitos adolescentes se conheceram através do grupo, isto ficou claro na dinâmica caça ao tesouro através da pergunta "alguém que você conheceu no grupo". Foi possível perceber um bom senso de solidariedade, pois através da dinâmica do bunker os adolescentes não olharam as pessoas pela via da deficiência e sim pelo que cada uma poderia contribuir. Quando tiveram que olhar no olho do colega, foi possível perceber um constrangimento em homem olhar para homem e em alguns casos homem e mulher, pois atribuíram o olhar a uma característica do relacionamento íntimo/amoroso. Ficou visível ainda a dificuldade de concentração e de olhar diretamente no olho do outro. Em um dos encontros houve certo incomodo da parte deles em decorrência de serem tirados de sua zona de conforto. Salientando a estratégia de grupo enquanto ataque-fuga. Os encontros possibilitaram um momento de escuta, onde os adolescentes tiveram voz ativa e puderam se expressar, no entanto isto só ocorreu a partir de um bom vínculo construído com estes adolescentes. No decorrer dos encontros, observou-se o interesse destes jovens em participar do grupo, bem como de suas atividades propostas. Os adolescentes deixaram claro que o grupo é um momento de estar com os amigos, um momento de troca e alegria, compromisso e de compreensão, observou-se isso na criação de músicas, poemas e no próprio discurso. 5. CONCLUSÃO Diante disso, é perceptivel a importância de proporcionar aos jovens um lugar de escuta. É importante promover a expressão de sentimentos e manifestações acerca de seu processo de desenvolvimento, seu dia-a-dia, seus desejos e suas expectativas. É preciso reconhecer que o adolescente passa por um período de intensas transformações cuja qual envolve o seu corpo e a sua própria subjetividade, ou seja, é um momento da vida onde os adolescentes se encontram em meio a constantes mudanças que são sentidas, vivenciadas bem como expressadas através das suas atitudes, do seu modo de agir, vestir e principalmente através do seu discurso. Tratando-se de adolescentes é preciso ressaltar que o psicólogo deve sempre levar em consideração que a adolescência é uma fase de transformação repleta de conflitos, medos, incertezas e principalmente por atitudes precipitadas, como por exemplo, uso abusivo de drogas licitas e ilícitas, envolvimento em relações sexuais promíscuas e sem o uso da camisinha, que refletem diretamente na sua vida bem como na sua saúde. Logo, o psicólogo deve se inserir efetivamente neste “mundo” do adolescente, proporcionando-lhe um acolhimento tanto do seu “EU” quanto das suas angústias. Além disso, o psicólogo através de sua intervenção deve resgatar juntamente com os adolescentes os seus valores ressignificando as suas vivências e gradualmente posicioná-lo em um lugar que permita exercer um papel ativo de protetor e cuidador de sua própria saúde. Assim, o grupo se revela como um instrumento de extremo valor perante o “universo” adolescente, pois através do grupo realizado com os adolescentes, foi possível perceber a intensa demanda que o adolescente traz consigo, ou seja, devido a um discurso social e até mesmo parental o adolescente tende a reprimir os seus sentimentos, pensamentos e desejos. Logo encontra no grupo a liberdade de expressão, é o espaço onde ele pode se desprender de todas as proibições bem como onde pode ser ele mesmo enquanto EU desejante, logo, pode criar, imaginar, se reinventar e se redescobrir a todo instante. Além disso, o grupo também suscita no adolescente diversas reflexões em relação a si mesmo enquanto ser humano, as suas atitudes perante o grupo e determinados momentos perante a sua própria vida, assim como, ajuda a desenvolver/ fortalecer as suas potencialidades e virtudes. Portanto diante de todos esses fatores pode-se considerar que o grupo transmite bem-estar e saúde a estes adolescentes. Todos os resultados aqui apresentados são parciais, pois o grupo encontra-se em andamento. REFERÊNCIAS COLE, M. O desenvolvimento da criança e do adolescente. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. ERICKSON, E. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1972. FISCMANN, J. B. Como agem os grupos operativos? In: ZIMERMAN, D. E. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. GAYOTTO, M. L. C.; DOMINGUES, I. Liderança: aprenda a mudar em grupo. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1995. HAACK, K. R. et.al. Intervenção comunitária com grupo de adolescentes: relato de experiência do projeto EBA. Revista Interamericana de Psicologia, v.44, n.1, p.65-73, 2010. MARTY, F. Adolescência, violência e sociedade. Ágora, v.9, n.1, p.119-131, 2006. MELO, L. F. Uma visão fenomenológica sobre os limites na adolescência. Revista Instituto de Gestalt Terapia e Atendimento Familiar, v.2, n.2, 2005. OSÓRIO, L. et.al. Grupo terapia hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. PAPALIA, D. 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