reconquista 3 de Novembro de 2011 Águas (Penamacor) dos leitores 39 Centro Coordenador de Transportes Hipótese 1 sem mais valias Extinção da freguesia por falta de um habitante M O Governo português apresentou no dia 26 de Setembro o Documento Verde da Reforma da Administração Local que, naturalmente, tem implicações directas no concelho de Penamacor em geral e na aldeia de Águas em particular. A manter-se assim, a aldeia de Águas vai ver a sua freguesia ser extinta unicamente pela falta de 1 (um) habitante. Senão, vejamos os dados do referido documento. Penamacor está classificado como um município de nível 3, considerando que tem uma densidade populacional inferior a 100 habitantes por km2. Nos municípios de nível 3 os critérios de organização territorial das freguesias contemplam as seguintes premissas: 1- Nas sedes de concelho a existência de apenas uma freguesia; 2- Em freguesias com a Área Predo- minantemente Rural (APR) a existência de um mínimo de 500 habitantes por freguesia; 3- Em freguesias com a Área Maioritariamente Urbana (AMU) a existência de um mínimo de 1000 habitantes por freguesia. Existem no entanto duas excepções ao segundo critério que resulta dos seguintes factores: municípios onde se tenha verificado um decréscimo populacional superior a 10 por cento na última década, comprovado pelo levantamento censitário realizado no corrente ano, o critério base para a manutenção da freguesia com APR é a existência de um mínimo de 300 e não de 500 habitantes. Se a freguesia se situar num raio superior a 15 quilómetros da sede do município, o critério base passa a ser um mínimo de 150 habitantes. É sabido que o Município de Penamacor teve um decréscimo de população superior a 10 por cento na última década. Daí resulta a excepção ao segundo critério do nível 3 e as freguesias do município passam a ter como critério base para a sua manutenção o mínimo de 300 habitantes. Segundo os dados da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) a aldeia de Águas tem tipologia de APR e 299 habitantes. Está por isso a um habitante de perfazer os 300 exigidos pelo documento verde para que Águas se mantenha como freguesia. É importante porém que estes dados sejam levados em conta pelas pessoas com responsabilidades locais e que algo seja feito para que, ao manter-se a Reforma da Administração Local e estes critérios, não se perca a freguesia de Águas para o benefício de todos. Bruno Marques ais uma vez recorro ao vosso jornal para me pronunciar sobre a localização do Centro Coordenador de Transportes. Esta decisão deve-se ao facto de ter lido duas opiniões no Reconquista de 27 de Outubro de 2011 defendendo a hipótese 1 – na antiga Prazol. Tal como referi na carta que escrevi ao Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco e foi publicada no Reconquista de 20 de Outubro de 2011, continuo a achar que a hipótese 2 – a sul da Linha do Caminho de Ferro é a mais sensata. Além das razões já mencionadas nessa carta, quero ainda levantar algumas questões. Ao contrário do que o sr. Rui Alves e o sr. Sérgio D. defendem, penso que a localização do lado de lá da linha iria promover a renovação e a animação de uma parte da cidade que está bastante degradada, porque do lado de cá já temos a Estação dos Caminhos de Ferro e por isso não precisamos de mais movimento. Além disso tanto o acesso à Estação como ao futuro Centro Coordenador de Transportes ou a qualquer outro equipamento da cidade é feito sempre da mesma maneira, ou seja, a pé, de carro ou de táxi, depende do tipo de utentes ou da distância a que residem os seus utilizadores, por isso não vejo que isso seja uma mais valia para a hipótese 1. Acho também um grande disparate fazerem um parque de estacionamento por baixo do Centro Coordenador de Transportes na Prazol, porque a vibração dos comboios juntamente com a circulação das camionetas no piso superior, iriam abrir brechas e a água das chuvas infiltrar-se-ia para o parque subterrâneo. Como referi na carta, a minha opinião é que se faça um jardim relvado com árvores e bancos e se possível uma estátua ao poeta João Roiz de Castelo Branco visto a rua que passa pela Prazol ter esse nome. Maria Eugénia Andrade de Carvalho