16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis VISUAL E VERBAL: INTERFACES DE UM MESMO DISCURSO POÉTICO Laudete Vani Balestreri Marilda Oliveira de Oliveira Resumo Este trabalho monográfico foi desenvolvido na linha de pesquisa Arte, Educação e contemporaneidade e teve como objetivo principal, rememorar e dar visibilidade a vida e obra do artista Silvestre Peciar Basiaco. Uma reflexão que cruzou por caminhos da História e da Arte no tempo e espaço de construção do século XX. Um território que marcou a narrativa poética do artista, seus deslocamentos e lugares de pertença. Um discurso que se inscreveu dentro de parâmetros éticos e estéticos que o aproximou das “verdades” instituídas pela sociedade que o gerou, a Era Moderna. Fatos estes, que se traduziram em obras atemporais, que se apresentam contextualizadas e visíveis no corpo deste texto. Palavras chaves: Hibridismo Cultural, visual e verbal, imagem e linguagem. Abstract This monograph was carried out in the research line Art, Education and contemporaneity, and its main goal was to remember and give visibility to the life and work of the artist Silvestre Peciar Basiaco. It is a reflection that crossed through ways of History and Art in the time and space of the twentieth century construction. It is a territory that marked the artist´s poetic narrative, his movements and places of belonging. It is a discourse that is based on ethical and aesthetic parameters which put him closer to the truths imposed by the society that generated him, the Modern Era. These facts produced timeless artworks, which are presented in a contextualized and visible way in the body of this text. key words: Cultural hybridism, visual and verbal, image and language. Introdução No início do séc. XX, novas escolas e tendências de arte como Cubismo, Expressionismo, Arte Abstrata, Arte Dada, Surrealismo, entre outras, surgem e se consolidam como propostas de uma nova arte. Assim, libertando-se das limitações do naturalismo a arte se desenvolve em múltiplas direções, dando lugar a um olhar completamente novo sobre a produção, instauração, leitura e crítica a respeito das obras e do seu campo de atuação. Um campo que, ao mesmo tempo em que enriquece as formas tradicionais, se abre e amplia para novas linguagens visuais. Assim, nos anos 60, com o surgimento da Pop Arte nos Estados Unidos e na Europa, inicia-se uma nova era no desenvolvimento da arte. Baseada no hibridismo cultural, a arte concentra-se no “improviso” e coloca-se na vanguarda do tempo, dando origem ao pós-modernismo. Quase simultaneamente, houve 252 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis uma nova tendência no desenvolvimento da arte ocidental, ou seja, a invenção da Arte Minimalista e da Arte Conceitual. É neste período que a relação entre imagem e linguagem tem se colocado, no campo das artes, segundo Ricardo Basbaum (1995), como uma das questões mais instigantes e provocadoras ao colocar em jogo justamente os limites do que se convencionou designar região do visual e do verbal. É também verdade que a arte, desde Duchamp, vem exercitando as chamadas formas híbridas dos objetos: instalações, happening, performance, body arte, arte conceitual, arte e tecnologia, que combinam e rediscutem, dentre tantos aspectos, os elementos provenientes dos meios tradicionais da pintura, do desenho, da gravura, da escultura. Isto é, reelaboram procedimentos técnicos por meio da apropriação de objetos do cotidiano sob a luz de uma visão inter/multi ou transdisciplinar da cultura, onde a arte passa a ser vista e interpretada como interfaces do mundo visual e verbal; do visível e do enunciável, entre imagem e linguagem; visibilidade e legibilidade; signo e pensamento; imagem e texto, real e virtual. É a partir deste quadro que proponho a discussão de alguns aspectos envolvidos no par visual/verbal, no que tange as interfaces destes dois campos na obra de Silvestre Peciar Basiaco — uruguaio; naturalizado brasileiro, nascido em 13 de janeiro de 1935 em Montevidéu, professor aposentado da Universidade Federal de Santa Maria – RS e atualmente professor da ENBA – Escola Nacional de Belas Artes do Uruguai —; uma vez que é impossível definir o campo das práticas artísticas apenas através dos meios e materiais utilizados. Neste caso a idéia, conceito imaginário, se torna visível e dota de vida e vitalidade as obras. Entretanto, me parece oportuno conceituar o que vem a ser ‘hibridismo’, pois é através deste entendimento que pretendo construir as interfaces do visual e verbal. Segundo Burke (2003), o termo hibridismo foi originalmente cunhado por botânicos para se referir a uma variedade de plantas adaptadas a um determinado ambiente pela seleção natural. Já no campo da Arte e Tecnologia, Elyeser Szturm (Professor do Instituto de Artes da UnB e pesquisador do CNPq) relaciona ‘hibridismo’ com a palavra ‘hibridação’ ou ‘hibridização’, que vem a definir a mistura entre técnicas e tecnologias numéricas e analógicas. Para o Dicionário 253 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis Crítico de Política e Cultura, hibridismo corresponde a descontextualizarão de culturas, desterritorialização, onde fenômenos culturais desvinculam-se de seu espaço e seu tempo. Por fim, de acordo com o Dicionário de Estética, a palavra hibridismo corresponde a mistura de estilos e de técnicas. Portanto, seria insensato assumir que o termo hibridismo tenha exatamente o mesmo significado em todos os contextos ou áreas de conhecimento. Assim, é com o conceito de hibridismo cultural que as interfaces visual/verbal na obra de Peciar serão tratados. Desenvolvimento Segundo Basbaum (1995), a arte moderna é fundada exatamente a partir das possibilidades do encontro entre os objetos que se pretendem puros e completamente visíveis com um campo enunciativo que, adequadamente se posiciona junto destes objetos, atravessando-os. Um discurso que ultrapassa o formalismo tradicional de apresentar a obra, apenas e tão somente por meio da materialidade, abrindo espaço para a construção de metáforas que estarão subordinadas a um texto ou discurso sígnico. Assim, neste contexto, a arte moderna se identificará com um território híbrido no qual se entrelaçam objetos e significados. Se o signo é único, receptivo e essencialmente ambíguo, conforme Basbaum (1995) nos informa, então, por natureza terá uma multiplicidade de interpretações, ou seja, a cada instante em que nos remetemos à obra de arte devemos considerar que esteja circundada e atravessada — em várias órbitas de proximidades e freqüências diferentes — por uma diversidade de enunciados, de gênero e formatos múltiplos. Sendo assim, sua importância reside na capacidade plenamente repetitiva de, sendo fixo e único, acolher uma multiplicidade de discursos. (BASBAUM, 1995, p.379) Assim, quando Deleuze caracteriza a “essência” como “unidade do signo e do sentido tal qual é revelada na obra de arte” (APUD BASBAUM -1995, p. 380), está apontando para uma arte subjetiva, aberta, que tem na mesma um veículo 254 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis privilegiado onde, somente a ‘boa e verdadeira’ interpretação ou leitura, permitirá equacionar, de maneira correta, a relação entre signo e sentido. Um caminho que pode ser percorrido nos trabalhos de Peciar. Assim, na obra “Bomba Popular” (1997) — objeto que mistura madeira, metal e palavras — por exemplo, encontramos elementos simbólicos de duas ou mais cultura se entrelaçando. No texto: ‘contra a coca-cola a bomba popular’, aparece nitidamente um discurso de apelo à valorização de uma cultura local ou latino-americana, em detrimento do que poderíamos chamar de “imperialismo norte-americano” ou global. Um discurso que ganha força com os signos (cuia e chaleira) que falam de valores e tradições de certa região brasileira, neste caso, o sul do país, e de certo modo do pampa sul americano. Aqui, signo e sentido são sinônimos do objeto e do discurso que a obra carrega. Um par que torna claro, que texto e objeto funcionam simultâneos e diferenciados, evitando assim, uma leitura puramente retiniana. Do mesmo modo, ao se referir aos trocadilhos ‘coca-cola’ e ‘bomba popular’ (leia-se bomba de chimarrão), um jogo de palavras passa a acontecer no campo tridimensional que Duchamp caracteriza como “uma estrutura verbal com presença no espaço” (APUD BASBAUM, 1995, p.385); estabelecendo assim, uma relação do objeto plástico a um procedimento discursivo em que as conexões, palavra/objeto são re-traçados a partir de marcas produzidas por cada uma das matérias, criando uma adequação natural entre ambos os campos e possibilitando um trabalho, onde a dimensão conceitual da obra, não prejudica a autonomia plástica. Prática tão comum no campo da arte durante os anos 60, e que se estende aos domínios do mundo contemporâneo. Portanto, o discurso criativo pode apresentar-se em ambas as esferas, verbal e visual, sem perder seu poder de informação e penetração, sem perder sua vitalidade e conteúdo, sem ofuscar o desejo de afirmação do objeto ou da linguagem, redimensionando assim seus apelos para o sensível e o visível. Para Peter Burke (2003), duas questões gerais aparecem ou surgem com particular clareza na discussão das obras ou imagens híbridas, embora elas tenham relevância muito mais ampla. Em primeiro lugar, há a importância dos 255 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis estereótipos ou esquemas culturais na estruturação da percepção e na interpretação do mundo. Em segundo lugar, há a importância do que poderiam ser chamadas ‘afinidades’ ou ‘convergências’ entre imagens oriundas de diferentes tradições. Na primeira questão, devemos considerar os esquemas culturais como índice de atitude, mentalidade, valores e suas expressões; concretizados ou simbolizados em artefatos, práticas e representações. No caso do artista Peciar, os elementos que falam de sua descendência e país de origem: Uruguai – idioma espanhol; torcer por um time de futebol – Penharol; manter vínculos de afetividade e preocupação com a pátria natal em relação às questões sociais – regime político; opor-se a cultura imperialista vigente – a americanização do mundo. Quanto à segunda questão levantada por Burke, é preciso considerar as influências exercidas por diversos contextos históricos e culturais na construção da arte e seus desdobramentos ao longo do tempo. Aqui, a Paris do século XX, com suas tendências, movimentos e artistas determinando e disseminando conceitos e direcionando a produção em arte. Neste caso, as afinidades e convergências dos meios, materiais e linguagens utilizadas pelo artista Peciar no processo de elaboração e materialidade das obras. Assim, a presença de elementos visuais e verbais em alguns trabalhos, como “Bomba Popular” (já citada) e “Ditadura Uruguaia” (que veremos a seguir), denunciam sua proximidade com as idéias duchampianas; o que nos leva a crer que devemos perceber as formas híbridas como resultados de encontros múltiplos, e não como o resultado de um encontro único, mesmo que estes encontros adicionem ou reforcem elementos novos ou antigos nesta mistura. Nestas duas obras, através da palavra, elemento visual dominante, o artista propõe a percepção de um gesto de ver e ler que acontece simultaneamente. Assim, é possível abordar a produção plástica e textual como uma única proposta, como uma corrente incessante de invenção e pensamento em que os elementos visuais e verbais estão inter-relacionados por um sistema de letras que apontam para uma ordem conceitual e de gênero, porém, sem que um ilustre ou explique o outro. 256 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis Indiscutivelmente, a tarefa a que o artista se dispôs, propor o seu próprio sistema de ordem que cinge e entrelaça a sua obra e a linguagem escrita; colocam em movimento imagens que nos aproximam ou nos distanciam de seu discurso poético. Encontros que incorporam dados e conteúdos da natureza humana com a cultura; configurando assim que o texto é fundação e afirmação de seu projeto plástico, preservando em aberto a tarefa auto-reflexiva da arte. Preservando não só o seu discurso, mas também o discurso de um enunciado que ainda está por se construir, ou seja, a leitura do observador, confirmando o que Edward Said (APUD BURKE, 2003, p. 53) coloca com relação ao hibridismo: “todas as culturas estão envolvidas entre si, nenhuma delas é única e pura, todas são híbridas, heterogêneas. Por isso, é possível ver e ler os elementos que estão contidos na obra, uma vez que nos são familiares e próximos do nosso contexto histórico e cultural”. Para além destas reflexões acerca do visual e verbal, como interfaces na obra de Peciar, podemos ainda introduzir um novo elemento nesta análise, ou seja, o critério dos três paradigmas defendido por Lúcia Santaella (1998). Um critério, por assim dizer materialista que determina o modo como as imagens ou obras são materialmente produzidas. Assim, é na observação das transformações operadas nos modos de produção da obra ou imagem que a autora nos conduz aos três paradigmas, que são: pré-fotográfico ou artesanal – que dá expressão à visão por meio de habilidades da mão e do corpo; fotográfico – que inaugurou a automatização na produção de imagens por meio de máquinas, ou melhor, de próteses óticas; pós-fotográfico ou gerativo – paradigma em que as imagens são derivadas de uma matriz numérica e produzidas por técnicas computacionais. Em síntese, no primeiro paradigma encontram-se processos artesanais de criação da imagem; no segundo, processos automáticos de captação da imagem e, no terceiro, processos matemáticos de geração de imagem. É com relação ao primeiro paradigma, o pré-fotográfico, que será substituído pela palavra artesanal, e com as interfaces visual e verbal, que a obra “Ditadura Uruguaia” (1980) — escultura em madeira que mescla a imagem da morte com uma figura feminina e um verso de uma canção popular do Uruguai — será analisada. 257 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis Para Santaella (1998), a produção artesanal da imagem ou da obra depende de um suporte, quase sempre uma superfície que possa servir de receptáculo às substâncias que o artista utiliza para nela deixar a marca do seu gesto através de um instrumento, neste caso, o próprio corpo. O que resultaria, segundo a autora, em uma imagem ou objeto único, autêntico e, por isso mesmo, solene e carregado de certa sacralidade por ser fruto da impressão primeira do olhar do artista sobre o mundo, para depois ser transformado por um gesto único, onde o sujeito que cria o objeto e a fonte da criação, fundem-se. Poderíamos então dizer que a obra “Ditadura Uruguaia” se encaixa neste tipo de definição, uma vez que, tendo por propósito figurar o visível e o invisível, a obra é basicamente uma figuração por imitação, uma imagem mimese que retém na superfície o gesto que visa fundir o sujeito ao mundo. Portanto, uma cópia da aparência que funciona como meio de ligação da natureza à imaginação de um sujeito. Sendo assim, uma metáfora, uma janela para o mundo, onde o real é imaginado por um sujeito através de um sistema de codificações ilusionista e por isso mesmo, simbólica, porém matérica e perene. Assim, por ter algo de ‘sagrado’, uma ‘nostalgia do divino’, ‘do perene’, ‘da duração’, ‘do repouso’, a obra induz a se pensar que existe um único caminho para se chegar até ela. Mas, para além desta particularidade, ela convida o receptor ou leitor a uma aproximação por meio de signos e sentidos que se interpõem, tirando-a do seu espaço da reclusão, convidando para que se estabeleça um diálogo e se decifre seus códigos. Um olhar par além da sua materialidade e funcionalidade como objeto de contemplação. Para além do que julgamos palpável, perecível e durável. Para perto sim do mundo visual e verbal; do visível e do enunciável, da visibilidade e legibilidade; do signo e pensamento; da imagem e texto, do real e virtual. Afinal, o que a frase inscrita no corpo da obra, “muerte: cúidame porque sin mí tu te mueres”, quer dizer? Com que intensidade este discurso se apresenta na obra e na vida do artista? O que há por trás deste discurso? Por meio de uma metáfora que se inscreve no corpo da obra, vemos a proximidade do artista com sua poiética. Vemos um discurso que se inscreve para 258 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis além da obra, para perto de suas motivações; para perto de um poema, ‘morte, tu me cuidas, porque sem mim tu morres’, um único poema tatuado no corpo matérico da obra que puniria seu agressor e aliviaria sua diáspora. Vemos aqui, o verbal e o visual se entrelaçando como cúmplices de uma mesma narrativa poética. Cúmplices de uma história que se desenvolve no campo do real e do virtual, uma vez que as palavras se traduzem em versos de uma canção popular uruguaia, que tanto pode falar do singular quanto do plural. Uma mensagem de alento, de esperança para alguns, ou de morte e sofrimento para outros. Uma saudade incontida de uma pátria, de uma casa, de uma família, que tanto pode ser sua, minha como a do outro. Um sentimento de pertença que não nos impede de estar no tempo histórico e cultural da obra e do seu criador. Um discurso de dor e sátira a um poder repressor e ditatorial que nos diz de muitos lugares e pessoas. Quase que um blefe juvenil, anárquico e contestatório, tão próprio de pessoas autênticas que brincam e personificam conceitos ao subverter momentos difíceis em parábolas de vida. Conclusão Portanto, é visível que o artista Peciar adota, basicamente, o manifesto como principal modalidade discursiva — que se soma às obras, mas não se confunde com elas. Ainda que os manifestos exibam uma proximidade com a obra, estes permanecem atrás de um limite nítido que dela os separa, resguardando assim, suas especificidades e fronteiras. É neste entrecruzamento de duas trajetórias: enunciados e visibilidades que observamos o confronto, num mesmo tempo e espaço, em uma ação mútua e combinada, como partes de um mesmo processo, onde a palavra migra para dentro da obra e passa a fazer parte da sua materialidade. Assim, o texto passa a ser um elemento inscrito na estrutura física do objeto, seja como formulação reflexiva acerca do próprio processo, seja como experimento e descoberta de frases, poemas ou palavras de ordem na própria obra. Enfim, uma cumplicidade absoluta numa superposição de materiais expressivos que envolvem tanto o discurso como o momento de criação da obra. 259 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis Referências Bibliograficas BASBAUM, Ricardo. Migração das Palavras para a Imagem. Artigo Revista Gávea 13: PUC/RJ, 1995. BURKE, Peter. Hibridismo Cultural. São Leopoldo: Unisinos, 2003. CARCHIA, Gianni; D-ANGELO, Paolo. Dicionário de Estética. Portugal: Edições 70, 2003. SANTAELLA, Lucia; Noth, Windried. Imagem: cognição, semiótica e mídia. São Paulo: Iluminuras, 1998. TEIXEIRA, C. Dicionário crítico de política e cultura. São Paulo: Iluminuras, 1997. Currículo Resumido Laudete Vani Balestreri, autor. Mestranda em Artes Visuais – PPGART/CAL/UFSM. Possui Especialização em Arte e Visualidade (2006); Graduação - Licenciatura em Desenho e Plástica (2004) e Bacharelado em Desenho e Plástica (2002) pela UFSM - RS. É pesquisadora do GEPAEC/UFSM/CNPq. [email protected] Marilda Oliveira de Oliveira, co-autor. Profª. Drª. Adjunta do Departamento de Metodologia de Ensino, Centro de Educação, UFSM – RS. Doutora em História da Arte (1995) e Mestre em Antropologia Social (1990), ambos pela Universidade de Barcelona. Profª. Credenciada no PPGE/UFSM e Profª. Permanente do PPGART/UFSM. [email protected] 260