CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA HÍDRICA OFICINA: SETOR HIDROELETRICIDADE Luiz Fernando V. Rezende Consórcio Capim Branco Energia CRISE HÍDRICA NO BRASIL - SETOR ELETRICO Capacidade de Geração do Brasil – ANEEL O Brasil possui no total 4.264 empreendimentos em operação, totalizando 138.612.720 kW de potência instalada. Está prevista para os próximos anos uma adição de 41.434.510 KW na capacidade de geração do País, proveniente dos 175 empreendimentos atualmente em construção e mais 712 em empreendimentos com construção não iniciada.. CGH CGU* EOL PCH UFV UHE UTE UTN Tipo CGH EOL PCH UFV UHE UTE UTN Total Legenda Central Geradora Hidrelétrica Central Geradora Undi-elétrica Central Geradora Eólica Pequena Central Hidrelétrica Central Geradora Solar Fotovoltaica Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Usina Termonuclear Empreendimentos em Operação Potência Fiscalizada Quantidade (kW) 523 366.609 272 6.618.597 468 4.821.485 27 21.236 197 85.202.318 2.775 39.592.475 2 1.990.000 4.264 138.612.720 *CGU - Central Geradora Undi-elétrica: Usina de ondas % 0,26 4,77 3,48 0,02 61,47 28,56 1,44 100 Empreendimentos em Construção Tipo Quantidade Potência Outorgada (kW) % CGH 1 848 0 EOL 108 2.670.582 12,51 PCH 34 416.400 1,95 UHE 11 15.269.142 71,55 UTE 20 1.634.639 7,66 UTN 1 1.350.000 6,33 Total 175 21.341.611 100 Empreendimentos com Construção não iniciada Tipo Quantidade Potência Outorgada (kW) % CGH 41 27.799 0,14 CGU 1 50 0 EOL 350 8.289.654 41,26 PCH 130 1.846.429 9,19 UFV 38 1.082.975 5,39 UHE 4 447.000 2,22 UTE 148 8.398.992 41,8 Total 712 20.092.899 100 Observa-se grande investimento em empreendimentos Eólicos e Termelétricos com construção não iniciada, com incremento de 14,50% da potência fiscalizada dos empreendimentos em operação. Em contrapartida para Usinas Hidrelétricas há previsão de apenas 447.000 kW que corresponde a apenas 0,32% da potência fiscalizada dos empreendimentos em operação. Potencial hidrelétrico brasileiro por bacia hidrográfica Eletrobrás Importante registrar que o Brasil dispõe de 247.242,35 MW de potencial hidrelétrico, e somando-se os empreendimentos hidrelétricos (CGH, PCH e UHE) em operação, em construção e com construção não iniciada, conforme informações da ANEEL temos 108.398,03 MW, que corresponde a 43,84 % do potencial hidrelétrico brasileiro. Cerca de 56 % do total ainda está disponível. Evolução dos Armazenamentos – Região Sudeste Evolução dos Armazenamentos – Região Sul Evolução dos Armazenamentos – Região Nordeste Evolução dos Armazenamentos – Região Norte OS PROBLEMAS RELACIONADOS A ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Da Agência Canal Energia, Meio Ambiente 12/08/2015 O Observatório do Clima (OC) divulgou nesta semana uma análise ampliada sobre as emissões brasileiras de gases do efeito estufa (GEE), entre 1970 e 2013. Nesse período, o setor de energia — que inclui produção e consumo de combustíveis e energia elétrica — quadruplicou seus níveis de GEE, chegando a 29% das emissões brasileiras em 2013. "Nenhum outro setor teve crescimento tão acelerado e em níveis tão altos de emissão", afirmou a entidade. Da Agência Canal Energia, Meio Ambiente 12/08/2015 Só nos últimos cinco anos, as emissões da área energética aumentaram 34%. “A expansão se deve à queda da participação do etanol, ao aumento do consumo de gasolina e diesel, além do incremento de geração termelétrica no Brasil”, explicou Carlos Rittl, secretário-executivo do OC. Para ele, essa tendência é alarmante, mesmo quando comparada àquele que ainda é o pior vilão das emissões brasileiras, o desmatamento (que respondeu por 35% do total dos GEE do Brasil em 2013). FIRJAN APONTA AUMENTO DE 48% NO PEÇO DA ENERGIA PARA A INDÚSTRIA O custo médio da energia para a indústria nacional subiu 48% desde o início deste ano, alcançando R$ 534,28 por megawatthora (MWh), segundo atualização feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Com este valor, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking internacional dos 28 países mais caros no custo da energia para indústria, superando a Índia e a Itália, que ocupavam as primeiras posições. “O custo [no Brasil] é muito mais alto do que o dos nossos principais concorrentes. Isso se traduz, na prática, em produtos mais caros, empregos que deixam de ser gerados, investimentos que deixam de ser feitos, porque esse insumo está em toda a indústria”, disse o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema Firjan, Cristiano Prado. BENEFÍCIOS DOS RESERVATÓRIOS DE USO MÚLTIPLO CONSTRUÍDOS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA. Reservatórios de regularização A ampliação da Matriz Energética Brasileira, atualmente focada em empreendimentos Eólicos, de Biomassa, Termelétricos e Termonucleares poderia ser concentrada em Hidrelétricas Com Grandes Reservatórios, aproveitando parte do grande potencial ainda disponível de energia limpa renovável e a mais barata no Brasil. A construção no Brasil de usinas termonucleares que somariam 8 mil megawatts, prevista no Plano Nacional de Energia para 2030 (PNE 2030) poderia ser substituída por Hidrelétricas com grandes reservatórios, não fosse a restrição do governo federal a esta solução, a partir dos anos 80, motivada por questões ideológicas, ou de interesse de outros setores. Reservatórios de regularização A titulo de exemplo, uma alternativa viável economicamente seria a construção de uma usina hidrelétrica no Rio Xingu, com capacidade para regularização plurianual, a montante da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Seu reservatório seria dimensionado para geração própria de cerca de 8.000 MW e para contribuir com mais 4.000 MW médios de geração na UHE Belo Monte, sem investimento adicional nesta unidade de geração. O desafio está em equilibrar a segurança do fornecimento a custos mais competitivos para o consumidor final. Consumo humano Exemplo: Abastecimento Urbano nas cidades de Uberlândia e Uberaba. Para a cidade de Uberlândia a Prefeitura Municipal já tem a solução definitiva com o projeto de captação no reservatório da UHE Amador Aguiar I ( Capim Branco I) no Rio Araguari. Para Uberaba a solução definitiva seria a captação em algum reservatório de UHE no Rio Grande, divisa de São Paulo e Minas Gerais, que ainda depende de um custo razoável de energia elétrica para as estações elevatórias necessárias para esta solução. Transposição do rio São Francisco Como é de conhecimento publico a Transposição do Rio São Francisco está em fase final de implantação com o objetivo de solucionar a crise hídrica perene em uma grande área do nordeste do Brasil. A captação da água é em um reservatório de hidrelétrica no Rio São Francisco. O custo de operação deste projeto depende diretamente do custo da energia elétrica para as estações elevatórias. Obviamente o sistema de transposição seria beneficiado com o custo mais baixo da energia elétrica no Brasil. Outros Usos •Navegação (Hidrovia Paraná Tietê) •Controle de Cheias •Irrigação •Recreação. ALTERNATIVAS PARA SOLUÇÃO DA CRISE HÍDRICA NO BRASIL A solução para a crise hídrica no Brasil passa pelos seguintes procedimentos: • Uso racional dos Recursos Hídricos para geração de Energia Elétrica, a partir de projetos economicamente viáveis, com a utilização de reservatórios plurianuais para as diversas bacias hidrográficas. •Uso racional dos Recursos Hídricos para consumo humano e irrigação utilizando reservatórios dimensionados para longo prazo. • Implantação de projetos de transposição de bacias hidrográficas para consumo humano e irrigação. •Boas praticas de Conservação e Uso do Solo. •Proteção das Áreas de Recarga • Implantação de projetos de Saneamento. FIM