1
1º Unidade
Capítulo I
Cartografia (projeções cartográficas), Tempo Geológico, Deriva Continental___________________03
Capítulo II
Estrutura da Terra, Dinâmica do Relevo e suas fisionomias________________________________09
Capítulo III
Atmosfera e suas subdivisões, fatores que influenciam, Agricultura e seus sistemas agrários______15
Capítulo IV
População (Estrutura populacional, Teorias)Sustentável___________________________________23
Capitulo V
Agricultura e seus sistemas agrários__________________________________________________26
Questões do ENEM e Vestibulares__________________________________________________35
Organização:
Apoio:
2
Capítulo I
A cartografia é a arte de fazer mapas, que enriquece o estudo da geografia,
representando através de mapas e cartas os melhores meios para se entender uma região.
Desde os tempos mais remotos o homem elabora mapas para se localizar. Trata-se de
uma necessidade de representar graficamente as atividades mais importantes.
Atualmente com a evolução da tecnologia para elaboração de mapas, destacamos o
sensoriamento remoto e imagens que são obtidas através dos satélites artificiais.
A Intenção do Comércio, Cartografia e Navegações
Para dominar terras novas era necessário que a navegação se
desenvolvesse, pois só assim poderia se chegar a lugares distantes da Europa.
Para a navegação era importante uma boa localização dos mares e das terras,
traçando roteiros e viagens produtivas, isso fazia do comércio de mapas na
Europa um grande atrativo. Com isso, empresas financiadas pelos governos se
estabeleceram na intenção de buscar melhorias da qualidade dos mapas.
Percebemos que o desenvolvimento comercial e evolução da
navegação foram primordiais para se aplicar o conhecimento cartográfico. O
resultado foi o financiamento de cartógrafos por governantes na intenção de
conquistar territórios e comerciantes de olho em novos mercados.
Projeções Cartográficas
As projeções cartográficas são técnicas e formas que representam a superfície
terrestre através de mapas.
3
Capítulo I
Sabemos da dificuldade de projetar a terra num plano, devido a sua forma
arredondada. Temos como uma boa e fiel representação o globo terrestre, destacando os
continentes e oceanos nas suas respectivas posições. Os mapas-múndi são de grandes
importância trazendo informações referentes as cidades, relevo, país, indústrias, rodovias,
aeroportos, ocorrência de minério.
Temos como principais projeções cartográficas o planisfério de Mercator, Peters,
projeção plana ou polar (Azimutal), de Aittof (projeção ortogonal) e projeção descontínua.
A projeção de Mercator foi criada por Gherard Kremer conhecido como Mercator, que
mesmo sem publicar nenhum Atlas, foi criador da palavra Atlas. Apareceu no momento em que
a expansão marítima Européia caminhava com boa parte do mundo já conhecida. Essa
projeção tem como destaque o hemisfério norte, com um foco que privilegia a Europa, e é a
que os navegadores preferem.
A projeção de Mercator reproduz e conserva a forma dos continentes, e trata-se de uma
projeção conforme, porém deforma e distorce as áreas relativas dos continentes. Os países em
alta latitude do hemisfério norte aparentam ficarem maiores quando nos afastamos da linha do
equador. A Groenlândia é um exemplo disso, pois nessa projeção ela aparenta ser do mesmo
tamanho da América do Sul, pois em sua realidade possui apenas a oitava parte deste
subcontinente.
Em 1973, Arno Peters, na tentativa de mostrar
uma projeção oposta a de Mercator apresentou seu
primeiro trabalho. Peters retratou as dimensões
relativas das áreas em um planisfério onde a projeção
é equivalente. Ao buscar certa igualdade entre os
países do hemisfério Norte (na maioria desenvolvidos)
e países subdesenvolvidos normalmente localizados
na zona inter tropical, mostrou áreas representadas de
uma forma proporcional, sem deformação e sem
privilegiar um determinado grupo de países.
Azimutal, originado de Guillaume Postel, tem como
base um plano sobre a esfera terrestre. Um ponto em que o
plano toca o globo terrestre e vira o centro da projeção, criado
para representar e destacar a região polar do globo terrestre.
Ele revela distâncias e direções com maior precisão,
referente ao ponto central do mapa, porém distorce medidas que
aumentam a distância do centro de projeção. Trata-se de uma
4
Capítulo I
projeção geopolítica expressando a visão do planeta referente a perspectiva política (do
Estado).
A projeção de Aittof explora as dimensões relativas das áreas, muito utilizada em
representação dos planisférios semelhante as projeções de Mercator e Peters.
“Descontinua” ou “Interrompida de Goode” é
uma projeção que apresenta boa exatidão e detalhes
desenhado, porém traz áreas cortadas e com
interrupções dificultando o cálculo de distâncias
devido aos cortes.
Origem da Terra
O nosso planeta teve origem a aproximadamente 4,5
bilhões de anos, a partir de seu resfriamento. Trata-se de um
planeta em constante transformação, sendo na superfície ou
em seu interior.
Muitas mudanças ocorreram devido as forças externas
atingindo a superfície da terra como ventos, chuvas e até ação
antrópica. Outras muitas vezes não conseguimos presenciar
devido ao nosso curto tempo de vida, transformações causadas
em períodos com intervalos longos como afastamento dos
continentes, formação de montanhas.
Sobre a origem da
Terra, o universo e o
sistema solar.
www.simonsen.br/eja
5
Capítulo I
Deriva Continental
As placas que compõem a crosta terrestre permaneceram juntas até o início do período
jurássico formando a Pangéia, um único continente cercado por um oceano denominado
Pantalassa. Já no final deste período, a Pangéia começou a se fragmentar, dando origem a
Laurásia ao norte, conhecida por América do norte e a Erásia, e a Gondwana ao sul, que seria
a América do sul, África, Antártida, Austrália e Índia.
A deriva continental resulta do afastamento lateral de um continente a outro ou até
mesmo pelo equilíbrio isotático resultante da busca do equilíbrio do continente devido a uma
elevação montanhosa.
Ao longo do tempo este afastamento de placas sofreu uma certa evolução até chegar a
formação atual.
6
Capítulo I
O Tempo Geológico
O tempo geológico mede a idade da terra. Enquanto medimos o tempo em anos, dias e
horas, no tempo geológico delimitamos eras e subdividimos períodos. Durante esses períodos
a terra passou por várias mudanças, sejam elas físicas ou biológicas e cada período é marcado
e caracterizado devido aos seus acontecimentos. O conjunto que reúne as eras geológicas é
denominado de “Escala Geológica”.
Era Geológicas e seus Períodos
Período
Quaternário
A evolução humana: o desenvolver da agricultura, o pastoreiro, o
descobrimento do fogo, o manuseio de metais, a origem de sistemas
cooperativos e sociais, invenção da escrita.
Aparece o homem primitivo, evoluído de forma primitiva
Início há 1 milhão de anos
Período
Terciário
Última grande glaciação (avanço da geleiras), Formação dos Andes,
Alpes, Himalaia.
Multiplicam-se os ancestrais dos animais domésticos de hoje.
Era dos mamíferos grandes e pequenos.
Início há 65 milhões de anos
Cenozoica
Mesosóica
Período
Secundário
Extinção dos répteis gigantes.
Primeiros mamíferos
Primeiras aves
Intensa atividade vulcânicas
Era dos dinossauros
Início há 225 milhões de anos
Paleozóica
PréCambriana
Período
Primário
O Início da divisão da pangéia
Primeiras florestas
Grandes animais marinhos
Primeiros anfíbios e répteis
a vegetação marinha avançada sobre a terra firme
A multiplicação dos peixes e moluscos
Início há 600 milhões de anos
Proterozoico
Desenvolvimento da vida marinha
Primeiras rochas sedimentares
Arqueozoica
Primeiras plantas marinhas
Primeiras formas de vida (bactérias, algas)
Formação dos oceanos
Primeiras chuvas
Azoica
Formação de rochas ígneas
Resfriamento da crosta terrestre
Formação do sistema solar
Início há 5 bilhões de anos
7
Capítulo I
Placas Tectônicas
A teoria da tectônica de placas é algo recente e resultado de longos períodos de
estudos, Na década de 50 foi constatado pelos cientistas que a litosfera é formada por diversas
placas, sendo no continente ou no fundo dos oceanos as mesmas se movimentam sobre o
magma, se deslocando devido as forças internas do planeta, provocando terremotos,
dobramentos, vulcanismo e etc. As oito placas de grande importância são: Sul americana,
Nazca, Africana, Eurasiática, Indo-australiana, Norte-americana, Pacífico, Antártida.
8
Capítulo II
Estrutura da Terra
O interior de nosso planeta é formado por diferentes camadas sendo, basicamente
três: Núcleo, Manto e Crosta. A terra, possuí em seu interior, temperaturas altíssimas em torno
de 3.500 ºC.
A Crosta terrestre também conhecida como litosfera é a camada externa, e trata-se de
uma fina camada de rochas. É dividida em, crosta continental (formadora dos continentes e a
mais antiga) e crosta oceânica constituindo o fundo oceânico. Pode ser subdividida em:
SIMA
–
Possui
este
nome
pela
predominância de silício e magnésio. Apresenta uma
espessura de até 100km e é a porção da crosta
inferior;
•
• SIAL – Constitui a crosta superior, formada
por silício e alumínio com espessura de até 25 km.
O Manto é a camada intermediária da terra
formada por magma denso e pastoso.
O Núcleo também conhecido por “Nife” é a
porção central da Terra, que é a parte mais densa, e nele
encontramos principalmente o níquel e ferro. Possui duas subdivisões: núcleo externo em
estado de fusão e núcleo interno que devido a grande pressão se encontra em estado sólido
mesmo com temperaturas altíssimas.
Formação da Crosta Terrestre
As rochas e os minerais formam a crosta terrestre. Os minerais são resultados de
processos inorgânicos, de substancias químicas encontradas na natureza. Normalmente são
9
Capítulo II
sólidos com exceção da água e mercúrio, e possuem diversas propriedades como fraturas,
estrutura e dureza.
As rochas são agregados naturais encontrados na natureza, formados por dois ou
mais minerais, um exemplo é o granito formado por quartzo, feldspato e mica.
Elas podem ser classificadas em magmáticas, sedimentares e metamórficas.
Rochas Magmáticas (ou ígneas)
São formadas conforme a solidificação do magma no
interior da Terra ou na superfície, e por esse motivo podem ser
subdivididas em: intrusivas e extrusivas.
• Intrusivas, Plutônicas, ou Abissais, são formadas
com o resfriamento do magma nas profundezas do
planeta. Exemplo granito e diorito;
• Extrusivas ou vulcânicas são formadas através da solidificação do magma na
superfície terrestre. Exemplo: basalto e obsidiana.
Rochas Sedimentares
Formadas por detritos ou sedimentos oriundos de outras
rochas, resultam de rochas que sofre processo erosivo,
atividades químicas, físicas, eólicas e ação de seres vivos. São
exemplos de rochas sedimentares, areia, calcário, arenito, tílito.
Rochas Metamórficas
São formadas através da transformação de outras rochas que sofreram alterações
naturais devido ao calor ou pressão do interior da Terra, e acabem ganhando uma nova
estrutura. Exemplo: mármore, quartzito e gnaisse.
Dinâmica do relevo (agentes internos e externos)
A superfície terrestre se encontra em constante mudança, e isso se deve às forças
internas (endógenas estruturais) e as forças (exógenas esculturais). Identificamos o relevo
através da suas principais formas: Montanhas, Planaltos, Planícies e Depressões.
•
Montanhas são grandes elevações que apresentam maior altitude, possuem
encostas íngremes e vales profundos. Existem montanhas que tem origem a partir de
dobras, falhas, montanhas vulcânicas e de erosão e muitas vezes formam cadeias e
10
Capítulo II
complexos extensos. Exemplo de montanhas: a cordilheira dos Andes situada na América
do sul, a Alpes na Europa, o Himalaia na Ásia e as Montanhas Rochosas localizadas na
América do Norte;
• Planaltos são superfícies elevadas com bordas escarpas resultantes do trabalho
erosivo sobre rochas cristalinas ou sedimentares. De acordo com o professor Jurandyr
Ross, planalto é toda superfície que apresenta irregularidade e altitudes acima de 300 m;
• Planície é a superfície plana que recebe sedimentos, São áreas de depósito, com
no máximo 100 m de altitudes normalmente formadas por rochas sedimentares. (tratamse de terrenos suaves);
• Depressões são áreas mais baixas do relevo (mais ou menos) planas que
sofreram erosão. Podem ser divididas em:
A) Depressões Relativas que estão acima do nível do mar, porém abaixo das
superfícies próximas. Exemplo: depressões periféricas (São Paulo).
B) Depressões Absolutas que estão abaixo do nível do mar, exemplo mar morto
(Ásia) com 392 m abaixo do nível do mar.
Agentes Internos
Tectonismo - Também conhecido como
movimento tectônico. De todos os agentes internos é o
mais lento e duradouro, e influencia no relevo
deformando as rochas que constituem a crosta terrestre.
Sua ocorrência se dá através de dobras e falhas
também conhecidas por fraturas.
Sobre os agentes
modeladores do relevo.
www.simonsen.br/eja
Movimentos Epirogenéticos
São movimentos por forças verticais que
causam o soerguimento ou abaixamento da crosta
terrestre. Esses movimentos provocam transgressões e
regressões marinhas.
Movimento Orogenéticos
São ocasionados por pressões do interior da
Terra, tanto verticais quanto horizontais, e têm
atuação em todas as placas. Este movimento provoca
dobramentos e falhas dando origem às montanhas.
11
Capítulo II
Hipocentro – situado no interior da
crosta onde surge o sismo.
Epicentro – o local na superfície
sobre o hipocentro, neste ponto o
terremoto e sentido de maneira
mais intensa.
www.simonsen.br/eja
Abalos sísmicos - são provocados por forças
no interior da Terra, causando vibrações nas
camadas da crosta terrestre. Quando surgem na
superfície terrestre recebem o nome de
terremotos e se surgidos nos oceanos, são
chamados de maremotos ou tsunami provocando
enormes ondas que atingem as ilhas ou
continentes.
Vulcanismo - recebem este nome os
fenômenos e fatos relacionados às atividades
vulcânicas. Corresponde a chegada do magma
que se encontra abaixo da crosta, com
temperaturas altíssimas e em estado de fusão,
resultante de grandes pressões ocorridas no
interior ou abaixo da crosta.
Áreas Com Maior Concentração Vulcânica
Círculo do Fogo Pacífico (Ilhas Aleutas);
Eixo Mar Mediterrâneo (Itália, Grécia e Cáucaso);
A dorsal do Atlântico (Islândia aos Açores e Canárias);
As fossas da África Oriental (Mar Vermelho).
Agentes Externos
A ação dos agentes externos não é tão
violenta quanto às dos agentes internos, pois atuam
no relevo de maneira a uniformizá-lo, seja por
acumulação de sedimentos ou pela erosão, que é o
desgaste do terreno. Temos como agentes externos o
intemperismo, águas correntes, ventos, águas
oceânicas, geleiras e seres vivos.
O intemperismo é o desgaste físico
(temperatura), químico (água) e biológico (seres
vivos), das rochas e minerais da superfície terrestre.
Ele age de maneira a desintegrar e decompor as
rochas.
As águas correntes, são consideradas o agente externo mais importante,
compreendendo-se por enxurradas, torrentes e rios.
12
Capítulo II
Enxurradas – Normalmente formadas após as chuvas, com ocorrências em
terrenos acidentados, onde existe um certo declínio dificultando a infiltração.
Possuem uma grande capacidade de erosão, de acordo com o volume de água.
Torrentes – agem em áreas montanhosas, e tratam-se de cursos periódicos,
causado por chuvas torrenciais ou degelo.
Rios – as águas dos rios, agem transportando e depositando materiais.
Quando a erosão causada pelos rios escava o leito por onde passa, recebe o nome
de erosão fluvial.
Obs.: O vale é construído através da ação erosiva no rio.
www.simonsen.br/eja
Ventos
Os ventos realizam erosão e sedimentação, modificando o relevo através da erosão
eólia que se divide em deflação e corrosão.
A acumulação eólica forma as dunas e Löess:
• Dunas são montes de areias que se movimentam e se formam no litoral;
• Löess tem sua formação através de pequenas partículas de argila, que são
transportadas de desertos distantes e depositadas na superfície, logo que a umidade as
deixa mais densas.
As águas oceânicas modelam a linha da costa dando origem a diversas paisagens,
(resultados da erosão e acumulação de sedimentos), que por sua vez determinam a formação
de praias, restingas, lagunas e tômbolos.
As geleiras são formações sólidas de água doce, que podem ser de montanhas ou
continentes. Nessas regiões a precipitação é em forma de neve.
Os seres vivos (tanto os vegetais quanto os animais) transformam o relevo, de maneira
menos violenta e intensiva que os outros agentes. O homem interfere construindo túneis,
estradas, aterrando, extraindo minerais, assim se tornando um poderoso agente modificador do
relevo.
13
Capítulo II
Solos
O solo é parte superficial da crosta
terrestre. É resultado da decomposição e
degradação das rochas, pode ser eluvial, quando
formado no próprio local onde se encontra ou
aluvial, formado por sedimentos transportados de
outros locais.
Os solos podem ser:
• Arenosos,
normalmente
encontrados em regiões litorâneas como
restingas e praias.
• Argilosos, solos impermeáveis de
diversas origens como o Salmorão do centro
sul brasileiro.
•
Deflação - Executa a função de
varrer uma determinada superfície,
levando os sedimentos finos de
acordo com a velocidade do vento.
Corrosão – é o momento em que
os ventos retiram do solo os
sedimentos, lançando-os contra um
obstáculo (rochas), transformandoos de maneira lenta, deixando a
base mais estreita que o topo.
Argiloso-arenoso, solos úmidos, conhecidos como solos de Várzea.
Sobre tipos de solo (latossolo), cor
cinzentos muito úmidos e suas
classificações (Azonais).
www.simonsen.br/eja
Horizontes - o solo possui diversas
camadas com cores e texturas diferentes. A essas
camada chamamos de horizonte. Elas variam
conforme a sua profundidade e a mais superficial é
denominada de camada A. Trata-se da camada mais
externa e a mais propicia a ação direta de agentes
externos, e é a camada mais rica em húmus. A mais
profunda camada recebe o nome de D, e trata-se da
rocha que ainda não sofreu alteração.
14
Capítulo III
A atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra. Sua composição é alterada con forme a altitude e ela é de sua importância para a sobrevivência de muitos seres vivos no pla neta, dentre eles, o homem.
Ela possui varias funções como regular a temperatura do planeta, filtrar radiações solares e até mesmo dificultar a aproximação de meteoritos. A atmosfera pode ser dividida em t roposfera, estratosfera, ionosfera e mesosfera.
Filtrar – impedir a passagem dos raios
solares, “barrando” os raios nocivos à vida
humana, para que não atinjam a superfície
terrestre. Aproximadamente dois terços da
radiação emitida pelo sol é bloqueada.
Conservar – é criar um determinado
isolamento térmico e impedi (no período
noturno) que o calor absorvido durante o dia
escape de maneira ligeira.
Proteção – impedir que os fragmentos
de astros cheguem até a superfície.
Troposfera - É a primeira camada atmosférica que atingindo quase 20 km de
altitude, na faixa equatorial apresenta uma espessura menor. É nesta camada que
verificamos a ocorrência de fenômenos meteorológicos. Na troposfera quanto maior a
15
Capítulo III
altitude menor a temperatura do ar.
Estratosfera - É a segunda camada da atmosfera que apresenta uma altitude entre
60 e 80 km, com temperatura variando de 20º á 100º. Nela encontramos o ozônio, que
atua filtrando os raios ultravioletas do sol. Na estratosfera a temperatura aumenta
conforme a altitude.
Ionosfera - Nesta camada ocorre a propagação dos raios X e Gama. Vai de 80 a
320 Km de altitude. Na ionosfera ocorre a reflexão das ondas radiofônicas e nela a temperatura diminui conforme a altitude cresce. Há também uma grande ocorrência de estrelas
cadentes, resultado do fenômeno da combustão de meteoritos.
Exosfera - É a camada acima da ionosfera, que tem como limites o espaço
interplanetário. Apresenta gases rarefeitos.
Temperatura e Latitude
Os raios são distribuídos de maneira
desigual na superfície terrestre. Na faixa
equatorial percebemos que a temperatura é
maior, pois trata-se de uma área mais quente e
quanto mais nos afastamos da linha do equador,
menor a temperatura, e consequentemente mais
frio. O aquecimento da atmosfera está
relacionado à reflexão dos raios solares na
superfície terrestre.
Esse aquecimento pode variar conforme
a
latitude,
altitude,
maritimidade
e
continentalidade.
No caso da latitude, o aquecimento pode
variar, pois quanto maior for a latitude menor
será o aquecimento e menor será a temperatura.
16
Capítulo III
Altitude
A atmosfera é aquecida conforme as radiações refletidas pela terra. Sendo assim
quanto mais distante da superfície terrestre, menor a temperatura, levando uma média de a
cada 200m de altitude a temperatura cai 1 grau.
Sobre pressão atmosférica.
Isóbaros – nível onde
a pressão atmosférica se
iguala.
www.simonsen.br/eja
Maritimidade e Continentalidade
A maritimidade age regulando o clima da região litorânea. A variação da temperatura
nesses lugares e pequena, pois as águas dos oceanos se aquecem e se resfriam de maneira
lenta, pois a temperatura em regiões litorâneas são mais estáveis do que no interior dos
continentes.
Em regiões localizadas no interior dos continentes, durante o dia e durante o ano os
verões são mais quentes e invernos mais frios, do que nas regiões litorâneas. Isso ocorre
devido a continentalidade que determina as variações térmicas.
Correntes Marítimas
As correntes marítimas influenciam e alteram o clima de maneira intensa, pois tratamse de rios dentro do mar.
As correntes quentes fazem o trabalho de aquecer o litoral em que passam. Um
exemplo é a corrente do Golfo, influenciando no clima da Europa Ocidental.
As correntes frias podem influenciar no aparecimento de regiões desérticas, pois as
águas frias apresentam baixa umidade para atmosfera. Exemplos de correntes marítimas frias:
Benguela e a de Humboldt.
17
Capítulo III
Ciclo Hidrológico
Trata-se da quantidade de água existente no planeta e as etapas pelas quais ela passa
na natureza: a evaporação, condensação e precipitação. A evaporação é o momento em que a
água sobe para troposfera, conforme ela sobe a temperatura cai e surge a condensação.
Á medida que o ar se enche de vapor a água ganha novamente o seu estado líquido e
surge então a precipitação, em forma de gotas retornando a superfície terrestre.
Umidade do ar é a quantidade de vapor presente na atmosfera. É medida através de
18
Capítulo III
um aparelho denominado de higrômetro.
Chamamos de umidade absoluta, a quantidade total de vapor d água presente em um
determinado momento no ar. E unidade relativa, a relação entre a umidade contida na
atmosfera e o ponto de saturação.
Precipitações Superficiais
Orvalho – também conhecido por sereno, ocorre
ao anoitecer próximo a superfície terrestre. No
momento em que o ar se resfria, surgem gotas de água
sobre as plantas.
Nevoeiro - também conhecido por neblina ou
cerração, trata-se da condensação do vapor d' água
junto a superfície terrestre. Ocorre muito em regiões
serranas brasileiras.
Geada - é o resultado das gotas de água solidificadas que dão
origem a uma camada fina de gelo.
O céu claro, o ar frio e estável,
seguido de umidade limite para
atingir o ponto de saturação com
esfriamento
razoável
são
condições propícias à formação
do orvalho e da geada.
Precipitações Não Superficiais
Neve - Ocorre quando o vapor d’água se cristaliza no interior ou abaixo das nuvens.
Granizo - é formado por gelo, e normalmente ocorre nos verões seguidos de
trovoadas e danificando o local que atinge.
Chuvas - são formadas no momento em que o vapor de água atinge seu ponto de
saturação e entra em contato com camadas de ar frio. Podem ser: convectivas ou de
convenção, de relevo ou orográficas, e frontais.
19
Capítulo III
•
Chuvas convectivas - são
causadas pela ascensão do ar, que quando
evaporado se resfria entrando em contato com
a camada atmosférica fria, se condensando e
precipitando em forma de chuva. Ocorrem de
forma intensa, muito conhecidas por “toró” e
acompanhadas de trovões;
•
Chuvas orográficas - ocorrem
assim que o ar úmido se eleva e se resfria e
quando
ultrapassam
um
obstáculo
montanhoso;
•
Chuvas frontais - ocorrem a
partir do encontro de uma massa de ar fria com
uma massa de ar quente. São mais duradouras
e de menor intensidade.
Massas de Ar
São porções existentes no interior da atmosfera,
que apresentam características particulares de temperatura. As
massas de ar influenciam no clima da superfície terrestre
alterando rapidamente o tempo nas regiões por onde passam.
Sobre massas de ar.
Quadro de Massas de Ar
Tipo Principal
Subtipo
Polares (P)
Polar marítima (PM)
Polar Continental (PC)
Tropical (T)
Tropical marítima (TM)
Tropical continental (TC)
Equatorial (E)
Equatorial marítima (EM)
Equatorial continental (EC)
Características
Fria, úmida e instável.
Fria, seca e estável.
Quente, úmida e estável ao leste do
oceano.
Quente, seca e estável.
Quente e úmida.
Quente e geralmente úmida.
20
Capítulo III
Frente
É o encontro de duas massas de ar de temperaturas distintas.
• Frente Fria – Surge a partir da substituição do ar frio pelo ar quente, levando o
frio para regiões determinadas.
• Frente Quente – Surge a partir da substituição do ar quente pelo ar frio,levando
calor para determinada locais.
• Frente Estacionária – é o equilíbrio entre a massa de ar quente e fria.
• Frente em Dissipação – é o momento de separação das massas de ar quente e
fria, a partir do momento em que ambas se afastam.
Climas
O planeta é composto por diversos climas, devido a uma gama de fatores que exercem
influência sobre as características dos clima das regiões. Esses fatores são: temperatura,
pressão, umidade, altitude, latitude, maritimidade, continentalidade, vegetação e correntes
marítimas, determinando as condições atmosféricas favoráveis ao clima.
21
Os Principais Tipos de Climas
Clima Mediterrâneo – Invernos com predominância de chuvas verão quente e seco, e
temperaturas médias superiores a 25C°.
Clima Tropical – A temperatura varia e no verão há períodos de chuvas em abundancia, com
temperaturas acima de 25 C°. Já no inverno há ocorrência de períodos de seca e temperaturas
médias acima dos 20 C°.
Clima Equatorial – Possui uma temperatura média de 25 C°. Trata-se de um clima que tem
como característica principal os períodos quentes e com chuvas quase que o ano todo.
Clima Polar – Apresenta temperaturas muito baixas, com um inverno duradouro com médias
térmicas de - 35 C°. Tem um verão curto e seco, podendo atingir 10 C°.
Clima Subtropical – Um clima com variação de temperatura e chuvas bem distribuídas. Nele, o
verão é caracterizado por temperaturas entre 15 e 20 C° e o inverno entre 0 a 10 C°.
Clima Desértico – Tem baixa quantidade de chuvas, grande amplitude térmica. Sua
característica principal é um clima bem seco, com temperaturas médias entre 20 e 30C°.
Clima de Montanha – Sua temperatura varia conforme a altitude, a temperatura cai a medida
que a altitude cresce. É um clima caracterizado pelo frio e por presença de neve.
Clima Semi-árido – Tem altas temperaturas e pouca umidade atmosférica, apresenta poucas
chuvas durante o ano e é distribuído de maneira desigual.
Clima Temperado – É caracterizado por ter estações do ano bem definidas e ocorrências de
neve no inverno. Mas as regiões apresentam um verão menos intenso e um inverno mais frio.
Clima Frio – Trata-se de uma clima com o verão curto e de baixa intensidade. Nele há a
predominância do inverno que é duradouro e rigoroso, o que contribui para temperaturas médias
negativas.
Zonas Climáticas Na Esfera Terrestre
22
Capítulo IV
A população mundial é distribuída de maneira irregular no espaço geográfico, como
resultado de fatores econômicos, histórico-culturais e físicos, que interagem entre si.
As regiões de menor concentração populacional são:
•
Grandes desertos (Saara, Atacama, Gobi, Namíbia);
•
Zonas polares (Ártico e Antártida);
•
Grandes cadeias montanhosas (Alpes, Andes, Himalaia, Rochosas);
•
Florestas densas localizadas em faixa equatoriais.
Concentração Populacional
Aproximadamente 6,1 bilhões de pessoas habitavam o planeta em 2002. Hoje temos
um número reduzido, porém não deixa de ser um número consideravelmente alto. A
23
Capítulo IV
quantidade de mulheres que utilizam métodos anticoncepcionais aumentou em 10%, e a
quantidade de filhos por mulheres caiu em 50% em principal os países subdesenvolvidos.
O crescimento populacional está relacionado a dois fatores: o fator natural ou
vegetativo onde se verifica em uma população a diferença de nascimentos e óbitos e a taxa
de migração relacionada a entrada e saída de pessoas.
Após a Segunda Guerra mundial países menos desenvolvidos amenizaram
suas taxas de mortalidade a partir da revolução médica-sanitária, com medidas
com ação médica, barateamento de medicamentos, campanhas de vacinação,
postos de saúde públicos, ambulatórios rurais, desenvolvimento da higiene social,
erradicação da malária em grandes áreas, tudo isso favorecendo para um
fenômeno denominado explosão demográfica.
Estrutura Populacional
A distribuição populacional é feita por grupos de idades e a ela chamamos de estrutura
etária. Com o objetivo de facilitar o estudo da estrutura etária a população é dividida em três
grupos ou faixas principais de idades.
Grupo
Idade
Jovens
0 até 19 anos
Adultos
20 até 59 anos
Idosos
Acima de 60 anos
24
Capítulo IV
As pirâmides etárias representam graficamente a estrutura etária de um país. Elas têm
sua origem a partir da interação do crescimento vegetativo e da expectativa média de vida. Sua
estrutura nos mostra a evolução demográfica de um país. No caso dos países
subdesenvolvidos a forma da pirâmide é triangular, com sua base larga onde temos um grande
número de jovens, resultado de altas taxas de natalidade, e sua parte estreita que mostra a
baixa expectativa de vida.
Nos países desenvolvidos há uma grande população adulta e idosa e com isso a
pirâmide ganha forma acentuada. Também podemos encontrar representações intermediárias,
como a pirâmide que representa os países com baixo crescimento vegetativo, com uma boa
população jovem, mas também boas fases adulta e idosa.
Teorias Populacionais
Malthusiana – Nessa teoria o desequilíbrio entre a população e recursos
naturais dão origem a miséria e a pobreza. O ritmo de crescimento da população
seria de maneira mais ágil que o ritmo de crescimento da produção alimentar. Para
Malthus cada família poderia ter filhos sim, porém a quantidade que pudesse
alimentar, e a idade do casamento deveria ser retardada.
Neomalthusiana – O crescimento populacional de maneira acelerada poderia
ser um grande obstáculo ao desenvolvimento. Logo, existiriam áreas bem povoadas
em que a fome, a miséria e a pobreza estariam diretamente relacionadas às
elevadas taxas de natalidade. Com o objetivo de amenizar esse crescimento
populacional, se fazia necessário o uso de métodos científicos como distribuição
gratuita de preservativos, pílulas anticoncepcionais, incentivo direto ao aborto, a
vasectomia e até mesmo a ligadura de trompas.
Reformista – Afirma que o crescimento populacional não é o principal fator,
mas antes seria a consequência do atraso econômico e social relacionado
diretamente com subdesenvolvimento.
Conforme as famílias adquirem condições de vidas melhores, tende a diminuir
o número de filhos, que é uma forma de manter o acesso (sem restrições) a
sistemas de educação e saúde. Para os reformistas uma melhor distribuição de
renda seria favorável ao acesso escolar, leituras, meios de comunicação e etc.
25
Capítulo V
A agricultura é uma atividade antiga, que foi
e continua sendo praticada por todos os povos de
maneira diferentes em todos os países do mundo.
Essa prática é feita de maneira distintas devido as
condições de cada lugar, onde são influenciadas por
fatores sócio econômicos, físicos ou natural e
culturais.
A Revolução Industrial e a revolução urbana
trouxeram grandes transformações para o campo,
influenciando diretamente nas relações entre cidade
e campo nos últimos tempos.
A agricultura passou a ser peça
fundamental da economia industrial, sendo
fornecedora de alimentos e matéria-prima para
industria e consumidora de máquinas, vacinas,
pesticidas.
Agrobusiness
–
também
conhecido por agronegócio, está
relacionado de maneira direta com
a agricultura moderna. Nele são
investidos de maneira intensa o
capital e a tecnologia.
Comodities – são chamados os
produtos primários no mercado
financeiro. Sua negociação é feita
em bolsas de mercadorias futuras
(as BMFs).
A agricultura é realizada de formas diferentes
em cada país. Isso se dá também devido ao
desenvolvimento desigual da indústria no mundo, e por
processos distintos em países desenvolvidos e
subdesenvolvidos industrializados.
Atualmente podemos identificar uma certa
ligação entre a agricultura, a atividade industrial e a
cidade.
Quando o assunto é comércio exterior de produtos agrícolas, (quem sai na frente são os países
ricos os desenvolvidos), não só pela capacidade técnica e científica, mas, quando reunidos em grandes
26
Capítulo V
blocos econômicos utilizam do protecionismo, dificultando importações e facilitando as exportações e
consequentemente crescendo no mercado internacional.
Sendo assim, países subdesenvolvidos da Ásia, América Latina e África, por falta de
recursos, ficam sem forças para brigar contra esse protecionismo ou até mesmo utilizar de algo
parecido. Assim, faz-se necessário o trabalho dos órgãos regulamentadores do comércio
internacional, na tentativa de igualar as oportunidades no mercado externo.
Produto
Maiores produtores
Arroz
China, Índia, Indonésia
Trigo
China, Índia, EUA
Milho
EUA, China
Cana-de-açúcar
Brasil, Índia
Café
Brasil, Colômbia, Vietnã
Soja
EUA, China
Algodão
C.E.I, China
Cacau
Costa do Marfim, Brasil
Fumo
EUA, China
Laranja
Brasil, EUA, México
Fatores como clima, água e tipo de solo favorecem a produção agrícola, principalmente
quando acompanhados de tecnologias. A agricultura é produtora não só de produtos voltados
à alimentação, mas também matéria-prima para diversas indústrias.
Os Principais Sistemas Agrícolas
Agricultura Itinerante
É um sistema de origem primitiva, arcaico,
praticado por famílias desprovidas de capital e sem
condições de melhorar a sua produção. Utiliza-se de
enxadas e queimadas em pequenas e médias áreas.
Neste sistema não se utiliza adubos químicos ou outros
tipos de recursos técnicos aprimorados, e são cultivados
produtos de subsistência como milho, inhame e
mandioca. Assim que ocorre um desgaste do solo,
abandonam a área e buscam outra para ocupar. As
maiores ocorrências são na América Latina e na África.
Os principais tipos de
sistemas agrícolas e suas
características.
27
Capítulo V
Agricultura de Jardinagem
É caracterizada por técnicas (mais ou menos
aprimoradas) de irrigação e adubação e conhecido por
rizicultura inundada, onde o arroz é dominante, cultivado em
planícies inundáveis ou até mesmo em regiões montanhosas
por terraceamento. Trata-se de:
elevada produtividade,
utilização intensiva do solo, elevado uso de adubos orgânicos,
baixo número de máquinas, muita mão de obra e pequenas
propriedades. Nesse sistema as técnicas de terraceamento,
adubação e irrigação ganham destaque. As maiores
ocorrências são no Japão, Indonésia e Tailândia.
Agricultura de Plantation
Foi um sistema muito utilizado durante a
colonização europeia na África e Ásia, introduzido pelos
europeus, que o oposto dos anteriores. É caracterizado
pela utilização de monocultura agroindustrial, que visa o
mercado externo, grandes propriedades e utilização de
numerosa mão-de-obra escrava ou nativa almejando a
garantia da produção em larga escala e a exportação.
Como consequência deste sistema agrícola surgem
revoltas sociais, esgotamento dos solos, concentração
das terras em poucas mãos de maneira excessiva e até
mesmo destruição das lavouras de subsistência. Além de uma divisão interna da sociedade
em duas classes: a dos grandes capitalistas e proprietários que são beneficiados pela
plantation e a dos trabalhadores assalariados ou não.
Os Belts – trata-se de uma agricultura de maneira intensa e com grande
produtividade por hectare. Nos Estados Unidos é feito com extensão mecanização
em médias e grandes propriedades, com cultivos de trigo – wheat-belt, milho – cornbels e algodão – cotonbetl entre outros.
Rotação de Culturas e de Terras na Europa – Nele o solo está sempre em uso
sendo cultivado de maneira intensiva. Isso ocorre pela utilização de adubos químicos
de maneira correta, o que impede o esgotamento do solo. Tanto na rotação de
culturas quanto a associação agropecuária se tornam características para a rotação
de terras. Há um aumento gradativo nas regiões produtoras de trigo, batata, cevada,
beterraba e uva e elevadas produtividades e rentabilidades.
www.simonsen.br/eja
28
Capítulo V
Indústria
Atividade Industrial
É considerada atividade industrial todo produto primário
ou bruto transformados em produtos elaborados ou
industrializados.
Classificação das Atividades
•
Artesanato - sem divisão de
trabalho, produção que depende de uma única
pessoa, normalmente o ambiente de trabalho é sua
casa com ferramentas próprias;
•
Manufaturado - sem divisão
de trabalho, o artesão passa a ter um salário
vendendo a sua mão de obra;
•
Maquinofatura - as fábricas
passam a ser o ambiente de trabalho, máquinas
substituem as ferramentas e existe uma grande divisão de trabalho.
As Indústrias classificam-se conforme a sua produção:
Bens de Produção ou Capital – produção de equipamentos de
necessidades de outras indústrias e matéria-prima. (Ex : Naval e siderurgia)
Bens de Consumo Duráveis – produção de bens de consumo a médio e
longo prazos, pelo consumidor final. (Ex : Móveis, elétrica)
Bens de Consumo Imediatos – produção de bens consumidos em um
prazo curto pelo consumidor final. (Ex : Têxtil e alimentícia)
Bens Intermediários – produção que serve de auxilio para a produção de
outras indústrias. (Ex : Energéticas, de materiais e de transporte)
29
Capítulo V
Primeira Revolução Industrial
As
máquinas
ganhavam
destaque
impulsionando a nova indústria. Criada por
Thomas Newcomen em 1712, a máquina a vapor
foi a sensação, e em 1765 foi aperfeiçoada por
James Watl.
Uma nova atividade ganha desenvoltura e
isso se dá através da energia produzida pelo
vapor, o que veio a fornecer também mudanças
nos meios de transporte. Novas invenções
apareceram dando um certo impulso na indústria
têxtil. No, transporte foram criadas locomotivas a
vapor e foram adaptadas aos navios. A indústria
começa a se diferenciar do artesanato e da
manufatura pelo uso da máquina no processo de
fabricação,
(trata-se
do
momento
da
maquinofatura).
Neste período a fonte de energia principal
foi o carvão, é por isso a localização das primeiras
indústrias foi perto de bacias carboníferas. Conforme o tempo passa, surgem novas técnicas e
novas formas de produção e o que vemos é uma economia global girando ao redor da
indústria.
Segunda Revolução Industrial
Em 1860, a indústria assume uma nova fase. Surgem grandes descobertas
tecnológicas, novos setores industriais e fontes de energia como petróleo e a eletricidade.
Aumenta o grau de importância da siderurgia, indústrias de automóveis e metalurgia.
Terceira Revolução Industrial
Já em 1946, ganham destaque as indústrias ligadas aos setores relacionados a
informatização. A economia industrial passa por novas mudanças devido a inovações
tecnológicas. Esse período se caracteriza pelo emprego da informática na produção industrial,
por novas fontes de energias como solar, eólica e biomassa.
Fontes de Energia
Energia é a capacidade de realizar trabalho Temos duas classificações para as fontes
de energia: renováveis e não renováveis.
• Fontes de energia renováveis, não se esgotam, também conhecidas por fontes de energias
alternativas, que ajudam a amenizar o consumo de energias não renováveis como o petróleo. São
30
Capítulo I
exemplos de energias renováveis: energia solar, eólica, geotérmica e energia dos vegetais
(biomassa).
Fonte de energia não renováveis, estas se esgotam e não se renovam como exemplo
temos o carvão mineral, petróleo, gás natural, urânio.
Petróleo
Carvão Mineral
Gás natural
Conhecido
como
um
hidrocarboneto fóssil de origem
orgânica o petróleo é encontrado em
bacias sedimentares que se resultam
de antigos ambientes aquáticos.
Trata-se de uma matéria prima de
grande
importância
mundial,
presente de maneiras diferentes em
nosso
cotidiano.
Encontramos
petróleo em inúmeros tipos de
plásticos, em asfalto, combustível e
até óleo lubrificantes. É a fonte de
energia mais usada em todo o
mundo. É no hemisfério norte que se
encontram as maiores reservas de
petróleo e a maior produção mundial.
Durante a revolução industrial e
séculos XVIII e XIX foi o grande
recurso energético. Trata-se de uma
substância sólida, orgânica que se
origina a partir da transformação de
florestas soterradas há milhões de
anos. Atualmente o carvão mineral
ocupa o segundo lugar como fonte de
energia mais empregada no mundo. É
a matéria-prima voltada para produção
de aço em usinas siderúrgicas, carvão
siderúrgico, ou até mesmo o carvão
energético, utilizado para gerar
energia elétrica. É no hemisfério norte
que se localizam mas de 80% das
jazidas de carvão mineral.
Um combustível fóssil, que é
localizado em estruturas geológicas
sedimentares. Ocupa o terceiro
lugar na tabela de fontes de energia
mais utilizadas no mundo. Muito
utilizado em setores termelétricos
domésticos. Trata-se de uma fonte
de energia não renovável, está
ligado ao petróleo e tem sua maior
ocorrência no hemisfério norte.
Energia Elétrica
São produzidas por três tipos de usinas, hidrelétricas, termelétricas e termonucleares
ou atômicas.
Hidrelétricas
A hidreletricidade é obtida através da
força das águas dos rios.
Ela surge de acordo com a energia
liberada pela correnteza de um
determinado rio, fazendo com que as
turbinas instaladas nele ganhem
movimentos. Possuí vantagens como
energia não poluente irrigação de
áreas áridas, utilização de águas dos
rios recurso renovável e de baixo
custo, porém apresenta desvantagens
como alto custo de implantação
alagamentos de grandes áreas
florestais, defeitos técnicos com
vazamento entre outros.
Termelétricas
Gera energia elétrica pelo vapor
da queima de combustíveis fósseis,
e é uma fonte de energia muito
poluidora, pois contribui para
emissão de gás carbônico para
atmosfera. Apesar da implantação
de uma usina termelétrica ser
barata, ela é dependente dos
principais combustíveis fósseis, o
carvão e o petróleo que são os
mais procurados no mundo. As
termelétricas
podem
ser
construídas próximo aos grandes
centros consumidores.
Termonucleares
É
uma
fonte
de
energia
concentrada e de alto rendimento.
Pode ser instalada próximo aos
centros consumidores, porém se
tornam um perigo para população,
pelo risco de um vazamento
nuclear. É gerada através do calor
produzido pela fissão do urânio ou
tório no núcleo do reator,(dois
minérios altamente radioativos).
A cada dia que passa, aumenta a busca por fontes de energias menos agressoras ao
meio ambiente, e que sejam renováveis, almejando a substituição do petróleo e o carvão.
Devido a tal fato ganham destaque fontes alternativas como biomassa, energia solar e eólica.
31
Capítulo V
Energia Solar
Gera eletricidade, além dos raios solares atuarem
como aquecedor de água e de casas das regiões que
apresentam clima frio.
Energia Eólica
É a energia produzida através da força dos ventos. Já utilizada na Dinamarca,
Espanha e até mesmo no Brasil (Ceará e Fernando de Noronha).
Biomassa
Trata-se de um gás parecido com o gás natural, originado através da transformação de
matéria orgânica, como lixo, resíduos vegetais, bagaço de cana entre outros. As turbinas das
termelétricas são acionadas a partir do vapor gerado pela queima da biomassa que aquece o
fluido. A biomassa colabora na solução do problema da crise energética e também no caos de
lixo orgânico em diversas cidades.
Desenvolvimento das Cidades
As primeiras cidades eram pequenas e tiveram sua origem na Mesopotâmia, em vales
dos rios Tigre e Eufrates (atualmente Iraque), cidades como Ucrânia e Babilônia.
Mas não foi por acaso que as primeiras cidades surgiram próximas a rios, pois a
necessidade de terras férteis e boa irrigação para a produção de alimentos eram fundamentais
para o surgimento de uma cidade.
32
Capítulo V
O surgimento das cidades está ligado a núcleos de
colonização, construção de fortificações, atividades
extrativas, culturais, econômicas e tecnológicas. As cidades
podem ser espontâneas ou naturais e planejadas ou
artificiais.
O tempo foi passando e as cidades ganhando
maior proporção, com grande número de
habitantes. Elas surgiam à medida que a
sociedade passava a ter condições de produzir
alimentos que garantiam o abastecimento de
moradores urbanos e a subsistência dos
agricultores. A cidade se caracterizava por ser
um lugar de poder, e nela vivia a elite os
comandantes de uma sociedade. Foi nela que o
comércio e o artesanato ganharam expressão e
se desenvolveram.
Na idade média ocorreram muitas
transformações econômicas, políticas, sociais e
culturais, alterando o espaço rural e urbano, originado de regime feudal onde a produção
visava à auto suficiência. O comércio era reduzido e a cidade já não tinha a mesma
importância econômica, não era mais o lugar onde eram feitas as trocas e nem o centro de
produção artesanal.
O feudalismo trouxe uma descentralização
de poder, deixando os senhores feudais
poderosos. Neste período, a cidade não possuía
mais o título de centro cultural e não
desempenhava mais o papel político, que passou
a ser dominado pela Igreja Católica.
As cidades entraram em decadência,
(resultado do sistema feudal), não surgiram novas
e as antigas sofriam uma evasão. Elas não
possuíam uma função definida, eram cidades
medievais que não passavam de uma proteção de
castelos, igrejas e com uma população pequena.
Rede urbana é a relação das
cidades entre si, que se interligam
através de sistemas de transporte e de
comunicação, ou seja, não é apenas a
distribuição das cidades no espaço
geográfico.
33
Capítulo V
As cidades só começaram a renascer no fim da idade média o que ficou caracterizado
por um renascimento urbano, onde surgiram novas cidades e as existentes começaram a
crescer.
Essa reestruturação gradativa de cidades se deu graças ao comércio, que a partir do
século XIII deu sinal de vida se reerguendo. As cidades cresciam conforme o comércio ia
ganhado espaço neste sistema feudal.
Conurbações – Formação de duas ou mais cidades próximas onde
há uma interação física e de função entre elas. Tornando os limites
indefinidos pela expansão da cidade maior em relação à menor.
Regiões Metropolitanas – Trata-se de regiões urbanizadas
integradas funcionalmente a uma metrópole.
Megalópoles – São grandes regiões urbanizadas constituída por
diversas áreas metropolitanas.
É o início de um novo sistema econômico, o sistema
capitalista, que provocou transformações políticas, sociais e
culturais. Conforme o capitalismo se estabelecia, a urbanização
ganhava destaque e com isso a cidade passa a recuperar seu
posto, sendo o centro de trocas. Trata se de um comércio que
acumula o capital. Não se troca produto por produto, pois o
objetivo é comprar e transformar em mercadorias, vendendo por
um preço superior e obtendo lucro, fazendo da cidade o lugar
ideal para essa atividade.
Função Urbana
As cidades desempenham varias atividades. A essas atividades denominamos
de funções urbanas. Exemplos:
Histórica Ouro Preto, Atenas, Florença
Portuária Santos, Boston, Hamburgo
Religiosa Jerusalém,Aparecida,Meca, Vaticano
Administrativa
Brasília, La Paz, Washington
ComercialSalvador, Manaus, Hong-Kong
Militar
Natal, Cabo Kennedy, Gibraltar
Universitária ou cultural
Campinas, Coimbra, Cambridge
Industrial Volta Redonda, Osaka, Detroit.
34
Questões
Entre 8 mil e 3 mil anos atrás, ocorreu o desaparecimento de grandes mamíferos que viviam na
América do Sul. Os mapas a seguir apresentam a vegetação dessa região antes e depois de
uma grande mudança climática que tornou essa região mais quente e mais úmida.
As hipóteses a seguir foram levantadas para explicar o desaparecimento dos grandes mamíferos
na América do Sul.
I. Os seres humanos, que só puderam ocupar a América do
Sul depois que o clima se tornou mais úmido, mataram os
grandes animais.
II. Os maiores mamíferos atuais precisam de vastas áreas
abertas para manterem o seu modo de vida, áreas essas que
desapareceram da América do Sul com a mudança climática,
o que pode ter provocado a extinção dos grandes mamíferos
sul-americanos.
III. A mudança climática foi desencadeada pela queda de um
grande asteróide, a qual causou o desaparecimento dos
grandes mamíferos e das aves.
É cientificamente aceitável o que se afirma:
A) Apenas em I.
B) Apenas em II.
C) Apenas em III.
D) Apenas em I e III.
E) Apenas em I, II e III.
Suponha que o universo tenha 15 bilhões de anos de idade e que toda a sua história seja
distribuída ao longo de 1 ano — o calendário cósmico —, de modo que cada segundo
corresponda a 475 anos reais e, assim, 24 dias do calendário cósmico equivaleriam a cerca de
1 bilhão de anos reais. Suponha, ainda, que o universo comece em 1.º de janeiro a zero hora
no calendário cósmico e o tempo presente esteja em 31 de dezembro às 23 h 59 min 59,99 s. A escala
abaixo traz o período em que ocorreram alguns eventos importantes nesse calendário
35
Questões
Se a arte rupestre representada ao lado fosse inserida na escala, de acordo com o período em que foi
produzida, ela deveria ser colocada na posição indicada pela seta de número :
A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.
Em certas regiões litorâneas, o sal é obtido da água do mar pelo processo de cristalização
por evaporação. Para o desenvolvimento dessa atividade, é mais
adequado um local:
A) Plano, com alta pluviosidade e pouco vento.
B) Plano, com baixa pluviosidade e muito vento.
C) Plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.
D) Montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.
E) Montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.
De acordo com a legislação brasileira, são tipos de água engarrafada que podem ser vendidos
no comércio para o consumo humano: água mineral: água que, proveniente de fontes naturais
ou captada artificialmente, possui composição química ou propriedades físicas ou físicoquímicas específicas, com características que lhe conferem ação medicamentosa; água potável
de mesa: água que, proveniente de fontes naturais ou captada artificialmente, possui características que
a tornam adequada ao consumo humano; água purificada adicionada de sais: água produzida
artificialmente por meio da adição à água potável de sais de uso permitido, podendo ser gaseificada.
Com base nessas informações, conclui-se que:
A) Os três tipos de água descritos na legislação são potáveis.
B) Toda água engarrafada vendida no comércio é água mineral.
C) Água purificada adicionada de sais é um produto natural encontrado em algumas fontes específicas.
D) A água potável de mesa é adequada para o consumo humano porque apresenta extensa flora
bacteriana.
E) A legislação brasileira reconhece que todos os tipos de água têm ação medicamentosa.
O diagrama abaixo representa, de forma esquemática e simplificada, a distribuição da energia
proveniente do Sol sobre a atmosfera e a superfície terrestre. Na área delimitada pela linha
tracejada, são destacados alguns processos envolvidos no fluxo de energia na atmosfera.
36
Questões
Com base no diagrama acima, conclui-se que:
A) A maior parte da radiação incidente sobre o planeta fica retida na atmosfera.
B) A quantidade de energia refletida pelo ar, pelas nuvens e pelo solo é superior à absorvida pela
superfície.
C) A atmosfera absorve 70% da radiação solar incidente sobre a Terra.
D) Mais da metade da radiação solar que é absorvida diretamente pelo solo é devolvida para a
atmosfera.
E) A quantidade de radiação emitida para o espaço pela atmosfera é menor que a irradiada para o
espaço pela superfície.
A chuva é o fenômeno natural responsável pela manutenção dos níveis adequados de água
dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Esse fenômeno, assim como todo o ciclo
hidrológico, depende muito da energia solar. Dos processos numerados no diagrama, aquele
que se relaciona mais diretamente com o nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas é o
de número:
A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.
Em relação ao aqüífero Guarani, é correto afirmar
que:
A) Seus depósitos não participam do ciclo da água.
B) Águas provenientes de qualquer um de seus compartimentos
solidificam-se a 0 °C.
C) É necessário, para utilização de seu potencial como
reservatório de água potável, conhecer detalhadamente o
aqüífero.
D) A água é adequada ao consumo humano direto em grande
parte da área do compartimento Norte-Alto Uruguai.
E) O uso das águas do compartimento Norte-Alto Uruguai para
irrigação deixaria ácido o solo.
Nos últimos anos, ocorreu redução gradativa da taxa de crescimento
populacional em quase todos os continentes. A seguir, são
apresentados dados relativos aos países mais populosos em 2000 e
também as projeções para 2050.
Com base nas informações acima, é correto afirmar que, no período de
2000 a 2050:
A) A taxa de crescimento populacional da China será negativa.
B) A população do Brasil duplicará.
C) A taxa de crescimento da população da Indonésia será menor que a dos
EUA.
37
Questões
D) A população do Paquistão crescerá mais de 100%.
E) A China será o país com a maior taxa de crescimento populacional do mundo.
Com base nas informações dos gráficos mostrados, suponha que, no período 2050-2100, a
taxa de crescimento populacional da Índia seja a mesma projetada para o período 2000-2050.
Sendo assim, no início do século XXII, a população da Índia, em bilhões de habitantes, será:
A) Inferior a 2,0.
B) Superior a 2,0 e inferior a 2,1.
C) Superior a 2,1 e inferior a 2,2.
D) Superior a 2,2 e inferior a 2,3.
E) Superior a 2,3.
A ocupação predatória associada à expansão da fronteira agropecuária e acelerada pelo plantio
da soja tem deflagrado, com a perda da cobertura vegetal, a diminuição da biodiversidade, a
erosão do solo, a escassez e a contaminação dos recursos hídricos no bioma cerrado.
Segundo ambientalistas, o cerrado brasileiro corre o risco de se transformar em um deserto. A
respeito desse assunto, analise as afirmações abaixo.
I. Considerando-se que, em 2006, restem apenas 25% da cobertura vegetal original do cerrado e
que, desse percentual, 3% sejam derrubados a cada ano, estima-se que, em 2030, o cerrado
brasileiro se transformará em deserto.
II. Sabe-se que a eventual extinção do bioma cerrado, dada a pobreza que o caracteriza, não
causará impacto sistêmico no conjunto dos biomas brasileiros.
III. A substituição de agrotóxicos por bioinseticidas reduz a contaminação dos recursos hídricos no
bioma cerrado.
É correto o que se afirma:
A) Apenas em I.
B) Apenas em III.
C) Apenas em I e II.
D) Apenas em II e III.
E) Em I, II e III.
Na região sul da Bahia, o cacau tem sido cultivado por meio de diferentes sistemas. Em um
deles, o convencional, a primeira etapa de preparação do solo corresponde à retirada da mata
e à queimada dos tocos e das raízes. Em seguida, para o plantio da quantidade máxima de
cacau na área, os pés de cacau são plantados próximos uns dos outros. No cultivo pelo
sistema chamado cabruca, os pés de cacau são abrigados entre as plantas de maior porte, em espaço
aberto criado pela derrubada apenas das plantas de pequeno porte. Os cacaueiros dessa região têm
sido atacados e devastados pelo fungo chamado vassoura-de-bruxa, que se reproduz em ambiente
quente e úmido por meio de esporos que se espalham no meio aéreo.
As condições ambientais em que os pés de cacau são plantados e as condições de vida do fungo
vassoura-de-bruxa, mencionadas acima, permitem supor-se que sejam mais intensamente atacados por
esse fungo os cacaueiros plantados por meio do sistema:
A) Convencional, pois os pés de cacau ficam mais expostos ao sol, o que facilita a reprodução do
parasita.
B) Convencional, pois a proximidade entre os pés de cacau facilita a disseminação da doença.
C) Convencional, pois o calor das queimadas cria as condições ideais de reprodução do fungo.
38
Questões
D) Cabruca, pois os cacaueiros não suportam a sombra e, portanto, terão seu crescimento prejudicado
e adoecerão.
E) Cabruca, pois, na competição com outras espécies, os cacaueiros ficam enfraquecidos e adoecem
mais facilmente.
Para se discutirem políticas energéticas, é importante que se analise a evolução da Oferta
Interna de Energia (OIE) do país. Essa oferta expressa as contribuições relativas das fontes de
energia utilizadas em todos os setores de atividade. O gráfico a seguir apresenta a evolução
da OIE no Brasil, de 1970 a 2002.
Com base nos dados do gráfico, verifica-se que, comparado ao do ano de 1970, o percentual de
oferta de energia oriunda de recursos renováveis em relação à oferta total de energia, em 2002,
apresenta contribuição:
A) Menor, pois houve expressiva diminuição do uso de carvão mineral, lenha e carvão vegetal.
B) Menor, pois o aumento do uso de derivados da cana-de-açúcar e de hidreletricidade não compensou
a diminuição do uso de lenha e carvão vegetal.
C) Maior, pois houve aumento da oferta de hidreletricidade, dado que esta utiliza o recurso de maior
disponibilidade no país.
D) Maior, visto que houve expressivo aumento da utilização de todos os recursos renováveis do país.
E) Maior, pois houve pequeno aumento da utilização de gás natural e dos produtos derivados da canade-açúcar.
A partir da comparação da pirâmide etária relativa a 1990 com as projeções para 2030 e
considerando-se os processos de formação socioeconômica da população brasileira, é correto afirmar
que:
A) A expectativa de vida do brasileiro tende a aumentar na medida em que melhoram as condições de
vida da população.
39
Questões
B) A população do país tende a diminuir na medida em que a taxa de mortalidade diminui.
C) A taxa de mortalidade infantil tende a aumentar na medida em que aumenta o índice de
desenvolvimento humano.
D) A necessidade de investimentos no setor de saúde tende a diminuir na medida em que aumenta a
população idosa.
E) O nível de instrução da população tende a diminuir na medida em que diminui a população.
Uma fonte de energia que não agride o ambiente, é totalmente segura e usa um tipo de
matéria-prima infinita é a energia eólica, que gera eletricidade a partir da força dos ventos. O
Brasil é um país privilegiado por ter o tipo de ventilação necessária para produzi-la. Todavia, ela
é a menos usada na matriz energética brasileira. O Ministério de Minas e Energia estima que as
turbinas eólicas produzam apenas 0,25% da energia consumida no país. Isso ocorre porque ela
compete com uma usina mais barata e eficiente: a hidrelétrica, que responde por 80% da energia do
Brasil. O investimento para se construir uma hidrelétrica é de aproximadamente US$ 100 por quilowatt.
Os parques eólicos exigem investimento de cerca de US$ 2 mil por quilowatt e a construção de uma
usina nuclear, de aproximadamente US$ 6 mil por quilowatt. Instalados os parques, a energia dos
ventos é bastante competitiva, custando R$ 200,00 por megawatt-hora frente a R$ 150,00 por
megawatt-hora das hidrelétricas e a R$ 600,00 por megawatt-hora das termelétricas. Época. 21/4/2008
(com adaptações). De acordo com o texto, entre as razões que contribuem para a menor participação
da energia eólica na matriz energética brasileira, inclui-se o fato de:
A) Haver, no país, baixa disponibilidade de ventos que podem gerar energia elétrica.
B) O investimento por quilowatt exigido para a construção de parques eólicos ser de aproximadamente
20 vezes o necessário para a construção de hidrelétricas.
C) O investimento por quilowatt exigido para a construção de parques eólicos ser igual a 1/3 do
necessário para a construção de usinas nucleares.
D) O custo médio por megawatt-hora de energia obtida após instalação de parques eólicos ser igual a
1,2 multiplicado pelo custo médio do megawatt-hora obtido das hidrelétricas.
E) O custo médio por megawatt-hora de energia obtida após instalação de parques eólicos ser igual a
1/3 do custo médio do megawatt-hora obtido das termelétricas.
Nos últimos 60 anos, verificou-se grande aumento da produtividade agrícola nos Estados
Unidos da América (EUA). Isso se deveu a diversos fatores, tais como expansão do uso de
fertilizantes e pesticidas, biotecnologia e maquinário especializado. O gráfico abaixo apresenta
dados referentes à agricultura desse país, no período compreendido entre 1948 e 2004.
Com base nas informações acima, pode-se considerar fator relevante para o aumento da
produtividade na agricultura estadunidense, no período de 1948 a 2004, houve:
A) O aumento do uso da terra.
B) A redução dos custos de material.
C) A redução do uso de agrotóxicos.
D) O aumento da oferta de empregos.
E) O aumento do uso de tecnologias.
40
Download

2 - Faculdades Integradas Simonsen