CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia de São Sebastião
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial
FRANCIELI SILVA CHAVES RIBEIRO
O USO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
GESTÃO DO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO/ SP
São Sebastião
2014
FRANCIELI SILVA CHAVES RIBEIRO
O USO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
GESTÃO DO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO/ SP
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Tecnologia
de São Sebastião, como exigência
parcial para obtenção do título de
Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Orientador: Profª Me. Alciene Ribeiro
Feitoza da Silva
São Sebastião
2014
FRANCIELI SILVA CHAVES
O USO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
GESTÃO DO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO/ SP
Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de
Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a
conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial.
São Sebastião, 10 de Dezembro de 2014
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Professora Mestre Alciene Ribeiro Feitoza da Silva
_________________________________________________________
Professora Mestre Risleide Lúcia dos Santos
_________________________________________________________________
Professor Mestre Ricardo de Lima Ribeiro
MÉDIA FINAL: ___________________
Dedico este trabalho em especial a minha família e ao meu esposo Everton Custódio
Ribeiro que estiveram ao meu lado e sempre torcendo por mim em todos os
momentos da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus que me deu motivação, determinação e
foco para eu concluir este trabalho de pesquisa.
Ao meu esposo, Everton Custódio Ribeiro, por toda a compreensão e apoio
em todos os momentos, me ajudando com os trabalhos e lições que os professores
solicitavam.
À minha família, por apoiar e incentivar minhas escolhas e aos meus pais,
agradeço por tudo o que sou, pois se não fosse pelos ensinamentos deles não teria
conseguido concluir mais esta etapa na minha vida.
Agradeço à professora mestra Alciene Ribeiro Feitoza da Silva não apenas
pela orientação, mas pelo apoio, amizade, compreensão e conselhos valiosos.
Agradeço também a todos os professores dessa instituição que contribuíram
com o meu aprendizado e me ajudaram em todos os semestres, possibilitando a
mim um maior conhecimento.
Aos amigos Ana Alcêncio, Elias Matos, Josefa Silva, Luana Costa, Sergio Yuri
e Silas Coelho, por todos os momentos especiais que tivemos juntos, pelas
discussões, risadas, choros, e por todo o apoio e incentivo durante os três anos de
faculdade, desta forma a nossa caminhada tornou-se um pouco mais leve.
“A confiança em si mesmo é o primeiro e maior segredo para chegar ao sucesso em
qualquer empreitada.”
Dirk Wolter
“Tudo tem seu tempo e até certas manifestações mais vigorosas e originais entram
em voga ou saem de moda. Mas a sabedoria tem uma vantagem: é eterna.”
Baltasar Gracián
RESUMO
Este estudo tem como objetivo identificar como se dá o uso prático da comunicação
em Língua Inglesa por profissionais de Gestão durante suas funções no seu
ambiente de trabalho. Através da fundamentação teórica, verificou-se a importância
do idioma inglês no âmbito geral. Além das informações absorvidas pela
fundamentação teórica, foi possível identificar como se dá o uso da língua inglesa,
por meio de dados retirados da pesquisa feita pela Catho. Esta pesquisa se
caracterizou por pesquisa descritiva quantitativa, na qual foi aplicado um
questionário aos funcionários de agências portuárias (operador portuário) e outras
empresas que trabalham no porto de São Sebastião. A partir dos resultados
apresentados, pôde ser identificada a importância que o inglês tem nesta área de
gestão do porto de São Sebastião. Em alguns casos dessas empresas onde foram
aplicados os questionários, foi possível identificar situações do dia a dia que se faz
necessário o uso da Língua Inglesa. Conclui-se que com a globalização a
necessidade de se falar inglês tornou-se fundamental para profissionais de Gestão,
pois atualmente estas operações realizadas no porto não são restritas a alguns
países como antes, hoje o profissional executa as atividades que vão desde a
aquisição de mercadorias até a entrega do produto em seu destino final, por isso é
necessário que esse profissional tenha conhecimento na língua inglesa para realizar
seus trabalhos com eficiência.
Palavras-chave: Língua Inglesa. Logística Portuária. Porto de São Sebastião.
Globalização. Eficiência.
ABSTRACT
This study aims to identify how is the practical use of communication in English
language for management professionals throughout their roles in the workplace. With
theoretical basis, there was the importance of English language in the general
context, besides the information absorbed by the theoretical foundation, was also
possible to show, by means of data from the survey by Catho. This research was
characterized by quantitative descriptive research, in which a questionnaire was
applied to port agency employees (port operator) and other companies working in the
port of San Sebastian. From the results presented, could be identified the importance
of English has this port of San Sebastian management area. In some cases these
companies where interviews were conducted, it was possible to identify situations of
everyday life that the use of English is required. We conclude that with globalization
the need to speak English has become essential for management professionals, as
currently these operations at the port are not restricted to some countries as before,
today the professional performs the activities ranging from the acquisition of goods to
the delivery of the product at its final destination, so it is necessary that this trader is
aware the English L anguage to do their jobs efficiently.
Keywords: English Language. Port Logistics. Port of São Sebastião. Globalization.
Efficiency.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CFR
Cost and Freight
CIF
Cost, Insurance and Freight
CIP
Carriage and Insurance Paid To..
ETEC
Escola Técnica Estadual de São Sebastião
FATEC
Faculdade Tecnológica de São Sebastião
FOB
Free on Board
GE
Gestão Empresarial
GP
Gestão Portuária
INCOTERMS International Commercial Terms
LI
Língua Inglesa
LE
Língua Estrangeira
UFRN
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Construção do Cais Comercial - A ...................................................... 30
Figura 2 - Construção do Cais Comercial - B ...................................................... 30
Figura 3 - Vista Áerea do Cais Comercial Atual ................................................... 31
Figura 4 – Quadro de Salários com a Ll ............................................................... 38
Figura 5 – Quadro de Salários com Espanhol ..................................................... 39
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Áreas de trabalho............................................................................ 40
Gráfico 2 – Porcentagens de pessoas que estudam em escolas de línguas.. 41
Gráfico 3 – Nível de inglês.................................................................................. 42
Gráfico 4 – Situações em que utiliza o inglês.................................................... 43
Gráfico 5 – Atividades que deveriam ser priorizadas nas aulas de inglês ......44
Gráfico 6 – Diferença salarial............................................................................. 45
Gráfico 7 – Viagens Internacional a trabalho...................................................... 46
Gráfico 8 – Perdeu ou ganhou oportunidades por falar LI............................... 47
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Incoterms apropriados para o transporte.......................................... 33
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 19
2
REFERÊNCIAL TEÓRICO.............................................................................. 23
2.1BREVE HISTÓRICO DA LÍNGUA INGLESA E A GLOBALIZAÇÃO .................... 23
2.2 O INGLÊS COMO A LÍNGUA NO MERCADO DE TRABALHO
INTERNACIONAL.. ................................................................................................... 24
2.3 MERCADO DE TRABALHO X GLOBALIZAÇÃO ................................................ 24
2.4 OS BENEFICIOS DA LÍNGUA INGLESA PARA O GESTOR EMPRESARIAL ... 25
2.5 A FORMAÇÃO DO GESTOR EMPRESARIAL NA FATEC ................................. 26
2.6 MÉTODOS E PROCESSOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE ENSINO DA
FATEC SÃO SEBASTIÃO ......................................................................................... 27
2.6.1
Intercâmbio Cultural ...................................................................................... 28
2.7 PORTO DE SÃO SEBASTIÃO ............................................................................ 29
2.8 INCOTERMS ....................................................................................................... 32
3
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................................................... 34
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 37
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 49
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 52
APÊNDICE I - Questionário.............................................................................. 54
ANEXO I – Matriz Curricular do Curso de Gestão Empresarial .................... 57
ANEXO II – Matriz Curricular do Curso de Gestão Portuárial ...................... 58
ANEXO III – Ementa e objetivos das Disciplinas de Inglês e Logistica
Internacional da Faculdade de Tecnologia de São Sebastião - SP ..................... 59
ANEXO IV - Lista de Incoterms....................................................................... 61
19
1 INTRODUÇÃO
A língua inglesa está cada vez mais ampliando o mercado mundial, em
decorrência disso, hoje muitas empresas solicitam como requisito básico para
contratação ter conhecimento sobre essa língua.
De acordo com Rocha (2010), hoje o inglês deixou ser luxo, ou domina-se o
idioma para integrar o perfil do profissional ou as oportunidades no mercado de
trabalho serão menores, sendo assim é possível identificar que hoje o inglês não é
visto como um algo a mais no currículo, ele definitivamente tem que fazer parte do
dia a dia do profissional.
E como declaram os autores David e Stewart (2010), o inglês tem muita
importância no mundo dos negócios, se sua empresa não tem uma pessoa que fale
inglês é necessário contratar um agente para desempenhar essa função. Hoje, a
maior parte das negociações é feita em inglês, por isso é necessário que na
empresa haja profissionais que falem esse idioma, pois o inglês tornou-se a língua
franca para o comércio internacional.
Desta maneira, no tema desta pesquisa tem-se “A importância da língua
inglesa para profissionais da área de Gestão”, delimita-se o porto de São Sebastião,
pois é o lugar onde possui maior fluxo de estrangeiros na região, por tratar-se de
exportações e importações. Acrescentando ainda que, com a ampliação do porto de
São Sebastião que está para começar o fluxo de navios tende a crescer e
simultaneamente o número de tripulantes também, conforme dados retirados do site
do porto de São Sebastião, da apresentação do projeto de ampliação apresentado
pelo engenheiro Casemiro Térsio Carvalho à Companhia das Docas.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Este é um tema com pouca discussão no âmbito de pesquisa tecnológica,
porém, para as operadoras portuárias, é de muita relevância que o profissional de
Gestão tenha conhecimento acerca da Língua Inglesa, doravante LI, para atuação
no porto de São Sebastião, por isso, é necessário este trabalho a fim de demonstrar
20
para o meio acadêmico e para o mercado em atividade que o uso da língua inglesa
se faz presente na atuação desses profissionais do meio portuário.
1.2 PROBLEMA
O porto de São Sebastião possui um fluxo muito grande de estrangeiros, pois
na maior parte dos navios que atracam aqui, seus tripulantes falam inglês. De
acordo como uma apresentação feita a Companhia das Docas, sendo que o mesmo
está disponível no site do porto de São Sebastião. A ampliação do porto fará com
que esse fluxo de estrangeiros aumente, já que a porcentagem de frota de navios
em 2010 foi de 8,05% e para a ampliação que está para acontecer nestes 35 anos o
engenheiro Casemiro Tércio Carvalho na apresentação do projeto de ampliação em
dezembro de 2011 estimou que em 2035 a frota de navios (porto público) será de
52,25%.
Conforme Lacoste e Rajagopalan (2005) afirmam, o inglês é a língua do
poder. E sabendo que com a globalização é necessário ter uma linguagem que
todos tenham conhecimento dela, e que à ampliação do Porto de São Sebastião
destacará ainda mais a necessidade de se ter uma linguagem universal, o problema
deste trabalho visa mostrar em que situações são utilizadas a língua inglesa.
Dessa forma pretende-se pesquisar, como se dá uso da Língua Inglesa para
os profissionais da área de gestão atuar no Porto de São Sebastião?
1.3 HIPÓTESE
De acordo com Rocha (2010), aprender um idioma novo tornou-se uma
necessidade básica para muitos profissionais, e com isso o inglês deixou de ser
considerado luxo para tornar-se sinônimo de sobrevivência e integração global.
Dessa maneira é de importância fundamental que os profissionais de gestão
tenham conhecimento nessa língua, pois alguns manuais dos equipamentos
utilizados no porto, como exemplo o Rech Stacker (veículo utilizado para a
movimentação de containers de cargas intermodais em pequenos e médios
21
terminais) são todos escritos em inglês, e em grande parte dos navios que atracam
no porto, seus tripulantes falam inglês e mesmo que a língua mãe deles não seja a
LI eles a utilizam, tornando-se um meio de comunicação comum entre eles.
O inglês hoje é uma língua que todas as pessoas sabem que é importante, e
como os autores Lacoste e Rajagopalan (2005) afirmam, o inglês é considerado a
língua do poder, por isso hoje em dia grande parte das empresas selecionam
profissionais que conheçam essa língua, tornando-se um diferencial competitivo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo geral
Identificar como se dá o uso prático da comunicação em Língua Inglesa por
profissionais de Gestão durante suas funções no seu ambiente de trabalho.
1.4.2 Objetivos específicos
Reconhecer o elo que a Língua Inglesa estabelece tanto na comunicação
quanto nas negociações.
Identificar e demonstrar quando e de que forma é utilizado está língua em
questão no desempenho do trabalho da área.
Correlacionar à formação em LI dos Tecnólogos em GE e GP da Fatec São
Sebastião.
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa classifica-se como teórica descritiva que tem como objetivo
analisar, registrar fatos ou fenômenos sem manipular os dados e tem como
procedimento referências bibliográfica, e pesquisa de campo e como forma de
abordagem tem a pesquisa quantitativa.
22
Conforme afirmam Marconi e Lakatos (2009), a pesquisa bibliográfica é um
apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de
importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes sobre o tema.
A pesquisa de campo tem como objetivo conseguir informações ou
conhecimentos acerca de um problema pelo qual procura resposta, ou de uma
hipótese que se queira comprovar conforme expressa Marconi e Lakatos (2009).
Com relação à coleta de dados da pesquisa de campo, foram seguidos os
passos de Andrade (2009), o qual afirma que, deve-se elaborar um plano que
especifique os pontos de pesquisa e os critérios para a seleção dos possíveis
entrevistados.
1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Este trabalho se inicia com a introdução, justificativa, problema, formulação da
hipótese, objetivo e metodologia. A metodologia utiliza o referencial teórico que é um
apanhado geral de informações relacionadas com o tema, também foi utilizado o
formulário online respondido por funcionários de agências portuárias (operador
portuário) e outras empresas que prestam serviços no Porto de São Sebastião,
juntamente com a pesquisa para o referencial teórico que dará suporte e estruturará
o trabalho. Após a análise dos dados encontrados com o questionário e confrontado
com o referencial teórico foi possível discutir os resultados e apontadas as
considerações finais.
23
2
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 BREVE HISTÓRICO DA LÍNGUA INGLESA E A GLOBALIZAÇÃO
De acordo com Lopes (2008) que cita em sua dissertação os autores
Hutchinson e Waters declaram que no final da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se
uma enorme expansão tecnológica, econômica e científica. Essa expansão fez com
que houvesse a necessidade de uma língua internacional, e pelo grande poder
econômico dos Estados Unidos, o inglês adquiriu este papel de língua internacional.
Lacoste e Rajagopalan (2005) relatam que um dos motivos da língua inglesa
ter se tornado mundial é por ela se tratar de uma língua de ascensão, de prestígio
ou língua da moda: ressalta ainda que o desenvolvimento do turismo que é a
atividade mais importante para os negócios foi um dos motores para a difusão da
língua inglesa.
Os autores ainda mencionam que, apesar do inglês não ser a língua materna
de muitos países, é considerado a língua do poder nas instituições políticas, nos
negócios, no comércio global, na cultura e etc. Ainda há outros países em que
desempenha um papel fundamental, ou seja, serve de elemento unificador, como
exemplo a Índia, lembrando que o inglês é a língua das grandes organizações
internacionais, como Fundo Monetário e o Banco Mundial.
Há alguns fatores que fizeram com que grande parte da população do mundo,
tivesse como estímulo aprender o inglês e um deles são os negócios internacionais,
conforme Lopes (2008) cita os autores Dudley-Evans e St John no qual afirmam que
essa é uma área que está em constante crescimento e precisava de uma língua
para exercer sua denominação econômica e cultural. Dessa maneira muitas pessoas
passaram a aprender o inglês. O que antes era considerado prestígio para muitos,
hoje tem-se como sinônimo de sobrevivência no mercado internacional.
O autor Crystal (2009) declara que, independente da área de atuação do
profissional, ou em qual país esteja, ele não terá problema se este tiver o domínio do
inglês, pois hoje é considerado como uma língua global.
24
2.2 O INGLÊS COMO LÍNGUA NO MERCADO DE TRABALHO INTERNACIONAL
Conforme a autora Rocha, aprender um idioma novo é uma necessidade
básica para profissionais de diversas áreas, o domínio de um novo idioma significa
crescimento e novas oportunidades, o aprendizado do inglês é considerado uma
abertura de portas, pessoal, cultural e o mais importante profissional. O mercado de
trabalho tem como requisito básico na hora da contratação o domínio do inglês, o
profissional que tem conhecimento nessa língua tem cerca de 70% a mais chances
do que um colaborador que atue na mesma área sem essa competência.
Segundo Gonçalves (2009), o uso da língua inglesa está presente em todas
as áreas de trabalho, mas para profissionais de comércio exterior ela é fundamental,
pois os artigos, e as matérias que estão disponibilizados sobre esse assunto são na
sua maioria escritos em inglês.
Um dos aspectos mais desafiadores relacionados aos negócios internacionais
é a comunicação. Negociar com pessoas de um país diferente que o seu, pode
sofrer distorções devido à barreira do idioma, conforme declaram David e Stewart
(2010). Eles ressaltam que a comunicação entre duas pessoas de idioma e cultura
diferentes dificulta o fechamento do negócio, por isso é muito importante o
conhecimento da língua inglesa já que grande parte da comunicação internacional é
feita em inglês. Os autores informam que o inglês é língua crucial, sendo ela
fundamental para o desfecho das negociações.
2.3 MERCADO DE TRABALHO X GLOBALIZAÇÃO
A globalização está cada vez mais ampliando o cenário econômico, cultural,
social e político. Dessa maneira fez se necessário utilizar uma língua que fizesse
esse intermédio entre as grandes empresas, independente da finalidade entre as
organizações. Diante disso Vieira expõe sua perspectiva sobre a globalização.
A globalização é um fenômeno mundial caracterizado pela abertura de
fronteiras nacionais para a circulação de produtos, pessoas, informações
numa velocidade instantânea que abrange aspectos econômicos, culturais,
financeiros, ambientais, comerciais, entre outros, alavancada pela evolução
da tecnologia, na qual a eletrônica se une às telecomunicações, acelerando
ainda mais o processo. (VIEIRA, 2000, p. 3).
25
Hoje em dia a qualificação é essencial para funcionários que atuam em
qualquer área, as empresas estão à procura de profissionais cada vez mais aptos
para alcançarem cargos mais importantes, nesta perspectiva Chiavenato declara
que:
A qualificação profissional apresenta-se indispensável neste contexto em
processo de globalização contínuo, por ser pertinente ao profissional
acompanhar esta tendência pelo aperfeiçoamento e qualificação
permanente. Trabalhar em empresas com nível de excelência considerável
requer profissionais que acompanhem as necessidades da empresa.
(CHIAVENATO, 1997, p. 27)
A globalização está ampliando o cenário mundial do mercado de trabalho,
desta maneira, os profissionais precisam estar cada vez mais qualificados. Com a
globalização é evidente ter estas diversificações de nacionalidades dentro das
empresas, por isso que hoje em dia há mais profissionais brasileiros trabalhando em
empresas fora do país como exemplo no Japão, Índia, China entre outras. Com essa
quebra de barreiras é necessário ter uma língua universal para os negócios. Diante
disso, a língua utilizada é o inglês.
O profissional precisa estar apto não somente à fluência no inglês, mas á
outras habilidades como, ter conhecimento da cultura do país em que ele está, ter
uma boa escrita e leitura sendo assim, essas habilidades permitirá uma melhor
interação.
2.4 OS BENEFÍCIOS DA LÍNGUA INGLESA PARA O GESTOR EMPRESARIAL
Em função da globalização os profissionais de gestão no Brasil estão cada
vez mais sendo selecionados pelas empresas. E para que isso aconteça é
necessário que estes profissionais pensem e raciocinem de forma global. Além de
estar informado e atualizado sobre os acontecimentos mundiais afirma Boneberg
(2011). Diante disso o profissional que apresente em seu currículo que fala inglês já
está à frente de um profissional que não possua esses requisitos, de acordo com
Rocha (2010), o domínio do idioma significa crescimento, desenvolvimento e, acima
de tudo, melhores condições de trabalho.
Rocha (2010) afirma ainda, que o aprendizado do inglês eleva o profissional
para outro nível, pois abre as portas tanto para o desenvolvimento cultural quanto
26
para o profissional, e ainda muitas vezes este conhecimento do inglês faz com que
este profissional tenha um salário até 70% maior. Desta maneira, o gestor
empresarial que quiser ter sucesso nesse ramo, deve sempre buscar atualizar seu
inglês, pois ter conhecimento acerca desta LI pode se tornar um diferencial
competitivo.
2.5 A FORMAÇÃO DO GESTOR EMPRESARIAL NA FATEC
A aprendizagem desenvolvida em um curso de Gestão Empresarial baseia-se
em um conteúdo programado e direcionado de tal forma que o aluno que ingressa
na faculdade possa evoluir quanto ao uso da LI na comunicação com outras culturas
ou em situações rotineiras do dia a dia do trabalho. Desta maneira, até o final do
curso espera-se que o aluno esteja capacitado para a comunicação em LE.
Ao estabelecer uma comparação entre as disciplina que estão presentes na
matriz curricular do curso citado no (Anexo I), é possível observar que a LI está
presente em todos os semestres fazendo com que os alunos superem os desafios e
metas pré-estabelecidas pelo curso.
É importante ressaltar que o aluno só consegue atingir seu objetivo se seu
desempenho for suficiente, já que o conteúdo desta disciplina é composto por
habilidades linguísticas e culturais voltadas para o mundo dos negócios que é o
inglês com fim específico. Segundo Souza (2012), é uma abordagem específica que
vai ao encontro das necessidades do aprendiz e que permite que este desempenhe
funções comunicativas nos mais diferentes aspectos, seja oral, escrita ou
interpretativa.
De acordo com a ementa e objetivos contidos no anexo III da disciplina de
inglês I a VI da Fatec São Sebastião, o primeiro semestre, objetiva-se que o aluno
desenvolva competências como: apresentação pessoal, interpretação e resposta a
questões utilizadas em seu cotidiano e em sua vida profissional, descrição de locais,
pessoas, situações e etc. Neste período, o conteúdo inicia com a oralidade voltada
ao âmbito empresarial por meio de estruturas simples da língua.
No segundo semestre de acordo com o anexo III da Fatec de São Sebastião,
busca capacitar os discentes em comunicações relacionadas a contextos pessoais e
27
profissionais, realizando comparações entre situações, neste momento é necessário
que o aluno utilize a metodologia que aprendeu no semestre anterior.
Já no terceiro semestre o aluno, é capaz de discutir em contextos sociais e
empresariais, já que teve uma breve expansão em seu conhecimento relacionado LI,
podendo assim expressar sua opinião e necessidades por meio de números dados e
etc.
Ao chegar ao quarto semestre, o aluno se sente confiante para utilizar as
ferramentas aprendidas nos semestres anteriores proporcionando-lhe assim melhor
comunicação no âmbito do mundo dos negócios, naquele semestre o aluno está
apto a redigir relatórios, currículos e participar de entrevistas.
No quinto semestre, o aluno já está capacitado para utilizar as habilidades
linguísticas comunicativas com maior clareza, espontaneidade e confiança na hora
da utilização dos mesmos. No âmbito acadêmico, o aluno deve estar preparado para
ler artigos e textos técnicos ampliando assim seus conhecimentos, já no contexto
profissional este aluno precisa estar preparado para participar de reuniões,
expressar sua opinião, fazer apresentações orais e simples etc.
E por fim o sexto semestre, o aluno está preparado para decisões, reuniões,
redigir cartas e artigos e está pronto, por exemplo, para uma entrevista oral, e com
isso colocar em prática todas as habilidades e técnicas que o curso lhe proporcionou
durante esses seis semestres.
2.6 MÉTODOS E PROCESSOS NO ENSINO DA FACULDADE DE TECNOLOGIA
DE SÃO SEBASTIÃO
A Faculdade Tecnológica de São Sebastião – SP tem como suporte a língua
inglesa alguns mecanismos de contribuições para LE, de forma a possibilitar uma
melhor vantagem competitiva de seus formandos quanto à comunicação para o
graduado em Gestão. Na matriz curricular dos cursos de Gestão Empresarial e
Gestão Portuária que estão no anexo I é II desta pesquisa, é possível observar que
a disciplina de inglês está em todos os semestres.
Diante disso, a instituição oferece alguns mecanismos como forma de auxílio,
sendo eles livros acadêmicos, programas instalados em seu laboratório de
28
informática. Os alunos também podem fazer uso de aulas de nivelamento durante a
semana para ambos os períodos ou também podem fazer uso do monitor (a) de
inglês que está presente na faculdade para tirar dúvidas com relações exercícios e
as aulas.
2.6.1 Intercâmbio Cultural
Os estudantes podem fazer o uso da biblioteca que oferece livros e
dicionários como fontes de pesquisa para LI, todas estas contribuições citadas torna
o processo de aprendizado da LI mais dinâmico, facilitando o a aquisição da LI.
De acordo com informações retiradas do site da instituição Centro Paula
Souza o programa de intercâmbio cultural disponibilizado foi criado em dezembro de
2010, e oferece bolsas de estudos de inglês para alunos e professores das Escolas
Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs).
O objetivo deste programa de intercâmbio é incentivar o aluno ao
aprimoramento da formação acadêmica e o ingresso no mercado de trabalho,
utilizando a língua como ferramenta de acesso à informação e comunicação, sendo
que o aluno estudará inglês durante quatro semanas nos Estados Unidos, Nova
Zelândia ou Inglaterra.
Para os docentes, o curso tem foco no ensino e oferece uma oportunidade de
aperfeiçoamento
profissional,
sendo
que
os
professores
premiados
farão
intercâmbio na Inglaterra ou Estados Unidos.
Todos os participantes viajam com as despesas pagas como curso,
alimentação, acomodação, passagem área, translado e seguro saúde, com exceção
dos custos com passaporte e visto, que deverão correr por conta dos participantes.
Com todos esses incentivos em relação ao aprendizado da LI, o aluno que se
graduar - se em Gestão terá um amplo currículo profissional podendo estar apto a
trabalhar em qualquer área.
Sendo assim, os profissionais formados em Gestão podem atuar tanto em
âmbito nacional, em razão da formação generalista e/ou polivalente, ou no âmbito
estadual com as competências específicas para atuar nas peculiaridades da
economia estadual/regional.
29
Em qualquer empresa que o profissional esteja, ele pode atuar nas seguintes
possibilidades: em seu próprio negócio como (consultoria, turismo, comércio,
indústria etc.). Também pode atuar em pequenas empresas; na continuidade de
empresas familiares, modernizando-as. Pode atuar nas médias empresas da região;
no setor público e nas entidades particulares, tais como: cooperativas, associações,
dentre outras.
Com as informações retirada do site da Faculdade de Tecnologia de São
Sebastião, é possível ver que o Gestor tem um grande leque de oportunidades, para
trabalhar em diferentes áreas e com uma formação específica acerca da LI.
2.7 PORTO DE SÃO SEBASTIÃO
De acordo com site do Porto de São Sebastião, ele foi criado para
descongestionar o Porto de Santos que em meados da década de 1920 já
apresentava essa necessidade. Dessa maneira, era necessário criar um porto
próximo para servir de apoio ao mesmo, por isso houve a ideia de criar um porto
público em São Sebastião.
O Porto passou a ser construído por iniciativa do Governo do Estado de São
Paulo com concessão federal por 60 anos o que durou de 1934 a 1994, sendo
prorrogada até 2007, segundo o site.
Segue abaixo as Figuras 1 e 2 retiradas da pesquisa de (VIEIRA, 2004, p. 6)
que ilustra o Porto daquela época:
30
FIGURA 1- Construção do Cais Comercial – A
FIGURA 2- Construção do Cais Comercial- B
(1934-1954)
(1934-1954)
Fonte: VIEIRA (2004)
De acordo com Vieira (2004), as obras do Porto se iniciaram em 1934 e
finalizaram em 1954, sendo que sua inauguração só aconteceu em 20 de janeiro de
1955, com isso suas operações portuárias só se iniciaram em 1963.
O autor ressalta que antigamente o Porto de São Sebastião era administrado
pela DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S/A), mas através do Decreto 52.102, de
29 de agosto de 2007, foi criada a Companhia das Docas de São Sebastião para
administrar o Porto.
Segue a Figura 3 que ilustra a mudança do Porto:
31
FIGURA 3 – Vista Aérea do Cais Comercial Atual
Fonte: SINAP (2004)
Com as mudanças que ocorreram e com as que estão acontecendo, fez com
que se instalassem mais empresas prestadoras de serviço no porto. De acordo com
o site porto de São Sebastião, hoje em nosso Porto tem 7 empresas operadoras
portuárias, 13 agências portuárias (marítimos) e outras empresas prestadoras de
serviços
No Porto de São Sebastião há muitas empresas, segue abaixo algumas
informações retiradas dos sites delas, sendo que essas empresas abaixo foram as
que tiveram maior número de funcionários que participaram da pesquisa de campo
deste trabalho.
A SLB é um Operador Logístico e Portuário focada na movimentação de
cargas, tanto na área portuária como na construção civil, trabalha basicamente com
operação concentrada em logística de tubulações e de cargas de grande de volume
envolvendo também operações off- shore.
O operador Polo tem como diferencial oferecer continuamente uma prestação
de serviços personalizada, como uma experiente e eficiente equipe de profissionais
32
altamente treinados, preocupados em garantir grande padrão de qualidade com o
mais alto nível de produtividade e segurança.
O grupo PRONAVE, acredita na melhoria das nossas operações, mantendo
parcerias com consultores altamente qualificados e de comprovada competência,
oriundos das melhores universidades do país para dar suporte aos projetos de
inovação tecnológica
na produção de equipamentos diferenciados para as
operações portuárias.
A empresa Schahin, está presente no mercado há mais de quatro décadas,
hoje ela é um grupo sólido e diversificado, com atuação nos principais setores de
desenvolvimento do país.
Essa trajetória dinâmica se transformou em referência de gestão empresarial
e definiu as bases de uma empresa que constrói o futuro a cada dia.
Não foi possível obter informações das outras cinco empresas, pois o site
institucional delas aparece com mensagem de erro.
2.8 INCOTERMS
Conforme cita Ludovico (2007) os Incoterms ou mais conhecido como
international comercial terms, são termos interpretativos que a partir de 1936 passou
a ser usados nos contratos internacionais de compra e venda, e nas áreas de
exportação e importação. “Os termos utilizados em forma de siglas são de grande
utilidade devido à clareza com que são definidas as obrigações das partes
envolvidas.” (LUDOVICO, 2007, p. 281).
Segue abaixo a tabela 1 de Incoterms, exemplificada no livro do autor
(LUDOVICO, 2007, p. 282).
33
TABELA 1 – Incoterms Apropriados para o Transporte
EXW
FCA
CRT
Any Made of
Transport including CIP
Multimodal
DAF
DDU
DDP
Air Transport
FCA
Rail Transport
FCA
FAS
FOB
Sea and Inland
CFP
Waterway
CIF
Transport
DES
DEQ
EX-Works (... named place)
Free Carrier (... named place)
Carriage Paid To (... named place of destination)
Carriage and Insurance Paid To (... named place of destination)
Delivered at Frontier (... named place)
Delivered Duty Unpaid (... named place of destination)
Delivered Duty Paid (... named place of destination)
Free Carrier (... named place)
Free Carrier (... named place)
Free Alongside Ship (... named port of shipment)
Free on Board (... named port of shipment)
Cost and Freight (... named port of destination)
Cost, Insurance and Freight (... named port of destination)
Delivered EX-Ship (... named port of destination)
Delivered EX-Quay (... named port of destination)
FONTE: LUDOVICO (2007, p. 282)
Segundo Ludovico (2007), em razão do desenvolvimento do Comércio
Internacional estes termos ficaram cada vez mais conhecidos e utilizados neste
meio, no anexo 4 desta pesquisa tem uma lista de incoterms, contendo os termos
mais utilizados.
34
3
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se o método de pesquisa
bibliográfica, classificada como um dos métodos de abordagem que pode ser
definida como “uma pesquisa que abrange toda a bibliografia já tornada pública em
relação ao tema de estudo”, segundo Marconi e Lakatos (2011, p. 57).
A pesquisa documental também foi utilizada neste trabalho, que de acordo com
Marconi e Lakatos (2011, p. 48), “a característica da pesquisa documental é que a
fonte de coleta de dados está restritos a documentos, escritos ou não, constituindo o
que se denomina de fontes primárias”.
Após a formulação do problema: Em que medida o uso da Língua Inglesa é
necessário para os profissionais de gestão atuar no Porto de São Sebastião?, a
resposta foi feita por meio de pesquisa de campo e bibliográfica.
A aplicação desta pesquisa ocorreu com a ajuda de uma parcela da
população das agências portuárias (operador portuário) e empresas que trabalham
no porto, ou seja, neste trabalho o campo de pesquisa foi delimitado para
funcionários das agências portuárias, operadores portuários e empresas que estão
instaladas dentro do Porto de São Sebastião e Santos, que de acordo com
(MARCONI e LAKATOS, 2011, p. 16) “amostra é “uma porção ou parcela
convenientemente selecionada do universo (população): é um subconjunto do
universo.”
Com relação à forma de levantamento de dados, os tipos de pesquisa
utilizados foram: pesquisa de campo utilizando como instrumento o questionário e
pesquisa bibliográfica. A pesquisa de campo utiliza “técnicas especificas, que têm o
objetivo de recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em
estudo.”, de acordo com (ANDRADE, 2010, p. 133).
E para saber qual a quantidade de questionários a serem aplicados, foi
realizado o cálculo por meio das variáveis quantitativas e população infinita, diante
disso Bruni afirma que “quando a população é infinita, o tamanho da amostra pode
ser feito empregando a seguinte equação”.
n= z2 P(1-p)
e2
35
De acordo com Bruni (2011), para estimar uma verdadeira porcentagem
populacional e com um erro máximo igual a 12% utilizando um nível de confiança de
90%, sendo que z= 1,65, obtendo um total de 47,395 ou 48, então o tamanho da
amostra deve-se ligeiramente 48 ou um pouco superior. Dessa maneira foram
aplicados 50 questionários.
Já a pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental e é uma das técnicas
mais utilizadas para qualquer pesquisa de graduação, ela pode ser iniciada pela
“consulta de obras que propiciam informações gerais: enciclopédias, manuais,
dicionários especializados e etc.”, ainda segundo (ANDRADE, 2010, p. 27).
Como forma de coleta de dados, foi utilizado o instrumento questionário que
foi enviado às agências portuárias e empresas que estão instaladas dentro do porto
de São Sebastião, segundo o autor (ANDRADE, 2010, p. 136): “o questionário é um
conjunto de perguntas que o informante responde, sem necessidade da presença
dos pesquisadores.” Este questionário foi feito através da ferramenta no Google
Driver, que possibilitou maior rapidez na hora da soma dos resultados.
A amostragem utilizada, nesta pesquisa foi a não probabilística, que conforme
Marconi e Lakatos, este tipo de amostragem não faz uso de forma aleatória. A
amostragem por tipicidade foi utilizada para direcionar a pesquisa para um
determinado subgrupo, onde os mesmos autores afirmam que esta tipicidade
“restringem-se as observações a ele e as conclusões obtidas são generalizadas
para o total da população.” (MARCONI E LAKATOS, 2011, p. 39).
Ao fazer a coleta de dados, os próximos passos a seguir são: críticas dos
dados, apuração dos dados (contagem e ordenação), exposição dos resultados
(gráficos e tabelas), interpretação dos fatos que serão apresentados no item
Resultados e Discussão, conforme relata (ANDRADE, 2010, p. 142). E o objetivo
desta análise feita é organizar e classificar os dados para obtenção das respostas
aos problemas propostos.
Nesta pesquisa, foi enviado um questionário para 3 empresas, sendo que
essas empresas selecionadas disponibilizaram este questionário para as outras
empresas.
O questionário foi estruturado com 19 questões, sendo 9 objetivas e 10
dissertativas. As primeiras questões deste formulário, a coleta de dados foi por meio
de um questionário, utilizando o recurso tecnológico do Google driver e depois que o
questionário estava pronto, foi enviado para o e-mail das empresas, e lá foi
36
distribuído o questionário no e-mail dos funcionários de acordo com a disponibilidade
dos participantes.
Ao fazer a apuração dos resultados da pesquisa aplicada, foi possível notar
que com a disponibilização do questionário no Google Driver teve um retorno de 50
questionários de 9 empresas, sendo elas agências portuárias, operador portuário e
empresa que está instalada dentro do porto do município de São Sebastião/SP.
Essa ferramenta no Google Driver possibilitou maior rapidez na hora da
apuração dos resultados, é uma ferramenta simples que além de disponibilizar o
questionário no fim da pesquisa é possível gerar um relatório, onde sai os resultados
em forma de gráficos.
37
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A língua inglesa, como já foi discutida, é muito importante. O mundo está se
tornando cada vez mais globalizado e a necessidade de se ter uma língua comum
no cenário mundial aumentou gradativamente. Dessa maneira a Ll, é considerada a
língua elo entre o mundo dos negócios internacionais.
De acordo com (SIQUEIRA, 2014, p. 21), “o porto de São Sebastião é de
extrema importância no cenário nacional [...], pois aproximadamente mais de 900 mil
toneladas de cargas por ano, são exportadas relativas ao mercado internacional”.
Diante disso é possível verificar a necessidade do inglês no porto, pois como vemos
acima o mercado internacional está muito em alta nas exportações portuárias.
Além disso, de acordo com uma pesquisa realizada pela Catho e apresentada
no jornal da Rede Globo na edição do dia 20 de outubro de 2014, é possível notar
como se dá a importância do inglês no mercado de trabalho atualmente, um dos
entrevistados falou que não ter inglês é um diferencial negativo, e que ter inglês é o
mínimo. Dessa maneira a pesquisa, mostra que nos cargos de supervisor e diretor
de determinadas empresa, é possível constatar que no cargo de supervisor o
funcionário tem um salário maior com relação ao outro funcionário que não tenha
conhecimento da LI, e já no cargo de diretor, os profissionais que tem conhecimento
em espanhol tem o salário maior do que o outro que não tenha conhecimento nesta
língua. Pois hoje em dia ter a língua inglesa costuma ser pré-requisito de alto
escalão. No quadro abaixo é possível notar a diferença de salários com relação a LI
38
FIGURA 4 – Quadro de salários com a LI
Fonte: Site da Rede Globo
Na imagem acima de uma empresa não especificada pela pesquisa, é
possivel verificar que ter fluência na língua inglesa é primordial, e o funcionário que
tenha essa Língua é mais valorizado do que um outro que não tenha essa fluência.
Já com a imagem apresentada abaixo, referente também a uma empresa
não especificada pela pesquisa, é possivel notar que o funcionário que tenha
fluência em Espanhol é muito mais valorizado com relação ao outro que não tenha
conhecimento acerca desta língua
.
Mas de acordo com diretor de pesquisa estratégica da Catho, Luis Testa,
apesar da imagem abaixo mostrar que o espanhol é relevante “são poucos os casos
em que ter o idioma espanhol seja um diferencial, ter conhecimento em espanhol é
muito bom, porém não tem tanto impacto quanto se falar inglês”, pois grande parte
das empresas tem maior contato com empresas fora da América Latina.
39
FIGURA 5 – Quadro de salários com Espanhol
Fonte: Site da Rede Globo
Ainda com o questionário realizado nas empresas, podemos notar que
existem algumas áreas nas quais o inglês é muito utilizado, como por exemplo, ao
pessoal do administrativo, seria de extrema necessidade que eles tivessem
conhecimento acerca dessa LI, pois em seu dia a dia de trabalho a língua inglesa é
utilizada para telefonemas, e-mails, contrato comerciais, etc.
Outra área da empresa muito importante e que faz uso da LI são os
funcionários que participam da logística portuária e também os operacionais que
auxiliam na operação, esses possuem contato direto com língua, pois desenvolvem
comunicação com tripulantes dos navios, com o comandante ou até mesmo quando
houver um problema em alguma máquina, é necessário que eles tenham
conhecimento da LI, pois a maioria dos manuais das ferramentas utilizadas na
logística portuária são escritos em inglês, por isso é importante que eles tenham
essa familiarização com a LI.
No gráfico 1 - áreas de trabalho, ele mostra a porcentagem de entrevistados
por área de determinada empresa, cerca de 55% dos funcionários que responderam
trabalham no departamento administrativo, 27% trabalham no operacional e 15%
trabalham no departamento de logística, a partir disso conseguiremos demonstrar
como se dá a utilização da LI nessas áreas abordadas.
40
GRÁFICO 1 – Áreas de Trabalho
Fonte: A autora
Já no gráfico 2 – porcentagem de pessoas que estudaram em escolas de
língua, pode observar que muitas das que foram entrevistadas já fizeram um curso
de línguas, mas ainda têm uma porcentagem que não se preocupou em aprender,
como mostra abaixo.
41
GRÁFICO 2 – Porcentagem de pessoas que estudaram em escolas de língua
Fonte: A Autora
Com o gráfico acima é possível notar que 65% dos profissionais entrevistados
se preocuparam em ter uma segunda língua, e que de certa forma auxiliem em seu
dia a dia tanto no trabalho quanto na vida pessoal, como o autor Gonçalves afirmou
podemos comprovar neste gráfico que independente da área de atuação do
profissional o inglês está presente.
Mas ainda é possível notar que os profissionais não só tem a LI como estão
avançando nos níveis em inglês, com o gráfico 3 - Nível de inglês é possível verificar
a situação dos entrevistados. Formando 50% dos entrevistados possui o nível básico
de inglês, 30% dos entrevistados tem o nível intermediário e os 20% restante possui
o nível avançado.
Pegando estas porcentagens, e cruzando com o gráfico 1 áreas de trabalho,
notamos que 50% que indicaram que possui o nível básico de espanhol, 24% deles
são do departamento operacional, 5% da logística e os 21% restantes são do
administrativo. No nível intermediário, 3% dos entrevistados são do departamento de
logística, 1% do operacional e a porcentagem restante é do administrativo, já no
nível avançado 7% são do departamento de logística, 2% do operacional e os outros
11% no administrativo.
42
GRÁFICO 3 - Nível de inglês
Fonte: A Autora
Com ao gráfico 4 – Situações em que utiliza o inglês, podemos verificar em
quais situações é utilizado LI no dia a dia de trabalho desses funcionários.
43
GRÁFICO 4 – Situações em que utiliza o inglês
Fonte: A Autora
O gráfico acima nos possibilita identificar em que situações eles fazem uso da
LI no ambiente de trabalho, com isso nos mostra que a maioria do contato com o
inglês é através de e-mails e por telefone. Dos entrevistados 14% responderam que
tem contato através de e-mails.
Já comunicação feita por meio do telefone, 20% dos entrevistados declarou
que fazem ligações utilizando a LI, o restante das porcentagens se dividiu em 2%
dos entrevistados falaram que utilizam o Skype, outros 8% afirmam que utilizam LI
por meio de vídeo conferencia, outros 8% relatam que utiliza a LI por meio do rádio
os outros 6% afirmaram que fazem uso da LI por meio da comunicação escrita,
como contratos, manuais e etc.
Com esses dados coletados podemos concordar com Biplan citado por
Siqueira (2014), que relata que no desenvolvimento dos negócios internacionais,
espera-se que o colaborador consiga improvisar nas tarefas que forem solicitadas, e
ainda Boneberg (2011) explica que a grande porcentagem de pessoas que utilizam a
LI pelo e-mail é alta, por ser uma forma de não gerar custos para a empresa e ainda
por ter um recebimento instantâneo.
Outra resposta que nos chamou a atenção foi que somente 20% dos
entrevistados falarem que utilizam a LI pelo telefone, isso se deve por serem altos os
44
custos com ligações internacionais, a comunicação escrita está com 6%, isso nos
mostra que os contratos ou manuais são escritos em inglês e estão ali para serem
verificados.
Conforme Ludovico (2007), as empresas que trabalham nesse comércio
internacional, precisa ser capaz de reagir as constantes mudanças que este
ambiente internacional proporciona, e seus funcionários precisam também estar
treinados para acompanhar as necessidades desse mercado em expansão.
No gráfico 5 – atividades que deveriam ser priorizadas nas aulas de inglês
pode - se notar que existem algumas atividades que esses colaboradores citam que
sejam mais reforçadas em um curso de línguas, seguem elas:
GRÁFICO 5 – Atividades de que deveriam ser priorizadas nas aulas de inglês
Fonte: A Autora
Como podemos notar no gráfico acima 24% dos entrevistados sentem
dificuldade em redigir cartas, e-mails etc, outros 60% dos entrevistados declaram
que seria bom priorizar mais as competências de compreensão auditiva e escrita em
inglês.
A outra porcentagem de entrevistados, dizem que outras atividades devem
ser priorizadas formando 4% dos colaboradores entrevistados, os outros 12%
45
afirmam que os textos sejam eles de quaisquer áreas deveriam ser mais priorizados
nestes cursos de inglês.
Na ementa do curso de inglês e do curso de logística internacional da
Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, que está no anexo III desta pesquisa, é
possível identificar estas atividades que esses entrevistados colocaram como
importante e que deveriam ser priorizadas.
Por meio do gráfico 6 – Diferença Salarial, vamos verificar o que os
colaboradores responderam ao serem questionados sobre a diferença salarial, entre
as pessoas que possuem o inglês e as que não têm esta língua.
GRÁFICO 6 – Diferença Salarial
Fonte: A Autora
No gráfico acima 56% dos entrevistados acreditam que sim, existe esta
diferença salarial entre quem fala ou que não fala o inglês, somente 38% dos
entrevistados respondeu que não há diferença e os outros 6% não sabem informar.
A próxima questão feita aos colaboradores das empresas foi se alguma vez
eles fizeram alguma viagem internacional a trabalho, como mostra o gráfico 7 –
Viagens Internacional a Trabalho.
46
GRÁFICO 7 – Viagens Internacional a Trabalho
FONTE: A AUTORA
Como podemos observar no gráfico 7, somente 24% dos entrevistados
falaram que fizeram viagens internacionais a trabalho e os 76% restantes falaram
que nunca fizeram.
O gráfico 8 – Perdeu ou ganhou oportunidades por falar LI, finaliza o
questionário, nos mostrando a porcentagem dos entrevistados que já perderam ou
ganharam oportunidades por falar a LI, segue ele:
47
GRÁFICO 8 – Perdeu ou Ganhou Oportunidades por Falar LI
Fonte: A Autora
Neste último gráfico conseguimos exemplificar a grande importância de falar o
inglês, pois nele vemos que 32% dos entrevistados afirmam que tiveram a
oportunidade de emprego por ter a LI, e os outros 68% nos falam que perdeu
oportunidades por não ter essa língua. Com esse gráfico podemos certamente
identificar que sim, o inglês é importante para os profissionais de gestão do porto de
São Sebastião, pois como eles iriam conseguir exercer a função sem falar esse
idioma, é claro que muitos dos que colaboraram não tem fluência no inglês, porém
eles estão cursando, pois perceberam que hoje, sem essa língua, não conseguirão
boas oportunidades no meio portuário.
Além dos termos já citados acima, ainda há muitos outros termos utilizados
nessa área, na qual os estudantes de gestão precisam ter conhecimento da LI
alguns destes termos estão contidos no anexo IV desta pesquisa. Para trabalhar
como gestor no ramo portuário, independentemente da área, é necessário ter
conhecimento do inglês, pois como notamos acima os funcionários do departamento
administrativo, logística e até mesmo os operacionais, também precisam ter
conhecimento da LI, pois há muitos termos que estão estipulados no contrato que
48
são inscritos em inglês e, caso não os conheça, o profissional pode prejudicar todo o
processo envolvido no embarque, desembarque ou no fechamento de negócios.
De acordo com Ludovico (2007), a atuação dos profissionais nesse ambiente
portuário é muito extensa, pois há um grande número de exportações e importações.
Por isso que independente do departamento da empresa em que o funcionário
esteja instalado, é muito importante que ele tenha conhecimento acerca desses
processos de importação e exportação.
O autor ainda ressalta que não há possibilidade de expansão sem
profissionais treinados e qualificados para trabalhar em meio a esta globalização.
“Não faz globalização sem profissionais!”. (LUDOVICO, 2007, p. 375).
49
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a pesquisa de campo feito nas empresas tanto portuárias quantos as
prestadoras de serviço, foi possível identificar com a apuração dos 50 questionários
respondidos, que o Inglês é um fator que está presente nesse ambiente,
independente dos setores.
O problema desta pesquisa, que buscava identificar, como se dá uso da
Língua Inglesa para os profissionais da área de gestão atuar no Porto de São
Sebastião, foi respondido, pois no gráfico 4 notamos que esses funcionários tem
contato com a LI em diversas situações conforme o gráfico apresenta.
Na fundamentação teórica, podemos observar que os autores falam da
grande importância de se falar inglês, ou seja, de ter conhecimento dessa língua. É
necessário que se tenha uma linguagem eficiente e que todos dominem para se ter
maior eficácia nos resultados esperados.
Pois conforme David e Stewart (2010) declaram que um dos aspectos mais
desafiadores de se trabalhar nesse meio de negócios internacionais é a
comunicação, pois negociar com pessoas de um país estrangeiro muitas vezes sofre
agruras com a barreira idioma, eles ainda ressaltam que “a comunicação entre duas
pessoas cujo idioma e cultura são diferentes pode dificultar o fechamento do
negócio.” (DAVID E STEWART, 2010, p. 405).
A hipótese foi comprovada, já que o idioma inglês é necessário para os
profissionais de gestão destas empresas atuarem nesse ramo comercial, pois como
foi apresentado existem muitos termos e manuais de alguns equipamentos que são
utilizados dentro do porto que estão escritos em inglês. Conforme Rocha (2010),
aprender um idioma novo deixou de ser considerado luxo e tornou-se necessidade
básica para o mundo globalizado em que estamos hoje quem tem conhecimento
desta LI já tem um diferencial competitivo quantos ao outros profissionais que não
tenha.
O objetivo geral do trabalho foi atingido, pois por meio do gráfico 4 os
funcionários descreveram em quais situações do dia a dia eles fazem o uso da
comunicação em inglês.
O idioma inglês é utilizado por estes profissionais, tanto na comunicação
pessoal, quanto na comunicação por telefone, além disso, de acordo com Ludovico
50
(2007), existem termos contidos na lista de incoterms que são utilizados nos
contratos internacionais de compra e venda, nas áreas de exportação e importação.
Diante disso, o primeiro objetivo especifico da pesquisa foi atingido, já que foi
possível estabelecer esse elo tanto na comunicação quanto na negociação.
O segundo objetivo que buscava identificar de que forma era utilizada esta LI,
foi atingido, o gráfico 4 apresenta situações rotineiras que fazem uso dessa língua, e
no anexo IV desta pesquisa tem os termos internacionais de comércio que eles
utilizam.
Num mundo de constante mudança que estamos, é visível ver colaboradores
tantos das filiais, quanto com fornecedores e com clientes utilizando esta língua, o
que antes era considerada um luxo, hoje com a globalização é essencial que todos
os colaboradores da empresa falem esse idioma.
Em relação ao terceiro objetivo, que busca correlacionar a formação em LI
com os cursos de Gestão Empresarial e Gestão Portuária oferecida pela Faculdade
Tecnológica de São Sebastião, é possível notar que os alunos formandos e os que
ainda estão estudando estão a um passo a frente com relação às outras instituições
de ensino superior da região. Pois na ementa das disciplinas de inglês de ambos os
cursos é possível identificar algumas das atividades que os funcionários priorizaram
que devem ter nas aulas de inglês, e que estão disponíveis no gráfico 5 desta
pesquisa.
Na disciplina de logística internacional oferecido nesta instituição, o professor
ensina quais são os termos mais utilizados nestes contratos internacionais que são
conhecidos como os incoterms. Já na disciplina de inglês do semestre VI a
professora, disponibiliza para a sala uma lista com estes incoterms, e mostra de que
forma que estes termos são utilizados nas negociações.
Com a análise da pesquisa de campo percebemos, quais são as dificuldades
e o que os funcionários pensam dessa língua, e ainda identificar quantos deles falam
ou não o inglês. Com isso observamos que ainda existe uma grande quantidade de
pessoas que precisam fazer uso dessa língua para desempenhar melhor suas
funções em seu emprego.
Identificamos também, que os funcionários destas empresas, pedem que ás
escolas de idioma melhore a sua grade de ensino. No gráfico 5 observamos que
muitos dos entrevistados consideram que existe atividades que deveriam ser
51
priorizadas e que precisam ter uma abordagem melhor do uso da LI para esta área
portuária.
Acredita-se que com esse cruzamento dos dados obtidos tanto pela pesquisa
bibliográfica, documental e pelo questionário, conclui-se que é importante ter
conhecimento da língua inglesa. Muitos dos entrevistados reconheceram a
importância de ter essa LI, alguns deles informaram que perderam oportunidades de
empregos ou promoções com altas remunerações por não ter falar esse idioma.
Sendo assim, espera-se que esta pesquisa possa contribuir para sanar
algumas dúvidas de estudantes ou interessados em desmistificar a importância
deste idioma. Ou ainda eles possam comprovar que hoje é um diferencial
competitivo falar inglês neste mundo dos negócios, que está cada vez mais
evoluindo e tornando a região umas das referências como cidades portuárias.
52
REFERÊNCIAS
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elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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conquistar um excelente emprego. São Paulo: Makrom Books, 1997.
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SOUZA, P. A. R. Mecanismos de contribuições no processo de ensinoaprendizagem da língua inglesa em um curso superior de gestão empresarial,
2012. Artigo apresentado como Trabalho de graduação do Curso de Tecnologia em
Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, disponível na
biblioteca da instituição.
VIEIRA, J. P. Cidades Portuárias num Contexto Globalizado: Avaliando Possíveis
Impactos no Mercado de Trabalho Portuário de São Sebastião – SP. Santos, 2004.
VIEIRA, M. M. G. A globalização e as relações de trabalho: a lei de contrato a
prazo no Brasil como instrumento de combate ao desemprego. Curitiba: Juruá, 2000.
54
APÊNDICES
1
A Língua Inglesa e o Trabalho Portuário
Este questionário é o instrumento da pesquisa. Os dados serão utilizados apenas
para elaboração do Trabalho de Graduação realizado na Fatec São Sebastião para
a obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Favor enviar formulário até o dia 30-09-2014.
*Obrigatório
1 Qual o nome da empresa em que você trabalha? *
2 O que faz na empresa? *
3 Há quanto tempo trabalha nesta empresa? *
4 Idade:
o
De 16 - 20
o
De 21 - 30
o
De 31 - 40
o
Acima de 41 anos
o
Masculino
o
Feminino
5 Sexo *
6 Qual é o seu nível de escolaridade? *
o
Técnico
o
Tecnológico
o
Bacharelado
o
Outro:
7 Estudou inglês em escola de línguas? *
o
Sim
o
Não
55
o
Outro:
8 Quanto tempo?
9 Estuda inglês em escolas de línguas, atualmente? *
o
Sim
o
Não
9.1 Em que nível?
o
Básico
o
Intermediário
o
Avançado
10 Quais as suas dificuldades em relação ao uso da língua inglesa? *
11 Em que situações você usa a língua inglesa no dia-a-dia?
o
Comunicação Pessoal
o
Comunicação por telefone
o
Vídeo Conferência
o
E-mail
o
Skype
o
Rádio
o
Comunicação escrita (contratos, manuais)
o
Outro:
12 Que atividades você usa no dia-a-dia de seu trabalho que deveriam ser
priorizadas ou contempladas nas aulas de inglês?
o
o
Ler textos autênticos em várias áreas.
Desenvolver suas competências em compreensão auditiva,
conversação e escrita em inglês.
o
Escrever e-mails, cartas, bilhetes, ofícios, memorandos)
56
o
Outro:
13 Existe diferença salarial com quem domina ou não a LI? *
13.1 É possível identificar a diferença por meio de porcentagem?
o
Sim
o
Não
13.2 Quanto?
14 Você faz ou já fez viagens internacionais a trabalho? Para onde? *
15 O domínio da LI permite ou permitiu essa viagem?
16 Você já perdeu ou ganhou oportunidade de trabalho por ter a LI ou não ter?
57
ANEXO I
58
ANEXO II
59
ANEXO III
Ementa e objetivos das disciplinas de inglês e Logística Internacional da
Faculdade de Tecnologia de São Sebastião – SP
INGLÊS I E II – CH 80 aulas
OBJETIVO: O aluno deverá ser capaz de compreender instruções, informações,
avisos, relatórios simples e descrições de produtos; se apresentar, dar informações
pessoais, fazer e responder perguntas sobre vida cotidiana e empresarial, descrever
locais e pessoas; preencher formulários com informações pessoais, dar e anotar
recados, fazer anotações de horários, datas e locais; extrair informações de textos
técnicos específicos da área; entender diferenças básicas de pronúncia.
EMENTA: Introdução às habilidades de compreensão e produção oral e escrita por
meio de funções sociais e estruturas simples da língua. Ênfase na oralidade,
atendendo às especificidades acadêmico-profissionais da área de comércio exterior
e abordando aspectos socioculturais da língua inglesa.
INGLÊS III E IV – CH 80 aulas
OBJETIVO: O aluno deverá ser capaz de se comunicar utilizando frases simples em
contextos pessoais e profissionais, pedir e dar permissão, falar sobre o trabalho,
fazer comparações, falar sobre experiências passadas, atender uma ligação
telefônica e anotar recados; compreender números em dados estatísticos, gráficos e
demonstrações financeiras; redigir correspondências rotineiras simples; extrair
informações de textos técnicos específicos da área; entender diferenças básicas de
pronúncia.
EMENTA: Consolidação da compreensão e produção oral e escrita por meio por
meio de funções sociais e estruturas simples da língua desenvolvidas na disciplina
Inglês1. Ênfase na oralidade, atendendo às especificidades acadêmico-profissionais
da área de comércio exterior e abordando aspectos socioculturais da língua inglesa.
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INGLÊS V E VI – CH 80 aulas
OBJETIVO: O aluno deverá ser capaz de participar de discussões em contextos
sociais e empresariais usando linguagem apropriada de polidez e formalidade,
expressar opiniões e necessidades, fazer solicitações, planejamento e controle de
projetos, descrever habilidades, responsabilidades e experiências profissionais;
conhecer os modais de transporte e canais de distribuição; usar números para
descrever custos, preços, dados estatísticos, gráficos e demonstrações financeiras;
compreender informações de manuais, relatórios e textos técnicos específicos da
área de comércio exterior; redigir cartas e e-mails comerciais simples; entender
diferenças de pronúncia.
EMENTA: Expansão da compreensão e produção oral e escrita por meio de funções
sociais e estruturas básicas da língua. Ênfase na oralidade, atendendo às
especificidades acadêmico-profissionais da área da área de comércio exterior e
abordando aspectos socioculturais da língua inglesa.
LOGÍSTICA INTERNACIONAL – 80 aulas
OBJETIVO: O aluno será capaz de reconhecer a logística internacional no contexto
das operações globais portuárias, frete internacional para permitir que o profissional
planeje essas operações, processos internacionais como os armadores. Visão
Integrada das estratégias de gerenciamento logístico internacional.
EMENTA: Estratégias da logística nas operações globais. Implicações dos acordos
econômicos na distribuição física internacional. Global sourcing. Planejamento de
operação global. Definição e avaliação do plano logístico internacional. Cadeia
logística internacional. Os International Commercial Terms – INCOTERMS na
definição da logística. Modais de transporte internacional – Aquaviário, aéreo e
terrestre. Movimentação internacional de carga. Seguro no transporte internacional.
FONTE: Pesquisa documental – Faculdade Tecnológica de São Sebastião - SP
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ANEXO IV
Lista de Incoterms (international commercial terms - termos do comércio
internacional.
EX-WORKS – Mercadoria a disposição do comprador, ficando as despesas até o
destino final por conta do comprador.
FREE CARRIE (FCA) – Ponto designado, termo designado para atender as
necessidades do transporte moderno, especialmente intermodal, feito por container
ou por reboques e balsas.
FREE ALONGSIDE SHI (FAS) – Ponto de embarque, o vendedor tem a
responsabilidade de colocar a mercadoria no cais junto ao navio, sob guindaste.
FREE ON BOARD (FOB) – Ponto de embarque, o vendedor coloca a mercadoria,
livre de quaisquer encargos, a bordo de um navio no porto de embarque. O
comprador assume as despesas e os riscos a partir da mercadoria já a bordo do
navio.
COST AND FREIFGT (CFR) – Porto de destino indicado, esta cláusula obriga o
vendedor a assumir todas as despesas com a entrega da mercadoria a bordo do
navio no porto de embarque, pagamento do frete até o porto de destino, conforme
combinado no contrato de compra e venda. Contudo, os riscos cobertos por seguro
contratado pelo comprador se iniciam com a mercadoria a bordo do navio no porto
de embarque.
DELIVERED EX-SHIP (DES) - Porto de destino indicado, o vendedor se obriga a
pagar o seguro e o frete até o porto de destino, ficando por conta do comprador as
despesas pela descarga e demais obrigações / tributos em seu país.
DELIVERED EX-QUA Y (DUTY UNPAID) (DEC) – Porto de destino, o vendedor se
obriga a pagar o frete e o seguro, até que as mercadorias sejam entregue ao
comprador já com impostos / taxas / serviços, etc., pagos no país do importador.
DELIVERED DUTY UNPAID (DDU) – Local de destino, esta cláusula é utilizada com
qualquer meio de transporte. O vendedor se obriga a pagar as despesas com a
entrega da mercadoria no local combinado, e o comprador assume as despesas
com impostos, taxas, em seu país.
DELIVERED DUTY PAID (DDP) – Local de destino, esta cláusula se aplica quando
o vendedor assume TODAS as despesas até que a mercadoria seja entregue ao
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importador no local previamente combinado. INCLUI: frete, seguros, impostos, taxas,
serviços, etc.
COST, INSURANCE AND FREIFGT (CIF) – Porto de destino, nesta cláusula o
vendedor se obriga a colocar a mercadoria no porto de destino com frete e seguro
pagos. Esta expressão deve ser sempre seguida da indicação do porto de destino
(CIF – LONDRES).
CARRIAGE PAID TO (CPT) – Local de destino, cláusula utilizada para o transporte
aéreo/terrestre. O vendedor se obriga a pagar o frete até a mercadoria chegar no
local combinado. Outras despesas são por conta do comprador.
CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO (CIP) – Local de destino, nesta cláusula é
incluído o seguro da cláusula anterior (CPT).
DELIVERED AT FRONTIER (DAF) – O vendedor se obriga a colocar a mercadoria
na fronteira determinada, ainda em seu país, com despesas por sua conta. Deve
deixa-la devidamente liberada aduaneiramente.
FONTE: LUDOVICO, 2007, P. 282 - 285.
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