ANÁLISE LITERÁRIA
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A DIVINA COMÉDIA
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AMOR ALÉM DA VIDA
O FILME

Título: Amor Além da Vida
País de Origem: EUA
Gênero: Romance/Drama
Ano de Lançamento: 1998
Direção: Vincent Ward
ENREDO

Chris Nielsen, Annie, sua esposa, e os filhos do casal
fazem uma família feliz. Mas os jovens morrem em um
acidente e o casal é bastante afetado, principalmente
Annie. No entanto, eles superam a morte dos filhos e
conseguem levar suas vidas adiante, mas quatro anos
depois é a vez de Chris morrer em um acidente e ser
mandado para o Paraíso. Mas não um Céu com arcanjos
e harpas, pois lá cada um tem um universo particular e o
dele é uma pintura. Enquanto tenta entender o Paraíso,
onde tudo pode acontecer, bastando que apenas deseje
realmente, Chris fica sabendo que Annie, dominada pela
dor, comete suicídio. Assim, ele nunca poderá encontrála, pois os suicidas são mandados para outro lugar.
Mesmo assim decide tentar achá-la, apesar de ser
avisado que mesmo que a encontre, ela nunca o
reconhecerá.
PERSONAGENS

Chris Nielsen
Albert
Annie Nielsen
Marie Nielsen
Ian Nielsen
TEMÁTICA
VALORIZAÇÃO DA VIDA;
 A BUSCA PELA PAZ (PELO PARAÍSO);
 A FÉ HUMANA (RELIGIOSIDADE);
 CRENÇA NAS ETAPAS PÓS A MORTE
(INFERNO, PURGATÓRIO E PARAÍSO);
 AMOR (SENTIMENTO QUE MUDA OS
DESTINOS).

A OBRA
A DIVINA COMÉDIA
 AUTOR: DANTE ALIGHIERI
 PUBLICAÇÃO: 1307/1321

O AUTOR
-Dante Alighieri nasceu em Florença, em 1265, de uma
família da baixa nobreza. Sua mãe morreu quando era
ainda criança e seu pai quando tinha dezoito anos.
- A Commedia consumiu 14 anos e durou até a sua morte,
em 1321, ocorrida pouco após a conclusão do Paraíso.
- Morreu em Ravenna, foi sepultado com honras.
CONTEXTO HISTÓRICO
A Divina Comédia foi escrita na Idade
Média Baixa:
 Início do declínio do pensamento
medieval;
 A Itália no tempo de Dante estava dividida
entre o poder do papa e o poder do
Sagrado Império Romano;
 Visão de mundo teocêntrica vs. Visão
antropocêntrica (o divino e o mundano);

O TÍTULO
Dante chamou a sua obra de Comédia. O
adjetivo "Divina" foi acrescido pela
primeira vez em uma edição de 1555:
 DIVINA: a vida como um dom divino;
como essa vida continua após a morte;
 COMÉDIA: no sentido de que tudo acaba
bem (no paraíso), ao contrário da
tragédia. Não há qualquer relação com
algo engraçado.

UM POEMA ÉPICO

A Divina Comédia foi escrito na estrutura
de um poema épico, ou seja, uma
narrativa contada na forma de versos:
Nel mezzo del cammin di nostra vita
mi ritrovai per una selva oscura
ché la diritta via era smarrita.
Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
esta selva selvaggia e aspra e forte
che nel pensier rinova la paura!
Tant'è amara che poco è più morte;
ma per trattar del ben ch'i' vi trovai,
dirò de l'altre cose ch'i' v'ho scorte.
A ESTRUTURA

Os três livros que formam a Divina Comédia são
divididos em 33 cantos cada, com aproximadamente 40
a 50 tercetos, que terminam com um verso isolado no
final.

O Inferno possui um canto a mais que serve de
introdução a todo o poema. No total são 100 cantos. Os
lugares descritos por cada livro (o inferno, o purgatório e
o paraíso) são divididos em nove círculos cada,
formando no total 27 (3 vezes 3 vezes 3) níveis.

Os três livros rimam no último verso, pois terminam com
a mesma palavra: stelle, que significa 'estrelas'.
ENREDO

A Divina Comédia descreve uma viagem
de Dante através do Inferno,
Purgatório, e Paraíso, primeiramente
guiado pelo poeta romano Virgílio, autor
do poema épico Eneida, através do
Inferno e do Purgatório e, depois, no
Paraíso, pela mão da sua amada Beatriz
(com quem, presumem muitos autores,
nunca tenha falado e, apenas visto, talvez,
de uma a três vezes).
O INFERNO
PORTAL DO INFERNO

POR MIM SE VAI À CIDADE DOLENTE,
POR MIM SE VAI À ETERNA DOR ,
POR MIM SE VAI À PERDIDA GENTE.

JUSTIÇA MOVEU O MEU ALTO CRIADOR,
QUE ME FEZ COM O DIVINO PODER,
O SABER SUPREMO E O PRIMEIRO AMOR.

ANTES DE MIM COISA ALGUMA FOI CRIADA
EXCETO COISAS ETERNAS, E ETERNA EU DURO.

DEIXAI TODA ESPERANÇA, VÓS QUE ENTRAIS!
O PURGATÓRIO
UMA ESCADA PARA O PARAÍSO

A concepção do purgatório como uma montanha
é, até onde sabemos, uma idéia original de
Dante. O inferno sempre foi associado com o
mundo subterrâneo e o Céu sempre foi visto
como a morada dos deuses e dos por eles
escolhidos. Na representação de Dante, o
purgatório serve como uma escada para o Céu,
ligando a superfície terrestre às portas do
paraíso. Chegar lá, porém, não é tão fácil
quanto chegar no inferno, cujas portas estão
sempre abertas. É preciso purificar-se.
OS SETE PECADOS CAPITAIS

A montanha tem, no total, nove áreas de
purgação. Duas ficam antes da entrada
guardada pelo anjo. As outras sete, que
representam os sete pecados capitais, ficam
entre a porta e o pico da montanha onde está o
Paraíso Terrestre ou Jardim do Éden. O Paraíso
Terrestre está separado do purgatório por uma
parede de fogo. Os pecados decrescem em
gravidade à medida em que se escala a
montanha:
A SALVAÇÃO

Qualquer alma pecadora que tenha se
arrependido em vida tem direito ao purgatório,
por mais graves que tenham sido os pecados
cometidos:
-
A
A
A
A
A
A
A
luxúria;
avareza;
gula;
preguiça;
ira;
inveja;
vaidade.
O PARAÍSO
ENFIM A LUZ

A luz do mundo surge aos mortais das mais
variadas fontes, mas do ponto onde unem-se
quatro círculos e três cruzes, nasce o Sol no seu
melhor curso, na sua melhor constelação,
iluminando a cera do mundo com sua melhor
influência. Quando cheguei àquela foz o dia
amanhecia e aqui, de onde escrevo, era tarde.
Agora, o Sol brilhava com sua melhor luz
naquele hemisfério, enquanto neste já era noite.
TEMÁTICA

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



A finitude da vida humana;
O mundo divino vs. O mundo humano (o divino
e o mundano);
O pecado como controlador das ações humanas
(o inferno é o fim);
Visão medieval da sociedade (força da Igreja e
do Papado).
A fé como restauradora da vida (mesmo depois
da morte);
O amor humano, capaz de mudar os destinos;
DEPOIS DA VIDA

“NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS
EPEREAMOS”
INTERTEXTUALIDADE
 Crença
na vida pós a morte;
 O amor como sentimento infinito e
restaurador;
 A valorização da vida (bem maior);
 Percepção dos principais pecados
humanos (manipulação do medo).
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A DIVINA COMÉDIA