Adolfo em memória, Torga para sempre Reunimo-nos às 8h30min, mas a aventura teve início desde que o sonho foi interrompido pelo abrupto som do despertador. Pensamentos nem os contámos, mas expectativas invadiamnos há vários dias. Não era para menos, afinal, o dia 18 de Maio prometia além de memoráveis momentos de convívio, um vasto conhecimento da vida do grande poeta, Miguel Torga. O tempo da viagem parecia interminável, tamanha ansiedade que nos acompanhava; no entanto, a colorida e quase indescritível paisagem a que assistíamos perplexos, antecipou a nossa chegada, ainda que, em pensamento, continuássemos nos montes transmontanos. Acompanhados pelos professores dos departamentos de Português e de Ciências Sociais e Humanas, nós, os alunos do 10ºano do ensino regular e 1ºano do ensino profissional, alcançamos o nosso primeiro destino, o Palácio de Mateus. Divididos em grupos e orientados por guias locais, a exploração foi facilitada. Destacaram-se pela beleza os jardins, no grande núcleo de cultura, assim como a posse da primeira edição ilustrada de encomendada “Os em 1817, Lusíadas”, pelo V Morgado, da família que atualmente habita o palácio. Seguiu-se o tão esperado almoço, em S. Leonardo da Galafura, onde decorreu, após energias reestabelecidas, o momento poético alusivo à paisagem duriense que nos manteve cativos durante momentos. Rumamos a S. Martinho de Anta, terra natal de Miguel Torga. Visitamos a campa onde se encontra depositado o seu corpo e o de sua esposa, sob a sombra de uma torga, símbolo do pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha. Em sua memória, declamamos o poema “A um Negrilho”, junto a essa mesma árvore, elemento de inspiração do poeta. Feita a visita ao “Café Central”, onde se encontra a mesa eleita pelo escritor, dirigimo-nos para a sua modesta casa. Aqui foram declamados os últimos poemas, “Mãe”, “Êxtase” e “Desfecho”. Com os conhecimentos consolidados e as curiosidades alimentadas, regressamos à nossa “casa mãe”. Não poderíamos deixar de referir o quão produtivo e enriquecedor foi esta atividade, enquadrada no tema em estudo, nas aulas de Português, os ilustres poetas do século XX. Como Miguel Torga diria: “Ensina a cada alma a sua rebeldia” Trabalho realizado por: Marta Gonçalves | nº 267 | 10ºB Daniel Areias | nº 288 | 10ºB Ana Gil | nº 654 | 10ºB Telmo Silva | nº 980 | 10ºB Henrique Amaral | nº 1611 | 10ºB Diana Azevedo | nº 1797 | 10ºB