CRACHÁ DE OURO PARA BOMBEIROS
FALECIDOS EM SERVIÇO
Página 5
Janeiro de 2016
Edição: 352 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva
Foto: Marques Valentim
CACILHAS
Presidente da LBP lembra MAI:
Associações de Bombeiros são estruturas especiais
Págins 16 e 17
2
JANEIRO 2016
Obrigado por tocarem a sirene
T
odos, ou quase todos, os
quartéis de bombeiros, por
princípio e também eventual
necessidade, mantém-na em
funcionamento. Falo da sirene.
Quando se ouve tocar em
determinados momentos suscita surpresa, pesar, ou até
apreensão, seja quando o faz
em circunstâncias fora do comum, quando o faz para assinalar a descida à terra de mais
um dos nossos heróis, ou
quando se trata de chamar reforços para a prestação do socorro.
As novas tecnologias da comunicação há muito que deixaram de fazer depender exclusivamente da sirene para fazer
uma chamada geral. Agora até
permitem convocar grupos específicos de intervenção ou
passar informações. Contudo,
nos tempos que correm, apesar de todo esse desenvolvimento, a sirene permanece altaneira como reserva para a
chamada que se imponha
quando as tecnologias falhem.
Mas a sirene, aparte a valia
operacional tem frequentemente outras qualidades que
muitas vezes só lhe são reconhecidas quando falta.
Aconteceu a poucos dias do
final do último ano. Uma idosa,
vizinha da associação de bombeiros a que estou ligado há
mais de quatro décadas, passou pelo quartel para agradecer aos bombeiros pelo apoio
dado e, em especial, para lhes
agradecer o simples facto de
continuarem a tocar a sirene
ao meio-dia. E explicou o porquê de tão aparente insólito
agradecimento. Habitualmente, confere-lhe uma sensação
de conforto, de bem-estar, por
que ao ouvi-la tocar sabe que
há alguém disponível para ajudar e, por outro lado, ajuda-a
também a gerir as múltiplas
tarefas da lida da sua casa.
Quando mudámos de quartel há 20 anos, e até já operávamos com os ditos “bips”, parecia-nos ilógico continuar a
accionar a velhinha sirene.
No passado, era eu miúdo,
esperava-se pelo sinal horário
do meio-dia da então Emissora
Nacional para accionar a sirene.
Ao longo do tempo, o auto-
matismo acabou por evitar
esta operação mas manteve
inalterada a tradição.
Com a mudança de instalações e a cada vez maior inutilidade, pensávamos nós, do toque da sirene, decidiu-se remetê-la ao silêncio. Eis senão
quando, pouco tempo depois,
surge um coro de protesto local no centro da Vila que, na
prática, veio assinalar e validar
uma outra função, eminentemente social, de cuja importância, afinal, não estaríamos
tão cientes. O toque da sirene
dos bombeiros ao meio-dia
era, em si mesmo, uma instituição.
Recuperada a antiga sirene,
hoje, continua tocar no centro
histórico da Vila, a par da, entretanto, montada no actual
quartel. É, o dois em um no
cumprimento de uma função
social secular. Não para suscitar surpresa, pesar ou alerta
mas, simplesmente, para assinalar e valorizar a proximidade
e aquecer os corações dos que
a ouvem.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
JORNAL@LBP
Secretária de Estado Adjunta
e da Administração Interna
Fazer tanto, com tão pouco
P
or razões às quais é
alheio, o jornal “Bombeiros de Portugal” publicou na
sua última edição (dezembro 2015), página 7, uma
notícia sob o título “MAI –
Novos Secretários de Estado” na qual se insere uma
foto da “Lusa” que não corresponde à nova Secretária
de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel
Oneto.
Pelo facto, não obstante
declinarmos qualquer responsabilidade, não queremos deixar de apresentar sinceras desculpas à visada, certos de
que, pelo facto de também ser ex-jornalista (1979/2000),
melhor compreenderá o sucedido. Quer no site do jornal,
como já aconteceu, e nesta edição do jornal (janeiro 2016)
faz-se a devida retificação.
A notícia em causa foi construída e paginada na altura em
que no site oficial ainda não estavam disponíveis fotos dos
dois secretários de Estado. Face a isso, recorremos ao arquivo da agência “Lusa” para ilustrar a notícia, incorrendo então
no referido erro.
Aproveitamos a oportunidade para referir que a nova secretária de Estado é licenciada em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Criminais, foi deputada à Assembleia da República (2009/2015), integrou a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, integrou o Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de
Informação Criminal (2010/2014), foi governadora civil do
distrito do Porto (2005/2007), vereadora da Câmara Municipal do Porto (2001/2005) e professora assistente de Direito
na Universidade Lusófona do Porto.
P
assa o tempo, altera-se a conjuntura, mudam os governos e
governantes, redefinem-se regras,
ajustam-se leis e, não obstante as
contrariedades e a complexidade
dos desafios, as associações e os
bombeiros continuam firmes no
propósito maior de socorrer, de salvar vidas, não descurando, ainda,
outras missões, nas vertentes sociais, culturais ou desportivas.
Desde o início deste novo ano a
equipa do jornal Bombeiros de Portugal já esteve em quase uma dezena de instituições que são exemplo
de uma saudável versatilidade nos
serviços prestado á comunidade,
assumindo uma importante função
social.
Nesta área, é amplo e versátil o
conjunto de competências destas associações que dinamizam
bandas e fanfarras, promovem o ensino de música, patrocinam
grupos de teatro, acolhem e promovem eventos vários e ainda
asseguram transportes escolares, apoiam cidadãos com necessidades especiais, assumem apoio aos idosos, contribuem para a
reintegração social de jovens e ainda dinamizam um sem número de atividades desportivas, quer em regime mais informal,
quer a nível federado e, em alguns casos, com excelentes resultados.
Embora sejam muitos os exemplos de boas práticas e de projetos bem-sucedidos permitimo-nos dar conta do trabalho desenvolvido pelos Voluntários de Valbom na sinalização apoio e
acompanhamento de famílias socialmente vulneráveis, mas
também do importante trabalho dos Bombeiros da Azambuja na
“recuperação” de jovens com problemas comportamentais:
Foto: AHBVFanhóes
RETIFICAÇÃO
Numa outra vertente, registem-se os casos dos Bombeiros de
Alcabideche que arrecadam resultados de excelência no karaté,
ou dos das congéneres de Fanhões, Zambujal. Loures ou Fornos
de Algodres que não só se podem orgulhar das bandas e orquestras que as representam, mas também do serviço que prestam à
comunidade na ocupação e formação musical dos mais jovens.
E, de facto, sobram exemplos para ilustrar a atividade das associações humanitárias de bombeiros voluntários, que, em várias frentes, combatem as adversidades com trabalho, criatividade e, mesmo, com poucos recursos se reinventam todos os dias
para continuar um bom e vasto serviço à comunidade, onde se
continuam a distinguir pela identidade e pela tradição, mas se
afirmam pela constante e oportuna adaptação aos ditames do
presente.
Sofia Ribeiro
3
JANEIRO 2016
D
esde que fomos eleitos, com expressivo
resultado, temos desenvolvido um conjunto de temas e uma estratégia para os
conduzir aos diferentes níveis institucionais,
identificados como importantes para alcançar
os objetivos traçados a bem dos Bombeiros Portugueses, da sua missão e do reconhecimento
que lhes é devido.
Para nós, desde logo, em permanência, os
dados estão lançados no sentido da busca, do
desenvolvimento, do debate e da discussão
desses temas, quer, prioritariamente, no nosso
seio, quer também no exterior interagindo com
todas as entidades parceiras, oficiais, públicas e
privadas.
No nosso entendimento, de facto, os dados
nunca deixaram de estar lançados. Mas, sempre que ocorrem mudanças na sociedade, nomeadamente decorrentes de processos eleito-
Foto: Marques Valentim
Os dados voltam a estar lançados
rais, importa reiterar posições, com tanta frontalidade quanto rigor, transparência e verticalidade que sempre têm caracterizado a nossa
forma de ser e estar.
Independentemente das mudanças que inevitavelmente ocorrem, inclusivé no panorama
governativo, de facto, o nosso posicionamento
mantém-se inalterado sobre as matérias em
apreço. É certo que os novos governantes não
têm que forçosamente estar familiarizados ou
conhecedores dos temas que nos são caros. Por
isso, neste momento, e correspondendo à nova
plataforma de debate que se nos apresenta com
novos responsáveis e porventura novas ideias
importa voltar a lançar os dados.
Os contactos já realizados, em primeiro lugar,
com o Ministro da Saúde, Adalberto Campos
Fernandes, e com o Secretário de Estado da
Saúde, Manuel Delgado, e de seguida com a Mi-
nistra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e com o Secretário de Estado da
Administração Interna, Jorge Gomes, são bem
demonstrativos da vontade de rapidamente dar
continuidade ao debate e à construção de soluções relativas a questões que já vínhamos articulando com o Governo anterior ou outras que
venham a surgir.
Em qualquer dos casos, continuidade das
questões ou arranque de novas, a nossa determinação é total, a nossa abertura é igualmente
total, como fizemos questão de sublinhar a todos os responsáveis governativos com quem já
reunimos.
A todos eles, nos diferentes momentos de
encontro, fizemos questão de sublinhar, com a
clareza, a frontalidade e o rigor que sempre colocámos na nossa forma de ser e estar, ao que
vínhamos, o que anima e sustenta as nossas
teses, a premência, a lógica e a oportunidade
de cada uma delas. E, deixámos sempre claro
que, o que nos anima não é a busca de benesses, apoios ou quaisquer subsídios. Não temos
qualquer rebuço em propor que se possa e deva
medir o impacto da nossa missão, os resultados
práticos do nosso trabalho em prol da defesa,
do bem-estar e da segurança das populações.
Chegados aí, também o temos dito, e voltámos
a reforçar perante os novos governantes, importa que a comunidade, as autarquias e o próprio Estado saibam corresponder a esses dados
concretos com o ressarcimento adequado e correto devido aos Bombeiros Portugueses.
Vamos continuar a trabalhar imbuídos da
mesma determinação, do mesmo espírito de
diálogo, da mesma vontade de concertação,
mas também com a convicção da justeza dos
nossos princípios em prol da comunidade.
4
JANEIRO 2016
VISTORIAS DE AMBULÂNCIAS
Foto: Marques Valentim
Atitude do INEM é saudada
TAXAS MODERADORAS
O
LBP recupera isenção
para os bombeiros
ministro da Saúde, Adalberto Gomes
Fernandes, correspondeu à solicitação
do presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta
Soares, para que seja reposta a isenção de
taxas moderadoras para os bombeiros portugueses e, inclusive, alargadas a todos os cuidados de saúde hospitalar do Serviço Nacional
de Saúde.
Esta foi uma das conclusões da reunião de
23 de dezembro, solicitada pela LBP para
apresentação de cumprimentos e também
para uma primeira abordagem aos temas caros à colaboração existente entre os Bombeiros e o novo titular do Ministério da Saúde.
O socorro pré-hospitalar em Portugal, no
âmbito do Sistema Integrado de Emergência
Médica (SIEM), que depende em cerca de 90
por cento dos bombeiros será um dos temas.
Outro, o transporte de doentes não urgentes
onde a intervenção dos bombeiros é capital.
Recorde-se que a isenção das taxas moderadoras foi retirada aos bombeiros em 2011 e,
desde então, a LBP lutou pela sua reposição.
A
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) regista mais
uma vez com muito agrado que
o presidente do INEM, Luis Meira, “tenha entendido a nossa
justa pretensão e tenha decidido no sentido de que as vistorias/certificações das ambulâncias se façam sem perder a sua
objetividade nem critérios perfeitamente claros, mas que correspondam com esta decisão
àquilo que são as nossas necessidades e preocupações do dia
a dia” refere o presidente da
LBP, comandante Jaime Marta
Soares, em circular enviada a
todas as associações, câmaras
municipais com corpos de bombeiros, comandos, federações e
órgãos sociais da LBP.
“Registamos e saudamos a
forma expedita como este assunto foi interpretado, havendo
ANPC
Fotos: ANPC
Secretário de Estado no briefing
O
secretário de Estado da Administração Interna (SEAI), Jorge Gomes, participou pela primeira vez no “briefing” operacional de proteção
civil realizado na Autoridade Nacional de Proteção
Civil (ANPC) em Carnaxide, na presença do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombei-
SEAI visita instalações
Fotos: ANPC
A
Com efeito, “as ambulâncias
são por vezes reprovadas, por
questões de simples pormenor,
que não têm do ponto de vista
prático, qualquer incidência regulamentar ou diminuição da
prestação de serviço de qualidade que todos desejamos,
mas por essas razões de excesso de rigor, criam dificuldades
acrescidas às nossas Associações” aponta o comandante Jaime Soares.
No sentido de colmatar estas
situações, o presidente da LBP
oficiou ao presidente do INEM
para que e “sem desvirtuar o
normativo regulamentar, pudesse criar critérios objetivos e
claras interpretações das normas, no sentido das vistorias/
certificações se tornarem mais
simplificadas e por essa razão
mais céleres e objetivas”.
ENB
Ministra em Carnaxide
ministra da Administração Interna, Constança
Urbano de Sousa, visitou recentemente a
sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC), em Carnaxide, acompanhada pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge
Gomes.
Durante a visita, iniciada com a apresentação
de uma formatura de elementos da Força Especial de Bombeiros, a ministra manteve contactos
com os principais responsáveis daquela estrutura, nomeadamente, o presidente, major-general
Grave Pereira, o diretor nacional de bombeiros
(DNB), Pedro Lopes, o comandante operacional
nacional, José Manuel Moura, e outros dirigentes,
das direções nacionais, dos Recursos da Proteção
Civil, do Planeamento de Emergência e da Auditoria e Fiscalização.
contudo a necessidade de, a
curto prazo, serem analisados e
reajustados os regulamentos,
que complementem o sentido
de cooperação ora demonstrado pelo INEM, perante os Bombeiros de Portugal, que de uma
forma profissional e competente querem continuar a contribuir para melhorar o Sistema
Integrado de Emergência Médica” sublinha ainda o presidente
da LBP na mesma informação.
Como é sabido, a certificação
de ambulâncias dos bombeiros
pelo INEM, “tem sofrido nos últimos tempos, contratempos indesejáveis, levando a uma permanente reclamação junto desta entidade e da Liga dos Bombeiros Portugueses, por parte
das direções e comandos das
associações e corpos de bombeiros.
ros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta
Soares.
Esta reunião semanal, que conta com a participação da LBP, congrega todos os restantes agentes da proteção civil e as entidades que interagem nesse âmbito.
O
secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, deslocou-se no passado dia
14, pela primeira vez, à sede da
Escola Nacional de Bombeiros. A
visita teve como principal objetivo
a apresentação da ENB, resultados, desafios e projetos a concretizar brevemente ao nível das infraestruturas.
A visita contou com a presença
do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante
Jaime Marta Soares, do Diretor Nacional de
Bombeiros, Pedro Lopes, e do presidente da
Assembleia Municipal de Sintra e antigo dirigente da ENB, Domingos Quintas.
5
JANEIRO 2016
LBP REÚNE COM MAI
presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses
(LBP), comandante Jaime
Marta Soares, manifestou-se satisfeito com a “total abertura”
demonstrada pela titular do Ministério da Administração Interna (MAI), Constança Urbano de
Sousa, e, no caso concreto, do
anúncio feito por esta de que a
reivindicação da LBP em torno
da isenção para a viatura VDTD
estar já a ser tratada.
A LBP defende há muito a
aclaração da legislação que garanta também a isenção tributária para o veículo dedicado ao
transporte de doentes (VDTD)
no âmbito da já existente para
os restantes veículos adquiridos
pelas associações de bombeiros
para cumprimento das missões
de proteção e socorro atribuídas
aos seus corpos de bombeiros.
Na lista de missões, como é sabido, inclui-se o transporte de
doentes com recurso, também,
ao veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD). Importa
agora que, correspondendo à
reiterada reivindicação da LBP,
se inclua também o VDTD no
grupo de veículos isentos.
Na sequência disso, o comandante Jaime Soares, saudou a
disponibilidade
demonstrada
pela ministra “para a negociação
e para se encontrar soluções
para os muitos problemas dos
Bombeiros que estão em cima
da mesa”.
O comandante Jaime Soares,
acompanhado de outros elementos do conselho executivo
da LBP, os vice-presidentes Rodeia Machado e José Miranda, e
o vogal Rama da Silva, reuniu-se
no início do mês, pela primeira
vez, com a ministra e com o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes,
que passa a ter responsabilidade
delegada na Proteção Civil.
Tratou-se de um encontro
para apresentação de cumprimentos da Confederação dos
Bombeiros Portugueses à responsável pelo MAI e, na oportunidade, também, para a apresentação de um detalhado mas
breve memorando que permita
arrancar com um processo negocial “sólido e construtivo”,
como caracterizou o presidente
da LBP.
Além da abertura demonstrada pela ministra, o comandante
Jaime Soares saudou ainda a
oportunidade de, na semana seguinte, poder iniciar um plano
de trabalho com o secretário de
Estado Jorge Gomes para análise do referido memorando.
São muitos os temas incluídos
nesse memorando incluindo alguns que são transversais a outros departamentos governamentais.
O presidente da LBP, a propósito, desafiou Constança Urbano
de Sousa para que possa “de
Foto: Marques Valentim
O
Presidente da LBP satisfeito
com VDTD a ser tratado
certa forma, ser nossa “embaixadora” junto de outras áreas do
Governo”.
A questão do VDTD é um
exemplo disso. Os incentivos ao
voluntariado e o Cartão Social
do Bombeiro defendido pela LBP,
a isenção de taxas moderadoras,
a retoma da bonificação do tempo de serviço para efeitos de reforma ou garantir a pensão de
preço de sangue para bombeiros
com incapacidade absoluta e
permanente para o trabalho por
acidente ocorrido em serviço ou
por causa das suas funções são
outros exemplos.
A LBP lembra também a importância de dar continuidade
ao programa de vigilância médica dos bombeiros, de consagrar
a isenção de IRS para todo e
qualquer dispositivo, a possibilidade de redução no IRC ou TSU
para as empresas que empreguem bombeiros voluntários e
ainda a necessidade de legislar
sobre o processo específico de
reforma dos bombeiros voluntários e assalariados das associações que consagre o caráter penoso e desgastante dessa atividade.
DECISÃO DA LBP
Bombeiros falecidos em serviço recebem crachá de ouro
T
odos os bombeiros falecidos em serviço vão passar
a receber o crachá de ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) conforme foi decidido por unanimidade na última
reunião do ano transato do conselho executivo, por proposta
do seu presidente, comandante
Jaime Marta Soares.
A decisão, tomada em 29 de
dezembro último, abrange os 17
bombeiros falecidos em serviço
desde 2012, não obstante alguns deles, oito, já terem sido
homenageados em 2014 com a
atribuição póstuma dessa distinção. Haverá agora que distinguir os nove restantes.
A fixação do prazo para a atribuição do crachá de ouro nestes
casos, desde 2012, tem a ver
com o início da vigência do pri-
meiro mandato dos órgãos sociais da LBP sob a presidência
do comandante Jaime Marta
Soares, logo, fundamento para
a legitimidade da decisão, e que
o próprio defendeu ao apresentar a proposta.
Para o presidente da LBP “trata-se de prestar a devida homenagem aos nossos, que no cumprimento do dever levaram ao
limite o lema Vida por Vida”.
“Importa homenageá-los e também por essa via perpetuar a
sua memória como exemplo,
como reserva moral deste notável universo de mulheres e homens que vestem de soldados
da paz e todos os dias dizem
presente para servir a comunidade, prevenir e socorrer e, se
necessário, sacrificar-se pelo
seu semelhante” sublinhou o
comandante Jaime Marta Soares.
O momento e as circunstâncias em que irão ser atribuídos
referidos crachás de ouro estão
ainda por definir mas, seguramente, serão entregues no decorrer de 2016 conforme defende o presidente da LBP.
Entre os bombeiros falecidos
em serviço em 2012 está Paulina
Maria Gomes Pereira, bombeira
de 3.ª dos então Municipais de
Abrantes vítima de despiste da
viatura em que se dirigia para
combate a incêndio em 21 de julho. Pelo mesmo motivo, em 9
de agosto, faleceu o bombeiro
de 3.ª dos Voluntários de Figueiró dos Vinhos, Vitor Manuel
Mendes Joaquim.
Em 15 de setembro, dois
bombeiros de 3.ª dos Voluntá-
rios de Coja, Patrícia Alexandra
Rodrigues Abreu e Pedro Manuel
Santos Brito, viram a viatura em
que se deslocavam envolta em
chamas durante o combate a um
incêndio florestal. Ambos faleceram em consequência disso, o
segundo no dia 21 do mesmo
mês após internamento hospitalar.
Em 22 de outubro o chefe Fernando Manuel Oliveira Reis, dos
Voluntários da Aguda, foi vítima
mortal de um acidente rodoviário ao volante da ambulância de
socorro onde se dirigia para corresponder a um pedido de socorro.
Ainda em 2012, no dia 30 de
novembro, o subchefe dos Voluntários do Sabugal, Sérgio Domingos Martins Hilário, foi acometido de doença súbita mortal
quando procedia ao transporte
de doentes.
Em 2013 ocorreu o falecimento em serviço de 9 bombeiros, 8
deles no combate a fogos florestais entre agosto e setembro.
Neste grupo incluem-se, o bombeiro de 1.ª dos Voluntários de
Miranda do Douro, António Nuno
Joaquim Ferreira, o bombeiro de
2.ª dos Voluntários da Covilhã,
Pedro Miguel Jesus Rodrigues, a
bombeira de 2.ª dos Voluntários
de Alcabideche, Ana Rita Abreu
Pereira, o bombeiro de 3.ª dos
Voluntários dos Estoris, Bernardo Albuquerque de Vasconcelos
Figueiredo, os bombeiros de 3..ª
dos Voluntários de Carregal do
Sal, Cátia Pereira Dias e Bernardo Cardoso, o bombeiro de 2.ª
dos Voluntários de Valença, Fernando Reis, o bombeiro de 3.ª
dos Voluntários de Miranda do
Douro, Daniel Falcão.
Ainda em 2013 houve a registar a morte em serviço do bombeiro de 3.ª dos Voluntários de
Belas, Luís Manuel da Cruz Monteiro, vítima de queda em cenário de exercício operacional.
Em 2014, registou-se o falecimento em serviço do bombeiro
de 1.ª dos Voluntários do Faial,
Herberto Luís Alves Correia, devido a despiste da ambulância
de socorro em que seguia para
um acidente.
Em 2015, o bombeiro de 2.ª
dos Voluntários de Carcavelos e
S. Domingos de Rana, José Joaquim Mendes Moreira, foi a vítima portal do acidente com o autotanque em que se deslocava a
caminho de um incêndio florestal.
6
JANEIRO 2016
Livro manuscrito revela
História dos Bombeiros de Moçâmedes
Pesquisa/Texto:
Luís Miguel Baptista
Fotos:
Arquivo LBP/NHPM
A
peça museológica que
apresentamos este mês
corresponde a um dos
testemunhos mais antigos e
também mais emotivos da presença dos bombeiros portugueses no ex-Utramar.
É um fragmento de história,
de uma longa história, que importaria passar a escrito, de
modo suficientemente abrangente, com rigor e detalhe.
Referimo-nos a um livro manuscrito onde estão presentes
várias curiosidades, entre as
quais fotografias e recortes de
jornais, reunidas pelo comandante José Sacadura Bretes, figura proeminente no processo
de reorganização da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moçâmedes (AHBVM), em 1949.
A mesma instituição foi pioneira, ao nível do associativismo e do voluntariado em bombeiros, na então província de
Angola.
Criada em 19 de Maio de
1904, data da aprovação dos
respectivos Estatutos, por portaria do governador-geral do
território, a AHBVM esteve entretanto inactiva durante 45
anos. Efectivamente ficou a dever-se a José Sacadura Bretes,
director da Alfândega de Moçâmedes, o relançamento da Associação, em razão da ocorrên-
Livro manuscrito (à direita) em exposição no NHPM
cia de um grave incêndio que
deixou bem patente, na localidade, a falta que fazia uma corporação de bombeiros.
Ao longo do livro é-nos proporcionada a identificação com
factos marcantes da trajectória
associativa, nomeadamente, a
filiação na Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), sob o número 315, e a posterior participação no XI Congresso Nacional
dos Bombeiros Portugueses,
reunido em Leiria de 3 a 5 de
Setembro de 1954.
A todos os factos está ligado
o comandante José Sacadura
Bretes, cuja vontade inquebrantável de afirmar os Bombeiros Voluntários de Moçâmedes, no todo nacional, foi devidamente concretizada. Para o
efeito, e porque autodidacta,
entendeu estabelecer contactos
com a Metrópole, visando adquirir conhecimento, escrevendo a esse propósito:
“Não meti uma lança em África, como soe dizer-se, mas sim
na Metrópole. Consegui dilatar,
a Fé e o Império, no que respei-
ta aos Serviços de Incêndios,
até Angola; consegui que a primeira Corporação de Voluntários de Angola se tornasse conhecida e querida na Mãe-Pátria e levo-lhe uma grande lição, que levará dias a dar em
sucessivas conferências, em
que relatarei, em que tomarei
medidas atinentes a irmanar
processos de combate e fórmulas regulamentares, mas onde,
por mais que enalteça o espírito
de sã camaradagem dos camaradas da Metrópole, por maior e
sentido calor e convicção que
imprima às minhas palavras,
nunca poderei definir quanto,
na vontade, a todos devo, porque não há, não pode haver,
palavras que definam toda a
gratidão que sinto por quanto
me fizeram.”
A dedicação e a competência
do comandante valeram-lhe, a
dado momento, mais precisamente no dia 1 de Abril de
1955, ser nomeado delegado
da LBP em Angola. Foi, de resto, o primeiro elemento a exercer tal função naquela colónia,
destacando-se em acções de
fomento e de apoio à fundação
de outras associações e corpos
de bombeiros, caso dos Bombeiros Voluntários de Benguela,
Lobito, Nova Lisboa e Sá da
Bandeira. Além disso, quando
da sua presença no XI Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, em representação da
AHBVM, teve o mérito de apelar
às entidades competentes para
que a legislação aplicável aos
serviços de incêndios fosse extensiva aos territórios ultramarinos, chegando a ser recebido
pelo Ministro do Ultramar.
Corpo Activo dos BV de Moçâmedes, com o seu comandante
Comandante José Sacadura
Bretes
Emblema
dos BV de Moçâmedes
Para seu gáudio, o Governo
veio a publicar, em 27 de Maio
de 1958, o Decreto-Lei n.º
41652, de encontro à sua aspiração. Infelizmente, na altura,
já havia deixado as funções de
comandante, devido a dissidências internas que o obrigaram a
tirar licença ilimitada, alegando,
porém, problemas de saúde. A
situação parece ter-se tornado
insustentável, acabando a Assembleia Geral da Associação
por nomear como seu substituto, em regime de efectividade,
o 2.º comandante Raul Fernandes Luís.
Antes, ainda, bateu-se pela
doação, aos bombeiros voluntários, de 10 por cento sobre os
prémios de seguros.
Os últimos apontamentos inseridos no livro denotam um
certo desgosto de José Sacadura Bretes, face ao curso tomado
pelo Corpo de Bombeiros, após
a sua saída, confessando-se desagradado, por exemplo, com a
paralisação do pronto-socorro e
da ambulância, devido à falta
de verba para reparação, adiantando, em jeito de desabafo:
Incêndio no depósito de material do caminho-de-ferro
Grupo de elementos ligados ao Corpo de Bombeiros
“Já não está na minha mão
dar remédio a estes males.
Também já não me compete fazer história. É de esperar que os
vindouros a façam e oxalá saibam vencer.
Eu vou para a Metrópole. Vou
descansar de 40 anos de África.
A História dos Bombeiros Voluntários de Moçâmedes será
depositada por mim na Liga dos
Bombeiros Portugueses”.
Assim, de facto, aconteceu,
conforme traduz a existência do
livro manuscrito, original e único, propriedade da Liga dos
Bombeiros Portugueses desde
15 de Julho de 1958, mediante
oferta do seu autor, receoso de
que os elementos ali contidos
se extraviassem.
“(…) para decidir do seu destino”, escreveu, a terminar, o
ex-comandante, referindo-se,
em concreto, à LBP.
A decisão foi tomada e o resultado está à vista: preservar
e divulgar a história dos Bombeiros Voluntários de Moçâmedes e, por essa via, ainda que
indirectamente, honrar o altruísmo de todos os antigos
bombeiros ultramarinos!
Artigo escrito de acordo com
a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
Auto-Escada oferecida Companhia dos Diamantes
7
JANEIRO 2016
LBP/MAI
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), representada pelo seu presidente, comandante Jaime Marta Soares, acompanhado pelo vice-presidente do conselho executivo, Rodeia Machado, e pelo vogal do mesmo órgão, comandante José Fernandes,
reuniu-se com o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
Este encontro foi agendado a partir da reunião havida dias antes entre a LBP, a ministra
da Administração Interna, Constança Urbano de
Sousa, e aquele governante.
Esta primeira reunião de trabalho entre os dirigentes dos Bombeiros Portugueses e o secretário de Estado serviu para passar em revista,
em termos globais, o conjunto de temas apre-
sentados no memorando entregue antes no encontro com a ministra.
Questões como, a isenção das taxas moderadoras, o financiamento e reforço do Fundo de
Proteção Social do Bombeiro, a prossecução do
programa de vigilância médica dos bombeiros,
a pensão de preço de sangue para bombeiros
incapacitados e a reposição da bonificação de
tempo de serviço para efeitos de reforma foram
alguns dos temas abordados. Alguns deles não
dizem diretamente respeito ao MAI, mas, como
o presidente da LBP fez questão de solicitar à
ministra, cabendo-lhe a tutela dos Bombeiros
será justo e lógico que possa também ser nossa
“embaixadora” junto de outros departamentos
do Governo.
Foto: Marques Valentim
A
Bombeiros iniciam negociações com Secretário de Estado
INEM
A
Confederação ganha prazo para TAS/TAT
través de deliberação recente (n.º 30/2015) do Instituto Nacional de Emergência
Médica (INEM) foi alterada a
validade da formação de tripulantes de ambulâncias de transporte e de socorro (TAT e TAS)
de 3 para 5 anos.
Assim, a partir de 1 de janeiro último a validade dos cursos
de TAT,TAS e respectivas recertificações passa a ser de 5
anos. Este prazo é ainda aplicável aos cursos TAS/RTAS e TAT/
RTAT com o módulo SBV-DAE
integrado que ainda se encontrem válidos na mesma data.
Os cartões TAT e TAS e os
certificados de formação TAT/
TAS e RTAT/RTAS emitidos entre 1 de Janeiro de 2013 e 31
de Dezembro de 2015 passam a
ser válidos por um período de 5
anos.
“Como é do conhecimento de
todos, a Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), enquanto
representante dos Bombeiros
de Portugal, foi quem desde a
primeira hora insistiu, reivindicou, exigiu nos vários grupos
de trabalho e perante os membros do Governo que tutelam
esta área, no sentido de que
esta revisão fosse prioridade
primeira entre as muitas que
ainda estão em agenda”, lembra o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares,
em circular enviada a todas as
associações, corpos de bombeiros, presidentes de câmara com
corpos de bombeiros e federações.
O comandante Jaime Soares
sublinha que “finalmente conseguimos que esse objetivo fosse concretizado e, como tal,
congratulamo-nos pela decisão
tomada pelo Conselho Diretivo
do INEM”.
Refira-se que a portaria
260/2014, publicada em 15 de
dezembro, veio possibilitar essa
aprovação e desde essa data, a
LBP veio insistindo junto do
INEM, pelas alterações de 3
para 5 anos da validade dos
cursos de TAT e TAS, já que
essa medida era fundamental
para a recertificação dos referidos cursos.
“Ao ser agora tornada realidade essa aspiração, que vai de
encontro aos anseios dos Bombeiros Portugueses e com resultados positivos para todo o sistema, a LBP realça, uma vez
mais, que com persistência,
vontade, unidade na ação e justeza nas aspirações, se conseguem atingir os objetivos a que
nos propomos”, conclui o presidente da LBP na referida circular.
DECIF 2016
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entende ser
precipitado que se procure já
garantir das associações humanitária de bombeiros voluntários a disponibilidade de recursos humanos e viaturas para
participar no DECIF 2016 sem
que estejam esclarecidas e obtidas as respostas às questões
entretanto apresentadas.
“Ainda não foram discutidas e
analisadas as estratégias sobre
matérias tão importantes, como
as financeiras, que envolvem o
reembolso de despesas, nomeadamente com viaturas,
equipamentos, deslocações, a
compensação ao pessoal envolvido no DECIF e a correspondente carga horária de 24h para
12h, entre muitas outras que
lhe estão subjacentes” defende
o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares em circular enviada às federações, direções, comandos e presiden-
tes de câmaras municipais com
corpos de bombeiros.
Por outro lado, segundo o
mesmo dirigente,” ainda não se
encontram resolvidas as questões em tempo colocadas ao
Senhor Secretário de Estado da
Administração Interna, em relação à isenção do IRS no que
respeita às compensações, subsídios ou gratificações auferidas
pelos Bombeiros no âmbito da
sua actividade”.
Acresce ainda que, defende o
comandante Jaime Soares,
“também não se iniciaram as
sessões conjuntas entre a LBP,
Autoridade Nacional de Proteção Civil, Escola Nacional de
Bombeiros e com a participação
indispensável das Federações,
Direções e Comandos, onde serão analisadas e discutidas todas estas questões, na procura
das melhores opções para o futuro”.
“Uma vez que não estão con-
Foto: Marques Valentim
A
Liga quer primeiro obter respostas
seguidas estas premissas, consideramos inoportuno dar conhecimento da disponibilidade
dos meios humanos e materiais
de cada corpo de bombeiros sobre as questões relativas ao
DECIF 2016, pelo que aconselhamos as direções e comandos
a não o fazer, sem estarmos se-
guros das propostas que nos
venham a ser apresentadas”,
conclui o presidente da LBP.
8
JANEIRO 2016
ENB
Pronto manual de educação física
A
Escola Nacional de Bombeiros (ENB) já disponibilizou três
exemplares do “Manual de Educação Física e Desportos” a todos
os corpos de bombeiros do País. Esta nova ferramenta pedagógica
foi distribuído através dos comandos distritais de operações de socorro da ANPC, onde os corpos de bombeiros deverão agora proceder ao levantamento, enquanto o envio para as regiões autónomas
será efetuado diretamente por correio.
O novo manual também já está acessível no centro de documentação da ENB que, entretanto, entrou em funcionamento e que pretende constituir um acervo documental, a nível nacional, nas áreas
temáticas do socorro e da proteção civil.
Entretanto, no final do ano transato, em que celebrou o vigésimo
aniversário, a ENB tornou-se membro de duas das principais entidades de referência internacional do setor, da IFE (Institution of
Fire Engineers) e da NFPA (National Fire Protection Association.)
Esta adesão traz consigo, naturalmente, um conjunto de benefícios
para a valorização da Escola, oferta formativa, seus formadores e
destinatários.
LBP/PREVENTECH
A
Gestão de ocorrências sem papel
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)
e a empresa Preventech assinaram recentemente um protocolo que vai permitir
dotar as associações e corpos de bombeiros
de duas novas ferramentas informáticas
(SIGO e GESCORP), cuja apresentação se
iniciou no passado dia 26, nos Bombeiros
Voluntários de Mangualde, estando já agendada a próxima sessão no dia 2 de Fevereiro, às 20h30 na Casa do Povo de Gavião.
A primeira ferramenta diz respeito à gestão de ocorrências sem papel. O Sistema
de Gestão de Operações (SIGO) é a primeira solução informática que integra e organiza todo esse sistema com capacidade de
interoperabilidade e de comunicação em
tempo real, substituindo de forma fidedigna toda a documentação existente em formato papel. Este suporte acessível e direto
possibilita uma gestão fácil e eficaz perante
qualquer tipo de ocorrência, permitindo
gerir todas as suas fases, apoia as diferentes células na sua missão e dá ao coman-
dante das operações de socorro uma visão
pormenorizada da situação, facilitando a
comunicação e a gestão da própria ocorrência.
A segunda ferramenta é designada por
GESCORP, uma aplicação informática,
igualmente inovadora, totalmente on line e
que permite a gestão de todas as valências
das associações humanitárias, seja a componente associativa (faturação, associados
e outros domínios), se já a operacional, nomeadamente, gestão de meios materiais
operacionais e meios humanos, sendo uma
aplicação online de fácil acesso e sem necessidade de instalação prévia.
Segundo o protocolo estabelecido com a
LBP, a empresa disponibiliza a todas as associações a aplicação SIGO, mediante o
pagamento de uma licença anual de 350
euros mais IVA, e, gratuitamente durante
um ano, a aplicação GESCORP. Após o período de um ano, neste caso a licença terá
um custo máximo de 450 euros mais IVA.
Duas décadas de história em revista
A
Escola Nacional de Bombeiros
(ENB) editou no final do ano
transato uma revista alusiva ao seu
20.º aniversário em que, com uma
excelente apresentação gráfica, faz
um balanço exaustivo da atividade
desenvolvida desde a fundação.
Além de uma nota introdutória do
presidente da ENB, a revista Inclui
ainda testemunhos, do presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Autoridade
Nacional de Proteção Civil, major-
-general Grave Pereira, e do então
secretário de Estado da Administração Interna, João Pinho de Almeida.
A revista apresenta um conjunto
de informações relativas ao número
de formandos, áreas específicas de
formação ministradas bem como os
vários projetos em curso.
Dá ainda nota da cerimónia comemorativa do 20.º aniversário,
onde juntou três dos anteriores
presidentes, Duarte Caldeira, José
Augusto Carvalho e Barreira Abrantes.
ALERTA VERMELHO
PARA A SEGURANÇA
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
A
Protocolo de cooperação entre a ANPC e a ACT
Autoridade Nacional de Proteção
Civil (ANPC) e a Autoridade para
as Condições do Trabalho (ACT), cimentaram a colaboração entre as
duas entidades iniciada em 2015 com
o Prémio de Boas Práticas ANPC 2015
– Segurança e Saúde Ocupacional
nos Corpos de Bombeiros, através da
assinatura de um protocolo de colaboração, com vista a prevenir riscos
profissionais e promover a segurança
e saúde no trabalho dos bombeiros.
Assim, a presente rúbrica ALERTA
VERMELHO PARA A SEGURANÇA, irá
disponibilizar informação cujo conteúdo, foi elaborado pela ACT através
desta parceria, que se pretende venha a fomentar ainda mais o interesse pela área da SSO nos Corpos de
Bombeiros.
Este tema é particularmente importante porque a atividade profissional dos Corpos de Bombeiros está sujeita a inúmeras fragilidades. O papel
da intervenção direta dos bombeiros,
em situações de crise e de emergência pode levar ao não cumprimento
das regras mais elementares de segurança, expondo-os, desta forma, a
situações perigosas e a consequências dramáticas.
As consequências da intervenção
em situações de crise e de emergência para os bombeiros são inúmeras,
nomeadamente:
• Stresse pós-traumático (ex. assistência a feridos graves ou a morte
de companheiros ou de vitimas);
• Ferimentos ligeiros (ex. pequenas intoxicações ou escoriações);
• Ferimentos graves (ex. queimaduras, cortes e perfurações);
• Morte (ex. acidentes de viação,
paragem cardiovascular, asfixia).
Um bombeiro, voluntário ou profissional, exerce uma atividade de
elevado risco, podendo desenvolver
uma doença profissional ou sofrer
um acidente de trabalho, com consequências que poderão ser incapacitantes, temporárias ou permanentes,
ou mesmo, em casos limite, mortais.
De acordo com a Organização In-
ternacional do Trabalho, é fundamental a preparação do bombeiro
para todas as situações de intervenção sendo exigível formação a um
nível elevado nomeadamente a formação em segurança, para todos os
que atuem em ações de socorro e
salvamento. É igualmente fundamental a criação de um sistema global de gestão da segurança, que vise
a proteção da segurança e saúde de
todos os intervenientes envolvidos
no processo de operações de socorro
e salvamento ou em cenários de crise e emergência.
Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho têm sido identificados como um dos grandes desafios
contemporâneos para a saúde e segurança e estão ligados a problemas
nos locais de trabalho, tais como o
stresse que tanto afeta os bombeiros, como já referido anteriormente.
A ACT em 2012 desenvolveu uma
Campanha de Avaliação de Riscos
Psicossociais, com o objetivo de promover a avaliação destes riscos, nos
locais de trabalho, e incrementar a
melhoria da qualidade das avaliações dos riscos existentes.
Enquanto Ponto Focal Nacional da
Agência Europeia para a Segurança
e Saúde no Trabalho (PFN/EU-OSHA), a ACT coordena, a nível nacional, as campanhas europeias promovidas pela EU-OSHA, tendo sido
no biénio de 2014-2015 sobre o
lema “Locais de trabalho saudáveis
contribuem para a gestão do stresse”, a qual pretendeu prestar apoio e
orientação aos trabalhadores e empregadores na gestão do stresse e
dos riscos psicossociais relacionados
com o trabalho, promovendo a utilização de ferramentas práticas e de
simples utilização para facilitar esse
processo.
Para mais informações ou esclarecimentos, contate a Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da
Direção Nacional de Bombeiros
(ANPC), através do telefone 214 247
100 ou do endereço eletrónico [email protected].
9
JANEIRO 2016
NESPEREIRA
O
Com formação mas sem equipamento
s Bombeiros Voluntários de
Nespereira, Cinfães, dispõem de formação especial
para resgate em águas bravas
mas não dispõem de equipamento próprio para isso. Quando precisam de treinar os cinco
elementos da equipa ou intervir
em socorro vale-lhes apenas o
apoio de alguma empresa operadora de desportos radicais
instalada no rio Paiva com a cedência do equipamento necessário.
Assim, os bombeiros têm formação, mantém a
PAÇOS DE FERREIRA
preparação regular mas apenas por carolice própria e graças à ajuda alheia
AZAMBUJA
O
Bombeiros defendem EIP e PEM
s Bombeiros Voluntários da
Azambuja continuam a
aguardar a resposta da Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC) sobre a constituição de
uma equipa de intervenção permanente (EIP) e do Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM) sobre a instalação de
Posto de Emergência (PEM).
A constituição da EIP na
Azambuja está apenas dependente da ANPC já que os bombeiros e a autarquia
já estão de acordo há muito sobre isso. Neste momento, a existência de pessoal disponível para o
socorro está apenas dependente do esforço financeiro da Associação e da Câmara.
A
No caso do PEM, os Voluntários da Azambuja
também reivindicam há muito a sua instalação face
ao número de saídas diárias para socorro pré-hospitalar, que não se compadece com o atual estatuto
de Reserva.
AVIS
C
Município oferece VDTD
om o propósito de dotar os bombeiros voluntários de novos equipamentos, o município de Avis,
ao abrigo de um protocolo de cooperação celebrado
com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avis, custeou, na íntegra, a aquisição de
um Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes
(VDTD).
A sessão solene de entrega da viatura decorreu,
na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Avis e contou com as presenças do
presidente da câmara municipal, Nuno Silva, bem do
presidente e do comandante dos Voluntários Avisenses, respetivamente Joaquim João Lageira e Luís
Palma,.
Assembleia Municipal de Paços de Ferreira
aprovou, por unanimidade, o projeto de Regulamento de Concessão de Direitos e Benefícios
Sociais aos Bombeiros Voluntários do Concelho de
Paços de Ferreira. O documento, já antes aprovado por unanimidade em reunião de câmara, pretende ser mais um reconhecimento ao trabalho
desenvolvido pelos soldados da paz do concelho.
Além de várias regalias de caráter social, este
regulamento prevê a atribuição de medalhas do
concelho de honra, de serviços distintos, coragem
e abnegação e de mérito e dedicação aos bombeiros.
Depois da aprovação em reunião de câmara e
Assembleia Municipal, este regulamento entrará
em vigor assim que for publicado em Diário da
República. A partir daí, os Bombeiros Voluntários
de Paços de Ferreira e Freamunde terão direito a
várias regalias de caráter social.
A autarquia passa a atribuir benefícios como
um seguro de acidentes pessoais e apoio jurídico
em processos motivados por factos ocorridos em
serviço. Os bombeiros passam também a ter prioridade na atribuição de habitação social promovida pela Câmara Municipal quando em igualdade
de condições sociais e de candidatura com outros
candidatos.
Segundo o projeto de regulamento, os soldados
da paz que reúnam as condições previstas terão
acesso gratuito às iniciativas de caráter desportivo e cultural promovidas pela autarquia. Da mes-
ma forma, irão beneficiar da redução máxima permitida para o regime de utilização livre das piscinas municipais.
Entre os benefícios a atribuir estão a isenção e
a redução de várias taxas. Passam a estar isentos
nas taxas inerentes ao licenciamento e a operações urbanísticas de construção, ampliação ou
modificação para habitação própria permanente.
No caso das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, os bombeiros poderão ser reembolsados, mediante um requerimento. Passam ainda
a poder beneficiar da taxa social de água e saneamento e da isenção do pagamento da taxa de recolha do lixo sólido urbano.
O documento prevê também benefícios para os
filhos dos soldados da paz. Podem beneficiar da
entrega gratuita de manuais escolares para as
crianças que frequentem o 1.º, 2.º e 3.º ciclos.
Em caso de falecimento em serviço, ou motivado
por doença contraída no desempenho das funções, os filhos dos bombeiros com idades inferiores a 22 anos podem beneficiar de quatro bolsas
de estudo de até 75 euros por mês.
A câmara atribui ainda um subsídio de funeral
para bombeiros no ativo até 500 euros e dá apoio
jurídico e administrativo ao agregado familiar em
casos de processos de natureza ou caráter social
decorrentes da sua morte no exercício das funções de bombeiro.
Verdadeiro Olhar
(texto e fotos)
VALBOM
Socorro aliado à intervenção social
CANTANHEDE
O
Autarquia garante
direitos e benefícios
Junta distingue bombeiros
s Bombeiros Voluntários de Cantanhede foram agraciados, no passado mês de dezembro, com a Medalha
de Mérito da Freguesia de Murtede, na
cerimónia comemorativa do Dia da Freguesia. Nesta mesma ocasião foram,
também agraciados os Bombeiros da
Mealhada.
“Embora de concelhos e distritos diferentes estes dois corpos de bombeiros funcionam como um só na hora da
assistência e socorro na freguesia de
Murtede”, justificou o presidente da autarquia, Carlos Fernandes.
“Hoje é a freguesia de Murtede a agradecer e a
dizer presente, como as duas corporações sempre fazem quando é necessário”, acrescentou o
autarca.
Depois reconhecer esta “grande distinção”,
Adérito Machado, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de
Cantanhede, enalteceu a atitude do executivo ao
colocar as duas corporações que servem a freguesia no palco principal desta festa.
O comandante dos Voluntários de Cantanhede,
O
Jorge Jesus, expressou grande orgulho pelo reconhecimento e reafirmou que os soldados da paz
estão sempre prontos para servir as populações.
“Não olhamos a portagens ou concelhos”, enfatizou.
Já Nuno Castela Canilho, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da
Mealhada, afirmou que, “se há corpo de bombeiros exemplar, que revela entendimento e mostra
companheirismo na hora de socorrer, é o corpo
de bombeiros de Cantanhede”.
s Bombeiros Voluntários de Valbom, Gondomar, estão na linha da frente da deteção de casos sociais e na busca da melhor e
mais rápida solução para eles, em estreita colaboração com as estruturas e instituições sociais locais parceiras, incluindo a Câmara Municipal, as juntas de freguesia, as instituições
particulares de solidariedade social e os próprios serviços da Segurança Social.
Nos últimos três anos foram sinalizadas pelos bombeiros cerca de 12 situações sociais
graves. Sempre que acorrem em socorro de
alguém e verificam tratar-se também de uma
situação social grave os bombeiros apressam-
-se a alertar as estruturas parceiras para o
facto. E, tantas vezes, procuram acompanhar
o evoluir dessas situações. Caso concreto e
recente, foram chamados a prestar socorro a
uma idosa que transportaram ao hospital. Verificando tratar-se de um caso grave, inclusive
com deficiências preocupantes de habitabilidade, procederam como em situações anteriores. No dia em que a idosa teve alta, foi transportada pelos bombeiros para a sua casa, entretanto sujeita aos melhoramentos que foi
possível realizar no fogo e na substituição de
mobiliário, fruto da boa e eficaz articulação
entre as várias entidades.
10
D
JANEIRO 2016
MELO
PAÇO DE SOUSA
Eleitos novos órgãos sociais
“Servir cada vez melhor a população”
ecorreram no passado dia 7
de novembro na sede da
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Melo,
eleições para os órgãos sócios
da instituição.
O ato eleitoral teve, uma
adesão quase histórica, conforme refere a Associação em comunicado, votando
199 sócios, dando uma vitória clara à Lista A,
com 143 votos, encabeçada por Gaspar José da
Silva Rocha, contra 52 votos da Lista B, encabeçada por Félix de Barros Gonçalves.
Os órgãos sociais da AHBV Melo passam agora
a ser constituídos pelos seguintes elementos. Assembleia Geral: presidente, João Manuel Serpa
Oliva, vice-presidente, Isabel Maria Amaral Coe-
lho, secretário, Fernando José
Rodrigues Lemos, 1.º suplente,
Luciano da Silva Garrote, e 2.º
suplente, Maria do Céu Marques
Mendes Júnior. Direcção: presidente, Gaspar José da Silva Rocha, vice-presidente, Rodrigues
Lopes das Neves, secretária,
Elsa Carine Santos Figueira, tesoureiro, João António Martinho dos Santos, vogal, Óscar Viriato
Pereira, 1.º suplente, Manuel Cabral Figueiredo,
2.º Suplente, Pedro da Costa Alves. Conselho Fiscal: presidente, Henrica Catharina Maria Marieu,
vice-presidente, César Cunha Ribeiro, secretário/
relator, Luís Filipe Almeida Gonçalves, 1.º suplente, Marcelino da Costa Mocho e 2.º Suplente, Maria Júlia Crespo.
relação entre o corpo ativo e a direção, dando
conta que porque “os objetivos são os mesmos
existe uma perfeita sintonia”.
O vereador Rodrigo Lopes deu os parabéns aos
recém-empossados, sublinhando as dificuldades
de gestão destas associações em tempos de crise,
“ainda existem pessoas de bem que fazem com
que hajam primaveras, em tempos cinzentos”.
SANTARÉM
Dirigentes tomam posse
Voluntários a votos
s órgãos sociais da Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários de Queluz para o
próximo mandato tomaram posse em cerimónia
que decorreu no salão nobre da instituição no
passado dia 6.
O
A assembleia-geral é presidida por Pedro Lemos, o conselho fiscal por Carlos Diogo e a direção por Ramiro Ramos, assim reeleito para mais
um mandato à frente dos destinos daquela Associação.
ÁGUAS DE MOURA
s Bombeiros Voluntários de Santarém elegeram, já no início deste ano, os órgãos sociais
para o quadriénio 2016/2019.
Na assembleia geral assume a presidência
Hermínio Paiva Fernandes Martinho, que conta
sua equipa como Vítor Manuel Delgado Prata Leal
(vice presidente), Ludjero Mendes (secretário) e,
ainda, José Abílio Pires Alves Martins (suplente).
Na direção, a cadeira da presidência é ocupada
por Diamantino Cordeiro Duarte codajudao nas
suas funções por Carlos Manuel Catalão (vice
presidente), António Manuel Simeão Mendes (secretário), Rui Manuel Piedade Gomes Costa (tesoureiro), José António Silva Lima (vogal) e também Manuel António Afonso e Gabriel António
Ribeiro Fragoso (suplentes).
O conselho fiscal conta com Joaquim Alberto
Pereira Serrão (presidente), Custodio Alves Tomé
(vice presidente), Mário Manuel Veiga Rodrigues
Associação tem novo elenco
omaram posse os recém-eleitos órgãos sociais dos
Bombeiros
Voluntários
de
Águas de Moura para o trénio
2016/2018.
A assembleia geral é composta por José Henrique Cardoso (presidente), Marta Isabel
Monteiro Brazão (vice-presidente) e
Nuno Alexandre Gaudêncio
Brazão Soares (secretário).
Na direção António Manuel
da Silva Braz assume mais um mandato contando
com uma equipa constituída pelos vice-presidentes José António Pereira Esfola e Rogério Brazão
Soares e, também, com Paulo Alexandre Florindo
Soares (tesoureiro), Sílvia Maria Brazão Pereira
Lentilhas Caldeira (secretária), os vogais Vitor
Manuel Rodrigues Roça e Manuel José Carvalho
U
Paulino e os suplentes Ângela Maria Pisco Gaudêncio, Henrique José Oliveira Brazão e José Rui
Pedroso Freitas.
Manuel Santos Adrião assume a presidência do
conselho fiscal que integra ainda Pedro Miguel
Martins Pereira (vice-presidente) e José Pedro
Martins Esfola (secretário relator)
foi responsável pelas
viaturas e motoristas.
Em 2004 o valoroso
bombeiro, agraciado
com o crachá de ouro
da Liga dos Bombeiros
Portugueses, passou a
integrar o quadro de
honra,
Em comunicado direção, comando e corpo ativo lamentam a
perda e registam o
exemplo de um homem que “soube ser Bombeiro, marido,
pai e avô e que, por isso, era acarinhado
por toda a população vizelense”.
Bombeiro perde a vida
a praticar exercício físico
m elemento da Força Especial de Bombeiros
(FEB), Telmo José Conceição
Lopes foi vítima de doença
súbita quando praticava
exercício físico em Pernes,
concelho de Santarém, onde
residia com a esposa e uma
filha menor.
O “canarinho”, com 32
anos de idade, foi ainda sujeito a diversas manobras de reanimação até
à entrada na urgência do Hospital de Santa-
rém onde, porém, viria a ser
confirmado o óbito.
Telmo Lopes era natural
de Santarém (Marvila) ingressou na FEB em 2008,
encontrava-se no Grupo Territorial de Santarém, sediado em Almeirim, e era originário dos Bombeiros Voluntários de Pernes.
Ao comando e a todos os
restantes elementos da FEB dirigimos um forte abraço de pêsames.
CELORICO DE BASTO
Quartel perde crachá de ouro
smael Ferreira da
Graça,
bombeiro
quadro de honra dos
Bombeiros Vizela faleceu no passado mês
dezembro no Hospital
de Guimarães.
Depois de mais de
46 anos de bons serviços prestados no socorro à população; Ismael Graça continuou
ligado à causa apoiando as atividades da dos
Voluntários de Vizela, onde ingressou a
13 de novembro de 1957 como auxiliar
motorista e onde durante muitos anos
(relator) e António Ramiro Lopes Anjinho (suplente).
Após a votação, os eleitos tomaram posse e,
nesse mesmo dia apresentaram, discutiram e
aprovaram o Orçamento e Plano de atividades
para 2016.
FEB
VIZELA
I
omaram posse, recentemente, dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, numa cerimónia
a que associaram entre outras individualidades o
vereador da Proteção Civil, Rodrigo Lopes, o comandante do Posto Territorial da GNR de Paço de
Sousa bem como os representantes das nove freguesias da área de intervenção deste quartel,
bem como o comandante Adelino Correia e o corpo ativo.
Nas breves intervenções, Felismino Madeira, o
reconduzido presidente da direção, salientou a
aposta no futuro com mais formação para os operacionais e a renovação gradual da frota da corpo
de bombeiros, “de modo a que seja possível servir
cada vez melhor a população”.
Já o comandante Adelino Correia, frisou a boa
QUELUZ
O
T
T
O
Bombeiros de luto
adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, António Augusto Campos Carvalho, faleceu,
aos 49 anos de idade, vítima de doença
oncológica.
António Augusto Campos Carvalho
ingressou nos voluntários de Celorico
de Basto a 23 de abril de 1985 e foi
promovido a bombeiro de 3.ª no dia 10
de fevereiro de 1986 e a bombeiro de
2.ª a 21 de janeiro de 2006. Foi nomeado adjunto de comando no dia 30 de abril de 1997,
cargo que exerceu com toda a dedicação até a data da
sua morte.
“Trata-se de um momento muito doloroso a partida
deste nosso camarada. O Augusto
sempre deu muito de si a esta instituição, sempre vestiu a camisola com
brio, com dedicação, com sentido de
pertença. Estamos de luto e muito tristes com esta perda”, salienta Fernando
Freitas, presidente da associação.
“O Augusto sempre foi um grande
homem ao serviço desta instituição.
Sempre vestiu a farda com um sentido
de missão bem presente, sabia qual
era a sua missão e fê-la com todo o brio. Só tenho a
agradecer ter tido a honra de trabalhar com o Augusto”
destaca emocionado o comandante dos Bombeiros Celoricenses, António Marinho Gomes.
11
JANEIRO 2016
VIDAGO
ODIVELAS
hora de fecho desta edição fomos confrontados
com a notícia do falecimento
do comandante dos Bombeiros Voluntários de Odivelas, Carlos Alberto Vieira Diniz, vencido pela doença
que o atingiu e a que ao longo de muito tempo foi resistindo com evidente estoicismo.
O comandante Diniz, crachá de ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses, é
uma figura incontornável da vida e da história
dos Voluntários de Odivelas, dos bombeiros
dos concelhos de Odivelas e Loures e do próprio distrito de Lisboa.
Conhecido pela frontalidade com que expu-
nha os seus pontos de vista,
o comandante Diniz foi sempre um acérrimo defensor
do associativismo e do voluntariado.
Recentemente, no aniversário da sua Associação, foi
alvo de uma sentida e concorrida homenagem com a
atribuição do seu nome à
parada do quartel.
O comandante Diniz, a
par com o então presidente
da direção Anselmo Silva,
entretanto falecido, foi um dos obreiros da
construção do novo quartel iniciado em 1995
com o lançamento da primeira pedra e inaugurado em 1997, coincidindo com a comemoração do centenário da Associação.
Foto: Marques Valentim
À
VILA NOVA DE PAIVA
A
Bombeiros recuperam
de acidente na A7
Quartel perde referência
Juve assegura benefícios
Juvebombeiro da Associação
Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Vila Nova de Paiva protocolou recentemente
com a Câmara Municipal o acesso gratuito dos membros do
quadro ativo do corpo de bombeiros às instalações desportivas
municipais, piscina e pavilhão.
O protocolo celebrado permite
o benefício gratuito aos bombeiros de uma hora semanal nas
atividades físicas desenvolvidas
nas instalações municipais.
O objetivo desta iniciativa
promovida pela Juvebombeiro
de Vila Nova de Paiva, graças à
disponibilidade
demonstrada
pelo presidente da Câmara, José
Morgado Ribeiro, prende-se com
a importância da prática da atividade física para a própria intervenção operacional mas tam-
bém o desenvolvimento de motivação, companheirismo e espírito de equipa entre os bombeiros.
A Juvebombeiro de Vila Nova
de Paiva aponta que “durante a
última década o nosso corpo de
bombeiros tem pedido muita
massa humana”, e justifica, ora
“pela falta de emprego na região
obrigando as pessoas a ter de
sair do concelho bem como do
nosso distrito”, ora “ saídas/au-
sências que podem estar associadas à desmotivação para continuar a ser bombeiro voluntário”.
Estas dificuldades, com que
hoje os jovens se debatem, associadas ao facto dos bombeiros
verem retiradas as poucas regalias de que dispunham anteriormente garantem especial importância à iniciativa da Juve de Vila
Nova de Paiva.
FANHÕES
Associação distingue Manuel Duarte Barbosa
O
renovado salão nobre da
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Fanhões, Loures, foi pequeno
para acolher todos os que quiseram estar presentes no concerto de ano novo da banda da
instituição realizado em 10 de
janeiro último.
Na oportunidade a Associação descerrou um placa que
passa a designar a sala da banda como “Sala Manuel Duarte
Barbosa”.
“Manuel Barbosa foi assim
homenageado pelo trabalho voluntário realizado na banda há
mais de sessenta anos, como
diretor, músico e professor de
música”, explicou-nos o presidente dos Voluntários de Fanhões, Jorge Simões.
O diretor da banda é, desde
2013, detentor do crachá de
ouro da Liga dos Bombeiros
Portugueses, que lhe foi entregue pelo presidente da confederação, comandante Jaime
Marta Soares.
Em 2008, Manuel Duarte
Barbosa foi também distinguido
pela Câmara Municipal de Loures com a medalha municipal
de mérito e dedicação. E, desde
2013, é também sócio honorário da própria Associação.
Os Bombeiros Voluntários de
Fanhões, Loures, possuem uma
das três bandas de música
existentes em associações humanitárias de bombeiros voluntários do concelho. As duas
restantes encontram-se nos
Voluntários de Loures e do
Zambujal.
A par do funcionamento da
banda de música, que esteve
na origem da própria Associação, os Voluntários de Fanhões
mantém também um grupo cénico muito ativo.
A área cultural, a par da missão prioritária da prestação do
socorro, assume também uma
componente importante no funcionamento dos Voluntários de
Fanhões, tornados há muito
como principais dinamizadores
locais dessa função.
Após a transferência do corpo
de bombeiros para o novo quartel, iniciou-se o processo de recuperação do antigo quartel e
edifício sede, entretanto concluído e transformado no polo
cultural associativo por excelência.
O
s dois bombeiros da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vidago, feridos no acidente ocorrido nas portagens de Ribeira
de Pena da A7 quando transportavam um doente para o
Porto, estão em convalescença. O bombeiro de 3ª David
Pereira, que conduzia a ambulância, sofreu apenas escoriações e está a ser apoiado por
uma equipa de apoio psicossocial solicitada pelos Bombeiros
de Vidago `a ANPC. O outro
tripulante, o bombeiro de 3.ª
João dos Reis foi sujeito a uma
intervenção cirúrgica no início
da semana no Hospital de Chaves.
Do acidente há a lamentar a
morte do doente, João Alves
Pires, de 89 anos de idade. A
filha do doente, Matilde Pires,
que acompanhava o doente na
célula da ambulância, sofreu
apenas o susto.
Os Bombeiros de Vidago fizeram-se representar nas exéquias fúnebres de João Pires
Recorde-se que a ambulância dos Bombeiros Voluntários
de Vidago foi violentamente
abalroada e destruída por um
veículo pesado de mercadorias
romeno, quando circulava na
faixa da “Via Verde” em plena
praça da portagem. O pesado
hesitava em que faixa deveria
passar quando bruscamente, e
não se apercebendo da presença da viatura dos bombeiros, virou para a faixa onde estes seguiam, entalando a ambulância contra o separador
central, provocando a destruição total da mesma, a morte
do doente e ferimentos na filha
deste e nos dois bombeiros.
Ao acidente acorreram vá-
rios corpos de bombeiros voluntários, com 34 elementos e
12 viaturas, de Ribeira de
Pena, Vila Pouca de Aguiar e
Cerva, as viaturas médicas
(VMER/INEM) dos hospitais de
Chaves e Vila Real, as ambulâncias do INEM e a GNR. A todas estas entidades, a Associação dirigiu já um agradecimento pela prontidão e profissionalismo demonstrados. Tornaram
igualmente público um agradecimento pelas centenas de
mensagens de solidariedade
recebidas a propósito do acidente, inclusive do estrangeiro.
12
O
JANEIRO 2016
VIMIOSO
LOUSÃ
Inauguradas novas ambulâncias
Benemérita apoia municipais
jantar natalício organizado
em dezembro último pela
direção e pelo comando da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vimioso
foi o momento escolhido para a
apresentação de duas novas
ambulâncias de transporte que
eleva para quatro as viaturas
do género adquiridas pela instituição desde 2014.
Os novos veículos foram
benzidos na parada do quartel
pelo pároco local, padre Rufino
Xavier, também presente no
convívio que juntou os órgãos
sociais, o comando, o corpo de
bombeiros e os elementos do
Quadro Honra.
Durante o jantar o presidente da direção, Eduardo Macha-
do, agradeceu a colaboração
prestada pelo comandante do
corpo de bombeiros e sublinhou que a aquisição das viaturas só foi possível graças à atitude de todos, à orientação do
comando, ao comportamento
dos trabalhadores da Associa-
ção e ao empenhamento constante de todos os bombeiros
voluntários.
Aquele dirigente agradeceu
ainda o contributo dado por
toda a população do concelho
de Vimioso nos peditórios realizados.
CASCAIS
A
Operacionais equipam à inglesa
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Cascais iniciou o processo de
aquisição de equipamentos de
proteção individual de bombeiros (EPI) em incêndios urbanos
que irá abranger todo o corpo
ativo e que contam apresentar
publicamente no seu aniversário em junho próximo.
Trata-se de um investimento
que ronda os 200 mil euros, integralmente suportado pelo Orçamento Participativo (OP) da
Câmara Municipal de Cascais, e
que se destina a substituir os
atuais EPI cuja validade está a
ser ultrapassada.
Para substituir os velhos
equipamentos os Voluntários de
Cascais vão adquirir outros
mais modernos e mais adaptados à função, iguais aos utilizados pelos seus colegas ingleses,
australianos e de outros países.
Os velhos equipamentos se-
rão utilizados na formação inicial de bombeiros e na instrução corrente do corpo de bombeiros.
Para o vice-presidente dos
Bombeiros de Cascais, Vitor Neves, “não haja qualquer dúvida
que só graças à Câmara de Cas-
cais e ao Orçamento Participativo organizado por ela será possível concretizar este objetivo
de continuar a garantir as indispensáveis condições de segurança aos nossos bombeiros”.
Segundo o mesmo dirigente,
“a Câmara está duplamente de
parabéns, por corresponder
às necessidades concretas
das associações de bombeiros
do concelho e, por outro lado,
ao reforçar de 1,5 para 4 milhões de euros a verba disponível para o OP”.
No âmbito do mesmo OP, os
Bombeiros Voluntários de Cascais vão também adquirir uma
ambulância de socorro, que irá
substituir outra obtida há 14
anos com o apoio da Associação
de Moradores do Cobre, então
em fase de extinção e que, para
o fim escolhido, fez questão de
legar aos bombeiros a verba na
sua posse.
O
s Bombeiros Municipais da
Lousã receberam, no passado dia 18 de dezembro, 70
pares de botas que integram o
equipamento de proteção individual destinado ao combate a
incêndios urbanos, uma “prenda de natal” da benemérita Suzana Redondo.
Esta benemérita tem tido um
papel muito importante na melhoria das condições operacionais e de segurança dos Bombeiros Municipais, nomeadamente através da oferta de uma ambulância, de
um desfibrilhador e, mais recentemente, de 70
pares de botas que vão completar os equipamentos adquiridos pela autarquia.
O comandante dos Bombeiros Municipais da
Lousã, João Melo, na singela cerimónia realizada,
agradeceu a oferta de Suzana Redondo e referiu
que “este é um dia histórico para os bombeiros já
que, pela primeira vez, todos os bombeiros têm
equipamentos de proteção individual completos.
“
No uso da palavra, Suzana Redondo destacou
que “os bombeiros merecem todo o nosso respeito e carinho pelo trabalho que fazem sem olhar a
credos”. A benemérita destacou ainda os seus
pais referindo que “sem eles não poderia dar
nada”. Suzana Cardoso é filha do fundador do “Licor Beirão”.
Para o presidente da Câmara Municipal, Luís
Antunes, “este ato de Suzana Redondo e a disponibilidade que tem tido para com os Bombeiros
Municipais da Lousã, é revelador do seu lado humanista e da importância que dá à atividade dos
“soldados da paz”, devendo constituir um estímulo para que os mesmos continuem a desempenhar as suas funções com a qualidade e competência que têm revelado.”
Luís Antunes referiu ainda que, “ esta benemérita, e outros que se têm associado à melhoria
das condições de atuação dos bombeiros, como,
por exemplo, a Liga dos Amigos dos Bombeiros
da Lousã, têm sido muito importantes para complementar o esforço efetuado pela Câmara Municipal para dotar de melhores condições os Bombeiros Municipais da Lousã, que, pelo facto de
serem tutelados pela Autarquia, não têm as mesmas condições de acesso aos apoios governamentais que os Bombeiros Voluntários.”
ESMORIZ
O
Viatura completa com oferta
s Bombeiros Voluntários de
Esmoriz tiveram uma chamada “prenda no sapatinho”
com a oferta do contentor com
motobomba que completa a sua
viatura especial (VECI).
O equipamento, no valor de
50 mil euros, foi oferecido pela
empresa local “Jacinto”, propriedade do antigo comandante
e atual presidente da direção
Jacinto Oliveira.
A viatura de combate a incêndios passa assim a estar
completa e operacionalmente
disponível para o socorro.
FELGUEIRAS
O
BUCELAS
A
Retirada cobertura de fibrocimento
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Bucelas, Loures, procedeu à retirada das placas de fibrocimento que cobriam o único parque
de viaturas de combate a incêndios instalado há muito com caráter provisório.
Esta obra insere-se num projeto amplo, que teve início no
edifício principal, com melhorias
significativas no seu interior e
exterior, e que prossegue com a
criação de novos espaços para
parqueamento das viaturas.
Ambulâncias recebem
monitores de sinais vitais
s elementos do corpo
ativo dos Bombeiros
Voluntários de Felgueiras, “preocupados em
melhorar as suas condições de trabalho no sentido de melhor socorrer a
população que servem”,
deitaram mão à obra e com a promoção de uma
campanha de angariação de tampinhas e embalagens de plástico que, posteriormente, venderam, conseguiram adquirir um monitor de sinais
vitais para equipar uma das ambulâncias de socorro.
Paralelamente, a secção social da instituição,
composta também por bombeiros, com a receita
obtida com as inscrições de uma caminhada solidária, realizada em finais de 2014, oferecerem à
associação um outro monitor. Refira-se que o
montante se destinava a custear a festa de natal
dos filhos dos bombeiros, mas os soldados da paz
abdicaram do evento em benefício da instituição
que servem.
Estes e outros gestos dos operacionais tocaram
direção e comando que sublinham “o empenho e
dedicação e amor à causa” que permitiram ampliar a qualidade do serviço prestado à comunidade e dotar três viaturas de socorro de novos
meios.
“São estes exemplos que distinguem os homens e mulheres que de uma forma desinteressada abraçaram uma causa que é de amor ao
próximo, preocupados unicamente em melhorar
as suas condições de trabalho para melhor servir
e socorrer”, saliente fonte da associação.
Sensibilizado o comando solicitou, entretanto,
à direção a beneficiação das restantes ambulâncias com equipamentos idênticos e, neste momento, “ toda frota de ambulâncias de socorro”
dispõem de monitores de sinais vitais.
13
JANEIRO 2016
RSB LISBOA
Novas viaturas e equipamentos de proteção
O
Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) conta com
cinco novos veículos de socorro. O
momento foi assinalado numa cerimónia pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina,
que acompanhado pelo vereador da
Segurança e Proteção Civil, Carlos
Manuel Castro, e na presença do comandante Rui Patrício, tomou contacto com as novas viaturas e entregou
simbolicamente novos equipamentos
de proteção individual e farda de trabalho.
São três veículos ligeiros de combate
a incêndios (VLCI) e dois de socorro e
assistência tática (VSAT) que rondam o
valor de 150 mil euros.
Este ano o RSB deverá receber mais
uma dezena de VLCI e uma plataforma.
Fernando Medina lembrou a “história
de excelência ao serviço da cidade e
dos lisboetas” pelo RSB e que o edil defendeu querer manter. Segundo o au-
tarca, os indicadores de desempenho
em 2015 mostram “um regimento à altura da cidade” e lembra ainda os prémios internacionais alcançados, particularmente o prémio mundial de salvamento e desencarceramento.
É esta “excelência de profissionais”
que Medina quer manter e melhorar.
Por isso o edil frisou que tem vindo a
ser desbloqueado um conjunto importante de investimentos para dotar o regimento de melhores condições, que,
para além das viaturas e dos equipamentos de proteção agora entregues,
inclui a requalificação e construção de
novos quartéis A concentração dos serviços e do comando em Chelas vai
avançar e já estão em fase de construção novos quartéis, designadamente o
do Martim Moniz e o da Alta de Lisboa,
conforme anunciámos na nossa última
edição.
O vereador Carlos Castro referiu o
investimento previsto de 31 milhões de
euros para os próximos anos, lembrando que a taxa municipal de proteção
civil constitui um instrumento fulcral
para a “autonomização e sustentabilidade dos serviços”. O vereador exemplifica com o custo unitário dos equipamentos de proteção individual entregues, a rondar os 800 / 900 euros,
lembrando que são cerca de 800 sapadores bombeiros e que a durabilidade
dos equipamentos é de dois a três
anos.
LORDELO
A
IDANHA A NOVA
O
Novos meios chegam ao quartel
s Bombeiros de Idanha-a-Nova apresentaram, recentemente, à população as quatro
novas viaturas que equipam o quartel, designadamente, uma Ambulância de Transporte de Doentes (ABTD), um Veículo de Apoio Logístico Especial (VALE), um outro Veículo de Comando Tático
(VCOT) e ainda um Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes (VDTD
Para o êxito deste processo de renovação e reforço da frota, concretizado no último semestre de
2015, muito contribuíram a Câmara Municipal de
Idanha-a-Nova e a empresa Transportes de Mercadorias Ramos Dé, que financiaram, respetivamente, a ABTD e o VALE. . O VCOT foi adquirido
com o apoio da Junta de Freguesia da União de
Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes, sendo
que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova custeou o VDTD.
Estas viaturas estiveram, no passado mês de
dezembro, em exposição junto ao quartel numa
ação que contou com a presença do comandante
João Costa, do segundo comandante Tiago Neto e
o adjunto Marco Martins, bem como do presidente
da direção, Armindo Jacinto.
Com este investimento pretendem os Bombeiros de Idanha-a-Nova “aumentar a capacidade de
resposta e servir ainda mais e melhor a comunidade e população utente”.
Autarquia patrocina crescimento
Câmara Municipal de Paredes
celebrou um protocolo com a
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lordelo,
para a atribuição de uma verba
próxima dos 224 mil euros para a
concretização das desejadas obras
de ampliação do seu quartel.
A verba atribuída aos Bombeiros Voluntários de Lordelo será repartida por 50 mil euros a pagar
em 2016 com o arranque da obra
e os restantes quase 174 mil euros em 2017.
No âmbito da cerimónia protocolar celebrada no salão nobre do
quartel dos Bombeiros Voluntários
de Lordelo, o comandante do corpo de bombeiros, Pedro Alves, fez questão de agradecer o
apoio e referir a importância deste investimento para o desenvolvimento daquela associação
humanitária.
A cerimónia contou com a presença, do presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso
Ferreira, do vereador da proteção civil, Manuel
Rocha, do presidente da assembleia geral da
instituição, Filipe Carneiro, do presidente da direção, Manuel Costa, do presidente da Junta de
Freguesia de Lordelo, Nuno Serra, do comando
e de todos os elementos do corpo ativo e do
quadro de honra.
O presidente da direção, Manuel Costa, referiu os marcos mais importantes dos 11 anos
que passou à frente dos desígnios da instituição, agradecendo igualmente o “importante
contributo” da Câmara Municipal de Paredes
para o desenvolvimento dos Bombeiros Voluntários de Lordelo.
FAMALICENSES
Terreno viabiliza ampliação
N
o passado dia 13 de janeiro, foi celebrada, no cartório notarial,
a escritura de um terreno com cerca de 2 mil m2, destinado “a
uma futura ampliação” do quartel dos Bombeiros Famalicenses.
Este “importante investimento”, como salienta fonte da direção
da associação, viabiliza “o crescimento das áreas operacionais” ou
a até a instalação de outras valências. Nesta parcela de terreno, na
Rua Conselheiro Santos Viegas, poderão ainda “constituir-se novas
formas de financiamento das atividades desta instituição”, nomeadamente do corpo de Bombeiro.
Manuel Costa, em final de mandato, fica indissociavelmente ligado à história dos Voluntários de Lordelo e a medidas que constituíram o
seu desenvolvimento na sua gerência. A obtenção de equipamentos de proteção individual, a nova central de comunicações, as novas camaratas e a renovação da frota de viaturas, 14 no total ( VUCI, VCOT, VSAT, ABSC,ABTM
e VET)
O presidente da Câmara, Celso Ferreira, encerrou a cerimónia de assinatura do protocolo
começando por enaltecer o trabalho realizado
pela atual direção. “Neste 11 anos em que Manuel Costa tem estado à frente da corporação,
os Bombeiros Voluntários de Lordelo passaram
de uma das piores associações do concelho a
estar ao nível das melhores”, salientou. Anunciou, a propósito, a intenção da Câmara de atribuir a Manuel Costa a medalha de ouro do Município de Paredes no próximo feriado municipal.
14
JANEIRO 2016
BATALHA
Novo ciclo traz mudanças
Nos últimos dois anos, a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários da
Batalha tem vivido uma espécie de
revolução tranquila, que mobiliza dirigentes
e operacionais, no desígnio comum de
acrescentar critérios de excelência ao
serviço prestado às populações neste
concelho do distrito de Leiria.
Neste novo ciclo de todas as mudanças,
preparação, motivação, entrega e união,
mais que meras palavras de ordem são
divisas que todos, dentro e fora do quartel,
tudo fazem por honrar.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
É
sob o espetro da mudança
que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha se dá a conhecer. Direção e comando uniram
esforços para dar novo rumo à
instituição, conseguindo desde
logo mobilizar o corpo ativo,
ávido em contribuir para o engrandecimento e dignificação
da causa.
Identificadas as necessidades, consideradas as expectativas dos cerca de 100 homens e
mulheres que servem o quartel-sede e a secção destacada se
S. Mamede, restou à equipa encabeçada por Francisco Freitas
“arregaçar as mangas” e trabalhar, muito e em várias frentes.
Era necessário formar, equipar e garantir os meios imprescindíveis para a qualidade do
serviço prestado pelos bombeiros, conforme sublinha o comandante Fernando Oliveira,
considerando que, em curto espaço de tempo, “muito já foi
feito”,
Em apenas dois anos a direção investiu na aquisição de novos equipamentos de proteção
individual, em material de desencarceramento e intervenção
urbana, uma ambulância de
transporte de doentes, e ainda
num de trator e ainda em dois
geradores. Em paralelo, apostas na formação dos bombeiros
nas mais distintas valências,
que aliás permitiu a criação de
uma equipa de Salvamento em
Grande Ângulo. Esta “intervenção de fundo” contemplou tam-
bém melhoramentos no quartel
e a modernização do sistema
informático.
Para uma segunda fase, está
ainda prevista a subsituação do
veículo de comando que apresenta problema de segurança, e
o início do processo de renovação do parque de viaturas, uma
aspiração justa, mas ainda demasiado onerosa, que só poderá
ser concretizada ao abrigo de
programas de financiamento.
“Tem de facto, a direção tem
estado sempre atenta e disponível para dar resposta às solicitações do corpo de bombeiros”,
reconhece o comandante, sublinhando que “apesar das despesas de funcionamento serem
grandes, tem havido investimento.
“Estamos cá há pouco tempo,
mas não nos falta vontade de
trabalhar, de deixar obra”, sustenta e acrescenta o presidente.
Outra das prioridades desta
equipa assenta na projeção da
instituição para o exterior, apostando na recuperação da notoriedade perdida nos últimos
anos.
“Temos agendados vários
eventos, com o intuito de dar visibilidade à instituição, algo que
estava adormecido… ou nunca
existiu”, assinala Francisco Freitas, defendendo que “os tempos
mudam e os bombeiros têm que
se adaptar às novas realidades”
e que essa projeção para o exterior poderá, mesmo, despertar os mais jovens para a causa”, reforça o dirigente dando
conta de ações em escolas, empresas e instituições concelhias,
no âmbito da proteção civil e
dos primeiros socorros, que
“permitam formar e envolver a
comunidade”.
“Estamos a trabalhar para o
futuro, tentando passar a mensagem de que esta equipa está
a trabalhar em prol dos cerca
de 16 mil habitantes do município”, afirma o presidente, ainda
que reconheça ser esta uma
missão espinhosa, porque na
realidade a associação, “durante muitos anos, esteve afastada
da população, nunca se deu a
conhecer”
Direção e comando salientam
a parceria com a Câmara Municipal da Batalha, que embora
sempre atenta aos problemas
dos bombeiros, colabora “com o
que pode, até porque são muitas as limitações orçamentais
do município”. Os apoios escasseiam, ainda assim, Francisco
Freitas não esquece alguns contributos, ainda que pontuais,
das quatro juntas de freguesia
do concelho, da Caixa Agrícola,
e de “uma meia dúzia de empresas locais”.
“As empresas começam a
despertar para a realidade dos
bombeiros e, sempre que solicitadas, colaboram com associação, não com verbas pecuniárias, mas em géneros, com
equipamentos ou materiais”,
reforça o dirigente.
O voluntariado é, sem dúvi-
da, o ativo mais valioso desta
instituição com 38 anos de existência, segundo realça o comandante falando de um grupo
“muito ativo, que se empenha,
que se orgulha de ser bombeiro”, e ainda assegura “todo o
serviço noturno”. Ainda assim,
Fernando Oliveira, revela preocupações, denunciando a crescente dificuldade em recrutar
novos bombeiros, uma questão
que direção e comando vão tentar ultrapassar com trabalho
nas unidades de ensino local e
ainda promovendo “iniciativas
várias” que permitam despertar
o interesse dis mais jovens pela
“vida de bombeiro”.
A missão não é fácil, mas
esta equipa tem conseguido superar os obstáculos com uma
estratégia mobilizadora cujo
sucesso depende da entrega de
todos, dirigentes e bombeiros
que, na verdade, tiveram um
papel preponderante neste auspicioso ciclo de mudança que
promete dar novo alento aos
Voluntários da Batalha.
15
JANEIRO 2016
ESTORIL
Hugo Santos é o novo comandante
H
ugo Santos, atual segundo
comandante dos Bombeiros
Voluntários dos Estoris, Cascais, vai ser o novo comandante
daquele corpo de bombeiros
aguardando-se para breve a
sua posse.
A decisão de nomeação foi
apresentada pela direção da
Associação Humanitária dos
Bombeiros dos Estoris e depois
homologada pela Autoridade
Nacional de Proteção Civil.
Hugo Santos, 36 anos, in-
gressou nos Bombeiros dos Estoris em 1993 e, há quatro anos
foi nomeado segundo comandante do corpo de bombeiros.
Sucede ao comandante Carlos
Coelho.
Hugo Santos é técnico do departamento de apoio operacional da Autoridade Nacional de
Proteção Civil desde 1999 e,
também, tem exercido funções
como coordenador técnico na
área de formação na Escola Nacional de Bombeiros (ENB).
PAREDES
Quartel acolhe
11 novos elementos
LOUSADA
Convite trava saída do país
A
lbano Teixeira é o novo comandante dos Bombeiros
Voluntários de Lousada. A sua
posse decorreu recentemente
e correspondeu à conclusão do
processo de reorganização do
corpo de bombeiros.
O empossado tem 42 anos,
é engenheiro de proteção civil
e formador da Escola Nacional
de Bombeiros e, já anteriormente, aos 34 anos, havia
ocupado a função de comandante dos bombeiros da sua
terra de naturalidade, Vila
Meã. A sua ligação aos bombeiros data da sua adolescência quando, com o seu pai,
também bombeiro, começou a
trilhar o caminho nos Voluntários de Vila Meã. Exerceu também funções nos órgãos sociais da Federação de Bombei-
ros do Distrito do Porto durante dois mandatos e no
estado-maior do comando distrital de operações de socorro
entre 2008 e 2014.
Albano Teixeira assolado
pelo desemprego preparava-se para rumar para África
quando a atual direção dos Voluntários de Lousada o convidou para ocupar o lugar de comandante.
Tido como um excelente técnico na sua especialidade, Albano Teixeira viu-se interpelado pelo vice-presidente da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
José Miranda, presente na cerimónia e seu antigo companheiro como presidente federativo, lançando-lhe o desafio
que, “com o currículo que tens
não podes falhar”.
PORTIMÃO
O
Estrutura ganha adjunto
comando dos Bombeiros
Voluntários de Portimão
conta com um novo adjunto,
bombeiro desde 1988, Luis Miguel Gil Mestre, cuja posse decorreu recentemente.
A posse do novo adjunto,
proveniente da carreira de oficial bombeiro e licenciado em
Enfermagem e pós-graduado
em Riscos, Planeamento e Proteção Civil, coincide com a homologação do novo quadro de
pessoal do corpo de bombeiros
e a sua consequente elevação à
tipologia máxima de dotação
de efetivos, mais de 120 no ativo.
Luís Mestre passa a ter sob a
sua responsabilidade, entre outras áreas, a intervenção no domínio da saúde, incluindo a
emergência pré-hospitalar e a
saúde ocupacional dos bombeiros, bem como, o salvamento
em grande ângulo e o salvamento aquático e mergulho.
A par da posse do novo adjunto o comandante Richard
Marques aprovou a inclusão na
carreira de oficial-bombeiro a
Paulo Moleiro da Silva, após
concluído o processo de avaliação de competências respetivo,
concluindo-se assim a dotação
de toda a cúpula da estrutura
operacional do corpo de bombeiros.
Paulo Moleiro foi entretanto
nomeado chefe da área da Logística e Meios Especiais do Núcleo de Apoio e Estado-Maior.
ANGRA DO HEROÍSMO
O
dia do jantar de Natal da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes, foi o escolhido para que 11 novos
elementos da escola de formação 2013/2015 fizessem o juramento
de bandeira.
“Há já nova turma em formação com mais 25 elementos que
vêm da escola de infantes e cadetes e que vão ‘alimentando’ o corpo ativo”, explica o comandante dos Bombeiros de Paredes, José
Luís Morais. “O futuro está garantido”, acrescenta, dizendo que a
“corporação está bem e recomenda-se”.
Em termos de equipamentos, a instituição também está bem
servida. Falta a muito ansiada autoescada para combate de incêndios urbanos.
“Vamos continuar a lutar. Existe a garantia da direção que, independentemente do apoio ou não do Estado, ela vai vir antes de
terminar o mandato”, adianta o comandante.
Em dia de festa, o presidente da direção da associação humanitária, Mário Sousa, diz, com visível orgulho, que a instituição tem
uma situação financeira equilibrada e sustentada.
“Fechamos o ano com dívida zero. E voltamos a gratificar os nossos 17 assalariados.”, garante, salientando os investimentos feitos
nos últimos anos, que ascendem aos 1,7 milhões de euros, que
traduzem obras de ampliação e remodelação do quartel, viaturas,
fardamento e na valorização de corpo de bombeiros que conta
atualmente com .93 operacionais.
VERDADEIRO OLHAR (TEXTO E FOTOS)
Completado o quadro de comando
O
quadro de comando dos Bombeiros Voluntários de Angra do
Heroísmo, Terceira - Açores, liderado por Luís Picanço acaba
de ser completado com as posses do segundo comandante e dos
dois adjuntos.
O lugar de segundo comandante, deixado vago pela saída de
Rúben Tosta a seu pedido, acaba de ser preenchido pelo anterior
adjunto, Jorge Silva. Para adjuntos do comando, em regime de
substituição, foram indicados os subchefes Cláudio Dias e João
Direitinho.
A proposta apresentada pelo comandante à direção da Associação, foi aceite por esta e sujeita a homologação favorável do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
FERREIRA DO ZÊZERE
N
Reforço de chefias
o âmbito do programa na
instrução contínua anual
dos Bombeiros Voluntários de
Ferreira do Zêzere foram, recentemente, promovidos categoria de chefe, Vítor Carvalho,
e de subchefe, Isabel Abalde
que, registe-se, é a primeira
mulher a ocupar um lugar no
quadro de chefias.
CAMPO MAIOR
ALGARVE
Comandante reconduzido
Mais de meia centena prestam provas
O
comandante dos Bombeiros
Voluntários de Campo Maior
acaba de ser reconduzido para
uma nova comissão de cinco
anos.
O comandante Alexandre Miguel Fonseca Carvalho mereceu
a decisão unanime da direção,
liderada por José Alberto Sabino Carvalho, entretanto, já comunicada à Autoridade Nacional de Proteção Civil, através do
comando distrital de Portalegre.
O
s 59 estagiários de vários corpos de bombeiros do Algarve prestaram recentemente provas relativas ao curso inicial de bombeiro.
As provas decorreram em Loulé e incluíram um processo de avaliação,
com teste escrito, bancas práticas de incêndios florestais e incêndios
urbanos/industriais, a utilização do equipamento de proteção individual e manobras no âmbito das operações de proteção e socorro.
As provas foram orientadas por um júri que incluiu, o comandante
operacional de agrupamento distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Vaz Pinto, um representante da Escola Nacional de Bombeiros e o respetivo comandante de corpo de bombeiros.
No caso dos Voluntários de Portimão chegou-nos a informação que
todos os elementos propostos às provas concluíram com aproveitamento o curso inicial de bombeiro.
16
JANEIRO 2016
CACIL
A
Ministra estreia-se em c
ministra da Administração Interna (MAI), Constança Urbano de Sousa,
acompanhada do secretário de
Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, estreou-se
numa cerimónia de bombeiros,
desde que tomou posse, ao
presidir às comemorações do
125.º aniversário da Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cacilhas, Almada.
Esta cerimónia contou também com a presença do presi-
A
dente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, que durante a cerimónia convidou a
governante a acompanhá-lo na
atribuição do crachá de ouro da
confederação ao chefe Carlos
José de Oliveira Pinto.
As comemorações iniciaram-se se em setembro último e
concluem-se no próximo sábado, 30 de janeiro. Mas o seu
ponto alto, por certo, foi o que
coincidiu com a sessão solene e
todos os momentos que se associaram.
O arranque da cerimónia ficou marcado pela inauguração
de quatro novas viaturas, um
autocarro cedido pela empresa
TST, e mais três, uma para
combate a incêndios florestais,
outra para socorro nas praias e
ainda outra para salvamento
em grande ângulo e resgate.
Estas três, segundo sublinhou o
comandante Miguel Silva, ficam
a dever-se em muito ao apoio
continuado da Câmara Municipal de Almada, com alusões expressas ao atual presidente da
edilidade, Joaquim Judas, e à
sua antecessora, também presente, Maria Emília de Sousa.
O presidente da direção e
antigo comandante, Clemente
Mitra, reforçou esse agradecimento e lamentou os resultados da recém-publicada lei do
financiamento das associações
e da falta de informação sobre
a disponibilidade, ou não, de
verbas comunitárias até 2020
admitindo que o que possa vir
a ser disponibilizado “não passará de uma gota de água em
face dos projetos já elaborados
e os custos suportados pelos
bombeiros para tal”.
A sessão solene foi marcada
também por uma cerimónia
marcante relativa à mudança
do antigo crachá da Associação
por outro mais moderno, efetuada por todos os bombeiros
presentes na sala.
A colocação da medalha de
mérito de proteção e socorro,
grau ouro e distintivo azul do
MAI no estandarte da Associação foi outro momento alto,
bem como a promoção de um
grupo de 9 novos bombeiros
de 3.ª, maioritariamente feminino, composto pelo Bruno
Leal, Marisa Dias, Melissa Soares, Jénica Rodrigues, Renato
Mitra, Diogo Freitas, Carolina
Soares, Filipa Silva, Vera Costa, Rui Monteiro, e Tiago Gon-
Público agradecimento
ministra da Administração Interna,
sublinhou que “é um dever de toda a
sociedade reconhecer a importância das
associações humanitárias de bombeiros
voluntários, como agentes do exercício
permanente dos valores da solidariedade, da fraternidade e da abnegação de
quem dá vida pelo próximo”.
Constança Urbano de Sousa, que falava na sessão solene comemorativa do
125.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, frisou que “às mulheres e homens da corporação de bombeiros que hoje homenageamos devo uma
especial palavra de público agradecimento”.
A ministra apontou que “para além do merecido louvor, o Governo continuará a desenvolver todos os esforços para que sejam reforçados os meios existentes e melhoradas as condições
de trabalho dos bombeiros em Portugal, nomeadamente dos
bombeiros voluntários”.
Constança Urbano de Sousa adiantou que, “não esquecendo
que muito ainda há a fazer para melhorar os serviços de proteção e socorro em vários níveis, para que se garantam cada vez
melhores índices de resposta em situações de emergência, gostaria de deixar uma palavra de incentivo para que, juntos e em
parceria, possamos dar o nosso melhor pela salvaguarda da vida
e dos recursos dos cidadãos”.
GOUVEIA
O
s Bombeiros Voluntários de Gouveia promoveram no final do ano transato a cerimónia de
inauguração da ampliação e remodelação do quartel e anunciaram para breve a instalação do seu
museu.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) fez-se
representar no ato pelo seu vice-presidente, Gil
Barreiros, antigo presidente da associação e da federação de bombeiros da Guarda.
O custo final da obra ronda os 400 mil euros,
suportados por fundos comunitários em cerca de
250 mil euros.
A propósito, o presidente da direção da Associação, José Maria Vicente Pereira, adiantou durante
a cerimónia que estão ainda “à espera da aprovação do acréscimo de financiamento de 5 por cento
Inaugurada ampliação do quartel
do custo total da obra que é de cerca de 15 mil
euros”.
Apesar das sucessivas intervenções feitas nas
instalações ao longo de anos, segundo aquele diri-
gente, as obras agora concluídas eram consideradas determinantes para a garantia de condições de
funcionamento do quartel construído há 40 anos.
O comandante Carlos Manuel Soares reforçou a
importância e urgências daquelas medidas e manifestou-se satisfeito com as condições que a ampliação e remodelação do quartel agora vai permitir.
17
JANEIRO 2016
LHAS
cerimónia de bombeiros
çalves. Procedeu-se também à
promoção a 1.ª do bombeiro
Carlos Guerra.
Realce também para a homenagem aos atuais, comandante Miguel Silva e segundo
comandante Jorge Paulo, respetivamente, com as medalhas
de agradecimento da Associação do grau ouro e prata.
Durante a sessão solene o
presidente da Câmara Municipal de Almada procedeu à oferta simbólica de 4 equipamentos de proteção individual para
incêndios urbanos.
Além das personalidades já
referidas, a sessão solene contou ainda com a participação,
do presidente da Assembleia
Municipal, José Manuel Maia,
do presidente da ANPC, major
– general Grave Pereira, do
comandante nacional de socorro da ANPC, José Manuel
Moura, do comandante de
Agrupamento Sul da ANPC,
Elísio Oliveira, do presidente
da Reviver Mais, Luis Miguel
Batista, do antigo presidente
da LBP, Duarte Caldeira, do
presidente da Federação de
Bombeiros de Setúbal, comandante José Raimundo, do ve-
reador da proteção civil municipal, Rui Martins, da comandante distrital de socorro de
Setúbal da ANPC, Patrícia Gaspar, do segundo comandante
distrital Rui Costa, do presidente da União de Freguesias
de Almada Cova da Piedade
Pragal e Cacilhas, Ricardo Louça, acolhidos, pelo presidente
da assembleia-geral da instituição, Lourenço Batista, e
restantes membros dos órgãos sociais e do comando.
Presidente da LBP lança alerta
Museu pode arrancar
“N
O
presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas, assegurou na sessão
solene comemorativa do 125º aniversário dos
Voluntários de Cacilhas que estão reunidas as
condições para a criação do Museu dos Bombeiros de Almada, tão desejado pelas três associações de bombeiros do concelho (Almada,
Cacilhas e Trafaria).
O novo museu, por que os bombeiros tanto
lutaram durante anos, vai finalmente ser uma
realidade e muito próximo do quartel dos Voluntários de Cacilhas. Irá localizar-se num armazém devoluto contíguo àquele quartel e irá
receber o espólio museológico das três associações que constitui, aliás, um dos acervos
mais ricos do país, quer em viaturas antigas,
quer em equipamentos e outros testemunhos
históricos.
ão somos nenhuma força corporativa
nem sindical e, em circunstância alguma, deixaremos que a Liga dos Bombeiros
Portugueses como legítima representante dos
Bombeiros de Portugal, possa ser secundarizada ou posta em causa por forças corporativas, ou pseudo associações que se tentam assumir como representantes deles” alertou o
presidente da LBP no decurso da sessão solene comemorativa do 125.º aniversários dos
Bombeiros Voluntários de Cacilhas dirigindo-se à ministra da Administração Interna,
Constança Urbano de Sousa, ali presente.
O comandante Jaime Marta Soares, assegurando à governante franqueza e espírito construtivo no trato “olhos nos olhos”, adiantou
ainda que, “não deixaremos de chamar a
atenção para aquilo que possa por em causa
ou pretenda sobrepor-se àqueles que legitimamente representam os bombeiros portugueses”.
O presidente da LBP fez questão de sublinhar que a confederação a que preside não é
nenhuma força corporativa nem sindical nem
se confunde com ditas associações que se dizem representativas “não sei de quê”.
O comandante Jaime Soares saudou a ministra, para que “venha em boa hora”, e que
saiba encarar as associações de bombeiros
como uma organização da sociedade civil “que
se auto organizou para dar ao país aquilo que
era necessário para a segurança das vidas e
dos haveres das populações”, lembrando que,
por tudo isso, “estas estruturas têm que ter
um tratamento especial”.
A propósito, o presidente da LBP lembrou
estar a falar de um exército ativo, o maior,
que farda de soldados da paz, constituído por
mais de 30 mil mulheres e homens no quadro
ativo e comando, outros tantos no quadro de
reserva e honra, com mais de 8 mil dirigentes
e 1,2 milhões de associados.
18
JANEIRO 2016
AMADORA
Confederação de coletividades distingue bombeiros
A
Confederação Portuguesa de Coletividades de
Cultura Recreio e Desporto (CPCCRD) atribuiu
à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Amadora a sua medalha e diploma de
agradecimento. A entrega, feita pelo presidente
da Confederação, Augusto Flor, decorreu durante
a sessão solene comemorativa do 111º aniversário da Associação.
Por seu turno, esta atribuiu à presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, a medalha de serviços distintos grau ouro.
A sessão foi ainda marcada pela entrega de
louvores a um conjunto significativo de bombeiros. Realce para o facto de terem recebido aquela
distinção três membros da mesma família repre-
sentada no corpo de bombeiros por quatro gerações.
Decorreu também a promoção a chefe do bombeiro Nuno Miguel Silva Rodrigues e a bombeiro
de 3ª dos estagiários: André Cardoso, Ana Teresa
Cruz, Filipa Marcelino, Eliezer Gomes, Sérgio
Monteiro, Magda Braga, Laura Bibiloc e Nelson
Ferreira.
No âmbito das medalhas de assiduidade da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), foram
distinguidos, com a de 20 anos, o bombeiro de
2.ª José Carlos Campos, com a de 15 anos, o
bombeiro de 1.ª Carlos Jorge Santos e os bombeiros de 2.ª Filipe Monteiro e Lúcia Silva, com a
de 10 anos, os bombeiros de 3.ª Tiago Bonifácio,
João Cardoso e Jorge Salgado (entregues por 3
comandantes do QH presentes), e com a de 5
anos, os bombeiros de 3.ª Tomás Nhatelo, Vitor
Hugo Silva e Tânia Galveia.
A sessão solene foi presidida pela presidente
da Câmara e contou com as presenças, do vogal
do conselho executivo da LBP, Rama da Silva, do
comandante de agrupamento sul da ANPC, comandante Elísio Oliveira, do vice-presidente da
Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa,
comandante Pedro Araújo, comandante distrital
operacional da ANPC, Carlos Mata, do presidente
do Sindicato dos Bombeiros Profissionais, Sérgio
Carvalho, do comandante municipal da proteção
civil, Luís Carvalho, acolhidos pela presidente da
direção, Maria Alcide Marques, pelo presidente da
assembleia-geral, António Carixas, pelo presidente do conselho fiscal, José Fernandes, e restantes órgãos sociais, e ainda pelo comandante
Mário Conde e restante comando.
VILA REAL
A
Associação
Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
da Cruz Branca de Vila Real comemorou no início do corrente
mês o seu 119.º aniversário,
com a promoção de bombeiros
e imposição de divisas aos novos elementos que passaram a
integrar o corpo de Bombeiros.
As comemorações do aniversário prolongaram-se até ao
dia 10 de janeiro, com um programa que sofreu algumas alterações, devido às condições
meteorológicas adversas que
se fizeram sentir naquele fim
de semana.
Após o tradicional toque de
Cruz Branca comemora 119 anos
alvorada, seguido do toque de
continência à bandeira da Associação, a formatura geral
prestou homenagem aos bombeiros, diretores e sócios falecidos, com a intervenção do
reverendo padre João Corralejo, capelão dos Bombeiros da
Cruz Branca, seguido da colocação de uma coroa de flores
junto da pira.
Após a receção às entidades
convidadas, que contou com a
presença do presidente da Escola Nacional de Bombeiros,
José Ferreira, do vogal do conselho executivo da Liga dos
Bombeiros Portugueses, co-
mandante José Luís Morais, do
comandante distrital de operações de socorro da ANPC, Álvaro Ribeiro, seguiu-se a cerimónia de imposição de distinções
honoríficas a bombeiros e a órgãos sociais.
O programa contou, ainda,
com a bênção e batismo de
duas novas viaturas operacionais, a oferta de uma imagem
de S. Marçal ao corpo de bombeiros, por parte do Bombeiro
de 1ª, João Leite, no Quadro
de Reserva, emigrado no estrangeiro e o descerramento
de duas placas comemorativas. Uma, que identifica a Cruz
Branca como Base de Apoio
Logístico Permanente, cujo
protocolo foi assinado entre a
Autoridade Nacional de Proteção Civil e esta Associação.
Uma segunda placa, que a
identifica como Unidade Local
de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, cujo protocolo foi assinado entre a referida Escola e a Cruz Branca de
Vila Real.
Após a celebração da eucaristia na igreja da Capela Nova,
a cerimónia prosseguiu junto
aos paços do concelho, com a
apresentação de cumprimentos à Câmara Municipal de Vila
Real.
As comemorações encerraram com um almoço convívio,
no Hotel Miracorgo que reuniu
o corpo ativo, dirigentes, associados e convidados.
BRASFEMES
Voluntários recebem, medalha de ouro da cidade de Coimbra
E
m dia de aniversário, quando se aasinalam 76
anos de entrega e serviço á causa pública, os
Bombeiros Voluntários de Brasfemes foram agraciados com a Medalha de Ouro da Cidade de
Coimbra, tendo Manuel Machado, presidente da
câmara municipal, afirmado que a distinção resulta do reconhecimento do trabalho desenvolvido pela instituição.
No decorrer da sessão solene todos os oradores falaram da justiça da atribuição do galardão
máximo da cidade aos Bombeiros de Brasfemes,
aprovada pelo executivo coimbrão. por unanimidade e aclamação, em maio do ano passado.
Na ocasião, o comandante Acácio Monteiro, depois de abordar várias temáticas, falou de injus-
tiça para exigir a reposição da isenção de taxas
moderadoras aos bombeiros, da mesma forma,
José Requeijo, em representação da Liga dos
Bombeiros Portugueses defendeu também defendeu a redução de IMI como um incentivo à fixação dos operacionais nas suas povoações.
Em nome da LBP o comandante José Requeijo
sustentou a importância de garantir a presença
da confederação no Conselho Económico e Social.
O Comandante Operacional Distrital, Carlos Tavares, fez uma retrospetiva da atividade dos
bombeiros no distrito de Coimbra e fora dele, deixando um vincado elogio à ação e apoio que os
Voluntários de Brasfemes dão ao CDOS Coimbra.
Na ocasião, foram agraciados com medalhas
de assiduidadde da LBP 11 elementos quadro ativo que completaram 5, 10, 15 e 25 anos de serviço prestado.
O programa festivo que teve ainda como momento alto a bênção e inauguração de duas viaturas, uma de comando e outra de florestal, contemplou ainda a romagem ao Cemitério de Brasfemes, seguida de missa, e o tradicional desfile
apeado e motorizado no qual brilhou a academia
de infantes e cadetes.
Matracaram presença nas comemorações, entre outras individualidades para além os presidentes da câmara e assembleia municipal de
Coimbra e da Junta de Freguesia de Brasfemes, o
Comandante Operacional Distrital de Coimbra, os
comandante José Requeijo, da Liga Bombeiros
Portugueses e Fernando Jorge da Federação
Bombeiros Distrito de Coimbra.
19
JANEIRO 2016
BOTICAS
“Os jovens querem vir para os bombeiros”
A Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Boticas apresenta-se como
uma instituição viva, inserida na
comunidade, plenamente adaptada à
realidade e às exigências do território,
preparada para atender às solicitações da
população, disponível para enfrentar os
crescentes desafios do setor, que exigem
melhores meios e operacionais
devidamente preparados.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
À
chegada à Boticas, uma
das pérolas do distrito de
Vila Real, a equipa do
jornal Bombeiros de Portugal é
recebida pelo edil, porém na
qualidade de presidente da direção dos Bombeiros de Boticas, mas ainda assim o anfitrião mais habilitado para dar
conta da realidade deste município, onde a associação se assume como referência.
Fernando Queiroga, rapidamente, despe a farda de autarca para, orgulhosamente envergar a de bombeiro, porque,
apesar de hoje ocupar a cadeira da presidência, já passou
pelo quartel e, durante uma
década, trajou de soldado da
paz.
O nosso interlocutor começa
por afirmar que em Boticas não
faltam voluntários para causa,
ao contrário do que sucede em
cada vez mais corpos de bombeiros de norte a sul do país.
“Em Boticas os jovens querem vir para os bombeiros” enfatiza o dirigente, atribuindo ao
comando e no corpo ativo a
responsabilidade pelo sucesso
das campanhas de recrutamento, que resulta do trabalho
desenvolvido no terreno com a
promoção de ações várias que
permitem como que descentralizar o quartel e levar a realidade dos bombeiros povoação a
povoação.
“Interessados não faltam”,
reforça o comandante Carlos
Gonçalves, reconhecendo, contudo, problemas ao nível da
formação que acabam por prolongar em demasia o curso de
instrução inicial e criar alguma
desmotivação nos jovens.
O responsável operacional
vai mais longe e diz que a formação chega a “conta-gotas” a
Vila Real, garante que esta é
uma questão transversal que
afeta todas as valências da preparação e de progressão na
carreira e que durante 2015.
“Os Voluntários de Boticas
não foram beneficiados com
qualquer ação de formação”,
garante o comandante, restando-lhes recorrer às vagas disponibilizadas pelos congéneres
do distrito. Nesta matéria Fernando Queiroga recusa apontar
o dedo acusatório à Escola Nacional de Bombeiros, preferindo antes atribuir responsabilidades ao “sistema”, que não
permite que os formadores se
desloquem aos quartéis, o que
permitiria não só ultrapassar as
questões da falta disponibilidade dos voluntários, mas também reduzir custos para as associações.
Atualmente, integram este
contingente 64 operacionais,
que receberá em breve 14 novos elementos, um reforço importante que e confirma o entusiasmo dos mais jovens pela
causa, e que começa em tenra
idade, na escola de infantes e
cadetes, onde outros 16 “bombeiritos” acalentam o sonho de
socorrer, de salvar vidas
O quartel inaugurado 1981,
foi alvo, ao longo dos anos, várias intervenções e melhoramentos que permitiram adaptar
as instalações às crescentes
exigências do corpo de bombeiros. Para breve, estão previstas
obras de beneficiação do complexo que incluem a correção
de infiltrações, a substituição
do pavimento e a criação de
uma nova área de parqueamento para ambulâncias.
Fernando Quiroga (re)assume, por momentos, o papel de
presidente de câmara, para defender que as autarquias devem investir na qualidade do
serviço prestado pelos bombeiros, apoiando e colaborando
com as associações, promovendo o voluntariado. E, assim sendo, anunciou que, no âmbito de
um projeto concelhio, os bombeiros vão receber alguns benefícios, tendo destacado “descontos na fatura da água, em
licenciamentos e taxas”.
Presentemente, a associação
conta com 14 funcionários, um
quadro de pessoal que presidente e comando consideram
“ajustado” tendo em conta as
solicitações de um território
com cerca de 322 quilómetros
quadrados e com seis mil habitantes, distribuídos por 10 freguesias. Contudo, Fernando
Queiroga sublinha o importante
papel dos voluntários sempre
disponíveis para colmatar lacunas, empenhados em levar a
todos os teatros de operações
profissionalismo e prontidão.
Esta disponibilidade, bem
como a entrega só podiam ser
recompensadas com equipamentos e meios que permitam
facilitar e valorizar o trabalho
dos operacionais e, assim sendo, o comandante assegura não
existirem grandes necessida-
des, embora considere importante a aquisição de um Veículo
de Socorro e Assistência Tático
(VSAT).
Direção e comando falam
com orgulho da instituição que
granjeia apoios, não apenas da
autarquia, que garante o presidente se limita a assumir as
suas responsabilidade em matéria de proteção civil, mas
também do comércio, das instituições locais e da população.
A Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Boticas, ainda que arredada dos
grandes centros, onde tudo parece gravitar, a atuar num pequeno concelho do interior com
poucos habitantes, consegue,
ainda assim, impor-se não apenas pela resistência à adversidade, mas, sobretudo, pelas
boas práticas que permitem
manter ativa a chama do voluntariado, ateada por um grupo
de abnegados cidadãos, em
maio de 1971.
20
JANEIRO 2016
MORA
Associação distingue autarquia
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora prestaram homenagem à Câmara Municipal
com a medalha de serviços distintos
grau cobre proposta atribuir à Liga
dos Bombeiros Portugueses (LBP).
A par dessa distinção, entregue na
sessão solene comemorativa do 76.º
aniversário, foi concedido aos Voluntários de Mora na mesma altura a medalha de mérito de proteção e socorro, grau prata, distinto azul, do Ministério da Administração Interna (MAI).
O bombeiro de 1.ª António Biléu re-
cebeu a medalha de serviços distintos, grau ouro, da Associação.
Na mesma sessão foram também
entregues várias medalhas de assiduidade da Associação e LBP. Com a
de dedicação, 25 anos, da LBP, foram
distinguidos, o chefe Sérgio Calhau, o
subchefe Pedro Silva, o bombeiro de
1.ª Alfredo Pereira, e a o bombeiro de
2.ª Sérgio Arsénio.
A medalha de assiduidade, grau
ouro, 20 anos, Associação e LBP, foi
entregue, ao comandante Luís Caramujo, ao subchefe Marco Calhau e à
bombeira de 2.ª Leonor Matos. A medalha de assiduidade de 15 anos, Associação e LBP foi atribuída ao presidente da direção, Francisco Comba da
Silva, ao primeiro secretário da direção João Barnabé, ao vogal António
Nunes, ao subchefe Rui Domingos e
aos bombeiros de 1ª José Coelho e
Carlos Fernandes.
A medalha de assiduidade de 10
anos, Associação e LBP, foi atribuída,
ao vogal da direção António Duarta,
aos bombeiros de 2.ª, Nuno Cardoso,
Joaquim Barbeiro, João Godinho e Su-
sana Coelho, e aos bombeiros de 3ª,
Helena Pinto, Filipe Alexandre, Maria
João Orada e Ricardo Dias. E a medalha de 5 anos, foram distinguidos os
bombeiros de 3.ª Samuel Barbeiro e
Nuno Fortio (LBP) e ambos com José
Alvega (Associação).
Na sessão solene estiveram presentes, o presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, o
presidente da ANPC, major-general
Grave Pereira, o diretor nacional de
bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, o
vice-presidente da LBP, Adriano Capo-
te, o presidente da Federação de
Bombeiros de Évora, Inácio esperança, o comandante distrital da ANPC,
José Ribeiro, os presidentes das juntas de freguesia de Mora, Pavia Brotas
e Cabeção, e outras entidades, acolhidas pelo presidente da assembleia-geral da instituição, Marco Pires, pelo
presidente da direção, Francisco
Comba da Silva, pela presidente do
conselho fiscal, Andrea Fernandes,
pelo comandante Luís Caramujo e
restantes órgãos sociais e elementos
do comando.
MERCEANA
Quartel recebe reforços
O
corpo de bombeiros da Associação dos Bombeiros Voluntários
da Merceana conta com mais quatro novos bombeiros, três
deles do sexo feminino. Os novos bombeiros de 3.ª são: Vânia Lourenço, Virgílio Romão, Joana Simões e Filipa Simões.
Durante a sessão solene comemorativa do 35.º aniversário da
Associação foi anunciado como Bombeiro do Ano, o bombeiro de
3.ª Virgilio Romão, promovidos a bombeiro de 1ª, Nídia Jesus e
Octávio Amaro.
Foram também distinguidos com medalhas de assiduidade da
Liga dos Bombeiros Portugueses, com 15 anos, a bombeira de 2.ª
Andreia Trovão, e com a de 5 anos, João Pedro, Vanessa Roque,
Valter Casais e Cláudia Vale.
Durante a sessão solene procedeu-se ainda à inauguração de
uma nova viatura para transporte de doentes.
A sessão foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de
Alenquer, Pedro Folgado e contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Adelino
Gomes, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito
de Lisboa, Rui Santos Silva, do segundo comandante distrital da
ANPC, André Fernandes, o presidente da União de Freguesias de
Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, do comandante da ER nº 3 de
Montejunto, do comandante do Posto da GNR, acolhidos pela direção, restantes órgãos sociais e comando dos Voluntários da Merceana.
Antes da sessão solene realizou-se a habitual romagem ao cemitério e a celebração de uma missa em memória de bombeiros, dirigentes e associados falecidos.
ÁGUEDA
Três viaturas chegam em dia de festa
O
s Bombeiros Voluntários de Águeda (BVA) comemoraram 81 anos no dia 20 de dezembro
último, e procederam à bênção de três viaturas,
duas delas novas e batizadas com os nomes de
Fernando Saraiva, membro dos órgãos Sociais
para o triénio 2015/2017 entretanto falecido, e
da Sociedade Irmãos Miranda (SIM).
As três viaturas, duas ambulâncias de transporte de doentes (ABTD) e um autotanque, obrigaram a um investimento a rondar os 115.000
euros e serão subsidiadas com 20 mil pela Câmara Municipal de Águeda, que se fez representar
na cerimónia pelo seu presidente, Gil Nadais. Estiveram também presentes, o comandante José
Morais, membro do conselho executivo da Liga
dos Bombeiros Portugueses, o segundo coman-
dante distrital da ANPC, Pinheiro Duarte, e outros
autarcas, acolhidos pelos órgãos sociais comando
e corpo de bombeiros da instituição.
“A atribuição do nome de Fernando Jorge Saraiva - era diretor da instituição, aquando do seu
falecimento - a uma das ambulâncias, é mais do
que justificada pela sua entrega a esta casa, que
soube servir com grande dedicação e sentido de
responsabilidade”, considerou José Manuel Rolim, presidente dos Bombeiros Voluntários de
Águeda.
“O nome da SIM, que fizemos questão de associar ao renovado autotanque, é o reconhecimento
desta direção, por tudo o que a empresa tem
dado ao Bombeiros Voluntários de Águeda ao longo dos tempos”, acrescentou o mesmo dirigente,
que acaba de cumprir o primeiro ano de mais um
mandato de três anos.
“O ano de 2015 correu razoavelmente bem,
com um diminuto número de fogos florestais, que
nos apraz sempre registar; com uma gestão rigorosa da instituição ao nível financeiro, que é nosso apanágio; e com a aquisição de um novo fardamento para 75 elementos do nosso Corpo de
Bombeiros”, adiantou o mesmo dirigente.
José Manuel Rolim, que leva 14 anos acumulados como presidente, reiterou o grande propósito
para o que resta deste mandato, ou seja, “as
obras que nos permitirão transferir os atuais dormitórios, do rés-do-chão para o 1.º andar do
quartel-sede, num investimento que andará na
casa dos 400.000 euros”.
Trata-se de uma intervenção pendente de fundos comunitários e que permitirá “a construção
de 20 quartos, com duas e quatro camas em cada
um deles, e com a preocupação de dotarmos o
quartel-sede de equipamentos que nos garantam
uma maior eficiência energética”, rematou José
Manuel Rolim.
O 81.º aniversário dos Voluntários de Águeda
ficou marcado pela emoção das honras aos bombeiros falecidos, junto ao Monumento ao Bombeiro, pelo sempre apreciado desfile apeado e motorizado, pela entrega de brinquedos aos filhos dos
“soldados da paz” e do Cabaz de Natal, antes da
ceia natalícia e de aniversário que decorreu em
ambiente de fraternidade entre toda a família dos
Bombeiros Voluntários de Águeda.
21
JANEIRO 2016
LEIRIA
Voluntários são “componente fundamental”
Quase a completar 123 anos de existência,
a Associação Humanitária dos Bombeiros
de Leiria apresenta-se como uma
instituição precursora, com voz ativa no
setor, com ideias, ideais e projetos que
permitem trilhar os caminhos de futuro.
No quartel sede e nas duas secções
destacadas são mais de centena e meia de
operacionais que assumem a nobre missão
e salvar vidas, de uma forma abnegada,
mas sem descurar a preparação, o
profissionalismo e prontidão que, na
verdade, são chancela deste corpo de
bombeiros.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
carismático comandante
Almeida Lopes faz as
honras à casa com natural satisfação dá a conhecer
cada um dos espaços da sede
dos Voluntários de Leiria, um
complexo de enormes dimensões, onde nada parece faltar,
com todas as condições para
atender às exigências de um
moderno corpo de bombeiros,
que, por direito próprio, tem lugar reservado na primeira linha
da operacionalidade. Depois
desta visita guiada, o comandante faz questão de conduzir
os jornalistas às duas seções
destacadas, que na realidade,
são dois verdadeiros complexos
operacionais devidamente equipados com meios e homens,
para assegurar uma resposta
autónoma ás solicitações das
áreas do concelho que servem.
A companhia destacada de
Monte Redondo foi criada em
1992, sedeada no edifício da
junta de freguesia, tendo em
2008 ocupado espaço próprio
com todas as condições para
acolher um contingente de 30
bombeiros que asseguram o socorro, a cerca de 8 mil pessoas,
de quatro freguesias da área
Norte do concelho de Leiria.
Oficialmente constituída em
1997, a secção Santa Catarina
da Serra, situada no lugar dos
Cardosos está instalada num
moderno quartel inaugurado
em 2011, que serve as freguesias de Santa Catarina da Serra, Caranguejeira, Arrabal e
Chaínça. Cerca de três dezenas
de operacionais apoiados por
um “adequado parque de viaturas” permite aos Voluntários de
Leira garantir prontidão ao serviço prestado a sul do concelho.
De regresso à sede da instituição, o presidente da direção
Jorge Baptista junta-se ao grupo para dar a conhecer uma associação grandiosa e plena de
atividade, o que só é possível
“com rigor”, que inviabiliza
“passos maiores que a perna”,
ou seja todas as despesas e investimento carecem de ponderação e obedecem a apertados
critérios de prioridade. O dirigente reconhece que para estabilidade da instituição concorrem ainda “os apoios da população, das empresas e da autarquia”, que não têm falhado.
“A qualidade do serviço prestado pelos nossos bombeiros
deixa marcas positivas” o que
na ótica de Jorge Baptista permite abrir portas, conquistar
espaço, notoriedade e o reconhecimento da comunidade.
Para além da parceria institucional com a Câmara Municipal
de Leira, o presidente da direção faz questão de destacar o
trabalho desenvolvido com as
empresas locais “com consciência social” que reconhecem o
“importante papel dos bombeiros”, salientando os apoios dos
grupos Respol, Roca Diamantino e Filhos e Nova Gente, sempre disponíveis para apoiar a
causa.
“Esta cooperação cria uma
enorme estabilidade financeira”, salienta o Jorge Baptista,
adiantando que a associação
“nunca teve problemas com o
pagamento de salários aos 19
funcionários”, nem que fechar a
porta ao investimento. O dirigente explica que “opções de
formas de trabalho” permitiram
apostar tudo na emergência e
no socorro, em detrimento do
transporte de doentes não urgentes, que neste quartel é um
serviço “residual”, sem expressão.
Os quartéis dos Bombeiros
de Leira contam, no total, com
163 operacionais, sendo a componente voluntária “fundamental” para assegurar a qualidade
do serviço prestado às populações.
“São apenas voluntários que
garantem o socorro todas as
noites de segunda e sexta, bem
como nas 24 horas dos sábados, domingos e feriados”,
acentua Almeida Lopes, que
continua a defender a preservação da génese voluntária das
associações humanitárias, reconhecendo, contudo, a necessidade de criar incentivos que
permitam atrair e fixar reforços
para a causa. O comandante revela que a associação tem tentado, sem sucesso, “negociar
com a autarquia um pacote de
regalias para os bombeiros”,
mas enquanto não se consegue
quebrar os muros da indiferença, direção e comando fazem
questão de premiar a entrega
de homens e mulher com vários
benefícios, que passam por
atribuição de subsídios. Almeida Lopes anuncia que a assiduidade passará, em breve, a ser,
também, premiada, com o pagamento de cartas de condução
quer de veículos ligeiros quer
de pesados. De resto, o nosso
interlocutor assinala que a for-
mação e valorização pessoal e
profissional dos voluntários
sempre foi uma prioridade para
os responsáveis da instituição.
“Estamos cá para servir os
bombeiros, não para nos servimos dos bombeiros”, diz o presidente, salientando que a equipa que encabeça conhece bem a
realidade do quartel, pois,
curiosamente, praticamente todos os dirigentes já envergaram
a farda de soldado da paz e, por
isso, conhecem bem a complexidade desta missão, mas os
Voluntários de Leiria fazem
questão de cumprir de forma
exemplar.
O quartel-sede, inaugurado
em 1992, é um complexo funcional, também porque, ao longo dos anos foi alvo de várias
intervenções, que permitiram
atualizar conceitos, responder a
novas realidades, num processo
que não tem fim.
“Um quartel nunca está concluído”, refere Almeida Lopes,
defendendo que os bombeiros
devem ser permeáveis à “evolução vinda do exterior” e que
tem reflexos em todas áreas,
não apenas na operacionalidade
das instalações, mas na capacidade de resposta e versatilidade
dos meios, mas também na formação e preparação do corpo
ativo.
“Não precisamos de mais viaturas, mas torna-se inevitável a
renovação e modernização da
frota”, considera Almeida Lopes,
falando ainda da necessidade de
investimento na aquisição de
mais equipamentos de proteção
individual para combate a incêndios urbanos e industriais,
um processo que, segundo o comandante, deverá estar concluído até ao final do corrente ano.
Sendo a formação uma questão prioritária, Almeida Lopes,
critico, lamenta que a Escola
Nacional de Bombeiros não esteja a cumprir “as suas obrigações”, afirmando mesmo que os
“bombeiros estão a ser prejudicados pelo mau funcionamento
da escola”, que não tem capacidade para dar respostas às solicitações dos corpos de bombeiros. Assim sendo, defende alterações estruturais que abram
caminho à mudança, à “inversão de ciclo”.
Mas nem mesmo uma ou outra contrariedade afetam a dinâmica desta associação comprometida com a comunidade que
se desdobra na promoção de
muitas iniciativas que visam não
só angariar fundos, mas também dar visibilidade ao exímio
trabalho dos bombeiros que em
muito dignifica o passado desta
instituição e a história que começou a ser escrita, por um punhado de altruístas leirienses, a
1 de abril do longínquo ano de
1893
22
JANEIRO 2016
VILA REAL
A
António Barros distinguido com crachá de ouro
sessão solene realizada no
salão nobre da Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz
Verde no final do ano transato
para distinguir todos os associados com mais de 50 anos de
ligação à instituição constituiu
o segundo momento das comemorações dos 125.º aniversário da Associação. Nela teve
lugar também a atribuição do
crachá do ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP)
ao secretário-geral da Associação, António Barros. A distinção foi entregue pelo presidente da LBP, comandante Jaime
Marta Soares, que se deslocou
para esse efeito propositadamente a Vila Real.
A propósito, o presidente da
LBP dirigiu palavras elogiosas a
António Barros pela dedicação
aos bombeiros, “enaltecendo
as qualidades e o mérito deste
Bombeiro sem farda”.
O secretário-geral da Cruz
Verde, António Alberto Soares
da Costa Barros, serve a Associação desde o início dos anos
oitenta e desde logo, foi-se impondo pela prática de valores
de verdade, de integridade, de
honra, de zelo e também pela
sua capacidade e qualidade de
trabalho. Recebeu vários votos
de louvor em assembleia geral,
pela dedicação e pela forma
como apresentava as contas
da Associação. Ao logo do tempo destacou-se pelo seu altruísmo, caráter e personalidade, profundo sentimento de
amizade, elevado espírito de
voluntariado e serviço à causa
humanitária, sendo reconhecida pela associação, associa-
dos, dirigentes, comando e
bombeiros, a sua importância
nos destinos da instituição.
Mas a sua ação e disponibilidade extravasou a Cruz Verde,
tendo sido vice-presidente da
Federação Distrital de Bombeiros de Vila Real, fazendo atualmente parte dos Órgãos Sociais da Liga dos Bombeiros
Portugueses, como suplente.
A seguir a esta justa homenagem a António Barros, decorreu um momento de poesia
alusiva aos Bombeiros e à causa Humanitária.
No uso da palavra, o coman-
CRUZ VERDE
T
Cumprida tradição do 1 de janeiro
al como há 125 anos, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila
Real – Cruz Verde cumpriu a tradição do desfile do dia 1 de janeiro, depois de impostas as
habituais condecorações aos elementos do
corpo ativo, foi atribuído a cada um destes
elementos e órgãos sociais presentes um crachá comemorativo alusivo ao aniversário.
Os bombeiros desfilaram pelas ruas da cidade, incluindo a apresentação de cumprimentos ao executivo municipal. No regresso
ao quartel, prestaram homenagem ao seu
fundador Avelino Patena na rua com o mesmo nome. Refira-se que o desfile deste primeiro dia do ano foi abençoado pela chuva
que não parou durante todo o percurso.
Na Câmara Municipal, o presidente da direção dos Bombeiros, Carlos Moreira, referiu-se às necessidades da Associação e corpo
de bombeiros, salientando que as solicita-
ções a esta corporação são cada vez em
maior número.
O presidente da Câmara Municipal de Vila
Real, Rui Santos, no uso da palavra, salientou o empenho da autarquia na ajuda aos
bombeiros, nomeadamente no programa
+Bombeiros, solicitando o empenho de ambas as corporações do concelho na prevenção à carreira aérea, indispensável ao funcionamento do aeródromo.
A festa continuou durante a tarde, com o
quartel aberto à visita de todos os associados
e amigos da Associação, tendo havido animação e lanches para toda a gente.
No sábado, dia 2, foi feita uma homenagem ao chefe António Lídio Simão no cemitério de Monfebres, em Murça, tal como já tinha sido feito, em 12 e 19 de dezembro passado, relativamente aos outros bombeiros já
falecidos.
dante Jaime Marta Soares
aproveitou o momento de comemorações dos 125 anos da
Associação para enaltecer o papel dos Bombeiros de Portugal
no socorro e assistência das
populações, dos seus bens, do
património e do ambiente, entre outros. Realçou ainda a importância dos bombeiros no
teatro de operações, referindo
que estes correspondem a 98
por cento dos elementos que
constituem a Proteção Civil e
que 96 por cento são bombeiros voluntários. De seguida, o
presidente da LBP, referiu-se à
importância das associações
humanitárias nas comunidades
em que estão inseridas, valorizando a sua intervenção na sociedade civil. Por último, aproveitou para traçar uma panorâmica da situação atual dos corpos de bombeiros e dos
desafios que se colocam atualmente e nos momentos mais
próximos e futuros.
Entre os muitos associados
distinguidos importa também
realçar a atribuição da condição de sócio benemérito e da
medalha de serviços distintos
ao hotel Miracorgo, representado por Manuel Alberto Carvalho.
Já durante o jantar de ani-
versário, o presidente da Câmara Municipal de Vila Real,
Rui Santos, reafirmou o compromisso de apoio aos bombeiros do concelho, a implementação de políticas de apoio e incentivo ao voluntariado através
do «Programa + Bombeiros», a
continuidade de política de proximidade e de articulação com
as direções das associações no
sentido de se manter a sustentabilidade dos corpos de bombeiros, referindo a possibilidade de candidatura a diversos
tipos de financiamentos.
PORTIMÃO
Desfile temático marca comemorações
A
zona ribeirinha da cidade de Portimão foi o local
escolhido assumidamente pelos bombeiros voluntários locais para a comemoração do seu 89º
aniversário em contacto mais próximo com os portimonenses.
Entre os vários momentos ali realizados pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de
Portimão, destaque para o desfile temático apeado
e motorizado com demonstração de valências,
equipamentos e veículos operacionais, para entre-
ga de condecorações a bombeiros, promoções de
17 estagiários e homenagem a beneméritos.
No desfile integraram-se 115 elementos do corpo de bombeiros e 14 meios técnicos.
Destaque ainda para a passagem ao Quadro de
Honra de dois bombeiros e a atribuição da medalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP) ao presidente da direção, Álvaro Bila, e a mesma distinção, grau cobre, ao chefe Nuno Duarte, e aos subchefes Carlos
António e Fernando Águas. As distinções foram entregues pelo vice-presidente da LBP, Rodeia Machado.
Foram ainda entregues louvores do comandante
a quatro bombeiros que se distinguiram ao longo
do último ano.
A comemoração do aniversário dos Voluntários
de Portimão assumiu várias vertentes. Antecedendo o dia oficial, os bombeiros promoveram também
4 ações de sensibilização dirigidas à população su-
bordinadas ao temas, saber agir em situações de
emergência e aprender a utilizar um extintor.
Para além das cerimónia já referidas o programa
comemorativo inclui também, um encontro nacional de fanfarras, a romagem ao talhão dos bombeiros no cemitério municipal e a celebração de uma
missa pelo capelão dos Voluntários de Portimão,
padre Mário de Sousa.
23
JANEIRO 2016
FIGUEIRA DA FOZ
Ambulância homenageia bombeiras
N
o passado dia 19 de dezembro, a
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz
comemorou em Sessão Solene os seus
133 Anos de existência. Estiveram presentes, para além de muitos elementos de comando e outros operacionais
de diversas corporações de Bombeiros,
seus familiares e convidados, diversas
entidades. Entre elas, destaque para
as presenças, do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João
Ataíde, o presidente da Assembleia
Municipal da Figueira da Foz, José
Duarte, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, o comandante operacional distrital, Carlos Luís Tavares,
um representante da Federação de
Bombeiros do Distrito Coimbra e o comandante do Porto da Figueira da Foz,
capitão-de-fragata Humberto Silva Rocha.
O presidente da Direcção, Lídio Lopes, fez o balanço, muito positivo, de
mais um ano ao serviço das populações, aproveitando a ocasião para
anunciar a inauguração de uma nova
ambulância de emergência adquirida a
10 por cento pela associação. Lídio Lopes referiu, a propósito, que “aqui contamos os lápis, mas investimos em
meios que colocamos ao serviço das
pessoas e em instalações, para que os
nossos bombeiros e bombeiras se sintam o melhor possível nesta sua casa,
como disso é exemplo as obras que estamos a finalizar na cozinha”.
Lídio Lopes deu ainda aos presentes
a notícia de que a sua Direcção decidiu
atribuir à nova ambulância o nome de
“Bombeiras do Corpo Operacional de
Bombeiros Voluntários da Figueira da
Foz” numa mais que justa Homenagem
a estas mulheres tão especiais.
O presidente da Câmara Municipal
da Figueira da Foz manifestou o seu
regozijo e agradecimento pelo muito
relevante contributo que os Bombeiros
Voluntários dão na segurança do Concelho e comprometeu-se a apoiar a reconstrução da Secção dos Bombeiros
Voluntários na Freguesia do Paião, tentando numa primeira fase concorrer a
apoios comunitários e se esta falhar
com os meios financeiros da Câmara
Municipal.
O presidente da LBP, comandante
Jaime Marta Soares enalteceu a gestão
da AHBVFF e o comando do corpo operacional pelos sucessos alcançados e
reivindicou o regresso da isenção das
taxas moderadoras para os Bombeiros.
Este ano foi também lido um discurso proferido em 19 de dezembro de
1990, aquando dos 108 Anos da AHBVFF, passaram já 25 Anos, mas que se
mantém bem atual.
O programa das comemorações incluiu também a entrega de medalhas
de assiduidade a bombeiros. Assim,
com a medalha de dedicação, grau
ouro, 25 anos, foi distinguido o bombeiro de 2.ª, António Manuel Ribeiro,
com a 20 anos de serviço, o bombeiro
de 1.ª António Espada, e com a de 15,
a bombeira de 2.ª Carla Isabel Mendes.
A medalha de assiduidade da LBP,
10 anos, foi atribuída aos bombeiros
de 2.ª, Bruno Curado, Luís Moreira e
Luís Gaspar, e aos bombeiros de 3.ª,
Hugo Vieira, Francisco Morais, José
Maria Costa, Maria Isabel Silva, Rui
Fernandes e Jorge Rodrigues.
A medalha de serviços distintos grau
ouro foi entregue ao bombeiro do Quadro de Honra Mário de Oliveira Rodrigues.
ENTRONCAMENTO
Quartel perde equipa de intervenção permanente
A
ntónio Neto, comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento pediu ao presidente da câmara municipal, Jorge Faria, a criação
de uma “Equipa de 1.ª Intervenção (EIP), que
possa dar resposta à população do Entroncamento durante a parte diurna, pois muitos dos nossos
bombeiros trabalham fora do nosso concelho e
como todos sabemos o concelho é dos poucos a
nível distrital que não dispõe desta mais-valia, e
sendo de risco no que toca ao transporte de matérias perigosas a nível ferroviário e não só”.
O pedido foi feito na cerimónia comemorativa
do 67.º aniversário da associação, tendo o presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria aceite o
desafio.
A cerimónia decorreu no salão da instituição na
manhã de sábado, dia 9 de janeiro, e contou também com a presença de Mario Silvestre, comandante Operacional Distrital de Santarém da
ANPC, do comandante Adelino Gomes, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, autarcas do concelho, representantes de corporações da região, da presidente da câmara de
Constância e entidades religiosas e militares locais.
Durante a cerimónia foram condecorados
bombeiros com medalhas de assiduidade de
grau bronze, prata e ouro, promovidos nove estagiários a bombeiros de 3.ª e ainda distinguidos
os sócios beneméritos.
José Salvado, presidente da associação humanitária salientou a aquisição “de duas viaturas de
transporte de doentes, por 79 mil euros ficando
apenas em dívida 29 mil euros, tendo sido saldada a dívida de 30 mil euros da aquisição de duas
viaturas da anterior direção”.
José Salvado referiu ainda que em conjunto
com a Autoridade Nacional da Proteção Civil
(ANPC) adquiriu uma viatura de combate a incêndios florestais (VFCI), no valor de 52 mil euros, 41,8 mil da Autoridade e 11 mil euros por
parte da associação.
O presidente dos Bombeiros agradeceu ainda
ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria,
ao presidente da Junta de Freguesia de São João
Baptista, Rui Maurício, e ao presidente da Junta
de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Ezequiel Estrada, pelo apoio monetário, para a aquisição das duas viaturas que foram abençoadas,
respetivamente, 15 mil, 3 mil e 2,5 mil euros.
Adelino Gomes, vice-presidente do conselho
executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses,
salientou que os Bombeiros do Entroncamento,
“têm um futuro glorioso e é dourado”, agradeceu à autarquia pelo apoio dado à instituição,
aos bombeiros pelo seu desempenho e enalteceu o comando.
Mário Silvestre, comandante operacional distrital da Proteção Civil salientou o papel fundamental que os Bombeiros Voluntários do Entroncamento “têm tido todos os anos no sucesso das operações de socorro no distrito de Santarém”, referindo que “são uma das corporações
senão a corporação mais solicitada para todos
os teatros de operações, dentro e fora do Distrito de Santarém. E por isso que a vossa competência a vossa capacidade de fazer é reconhecida. Como sabem este grupo de homens e mulheres integrou em 2015, como já tinha acontecido em 2014, o grupo de reforço de ataque
ampliado, o designado GRUATA, que foi até Espanha apoiar o combate a um grande incêndio”.
Terminou com a frase de William Churchill,
“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.
O presidente da Câmara, Jorge Faria encer-
rou a sessão resumindo em três palavras o seu
sentimento com” reconhecimento, orgulho e
agradecimento”.
Jorge Faria manifestou um “grande reconhecimento ao trabalho que esta associação tem
vindo a desenvolver ao longo destes 67 anos”,
referindo que “é um orgulho ser presidente da
Câmara de uma cidade que pode contar com
uma instituição com a qualidade e com a excelência como é a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do Entroncamento”.
Em relação ao desafio do comandante do corpo de bombeiros, manifestou aceitá-lo, assim
como um outro que lhe foi lançado por elemento do quadro de honra, que a seu tempo divulgará.
Já na parada o padre Luciano abençoou as
duas viaturas, que foram regadas com espumante pelos seus padrinhos.
Antes do porto de honra oferecidos aos convidados realizou-se o habitual desfile das viaturas pelas ruas da cidade.
Entroncamento
Online
(texto e fotos)
24
JANEIRO 2016
MONTELAVAR
“Sempre e em toda a parte”
Depois de um período complicado, a
Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Montelavar começa a
recuperar a estabilidade, depois de um
período complicado, que impôs cortes na
despesa, inevitáveis “ajustes” no quadro de
pessoal e naturalmente abrandamento no
investimento.
Rigor, trabalho e um novo posicionamento
estratégico, permitiram reprogramar o
futuro desta instituição que se rege por
rígidos padrões de prontidão.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
C
erca de 60 operacionais
garantem o socorro a
uma população que ronda
os 7 mil habitantes, numa área
que compreende parte do território da recém-instituída União
de Freguesias de Almargem,
Pêro Pinheiro de Montelavar. A
missão é assumida com profissionalismo e prontidão pelos
Voluntários de Montelavar há
mais de três décadas, mas nunca com tantas dificuldades,
como reconhecem António Lopes Marques, vice-presidente
desta associação humanitária e
Mário Louro, o comandante do
corpo de bombeiros.
Na origem das contingências
financeiras do presente, está a
alteração das regras que no
passado tutelavam o serviço de
transporte de doentes não ur-
gentes, uma importante fonte
de receita, para garantir o socorro, para reforçar os recursos
humanos e meios colocados ao
serviço das populações, como
faz questão de salientar Mário
Louro.
Sem entrar em grandes pormenores, mas, ainda assim,
denunciado dificuldades que
forçaram mesmo a dispensa de
um dezena de colaboradores,
direção e comando preferem
salientar que com trabalho e rigor, em finais de 2015, a associação conseguiu recuperar estabilidade.
“Neste momento, a situação
está equilibrada, caminhamos
na direção certa”, afiança o vice-presidente, falando de uma
“casa orientada”, o que permite
dar resposta às solicitações do
corpo de bombeiros.
Atualmente, integram os
quadros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Montelavar, duas dezenas de
“funcionários operacionais”, número indispensável para assegurar a qualidade do serviço
prestado a esta freguesia do
município de Sintra, conhecida,
em tempos, pela pujança da indústria do mármore que foi
aliás, durante muitos anos, um
suporte importante para os
bombeiros locais. Hoje, a reali-
dade é outra, sobram pouco
mais que os apoios institucionais, com especial relevo para o
da câmara municipal, que mantém parcerias e acordos em várias vertentes com todos os
nove corpos do concelho.
Ainda assim, os Bombeiros
de Montelavar têm conseguido
levar a água ao seu moinho, um
esforço que se traduz em investimentos no quartel-sede. O
complexo, inaugurado a 10 de
setembro de 1994, não perdeu
funcionalidade nem operacionalidade, conforme salienta o comandante, destacando, contudo, o trabalho da equipa responsável pela manutenção que,
ao longo dos anos, tem vindo a
assegurar intervenções várias,
que permitiram adaptar o imóvel a novas realidades e exigências.
“Ultimamos, agora, os procedimentos financeiros para
avançar com a substituição dos
14 portões” do quartel, revela o
Mário Louro, dando conta de
um esforço financeiro na ordem
dos 16 mil euros.
“Esperamos pelo novo quadro comunitário de apoio para
avançar com a aquisição de um
veículo urbano e de um tanque
florestal”, anuncia o comandante, revelando, ainda, que já
no início de 2016, será apresentada à comunidade uma
campanha de angariação de
fundos destinada a “colmatar
algumas falhas” em matéria de
equipamentos proteção individual para combate a incêndios
florestais, uma ação que conta
já com a parceria de algumas
empresas locais.
A formação surge como uma
preocupação permanente, ainda que o responsável operacional assegure “não existirem lacunas”, até porque, salienta, a
Escola Nacional de Bombeiros
tem respondido com eficácia às
solicitações dos Bombeiros de
Montelavar.
Problemático é, contudo, o
processo de renovação do corpo ativo, pois, assinala Mário
Louro, na freguesia não existem escolas secundárias que
poderiam funcionar como ponto de recrutamento de jovens
bombeiros. Contudo, direção e
comando acreditam que a reativada fanfarra pode vir a servir
de incentivo ou porta de entrada para o quartel, enquanto gizam o projeto de criação de
uma escola de infantes e cadetes.
Refira-se que a associação,
numa outra vertente, denunciando uma forte ligação às coisas da terra é detentora de um
moinho, datado de 1808, que
constitui um dos atrativos da
freguesia e local de visita obrigatória. Consciente da importância deste antigo sistema de
moagem de trigo para história
local, que importa preservar, os
Voluntários de Montelavar preparam-se para a avançar com a
substituição da cúpula que começa a acusar o desgaste do
passar do tempo.
As contrariedades existem, é
um facto, mas não esmorecem
uma coesa equipa norteada
pelo lema “sempre e em toda a
parte”, honrando o trabalho dos
fundadores assente “em valores éticos, rigor e disciplina”,
que, segundo o comandante,
permitem enfrentar “um futuro
pleno de desafios” e deixar aos
vindouros um legado de que se
devem orgulhar.
GAVIÃO
O
s Municipais de Gavião assinalaram, recentemente, o 68º aniversário. Apesar da chuva que se fez sentir, o programa cumpriu-se
com o hastear da bandeira e a receção das entidades convidadas, a que se seguiu a entrega
de certificados de mérito aos bombeiros com
maior número de horas de serviço operacional
no ano de 2015 e a condecoração dos elementos que completaram 5, 10, 15 e 20 anos de
serviço. Finda a cerimónia. o quadro ativo foi
surpreendido com a colocação de um painel temático na sala do bombeiro.
Municipais comemoram 68.º aniversário
Depois da romagem ao cemitério e missa em
memória dos bombeiros já falecidos, realizou-
-se o almoço que reuniu os elementos corpo ativo, famílias e entidades convidadas, num conví-
vio marcado pela “união e pela alegria entre
gente solidária”.
25
JANEIRO 2016
O
AMARANTE
LAGOS
Bombeiras auxiliam parto
Cegonha surpreende no último dia do ano
s Bombeiros Voluntários de Amarante foram
chamados mais uma vez a realizar um parto,
no caso na habitação da parturiente e com a participação de duas bombeiras, Marta Nunes (1.ª) e
Marta Cunha (2.ª).
Segundo o comandante Rui Ribeiro, os partos
nestas condições eram pouco comuns e até raros
mas começam a ocorrer com alguma frequência.
O parto ocorreu no passado dia 7 e envolveu as
duas bombeiras, na corporação de Amarante há
cerca de 12 anos, a ajudaram à realização do parto na habitação da parturiente.
À chegada à residência, a equipa deparou-se
com uma situação de parto eminente. A parturiente, de 25 anos de idade, acabou por ser assistida
pelas bombeiras no local para dar à luz um rapaz,
Ricardo Manuel.
Após o nascimento da criança verificou-se o
apoio diferenciado da SIV de Amarante e da VMER
de Vale do Sousa.
Mãe e filho, depois de estabilizados, foram
transportados para a unidade hospitalar de Penafiel.
Os Voluntários de Amarante foram acionados
para a situação de parto às 19h15 pelo CODU, chegaram ao local as 19h30 e registaram o parto às
19h34.
No passado dia 11 o Ricardo Manuel e os pais
brindaram os bombeiros com uma visita ao quartel
para agradecerem o excelente trabalho realizado
pelas bombeiras Marta Nunes e Marta Cunha.
O
s Bombeiros Voluntários de Lagos
realizaram um parto com sucesso
na residência da parturiente a poucas
horas do novo ano.
Quinta-feira, dia 31 de dezembro,
cerca das 18h35m, quando uma parturiente de nacionalidade portuguesa iniciou o trabalho de parto. Os Voluntários
de Lagos foram alertados para o efeito
e, de imediato, deslocaram-se para a
morada. Coube ao subchefe Jorge Santos e ao bombeiro de 1.ª Ângelo Marques terminarem da melhor forma o ano
de 2015, ajudando a vir ao mundo uma
menina, com sucesso.
Após a avaliação feita, depois de concluído o parto, mãe e filha foram conduzidas para
o Hospital do Barlavento Algarvio bem de saúde.
CANTANHEDE
VILA NOVA DE FAMALICÃO
N
U
para um incêndio numa viatura na variante nascente em Vila Nova de Famalicão. À chegada dos
meios o veículo encontrava-se totalmente tomada
pelas chamas. Ainda que sem feridos a registar
esta ocorrência envolveu 11 operacionais, dois
veículos de combate a incêndios e uma ambulância.
No dia 10, chegou à central, via CDOS, o alerta
de incêndio em duas garagens na freguesia de
Joane, que durante cerca de quatro horas “deu trabalho” a 17 operacionais apoiados por dois veículos de combate a incêndios, dois veículos tanque e
uma ambulância de socorro.
Um pouco depois, os Famalicenses voltaram a
ser chamados para um outro incêndio, desta vez
numa habitação na freguesia de Requião, para
onde foram mobilizados dois veículos de combate
a incêndios, a autoescada e uma ambulância de
socorro.
PORTIMÃO
C
Incêndios urbanos mobilizam meios
Famalicenses
com muita atividade
os derradeiros dias 2015 e os primeiros do
novo ano, os Bombeiros Famalicenses registaram uma série de acidentes rodoviários a para com
outras ocorrências de maior dimensão.
Assim, segundo dá conta o quartel, no dia 23 de
dezembro, um veículo ligeiro e um pesado, colidiram na freguesia de Outiz, tendo-se registado dois
feridos ligeiros. Duas ambulâncias de socorro e
cinco bombeiros, que socorreram e transportaram
as vítimas à unidade hospitalar de Famalicão.
Na madrugada de 28 de dezembro, um aparatoso acidente na freguesia de Arnoso Sta. Maria, mobilizou oito operacionais apoiados com uma ambulância de socorro e o veículo de desencarceramento.
Os Bombeiros Famalicenses foram, igualmente,
acionados, no dia 5, para um acidente na A3, sentido Sul/Norte freguesia de Guisande, do qual resultou um ferido ligeiro. Esta intervenção envolveu
13 bombeiros, um veículo de desencarceramento e
ambulâncias de socorro. A vítima foi transportado
para o hospital de Braga.
No dia seguinte, na mesma via, um depiste com
capotamento deixou encarcerado e gravemente
ferido um jovem do sexo masculino que transportado para o hospital de Braga acompanhado da
VMER de Famalicão. Para este acidente foram mobilizados sete elementos do corpo de bombeiros
dos Famalicenses, um veículo de desencarceramento e uma ambulância de socorro.
No dia 9, este corpo de bombeiros foi acionado
Nova carreira aérea
com dispositivo especial
om o início da carreira aérea de ligação entre Bragança/Vila Real/
Viseu/Cascais/Portimão, foi ativado o
dispositivo que garante o Serviço Básico de Salvamento e Luta Contra Incêndios (SBSLCI) no Aeródromo Municipal de Portimão.
Esta missão está confiada aos Bombeiros de Portimão, no âmbito de um
Contrato-Programa entre o a câmara
municipal e a associação humanitária,
que pressupõe a permanência de um
dispositivo composto por três veículos
e até 7 operacionais no período entre
os 30 minutos que antecedem o movimento da aeronave e os 30 minutos que sucedem
à descolagem.
Para o efeito 28 operacionais foram devidamente qualificados pela Autoridade Nacional de
Aviação Civil (ANAC), após um exigente percurso
formativo, ministrado pela Escola Nacional de
Bombeiros, e que representou um investimento
que se aproximou dos 20 mil euros.
O Corpo de Bombeiros conta ainda com um
conjunto de meios técnicos, recentemente adquiridos, que correspondem aos requisitos da International Civil Aviation Organization (ICAO).
Os Voluntários de Lagos deram assim, mais
uma vez, razão de ser ao lema “ VIDA POR VIDA”.
ma divisão de anexo de
uma habitação de Febres
ficou totalmente destruída e
uma idosa sofreu ferimentos
ligeiros, na sequência de um
incêndio que deflagrou a meio
da manhã do passado dia 6 de
janeiro.
A mulher de 76 anos, que
encontrava sozinha em casa,
quando se apercebeu do incidente, terá tentado apagar as
chamas, mas sem sucesso, da-
das as proporções que fogo já
atingia.
Quando os bombeiros chegaram ao local, a divisão já se
encontrava totalmente tomada
pelas chamas. A prioridade foi
a de extinguir o incêndio, impedindo que alastrasse à casa.
Esta ocorrência mobilizou
10 homens e três viaturas,
uma das quais uma ambulância do INEM, que transportou a
vítima Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra, EPE
CHUC.
Entretanto, no dia 12 de janeiro, o sobreaquecimento do
tubo de saída de gases num
recuperador de calor esteve na
origem de um incêndio num
anexo de uma habitação de
Labrengos, Covões.
Os Bombeiros de Cantanhede estiveram neste teatro de
operações com oito homens e
duas viaturas.
PAMPILHOSA
V
Muitas ocorrências dão que fazer
ários incêndios urbanos e
ocorrências diversas devidas ao mau tempo deram
muito que fazer aos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa (BVP) no final do ano e
início do novo, quase duas
dezenas de situações que
envolveram igual número de
operacionais.
Na véspera de final de ano, o pedido de socorro
foi para intervir num incêndio localizado nas instalações fabris devolutas da empresa Progresso.
Ali, intervieram 19 bombeiros com 6 viaturas.
No dia 4 de janeiro o pedido de intervenção
recebido foi para combater um incêndio em caixote do lixo na Rua da Conchada, em Silvã. Para
o local foi enviado um veículo ligeiro de combate
a incêndios tripulado por 5 operacionais que rapidamente extinguiu o incêndio.
No mesmo dia, novo alerta, agora para um incêndio urbano, com inicio num exaustor de uma
cozinha na Rua do Futuro na Pampilhosa. O incêndio já extinto à chegada dos Bombeiros, causou danos apenas nesta divisão da casa e não
houve feridos a registar. No local, dois veículos
apoiados por 6 operacionais dos Pampilhosa.
Devido às condições meteorológicas adversas
verificadas em 9 e 10 de janeiro, os Bombeiros
Voluntários da Pampilhosa, para além da sua atividade normal de transporte de doentes e emer-
gência pré-hospitalar, estiveram empenhados em 12
ocorrências
relacionadas
com o mau tempo.
Essas situações envolveram 37 operacionais. Então,
os Voluntários da Pampilhosa
acorreram a situações como,
desentupimento de sarjetas,
inundações, reboque de viaturas de estradas submersas e quedas de árvores. As situações que inspiraram mais cuidados
ocorreram, no túnel da linha da Beira Alta, na rua
Fialho de Almeida, onde, devido ao nível da água,
um carro teve de ser rebocado, não havendo feridos a registar. As estradas municipais que ligam
Pampilhosa a Póvoa do Loureiro e a Larçã também ficaram parcialmente submersas tornando
impossível a circulação automóvel, exigindo a
atenção dos bombeiros para isso.
No passado dia 19, os BVP foram alertados
para uma situação de incêndio urbano na Rua
Domingos Pires, na Pampilhosa.
O incêndio teve início numa chaminé e não havendo vitimas a registar. A rápida intervenção
dos bombeiros permitiu que os danos ficassem
confinados à divisão em questão. Neste caso, estiveram empenhados 5 operacionais apoiados por
um veículo de combate a incêndios. Em todas as
ocorrências esteve também presente a GNR da
Mealhada.
26
JANEIRO 2016
GAIA
Sapadores realizam 43 exercícios
O
s Bombeiros Sapadores de Gaia
realizaram, entre 17 de setembro
e 30 de dezembro últimos, 43 exercícios e simulacros em outras tantas
entidades e instituições tendo como
principal objetivo o teste ao plano de
segurança interna de cada uma delas
e a sensibilização dos seus utilizadores para a prevenção da sinistralidade, em geral e a que decorre das características próprias de cada uma
das infraestruturas envolvidas.
No referido período, os Sapadores
de Gaia deslocaram-se a 9 empresas,
15 escolas de diferentes níveis, 10 lares e outras entidades de assistência
e reabilitação, e outras 9 entidades
diversas, entre as quais, 5 estabelecimentos hoteleiros e 2 unidades hospitalares.
Os Sapadores de Gaia deram assim
cumprimento a mais uma etapa do
seu já longo trabalho de apoio à definição e teste dos planos de segurança
interna de empresas e instituições da
sua zona de intervenção bem como à
sensibilização de diferentes públicos
alvo para as normas de segurança a
cumprir. Assume particular destaque
a sensibilização das comunidades escolares, seja alunos, docentes e não
docentes, quer pelo número de intervenções feitas, quer pelos riscos próprios que tais infraestruturas envolvem.
BARREIRO
O
AGUDA
A
Simulacro de acidente de viação
2.ª Secção dos Bombeiros Voluntários da
Aguda, realizou no final do ano transato na
freguesia de São Félix da Marinha, um exercício /
simulacro de acidente de viação.
O simulacro consistiu na colisão de dois veículos ligeiros de passageiros e um velocípede sem
motor, com incêndio num dos veículos.
Foram envolvidos no exercício 11 bombeiros,
chefiados pelo bombeiro
de 1ª Mário Marques com
uma viatura de desencarceramento (VSAT-01), um
veículo de combate a incêndios (VTTU-01) e duas
ambulâncias de socorro
(ABSC-05 e ABSC.01).
Este exercício teve
como objetivo principal o
treino Operacional dos intervenientes, de forma a
otimizar e “mecanizar”
procedimentos no dia a dia
de trabalho.
Este exercício contou
ainda com um trabalho de logística intenso, realizado pelo chefe de secção, Joaquim Pinho, os
subchefes de secção José Pinhal e Henrique Silva,
e o bombeiro Élio Veiga.
“Um agradecimento muito especial é empresa
OLIVIDA, que sempre diz presente quando solicitado o seu apoio” refere a propósito o comando
dos Bombeiros da Aguda.
Exercício em empresa Seveso
Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do Sul e
Sueste, Barreiro, realizou recentemente, um exercício de
acidente industrial grave na
empresa ADP Fertilizantes,
abrangida pela diretiva Seveso.
O exercício enquadrou-se no
âmbito do plano de emergência
interno da empresa industrial e
configurou uma fuga de ácido
nítrico bruto por colapso do empanque de uma bomba da instalação industrial.
Os objetivos do exercício foram treinar a capacidade de resposta de primeira
intervenção da equipa de segurança da ADP Fertilizantes, treinar a resposta do centro de operações de emergência e testar a resposta à emergência articulada com os meios externos, no
caso. o Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste.
O simulacro contou com o envolvimento direto
de 19 operacionais do corpo de bombeiros, incluindo o comandante e o segundo comandante,
apoiados por sete viaturas de socorro, nomeadamente, dois veículos de comando operacionais
táticos (VCOT), dois veículos urbanos de combate
a incêndios (VUCI), 2 ambulâncias de emergência (ABSC) e uma ambulância de transporte de
doentes (ABTD)].
Este corpo de bombeiros, no âmbito do plano
de emergência interno da empresa LBC Tanquipor (indústria SEVESO), realizou, ainda, um
exercício de simulacro de fuga de acrilonitrilo
num dos braços de descarga do cais fluvial.
A atuação dos bombeiros teve o enfoque na
mitigação do risco de incêndio e explosão, mediante o estabelecimento de linhas de água para
colocação de espumífero na bacia de contenção,
proteção ao navio atracado no cais e socorro a
uma vítima simulada.
A ação que mobilizou 14 bombeiros e seis veículos s teve como objetivo a prevenção e controlo dos perigos associados a acidentes graves que
possam envolver substâncias perigosas armazenadas no complexo da LBC Tanquipor.
ÁGUAS DE MOURA
Aposta na formação
O
s Bombeiros de Águas de
Moura, numa clara aposta
na preparação dos operacionais, continuam a apostar na
formação. Neste âmbito, vários elementos estiveram en-
volvidos numa ação de recertificação do Curso de Tripulante
de Ambulância de Transporte
(TAT), orientada pelos formadores Nuno Arede e Filipe Lopes, que visou a atualização e
validação de competências,
certificada pela Escola Nacional de Bombeiros.
Ainda antes do final do ano
de 2015, 19 bombeiros participaram em duas ações de for-
mação na Fertagus, relacionada com os aspetos de segurança e de funcionamento do material circulante desta empresa.
Ainda neste âmbito elementos dos Voluntários de Águas
de Moura estiveram ainda na
Digal Gás, desta feita no âmbito da Prevenção e Técnicas de
Luta Contra Fogos de Gás.
Entretanto, o quartel pode
agora contar com mais um for-
mador de nível 3 - Tripulantes
de Ambulância de Socorro. O
bombeiro Filipe Lopes concluiu
o curso num laboratório de
formação certificado pelo
INEM..
27
JANEIRO 2016
CANTANHEDE
D
FCPorto solidário
AGUDA
O
Foto: Isidro Dias
uas centenas de pessoas
participaram no jantar promovido pela Casa do Futebol
Clube (FC) do Porto de Cantanhede visando a angariação de
fundos para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
O evento reuniu diversas
personalidades ligadas ao clube, nomeadamente Alípio Jorge, vice-presidente da FC Porto,
Miguel Pires, presidente da
Casa do FC Porto – Dragões de
Cantanhede.
O repasto, que teve como cenário no salão dos
bombeiros, culminou com a entrega de um cheque de 750 euros, montante, que, segundo a di-
reção dos Voluntários de Cantanhede, será investido “na melhoria dos meios de proteção e socorro à população”.
FAMALICÃO
Entregue verba de campanha
E
m dia de Reis, Nuno Ribeiro, o responsável
pela loja do Intermarché de Famalicão, entregou aos Voluntários Famalicenses um cheque no
valor de 6500 euros, correspondente à campanha
“Ateste esta Ideia” que terminou no passado dia
31 de dezembro.
O presidente da direção da instituição beneficiada, António Meireles, e o comandante do corpo
de bombeiros, Bruno Alves, na ocasião congratularam-se com a iniciativa e salientaram a importância destas parcerias que permitem dar mais e
melhores condições aos bombeiros e, assim sendo, garantir a qualidade do socorro prestado às
populações.
A
Voluntários distribuem alimentos
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vila
Nova de Famalicão procedeu, recentemente, à entrega de seis mil
quilos de alimentos angariados no
âmbito da 3.ª Caminhada e BTT solidário.
A entrega decorreu no quartel,
onde os presidentes das 49 freguesias concelho de Famalicão levantaram os bens alimentícios.
Esta ação ocupou durante dois
meses os voluntários da associação, que recolheram os bens alimentares nas superfícies comerciais, num ação que culminou com
a caminhada pelas ruas da cidade, e um passeio
BTT, que reuniu mais de duas mil pessoas, sendo
que cada uma contribuiu também para campanha
com um bem alimentar.
Com esta iniciativa os Voluntários de Famalicão
contribuíram para garantir “um Natal mais feliz
às famílias carenciadas do concelho”.
Em jeito de balanço, José Cardoso, diretor da
s Bombeiros Voluntários da Aguda colaboraram ativamente com os grupos de corrida “ArcoRun”, “Shots International Runners” e “Tartarugas do Asfalto”, na realização de um evento solidário de recolha de bens para Instituições de solidariedade.
O evento, realizado no dia 3 de Janeiro, constituiu um sucesso, apesar das difíceis condições atmosféricas. Várias centenas de pessoas aderiram
ao repto lançado pelos organizadores e compareceram no na quartel dos bombeiros para o arranque da corrida/caminhada solidária.
Os Voluntários da Aguda tiveram empenhados
diretamente no apoio ao evento com 11 bombeiros, reforçados por mais 7 do piquete de serviço,
comandados pelo comandante Olímpio Pereira, e
Associação promove almoço solidário
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, organizou um almoço de Natal para as pessoas mais carenciadas
do concelho de Torres Vedras, ação que contou
com a colaboração das 13 freguesias do concelho, que se disponibilizaram a referenciar as pessoas e a transportá-las ao quartel.
Cerca de 130 marcaram presença neste encontro solidário promovido pela intuição, que, pelo
segundo ano consecutivo, partilhou com os menos privilegiados a sua mesa Natalícia.
TORRES NOVAS
A
instituição fala de “uma ação coroada de sucesso”
que em três anos muito tem crescido.
“Este ano conseguimos chegar às seis toneladas, uma meta que nos deixa com o coração
quente, pois temos a noção que com esta quantidade de alimentos pudemos ajudar cerca de 500
famílias do nosso concelho”, sublinha o porta voz
da associação, adiantado desde logo que os Voluntários de Famalicão já estão “a pensar na próxima edição”.
NESPEREIRA
Tradição junta duas centenas
Sons de Coimbra no salão dos bombeiros
O
oi uma noite mágica a que se viveu, recentemente, no salão dos Bombeiros de Cantanhede, com a
animação a cargo do grupo de fados Raízes de Coimbra e a Tuna de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Este espetáculo que foi vivido com emoção e entusiasmo pela vasta plateia que, desta forma, contribuiu, uma vez mais, para a causa dos bombeiros.
Torrejanos entregam cabazes
6 de janeiro, Dia de Reis, os
Bombeiros Torrejanos entregaram 11 cabazes de Natal a
11 famílias referenciadas pelos
Serviços Sociais do concelho de
Torres Novas.
Esta iniciativa partiu da ideia
de uma nossa bombeira a que o
Corpo de Bombeiros se associou de imediato, promovendo
ação internamente mas também nos órgão comunicação local e redes sociais, o que permitiu mobilizar as populações
para bem sucedida ação.
CANTANHEDE
F
com a participação do subchefe Henrique Silva e
dos bombeiros, Marco Ferreira, Vitor Sampaio e
Rúben Silva.
Nas duas ambulâncias de socorro envolvidas, as
equipas de emergência foram constituídas, na
ABSC-05, o bombeiro enfermeiro José Pinto, os
bombeiros César Magalhães e Fábio Prazeres, e na
ABSC-01, o bombeiro TAS Tiago Vieira e os bombeiros Carlos Sousa e André Ramos
O piquete de serviço foi constituído pelo subchefe Alberto Baptista e pelos bombeiros Mário Marques, Adriana Monsalve, Fernando Pinto, Francisco
Azevedo, Luís Martins e Inês Leite.
O forte abraço extensível a todos os bombeiros
que se associaram a mais uma iniciativa em prol
de outras entidades e instituições solidárias locais.
TORRES VEDRAS
VILA NOVA DE FAMALICÃO
A
Bombeiros apoiam recolha de bens
s Bombeiros Voluntários de
Nespereira cumpriram mais
uma vez a tradição, com mais
de uma década consecutiva, de
juntar toda sua família associativa. Perto de duas centenas de
pessoas, entre órgãos sociais,
comando, quadros ativo, de
honra e reserva, familiares dos
bombeiros, autarcas e dirigentes de outras instituições, cumpriram a tradição da ceia natalícia que preencheu o parque de
viaturas do quartel.
Trata-se de uma prática,
também comum noutras asso-
ciações de bombeiros voluntários, que permite, fortalecer o
espírito de grupo, e os laços
que juntam durante todo o ano
um conjunto significativo de homens e mulheres que fazem da
prevenção e do socorro o seu
maior desafio.
28
JANEIRO 2016
ARMAMAR
Em memória do passado ergue-se o futuro
A tragédia está indelevelmente na história
da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Armamar. Contudo, a morte
de 14 bombeiros em 1985, serviu para unir
uma enorme família que, nos últimos 30
anos, tudo tem feito pelo engrandecimento
da causa e pela valorização dos bombeiros,
o património mais valioso desta instituição
fundada a 10 de outubro de 1931.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
assinalar 85 anos de bons
serviços prestados, a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Armamar, continua a afirmar-se
pelo exemplo. Resiliência e empenho são as armas dos homens e mulheres que com brio
e orgulho, neste concelho do
distrito de Viseu, trajam de
bombeiro e honram a farda nos
mais variados cenários, situações ou teatros de operações.
A tragédia que irrompeu há
cerca de trinta anos pelo quartel, reduzindo a pó a vida de 14
bravos soldados da paz no fatídico incêndio da Serra de Lumiares, deixou marcas, cicatrizes difíceis de sarar, mesmo depois de tantos anos volvidos.
Mas é em memória de cada um
dos mártires que tombou no
campo de batalha, que hoje, os
Voluntários de Armamar se agigantam no cumprimento da nobre missão de salvar vidas.
O presidente da direção dos
Bombeiros de Armamar, Fernando Branquinho, abre os portões do quartel-sede aos jornalistas e com natural orgulho fala
do desenvolvimento desta instituição a que está ligado há mais
de duas décadas. Nos últimos
anos, muito mudou no setor e
direção e comando têm acompanhado de perto esse processo que permitiu modernizar e
reforçar meios e, assim, qualificar a resposta dos cerca de 50
elementos dos contingente, nas
mais distintas missões.
A poucos dias de entregar o
comando ao então adjunto
Nuno Fonseca, é ainda Alberto
Cochofel que fala pela estrutura
ao Jornal Bombeiros de Portugal para dar conta da exigência
imposta aos corpos de bombei-
ros, reconhecendo, contudo
que a direção tudo tem feito
para dar respostas aos constantes desafios, desde logo, a nível
da formação e da segurança
dos operacionais, mas também
na aquisição de viaturas e equipamentos adaptados às realidades territoriais.
“A direção nunca nos colocou
qualquer entrave às nossas solicitações, até porque nunca pedimos nada que não fosse realmente necessário”, salienta Alberto Cochofel, sublinhando a
renovação do parque de ambulâncias em curso, que no futuro
será extensível “às viaturas de
fogo que, embora com poucos
quilómetros rodados, têm muitos anos ”.
Já em matéria de proteção
individual o comandante considera existirem “algumas faltas”,
no que concerne a equipamentos de combate a incêndios florestais, ao contrário do que sucede com fogos urbanos, mercê
do apoio do “amigo Jorge Miranda”, um emigrante na Suíça
que “tem conseguido fazer chegar aos Bombeiros Armamar algum equipamento usado, mas
em muito boas condições”.
O quartel apresenta-se como
um espaço perfeitamente adaptado às exigências do corpo de
bombeiros. Há cerca de uma
década o complexo foi ampliado
e, de lá para cá “intervenções
pontuais” têm permitido “afinar” e conciliar conceitos de
funcionalidade, operacionalidade e conforto, dando assim condições de trabalho ao corpo de
bombeiros. Ainda assim, o presidente Fernando Branquinho
anuncia uma nova empreitada
que visa a construção de camaratas, bem como de um novo
parque de ambulâncias entre
“outros pequenos melhoramentos”. O projeto, que carece de
aprovação camarária, envolve
verbas na ordem dos 450 mil
euros.
Porque importa acautelar o
futuro e trazer novos elementos
para o quartel, os Voluntários
de Armamar apostam na proximidade com os mais jovens,
uma bem-sucedida estratégia
que tem atraído muitos “formandos” para a escola de infantes e cadetes, que, por sua vez,
“já deu vários elementos ao
corpo de bombeiros”.
Esta dinâmica acaba por ser
reconhecida e premiada, nomeadamente, pela autarquia,
sempre disponível a colaborar
com a associação e com o corpo
de bombeiros, em suma assumindo todas as responsabilidades em matéria de proteção civil municipal.
Para além do socorro, os
Bombeiros de Armamar ainda
reforçam a sua missão social
noutras vertentes. Desde 2014
a associação assume a gestão
de um banco de ajudas técnicas
que disponibiliza à população
camas articuladas, cadeiras de
rodas andarilhos, poltronas,
colchões anti escaras, projeto
que surge de uma parceria a
câmara municipal, patrocinada
por uma instituição bancária, e
tem como público –alvo a população sénior. Nuno Fonseca salienta a importância deste serviço prestado pelos bombeiros,
que permite garantir aos idosos
estes recursos, que, em muitos
casos, são fundamentais para
lhes acrescentar qualidade de
vida.
Trabalho e entrega surgem
como trunfos desta equipa que
se supera todos os dias para
dignificar o bom nome desta
instituição, que em 85 anos de
existência conseguiu inscrever
na sua história coragem e abnegação, qual fénix renasceu
das cinzas da tragédia, sendo,
hoje, exemplo vitalidade, que
deve inspirar as congéneres de
Norte a Sul do país.
29
JANEIRO 2016
A
FAMALICENSES
CELORICENSES
Três viaturas no sapatinho
Jantar reúne bombeiros e familiares
ceia de Natal dos Bombeiros
Voluntários Famalicenses,
sala cheia com meio milhar de
pessoas, trouxe no “sapatinho”
três viaturas e o anúncio da
compra de um terreno com 2
mil metros quadrados, situado
nas traseiras do quartel e que
irá permitir a futura expansão
do quartel ou a criação de valências complementares.
O autocarro foi oferecido pela
empresa “Saftur” cabendo o
restauro e transformação à Associação. Este autocarro vai
permitir uma deslocação mais
fácil e barata dos operacionais
para o terreno; o mesmo acontecerá com os elementos da
Fanfarra, grupo que sai praticamente todos os fins de semana
em serviço e que por imperativo dos convites recebidos desloca-se muitas vezes para o sul
do País.
O outro veículo é uma cisterna com capacidade para 40 mil
litros. O trator foi adquirido pela
Associação e a cisterna oferecida pelos “Transportes Nogueira”
e entregue por João Leitão, da
direção dos Famalicenses e gerente da empresa.
Além dos dois veículos, a Associação de Bombeiros Voluntários Famalicenses adquiriu também um veículo novo de transporte de doentes não urgentes.
«Vai facilitar bastante o transporte de doentes, que em média atinge os 160 doentes por
dia. Este serviço é importante
porque financia os outros realizados pelo corpo de bombeiros», justifica o presidente da
direção, António Meireles.
No caso do terreno, a direção
da corporação, embora não tenha planos imediatos, quis
acautelar o futuro. António Meireles diz que a corporação fez
este esforço financeiro para
precaver uma possível ampliação do quartel, garantindo também uma ligação à Rua Conselheiro Santos Viegas.
António Meireles explica que
a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários Famalicenses vive, pelo menos desde
2007, em autonomia financeira.
«Tudo o que adquirimos não é a
contar com donativos nem com
financiamentos externos. Vamos gerindo as nossas entradas
de dinheiro de modo a suprir as
nossas necessidades. Mas, obviamente, são sempre importantes as ajudas das empresas
e da população em geral. Vêm
dar outra tranquilidade», aponta o presidente da direção.
Recorde-se que os Bombeiros
Voluntários Famalicenses têm,
ainda, três projetos em carteira, que aguardam a comparticipação de fundos comunitários
para se tornarem realidade.
São eles, o centro de formação
e treino e a base de apoio logístico, ambos em Outiz, e camarata feminina e instalações do
comando, totalizando um investimento de um milhão e setecentos mil euros.
O presidente da Câmara Mu-
A
“grande família” dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, voltou a reuniu-se no já
tradicional jantar de Natal oferecido pela instituição.
“De facto os bombeiros são
uma grande família. Temos elementos que passam mais tempo na corporação do que em
casa com os seus”, salienta Fernando Freitas, presidente da
associação que nesta quadra chama, também, os
familiares dos bombeiros a viver momentos únicos de partilha e união.
O comandante António Marinho Gomes, na
ocasião, agradeceu o empenho de todo o corpo
ativo ao longo do ano em todos os teatros de
operações, “na defesa de pessoas e bens”. “Nesta
ocasião só posso agradecer o empenho de todo o
corpo ativo. Como sempre foram incansáveis e
conseguiram sempre, atuar pelo bem da nossa
população, sempre incansável sempre consciente
das exigências das missões.”
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
E
Infantes e Cadetes em presépio vivo
m oliveira de Azeméis, crianças, jovens e monitores da
escola de infantes e cadetes assumiram o papel central num
presépio vivo, iniciativa que já
conta com duas bem-sucedidas
edições.
Este ano foram necessárias
“três longas semanas de trabalho na montagem das estruturas” e na preparação de cada
um dos personagens, mas mais
uma vez a encenação pautou-se pelo êxito, com mais de
quatro centenas de visitantes,
como salientam Fábio Damas,
bombeiro, monitor e mentor
deste projeto.
BARCELINHOS
O
nicipal de Famalicão, Dr. Paulo
Cunha, enalteceu a capacidade
de resposta dos Bombeiros Voluntários Famalicenses e agradeceu aos beneméritos que
tornaram possível que esta corporação recebesse novos equipamentos.
Concluída a bênção e a tradicional Festa de Natal das crianças, que teve lugar durante a
tarde, seguiu-se a também tradicional Ceia de Natal que juntou à mesa a família “GUITA”.
Na sua intervenção, o comandante Bruno Alves sublinhou o empenho dos seus homens e mulheres que agradeceu e enalteceu. A família de
cada bombeiro também não foi
esquecida pois disse “sois vós
quem mais sofre com o empenhamento dos vossos familiares pela causa do socorro”.
O presidente da direção, fez
ainda um balanço exaustivo do
ano de 2015. Lembrou o grande esforço de todos quanto laboram voluntária ou profissionalmente no corpo de bombeiros, lembrou que a grande
quantidade de serviços de
transporte prestados diariamente, uma média de 160, o
número de 40 mil serviços totais realizados em 2015 e consequentemente a enorme quilometragem atingida anual-
mente e que passa o 1,5 milhões de quilómetros.
Realçou ainda ter a Associação/Corpo de Bombeiros tido
um acréscimo de 150 por cento
nos serviços prestados nos últimos três anos que se fez acompanhar de um aumento na faturação de 15 por cento.
António Meireles lembrou
ainda o esforço que permitiu
que, em 2015, o corpo de bombeiros visse ser requalificada a
sua ABTD 14 e o seu VSAE, recebesse uma nova ABTD 12,
um VOPE, uma ABTM 13, um
VALE, um VTTP, e dotado de
novo fardamento, material informático e de telecomunicações. Entretanto, está preparada uma candidatura ao QREN
para a aquisição de um VFCI,
de um VLCI e de uma ABSC.
Por último o presidente da
direção, após condecorar três
funcionários da casa que completaram em 2015, 25 anos ao
serviço da instituição, deu conhecimento da instituição do
prémio “Carlos Ihão Peixoto”,
que será atribuído anualmente
a um bombeiro do quadro ativo
dos Famalicenses, e o prémio
“Guita do Ano”, que será atribuído, também anualmente, a
um bombeiro dos restantes
quadros, familiares diretos, associados ou funcionários.
Ceia no novo quartel
s Bombeiros Voluntários de Barcelinhos realizaram o habitual jantar de Natal da Associação, pela primeira vez, no novo quartel reunindo
mais de 300 comensais.
Perante esta enorme família o presidente da
Associação, José Arlindo Costa, acabou por anunciar, o arranque da terceira fase da obra que inclui a instalação de um heliporto.
Por sua vez, o comandante José Beleza destacou que 2015 “ficou para a história como o ano
com maior número de serviços registados” e
agradeceu aos beneméritos José Costa, Jorge
Costa e José Pombal a recuperação de duas “viaturas clássicas” da associação..
Em dia de festa, os Voluntários de Barcelinhos,
foram presenteados pela Quinta & Santos Score
com uma nova ambulância de socorro.
TORRES NOVAS
E
Associação em festa
m época natalícia, e mais
uma vez, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos reuniu bombeiros, elementos da direção,
colaboradores e respetivos familiares num ambiente verdadeiramente festivo, com a boa
disposição, a partilha e a confraternização a marcarem presença.
Na ocasião o comandante do
Corpo de Bombeiros, José Carlos e o presidente da direção da
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, Arnaldo Santos, par além do tradicional mensagem de boas festas, deixaram
agradecimentos “a todos aqueles que de uma forma mais direta foram responsáveis pela realização da festa”, mas também ás empresas que a
patrocinaram.
Não faltaram os palhaços e muito menos “Pai
Natal” que mimou os mais pequeninos com as
prendas.
Em dia de festa foi, ainda, distinguido o bombeiro Américo Dias, pelos seus mais de vinte e
oito anos ao serviço dos Torrejanos. Foram depois entregues cabazes de Natal a sete bombeiros, que durante o ano se distinguiram pela “assiduidade às instruções”. A associação entregou,
ainda presentes a todos os elementos do corpo
de bombeiros, colaboradores e dirigentes.
A fechar o programa um jantar volante que
juntou cerca de duzentas e cinquenta convivas.
30
JANEIRO 2016
COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
O
Avaliação da sinistralidade dos
tema que aqui abordamos foi apresentado, em
co-autoria, pelo subchefe
dos Bombeiros Voluntários de
Almeirim, Tiago Raposeira, no
seminário técnico realizado na
Autoridade Nacional de Proteção Civil em 28 de Novembro
passado por ocasião da divulgação do Prémio Boas Práticas
ANPC 2015.
A valia e oportunidade de tal
tema levou-nos a convidar Tiago Raposeira a fazer uma súmula a inserir neste jornal,
como agora acontece:
Introdução
«No combate aos incêndios
florestais presenciam-se por
vezes situações extremas, onde
se perspetivam enormes danos,
justificando assim um esforço
maior na tentativa de controlar
a situação. Essa motivação,
combinada com o elevado
stress e desgaste físico, induz
os elementos numa maior exposição ao risco, ignorando que
a tragédia mais provável que
dali pode advir é um acidente
com a própria equipa. No combate aos incêndios florestais,
como em qualquer operação de
socorro, a segurança das equipas é um elemento central e
prioritário. Existem riscos ine-
rentes à função de combatente
que são impossíveis de eliminar. Contudo, a redução através
de um maior conhecimento,
proteção e menor exposição é
possível» (Martins, 2013).
A conhecida exposição dos
bombeiros à diversidade de riscos ocupacionais gera acidentes
de trabalho, de viação e doenças súbitas. Em particular,
aquando da exposição ao Teatro de Operações (TO) no combate a incêndios, essa exposição ao sobre-esforço e às temperaturas, gera stress térmico
(Quintal, 2012), que potencia
os acidentes e doenças súbitas.
Os acidentes com bombeiros,
durante as operações de combate aos incêndios florestais,
podem ser reduzidos ou evitados se forem cumpridas as regras e os procedimentos de segurança. A segurança individual
dos combatentes baseia-se na
conjugação de diversos fatores,
nomeadamente bons conhecimentos dos riscos e cumprimento dos procedimentos de
segurança, bem como na aquisição e uso de equipamentos de
proteção individual adequados
(Escola Nacional de Bombeiros,
2006).
A investigação dos acidentes
com combatentes, relacionados
com os incêndios florestais, é
uma prática comum noutros
países, como EUA, Canadá e
Austrália. As lições aprendidas
dessas investigações desenvolveram de técnicas de treino e
combate e regras operacionais
que passaram a ser de aplicação universal. Na Europa, existe também a necessidade de
melhorar e desenvolver a investigação desses acidentes, por
forma a aumentar a cultura de
segurança baseada na nossa
realidade (Viegas, 2009).
Estudo
Os dados foram recolhidos do
modelo de “Relatório Preliminar
sobre Acidentes Pessoais” da
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), da qual se tratou estatisticamente a informação referente aos acidentes
com bombeiros em incêndio florestal no Distrito de Santarém,
no período de janeiro de 2006 a
dezembro de 2013.
Com o objetivo de caraterizar
a sinistralidade no Distrito de
Santarém, identificou-se a tipologia dos acidentes, a sua origem bem como as consequências físicas e gravidade das
mesmas. Identificou-se também o período horário em que é
mais frequente a ocorrência de
acidentes, e em que fase do in-
cêndio ocorreram (Ataque Inicial ou Ataque Ampliado).
Além da descrição do fenómeno, pretendeu-se também
verificar se existe alguma relação entre a sinistralidade e o
número de incêndios e/ou o horário do incêndio, bem como
entre a sinistralidade e a duração média de incêndio.
Para o efeito, foi feita estatística exploratória para futura
averiguação da relação destes
acidentes com o número total
de ocorrências, o horário do incêndio, o tempo médio de duração de incêndio e número de
combatentes.
Resultados e discusão
em janeiro de 1996
No período e no Distrito em
estudo, ocorreram 410 acidentes com bombeiros, sendo que,
destes, 149 foram em ocorrências de incêndios florestais.
A distribuição destes acidentes com incêndios florestais, foi
a seguinte:
• Acidentes segundo a tarefa
efetuada - 127 acidentes ocorreram no local de incêndio; 10
no quartel, em operações de
manutenção de viaturas; 7 em
acidente de viação, a caminho
do local de incêndio; 2 em acidente de viação, no local de incêndio; 2 em ações de formação e 1 caso de doença súbita
no local do incêndio.
• Origem das Lesões - 91 acidentes por queda; 21 por inalação de fumos; 14 por cansaço/
exaustão; 9 por acidente de
viação; 8 por contacto térmico;
3 por lesão ocular; 2 por reação
alérgica e 1 por eletrização.
• Danos Físicos - nos 149 acidentes registaram-se 41 traumatismos; 32 entorses; 21 intoxicações; 16 queimaduras;
12 exaustões; 8 fraturas; 4 escoriações; 3 lesões oculares; 2
mortes, uma por acidente de
viação e outra por doença súbita; 2 luxações; 2 reações alérgicas; 2 lombalgias; 1 corte; 1
dificuldade respiratória; 1 eletrização e 1 esmagamento.
Destes dados, verifica-se que
o maior número de lesões é
provocado por quedas, inalação
de fumos e cansaço. Especificamente em relação às quedas,
foi determinado que quase metade delas ocorreu ao sair das
viaturas, na chegada ao local de
incêndio.
Tendo em atenção esta atividade, pode afirmar-se que a
distribuição dos acidentes predominantemente no período da
tarde é coincidente com a distribuição das ocorrências de incêndio, visto que cerca de metade dos incêndios ocorrem de
tarde. Verifica-se que as lesões,
independentemente da gravidade, se concentraram à tarde
e ocorreram em acidente de
trabalho no teatro de operações. Com efeito, um maior número de ocorrências significa
um maior empenhamento de
bombeiros nas operações de
combate, o que aumenta a probabilidade de acidente.
Tendo em conta a distribuição dos acidentes e da gravidade das lesões, pela ocupação
específica no momento do acidente e pelo período horário,
verifica-se que, tanto as mortes
como os ferimentos graves, se
concentraram à tarde, o que
corrobora a hipótese de existir
uma relação direta entre o número de ocorrências de incêndio e o número de acidentes,
ANIVERSÁRIOS
2 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Cascais . . . . . . . 129
Bombeiros Voluntários S. Pedro do Sul . . . . 90
Bombeiros Voluntários de Valpaços . . . . . . . 79
Bombeiros Voluntários de Aljustrel . . . . . . . 66
3 de fevereiro
Bombeiros Voluntários Flavienses . . . . . . . 126
Bombeiros Voluntários
de Vila Nova de Cerveira . . . . . . . . . . . . . . 80
6 de fevereiro
Bombeiros Voluntários
de Moreira da Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
7 de fevereiro
Bombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . .78
8 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Sernancelhe . . . . 57
10 de fevereiro
Bombeiros Voluntários
de Mondim de Basto . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Bombeiros Voluntários de Baltar . . . . . . . . . 87
12 de fevereiro
Bombeiros Voluntários
de Vieira do Minho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
15 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Vialonga . . . . . . . 38
18 de fevereiro
Bombeiros Voluntários
de São Mamede de Infesta . . . . . . . . . . . . . 97
20 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Crestuma . . . . . . 20
21 de fevereiro
Bombeiros Sapadores de Setúbal . . . . . . . 229
Bombeiros Voluntários
de Montemor-o-Velho . . . . . . . . . . . . . . . . 83
24 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Penacova . . . . . . .85
Bombeiros Voluntários de Fronteira . . . . . . . 20
26 de fevereiro
Bombeiros Voluntários
de Vila Franca do Campo . . . . . . . . . . . . . . 27
28 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Melo . . . . . . . . . . 79
Fonte: Base de Dados LBP
31
JANEIRO 2016
COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
bombeiros no distrito de Santarém
por um maior número de ocorrências implicar o aumento número de bombeiros expostos a
riscos de acidente.
Conhecendo esta atividade a fase de Ataque Inicial ao incêndio é aquela em que há uma
intervenção mais musculada e
com movimentações no terreno
mais enérgicas - pode-se interpretar que a ocorrência de mais
de metade dos acidentes na
fase de Ataque Inicial, coincide
com a tentativa de neutralizar o
incêndio no mais curto período
de tempo.
Em relação à distribuição pelas classes etárias, como o
maior número de combatentes
está entre os 18 e os 35 anos, a
ocorrência da maioria dos acidentes nestas faixas etárias
está dentro do que se esperava,
visto que são os elementos que
se encontram maioritariamente
na linha da frente de combate.
Por outro lado, analisando a
distribuição dos acidentes pela
antiguidade como bombeiro,
verifica-se que uma grande
porção dos acidentes ocorre
com bombeiros com menos
anos de serviço efetivo. Coincidentemente, discriminando os
acidentes pelo posto hierárqui-
co na estrutura dos Bombeiros,
os bombeiros de 3ª classe registam o maior número absoluto de acidentes. Existindo maioritariamente bombeiros de 3ª
classe nas operações de combate a incêndios florestais, então estes são expostos em
maior número ao risco de acidente, pelo que também é espetável que registem o maior
número absoluto de acidentes.
Considerações finais
Foi sentida grande dificuldade na recolha das informações
constantes no Modelo de Relatório Preliminar de Acidentes
Pessoais da Autoridade Nacional de Proteção Civil, pois esse
documento é demasiado simples e vago para a recolha das
informações tidas como pertinentes para um estudo de sinistralidade, por essa razão, foi
elaborada uma proposta de melhoria ao documento existente
por forma a sistematizar e padronizar a recolha da informação de acordo com as Classificações Europeias para Acidentes de Trabalho do Eurostat
(Eurostat, 2001). Aproveitou-se
também para propor à Autori-
dade Nacional de Proteção Civil
um modelo tipo de Relatório de
Investigação de Acidentes Pessoais com Bombeiros.
Quanto à sinistralidade com
bombeiros no distrito de Santarém, de uma forma sintética,
verifica-se que a maioria dos
acidentes ocorre no período da
tarde, no local do incêndio, sendo originados por quedas, e
destas uma grande parte é na
saída das viaturas. Verifica-se
também que, maioritariamente,
estes acidentes ocorrem na
fase do Ataque Inicial aos Incêndios, ainda que os incêndios
com maior sinistralidade sejam
os com duração entre 90 minutos e as três horas. Verifica-se
ainda que a maioria dos Acidentes ocorre na faixa etária entre
os 21 e os 25 anos de idade e
em bombeiros com 1 a 5 anos
de serviço efetivo.
No que diz respeito à situação verficada da incidência da
sinistralidade na fase de Ataque
Inicial e na transição de Ataque
Inicial para Ataque Ampliado, é
um tema que, pela sua importância, deverá ser analizado
mais em profundidade num estudo posterior.
Contudo importa referir que
dentro do Sistema de Gestão de
Operações (SGO) existe a figura do Oficial de Segurança, que
surge na Fase III e IV do SGO,
no entando pelos dados apurados a maioria dos Acidentes
ocorrem até às 3h de Incêndio,
logo parece pertimente que
esta figura surja no Teatro de
Operações logo na Fase II, sendo que deverá ser dada mais
importância a este elemento,
que ainda é pouco utilizado nos
Teatros de Operações, com vista a aumentar a segurança dos
Bombeiros no Combate aos Incêndios.
O presente estudo pretende
igualmente servir como ponto
de partida para novos estudos
que abarquem esta temática da
sinistralidade com bombeiros
no combate a incêndios florestais e para que se consiga ter
um conhecimento e uma visão
concreta da tipologia da sinistralidade a que os bombeiros
portugueses estão sujeitos,
permitindo desta forma contribuir para a segurança destes
operacionais.
Agradecimentos
É devido reconhecimento ao
Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém
da Autoridade Nacional de Proteção Civil, pela colaboração na
realização deste estudo.
Validação científica
As conclusões do presente
estudo foram validadas através
de arbitragem científica de um
artigo aprovado para publicação
e apresentação no IVº Congresso “Vertentes e Desafios da Segurança 2014” e no SHO2015
“International Symposium on
Ocupational Safety and Hygiene”.
Referencias
– Escola Nacional de Bombeiros (2006). Manual de Combate
a Incêndios Florestais para
Equipas de Primeira Intervenção. Sintra: ENB.
– Eurostat (2001). Estatísticas Europeias de Acidentes de
Trabalho - Metodologia. Luxembourg: European Commission.
– Martins, S. (2013). Segurança e Eficiência no Combate
aos Incêndios Florestais. Lisboa: Vórtice.
– Quintal, P. d. (2012). Caracterização do Stresse Térmico
no Combate a Incêndios e Avaliação de Sistemas de Arrefecimento Individual. Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade de Coimbra.
– Viegas, D. X. (2009). Recent Forest Fire Related Accidents in Europe. Luxembourg:
European Commission - Joint
Research Centre - Scientific and
Technical Reports.
Autores:
RAPOSEIRA, Tiago Catrola Licenciado em Engenharia da
Segurança, ISLA Santarém;
Subchefe CBV Almeirim;
SILVESTRE, Mário Henriques
- Mestre em Riscos e Proteção
Civil, ISEC Lisboa; CODIS Santarém, ANPC;
MARQUES, Paulo Henrique
dos - Professor Doutor em Higiene e Segurança do Trabalho,
ISLA Santarém;
CASCAIS
O
Grupo cénico centenário ensaia
Grupo Cénico da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Cascais está a ensaiar uma
nova revista com o título “Gil
Vicente em Revista – Os 100
anos do Grupo Cénico” que
irá precisamente assinalar o
centenário daquela formação.
A estreia da revista está
marcada para fevereiro do
próximo ano e os ensaios já
decorrem a bom ritmo.
O encenador voltará a ser
Luis Lourenço, responsável
pelas últimas produções do
Grupo Cénico.
A nova produção coincide
também com a comemoração do 130.º aniversário da
Associação, que será comemorado em junho de 2016.
Recorde-se que o Grupo
estreou-se em 2015 nas
Marchas Populares de Cascais, a convite da Autarquia,
onde alcançou um assinalável êxito.
ANGRA DO HEROÍSMO
A
Charanga de vento em popa
charanga dos Bombeiros Voluntários de Angra
do Heroísmo, Terceira – Açores, continua de
vento em popa correspondendo às inúmeras solicitações que lhe vão chegando.
Ficou demonstrado mais uma vez o apuro desta, também assim designada, fanfarra, no Dia da
Padroeira e aniversário da Associação comemorado recentemente.
A primeira atuação da formação foi em 10 de
junho último, Dia de Portugal, nas cerimónias
realizadas junto à Câmara Municipal, também
como demonstração de agradecimento ao Município pelo apoio dado à sua constituição.
O responsável pela charanga é o chefe Fernando Nascimento e dela fazem parte 36 elementos,
26 dos quais bombeiros. Os seus instrumentos
musicais dividem-se pelo sopro, percussão, requinta e lira.
32
JANEIRO 2016
LBP
Mensagem de ano novo
Caras Amigas / Caros Amigos
Bombeiras(os) Portugueses
com Farda e Sem Farda
V
enho neste momento à
vossa presença por duas
ordens de razões: a primeira, para agradecer a todos
os que nos enviaram pelas
mais diversas formas, mensagens de Boas Festas, Saudações e Felicitações para o Ano
Novo que ora começa. Sem
qualquer exagero, posso afirmar-vos que foram muitas
centenas, senão mesmo alguns milhares de mensagens
que nos foram dirigidas de
todo o País. Afirmações de
amizade, de consideração e incentivo, demonstrações de
inequívoco sentimento de unidade, que abrange a grande
Família dos Bombeiros Portugueses. Esta mensagem é,
pois, fundamentalmente para
retribuir as vossas saudações e
cumprimentos, que para nós
são força e estímulo para continuarmos a pugnar pela concretização dos grandes objetivos a que nos propomos: Defender as vidas e os haveres
de todos os Portugueses, fiéis
aos valores que orientam a
nossa tão Nobre Missão - Vida
por Vida. Em segundo, e depois de assumidos os nossos
agradecimentos, entendemos
ainda dizer-lhes que o Povo
Português hoje, mais do que
nunca, confia nos seus Bombeiros enquanto principal
Agente de Proteção Civil em
Portugal. Esse sentimento de
respeito e confiança também
nos confere mais responsabilidades e exigências no exercício da nossa tão Nobre Missão
de socorrer. Perante esta inquestionável realidade reitero-
-vos, em nome da Liga dos
Bombeiros Portugueses, o meu
mais profundo e sincero agradecimento e que este seja um
incentivo à defesa permanente
das nossas práticas, princípios
e valores. Entendo também dizer-vos que para conseguirmos manter a nossa atividade
dentro dos padrões a que nos
comprometemos, é importante
reforçar os nossos desígnios de
Competência, Profissionalismo
e Humildade, ao serviço de
Portugal e dos Portugueses.
Também é necessário que vos
diga, que os tempos futuros
não aparentam ser nada fáceis, aliás, como nunca o foram ao longo dos tempos, de-
parando-nos sempre com situações e problemas que se
foram ultrapassando com Abnegação, Altruísmo e Solidariedade. Por essa razão acredito em vós, e todos unidos, Associações Humanitárias e Corpos de Bombeiros, Federações
e Liga dos Bombeiros Portugueses prossigamos a nossa
Missão de defender as Vidas e
Haveres de todos os Portugueses. Termino desejando a todos vós e às vossas Famílias,
um Bom Ano de 2016.
A BEM DA HUMANIDADE
O Presidente
do Conselho Executivo
Jaime Marta Soares
Comandante
BOMBEIRO DE MÉRITO 2015
E
Candidaturas até 11 de março
stão abertas até 11 de março próximo as candidaturas
ao Prémio Bombeiro de Mérito
2015. Como é sabido, a Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP) promove anualmente a
LOUVOR/REPREENSÃO
Aos jornalistas da “Sábado” pela demonstração de reconhecimento aos bombeiros canarinhos João Rodrigues, Daniel Almeida,
Emanuel Costa, João Cabeças e Helder Cantarinha que os socorreram na serra da Estrela
quando estavam rodeados de neve.
Àqueles que, ao fazerem a notícia apressada, não cuidam de saber e divulgar que foram
os bombeiros quem, de facto, procedeu ao
resgate do grupo de caminheiros perdidos na
serra do Gerês, mesmo que a GNR depois tenha também dado apoio a essa missão.
atribuição do Prémio Bombeiro
de Mérito, nos termos do regulamento que no início do mês
foi enviado aos presidentes de
direção, comandantes e presidentes de federações.
Para além da escolha do
Bombeiro de Mérito, o regulamento também inclui menções
honrosas para, Câmara Municipal, Dirigente Associativo, Elemento do Quadro de Comando,
Personalidade Empresarial ou
Empresa e Personalidade da
Sociedade Portuguesa.
Neste sentido, na circular enviada a LBP exorta os dirigentes
das associações humanitárias
de bombeiros/corpos de bombeiros, comandantes dos corpos de bombeiros e presidentes
de federações distritais a apresentarem candidaturas referentes a 2015.
Cada candidatura deverá jus-
A Crónica
do bombeiro Manel
tificar os motivos que fundamentem a respetiva apresentação, mencionando detalhadamente os atos protagonizados,
quer seja ao Prémio Bombeiro
de Mérito, quer seja a Menção
Honrosa, incluir a respetiva
identificação do indivíduo ou
entidade proposta, e ser enviada por email para [email protected]
ou via CTT para a morada da
sede da LBP até dia 11 de março de 2016.
Após a receção das candida-
turas, a Comissão de Nomeação
do Prémio irá reunir até ao final
de março para selecionar as
candidaturas. Da seleção resultante, o Júri Nacional escolherá
os premiados até ao final de
abril de 2016.
Quem falta na fotografia
U
m companheiro nosso fez-me
chegar a fotografia que reproduzimos perguntando-me se sei
quem falta lá estar. Obviamente
que quem lá falta são os bombeiros. Não me cabe por em causa
quem lá está. Quem os pôs lá terá
uma explicação para isso. Mas, na
realidade, falta explicar a razão
por que os bombeiros não estão.
Pelo que me dizem o presidente
da nossa Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime
Soares, reagiu de imediato junto
da GNR e foi informado de que
caso retomassem a campanha então os bombeiros seriam envolvidos.
Não somos GNR, não somos taxistas, não somos agentes funerários, não somos INEM. Valemos
por nós próprios, somos os bombeiros de que todos precisam. Faltamos, por certo, na fotografia.
Mas os cidadãos, a quem se destina esta publicidade, afinal nem
precisam de nos ver lá. Melhor
que ninguém, sabem bem quem
fomos, quem somos, por que
existimos e o que fazemos.
[email protected]
FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro –
Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede,
Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected]
– Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 21
825 88 21 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS
N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal
Download

Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 351 – dezembro 2015