CRACHÁ DE OURO PARA BOMBEIROS FALECIDOS EM SERVIÇO Página 5 Janeiro de 2016 Edição: 352 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva Foto: Marques Valentim CACILHAS Presidente da LBP lembra MAI: Associações de Bombeiros são estruturas especiais Págins 16 e 17 2 JANEIRO 2016 Obrigado por tocarem a sirene T odos, ou quase todos, os quartéis de bombeiros, por princípio e também eventual necessidade, mantém-na em funcionamento. Falo da sirene. Quando se ouve tocar em determinados momentos suscita surpresa, pesar, ou até apreensão, seja quando o faz em circunstâncias fora do comum, quando o faz para assinalar a descida à terra de mais um dos nossos heróis, ou quando se trata de chamar reforços para a prestação do socorro. As novas tecnologias da comunicação há muito que deixaram de fazer depender exclusivamente da sirene para fazer uma chamada geral. Agora até permitem convocar grupos específicos de intervenção ou passar informações. Contudo, nos tempos que correm, apesar de todo esse desenvolvimento, a sirene permanece altaneira como reserva para a chamada que se imponha quando as tecnologias falhem. Mas a sirene, aparte a valia operacional tem frequentemente outras qualidades que muitas vezes só lhe são reconhecidas quando falta. Aconteceu a poucos dias do final do último ano. Uma idosa, vizinha da associação de bombeiros a que estou ligado há mais de quatro décadas, passou pelo quartel para agradecer aos bombeiros pelo apoio dado e, em especial, para lhes agradecer o simples facto de continuarem a tocar a sirene ao meio-dia. E explicou o porquê de tão aparente insólito agradecimento. Habitualmente, confere-lhe uma sensação de conforto, de bem-estar, por que ao ouvi-la tocar sabe que há alguém disponível para ajudar e, por outro lado, ajuda-a também a gerir as múltiplas tarefas da lida da sua casa. Quando mudámos de quartel há 20 anos, e até já operávamos com os ditos “bips”, parecia-nos ilógico continuar a accionar a velhinha sirene. No passado, era eu miúdo, esperava-se pelo sinal horário do meio-dia da então Emissora Nacional para accionar a sirene. Ao longo do tempo, o auto- matismo acabou por evitar esta operação mas manteve inalterada a tradição. Com a mudança de instalações e a cada vez maior inutilidade, pensávamos nós, do toque da sirene, decidiu-se remetê-la ao silêncio. Eis senão quando, pouco tempo depois, surge um coro de protesto local no centro da Vila que, na prática, veio assinalar e validar uma outra função, eminentemente social, de cuja importância, afinal, não estaríamos tão cientes. O toque da sirene dos bombeiros ao meio-dia era, em si mesmo, uma instituição. Recuperada a antiga sirene, hoje, continua tocar no centro histórico da Vila, a par da, entretanto, montada no actual quartel. É, o dois em um no cumprimento de uma função social secular. Não para suscitar surpresa, pesar ou alerta mas, simplesmente, para assinalar e valorizar a proximidade e aquecer os corações dos que a ouvem. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia JORNAL@LBP Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna Fazer tanto, com tão pouco P or razões às quais é alheio, o jornal “Bombeiros de Portugal” publicou na sua última edição (dezembro 2015), página 7, uma notícia sob o título “MAI – Novos Secretários de Estado” na qual se insere uma foto da “Lusa” que não corresponde à nova Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto. Pelo facto, não obstante declinarmos qualquer responsabilidade, não queremos deixar de apresentar sinceras desculpas à visada, certos de que, pelo facto de também ser ex-jornalista (1979/2000), melhor compreenderá o sucedido. Quer no site do jornal, como já aconteceu, e nesta edição do jornal (janeiro 2016) faz-se a devida retificação. A notícia em causa foi construída e paginada na altura em que no site oficial ainda não estavam disponíveis fotos dos dois secretários de Estado. Face a isso, recorremos ao arquivo da agência “Lusa” para ilustrar a notícia, incorrendo então no referido erro. Aproveitamos a oportunidade para referir que a nova secretária de Estado é licenciada em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Criminais, foi deputada à Assembleia da República (2009/2015), integrou a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, integrou o Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal (2010/2014), foi governadora civil do distrito do Porto (2005/2007), vereadora da Câmara Municipal do Porto (2001/2005) e professora assistente de Direito na Universidade Lusófona do Porto. P assa o tempo, altera-se a conjuntura, mudam os governos e governantes, redefinem-se regras, ajustam-se leis e, não obstante as contrariedades e a complexidade dos desafios, as associações e os bombeiros continuam firmes no propósito maior de socorrer, de salvar vidas, não descurando, ainda, outras missões, nas vertentes sociais, culturais ou desportivas. Desde o início deste novo ano a equipa do jornal Bombeiros de Portugal já esteve em quase uma dezena de instituições que são exemplo de uma saudável versatilidade nos serviços prestado á comunidade, assumindo uma importante função social. Nesta área, é amplo e versátil o conjunto de competências destas associações que dinamizam bandas e fanfarras, promovem o ensino de música, patrocinam grupos de teatro, acolhem e promovem eventos vários e ainda asseguram transportes escolares, apoiam cidadãos com necessidades especiais, assumem apoio aos idosos, contribuem para a reintegração social de jovens e ainda dinamizam um sem número de atividades desportivas, quer em regime mais informal, quer a nível federado e, em alguns casos, com excelentes resultados. Embora sejam muitos os exemplos de boas práticas e de projetos bem-sucedidos permitimo-nos dar conta do trabalho desenvolvido pelos Voluntários de Valbom na sinalização apoio e acompanhamento de famílias socialmente vulneráveis, mas também do importante trabalho dos Bombeiros da Azambuja na “recuperação” de jovens com problemas comportamentais: Foto: AHBVFanhóes RETIFICAÇÃO Numa outra vertente, registem-se os casos dos Bombeiros de Alcabideche que arrecadam resultados de excelência no karaté, ou dos das congéneres de Fanhões, Zambujal. Loures ou Fornos de Algodres que não só se podem orgulhar das bandas e orquestras que as representam, mas também do serviço que prestam à comunidade na ocupação e formação musical dos mais jovens. E, de facto, sobram exemplos para ilustrar a atividade das associações humanitárias de bombeiros voluntários, que, em várias frentes, combatem as adversidades com trabalho, criatividade e, mesmo, com poucos recursos se reinventam todos os dias para continuar um bom e vasto serviço à comunidade, onde se continuam a distinguir pela identidade e pela tradição, mas se afirmam pela constante e oportuna adaptação aos ditames do presente. Sofia Ribeiro 3 JANEIRO 2016 D esde que fomos eleitos, com expressivo resultado, temos desenvolvido um conjunto de temas e uma estratégia para os conduzir aos diferentes níveis institucionais, identificados como importantes para alcançar os objetivos traçados a bem dos Bombeiros Portugueses, da sua missão e do reconhecimento que lhes é devido. Para nós, desde logo, em permanência, os dados estão lançados no sentido da busca, do desenvolvimento, do debate e da discussão desses temas, quer, prioritariamente, no nosso seio, quer também no exterior interagindo com todas as entidades parceiras, oficiais, públicas e privadas. No nosso entendimento, de facto, os dados nunca deixaram de estar lançados. Mas, sempre que ocorrem mudanças na sociedade, nomeadamente decorrentes de processos eleito- Foto: Marques Valentim Os dados voltam a estar lançados rais, importa reiterar posições, com tanta frontalidade quanto rigor, transparência e verticalidade que sempre têm caracterizado a nossa forma de ser e estar. Independentemente das mudanças que inevitavelmente ocorrem, inclusivé no panorama governativo, de facto, o nosso posicionamento mantém-se inalterado sobre as matérias em apreço. É certo que os novos governantes não têm que forçosamente estar familiarizados ou conhecedores dos temas que nos são caros. Por isso, neste momento, e correspondendo à nova plataforma de debate que se nos apresenta com novos responsáveis e porventura novas ideias importa voltar a lançar os dados. Os contactos já realizados, em primeiro lugar, com o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e com o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e de seguida com a Mi- nistra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e com o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, são bem demonstrativos da vontade de rapidamente dar continuidade ao debate e à construção de soluções relativas a questões que já vínhamos articulando com o Governo anterior ou outras que venham a surgir. Em qualquer dos casos, continuidade das questões ou arranque de novas, a nossa determinação é total, a nossa abertura é igualmente total, como fizemos questão de sublinhar a todos os responsáveis governativos com quem já reunimos. A todos eles, nos diferentes momentos de encontro, fizemos questão de sublinhar, com a clareza, a frontalidade e o rigor que sempre colocámos na nossa forma de ser e estar, ao que vínhamos, o que anima e sustenta as nossas teses, a premência, a lógica e a oportunidade de cada uma delas. E, deixámos sempre claro que, o que nos anima não é a busca de benesses, apoios ou quaisquer subsídios. Não temos qualquer rebuço em propor que se possa e deva medir o impacto da nossa missão, os resultados práticos do nosso trabalho em prol da defesa, do bem-estar e da segurança das populações. Chegados aí, também o temos dito, e voltámos a reforçar perante os novos governantes, importa que a comunidade, as autarquias e o próprio Estado saibam corresponder a esses dados concretos com o ressarcimento adequado e correto devido aos Bombeiros Portugueses. Vamos continuar a trabalhar imbuídos da mesma determinação, do mesmo espírito de diálogo, da mesma vontade de concertação, mas também com a convicção da justeza dos nossos princípios em prol da comunidade. 4 JANEIRO 2016 VISTORIAS DE AMBULÂNCIAS Foto: Marques Valentim Atitude do INEM é saudada TAXAS MODERADORAS O LBP recupera isenção para os bombeiros ministro da Saúde, Adalberto Gomes Fernandes, correspondeu à solicitação do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, para que seja reposta a isenção de taxas moderadoras para os bombeiros portugueses e, inclusive, alargadas a todos os cuidados de saúde hospitalar do Serviço Nacional de Saúde. Esta foi uma das conclusões da reunião de 23 de dezembro, solicitada pela LBP para apresentação de cumprimentos e também para uma primeira abordagem aos temas caros à colaboração existente entre os Bombeiros e o novo titular do Ministério da Saúde. O socorro pré-hospitalar em Portugal, no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), que depende em cerca de 90 por cento dos bombeiros será um dos temas. Outro, o transporte de doentes não urgentes onde a intervenção dos bombeiros é capital. Recorde-se que a isenção das taxas moderadoras foi retirada aos bombeiros em 2011 e, desde então, a LBP lutou pela sua reposição. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) regista mais uma vez com muito agrado que o presidente do INEM, Luis Meira, “tenha entendido a nossa justa pretensão e tenha decidido no sentido de que as vistorias/certificações das ambulâncias se façam sem perder a sua objetividade nem critérios perfeitamente claros, mas que correspondam com esta decisão àquilo que são as nossas necessidades e preocupações do dia a dia” refere o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, em circular enviada a todas as associações, câmaras municipais com corpos de bombeiros, comandos, federações e órgãos sociais da LBP. “Registamos e saudamos a forma expedita como este assunto foi interpretado, havendo ANPC Fotos: ANPC Secretário de Estado no briefing O secretário de Estado da Administração Interna (SEAI), Jorge Gomes, participou pela primeira vez no “briefing” operacional de proteção civil realizado na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) em Carnaxide, na presença do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombei- SEAI visita instalações Fotos: ANPC A Com efeito, “as ambulâncias são por vezes reprovadas, por questões de simples pormenor, que não têm do ponto de vista prático, qualquer incidência regulamentar ou diminuição da prestação de serviço de qualidade que todos desejamos, mas por essas razões de excesso de rigor, criam dificuldades acrescidas às nossas Associações” aponta o comandante Jaime Soares. No sentido de colmatar estas situações, o presidente da LBP oficiou ao presidente do INEM para que e “sem desvirtuar o normativo regulamentar, pudesse criar critérios objetivos e claras interpretações das normas, no sentido das vistorias/ certificações se tornarem mais simplificadas e por essa razão mais céleres e objetivas”. ENB Ministra em Carnaxide ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, visitou recentemente a sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em Carnaxide, acompanhada pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. Durante a visita, iniciada com a apresentação de uma formatura de elementos da Força Especial de Bombeiros, a ministra manteve contactos com os principais responsáveis daquela estrutura, nomeadamente, o presidente, major-general Grave Pereira, o diretor nacional de bombeiros (DNB), Pedro Lopes, o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, e outros dirigentes, das direções nacionais, dos Recursos da Proteção Civil, do Planeamento de Emergência e da Auditoria e Fiscalização. contudo a necessidade de, a curto prazo, serem analisados e reajustados os regulamentos, que complementem o sentido de cooperação ora demonstrado pelo INEM, perante os Bombeiros de Portugal, que de uma forma profissional e competente querem continuar a contribuir para melhorar o Sistema Integrado de Emergência Médica” sublinha ainda o presidente da LBP na mesma informação. Como é sabido, a certificação de ambulâncias dos bombeiros pelo INEM, “tem sofrido nos últimos tempos, contratempos indesejáveis, levando a uma permanente reclamação junto desta entidade e da Liga dos Bombeiros Portugueses, por parte das direções e comandos das associações e corpos de bombeiros. ros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares. Esta reunião semanal, que conta com a participação da LBP, congrega todos os restantes agentes da proteção civil e as entidades que interagem nesse âmbito. O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, deslocou-se no passado dia 14, pela primeira vez, à sede da Escola Nacional de Bombeiros. A visita teve como principal objetivo a apresentação da ENB, resultados, desafios e projetos a concretizar brevemente ao nível das infraestruturas. A visita contou com a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do Diretor Nacional de Bombeiros, Pedro Lopes, e do presidente da Assembleia Municipal de Sintra e antigo dirigente da ENB, Domingos Quintas. 5 JANEIRO 2016 LBP REÚNE COM MAI presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, manifestou-se satisfeito com a “total abertura” demonstrada pela titular do Ministério da Administração Interna (MAI), Constança Urbano de Sousa, e, no caso concreto, do anúncio feito por esta de que a reivindicação da LBP em torno da isenção para a viatura VDTD estar já a ser tratada. A LBP defende há muito a aclaração da legislação que garanta também a isenção tributária para o veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD) no âmbito da já existente para os restantes veículos adquiridos pelas associações de bombeiros para cumprimento das missões de proteção e socorro atribuídas aos seus corpos de bombeiros. Na lista de missões, como é sabido, inclui-se o transporte de doentes com recurso, também, ao veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD). Importa agora que, correspondendo à reiterada reivindicação da LBP, se inclua também o VDTD no grupo de veículos isentos. Na sequência disso, o comandante Jaime Soares, saudou a disponibilidade demonstrada pela ministra “para a negociação e para se encontrar soluções para os muitos problemas dos Bombeiros que estão em cima da mesa”. O comandante Jaime Soares, acompanhado de outros elementos do conselho executivo da LBP, os vice-presidentes Rodeia Machado e José Miranda, e o vogal Rama da Silva, reuniu-se no início do mês, pela primeira vez, com a ministra e com o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que passa a ter responsabilidade delegada na Proteção Civil. Tratou-se de um encontro para apresentação de cumprimentos da Confederação dos Bombeiros Portugueses à responsável pelo MAI e, na oportunidade, também, para a apresentação de um detalhado mas breve memorando que permita arrancar com um processo negocial “sólido e construtivo”, como caracterizou o presidente da LBP. Além da abertura demonstrada pela ministra, o comandante Jaime Soares saudou ainda a oportunidade de, na semana seguinte, poder iniciar um plano de trabalho com o secretário de Estado Jorge Gomes para análise do referido memorando. São muitos os temas incluídos nesse memorando incluindo alguns que são transversais a outros departamentos governamentais. O presidente da LBP, a propósito, desafiou Constança Urbano de Sousa para que possa “de Foto: Marques Valentim O Presidente da LBP satisfeito com VDTD a ser tratado certa forma, ser nossa “embaixadora” junto de outras áreas do Governo”. A questão do VDTD é um exemplo disso. Os incentivos ao voluntariado e o Cartão Social do Bombeiro defendido pela LBP, a isenção de taxas moderadoras, a retoma da bonificação do tempo de serviço para efeitos de reforma ou garantir a pensão de preço de sangue para bombeiros com incapacidade absoluta e permanente para o trabalho por acidente ocorrido em serviço ou por causa das suas funções são outros exemplos. A LBP lembra também a importância de dar continuidade ao programa de vigilância médica dos bombeiros, de consagrar a isenção de IRS para todo e qualquer dispositivo, a possibilidade de redução no IRC ou TSU para as empresas que empreguem bombeiros voluntários e ainda a necessidade de legislar sobre o processo específico de reforma dos bombeiros voluntários e assalariados das associações que consagre o caráter penoso e desgastante dessa atividade. DECISÃO DA LBP Bombeiros falecidos em serviço recebem crachá de ouro T odos os bombeiros falecidos em serviço vão passar a receber o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) conforme foi decidido por unanimidade na última reunião do ano transato do conselho executivo, por proposta do seu presidente, comandante Jaime Marta Soares. A decisão, tomada em 29 de dezembro último, abrange os 17 bombeiros falecidos em serviço desde 2012, não obstante alguns deles, oito, já terem sido homenageados em 2014 com a atribuição póstuma dessa distinção. Haverá agora que distinguir os nove restantes. A fixação do prazo para a atribuição do crachá de ouro nestes casos, desde 2012, tem a ver com o início da vigência do pri- meiro mandato dos órgãos sociais da LBP sob a presidência do comandante Jaime Marta Soares, logo, fundamento para a legitimidade da decisão, e que o próprio defendeu ao apresentar a proposta. Para o presidente da LBP “trata-se de prestar a devida homenagem aos nossos, que no cumprimento do dever levaram ao limite o lema Vida por Vida”. “Importa homenageá-los e também por essa via perpetuar a sua memória como exemplo, como reserva moral deste notável universo de mulheres e homens que vestem de soldados da paz e todos os dias dizem presente para servir a comunidade, prevenir e socorrer e, se necessário, sacrificar-se pelo seu semelhante” sublinhou o comandante Jaime Marta Soares. O momento e as circunstâncias em que irão ser atribuídos referidos crachás de ouro estão ainda por definir mas, seguramente, serão entregues no decorrer de 2016 conforme defende o presidente da LBP. Entre os bombeiros falecidos em serviço em 2012 está Paulina Maria Gomes Pereira, bombeira de 3.ª dos então Municipais de Abrantes vítima de despiste da viatura em que se dirigia para combate a incêndio em 21 de julho. Pelo mesmo motivo, em 9 de agosto, faleceu o bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Figueiró dos Vinhos, Vitor Manuel Mendes Joaquim. Em 15 de setembro, dois bombeiros de 3.ª dos Voluntá- rios de Coja, Patrícia Alexandra Rodrigues Abreu e Pedro Manuel Santos Brito, viram a viatura em que se deslocavam envolta em chamas durante o combate a um incêndio florestal. Ambos faleceram em consequência disso, o segundo no dia 21 do mesmo mês após internamento hospitalar. Em 22 de outubro o chefe Fernando Manuel Oliveira Reis, dos Voluntários da Aguda, foi vítima mortal de um acidente rodoviário ao volante da ambulância de socorro onde se dirigia para corresponder a um pedido de socorro. Ainda em 2012, no dia 30 de novembro, o subchefe dos Voluntários do Sabugal, Sérgio Domingos Martins Hilário, foi acometido de doença súbita mortal quando procedia ao transporte de doentes. Em 2013 ocorreu o falecimento em serviço de 9 bombeiros, 8 deles no combate a fogos florestais entre agosto e setembro. Neste grupo incluem-se, o bombeiro de 1.ª dos Voluntários de Miranda do Douro, António Nuno Joaquim Ferreira, o bombeiro de 2.ª dos Voluntários da Covilhã, Pedro Miguel Jesus Rodrigues, a bombeira de 2.ª dos Voluntários de Alcabideche, Ana Rita Abreu Pereira, o bombeiro de 3.ª dos Voluntários dos Estoris, Bernardo Albuquerque de Vasconcelos Figueiredo, os bombeiros de 3..ª dos Voluntários de Carregal do Sal, Cátia Pereira Dias e Bernardo Cardoso, o bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Valença, Fernando Reis, o bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Miranda do Douro, Daniel Falcão. Ainda em 2013 houve a registar a morte em serviço do bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Belas, Luís Manuel da Cruz Monteiro, vítima de queda em cenário de exercício operacional. Em 2014, registou-se o falecimento em serviço do bombeiro de 1.ª dos Voluntários do Faial, Herberto Luís Alves Correia, devido a despiste da ambulância de socorro em que seguia para um acidente. Em 2015, o bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Carcavelos e S. Domingos de Rana, José Joaquim Mendes Moreira, foi a vítima portal do acidente com o autotanque em que se deslocava a caminho de um incêndio florestal. 6 JANEIRO 2016 Livro manuscrito revela História dos Bombeiros de Moçâmedes Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista Fotos: Arquivo LBP/NHPM A peça museológica que apresentamos este mês corresponde a um dos testemunhos mais antigos e também mais emotivos da presença dos bombeiros portugueses no ex-Utramar. É um fragmento de história, de uma longa história, que importaria passar a escrito, de modo suficientemente abrangente, com rigor e detalhe. Referimo-nos a um livro manuscrito onde estão presentes várias curiosidades, entre as quais fotografias e recortes de jornais, reunidas pelo comandante José Sacadura Bretes, figura proeminente no processo de reorganização da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moçâmedes (AHBVM), em 1949. A mesma instituição foi pioneira, ao nível do associativismo e do voluntariado em bombeiros, na então província de Angola. Criada em 19 de Maio de 1904, data da aprovação dos respectivos Estatutos, por portaria do governador-geral do território, a AHBVM esteve entretanto inactiva durante 45 anos. Efectivamente ficou a dever-se a José Sacadura Bretes, director da Alfândega de Moçâmedes, o relançamento da Associação, em razão da ocorrên- Livro manuscrito (à direita) em exposição no NHPM cia de um grave incêndio que deixou bem patente, na localidade, a falta que fazia uma corporação de bombeiros. Ao longo do livro é-nos proporcionada a identificação com factos marcantes da trajectória associativa, nomeadamente, a filiação na Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), sob o número 315, e a posterior participação no XI Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, reunido em Leiria de 3 a 5 de Setembro de 1954. A todos os factos está ligado o comandante José Sacadura Bretes, cuja vontade inquebrantável de afirmar os Bombeiros Voluntários de Moçâmedes, no todo nacional, foi devidamente concretizada. Para o efeito, e porque autodidacta, entendeu estabelecer contactos com a Metrópole, visando adquirir conhecimento, escrevendo a esse propósito: “Não meti uma lança em África, como soe dizer-se, mas sim na Metrópole. Consegui dilatar, a Fé e o Império, no que respei- ta aos Serviços de Incêndios, até Angola; consegui que a primeira Corporação de Voluntários de Angola se tornasse conhecida e querida na Mãe-Pátria e levo-lhe uma grande lição, que levará dias a dar em sucessivas conferências, em que relatarei, em que tomarei medidas atinentes a irmanar processos de combate e fórmulas regulamentares, mas onde, por mais que enalteça o espírito de sã camaradagem dos camaradas da Metrópole, por maior e sentido calor e convicção que imprima às minhas palavras, nunca poderei definir quanto, na vontade, a todos devo, porque não há, não pode haver, palavras que definam toda a gratidão que sinto por quanto me fizeram.” A dedicação e a competência do comandante valeram-lhe, a dado momento, mais precisamente no dia 1 de Abril de 1955, ser nomeado delegado da LBP em Angola. Foi, de resto, o primeiro elemento a exercer tal função naquela colónia, destacando-se em acções de fomento e de apoio à fundação de outras associações e corpos de bombeiros, caso dos Bombeiros Voluntários de Benguela, Lobito, Nova Lisboa e Sá da Bandeira. Além disso, quando da sua presença no XI Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, em representação da AHBVM, teve o mérito de apelar às entidades competentes para que a legislação aplicável aos serviços de incêndios fosse extensiva aos territórios ultramarinos, chegando a ser recebido pelo Ministro do Ultramar. Corpo Activo dos BV de Moçâmedes, com o seu comandante Comandante José Sacadura Bretes Emblema dos BV de Moçâmedes Para seu gáudio, o Governo veio a publicar, em 27 de Maio de 1958, o Decreto-Lei n.º 41652, de encontro à sua aspiração. Infelizmente, na altura, já havia deixado as funções de comandante, devido a dissidências internas que o obrigaram a tirar licença ilimitada, alegando, porém, problemas de saúde. A situação parece ter-se tornado insustentável, acabando a Assembleia Geral da Associação por nomear como seu substituto, em regime de efectividade, o 2.º comandante Raul Fernandes Luís. Antes, ainda, bateu-se pela doação, aos bombeiros voluntários, de 10 por cento sobre os prémios de seguros. Os últimos apontamentos inseridos no livro denotam um certo desgosto de José Sacadura Bretes, face ao curso tomado pelo Corpo de Bombeiros, após a sua saída, confessando-se desagradado, por exemplo, com a paralisação do pronto-socorro e da ambulância, devido à falta de verba para reparação, adiantando, em jeito de desabafo: Incêndio no depósito de material do caminho-de-ferro Grupo de elementos ligados ao Corpo de Bombeiros “Já não está na minha mão dar remédio a estes males. Também já não me compete fazer história. É de esperar que os vindouros a façam e oxalá saibam vencer. Eu vou para a Metrópole. Vou descansar de 40 anos de África. A História dos Bombeiros Voluntários de Moçâmedes será depositada por mim na Liga dos Bombeiros Portugueses”. Assim, de facto, aconteceu, conforme traduz a existência do livro manuscrito, original e único, propriedade da Liga dos Bombeiros Portugueses desde 15 de Julho de 1958, mediante oferta do seu autor, receoso de que os elementos ali contidos se extraviassem. “(…) para decidir do seu destino”, escreveu, a terminar, o ex-comandante, referindo-se, em concreto, à LBP. A decisão foi tomada e o resultado está à vista: preservar e divulgar a história dos Bombeiros Voluntários de Moçâmedes e, por essa via, ainda que indirectamente, honrar o altruísmo de todos os antigos bombeiros ultramarinos! Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico Auto-Escada oferecida Companhia dos Diamantes 7 JANEIRO 2016 LBP/MAI Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), representada pelo seu presidente, comandante Jaime Marta Soares, acompanhado pelo vice-presidente do conselho executivo, Rodeia Machado, e pelo vogal do mesmo órgão, comandante José Fernandes, reuniu-se com o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. Este encontro foi agendado a partir da reunião havida dias antes entre a LBP, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e aquele governante. Esta primeira reunião de trabalho entre os dirigentes dos Bombeiros Portugueses e o secretário de Estado serviu para passar em revista, em termos globais, o conjunto de temas apre- sentados no memorando entregue antes no encontro com a ministra. Questões como, a isenção das taxas moderadoras, o financiamento e reforço do Fundo de Proteção Social do Bombeiro, a prossecução do programa de vigilância médica dos bombeiros, a pensão de preço de sangue para bombeiros incapacitados e a reposição da bonificação de tempo de serviço para efeitos de reforma foram alguns dos temas abordados. Alguns deles não dizem diretamente respeito ao MAI, mas, como o presidente da LBP fez questão de solicitar à ministra, cabendo-lhe a tutela dos Bombeiros será justo e lógico que possa também ser nossa “embaixadora” junto de outros departamentos do Governo. Foto: Marques Valentim A Bombeiros iniciam negociações com Secretário de Estado INEM A Confederação ganha prazo para TAS/TAT través de deliberação recente (n.º 30/2015) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi alterada a validade da formação de tripulantes de ambulâncias de transporte e de socorro (TAT e TAS) de 3 para 5 anos. Assim, a partir de 1 de janeiro último a validade dos cursos de TAT,TAS e respectivas recertificações passa a ser de 5 anos. Este prazo é ainda aplicável aos cursos TAS/RTAS e TAT/ RTAT com o módulo SBV-DAE integrado que ainda se encontrem válidos na mesma data. Os cartões TAT e TAS e os certificados de formação TAT/ TAS e RTAT/RTAS emitidos entre 1 de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2015 passam a ser válidos por um período de 5 anos. “Como é do conhecimento de todos, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), enquanto representante dos Bombeiros de Portugal, foi quem desde a primeira hora insistiu, reivindicou, exigiu nos vários grupos de trabalho e perante os membros do Governo que tutelam esta área, no sentido de que esta revisão fosse prioridade primeira entre as muitas que ainda estão em agenda”, lembra o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, em circular enviada a todas as associações, corpos de bombeiros, presidentes de câmara com corpos de bombeiros e federações. O comandante Jaime Soares sublinha que “finalmente conseguimos que esse objetivo fosse concretizado e, como tal, congratulamo-nos pela decisão tomada pelo Conselho Diretivo do INEM”. Refira-se que a portaria 260/2014, publicada em 15 de dezembro, veio possibilitar essa aprovação e desde essa data, a LBP veio insistindo junto do INEM, pelas alterações de 3 para 5 anos da validade dos cursos de TAT e TAS, já que essa medida era fundamental para a recertificação dos referidos cursos. “Ao ser agora tornada realidade essa aspiração, que vai de encontro aos anseios dos Bombeiros Portugueses e com resultados positivos para todo o sistema, a LBP realça, uma vez mais, que com persistência, vontade, unidade na ação e justeza nas aspirações, se conseguem atingir os objetivos a que nos propomos”, conclui o presidente da LBP na referida circular. DECIF 2016 Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entende ser precipitado que se procure já garantir das associações humanitária de bombeiros voluntários a disponibilidade de recursos humanos e viaturas para participar no DECIF 2016 sem que estejam esclarecidas e obtidas as respostas às questões entretanto apresentadas. “Ainda não foram discutidas e analisadas as estratégias sobre matérias tão importantes, como as financeiras, que envolvem o reembolso de despesas, nomeadamente com viaturas, equipamentos, deslocações, a compensação ao pessoal envolvido no DECIF e a correspondente carga horária de 24h para 12h, entre muitas outras que lhe estão subjacentes” defende o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares em circular enviada às federações, direções, comandos e presiden- tes de câmaras municipais com corpos de bombeiros. Por outro lado, segundo o mesmo dirigente,” ainda não se encontram resolvidas as questões em tempo colocadas ao Senhor Secretário de Estado da Administração Interna, em relação à isenção do IRS no que respeita às compensações, subsídios ou gratificações auferidas pelos Bombeiros no âmbito da sua actividade”. Acresce ainda que, defende o comandante Jaime Soares, “também não se iniciaram as sessões conjuntas entre a LBP, Autoridade Nacional de Proteção Civil, Escola Nacional de Bombeiros e com a participação indispensável das Federações, Direções e Comandos, onde serão analisadas e discutidas todas estas questões, na procura das melhores opções para o futuro”. “Uma vez que não estão con- Foto: Marques Valentim A Liga quer primeiro obter respostas seguidas estas premissas, consideramos inoportuno dar conhecimento da disponibilidade dos meios humanos e materiais de cada corpo de bombeiros sobre as questões relativas ao DECIF 2016, pelo que aconselhamos as direções e comandos a não o fazer, sem estarmos se- guros das propostas que nos venham a ser apresentadas”, conclui o presidente da LBP. 8 JANEIRO 2016 ENB Pronto manual de educação física A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) já disponibilizou três exemplares do “Manual de Educação Física e Desportos” a todos os corpos de bombeiros do País. Esta nova ferramenta pedagógica foi distribuído através dos comandos distritais de operações de socorro da ANPC, onde os corpos de bombeiros deverão agora proceder ao levantamento, enquanto o envio para as regiões autónomas será efetuado diretamente por correio. O novo manual também já está acessível no centro de documentação da ENB que, entretanto, entrou em funcionamento e que pretende constituir um acervo documental, a nível nacional, nas áreas temáticas do socorro e da proteção civil. Entretanto, no final do ano transato, em que celebrou o vigésimo aniversário, a ENB tornou-se membro de duas das principais entidades de referência internacional do setor, da IFE (Institution of Fire Engineers) e da NFPA (National Fire Protection Association.) Esta adesão traz consigo, naturalmente, um conjunto de benefícios para a valorização da Escola, oferta formativa, seus formadores e destinatários. LBP/PREVENTECH A Gestão de ocorrências sem papel Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e a empresa Preventech assinaram recentemente um protocolo que vai permitir dotar as associações e corpos de bombeiros de duas novas ferramentas informáticas (SIGO e GESCORP), cuja apresentação se iniciou no passado dia 26, nos Bombeiros Voluntários de Mangualde, estando já agendada a próxima sessão no dia 2 de Fevereiro, às 20h30 na Casa do Povo de Gavião. A primeira ferramenta diz respeito à gestão de ocorrências sem papel. O Sistema de Gestão de Operações (SIGO) é a primeira solução informática que integra e organiza todo esse sistema com capacidade de interoperabilidade e de comunicação em tempo real, substituindo de forma fidedigna toda a documentação existente em formato papel. Este suporte acessível e direto possibilita uma gestão fácil e eficaz perante qualquer tipo de ocorrência, permitindo gerir todas as suas fases, apoia as diferentes células na sua missão e dá ao coman- dante das operações de socorro uma visão pormenorizada da situação, facilitando a comunicação e a gestão da própria ocorrência. A segunda ferramenta é designada por GESCORP, uma aplicação informática, igualmente inovadora, totalmente on line e que permite a gestão de todas as valências das associações humanitárias, seja a componente associativa (faturação, associados e outros domínios), se já a operacional, nomeadamente, gestão de meios materiais operacionais e meios humanos, sendo uma aplicação online de fácil acesso e sem necessidade de instalação prévia. Segundo o protocolo estabelecido com a LBP, a empresa disponibiliza a todas as associações a aplicação SIGO, mediante o pagamento de uma licença anual de 350 euros mais IVA, e, gratuitamente durante um ano, a aplicação GESCORP. Após o período de um ano, neste caso a licença terá um custo máximo de 450 euros mais IVA. Duas décadas de história em revista A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) editou no final do ano transato uma revista alusiva ao seu 20.º aniversário em que, com uma excelente apresentação gráfica, faz um balanço exaustivo da atividade desenvolvida desde a fundação. Além de uma nota introdutória do presidente da ENB, a revista Inclui ainda testemunhos, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major- -general Grave Pereira, e do então secretário de Estado da Administração Interna, João Pinho de Almeida. A revista apresenta um conjunto de informações relativas ao número de formandos, áreas específicas de formação ministradas bem como os vários projetos em curso. Dá ainda nota da cerimónia comemorativa do 20.º aniversário, onde juntou três dos anteriores presidentes, Duarte Caldeira, José Augusto Carvalho e Barreira Abrantes. ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL A Protocolo de cooperação entre a ANPC e a ACT Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), cimentaram a colaboração entre as duas entidades iniciada em 2015 com o Prémio de Boas Práticas ANPC 2015 – Segurança e Saúde Ocupacional nos Corpos de Bombeiros, através da assinatura de um protocolo de colaboração, com vista a prevenir riscos profissionais e promover a segurança e saúde no trabalho dos bombeiros. Assim, a presente rúbrica ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA, irá disponibilizar informação cujo conteúdo, foi elaborado pela ACT através desta parceria, que se pretende venha a fomentar ainda mais o interesse pela área da SSO nos Corpos de Bombeiros. Este tema é particularmente importante porque a atividade profissional dos Corpos de Bombeiros está sujeita a inúmeras fragilidades. O papel da intervenção direta dos bombeiros, em situações de crise e de emergência pode levar ao não cumprimento das regras mais elementares de segurança, expondo-os, desta forma, a situações perigosas e a consequências dramáticas. As consequências da intervenção em situações de crise e de emergência para os bombeiros são inúmeras, nomeadamente: • Stresse pós-traumático (ex. assistência a feridos graves ou a morte de companheiros ou de vitimas); • Ferimentos ligeiros (ex. pequenas intoxicações ou escoriações); • Ferimentos graves (ex. queimaduras, cortes e perfurações); • Morte (ex. acidentes de viação, paragem cardiovascular, asfixia). Um bombeiro, voluntário ou profissional, exerce uma atividade de elevado risco, podendo desenvolver uma doença profissional ou sofrer um acidente de trabalho, com consequências que poderão ser incapacitantes, temporárias ou permanentes, ou mesmo, em casos limite, mortais. De acordo com a Organização In- ternacional do Trabalho, é fundamental a preparação do bombeiro para todas as situações de intervenção sendo exigível formação a um nível elevado nomeadamente a formação em segurança, para todos os que atuem em ações de socorro e salvamento. É igualmente fundamental a criação de um sistema global de gestão da segurança, que vise a proteção da segurança e saúde de todos os intervenientes envolvidos no processo de operações de socorro e salvamento ou em cenários de crise e emergência. Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho têm sido identificados como um dos grandes desafios contemporâneos para a saúde e segurança e estão ligados a problemas nos locais de trabalho, tais como o stresse que tanto afeta os bombeiros, como já referido anteriormente. A ACT em 2012 desenvolveu uma Campanha de Avaliação de Riscos Psicossociais, com o objetivo de promover a avaliação destes riscos, nos locais de trabalho, e incrementar a melhoria da qualidade das avaliações dos riscos existentes. Enquanto Ponto Focal Nacional da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (PFN/EU-OSHA), a ACT coordena, a nível nacional, as campanhas europeias promovidas pela EU-OSHA, tendo sido no biénio de 2014-2015 sobre o lema “Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stresse”, a qual pretendeu prestar apoio e orientação aos trabalhadores e empregadores na gestão do stresse e dos riscos psicossociais relacionados com o trabalho, promovendo a utilização de ferramentas práticas e de simples utilização para facilitar esse processo. Para mais informações ou esclarecimentos, contate a Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected]. 9 JANEIRO 2016 NESPEREIRA O Com formação mas sem equipamento s Bombeiros Voluntários de Nespereira, Cinfães, dispõem de formação especial para resgate em águas bravas mas não dispõem de equipamento próprio para isso. Quando precisam de treinar os cinco elementos da equipa ou intervir em socorro vale-lhes apenas o apoio de alguma empresa operadora de desportos radicais instalada no rio Paiva com a cedência do equipamento necessário. Assim, os bombeiros têm formação, mantém a PAÇOS DE FERREIRA preparação regular mas apenas por carolice própria e graças à ajuda alheia AZAMBUJA O Bombeiros defendem EIP e PEM s Bombeiros Voluntários da Azambuja continuam a aguardar a resposta da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) sobre a constituição de uma equipa de intervenção permanente (EIP) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sobre a instalação de Posto de Emergência (PEM). A constituição da EIP na Azambuja está apenas dependente da ANPC já que os bombeiros e a autarquia já estão de acordo há muito sobre isso. Neste momento, a existência de pessoal disponível para o socorro está apenas dependente do esforço financeiro da Associação e da Câmara. A No caso do PEM, os Voluntários da Azambuja também reivindicam há muito a sua instalação face ao número de saídas diárias para socorro pré-hospitalar, que não se compadece com o atual estatuto de Reserva. AVIS C Município oferece VDTD om o propósito de dotar os bombeiros voluntários de novos equipamentos, o município de Avis, ao abrigo de um protocolo de cooperação celebrado com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avis, custeou, na íntegra, a aquisição de um Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes (VDTD). A sessão solene de entrega da viatura decorreu, na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avis e contou com as presenças do presidente da câmara municipal, Nuno Silva, bem do presidente e do comandante dos Voluntários Avisenses, respetivamente Joaquim João Lageira e Luís Palma,. Assembleia Municipal de Paços de Ferreira aprovou, por unanimidade, o projeto de Regulamento de Concessão de Direitos e Benefícios Sociais aos Bombeiros Voluntários do Concelho de Paços de Ferreira. O documento, já antes aprovado por unanimidade em reunião de câmara, pretende ser mais um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos soldados da paz do concelho. Além de várias regalias de caráter social, este regulamento prevê a atribuição de medalhas do concelho de honra, de serviços distintos, coragem e abnegação e de mérito e dedicação aos bombeiros. Depois da aprovação em reunião de câmara e Assembleia Municipal, este regulamento entrará em vigor assim que for publicado em Diário da República. A partir daí, os Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira e Freamunde terão direito a várias regalias de caráter social. A autarquia passa a atribuir benefícios como um seguro de acidentes pessoais e apoio jurídico em processos motivados por factos ocorridos em serviço. Os bombeiros passam também a ter prioridade na atribuição de habitação social promovida pela Câmara Municipal quando em igualdade de condições sociais e de candidatura com outros candidatos. Segundo o projeto de regulamento, os soldados da paz que reúnam as condições previstas terão acesso gratuito às iniciativas de caráter desportivo e cultural promovidas pela autarquia. Da mes- ma forma, irão beneficiar da redução máxima permitida para o regime de utilização livre das piscinas municipais. Entre os benefícios a atribuir estão a isenção e a redução de várias taxas. Passam a estar isentos nas taxas inerentes ao licenciamento e a operações urbanísticas de construção, ampliação ou modificação para habitação própria permanente. No caso das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, os bombeiros poderão ser reembolsados, mediante um requerimento. Passam ainda a poder beneficiar da taxa social de água e saneamento e da isenção do pagamento da taxa de recolha do lixo sólido urbano. O documento prevê também benefícios para os filhos dos soldados da paz. Podem beneficiar da entrega gratuita de manuais escolares para as crianças que frequentem o 1.º, 2.º e 3.º ciclos. Em caso de falecimento em serviço, ou motivado por doença contraída no desempenho das funções, os filhos dos bombeiros com idades inferiores a 22 anos podem beneficiar de quatro bolsas de estudo de até 75 euros por mês. A câmara atribui ainda um subsídio de funeral para bombeiros no ativo até 500 euros e dá apoio jurídico e administrativo ao agregado familiar em casos de processos de natureza ou caráter social decorrentes da sua morte no exercício das funções de bombeiro. Verdadeiro Olhar (texto e fotos) VALBOM Socorro aliado à intervenção social CANTANHEDE O Autarquia garante direitos e benefícios Junta distingue bombeiros s Bombeiros Voluntários de Cantanhede foram agraciados, no passado mês de dezembro, com a Medalha de Mérito da Freguesia de Murtede, na cerimónia comemorativa do Dia da Freguesia. Nesta mesma ocasião foram, também agraciados os Bombeiros da Mealhada. “Embora de concelhos e distritos diferentes estes dois corpos de bombeiros funcionam como um só na hora da assistência e socorro na freguesia de Murtede”, justificou o presidente da autarquia, Carlos Fernandes. “Hoje é a freguesia de Murtede a agradecer e a dizer presente, como as duas corporações sempre fazem quando é necessário”, acrescentou o autarca. Depois reconhecer esta “grande distinção”, Adérito Machado, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, enalteceu a atitude do executivo ao colocar as duas corporações que servem a freguesia no palco principal desta festa. O comandante dos Voluntários de Cantanhede, O Jorge Jesus, expressou grande orgulho pelo reconhecimento e reafirmou que os soldados da paz estão sempre prontos para servir as populações. “Não olhamos a portagens ou concelhos”, enfatizou. Já Nuno Castela Canilho, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, afirmou que, “se há corpo de bombeiros exemplar, que revela entendimento e mostra companheirismo na hora de socorrer, é o corpo de bombeiros de Cantanhede”. s Bombeiros Voluntários de Valbom, Gondomar, estão na linha da frente da deteção de casos sociais e na busca da melhor e mais rápida solução para eles, em estreita colaboração com as estruturas e instituições sociais locais parceiras, incluindo a Câmara Municipal, as juntas de freguesia, as instituições particulares de solidariedade social e os próprios serviços da Segurança Social. Nos últimos três anos foram sinalizadas pelos bombeiros cerca de 12 situações sociais graves. Sempre que acorrem em socorro de alguém e verificam tratar-se também de uma situação social grave os bombeiros apressam- -se a alertar as estruturas parceiras para o facto. E, tantas vezes, procuram acompanhar o evoluir dessas situações. Caso concreto e recente, foram chamados a prestar socorro a uma idosa que transportaram ao hospital. Verificando tratar-se de um caso grave, inclusive com deficiências preocupantes de habitabilidade, procederam como em situações anteriores. No dia em que a idosa teve alta, foi transportada pelos bombeiros para a sua casa, entretanto sujeita aos melhoramentos que foi possível realizar no fogo e na substituição de mobiliário, fruto da boa e eficaz articulação entre as várias entidades. 10 D JANEIRO 2016 MELO PAÇO DE SOUSA Eleitos novos órgãos sociais “Servir cada vez melhor a população” ecorreram no passado dia 7 de novembro na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melo, eleições para os órgãos sócios da instituição. O ato eleitoral teve, uma adesão quase histórica, conforme refere a Associação em comunicado, votando 199 sócios, dando uma vitória clara à Lista A, com 143 votos, encabeçada por Gaspar José da Silva Rocha, contra 52 votos da Lista B, encabeçada por Félix de Barros Gonçalves. Os órgãos sociais da AHBV Melo passam agora a ser constituídos pelos seguintes elementos. Assembleia Geral: presidente, João Manuel Serpa Oliva, vice-presidente, Isabel Maria Amaral Coe- lho, secretário, Fernando José Rodrigues Lemos, 1.º suplente, Luciano da Silva Garrote, e 2.º suplente, Maria do Céu Marques Mendes Júnior. Direcção: presidente, Gaspar José da Silva Rocha, vice-presidente, Rodrigues Lopes das Neves, secretária, Elsa Carine Santos Figueira, tesoureiro, João António Martinho dos Santos, vogal, Óscar Viriato Pereira, 1.º suplente, Manuel Cabral Figueiredo, 2.º Suplente, Pedro da Costa Alves. Conselho Fiscal: presidente, Henrica Catharina Maria Marieu, vice-presidente, César Cunha Ribeiro, secretário/ relator, Luís Filipe Almeida Gonçalves, 1.º suplente, Marcelino da Costa Mocho e 2.º Suplente, Maria Júlia Crespo. relação entre o corpo ativo e a direção, dando conta que porque “os objetivos são os mesmos existe uma perfeita sintonia”. O vereador Rodrigo Lopes deu os parabéns aos recém-empossados, sublinhando as dificuldades de gestão destas associações em tempos de crise, “ainda existem pessoas de bem que fazem com que hajam primaveras, em tempos cinzentos”. SANTARÉM Dirigentes tomam posse Voluntários a votos s órgãos sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Queluz para o próximo mandato tomaram posse em cerimónia que decorreu no salão nobre da instituição no passado dia 6. O A assembleia-geral é presidida por Pedro Lemos, o conselho fiscal por Carlos Diogo e a direção por Ramiro Ramos, assim reeleito para mais um mandato à frente dos destinos daquela Associação. ÁGUAS DE MOURA s Bombeiros Voluntários de Santarém elegeram, já no início deste ano, os órgãos sociais para o quadriénio 2016/2019. Na assembleia geral assume a presidência Hermínio Paiva Fernandes Martinho, que conta sua equipa como Vítor Manuel Delgado Prata Leal (vice presidente), Ludjero Mendes (secretário) e, ainda, José Abílio Pires Alves Martins (suplente). Na direção, a cadeira da presidência é ocupada por Diamantino Cordeiro Duarte codajudao nas suas funções por Carlos Manuel Catalão (vice presidente), António Manuel Simeão Mendes (secretário), Rui Manuel Piedade Gomes Costa (tesoureiro), José António Silva Lima (vogal) e também Manuel António Afonso e Gabriel António Ribeiro Fragoso (suplentes). O conselho fiscal conta com Joaquim Alberto Pereira Serrão (presidente), Custodio Alves Tomé (vice presidente), Mário Manuel Veiga Rodrigues Associação tem novo elenco omaram posse os recém-eleitos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura para o trénio 2016/2018. A assembleia geral é composta por José Henrique Cardoso (presidente), Marta Isabel Monteiro Brazão (vice-presidente) e Nuno Alexandre Gaudêncio Brazão Soares (secretário). Na direção António Manuel da Silva Braz assume mais um mandato contando com uma equipa constituída pelos vice-presidentes José António Pereira Esfola e Rogério Brazão Soares e, também, com Paulo Alexandre Florindo Soares (tesoureiro), Sílvia Maria Brazão Pereira Lentilhas Caldeira (secretária), os vogais Vitor Manuel Rodrigues Roça e Manuel José Carvalho U Paulino e os suplentes Ângela Maria Pisco Gaudêncio, Henrique José Oliveira Brazão e José Rui Pedroso Freitas. Manuel Santos Adrião assume a presidência do conselho fiscal que integra ainda Pedro Miguel Martins Pereira (vice-presidente) e José Pedro Martins Esfola (secretário relator) foi responsável pelas viaturas e motoristas. Em 2004 o valoroso bombeiro, agraciado com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, passou a integrar o quadro de honra, Em comunicado direção, comando e corpo ativo lamentam a perda e registam o exemplo de um homem que “soube ser Bombeiro, marido, pai e avô e que, por isso, era acarinhado por toda a população vizelense”. Bombeiro perde a vida a praticar exercício físico m elemento da Força Especial de Bombeiros (FEB), Telmo José Conceição Lopes foi vítima de doença súbita quando praticava exercício físico em Pernes, concelho de Santarém, onde residia com a esposa e uma filha menor. O “canarinho”, com 32 anos de idade, foi ainda sujeito a diversas manobras de reanimação até à entrada na urgência do Hospital de Santa- rém onde, porém, viria a ser confirmado o óbito. Telmo Lopes era natural de Santarém (Marvila) ingressou na FEB em 2008, encontrava-se no Grupo Territorial de Santarém, sediado em Almeirim, e era originário dos Bombeiros Voluntários de Pernes. Ao comando e a todos os restantes elementos da FEB dirigimos um forte abraço de pêsames. CELORICO DE BASTO Quartel perde crachá de ouro smael Ferreira da Graça, bombeiro quadro de honra dos Bombeiros Vizela faleceu no passado mês dezembro no Hospital de Guimarães. Depois de mais de 46 anos de bons serviços prestados no socorro à população; Ismael Graça continuou ligado à causa apoiando as atividades da dos Voluntários de Vizela, onde ingressou a 13 de novembro de 1957 como auxiliar motorista e onde durante muitos anos (relator) e António Ramiro Lopes Anjinho (suplente). Após a votação, os eleitos tomaram posse e, nesse mesmo dia apresentaram, discutiram e aprovaram o Orçamento e Plano de atividades para 2016. FEB VIZELA I omaram posse, recentemente, dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, numa cerimónia a que associaram entre outras individualidades o vereador da Proteção Civil, Rodrigo Lopes, o comandante do Posto Territorial da GNR de Paço de Sousa bem como os representantes das nove freguesias da área de intervenção deste quartel, bem como o comandante Adelino Correia e o corpo ativo. Nas breves intervenções, Felismino Madeira, o reconduzido presidente da direção, salientou a aposta no futuro com mais formação para os operacionais e a renovação gradual da frota da corpo de bombeiros, “de modo a que seja possível servir cada vez melhor a população”. Já o comandante Adelino Correia, frisou a boa QUELUZ O T T O Bombeiros de luto adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, António Augusto Campos Carvalho, faleceu, aos 49 anos de idade, vítima de doença oncológica. António Augusto Campos Carvalho ingressou nos voluntários de Celorico de Basto a 23 de abril de 1985 e foi promovido a bombeiro de 3.ª no dia 10 de fevereiro de 1986 e a bombeiro de 2.ª a 21 de janeiro de 2006. Foi nomeado adjunto de comando no dia 30 de abril de 1997, cargo que exerceu com toda a dedicação até a data da sua morte. “Trata-se de um momento muito doloroso a partida deste nosso camarada. O Augusto sempre deu muito de si a esta instituição, sempre vestiu a camisola com brio, com dedicação, com sentido de pertença. Estamos de luto e muito tristes com esta perda”, salienta Fernando Freitas, presidente da associação. “O Augusto sempre foi um grande homem ao serviço desta instituição. Sempre vestiu a farda com um sentido de missão bem presente, sabia qual era a sua missão e fê-la com todo o brio. Só tenho a agradecer ter tido a honra de trabalhar com o Augusto” destaca emocionado o comandante dos Bombeiros Celoricenses, António Marinho Gomes. 11 JANEIRO 2016 VIDAGO ODIVELAS hora de fecho desta edição fomos confrontados com a notícia do falecimento do comandante dos Bombeiros Voluntários de Odivelas, Carlos Alberto Vieira Diniz, vencido pela doença que o atingiu e a que ao longo de muito tempo foi resistindo com evidente estoicismo. O comandante Diniz, crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, é uma figura incontornável da vida e da história dos Voluntários de Odivelas, dos bombeiros dos concelhos de Odivelas e Loures e do próprio distrito de Lisboa. Conhecido pela frontalidade com que expu- nha os seus pontos de vista, o comandante Diniz foi sempre um acérrimo defensor do associativismo e do voluntariado. Recentemente, no aniversário da sua Associação, foi alvo de uma sentida e concorrida homenagem com a atribuição do seu nome à parada do quartel. O comandante Diniz, a par com o então presidente da direção Anselmo Silva, entretanto falecido, foi um dos obreiros da construção do novo quartel iniciado em 1995 com o lançamento da primeira pedra e inaugurado em 1997, coincidindo com a comemoração do centenário da Associação. Foto: Marques Valentim À VILA NOVA DE PAIVA A Bombeiros recuperam de acidente na A7 Quartel perde referência Juve assegura benefícios Juvebombeiro da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva protocolou recentemente com a Câmara Municipal o acesso gratuito dos membros do quadro ativo do corpo de bombeiros às instalações desportivas municipais, piscina e pavilhão. O protocolo celebrado permite o benefício gratuito aos bombeiros de uma hora semanal nas atividades físicas desenvolvidas nas instalações municipais. O objetivo desta iniciativa promovida pela Juvebombeiro de Vila Nova de Paiva, graças à disponibilidade demonstrada pelo presidente da Câmara, José Morgado Ribeiro, prende-se com a importância da prática da atividade física para a própria intervenção operacional mas tam- bém o desenvolvimento de motivação, companheirismo e espírito de equipa entre os bombeiros. A Juvebombeiro de Vila Nova de Paiva aponta que “durante a última década o nosso corpo de bombeiros tem pedido muita massa humana”, e justifica, ora “pela falta de emprego na região obrigando as pessoas a ter de sair do concelho bem como do nosso distrito”, ora “ saídas/au- sências que podem estar associadas à desmotivação para continuar a ser bombeiro voluntário”. Estas dificuldades, com que hoje os jovens se debatem, associadas ao facto dos bombeiros verem retiradas as poucas regalias de que dispunham anteriormente garantem especial importância à iniciativa da Juve de Vila Nova de Paiva. FANHÕES Associação distingue Manuel Duarte Barbosa O renovado salão nobre da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fanhões, Loures, foi pequeno para acolher todos os que quiseram estar presentes no concerto de ano novo da banda da instituição realizado em 10 de janeiro último. Na oportunidade a Associação descerrou um placa que passa a designar a sala da banda como “Sala Manuel Duarte Barbosa”. “Manuel Barbosa foi assim homenageado pelo trabalho voluntário realizado na banda há mais de sessenta anos, como diretor, músico e professor de música”, explicou-nos o presidente dos Voluntários de Fanhões, Jorge Simões. O diretor da banda é, desde 2013, detentor do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, que lhe foi entregue pelo presidente da confederação, comandante Jaime Marta Soares. Em 2008, Manuel Duarte Barbosa foi também distinguido pela Câmara Municipal de Loures com a medalha municipal de mérito e dedicação. E, desde 2013, é também sócio honorário da própria Associação. Os Bombeiros Voluntários de Fanhões, Loures, possuem uma das três bandas de música existentes em associações humanitárias de bombeiros voluntários do concelho. As duas restantes encontram-se nos Voluntários de Loures e do Zambujal. A par do funcionamento da banda de música, que esteve na origem da própria Associação, os Voluntários de Fanhões mantém também um grupo cénico muito ativo. A área cultural, a par da missão prioritária da prestação do socorro, assume também uma componente importante no funcionamento dos Voluntários de Fanhões, tornados há muito como principais dinamizadores locais dessa função. Após a transferência do corpo de bombeiros para o novo quartel, iniciou-se o processo de recuperação do antigo quartel e edifício sede, entretanto concluído e transformado no polo cultural associativo por excelência. O s dois bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidago, feridos no acidente ocorrido nas portagens de Ribeira de Pena da A7 quando transportavam um doente para o Porto, estão em convalescença. O bombeiro de 3ª David Pereira, que conduzia a ambulância, sofreu apenas escoriações e está a ser apoiado por uma equipa de apoio psicossocial solicitada pelos Bombeiros de Vidago `a ANPC. O outro tripulante, o bombeiro de 3.ª João dos Reis foi sujeito a uma intervenção cirúrgica no início da semana no Hospital de Chaves. Do acidente há a lamentar a morte do doente, João Alves Pires, de 89 anos de idade. A filha do doente, Matilde Pires, que acompanhava o doente na célula da ambulância, sofreu apenas o susto. Os Bombeiros de Vidago fizeram-se representar nas exéquias fúnebres de João Pires Recorde-se que a ambulância dos Bombeiros Voluntários de Vidago foi violentamente abalroada e destruída por um veículo pesado de mercadorias romeno, quando circulava na faixa da “Via Verde” em plena praça da portagem. O pesado hesitava em que faixa deveria passar quando bruscamente, e não se apercebendo da presença da viatura dos bombeiros, virou para a faixa onde estes seguiam, entalando a ambulância contra o separador central, provocando a destruição total da mesma, a morte do doente e ferimentos na filha deste e nos dois bombeiros. Ao acidente acorreram vá- rios corpos de bombeiros voluntários, com 34 elementos e 12 viaturas, de Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Cerva, as viaturas médicas (VMER/INEM) dos hospitais de Chaves e Vila Real, as ambulâncias do INEM e a GNR. A todas estas entidades, a Associação dirigiu já um agradecimento pela prontidão e profissionalismo demonstrados. Tornaram igualmente público um agradecimento pelas centenas de mensagens de solidariedade recebidas a propósito do acidente, inclusive do estrangeiro. 12 O JANEIRO 2016 VIMIOSO LOUSÃ Inauguradas novas ambulâncias Benemérita apoia municipais jantar natalício organizado em dezembro último pela direção e pelo comando da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vimioso foi o momento escolhido para a apresentação de duas novas ambulâncias de transporte que eleva para quatro as viaturas do género adquiridas pela instituição desde 2014. Os novos veículos foram benzidos na parada do quartel pelo pároco local, padre Rufino Xavier, também presente no convívio que juntou os órgãos sociais, o comando, o corpo de bombeiros e os elementos do Quadro Honra. Durante o jantar o presidente da direção, Eduardo Macha- do, agradeceu a colaboração prestada pelo comandante do corpo de bombeiros e sublinhou que a aquisição das viaturas só foi possível graças à atitude de todos, à orientação do comando, ao comportamento dos trabalhadores da Associa- ção e ao empenhamento constante de todos os bombeiros voluntários. Aquele dirigente agradeceu ainda o contributo dado por toda a população do concelho de Vimioso nos peditórios realizados. CASCAIS A Operacionais equipam à inglesa Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais iniciou o processo de aquisição de equipamentos de proteção individual de bombeiros (EPI) em incêndios urbanos que irá abranger todo o corpo ativo e que contam apresentar publicamente no seu aniversário em junho próximo. Trata-se de um investimento que ronda os 200 mil euros, integralmente suportado pelo Orçamento Participativo (OP) da Câmara Municipal de Cascais, e que se destina a substituir os atuais EPI cuja validade está a ser ultrapassada. Para substituir os velhos equipamentos os Voluntários de Cascais vão adquirir outros mais modernos e mais adaptados à função, iguais aos utilizados pelos seus colegas ingleses, australianos e de outros países. Os velhos equipamentos se- rão utilizados na formação inicial de bombeiros e na instrução corrente do corpo de bombeiros. Para o vice-presidente dos Bombeiros de Cascais, Vitor Neves, “não haja qualquer dúvida que só graças à Câmara de Cas- cais e ao Orçamento Participativo organizado por ela será possível concretizar este objetivo de continuar a garantir as indispensáveis condições de segurança aos nossos bombeiros”. Segundo o mesmo dirigente, “a Câmara está duplamente de parabéns, por corresponder às necessidades concretas das associações de bombeiros do concelho e, por outro lado, ao reforçar de 1,5 para 4 milhões de euros a verba disponível para o OP”. No âmbito do mesmo OP, os Bombeiros Voluntários de Cascais vão também adquirir uma ambulância de socorro, que irá substituir outra obtida há 14 anos com o apoio da Associação de Moradores do Cobre, então em fase de extinção e que, para o fim escolhido, fez questão de legar aos bombeiros a verba na sua posse. O s Bombeiros Municipais da Lousã receberam, no passado dia 18 de dezembro, 70 pares de botas que integram o equipamento de proteção individual destinado ao combate a incêndios urbanos, uma “prenda de natal” da benemérita Suzana Redondo. Esta benemérita tem tido um papel muito importante na melhoria das condições operacionais e de segurança dos Bombeiros Municipais, nomeadamente através da oferta de uma ambulância, de um desfibrilhador e, mais recentemente, de 70 pares de botas que vão completar os equipamentos adquiridos pela autarquia. O comandante dos Bombeiros Municipais da Lousã, João Melo, na singela cerimónia realizada, agradeceu a oferta de Suzana Redondo e referiu que “este é um dia histórico para os bombeiros já que, pela primeira vez, todos os bombeiros têm equipamentos de proteção individual completos. “ No uso da palavra, Suzana Redondo destacou que “os bombeiros merecem todo o nosso respeito e carinho pelo trabalho que fazem sem olhar a credos”. A benemérita destacou ainda os seus pais referindo que “sem eles não poderia dar nada”. Suzana Cardoso é filha do fundador do “Licor Beirão”. Para o presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, “este ato de Suzana Redondo e a disponibilidade que tem tido para com os Bombeiros Municipais da Lousã, é revelador do seu lado humanista e da importância que dá à atividade dos “soldados da paz”, devendo constituir um estímulo para que os mesmos continuem a desempenhar as suas funções com a qualidade e competência que têm revelado.” Luís Antunes referiu ainda que, “ esta benemérita, e outros que se têm associado à melhoria das condições de atuação dos bombeiros, como, por exemplo, a Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã, têm sido muito importantes para complementar o esforço efetuado pela Câmara Municipal para dotar de melhores condições os Bombeiros Municipais da Lousã, que, pelo facto de serem tutelados pela Autarquia, não têm as mesmas condições de acesso aos apoios governamentais que os Bombeiros Voluntários.” ESMORIZ O Viatura completa com oferta s Bombeiros Voluntários de Esmoriz tiveram uma chamada “prenda no sapatinho” com a oferta do contentor com motobomba que completa a sua viatura especial (VECI). O equipamento, no valor de 50 mil euros, foi oferecido pela empresa local “Jacinto”, propriedade do antigo comandante e atual presidente da direção Jacinto Oliveira. A viatura de combate a incêndios passa assim a estar completa e operacionalmente disponível para o socorro. FELGUEIRAS O BUCELAS A Retirada cobertura de fibrocimento Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bucelas, Loures, procedeu à retirada das placas de fibrocimento que cobriam o único parque de viaturas de combate a incêndios instalado há muito com caráter provisório. Esta obra insere-se num projeto amplo, que teve início no edifício principal, com melhorias significativas no seu interior e exterior, e que prossegue com a criação de novos espaços para parqueamento das viaturas. Ambulâncias recebem monitores de sinais vitais s elementos do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, “preocupados em melhorar as suas condições de trabalho no sentido de melhor socorrer a população que servem”, deitaram mão à obra e com a promoção de uma campanha de angariação de tampinhas e embalagens de plástico que, posteriormente, venderam, conseguiram adquirir um monitor de sinais vitais para equipar uma das ambulâncias de socorro. Paralelamente, a secção social da instituição, composta também por bombeiros, com a receita obtida com as inscrições de uma caminhada solidária, realizada em finais de 2014, oferecerem à associação um outro monitor. Refira-se que o montante se destinava a custear a festa de natal dos filhos dos bombeiros, mas os soldados da paz abdicaram do evento em benefício da instituição que servem. Estes e outros gestos dos operacionais tocaram direção e comando que sublinham “o empenho e dedicação e amor à causa” que permitiram ampliar a qualidade do serviço prestado à comunidade e dotar três viaturas de socorro de novos meios. “São estes exemplos que distinguem os homens e mulheres que de uma forma desinteressada abraçaram uma causa que é de amor ao próximo, preocupados unicamente em melhorar as suas condições de trabalho para melhor servir e socorrer”, saliente fonte da associação. Sensibilizado o comando solicitou, entretanto, à direção a beneficiação das restantes ambulâncias com equipamentos idênticos e, neste momento, “ toda frota de ambulâncias de socorro” dispõem de monitores de sinais vitais. 13 JANEIRO 2016 RSB LISBOA Novas viaturas e equipamentos de proteção O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) conta com cinco novos veículos de socorro. O momento foi assinalado numa cerimónia pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que acompanhado pelo vereador da Segurança e Proteção Civil, Carlos Manuel Castro, e na presença do comandante Rui Patrício, tomou contacto com as novas viaturas e entregou simbolicamente novos equipamentos de proteção individual e farda de trabalho. São três veículos ligeiros de combate a incêndios (VLCI) e dois de socorro e assistência tática (VSAT) que rondam o valor de 150 mil euros. Este ano o RSB deverá receber mais uma dezena de VLCI e uma plataforma. Fernando Medina lembrou a “história de excelência ao serviço da cidade e dos lisboetas” pelo RSB e que o edil defendeu querer manter. Segundo o au- tarca, os indicadores de desempenho em 2015 mostram “um regimento à altura da cidade” e lembra ainda os prémios internacionais alcançados, particularmente o prémio mundial de salvamento e desencarceramento. É esta “excelência de profissionais” que Medina quer manter e melhorar. Por isso o edil frisou que tem vindo a ser desbloqueado um conjunto importante de investimentos para dotar o regimento de melhores condições, que, para além das viaturas e dos equipamentos de proteção agora entregues, inclui a requalificação e construção de novos quartéis A concentração dos serviços e do comando em Chelas vai avançar e já estão em fase de construção novos quartéis, designadamente o do Martim Moniz e o da Alta de Lisboa, conforme anunciámos na nossa última edição. O vereador Carlos Castro referiu o investimento previsto de 31 milhões de euros para os próximos anos, lembrando que a taxa municipal de proteção civil constitui um instrumento fulcral para a “autonomização e sustentabilidade dos serviços”. O vereador exemplifica com o custo unitário dos equipamentos de proteção individual entregues, a rondar os 800 / 900 euros, lembrando que são cerca de 800 sapadores bombeiros e que a durabilidade dos equipamentos é de dois a três anos. LORDELO A IDANHA A NOVA O Novos meios chegam ao quartel s Bombeiros de Idanha-a-Nova apresentaram, recentemente, à população as quatro novas viaturas que equipam o quartel, designadamente, uma Ambulância de Transporte de Doentes (ABTD), um Veículo de Apoio Logístico Especial (VALE), um outro Veículo de Comando Tático (VCOT) e ainda um Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes (VDTD Para o êxito deste processo de renovação e reforço da frota, concretizado no último semestre de 2015, muito contribuíram a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a empresa Transportes de Mercadorias Ramos Dé, que financiaram, respetivamente, a ABTD e o VALE. . O VCOT foi adquirido com o apoio da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes, sendo que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova custeou o VDTD. Estas viaturas estiveram, no passado mês de dezembro, em exposição junto ao quartel numa ação que contou com a presença do comandante João Costa, do segundo comandante Tiago Neto e o adjunto Marco Martins, bem como do presidente da direção, Armindo Jacinto. Com este investimento pretendem os Bombeiros de Idanha-a-Nova “aumentar a capacidade de resposta e servir ainda mais e melhor a comunidade e população utente”. Autarquia patrocina crescimento Câmara Municipal de Paredes celebrou um protocolo com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lordelo, para a atribuição de uma verba próxima dos 224 mil euros para a concretização das desejadas obras de ampliação do seu quartel. A verba atribuída aos Bombeiros Voluntários de Lordelo será repartida por 50 mil euros a pagar em 2016 com o arranque da obra e os restantes quase 174 mil euros em 2017. No âmbito da cerimónia protocolar celebrada no salão nobre do quartel dos Bombeiros Voluntários de Lordelo, o comandante do corpo de bombeiros, Pedro Alves, fez questão de agradecer o apoio e referir a importância deste investimento para o desenvolvimento daquela associação humanitária. A cerimónia contou com a presença, do presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, do vereador da proteção civil, Manuel Rocha, do presidente da assembleia geral da instituição, Filipe Carneiro, do presidente da direção, Manuel Costa, do presidente da Junta de Freguesia de Lordelo, Nuno Serra, do comando e de todos os elementos do corpo ativo e do quadro de honra. O presidente da direção, Manuel Costa, referiu os marcos mais importantes dos 11 anos que passou à frente dos desígnios da instituição, agradecendo igualmente o “importante contributo” da Câmara Municipal de Paredes para o desenvolvimento dos Bombeiros Voluntários de Lordelo. FAMALICENSES Terreno viabiliza ampliação N o passado dia 13 de janeiro, foi celebrada, no cartório notarial, a escritura de um terreno com cerca de 2 mil m2, destinado “a uma futura ampliação” do quartel dos Bombeiros Famalicenses. Este “importante investimento”, como salienta fonte da direção da associação, viabiliza “o crescimento das áreas operacionais” ou a até a instalação de outras valências. Nesta parcela de terreno, na Rua Conselheiro Santos Viegas, poderão ainda “constituir-se novas formas de financiamento das atividades desta instituição”, nomeadamente do corpo de Bombeiro. Manuel Costa, em final de mandato, fica indissociavelmente ligado à história dos Voluntários de Lordelo e a medidas que constituíram o seu desenvolvimento na sua gerência. A obtenção de equipamentos de proteção individual, a nova central de comunicações, as novas camaratas e a renovação da frota de viaturas, 14 no total ( VUCI, VCOT, VSAT, ABSC,ABTM e VET) O presidente da Câmara, Celso Ferreira, encerrou a cerimónia de assinatura do protocolo começando por enaltecer o trabalho realizado pela atual direção. “Neste 11 anos em que Manuel Costa tem estado à frente da corporação, os Bombeiros Voluntários de Lordelo passaram de uma das piores associações do concelho a estar ao nível das melhores”, salientou. Anunciou, a propósito, a intenção da Câmara de atribuir a Manuel Costa a medalha de ouro do Município de Paredes no próximo feriado municipal. 14 JANEIRO 2016 BATALHA Novo ciclo traz mudanças Nos últimos dois anos, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha tem vivido uma espécie de revolução tranquila, que mobiliza dirigentes e operacionais, no desígnio comum de acrescentar critérios de excelência ao serviço prestado às populações neste concelho do distrito de Leiria. Neste novo ciclo de todas as mudanças, preparação, motivação, entrega e união, mais que meras palavras de ordem são divisas que todos, dentro e fora do quartel, tudo fazem por honrar. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim É sob o espetro da mudança que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha se dá a conhecer. Direção e comando uniram esforços para dar novo rumo à instituição, conseguindo desde logo mobilizar o corpo ativo, ávido em contribuir para o engrandecimento e dignificação da causa. Identificadas as necessidades, consideradas as expectativas dos cerca de 100 homens e mulheres que servem o quartel-sede e a secção destacada se S. Mamede, restou à equipa encabeçada por Francisco Freitas “arregaçar as mangas” e trabalhar, muito e em várias frentes. Era necessário formar, equipar e garantir os meios imprescindíveis para a qualidade do serviço prestado pelos bombeiros, conforme sublinha o comandante Fernando Oliveira, considerando que, em curto espaço de tempo, “muito já foi feito”, Em apenas dois anos a direção investiu na aquisição de novos equipamentos de proteção individual, em material de desencarceramento e intervenção urbana, uma ambulância de transporte de doentes, e ainda num de trator e ainda em dois geradores. Em paralelo, apostas na formação dos bombeiros nas mais distintas valências, que aliás permitiu a criação de uma equipa de Salvamento em Grande Ângulo. Esta “intervenção de fundo” contemplou tam- bém melhoramentos no quartel e a modernização do sistema informático. Para uma segunda fase, está ainda prevista a subsituação do veículo de comando que apresenta problema de segurança, e o início do processo de renovação do parque de viaturas, uma aspiração justa, mas ainda demasiado onerosa, que só poderá ser concretizada ao abrigo de programas de financiamento. “Tem de facto, a direção tem estado sempre atenta e disponível para dar resposta às solicitações do corpo de bombeiros”, reconhece o comandante, sublinhando que “apesar das despesas de funcionamento serem grandes, tem havido investimento. “Estamos cá há pouco tempo, mas não nos falta vontade de trabalhar, de deixar obra”, sustenta e acrescenta o presidente. Outra das prioridades desta equipa assenta na projeção da instituição para o exterior, apostando na recuperação da notoriedade perdida nos últimos anos. “Temos agendados vários eventos, com o intuito de dar visibilidade à instituição, algo que estava adormecido… ou nunca existiu”, assinala Francisco Freitas, defendendo que “os tempos mudam e os bombeiros têm que se adaptar às novas realidades” e que essa projeção para o exterior poderá, mesmo, despertar os mais jovens para a causa”, reforça o dirigente dando conta de ações em escolas, empresas e instituições concelhias, no âmbito da proteção civil e dos primeiros socorros, que “permitam formar e envolver a comunidade”. “Estamos a trabalhar para o futuro, tentando passar a mensagem de que esta equipa está a trabalhar em prol dos cerca de 16 mil habitantes do município”, afirma o presidente, ainda que reconheça ser esta uma missão espinhosa, porque na realidade a associação, “durante muitos anos, esteve afastada da população, nunca se deu a conhecer” Direção e comando salientam a parceria com a Câmara Municipal da Batalha, que embora sempre atenta aos problemas dos bombeiros, colabora “com o que pode, até porque são muitas as limitações orçamentais do município”. Os apoios escasseiam, ainda assim, Francisco Freitas não esquece alguns contributos, ainda que pontuais, das quatro juntas de freguesia do concelho, da Caixa Agrícola, e de “uma meia dúzia de empresas locais”. “As empresas começam a despertar para a realidade dos bombeiros e, sempre que solicitadas, colaboram com associação, não com verbas pecuniárias, mas em géneros, com equipamentos ou materiais”, reforça o dirigente. O voluntariado é, sem dúvi- da, o ativo mais valioso desta instituição com 38 anos de existência, segundo realça o comandante falando de um grupo “muito ativo, que se empenha, que se orgulha de ser bombeiro”, e ainda assegura “todo o serviço noturno”. Ainda assim, Fernando Oliveira, revela preocupações, denunciando a crescente dificuldade em recrutar novos bombeiros, uma questão que direção e comando vão tentar ultrapassar com trabalho nas unidades de ensino local e ainda promovendo “iniciativas várias” que permitam despertar o interesse dis mais jovens pela “vida de bombeiro”. A missão não é fácil, mas esta equipa tem conseguido superar os obstáculos com uma estratégia mobilizadora cujo sucesso depende da entrega de todos, dirigentes e bombeiros que, na verdade, tiveram um papel preponderante neste auspicioso ciclo de mudança que promete dar novo alento aos Voluntários da Batalha. 15 JANEIRO 2016 ESTORIL Hugo Santos é o novo comandante H ugo Santos, atual segundo comandante dos Bombeiros Voluntários dos Estoris, Cascais, vai ser o novo comandante daquele corpo de bombeiros aguardando-se para breve a sua posse. A decisão de nomeação foi apresentada pela direção da Associação Humanitária dos Bombeiros dos Estoris e depois homologada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. Hugo Santos, 36 anos, in- gressou nos Bombeiros dos Estoris em 1993 e, há quatro anos foi nomeado segundo comandante do corpo de bombeiros. Sucede ao comandante Carlos Coelho. Hugo Santos é técnico do departamento de apoio operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil desde 1999 e, também, tem exercido funções como coordenador técnico na área de formação na Escola Nacional de Bombeiros (ENB). PAREDES Quartel acolhe 11 novos elementos LOUSADA Convite trava saída do país A lbano Teixeira é o novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Lousada. A sua posse decorreu recentemente e correspondeu à conclusão do processo de reorganização do corpo de bombeiros. O empossado tem 42 anos, é engenheiro de proteção civil e formador da Escola Nacional de Bombeiros e, já anteriormente, aos 34 anos, havia ocupado a função de comandante dos bombeiros da sua terra de naturalidade, Vila Meã. A sua ligação aos bombeiros data da sua adolescência quando, com o seu pai, também bombeiro, começou a trilhar o caminho nos Voluntários de Vila Meã. Exerceu também funções nos órgãos sociais da Federação de Bombei- ros do Distrito do Porto durante dois mandatos e no estado-maior do comando distrital de operações de socorro entre 2008 e 2014. Albano Teixeira assolado pelo desemprego preparava-se para rumar para África quando a atual direção dos Voluntários de Lousada o convidou para ocupar o lugar de comandante. Tido como um excelente técnico na sua especialidade, Albano Teixeira viu-se interpelado pelo vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, José Miranda, presente na cerimónia e seu antigo companheiro como presidente federativo, lançando-lhe o desafio que, “com o currículo que tens não podes falhar”. PORTIMÃO O Estrutura ganha adjunto comando dos Bombeiros Voluntários de Portimão conta com um novo adjunto, bombeiro desde 1988, Luis Miguel Gil Mestre, cuja posse decorreu recentemente. A posse do novo adjunto, proveniente da carreira de oficial bombeiro e licenciado em Enfermagem e pós-graduado em Riscos, Planeamento e Proteção Civil, coincide com a homologação do novo quadro de pessoal do corpo de bombeiros e a sua consequente elevação à tipologia máxima de dotação de efetivos, mais de 120 no ativo. Luís Mestre passa a ter sob a sua responsabilidade, entre outras áreas, a intervenção no domínio da saúde, incluindo a emergência pré-hospitalar e a saúde ocupacional dos bombeiros, bem como, o salvamento em grande ângulo e o salvamento aquático e mergulho. A par da posse do novo adjunto o comandante Richard Marques aprovou a inclusão na carreira de oficial-bombeiro a Paulo Moleiro da Silva, após concluído o processo de avaliação de competências respetivo, concluindo-se assim a dotação de toda a cúpula da estrutura operacional do corpo de bombeiros. Paulo Moleiro foi entretanto nomeado chefe da área da Logística e Meios Especiais do Núcleo de Apoio e Estado-Maior. ANGRA DO HEROÍSMO O dia do jantar de Natal da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes, foi o escolhido para que 11 novos elementos da escola de formação 2013/2015 fizessem o juramento de bandeira. “Há já nova turma em formação com mais 25 elementos que vêm da escola de infantes e cadetes e que vão ‘alimentando’ o corpo ativo”, explica o comandante dos Bombeiros de Paredes, José Luís Morais. “O futuro está garantido”, acrescenta, dizendo que a “corporação está bem e recomenda-se”. Em termos de equipamentos, a instituição também está bem servida. Falta a muito ansiada autoescada para combate de incêndios urbanos. “Vamos continuar a lutar. Existe a garantia da direção que, independentemente do apoio ou não do Estado, ela vai vir antes de terminar o mandato”, adianta o comandante. Em dia de festa, o presidente da direção da associação humanitária, Mário Sousa, diz, com visível orgulho, que a instituição tem uma situação financeira equilibrada e sustentada. “Fechamos o ano com dívida zero. E voltamos a gratificar os nossos 17 assalariados.”, garante, salientando os investimentos feitos nos últimos anos, que ascendem aos 1,7 milhões de euros, que traduzem obras de ampliação e remodelação do quartel, viaturas, fardamento e na valorização de corpo de bombeiros que conta atualmente com .93 operacionais. VERDADEIRO OLHAR (TEXTO E FOTOS) Completado o quadro de comando O quadro de comando dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira - Açores, liderado por Luís Picanço acaba de ser completado com as posses do segundo comandante e dos dois adjuntos. O lugar de segundo comandante, deixado vago pela saída de Rúben Tosta a seu pedido, acaba de ser preenchido pelo anterior adjunto, Jorge Silva. Para adjuntos do comando, em regime de substituição, foram indicados os subchefes Cláudio Dias e João Direitinho. A proposta apresentada pelo comandante à direção da Associação, foi aceite por esta e sujeita a homologação favorável do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores. FERREIRA DO ZÊZERE N Reforço de chefias o âmbito do programa na instrução contínua anual dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Zêzere foram, recentemente, promovidos categoria de chefe, Vítor Carvalho, e de subchefe, Isabel Abalde que, registe-se, é a primeira mulher a ocupar um lugar no quadro de chefias. CAMPO MAIOR ALGARVE Comandante reconduzido Mais de meia centena prestam provas O comandante dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior acaba de ser reconduzido para uma nova comissão de cinco anos. O comandante Alexandre Miguel Fonseca Carvalho mereceu a decisão unanime da direção, liderada por José Alberto Sabino Carvalho, entretanto, já comunicada à Autoridade Nacional de Proteção Civil, através do comando distrital de Portalegre. O s 59 estagiários de vários corpos de bombeiros do Algarve prestaram recentemente provas relativas ao curso inicial de bombeiro. As provas decorreram em Loulé e incluíram um processo de avaliação, com teste escrito, bancas práticas de incêndios florestais e incêndios urbanos/industriais, a utilização do equipamento de proteção individual e manobras no âmbito das operações de proteção e socorro. As provas foram orientadas por um júri que incluiu, o comandante operacional de agrupamento distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Vaz Pinto, um representante da Escola Nacional de Bombeiros e o respetivo comandante de corpo de bombeiros. No caso dos Voluntários de Portimão chegou-nos a informação que todos os elementos propostos às provas concluíram com aproveitamento o curso inicial de bombeiro. 16 JANEIRO 2016 CACIL A Ministra estreia-se em c ministra da Administração Interna (MAI), Constança Urbano de Sousa, acompanhada do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, estreou-se numa cerimónia de bombeiros, desde que tomou posse, ao presidir às comemorações do 125.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cacilhas, Almada. Esta cerimónia contou também com a presença do presi- A dente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, que durante a cerimónia convidou a governante a acompanhá-lo na atribuição do crachá de ouro da confederação ao chefe Carlos José de Oliveira Pinto. As comemorações iniciaram-se se em setembro último e concluem-se no próximo sábado, 30 de janeiro. Mas o seu ponto alto, por certo, foi o que coincidiu com a sessão solene e todos os momentos que se associaram. O arranque da cerimónia ficou marcado pela inauguração de quatro novas viaturas, um autocarro cedido pela empresa TST, e mais três, uma para combate a incêndios florestais, outra para socorro nas praias e ainda outra para salvamento em grande ângulo e resgate. Estas três, segundo sublinhou o comandante Miguel Silva, ficam a dever-se em muito ao apoio continuado da Câmara Municipal de Almada, com alusões expressas ao atual presidente da edilidade, Joaquim Judas, e à sua antecessora, também presente, Maria Emília de Sousa. O presidente da direção e antigo comandante, Clemente Mitra, reforçou esse agradecimento e lamentou os resultados da recém-publicada lei do financiamento das associações e da falta de informação sobre a disponibilidade, ou não, de verbas comunitárias até 2020 admitindo que o que possa vir a ser disponibilizado “não passará de uma gota de água em face dos projetos já elaborados e os custos suportados pelos bombeiros para tal”. A sessão solene foi marcada também por uma cerimónia marcante relativa à mudança do antigo crachá da Associação por outro mais moderno, efetuada por todos os bombeiros presentes na sala. A colocação da medalha de mérito de proteção e socorro, grau ouro e distintivo azul do MAI no estandarte da Associação foi outro momento alto, bem como a promoção de um grupo de 9 novos bombeiros de 3.ª, maioritariamente feminino, composto pelo Bruno Leal, Marisa Dias, Melissa Soares, Jénica Rodrigues, Renato Mitra, Diogo Freitas, Carolina Soares, Filipa Silva, Vera Costa, Rui Monteiro, e Tiago Gon- Público agradecimento ministra da Administração Interna, sublinhou que “é um dever de toda a sociedade reconhecer a importância das associações humanitárias de bombeiros voluntários, como agentes do exercício permanente dos valores da solidariedade, da fraternidade e da abnegação de quem dá vida pelo próximo”. Constança Urbano de Sousa, que falava na sessão solene comemorativa do 125.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, frisou que “às mulheres e homens da corporação de bombeiros que hoje homenageamos devo uma especial palavra de público agradecimento”. A ministra apontou que “para além do merecido louvor, o Governo continuará a desenvolver todos os esforços para que sejam reforçados os meios existentes e melhoradas as condições de trabalho dos bombeiros em Portugal, nomeadamente dos bombeiros voluntários”. Constança Urbano de Sousa adiantou que, “não esquecendo que muito ainda há a fazer para melhorar os serviços de proteção e socorro em vários níveis, para que se garantam cada vez melhores índices de resposta em situações de emergência, gostaria de deixar uma palavra de incentivo para que, juntos e em parceria, possamos dar o nosso melhor pela salvaguarda da vida e dos recursos dos cidadãos”. GOUVEIA O s Bombeiros Voluntários de Gouveia promoveram no final do ano transato a cerimónia de inauguração da ampliação e remodelação do quartel e anunciaram para breve a instalação do seu museu. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) fez-se representar no ato pelo seu vice-presidente, Gil Barreiros, antigo presidente da associação e da federação de bombeiros da Guarda. O custo final da obra ronda os 400 mil euros, suportados por fundos comunitários em cerca de 250 mil euros. A propósito, o presidente da direção da Associação, José Maria Vicente Pereira, adiantou durante a cerimónia que estão ainda “à espera da aprovação do acréscimo de financiamento de 5 por cento Inaugurada ampliação do quartel do custo total da obra que é de cerca de 15 mil euros”. Apesar das sucessivas intervenções feitas nas instalações ao longo de anos, segundo aquele diri- gente, as obras agora concluídas eram consideradas determinantes para a garantia de condições de funcionamento do quartel construído há 40 anos. O comandante Carlos Manuel Soares reforçou a importância e urgências daquelas medidas e manifestou-se satisfeito com as condições que a ampliação e remodelação do quartel agora vai permitir. 17 JANEIRO 2016 LHAS cerimónia de bombeiros çalves. Procedeu-se também à promoção a 1.ª do bombeiro Carlos Guerra. Realce também para a homenagem aos atuais, comandante Miguel Silva e segundo comandante Jorge Paulo, respetivamente, com as medalhas de agradecimento da Associação do grau ouro e prata. Durante a sessão solene o presidente da Câmara Municipal de Almada procedeu à oferta simbólica de 4 equipamentos de proteção individual para incêndios urbanos. Além das personalidades já referidas, a sessão solene contou ainda com a participação, do presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia, do presidente da ANPC, major – general Grave Pereira, do comandante nacional de socorro da ANPC, José Manuel Moura, do comandante de Agrupamento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, do presidente da Reviver Mais, Luis Miguel Batista, do antigo presidente da LBP, Duarte Caldeira, do presidente da Federação de Bombeiros de Setúbal, comandante José Raimundo, do ve- reador da proteção civil municipal, Rui Martins, da comandante distrital de socorro de Setúbal da ANPC, Patrícia Gaspar, do segundo comandante distrital Rui Costa, do presidente da União de Freguesias de Almada Cova da Piedade Pragal e Cacilhas, Ricardo Louça, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral da instituição, Lourenço Batista, e restantes membros dos órgãos sociais e do comando. Presidente da LBP lança alerta Museu pode arrancar “N O presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas, assegurou na sessão solene comemorativa do 125º aniversário dos Voluntários de Cacilhas que estão reunidas as condições para a criação do Museu dos Bombeiros de Almada, tão desejado pelas três associações de bombeiros do concelho (Almada, Cacilhas e Trafaria). O novo museu, por que os bombeiros tanto lutaram durante anos, vai finalmente ser uma realidade e muito próximo do quartel dos Voluntários de Cacilhas. Irá localizar-se num armazém devoluto contíguo àquele quartel e irá receber o espólio museológico das três associações que constitui, aliás, um dos acervos mais ricos do país, quer em viaturas antigas, quer em equipamentos e outros testemunhos históricos. ão somos nenhuma força corporativa nem sindical e, em circunstância alguma, deixaremos que a Liga dos Bombeiros Portugueses como legítima representante dos Bombeiros de Portugal, possa ser secundarizada ou posta em causa por forças corporativas, ou pseudo associações que se tentam assumir como representantes deles” alertou o presidente da LBP no decurso da sessão solene comemorativa do 125.º aniversários dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas dirigindo-se à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, ali presente. O comandante Jaime Marta Soares, assegurando à governante franqueza e espírito construtivo no trato “olhos nos olhos”, adiantou ainda que, “não deixaremos de chamar a atenção para aquilo que possa por em causa ou pretenda sobrepor-se àqueles que legitimamente representam os bombeiros portugueses”. O presidente da LBP fez questão de sublinhar que a confederação a que preside não é nenhuma força corporativa nem sindical nem se confunde com ditas associações que se dizem representativas “não sei de quê”. O comandante Jaime Soares saudou a ministra, para que “venha em boa hora”, e que saiba encarar as associações de bombeiros como uma organização da sociedade civil “que se auto organizou para dar ao país aquilo que era necessário para a segurança das vidas e dos haveres das populações”, lembrando que, por tudo isso, “estas estruturas têm que ter um tratamento especial”. A propósito, o presidente da LBP lembrou estar a falar de um exército ativo, o maior, que farda de soldados da paz, constituído por mais de 30 mil mulheres e homens no quadro ativo e comando, outros tantos no quadro de reserva e honra, com mais de 8 mil dirigentes e 1,2 milhões de associados. 18 JANEIRO 2016 AMADORA Confederação de coletividades distingue bombeiros A Confederação Portuguesa de Coletividades de Cultura Recreio e Desporto (CPCCRD) atribuiu à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Amadora a sua medalha e diploma de agradecimento. A entrega, feita pelo presidente da Confederação, Augusto Flor, decorreu durante a sessão solene comemorativa do 111º aniversário da Associação. Por seu turno, esta atribuiu à presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, a medalha de serviços distintos grau ouro. A sessão foi ainda marcada pela entrega de louvores a um conjunto significativo de bombeiros. Realce para o facto de terem recebido aquela distinção três membros da mesma família repre- sentada no corpo de bombeiros por quatro gerações. Decorreu também a promoção a chefe do bombeiro Nuno Miguel Silva Rodrigues e a bombeiro de 3ª dos estagiários: André Cardoso, Ana Teresa Cruz, Filipa Marcelino, Eliezer Gomes, Sérgio Monteiro, Magda Braga, Laura Bibiloc e Nelson Ferreira. No âmbito das medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), foram distinguidos, com a de 20 anos, o bombeiro de 2.ª José Carlos Campos, com a de 15 anos, o bombeiro de 1.ª Carlos Jorge Santos e os bombeiros de 2.ª Filipe Monteiro e Lúcia Silva, com a de 10 anos, os bombeiros de 3.ª Tiago Bonifácio, João Cardoso e Jorge Salgado (entregues por 3 comandantes do QH presentes), e com a de 5 anos, os bombeiros de 3.ª Tomás Nhatelo, Vitor Hugo Silva e Tânia Galveia. A sessão solene foi presidida pela presidente da Câmara e contou com as presenças, do vogal do conselho executivo da LBP, Rama da Silva, do comandante de agrupamento sul da ANPC, comandante Elísio Oliveira, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Pedro Araújo, comandante distrital operacional da ANPC, Carlos Mata, do presidente do Sindicato dos Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, do comandante municipal da proteção civil, Luís Carvalho, acolhidos pela presidente da direção, Maria Alcide Marques, pelo presidente da assembleia-geral, António Carixas, pelo presidente do conselho fiscal, José Fernandes, e restantes órgãos sociais, e ainda pelo comandante Mário Conde e restante comando. VILA REAL A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca de Vila Real comemorou no início do corrente mês o seu 119.º aniversário, com a promoção de bombeiros e imposição de divisas aos novos elementos que passaram a integrar o corpo de Bombeiros. As comemorações do aniversário prolongaram-se até ao dia 10 de janeiro, com um programa que sofreu algumas alterações, devido às condições meteorológicas adversas que se fizeram sentir naquele fim de semana. Após o tradicional toque de Cruz Branca comemora 119 anos alvorada, seguido do toque de continência à bandeira da Associação, a formatura geral prestou homenagem aos bombeiros, diretores e sócios falecidos, com a intervenção do reverendo padre João Corralejo, capelão dos Bombeiros da Cruz Branca, seguido da colocação de uma coroa de flores junto da pira. Após a receção às entidades convidadas, que contou com a presença do presidente da Escola Nacional de Bombeiros, José Ferreira, do vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, co- mandante José Luís Morais, do comandante distrital de operações de socorro da ANPC, Álvaro Ribeiro, seguiu-se a cerimónia de imposição de distinções honoríficas a bombeiros e a órgãos sociais. O programa contou, ainda, com a bênção e batismo de duas novas viaturas operacionais, a oferta de uma imagem de S. Marçal ao corpo de bombeiros, por parte do Bombeiro de 1ª, João Leite, no Quadro de Reserva, emigrado no estrangeiro e o descerramento de duas placas comemorativas. Uma, que identifica a Cruz Branca como Base de Apoio Logístico Permanente, cujo protocolo foi assinado entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil e esta Associação. Uma segunda placa, que a identifica como Unidade Local de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, cujo protocolo foi assinado entre a referida Escola e a Cruz Branca de Vila Real. Após a celebração da eucaristia na igreja da Capela Nova, a cerimónia prosseguiu junto aos paços do concelho, com a apresentação de cumprimentos à Câmara Municipal de Vila Real. As comemorações encerraram com um almoço convívio, no Hotel Miracorgo que reuniu o corpo ativo, dirigentes, associados e convidados. BRASFEMES Voluntários recebem, medalha de ouro da cidade de Coimbra E m dia de aniversário, quando se aasinalam 76 anos de entrega e serviço á causa pública, os Bombeiros Voluntários de Brasfemes foram agraciados com a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, tendo Manuel Machado, presidente da câmara municipal, afirmado que a distinção resulta do reconhecimento do trabalho desenvolvido pela instituição. No decorrer da sessão solene todos os oradores falaram da justiça da atribuição do galardão máximo da cidade aos Bombeiros de Brasfemes, aprovada pelo executivo coimbrão. por unanimidade e aclamação, em maio do ano passado. Na ocasião, o comandante Acácio Monteiro, depois de abordar várias temáticas, falou de injus- tiça para exigir a reposição da isenção de taxas moderadoras aos bombeiros, da mesma forma, José Requeijo, em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu também defendeu a redução de IMI como um incentivo à fixação dos operacionais nas suas povoações. Em nome da LBP o comandante José Requeijo sustentou a importância de garantir a presença da confederação no Conselho Económico e Social. O Comandante Operacional Distrital, Carlos Tavares, fez uma retrospetiva da atividade dos bombeiros no distrito de Coimbra e fora dele, deixando um vincado elogio à ação e apoio que os Voluntários de Brasfemes dão ao CDOS Coimbra. Na ocasião, foram agraciados com medalhas de assiduidadde da LBP 11 elementos quadro ativo que completaram 5, 10, 15 e 25 anos de serviço prestado. O programa festivo que teve ainda como momento alto a bênção e inauguração de duas viaturas, uma de comando e outra de florestal, contemplou ainda a romagem ao Cemitério de Brasfemes, seguida de missa, e o tradicional desfile apeado e motorizado no qual brilhou a academia de infantes e cadetes. Matracaram presença nas comemorações, entre outras individualidades para além os presidentes da câmara e assembleia municipal de Coimbra e da Junta de Freguesia de Brasfemes, o Comandante Operacional Distrital de Coimbra, os comandante José Requeijo, da Liga Bombeiros Portugueses e Fernando Jorge da Federação Bombeiros Distrito de Coimbra. 19 JANEIRO 2016 BOTICAS “Os jovens querem vir para os bombeiros” A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas apresenta-se como uma instituição viva, inserida na comunidade, plenamente adaptada à realidade e às exigências do território, preparada para atender às solicitações da população, disponível para enfrentar os crescentes desafios do setor, que exigem melhores meios e operacionais devidamente preparados. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim À chegada à Boticas, uma das pérolas do distrito de Vila Real, a equipa do jornal Bombeiros de Portugal é recebida pelo edil, porém na qualidade de presidente da direção dos Bombeiros de Boticas, mas ainda assim o anfitrião mais habilitado para dar conta da realidade deste município, onde a associação se assume como referência. Fernando Queiroga, rapidamente, despe a farda de autarca para, orgulhosamente envergar a de bombeiro, porque, apesar de hoje ocupar a cadeira da presidência, já passou pelo quartel e, durante uma década, trajou de soldado da paz. O nosso interlocutor começa por afirmar que em Boticas não faltam voluntários para causa, ao contrário do que sucede em cada vez mais corpos de bombeiros de norte a sul do país. “Em Boticas os jovens querem vir para os bombeiros” enfatiza o dirigente, atribuindo ao comando e no corpo ativo a responsabilidade pelo sucesso das campanhas de recrutamento, que resulta do trabalho desenvolvido no terreno com a promoção de ações várias que permitem como que descentralizar o quartel e levar a realidade dos bombeiros povoação a povoação. “Interessados não faltam”, reforça o comandante Carlos Gonçalves, reconhecendo, contudo, problemas ao nível da formação que acabam por prolongar em demasia o curso de instrução inicial e criar alguma desmotivação nos jovens. O responsável operacional vai mais longe e diz que a formação chega a “conta-gotas” a Vila Real, garante que esta é uma questão transversal que afeta todas as valências da preparação e de progressão na carreira e que durante 2015. “Os Voluntários de Boticas não foram beneficiados com qualquer ação de formação”, garante o comandante, restando-lhes recorrer às vagas disponibilizadas pelos congéneres do distrito. Nesta matéria Fernando Queiroga recusa apontar o dedo acusatório à Escola Nacional de Bombeiros, preferindo antes atribuir responsabilidades ao “sistema”, que não permite que os formadores se desloquem aos quartéis, o que permitiria não só ultrapassar as questões da falta disponibilidade dos voluntários, mas também reduzir custos para as associações. Atualmente, integram este contingente 64 operacionais, que receberá em breve 14 novos elementos, um reforço importante que e confirma o entusiasmo dos mais jovens pela causa, e que começa em tenra idade, na escola de infantes e cadetes, onde outros 16 “bombeiritos” acalentam o sonho de socorrer, de salvar vidas O quartel inaugurado 1981, foi alvo, ao longo dos anos, várias intervenções e melhoramentos que permitiram adaptar as instalações às crescentes exigências do corpo de bombeiros. Para breve, estão previstas obras de beneficiação do complexo que incluem a correção de infiltrações, a substituição do pavimento e a criação de uma nova área de parqueamento para ambulâncias. Fernando Quiroga (re)assume, por momentos, o papel de presidente de câmara, para defender que as autarquias devem investir na qualidade do serviço prestado pelos bombeiros, apoiando e colaborando com as associações, promovendo o voluntariado. E, assim sendo, anunciou que, no âmbito de um projeto concelhio, os bombeiros vão receber alguns benefícios, tendo destacado “descontos na fatura da água, em licenciamentos e taxas”. Presentemente, a associação conta com 14 funcionários, um quadro de pessoal que presidente e comando consideram “ajustado” tendo em conta as solicitações de um território com cerca de 322 quilómetros quadrados e com seis mil habitantes, distribuídos por 10 freguesias. Contudo, Fernando Queiroga sublinha o importante papel dos voluntários sempre disponíveis para colmatar lacunas, empenhados em levar a todos os teatros de operações profissionalismo e prontidão. Esta disponibilidade, bem como a entrega só podiam ser recompensadas com equipamentos e meios que permitam facilitar e valorizar o trabalho dos operacionais e, assim sendo, o comandante assegura não existirem grandes necessida- des, embora considere importante a aquisição de um Veículo de Socorro e Assistência Tático (VSAT). Direção e comando falam com orgulho da instituição que granjeia apoios, não apenas da autarquia, que garante o presidente se limita a assumir as suas responsabilidade em matéria de proteção civil, mas também do comércio, das instituições locais e da população. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas, ainda que arredada dos grandes centros, onde tudo parece gravitar, a atuar num pequeno concelho do interior com poucos habitantes, consegue, ainda assim, impor-se não apenas pela resistência à adversidade, mas, sobretudo, pelas boas práticas que permitem manter ativa a chama do voluntariado, ateada por um grupo de abnegados cidadãos, em maio de 1971. 20 JANEIRO 2016 MORA Associação distingue autarquia A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora prestaram homenagem à Câmara Municipal com a medalha de serviços distintos grau cobre proposta atribuir à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A par dessa distinção, entregue na sessão solene comemorativa do 76.º aniversário, foi concedido aos Voluntários de Mora na mesma altura a medalha de mérito de proteção e socorro, grau prata, distinto azul, do Ministério da Administração Interna (MAI). O bombeiro de 1.ª António Biléu re- cebeu a medalha de serviços distintos, grau ouro, da Associação. Na mesma sessão foram também entregues várias medalhas de assiduidade da Associação e LBP. Com a de dedicação, 25 anos, da LBP, foram distinguidos, o chefe Sérgio Calhau, o subchefe Pedro Silva, o bombeiro de 1.ª Alfredo Pereira, e a o bombeiro de 2.ª Sérgio Arsénio. A medalha de assiduidade, grau ouro, 20 anos, Associação e LBP, foi entregue, ao comandante Luís Caramujo, ao subchefe Marco Calhau e à bombeira de 2.ª Leonor Matos. A medalha de assiduidade de 15 anos, Associação e LBP foi atribuída ao presidente da direção, Francisco Comba da Silva, ao primeiro secretário da direção João Barnabé, ao vogal António Nunes, ao subchefe Rui Domingos e aos bombeiros de 1ª José Coelho e Carlos Fernandes. A medalha de assiduidade de 10 anos, Associação e LBP, foi atribuída, ao vogal da direção António Duarta, aos bombeiros de 2.ª, Nuno Cardoso, Joaquim Barbeiro, João Godinho e Su- sana Coelho, e aos bombeiros de 3ª, Helena Pinto, Filipe Alexandre, Maria João Orada e Ricardo Dias. E a medalha de 5 anos, foram distinguidos os bombeiros de 3.ª Samuel Barbeiro e Nuno Fortio (LBP) e ambos com José Alvega (Associação). Na sessão solene estiveram presentes, o presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, o presidente da ANPC, major-general Grave Pereira, o diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, o vice-presidente da LBP, Adriano Capo- te, o presidente da Federação de Bombeiros de Évora, Inácio esperança, o comandante distrital da ANPC, José Ribeiro, os presidentes das juntas de freguesia de Mora, Pavia Brotas e Cabeção, e outras entidades, acolhidas pelo presidente da assembleia-geral da instituição, Marco Pires, pelo presidente da direção, Francisco Comba da Silva, pela presidente do conselho fiscal, Andrea Fernandes, pelo comandante Luís Caramujo e restantes órgãos sociais e elementos do comando. MERCEANA Quartel recebe reforços O corpo de bombeiros da Associação dos Bombeiros Voluntários da Merceana conta com mais quatro novos bombeiros, três deles do sexo feminino. Os novos bombeiros de 3.ª são: Vânia Lourenço, Virgílio Romão, Joana Simões e Filipa Simões. Durante a sessão solene comemorativa do 35.º aniversário da Associação foi anunciado como Bombeiro do Ano, o bombeiro de 3.ª Virgilio Romão, promovidos a bombeiro de 1ª, Nídia Jesus e Octávio Amaro. Foram também distinguidos com medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses, com 15 anos, a bombeira de 2.ª Andreia Trovão, e com a de 5 anos, João Pedro, Vanessa Roque, Valter Casais e Cláudia Vale. Durante a sessão solene procedeu-se ainda à inauguração de uma nova viatura para transporte de doentes. A sessão foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Alenquer, Pedro Folgado e contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Adelino Gomes, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, Rui Santos Silva, do segundo comandante distrital da ANPC, André Fernandes, o presidente da União de Freguesias de Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, do comandante da ER nº 3 de Montejunto, do comandante do Posto da GNR, acolhidos pela direção, restantes órgãos sociais e comando dos Voluntários da Merceana. Antes da sessão solene realizou-se a habitual romagem ao cemitério e a celebração de uma missa em memória de bombeiros, dirigentes e associados falecidos. ÁGUEDA Três viaturas chegam em dia de festa O s Bombeiros Voluntários de Águeda (BVA) comemoraram 81 anos no dia 20 de dezembro último, e procederam à bênção de três viaturas, duas delas novas e batizadas com os nomes de Fernando Saraiva, membro dos órgãos Sociais para o triénio 2015/2017 entretanto falecido, e da Sociedade Irmãos Miranda (SIM). As três viaturas, duas ambulâncias de transporte de doentes (ABTD) e um autotanque, obrigaram a um investimento a rondar os 115.000 euros e serão subsidiadas com 20 mil pela Câmara Municipal de Águeda, que se fez representar na cerimónia pelo seu presidente, Gil Nadais. Estiveram também presentes, o comandante José Morais, membro do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, o segundo coman- dante distrital da ANPC, Pinheiro Duarte, e outros autarcas, acolhidos pelos órgãos sociais comando e corpo de bombeiros da instituição. “A atribuição do nome de Fernando Jorge Saraiva - era diretor da instituição, aquando do seu falecimento - a uma das ambulâncias, é mais do que justificada pela sua entrega a esta casa, que soube servir com grande dedicação e sentido de responsabilidade”, considerou José Manuel Rolim, presidente dos Bombeiros Voluntários de Águeda. “O nome da SIM, que fizemos questão de associar ao renovado autotanque, é o reconhecimento desta direção, por tudo o que a empresa tem dado ao Bombeiros Voluntários de Águeda ao longo dos tempos”, acrescentou o mesmo dirigente, que acaba de cumprir o primeiro ano de mais um mandato de três anos. “O ano de 2015 correu razoavelmente bem, com um diminuto número de fogos florestais, que nos apraz sempre registar; com uma gestão rigorosa da instituição ao nível financeiro, que é nosso apanágio; e com a aquisição de um novo fardamento para 75 elementos do nosso Corpo de Bombeiros”, adiantou o mesmo dirigente. José Manuel Rolim, que leva 14 anos acumulados como presidente, reiterou o grande propósito para o que resta deste mandato, ou seja, “as obras que nos permitirão transferir os atuais dormitórios, do rés-do-chão para o 1.º andar do quartel-sede, num investimento que andará na casa dos 400.000 euros”. Trata-se de uma intervenção pendente de fundos comunitários e que permitirá “a construção de 20 quartos, com duas e quatro camas em cada um deles, e com a preocupação de dotarmos o quartel-sede de equipamentos que nos garantam uma maior eficiência energética”, rematou José Manuel Rolim. O 81.º aniversário dos Voluntários de Águeda ficou marcado pela emoção das honras aos bombeiros falecidos, junto ao Monumento ao Bombeiro, pelo sempre apreciado desfile apeado e motorizado, pela entrega de brinquedos aos filhos dos “soldados da paz” e do Cabaz de Natal, antes da ceia natalícia e de aniversário que decorreu em ambiente de fraternidade entre toda a família dos Bombeiros Voluntários de Águeda. 21 JANEIRO 2016 LEIRIA Voluntários são “componente fundamental” Quase a completar 123 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros de Leiria apresenta-se como uma instituição precursora, com voz ativa no setor, com ideias, ideais e projetos que permitem trilhar os caminhos de futuro. No quartel sede e nas duas secções destacadas são mais de centena e meia de operacionais que assumem a nobre missão e salvar vidas, de uma forma abnegada, mas sem descurar a preparação, o profissionalismo e prontidão que, na verdade, são chancela deste corpo de bombeiros. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O carismático comandante Almeida Lopes faz as honras à casa com natural satisfação dá a conhecer cada um dos espaços da sede dos Voluntários de Leiria, um complexo de enormes dimensões, onde nada parece faltar, com todas as condições para atender às exigências de um moderno corpo de bombeiros, que, por direito próprio, tem lugar reservado na primeira linha da operacionalidade. Depois desta visita guiada, o comandante faz questão de conduzir os jornalistas às duas seções destacadas, que na realidade, são dois verdadeiros complexos operacionais devidamente equipados com meios e homens, para assegurar uma resposta autónoma ás solicitações das áreas do concelho que servem. A companhia destacada de Monte Redondo foi criada em 1992, sedeada no edifício da junta de freguesia, tendo em 2008 ocupado espaço próprio com todas as condições para acolher um contingente de 30 bombeiros que asseguram o socorro, a cerca de 8 mil pessoas, de quatro freguesias da área Norte do concelho de Leiria. Oficialmente constituída em 1997, a secção Santa Catarina da Serra, situada no lugar dos Cardosos está instalada num moderno quartel inaugurado em 2011, que serve as freguesias de Santa Catarina da Serra, Caranguejeira, Arrabal e Chaínça. Cerca de três dezenas de operacionais apoiados por um “adequado parque de viaturas” permite aos Voluntários de Leira garantir prontidão ao serviço prestado a sul do concelho. De regresso à sede da instituição, o presidente da direção Jorge Baptista junta-se ao grupo para dar a conhecer uma associação grandiosa e plena de atividade, o que só é possível “com rigor”, que inviabiliza “passos maiores que a perna”, ou seja todas as despesas e investimento carecem de ponderação e obedecem a apertados critérios de prioridade. O dirigente reconhece que para estabilidade da instituição concorrem ainda “os apoios da população, das empresas e da autarquia”, que não têm falhado. “A qualidade do serviço prestado pelos nossos bombeiros deixa marcas positivas” o que na ótica de Jorge Baptista permite abrir portas, conquistar espaço, notoriedade e o reconhecimento da comunidade. Para além da parceria institucional com a Câmara Municipal de Leira, o presidente da direção faz questão de destacar o trabalho desenvolvido com as empresas locais “com consciência social” que reconhecem o “importante papel dos bombeiros”, salientando os apoios dos grupos Respol, Roca Diamantino e Filhos e Nova Gente, sempre disponíveis para apoiar a causa. “Esta cooperação cria uma enorme estabilidade financeira”, salienta o Jorge Baptista, adiantando que a associação “nunca teve problemas com o pagamento de salários aos 19 funcionários”, nem que fechar a porta ao investimento. O dirigente explica que “opções de formas de trabalho” permitiram apostar tudo na emergência e no socorro, em detrimento do transporte de doentes não urgentes, que neste quartel é um serviço “residual”, sem expressão. Os quartéis dos Bombeiros de Leira contam, no total, com 163 operacionais, sendo a componente voluntária “fundamental” para assegurar a qualidade do serviço prestado às populações. “São apenas voluntários que garantem o socorro todas as noites de segunda e sexta, bem como nas 24 horas dos sábados, domingos e feriados”, acentua Almeida Lopes, que continua a defender a preservação da génese voluntária das associações humanitárias, reconhecendo, contudo, a necessidade de criar incentivos que permitam atrair e fixar reforços para a causa. O comandante revela que a associação tem tentado, sem sucesso, “negociar com a autarquia um pacote de regalias para os bombeiros”, mas enquanto não se consegue quebrar os muros da indiferença, direção e comando fazem questão de premiar a entrega de homens e mulher com vários benefícios, que passam por atribuição de subsídios. Almeida Lopes anuncia que a assiduidade passará, em breve, a ser, também, premiada, com o pagamento de cartas de condução quer de veículos ligeiros quer de pesados. De resto, o nosso interlocutor assinala que a for- mação e valorização pessoal e profissional dos voluntários sempre foi uma prioridade para os responsáveis da instituição. “Estamos cá para servir os bombeiros, não para nos servimos dos bombeiros”, diz o presidente, salientando que a equipa que encabeça conhece bem a realidade do quartel, pois, curiosamente, praticamente todos os dirigentes já envergaram a farda de soldado da paz e, por isso, conhecem bem a complexidade desta missão, mas os Voluntários de Leiria fazem questão de cumprir de forma exemplar. O quartel-sede, inaugurado em 1992, é um complexo funcional, também porque, ao longo dos anos foi alvo de várias intervenções, que permitiram atualizar conceitos, responder a novas realidades, num processo que não tem fim. “Um quartel nunca está concluído”, refere Almeida Lopes, defendendo que os bombeiros devem ser permeáveis à “evolução vinda do exterior” e que tem reflexos em todas áreas, não apenas na operacionalidade das instalações, mas na capacidade de resposta e versatilidade dos meios, mas também na formação e preparação do corpo ativo. “Não precisamos de mais viaturas, mas torna-se inevitável a renovação e modernização da frota”, considera Almeida Lopes, falando ainda da necessidade de investimento na aquisição de mais equipamentos de proteção individual para combate a incêndios urbanos e industriais, um processo que, segundo o comandante, deverá estar concluído até ao final do corrente ano. Sendo a formação uma questão prioritária, Almeida Lopes, critico, lamenta que a Escola Nacional de Bombeiros não esteja a cumprir “as suas obrigações”, afirmando mesmo que os “bombeiros estão a ser prejudicados pelo mau funcionamento da escola”, que não tem capacidade para dar respostas às solicitações dos corpos de bombeiros. Assim sendo, defende alterações estruturais que abram caminho à mudança, à “inversão de ciclo”. Mas nem mesmo uma ou outra contrariedade afetam a dinâmica desta associação comprometida com a comunidade que se desdobra na promoção de muitas iniciativas que visam não só angariar fundos, mas também dar visibilidade ao exímio trabalho dos bombeiros que em muito dignifica o passado desta instituição e a história que começou a ser escrita, por um punhado de altruístas leirienses, a 1 de abril do longínquo ano de 1893 22 JANEIRO 2016 VILA REAL A António Barros distinguido com crachá de ouro sessão solene realizada no salão nobre da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz Verde no final do ano transato para distinguir todos os associados com mais de 50 anos de ligação à instituição constituiu o segundo momento das comemorações dos 125.º aniversário da Associação. Nela teve lugar também a atribuição do crachá do ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao secretário-geral da Associação, António Barros. A distinção foi entregue pelo presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, que se deslocou para esse efeito propositadamente a Vila Real. A propósito, o presidente da LBP dirigiu palavras elogiosas a António Barros pela dedicação aos bombeiros, “enaltecendo as qualidades e o mérito deste Bombeiro sem farda”. O secretário-geral da Cruz Verde, António Alberto Soares da Costa Barros, serve a Associação desde o início dos anos oitenta e desde logo, foi-se impondo pela prática de valores de verdade, de integridade, de honra, de zelo e também pela sua capacidade e qualidade de trabalho. Recebeu vários votos de louvor em assembleia geral, pela dedicação e pela forma como apresentava as contas da Associação. Ao logo do tempo destacou-se pelo seu altruísmo, caráter e personalidade, profundo sentimento de amizade, elevado espírito de voluntariado e serviço à causa humanitária, sendo reconhecida pela associação, associa- dos, dirigentes, comando e bombeiros, a sua importância nos destinos da instituição. Mas a sua ação e disponibilidade extravasou a Cruz Verde, tendo sido vice-presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Vila Real, fazendo atualmente parte dos Órgãos Sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses, como suplente. A seguir a esta justa homenagem a António Barros, decorreu um momento de poesia alusiva aos Bombeiros e à causa Humanitária. No uso da palavra, o coman- CRUZ VERDE T Cumprida tradição do 1 de janeiro al como há 125 anos, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz Verde cumpriu a tradição do desfile do dia 1 de janeiro, depois de impostas as habituais condecorações aos elementos do corpo ativo, foi atribuído a cada um destes elementos e órgãos sociais presentes um crachá comemorativo alusivo ao aniversário. Os bombeiros desfilaram pelas ruas da cidade, incluindo a apresentação de cumprimentos ao executivo municipal. No regresso ao quartel, prestaram homenagem ao seu fundador Avelino Patena na rua com o mesmo nome. Refira-se que o desfile deste primeiro dia do ano foi abençoado pela chuva que não parou durante todo o percurso. Na Câmara Municipal, o presidente da direção dos Bombeiros, Carlos Moreira, referiu-se às necessidades da Associação e corpo de bombeiros, salientando que as solicita- ções a esta corporação são cada vez em maior número. O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, no uso da palavra, salientou o empenho da autarquia na ajuda aos bombeiros, nomeadamente no programa +Bombeiros, solicitando o empenho de ambas as corporações do concelho na prevenção à carreira aérea, indispensável ao funcionamento do aeródromo. A festa continuou durante a tarde, com o quartel aberto à visita de todos os associados e amigos da Associação, tendo havido animação e lanches para toda a gente. No sábado, dia 2, foi feita uma homenagem ao chefe António Lídio Simão no cemitério de Monfebres, em Murça, tal como já tinha sido feito, em 12 e 19 de dezembro passado, relativamente aos outros bombeiros já falecidos. dante Jaime Marta Soares aproveitou o momento de comemorações dos 125 anos da Associação para enaltecer o papel dos Bombeiros de Portugal no socorro e assistência das populações, dos seus bens, do património e do ambiente, entre outros. Realçou ainda a importância dos bombeiros no teatro de operações, referindo que estes correspondem a 98 por cento dos elementos que constituem a Proteção Civil e que 96 por cento são bombeiros voluntários. De seguida, o presidente da LBP, referiu-se à importância das associações humanitárias nas comunidades em que estão inseridas, valorizando a sua intervenção na sociedade civil. Por último, aproveitou para traçar uma panorâmica da situação atual dos corpos de bombeiros e dos desafios que se colocam atualmente e nos momentos mais próximos e futuros. Entre os muitos associados distinguidos importa também realçar a atribuição da condição de sócio benemérito e da medalha de serviços distintos ao hotel Miracorgo, representado por Manuel Alberto Carvalho. Já durante o jantar de ani- versário, o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, reafirmou o compromisso de apoio aos bombeiros do concelho, a implementação de políticas de apoio e incentivo ao voluntariado através do «Programa + Bombeiros», a continuidade de política de proximidade e de articulação com as direções das associações no sentido de se manter a sustentabilidade dos corpos de bombeiros, referindo a possibilidade de candidatura a diversos tipos de financiamentos. PORTIMÃO Desfile temático marca comemorações A zona ribeirinha da cidade de Portimão foi o local escolhido assumidamente pelos bombeiros voluntários locais para a comemoração do seu 89º aniversário em contacto mais próximo com os portimonenses. Entre os vários momentos ali realizados pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão, destaque para o desfile temático apeado e motorizado com demonstração de valências, equipamentos e veículos operacionais, para entre- ga de condecorações a bombeiros, promoções de 17 estagiários e homenagem a beneméritos. No desfile integraram-se 115 elementos do corpo de bombeiros e 14 meios técnicos. Destaque ainda para a passagem ao Quadro de Honra de dois bombeiros e a atribuição da medalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao presidente da direção, Álvaro Bila, e a mesma distinção, grau cobre, ao chefe Nuno Duarte, e aos subchefes Carlos António e Fernando Águas. As distinções foram entregues pelo vice-presidente da LBP, Rodeia Machado. Foram ainda entregues louvores do comandante a quatro bombeiros que se distinguiram ao longo do último ano. A comemoração do aniversário dos Voluntários de Portimão assumiu várias vertentes. Antecedendo o dia oficial, os bombeiros promoveram também 4 ações de sensibilização dirigidas à população su- bordinadas ao temas, saber agir em situações de emergência e aprender a utilizar um extintor. Para além das cerimónia já referidas o programa comemorativo inclui também, um encontro nacional de fanfarras, a romagem ao talhão dos bombeiros no cemitério municipal e a celebração de uma missa pelo capelão dos Voluntários de Portimão, padre Mário de Sousa. 23 JANEIRO 2016 FIGUEIRA DA FOZ Ambulância homenageia bombeiras N o passado dia 19 de dezembro, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz comemorou em Sessão Solene os seus 133 Anos de existência. Estiveram presentes, para além de muitos elementos de comando e outros operacionais de diversas corporações de Bombeiros, seus familiares e convidados, diversas entidades. Entre elas, destaque para as presenças, do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, o presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, José Duarte, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, o comandante operacional distrital, Carlos Luís Tavares, um representante da Federação de Bombeiros do Distrito Coimbra e o comandante do Porto da Figueira da Foz, capitão-de-fragata Humberto Silva Rocha. O presidente da Direcção, Lídio Lopes, fez o balanço, muito positivo, de mais um ano ao serviço das populações, aproveitando a ocasião para anunciar a inauguração de uma nova ambulância de emergência adquirida a 10 por cento pela associação. Lídio Lopes referiu, a propósito, que “aqui contamos os lápis, mas investimos em meios que colocamos ao serviço das pessoas e em instalações, para que os nossos bombeiros e bombeiras se sintam o melhor possível nesta sua casa, como disso é exemplo as obras que estamos a finalizar na cozinha”. Lídio Lopes deu ainda aos presentes a notícia de que a sua Direcção decidiu atribuir à nova ambulância o nome de “Bombeiras do Corpo Operacional de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz” numa mais que justa Homenagem a estas mulheres tão especiais. O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz manifestou o seu regozijo e agradecimento pelo muito relevante contributo que os Bombeiros Voluntários dão na segurança do Concelho e comprometeu-se a apoiar a reconstrução da Secção dos Bombeiros Voluntários na Freguesia do Paião, tentando numa primeira fase concorrer a apoios comunitários e se esta falhar com os meios financeiros da Câmara Municipal. O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares enalteceu a gestão da AHBVFF e o comando do corpo operacional pelos sucessos alcançados e reivindicou o regresso da isenção das taxas moderadoras para os Bombeiros. Este ano foi também lido um discurso proferido em 19 de dezembro de 1990, aquando dos 108 Anos da AHBVFF, passaram já 25 Anos, mas que se mantém bem atual. O programa das comemorações incluiu também a entrega de medalhas de assiduidade a bombeiros. Assim, com a medalha de dedicação, grau ouro, 25 anos, foi distinguido o bombeiro de 2.ª, António Manuel Ribeiro, com a 20 anos de serviço, o bombeiro de 1.ª António Espada, e com a de 15, a bombeira de 2.ª Carla Isabel Mendes. A medalha de assiduidade da LBP, 10 anos, foi atribuída aos bombeiros de 2.ª, Bruno Curado, Luís Moreira e Luís Gaspar, e aos bombeiros de 3.ª, Hugo Vieira, Francisco Morais, José Maria Costa, Maria Isabel Silva, Rui Fernandes e Jorge Rodrigues. A medalha de serviços distintos grau ouro foi entregue ao bombeiro do Quadro de Honra Mário de Oliveira Rodrigues. ENTRONCAMENTO Quartel perde equipa de intervenção permanente A ntónio Neto, comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento pediu ao presidente da câmara municipal, Jorge Faria, a criação de uma “Equipa de 1.ª Intervenção (EIP), que possa dar resposta à população do Entroncamento durante a parte diurna, pois muitos dos nossos bombeiros trabalham fora do nosso concelho e como todos sabemos o concelho é dos poucos a nível distrital que não dispõe desta mais-valia, e sendo de risco no que toca ao transporte de matérias perigosas a nível ferroviário e não só”. O pedido foi feito na cerimónia comemorativa do 67.º aniversário da associação, tendo o presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria aceite o desafio. A cerimónia decorreu no salão da instituição na manhã de sábado, dia 9 de janeiro, e contou também com a presença de Mario Silvestre, comandante Operacional Distrital de Santarém da ANPC, do comandante Adelino Gomes, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, autarcas do concelho, representantes de corporações da região, da presidente da câmara de Constância e entidades religiosas e militares locais. Durante a cerimónia foram condecorados bombeiros com medalhas de assiduidade de grau bronze, prata e ouro, promovidos nove estagiários a bombeiros de 3.ª e ainda distinguidos os sócios beneméritos. José Salvado, presidente da associação humanitária salientou a aquisição “de duas viaturas de transporte de doentes, por 79 mil euros ficando apenas em dívida 29 mil euros, tendo sido saldada a dívida de 30 mil euros da aquisição de duas viaturas da anterior direção”. José Salvado referiu ainda que em conjunto com a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) adquiriu uma viatura de combate a incêndios florestais (VFCI), no valor de 52 mil euros, 41,8 mil da Autoridade e 11 mil euros por parte da associação. O presidente dos Bombeiros agradeceu ainda ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria, ao presidente da Junta de Freguesia de São João Baptista, Rui Maurício, e ao presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Ezequiel Estrada, pelo apoio monetário, para a aquisição das duas viaturas que foram abençoadas, respetivamente, 15 mil, 3 mil e 2,5 mil euros. Adelino Gomes, vice-presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, salientou que os Bombeiros do Entroncamento, “têm um futuro glorioso e é dourado”, agradeceu à autarquia pelo apoio dado à instituição, aos bombeiros pelo seu desempenho e enalteceu o comando. Mário Silvestre, comandante operacional distrital da Proteção Civil salientou o papel fundamental que os Bombeiros Voluntários do Entroncamento “têm tido todos os anos no sucesso das operações de socorro no distrito de Santarém”, referindo que “são uma das corporações senão a corporação mais solicitada para todos os teatros de operações, dentro e fora do Distrito de Santarém. E por isso que a vossa competência a vossa capacidade de fazer é reconhecida. Como sabem este grupo de homens e mulheres integrou em 2015, como já tinha acontecido em 2014, o grupo de reforço de ataque ampliado, o designado GRUATA, que foi até Espanha apoiar o combate a um grande incêndio”. Terminou com a frase de William Churchill, “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”. O presidente da Câmara, Jorge Faria encer- rou a sessão resumindo em três palavras o seu sentimento com” reconhecimento, orgulho e agradecimento”. Jorge Faria manifestou um “grande reconhecimento ao trabalho que esta associação tem vindo a desenvolver ao longo destes 67 anos”, referindo que “é um orgulho ser presidente da Câmara de uma cidade que pode contar com uma instituição com a qualidade e com a excelência como é a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento”. Em relação ao desafio do comandante do corpo de bombeiros, manifestou aceitá-lo, assim como um outro que lhe foi lançado por elemento do quadro de honra, que a seu tempo divulgará. Já na parada o padre Luciano abençoou as duas viaturas, que foram regadas com espumante pelos seus padrinhos. Antes do porto de honra oferecidos aos convidados realizou-se o habitual desfile das viaturas pelas ruas da cidade. Entroncamento Online (texto e fotos) 24 JANEIRO 2016 MONTELAVAR “Sempre e em toda a parte” Depois de um período complicado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montelavar começa a recuperar a estabilidade, depois de um período complicado, que impôs cortes na despesa, inevitáveis “ajustes” no quadro de pessoal e naturalmente abrandamento no investimento. Rigor, trabalho e um novo posicionamento estratégico, permitiram reprogramar o futuro desta instituição que se rege por rígidos padrões de prontidão. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim C erca de 60 operacionais garantem o socorro a uma população que ronda os 7 mil habitantes, numa área que compreende parte do território da recém-instituída União de Freguesias de Almargem, Pêro Pinheiro de Montelavar. A missão é assumida com profissionalismo e prontidão pelos Voluntários de Montelavar há mais de três décadas, mas nunca com tantas dificuldades, como reconhecem António Lopes Marques, vice-presidente desta associação humanitária e Mário Louro, o comandante do corpo de bombeiros. Na origem das contingências financeiras do presente, está a alteração das regras que no passado tutelavam o serviço de transporte de doentes não ur- gentes, uma importante fonte de receita, para garantir o socorro, para reforçar os recursos humanos e meios colocados ao serviço das populações, como faz questão de salientar Mário Louro. Sem entrar em grandes pormenores, mas, ainda assim, denunciado dificuldades que forçaram mesmo a dispensa de um dezena de colaboradores, direção e comando preferem salientar que com trabalho e rigor, em finais de 2015, a associação conseguiu recuperar estabilidade. “Neste momento, a situação está equilibrada, caminhamos na direção certa”, afiança o vice-presidente, falando de uma “casa orientada”, o que permite dar resposta às solicitações do corpo de bombeiros. Atualmente, integram os quadros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montelavar, duas dezenas de “funcionários operacionais”, número indispensável para assegurar a qualidade do serviço prestado a esta freguesia do município de Sintra, conhecida, em tempos, pela pujança da indústria do mármore que foi aliás, durante muitos anos, um suporte importante para os bombeiros locais. Hoje, a reali- dade é outra, sobram pouco mais que os apoios institucionais, com especial relevo para o da câmara municipal, que mantém parcerias e acordos em várias vertentes com todos os nove corpos do concelho. Ainda assim, os Bombeiros de Montelavar têm conseguido levar a água ao seu moinho, um esforço que se traduz em investimentos no quartel-sede. O complexo, inaugurado a 10 de setembro de 1994, não perdeu funcionalidade nem operacionalidade, conforme salienta o comandante, destacando, contudo, o trabalho da equipa responsável pela manutenção que, ao longo dos anos, tem vindo a assegurar intervenções várias, que permitiram adaptar o imóvel a novas realidades e exigências. “Ultimamos, agora, os procedimentos financeiros para avançar com a substituição dos 14 portões” do quartel, revela o Mário Louro, dando conta de um esforço financeiro na ordem dos 16 mil euros. “Esperamos pelo novo quadro comunitário de apoio para avançar com a aquisição de um veículo urbano e de um tanque florestal”, anuncia o comandante, revelando, ainda, que já no início de 2016, será apresentada à comunidade uma campanha de angariação de fundos destinada a “colmatar algumas falhas” em matéria de equipamentos proteção individual para combate a incêndios florestais, uma ação que conta já com a parceria de algumas empresas locais. A formação surge como uma preocupação permanente, ainda que o responsável operacional assegure “não existirem lacunas”, até porque, salienta, a Escola Nacional de Bombeiros tem respondido com eficácia às solicitações dos Bombeiros de Montelavar. Problemático é, contudo, o processo de renovação do corpo ativo, pois, assinala Mário Louro, na freguesia não existem escolas secundárias que poderiam funcionar como ponto de recrutamento de jovens bombeiros. Contudo, direção e comando acreditam que a reativada fanfarra pode vir a servir de incentivo ou porta de entrada para o quartel, enquanto gizam o projeto de criação de uma escola de infantes e cadetes. Refira-se que a associação, numa outra vertente, denunciando uma forte ligação às coisas da terra é detentora de um moinho, datado de 1808, que constitui um dos atrativos da freguesia e local de visita obrigatória. Consciente da importância deste antigo sistema de moagem de trigo para história local, que importa preservar, os Voluntários de Montelavar preparam-se para a avançar com a substituição da cúpula que começa a acusar o desgaste do passar do tempo. As contrariedades existem, é um facto, mas não esmorecem uma coesa equipa norteada pelo lema “sempre e em toda a parte”, honrando o trabalho dos fundadores assente “em valores éticos, rigor e disciplina”, que, segundo o comandante, permitem enfrentar “um futuro pleno de desafios” e deixar aos vindouros um legado de que se devem orgulhar. GAVIÃO O s Municipais de Gavião assinalaram, recentemente, o 68º aniversário. Apesar da chuva que se fez sentir, o programa cumpriu-se com o hastear da bandeira e a receção das entidades convidadas, a que se seguiu a entrega de certificados de mérito aos bombeiros com maior número de horas de serviço operacional no ano de 2015 e a condecoração dos elementos que completaram 5, 10, 15 e 20 anos de serviço. Finda a cerimónia. o quadro ativo foi surpreendido com a colocação de um painel temático na sala do bombeiro. Municipais comemoram 68.º aniversário Depois da romagem ao cemitério e missa em memória dos bombeiros já falecidos, realizou- -se o almoço que reuniu os elementos corpo ativo, famílias e entidades convidadas, num conví- vio marcado pela “união e pela alegria entre gente solidária”. 25 JANEIRO 2016 O AMARANTE LAGOS Bombeiras auxiliam parto Cegonha surpreende no último dia do ano s Bombeiros Voluntários de Amarante foram chamados mais uma vez a realizar um parto, no caso na habitação da parturiente e com a participação de duas bombeiras, Marta Nunes (1.ª) e Marta Cunha (2.ª). Segundo o comandante Rui Ribeiro, os partos nestas condições eram pouco comuns e até raros mas começam a ocorrer com alguma frequência. O parto ocorreu no passado dia 7 e envolveu as duas bombeiras, na corporação de Amarante há cerca de 12 anos, a ajudaram à realização do parto na habitação da parturiente. À chegada à residência, a equipa deparou-se com uma situação de parto eminente. A parturiente, de 25 anos de idade, acabou por ser assistida pelas bombeiras no local para dar à luz um rapaz, Ricardo Manuel. Após o nascimento da criança verificou-se o apoio diferenciado da SIV de Amarante e da VMER de Vale do Sousa. Mãe e filho, depois de estabilizados, foram transportados para a unidade hospitalar de Penafiel. Os Voluntários de Amarante foram acionados para a situação de parto às 19h15 pelo CODU, chegaram ao local as 19h30 e registaram o parto às 19h34. No passado dia 11 o Ricardo Manuel e os pais brindaram os bombeiros com uma visita ao quartel para agradecerem o excelente trabalho realizado pelas bombeiras Marta Nunes e Marta Cunha. O s Bombeiros Voluntários de Lagos realizaram um parto com sucesso na residência da parturiente a poucas horas do novo ano. Quinta-feira, dia 31 de dezembro, cerca das 18h35m, quando uma parturiente de nacionalidade portuguesa iniciou o trabalho de parto. Os Voluntários de Lagos foram alertados para o efeito e, de imediato, deslocaram-se para a morada. Coube ao subchefe Jorge Santos e ao bombeiro de 1.ª Ângelo Marques terminarem da melhor forma o ano de 2015, ajudando a vir ao mundo uma menina, com sucesso. Após a avaliação feita, depois de concluído o parto, mãe e filha foram conduzidas para o Hospital do Barlavento Algarvio bem de saúde. CANTANHEDE VILA NOVA DE FAMALICÃO N U para um incêndio numa viatura na variante nascente em Vila Nova de Famalicão. À chegada dos meios o veículo encontrava-se totalmente tomada pelas chamas. Ainda que sem feridos a registar esta ocorrência envolveu 11 operacionais, dois veículos de combate a incêndios e uma ambulância. No dia 10, chegou à central, via CDOS, o alerta de incêndio em duas garagens na freguesia de Joane, que durante cerca de quatro horas “deu trabalho” a 17 operacionais apoiados por dois veículos de combate a incêndios, dois veículos tanque e uma ambulância de socorro. Um pouco depois, os Famalicenses voltaram a ser chamados para um outro incêndio, desta vez numa habitação na freguesia de Requião, para onde foram mobilizados dois veículos de combate a incêndios, a autoescada e uma ambulância de socorro. PORTIMÃO C Incêndios urbanos mobilizam meios Famalicenses com muita atividade os derradeiros dias 2015 e os primeiros do novo ano, os Bombeiros Famalicenses registaram uma série de acidentes rodoviários a para com outras ocorrências de maior dimensão. Assim, segundo dá conta o quartel, no dia 23 de dezembro, um veículo ligeiro e um pesado, colidiram na freguesia de Outiz, tendo-se registado dois feridos ligeiros. Duas ambulâncias de socorro e cinco bombeiros, que socorreram e transportaram as vítimas à unidade hospitalar de Famalicão. Na madrugada de 28 de dezembro, um aparatoso acidente na freguesia de Arnoso Sta. Maria, mobilizou oito operacionais apoiados com uma ambulância de socorro e o veículo de desencarceramento. Os Bombeiros Famalicenses foram, igualmente, acionados, no dia 5, para um acidente na A3, sentido Sul/Norte freguesia de Guisande, do qual resultou um ferido ligeiro. Esta intervenção envolveu 13 bombeiros, um veículo de desencarceramento e ambulâncias de socorro. A vítima foi transportado para o hospital de Braga. No dia seguinte, na mesma via, um depiste com capotamento deixou encarcerado e gravemente ferido um jovem do sexo masculino que transportado para o hospital de Braga acompanhado da VMER de Famalicão. Para este acidente foram mobilizados sete elementos do corpo de bombeiros dos Famalicenses, um veículo de desencarceramento e uma ambulância de socorro. No dia 9, este corpo de bombeiros foi acionado Nova carreira aérea com dispositivo especial om o início da carreira aérea de ligação entre Bragança/Vila Real/ Viseu/Cascais/Portimão, foi ativado o dispositivo que garante o Serviço Básico de Salvamento e Luta Contra Incêndios (SBSLCI) no Aeródromo Municipal de Portimão. Esta missão está confiada aos Bombeiros de Portimão, no âmbito de um Contrato-Programa entre o a câmara municipal e a associação humanitária, que pressupõe a permanência de um dispositivo composto por três veículos e até 7 operacionais no período entre os 30 minutos que antecedem o movimento da aeronave e os 30 minutos que sucedem à descolagem. Para o efeito 28 operacionais foram devidamente qualificados pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), após um exigente percurso formativo, ministrado pela Escola Nacional de Bombeiros, e que representou um investimento que se aproximou dos 20 mil euros. O Corpo de Bombeiros conta ainda com um conjunto de meios técnicos, recentemente adquiridos, que correspondem aos requisitos da International Civil Aviation Organization (ICAO). Os Voluntários de Lagos deram assim, mais uma vez, razão de ser ao lema “ VIDA POR VIDA”. ma divisão de anexo de uma habitação de Febres ficou totalmente destruída e uma idosa sofreu ferimentos ligeiros, na sequência de um incêndio que deflagrou a meio da manhã do passado dia 6 de janeiro. A mulher de 76 anos, que encontrava sozinha em casa, quando se apercebeu do incidente, terá tentado apagar as chamas, mas sem sucesso, da- das as proporções que fogo já atingia. Quando os bombeiros chegaram ao local, a divisão já se encontrava totalmente tomada pelas chamas. A prioridade foi a de extinguir o incêndio, impedindo que alastrasse à casa. Esta ocorrência mobilizou 10 homens e três viaturas, uma das quais uma ambulância do INEM, que transportou a vítima Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE CHUC. Entretanto, no dia 12 de janeiro, o sobreaquecimento do tubo de saída de gases num recuperador de calor esteve na origem de um incêndio num anexo de uma habitação de Labrengos, Covões. Os Bombeiros de Cantanhede estiveram neste teatro de operações com oito homens e duas viaturas. PAMPILHOSA V Muitas ocorrências dão que fazer ários incêndios urbanos e ocorrências diversas devidas ao mau tempo deram muito que fazer aos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa (BVP) no final do ano e início do novo, quase duas dezenas de situações que envolveram igual número de operacionais. Na véspera de final de ano, o pedido de socorro foi para intervir num incêndio localizado nas instalações fabris devolutas da empresa Progresso. Ali, intervieram 19 bombeiros com 6 viaturas. No dia 4 de janeiro o pedido de intervenção recebido foi para combater um incêndio em caixote do lixo na Rua da Conchada, em Silvã. Para o local foi enviado um veículo ligeiro de combate a incêndios tripulado por 5 operacionais que rapidamente extinguiu o incêndio. No mesmo dia, novo alerta, agora para um incêndio urbano, com inicio num exaustor de uma cozinha na Rua do Futuro na Pampilhosa. O incêndio já extinto à chegada dos Bombeiros, causou danos apenas nesta divisão da casa e não houve feridos a registar. No local, dois veículos apoiados por 6 operacionais dos Pampilhosa. Devido às condições meteorológicas adversas verificadas em 9 e 10 de janeiro, os Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, para além da sua atividade normal de transporte de doentes e emer- gência pré-hospitalar, estiveram empenhados em 12 ocorrências relacionadas com o mau tempo. Essas situações envolveram 37 operacionais. Então, os Voluntários da Pampilhosa acorreram a situações como, desentupimento de sarjetas, inundações, reboque de viaturas de estradas submersas e quedas de árvores. As situações que inspiraram mais cuidados ocorreram, no túnel da linha da Beira Alta, na rua Fialho de Almeida, onde, devido ao nível da água, um carro teve de ser rebocado, não havendo feridos a registar. As estradas municipais que ligam Pampilhosa a Póvoa do Loureiro e a Larçã também ficaram parcialmente submersas tornando impossível a circulação automóvel, exigindo a atenção dos bombeiros para isso. No passado dia 19, os BVP foram alertados para uma situação de incêndio urbano na Rua Domingos Pires, na Pampilhosa. O incêndio teve início numa chaminé e não havendo vitimas a registar. A rápida intervenção dos bombeiros permitiu que os danos ficassem confinados à divisão em questão. Neste caso, estiveram empenhados 5 operacionais apoiados por um veículo de combate a incêndios. Em todas as ocorrências esteve também presente a GNR da Mealhada. 26 JANEIRO 2016 GAIA Sapadores realizam 43 exercícios O s Bombeiros Sapadores de Gaia realizaram, entre 17 de setembro e 30 de dezembro últimos, 43 exercícios e simulacros em outras tantas entidades e instituições tendo como principal objetivo o teste ao plano de segurança interna de cada uma delas e a sensibilização dos seus utilizadores para a prevenção da sinistralidade, em geral e a que decorre das características próprias de cada uma das infraestruturas envolvidas. No referido período, os Sapadores de Gaia deslocaram-se a 9 empresas, 15 escolas de diferentes níveis, 10 lares e outras entidades de assistência e reabilitação, e outras 9 entidades diversas, entre as quais, 5 estabelecimentos hoteleiros e 2 unidades hospitalares. Os Sapadores de Gaia deram assim cumprimento a mais uma etapa do seu já longo trabalho de apoio à definição e teste dos planos de segurança interna de empresas e instituições da sua zona de intervenção bem como à sensibilização de diferentes públicos alvo para as normas de segurança a cumprir. Assume particular destaque a sensibilização das comunidades escolares, seja alunos, docentes e não docentes, quer pelo número de intervenções feitas, quer pelos riscos próprios que tais infraestruturas envolvem. BARREIRO O AGUDA A Simulacro de acidente de viação 2.ª Secção dos Bombeiros Voluntários da Aguda, realizou no final do ano transato na freguesia de São Félix da Marinha, um exercício / simulacro de acidente de viação. O simulacro consistiu na colisão de dois veículos ligeiros de passageiros e um velocípede sem motor, com incêndio num dos veículos. Foram envolvidos no exercício 11 bombeiros, chefiados pelo bombeiro de 1ª Mário Marques com uma viatura de desencarceramento (VSAT-01), um veículo de combate a incêndios (VTTU-01) e duas ambulâncias de socorro (ABSC-05 e ABSC.01). Este exercício teve como objetivo principal o treino Operacional dos intervenientes, de forma a otimizar e “mecanizar” procedimentos no dia a dia de trabalho. Este exercício contou ainda com um trabalho de logística intenso, realizado pelo chefe de secção, Joaquim Pinho, os subchefes de secção José Pinhal e Henrique Silva, e o bombeiro Élio Veiga. “Um agradecimento muito especial é empresa OLIVIDA, que sempre diz presente quando solicitado o seu apoio” refere a propósito o comando dos Bombeiros da Aguda. Exercício em empresa Seveso Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, Barreiro, realizou recentemente, um exercício de acidente industrial grave na empresa ADP Fertilizantes, abrangida pela diretiva Seveso. O exercício enquadrou-se no âmbito do plano de emergência interno da empresa industrial e configurou uma fuga de ácido nítrico bruto por colapso do empanque de uma bomba da instalação industrial. Os objetivos do exercício foram treinar a capacidade de resposta de primeira intervenção da equipa de segurança da ADP Fertilizantes, treinar a resposta do centro de operações de emergência e testar a resposta à emergência articulada com os meios externos, no caso. o Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste. O simulacro contou com o envolvimento direto de 19 operacionais do corpo de bombeiros, incluindo o comandante e o segundo comandante, apoiados por sete viaturas de socorro, nomeadamente, dois veículos de comando operacionais táticos (VCOT), dois veículos urbanos de combate a incêndios (VUCI), 2 ambulâncias de emergência (ABSC) e uma ambulância de transporte de doentes (ABTD)]. Este corpo de bombeiros, no âmbito do plano de emergência interno da empresa LBC Tanquipor (indústria SEVESO), realizou, ainda, um exercício de simulacro de fuga de acrilonitrilo num dos braços de descarga do cais fluvial. A atuação dos bombeiros teve o enfoque na mitigação do risco de incêndio e explosão, mediante o estabelecimento de linhas de água para colocação de espumífero na bacia de contenção, proteção ao navio atracado no cais e socorro a uma vítima simulada. A ação que mobilizou 14 bombeiros e seis veículos s teve como objetivo a prevenção e controlo dos perigos associados a acidentes graves que possam envolver substâncias perigosas armazenadas no complexo da LBC Tanquipor. ÁGUAS DE MOURA Aposta na formação O s Bombeiros de Águas de Moura, numa clara aposta na preparação dos operacionais, continuam a apostar na formação. Neste âmbito, vários elementos estiveram en- volvidos numa ação de recertificação do Curso de Tripulante de Ambulância de Transporte (TAT), orientada pelos formadores Nuno Arede e Filipe Lopes, que visou a atualização e validação de competências, certificada pela Escola Nacional de Bombeiros. Ainda antes do final do ano de 2015, 19 bombeiros participaram em duas ações de for- mação na Fertagus, relacionada com os aspetos de segurança e de funcionamento do material circulante desta empresa. Ainda neste âmbito elementos dos Voluntários de Águas de Moura estiveram ainda na Digal Gás, desta feita no âmbito da Prevenção e Técnicas de Luta Contra Fogos de Gás. Entretanto, o quartel pode agora contar com mais um for- mador de nível 3 - Tripulantes de Ambulância de Socorro. O bombeiro Filipe Lopes concluiu o curso num laboratório de formação certificado pelo INEM.. 27 JANEIRO 2016 CANTANHEDE D FCPorto solidário AGUDA O Foto: Isidro Dias uas centenas de pessoas participaram no jantar promovido pela Casa do Futebol Clube (FC) do Porto de Cantanhede visando a angariação de fundos para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede. O evento reuniu diversas personalidades ligadas ao clube, nomeadamente Alípio Jorge, vice-presidente da FC Porto, Miguel Pires, presidente da Casa do FC Porto – Dragões de Cantanhede. O repasto, que teve como cenário no salão dos bombeiros, culminou com a entrega de um cheque de 750 euros, montante, que, segundo a di- reção dos Voluntários de Cantanhede, será investido “na melhoria dos meios de proteção e socorro à população”. FAMALICÃO Entregue verba de campanha E m dia de Reis, Nuno Ribeiro, o responsável pela loja do Intermarché de Famalicão, entregou aos Voluntários Famalicenses um cheque no valor de 6500 euros, correspondente à campanha “Ateste esta Ideia” que terminou no passado dia 31 de dezembro. O presidente da direção da instituição beneficiada, António Meireles, e o comandante do corpo de bombeiros, Bruno Alves, na ocasião congratularam-se com a iniciativa e salientaram a importância destas parcerias que permitem dar mais e melhores condições aos bombeiros e, assim sendo, garantir a qualidade do socorro prestado às populações. A Voluntários distribuem alimentos Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão procedeu, recentemente, à entrega de seis mil quilos de alimentos angariados no âmbito da 3.ª Caminhada e BTT solidário. A entrega decorreu no quartel, onde os presidentes das 49 freguesias concelho de Famalicão levantaram os bens alimentícios. Esta ação ocupou durante dois meses os voluntários da associação, que recolheram os bens alimentares nas superfícies comerciais, num ação que culminou com a caminhada pelas ruas da cidade, e um passeio BTT, que reuniu mais de duas mil pessoas, sendo que cada uma contribuiu também para campanha com um bem alimentar. Com esta iniciativa os Voluntários de Famalicão contribuíram para garantir “um Natal mais feliz às famílias carenciadas do concelho”. Em jeito de balanço, José Cardoso, diretor da s Bombeiros Voluntários da Aguda colaboraram ativamente com os grupos de corrida “ArcoRun”, “Shots International Runners” e “Tartarugas do Asfalto”, na realização de um evento solidário de recolha de bens para Instituições de solidariedade. O evento, realizado no dia 3 de Janeiro, constituiu um sucesso, apesar das difíceis condições atmosféricas. Várias centenas de pessoas aderiram ao repto lançado pelos organizadores e compareceram no na quartel dos bombeiros para o arranque da corrida/caminhada solidária. Os Voluntários da Aguda tiveram empenhados diretamente no apoio ao evento com 11 bombeiros, reforçados por mais 7 do piquete de serviço, comandados pelo comandante Olímpio Pereira, e Associação promove almoço solidário Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, organizou um almoço de Natal para as pessoas mais carenciadas do concelho de Torres Vedras, ação que contou com a colaboração das 13 freguesias do concelho, que se disponibilizaram a referenciar as pessoas e a transportá-las ao quartel. Cerca de 130 marcaram presença neste encontro solidário promovido pela intuição, que, pelo segundo ano consecutivo, partilhou com os menos privilegiados a sua mesa Natalícia. TORRES NOVAS A instituição fala de “uma ação coroada de sucesso” que em três anos muito tem crescido. “Este ano conseguimos chegar às seis toneladas, uma meta que nos deixa com o coração quente, pois temos a noção que com esta quantidade de alimentos pudemos ajudar cerca de 500 famílias do nosso concelho”, sublinha o porta voz da associação, adiantado desde logo que os Voluntários de Famalicão já estão “a pensar na próxima edição”. NESPEREIRA Tradição junta duas centenas Sons de Coimbra no salão dos bombeiros O oi uma noite mágica a que se viveu, recentemente, no salão dos Bombeiros de Cantanhede, com a animação a cargo do grupo de fados Raízes de Coimbra e a Tuna de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Este espetáculo que foi vivido com emoção e entusiasmo pela vasta plateia que, desta forma, contribuiu, uma vez mais, para a causa dos bombeiros. Torrejanos entregam cabazes 6 de janeiro, Dia de Reis, os Bombeiros Torrejanos entregaram 11 cabazes de Natal a 11 famílias referenciadas pelos Serviços Sociais do concelho de Torres Novas. Esta iniciativa partiu da ideia de uma nossa bombeira a que o Corpo de Bombeiros se associou de imediato, promovendo ação internamente mas também nos órgão comunicação local e redes sociais, o que permitiu mobilizar as populações para bem sucedida ação. CANTANHEDE F com a participação do subchefe Henrique Silva e dos bombeiros, Marco Ferreira, Vitor Sampaio e Rúben Silva. Nas duas ambulâncias de socorro envolvidas, as equipas de emergência foram constituídas, na ABSC-05, o bombeiro enfermeiro José Pinto, os bombeiros César Magalhães e Fábio Prazeres, e na ABSC-01, o bombeiro TAS Tiago Vieira e os bombeiros Carlos Sousa e André Ramos O piquete de serviço foi constituído pelo subchefe Alberto Baptista e pelos bombeiros Mário Marques, Adriana Monsalve, Fernando Pinto, Francisco Azevedo, Luís Martins e Inês Leite. O forte abraço extensível a todos os bombeiros que se associaram a mais uma iniciativa em prol de outras entidades e instituições solidárias locais. TORRES VEDRAS VILA NOVA DE FAMALICÃO A Bombeiros apoiam recolha de bens s Bombeiros Voluntários de Nespereira cumpriram mais uma vez a tradição, com mais de uma década consecutiva, de juntar toda sua família associativa. Perto de duas centenas de pessoas, entre órgãos sociais, comando, quadros ativo, de honra e reserva, familiares dos bombeiros, autarcas e dirigentes de outras instituições, cumpriram a tradição da ceia natalícia que preencheu o parque de viaturas do quartel. Trata-se de uma prática, também comum noutras asso- ciações de bombeiros voluntários, que permite, fortalecer o espírito de grupo, e os laços que juntam durante todo o ano um conjunto significativo de homens e mulheres que fazem da prevenção e do socorro o seu maior desafio. 28 JANEIRO 2016 ARMAMAR Em memória do passado ergue-se o futuro A tragédia está indelevelmente na história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Armamar. Contudo, a morte de 14 bombeiros em 1985, serviu para unir uma enorme família que, nos últimos 30 anos, tudo tem feito pelo engrandecimento da causa e pela valorização dos bombeiros, o património mais valioso desta instituição fundada a 10 de outubro de 1931. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A assinalar 85 anos de bons serviços prestados, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Armamar, continua a afirmar-se pelo exemplo. Resiliência e empenho são as armas dos homens e mulheres que com brio e orgulho, neste concelho do distrito de Viseu, trajam de bombeiro e honram a farda nos mais variados cenários, situações ou teatros de operações. A tragédia que irrompeu há cerca de trinta anos pelo quartel, reduzindo a pó a vida de 14 bravos soldados da paz no fatídico incêndio da Serra de Lumiares, deixou marcas, cicatrizes difíceis de sarar, mesmo depois de tantos anos volvidos. Mas é em memória de cada um dos mártires que tombou no campo de batalha, que hoje, os Voluntários de Armamar se agigantam no cumprimento da nobre missão de salvar vidas. O presidente da direção dos Bombeiros de Armamar, Fernando Branquinho, abre os portões do quartel-sede aos jornalistas e com natural orgulho fala do desenvolvimento desta instituição a que está ligado há mais de duas décadas. Nos últimos anos, muito mudou no setor e direção e comando têm acompanhado de perto esse processo que permitiu modernizar e reforçar meios e, assim, qualificar a resposta dos cerca de 50 elementos dos contingente, nas mais distintas missões. A poucos dias de entregar o comando ao então adjunto Nuno Fonseca, é ainda Alberto Cochofel que fala pela estrutura ao Jornal Bombeiros de Portugal para dar conta da exigência imposta aos corpos de bombei- ros, reconhecendo, contudo que a direção tudo tem feito para dar respostas aos constantes desafios, desde logo, a nível da formação e da segurança dos operacionais, mas também na aquisição de viaturas e equipamentos adaptados às realidades territoriais. “A direção nunca nos colocou qualquer entrave às nossas solicitações, até porque nunca pedimos nada que não fosse realmente necessário”, salienta Alberto Cochofel, sublinhando a renovação do parque de ambulâncias em curso, que no futuro será extensível “às viaturas de fogo que, embora com poucos quilómetros rodados, têm muitos anos ”. Já em matéria de proteção individual o comandante considera existirem “algumas faltas”, no que concerne a equipamentos de combate a incêndios florestais, ao contrário do que sucede com fogos urbanos, mercê do apoio do “amigo Jorge Miranda”, um emigrante na Suíça que “tem conseguido fazer chegar aos Bombeiros Armamar algum equipamento usado, mas em muito boas condições”. O quartel apresenta-se como um espaço perfeitamente adaptado às exigências do corpo de bombeiros. Há cerca de uma década o complexo foi ampliado e, de lá para cá “intervenções pontuais” têm permitido “afinar” e conciliar conceitos de funcionalidade, operacionalidade e conforto, dando assim condições de trabalho ao corpo de bombeiros. Ainda assim, o presidente Fernando Branquinho anuncia uma nova empreitada que visa a construção de camaratas, bem como de um novo parque de ambulâncias entre “outros pequenos melhoramentos”. O projeto, que carece de aprovação camarária, envolve verbas na ordem dos 450 mil euros. Porque importa acautelar o futuro e trazer novos elementos para o quartel, os Voluntários de Armamar apostam na proximidade com os mais jovens, uma bem-sucedida estratégia que tem atraído muitos “formandos” para a escola de infantes e cadetes, que, por sua vez, “já deu vários elementos ao corpo de bombeiros”. Esta dinâmica acaba por ser reconhecida e premiada, nomeadamente, pela autarquia, sempre disponível a colaborar com a associação e com o corpo de bombeiros, em suma assumindo todas as responsabilidades em matéria de proteção civil municipal. Para além do socorro, os Bombeiros de Armamar ainda reforçam a sua missão social noutras vertentes. Desde 2014 a associação assume a gestão de um banco de ajudas técnicas que disponibiliza à população camas articuladas, cadeiras de rodas andarilhos, poltronas, colchões anti escaras, projeto que surge de uma parceria a câmara municipal, patrocinada por uma instituição bancária, e tem como público –alvo a população sénior. Nuno Fonseca salienta a importância deste serviço prestado pelos bombeiros, que permite garantir aos idosos estes recursos, que, em muitos casos, são fundamentais para lhes acrescentar qualidade de vida. Trabalho e entrega surgem como trunfos desta equipa que se supera todos os dias para dignificar o bom nome desta instituição, que em 85 anos de existência conseguiu inscrever na sua história coragem e abnegação, qual fénix renasceu das cinzas da tragédia, sendo, hoje, exemplo vitalidade, que deve inspirar as congéneres de Norte a Sul do país. 29 JANEIRO 2016 A FAMALICENSES CELORICENSES Três viaturas no sapatinho Jantar reúne bombeiros e familiares ceia de Natal dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, sala cheia com meio milhar de pessoas, trouxe no “sapatinho” três viaturas e o anúncio da compra de um terreno com 2 mil metros quadrados, situado nas traseiras do quartel e que irá permitir a futura expansão do quartel ou a criação de valências complementares. O autocarro foi oferecido pela empresa “Saftur” cabendo o restauro e transformação à Associação. Este autocarro vai permitir uma deslocação mais fácil e barata dos operacionais para o terreno; o mesmo acontecerá com os elementos da Fanfarra, grupo que sai praticamente todos os fins de semana em serviço e que por imperativo dos convites recebidos desloca-se muitas vezes para o sul do País. O outro veículo é uma cisterna com capacidade para 40 mil litros. O trator foi adquirido pela Associação e a cisterna oferecida pelos “Transportes Nogueira” e entregue por João Leitão, da direção dos Famalicenses e gerente da empresa. Além dos dois veículos, a Associação de Bombeiros Voluntários Famalicenses adquiriu também um veículo novo de transporte de doentes não urgentes. «Vai facilitar bastante o transporte de doentes, que em média atinge os 160 doentes por dia. Este serviço é importante porque financia os outros realizados pelo corpo de bombeiros», justifica o presidente da direção, António Meireles. No caso do terreno, a direção da corporação, embora não tenha planos imediatos, quis acautelar o futuro. António Meireles diz que a corporação fez este esforço financeiro para precaver uma possível ampliação do quartel, garantindo também uma ligação à Rua Conselheiro Santos Viegas. António Meireles explica que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Famalicenses vive, pelo menos desde 2007, em autonomia financeira. «Tudo o que adquirimos não é a contar com donativos nem com financiamentos externos. Vamos gerindo as nossas entradas de dinheiro de modo a suprir as nossas necessidades. Mas, obviamente, são sempre importantes as ajudas das empresas e da população em geral. Vêm dar outra tranquilidade», aponta o presidente da direção. Recorde-se que os Bombeiros Voluntários Famalicenses têm, ainda, três projetos em carteira, que aguardam a comparticipação de fundos comunitários para se tornarem realidade. São eles, o centro de formação e treino e a base de apoio logístico, ambos em Outiz, e camarata feminina e instalações do comando, totalizando um investimento de um milhão e setecentos mil euros. O presidente da Câmara Mu- A “grande família” dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, voltou a reuniu-se no já tradicional jantar de Natal oferecido pela instituição. “De facto os bombeiros são uma grande família. Temos elementos que passam mais tempo na corporação do que em casa com os seus”, salienta Fernando Freitas, presidente da associação que nesta quadra chama, também, os familiares dos bombeiros a viver momentos únicos de partilha e união. O comandante António Marinho Gomes, na ocasião, agradeceu o empenho de todo o corpo ativo ao longo do ano em todos os teatros de operações, “na defesa de pessoas e bens”. “Nesta ocasião só posso agradecer o empenho de todo o corpo ativo. Como sempre foram incansáveis e conseguiram sempre, atuar pelo bem da nossa população, sempre incansável sempre consciente das exigências das missões.” OLIVEIRA DE AZEMÉIS E Infantes e Cadetes em presépio vivo m oliveira de Azeméis, crianças, jovens e monitores da escola de infantes e cadetes assumiram o papel central num presépio vivo, iniciativa que já conta com duas bem-sucedidas edições. Este ano foram necessárias “três longas semanas de trabalho na montagem das estruturas” e na preparação de cada um dos personagens, mas mais uma vez a encenação pautou-se pelo êxito, com mais de quatro centenas de visitantes, como salientam Fábio Damas, bombeiro, monitor e mentor deste projeto. BARCELINHOS O nicipal de Famalicão, Dr. Paulo Cunha, enalteceu a capacidade de resposta dos Bombeiros Voluntários Famalicenses e agradeceu aos beneméritos que tornaram possível que esta corporação recebesse novos equipamentos. Concluída a bênção e a tradicional Festa de Natal das crianças, que teve lugar durante a tarde, seguiu-se a também tradicional Ceia de Natal que juntou à mesa a família “GUITA”. Na sua intervenção, o comandante Bruno Alves sublinhou o empenho dos seus homens e mulheres que agradeceu e enalteceu. A família de cada bombeiro também não foi esquecida pois disse “sois vós quem mais sofre com o empenhamento dos vossos familiares pela causa do socorro”. O presidente da direção, fez ainda um balanço exaustivo do ano de 2015. Lembrou o grande esforço de todos quanto laboram voluntária ou profissionalmente no corpo de bombeiros, lembrou que a grande quantidade de serviços de transporte prestados diariamente, uma média de 160, o número de 40 mil serviços totais realizados em 2015 e consequentemente a enorme quilometragem atingida anual- mente e que passa o 1,5 milhões de quilómetros. Realçou ainda ter a Associação/Corpo de Bombeiros tido um acréscimo de 150 por cento nos serviços prestados nos últimos três anos que se fez acompanhar de um aumento na faturação de 15 por cento. António Meireles lembrou ainda o esforço que permitiu que, em 2015, o corpo de bombeiros visse ser requalificada a sua ABTD 14 e o seu VSAE, recebesse uma nova ABTD 12, um VOPE, uma ABTM 13, um VALE, um VTTP, e dotado de novo fardamento, material informático e de telecomunicações. Entretanto, está preparada uma candidatura ao QREN para a aquisição de um VFCI, de um VLCI e de uma ABSC. Por último o presidente da direção, após condecorar três funcionários da casa que completaram em 2015, 25 anos ao serviço da instituição, deu conhecimento da instituição do prémio “Carlos Ihão Peixoto”, que será atribuído anualmente a um bombeiro do quadro ativo dos Famalicenses, e o prémio “Guita do Ano”, que será atribuído, também anualmente, a um bombeiro dos restantes quadros, familiares diretos, associados ou funcionários. Ceia no novo quartel s Bombeiros Voluntários de Barcelinhos realizaram o habitual jantar de Natal da Associação, pela primeira vez, no novo quartel reunindo mais de 300 comensais. Perante esta enorme família o presidente da Associação, José Arlindo Costa, acabou por anunciar, o arranque da terceira fase da obra que inclui a instalação de um heliporto. Por sua vez, o comandante José Beleza destacou que 2015 “ficou para a história como o ano com maior número de serviços registados” e agradeceu aos beneméritos José Costa, Jorge Costa e José Pombal a recuperação de duas “viaturas clássicas” da associação.. Em dia de festa, os Voluntários de Barcelinhos, foram presenteados pela Quinta & Santos Score com uma nova ambulância de socorro. TORRES NOVAS E Associação em festa m época natalícia, e mais uma vez, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos reuniu bombeiros, elementos da direção, colaboradores e respetivos familiares num ambiente verdadeiramente festivo, com a boa disposição, a partilha e a confraternização a marcarem presença. Na ocasião o comandante do Corpo de Bombeiros, José Carlos e o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, Arnaldo Santos, par além do tradicional mensagem de boas festas, deixaram agradecimentos “a todos aqueles que de uma forma mais direta foram responsáveis pela realização da festa”, mas também ás empresas que a patrocinaram. Não faltaram os palhaços e muito menos “Pai Natal” que mimou os mais pequeninos com as prendas. Em dia de festa foi, ainda, distinguido o bombeiro Américo Dias, pelos seus mais de vinte e oito anos ao serviço dos Torrejanos. Foram depois entregues cabazes de Natal a sete bombeiros, que durante o ano se distinguiram pela “assiduidade às instruções”. A associação entregou, ainda presentes a todos os elementos do corpo de bombeiros, colaboradores e dirigentes. A fechar o programa um jantar volante que juntou cerca de duzentas e cinquenta convivas. 30 JANEIRO 2016 COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS O Avaliação da sinistralidade dos tema que aqui abordamos foi apresentado, em co-autoria, pelo subchefe dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, Tiago Raposeira, no seminário técnico realizado na Autoridade Nacional de Proteção Civil em 28 de Novembro passado por ocasião da divulgação do Prémio Boas Práticas ANPC 2015. A valia e oportunidade de tal tema levou-nos a convidar Tiago Raposeira a fazer uma súmula a inserir neste jornal, como agora acontece: Introdução «No combate aos incêndios florestais presenciam-se por vezes situações extremas, onde se perspetivam enormes danos, justificando assim um esforço maior na tentativa de controlar a situação. Essa motivação, combinada com o elevado stress e desgaste físico, induz os elementos numa maior exposição ao risco, ignorando que a tragédia mais provável que dali pode advir é um acidente com a própria equipa. No combate aos incêndios florestais, como em qualquer operação de socorro, a segurança das equipas é um elemento central e prioritário. Existem riscos ine- rentes à função de combatente que são impossíveis de eliminar. Contudo, a redução através de um maior conhecimento, proteção e menor exposição é possível» (Martins, 2013). A conhecida exposição dos bombeiros à diversidade de riscos ocupacionais gera acidentes de trabalho, de viação e doenças súbitas. Em particular, aquando da exposição ao Teatro de Operações (TO) no combate a incêndios, essa exposição ao sobre-esforço e às temperaturas, gera stress térmico (Quintal, 2012), que potencia os acidentes e doenças súbitas. Os acidentes com bombeiros, durante as operações de combate aos incêndios florestais, podem ser reduzidos ou evitados se forem cumpridas as regras e os procedimentos de segurança. A segurança individual dos combatentes baseia-se na conjugação de diversos fatores, nomeadamente bons conhecimentos dos riscos e cumprimento dos procedimentos de segurança, bem como na aquisição e uso de equipamentos de proteção individual adequados (Escola Nacional de Bombeiros, 2006). A investigação dos acidentes com combatentes, relacionados com os incêndios florestais, é uma prática comum noutros países, como EUA, Canadá e Austrália. As lições aprendidas dessas investigações desenvolveram de técnicas de treino e combate e regras operacionais que passaram a ser de aplicação universal. Na Europa, existe também a necessidade de melhorar e desenvolver a investigação desses acidentes, por forma a aumentar a cultura de segurança baseada na nossa realidade (Viegas, 2009). Estudo Os dados foram recolhidos do modelo de “Relatório Preliminar sobre Acidentes Pessoais” da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), da qual se tratou estatisticamente a informação referente aos acidentes com bombeiros em incêndio florestal no Distrito de Santarém, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2013. Com o objetivo de caraterizar a sinistralidade no Distrito de Santarém, identificou-se a tipologia dos acidentes, a sua origem bem como as consequências físicas e gravidade das mesmas. Identificou-se também o período horário em que é mais frequente a ocorrência de acidentes, e em que fase do in- cêndio ocorreram (Ataque Inicial ou Ataque Ampliado). Além da descrição do fenómeno, pretendeu-se também verificar se existe alguma relação entre a sinistralidade e o número de incêndios e/ou o horário do incêndio, bem como entre a sinistralidade e a duração média de incêndio. Para o efeito, foi feita estatística exploratória para futura averiguação da relação destes acidentes com o número total de ocorrências, o horário do incêndio, o tempo médio de duração de incêndio e número de combatentes. Resultados e discusão em janeiro de 1996 No período e no Distrito em estudo, ocorreram 410 acidentes com bombeiros, sendo que, destes, 149 foram em ocorrências de incêndios florestais. A distribuição destes acidentes com incêndios florestais, foi a seguinte: • Acidentes segundo a tarefa efetuada - 127 acidentes ocorreram no local de incêndio; 10 no quartel, em operações de manutenção de viaturas; 7 em acidente de viação, a caminho do local de incêndio; 2 em acidente de viação, no local de incêndio; 2 em ações de formação e 1 caso de doença súbita no local do incêndio. • Origem das Lesões - 91 acidentes por queda; 21 por inalação de fumos; 14 por cansaço/ exaustão; 9 por acidente de viação; 8 por contacto térmico; 3 por lesão ocular; 2 por reação alérgica e 1 por eletrização. • Danos Físicos - nos 149 acidentes registaram-se 41 traumatismos; 32 entorses; 21 intoxicações; 16 queimaduras; 12 exaustões; 8 fraturas; 4 escoriações; 3 lesões oculares; 2 mortes, uma por acidente de viação e outra por doença súbita; 2 luxações; 2 reações alérgicas; 2 lombalgias; 1 corte; 1 dificuldade respiratória; 1 eletrização e 1 esmagamento. Destes dados, verifica-se que o maior número de lesões é provocado por quedas, inalação de fumos e cansaço. Especificamente em relação às quedas, foi determinado que quase metade delas ocorreu ao sair das viaturas, na chegada ao local de incêndio. Tendo em atenção esta atividade, pode afirmar-se que a distribuição dos acidentes predominantemente no período da tarde é coincidente com a distribuição das ocorrências de incêndio, visto que cerca de metade dos incêndios ocorrem de tarde. Verifica-se que as lesões, independentemente da gravidade, se concentraram à tarde e ocorreram em acidente de trabalho no teatro de operações. Com efeito, um maior número de ocorrências significa um maior empenhamento de bombeiros nas operações de combate, o que aumenta a probabilidade de acidente. Tendo em conta a distribuição dos acidentes e da gravidade das lesões, pela ocupação específica no momento do acidente e pelo período horário, verifica-se que, tanto as mortes como os ferimentos graves, se concentraram à tarde, o que corrobora a hipótese de existir uma relação direta entre o número de ocorrências de incêndio e o número de acidentes, ANIVERSÁRIOS 2 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Cascais . . . . . . . 129 Bombeiros Voluntários S. Pedro do Sul . . . . 90 Bombeiros Voluntários de Valpaços . . . . . . . 79 Bombeiros Voluntários de Aljustrel . . . . . . . 66 3 de fevereiro Bombeiros Voluntários Flavienses . . . . . . . 126 Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira . . . . . . . . . . . . . . 80 6 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 7 de fevereiro Bombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . .78 8 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Sernancelhe . . . . 57 10 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Bombeiros Voluntários de Baltar . . . . . . . . . 87 12 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 15 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Vialonga . . . . . . . 38 18 de fevereiro Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta . . . . . . . . . . . . . 97 20 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Crestuma . . . . . . 20 21 de fevereiro Bombeiros Sapadores de Setúbal . . . . . . . 229 Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho . . . . . . . . . . . . . . . . 83 24 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Penacova . . . . . . .85 Bombeiros Voluntários de Fronteira . . . . . . . 20 26 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Vila Franca do Campo . . . . . . . . . . . . . . 27 28 de fevereiro Bombeiros Voluntários de Melo . . . . . . . . . . 79 Fonte: Base de Dados LBP 31 JANEIRO 2016 COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS bombeiros no distrito de Santarém por um maior número de ocorrências implicar o aumento número de bombeiros expostos a riscos de acidente. Conhecendo esta atividade a fase de Ataque Inicial ao incêndio é aquela em que há uma intervenção mais musculada e com movimentações no terreno mais enérgicas - pode-se interpretar que a ocorrência de mais de metade dos acidentes na fase de Ataque Inicial, coincide com a tentativa de neutralizar o incêndio no mais curto período de tempo. Em relação à distribuição pelas classes etárias, como o maior número de combatentes está entre os 18 e os 35 anos, a ocorrência da maioria dos acidentes nestas faixas etárias está dentro do que se esperava, visto que são os elementos que se encontram maioritariamente na linha da frente de combate. Por outro lado, analisando a distribuição dos acidentes pela antiguidade como bombeiro, verifica-se que uma grande porção dos acidentes ocorre com bombeiros com menos anos de serviço efetivo. Coincidentemente, discriminando os acidentes pelo posto hierárqui- co na estrutura dos Bombeiros, os bombeiros de 3ª classe registam o maior número absoluto de acidentes. Existindo maioritariamente bombeiros de 3ª classe nas operações de combate a incêndios florestais, então estes são expostos em maior número ao risco de acidente, pelo que também é espetável que registem o maior número absoluto de acidentes. Considerações finais Foi sentida grande dificuldade na recolha das informações constantes no Modelo de Relatório Preliminar de Acidentes Pessoais da Autoridade Nacional de Proteção Civil, pois esse documento é demasiado simples e vago para a recolha das informações tidas como pertinentes para um estudo de sinistralidade, por essa razão, foi elaborada uma proposta de melhoria ao documento existente por forma a sistematizar e padronizar a recolha da informação de acordo com as Classificações Europeias para Acidentes de Trabalho do Eurostat (Eurostat, 2001). Aproveitou-se também para propor à Autori- dade Nacional de Proteção Civil um modelo tipo de Relatório de Investigação de Acidentes Pessoais com Bombeiros. Quanto à sinistralidade com bombeiros no distrito de Santarém, de uma forma sintética, verifica-se que a maioria dos acidentes ocorre no período da tarde, no local do incêndio, sendo originados por quedas, e destas uma grande parte é na saída das viaturas. Verifica-se também que, maioritariamente, estes acidentes ocorrem na fase do Ataque Inicial aos Incêndios, ainda que os incêndios com maior sinistralidade sejam os com duração entre 90 minutos e as três horas. Verifica-se ainda que a maioria dos Acidentes ocorre na faixa etária entre os 21 e os 25 anos de idade e em bombeiros com 1 a 5 anos de serviço efetivo. No que diz respeito à situação verficada da incidência da sinistralidade na fase de Ataque Inicial e na transição de Ataque Inicial para Ataque Ampliado, é um tema que, pela sua importância, deverá ser analizado mais em profundidade num estudo posterior. Contudo importa referir que dentro do Sistema de Gestão de Operações (SGO) existe a figura do Oficial de Segurança, que surge na Fase III e IV do SGO, no entando pelos dados apurados a maioria dos Acidentes ocorrem até às 3h de Incêndio, logo parece pertimente que esta figura surja no Teatro de Operações logo na Fase II, sendo que deverá ser dada mais importância a este elemento, que ainda é pouco utilizado nos Teatros de Operações, com vista a aumentar a segurança dos Bombeiros no Combate aos Incêndios. O presente estudo pretende igualmente servir como ponto de partida para novos estudos que abarquem esta temática da sinistralidade com bombeiros no combate a incêndios florestais e para que se consiga ter um conhecimento e uma visão concreta da tipologia da sinistralidade a que os bombeiros portugueses estão sujeitos, permitindo desta forma contribuir para a segurança destes operacionais. Agradecimentos É devido reconhecimento ao Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém da Autoridade Nacional de Proteção Civil, pela colaboração na realização deste estudo. Validação científica As conclusões do presente estudo foram validadas através de arbitragem científica de um artigo aprovado para publicação e apresentação no IVº Congresso “Vertentes e Desafios da Segurança 2014” e no SHO2015 “International Symposium on Ocupational Safety and Hygiene”. Referencias – Escola Nacional de Bombeiros (2006). Manual de Combate a Incêndios Florestais para Equipas de Primeira Intervenção. Sintra: ENB. – Eurostat (2001). Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho - Metodologia. Luxembourg: European Commission. – Martins, S. (2013). Segurança e Eficiência no Combate aos Incêndios Florestais. Lisboa: Vórtice. – Quintal, P. d. (2012). Caracterização do Stresse Térmico no Combate a Incêndios e Avaliação de Sistemas de Arrefecimento Individual. Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade de Coimbra. – Viegas, D. X. (2009). Recent Forest Fire Related Accidents in Europe. Luxembourg: European Commission - Joint Research Centre - Scientific and Technical Reports. Autores: RAPOSEIRA, Tiago Catrola Licenciado em Engenharia da Segurança, ISLA Santarém; Subchefe CBV Almeirim; SILVESTRE, Mário Henriques - Mestre em Riscos e Proteção Civil, ISEC Lisboa; CODIS Santarém, ANPC; MARQUES, Paulo Henrique dos - Professor Doutor em Higiene e Segurança do Trabalho, ISLA Santarém; CASCAIS O Grupo cénico centenário ensaia Grupo Cénico da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais está a ensaiar uma nova revista com o título “Gil Vicente em Revista – Os 100 anos do Grupo Cénico” que irá precisamente assinalar o centenário daquela formação. A estreia da revista está marcada para fevereiro do próximo ano e os ensaios já decorrem a bom ritmo. O encenador voltará a ser Luis Lourenço, responsável pelas últimas produções do Grupo Cénico. A nova produção coincide também com a comemoração do 130.º aniversário da Associação, que será comemorado em junho de 2016. Recorde-se que o Grupo estreou-se em 2015 nas Marchas Populares de Cascais, a convite da Autarquia, onde alcançou um assinalável êxito. ANGRA DO HEROÍSMO A Charanga de vento em popa charanga dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira – Açores, continua de vento em popa correspondendo às inúmeras solicitações que lhe vão chegando. Ficou demonstrado mais uma vez o apuro desta, também assim designada, fanfarra, no Dia da Padroeira e aniversário da Associação comemorado recentemente. A primeira atuação da formação foi em 10 de junho último, Dia de Portugal, nas cerimónias realizadas junto à Câmara Municipal, também como demonstração de agradecimento ao Município pelo apoio dado à sua constituição. O responsável pela charanga é o chefe Fernando Nascimento e dela fazem parte 36 elementos, 26 dos quais bombeiros. Os seus instrumentos musicais dividem-se pelo sopro, percussão, requinta e lira. 32 JANEIRO 2016 LBP Mensagem de ano novo Caras Amigas / Caros Amigos Bombeiras(os) Portugueses com Farda e Sem Farda V enho neste momento à vossa presença por duas ordens de razões: a primeira, para agradecer a todos os que nos enviaram pelas mais diversas formas, mensagens de Boas Festas, Saudações e Felicitações para o Ano Novo que ora começa. Sem qualquer exagero, posso afirmar-vos que foram muitas centenas, senão mesmo alguns milhares de mensagens que nos foram dirigidas de todo o País. Afirmações de amizade, de consideração e incentivo, demonstrações de inequívoco sentimento de unidade, que abrange a grande Família dos Bombeiros Portugueses. Esta mensagem é, pois, fundamentalmente para retribuir as vossas saudações e cumprimentos, que para nós são força e estímulo para continuarmos a pugnar pela concretização dos grandes objetivos a que nos propomos: Defender as vidas e os haveres de todos os Portugueses, fiéis aos valores que orientam a nossa tão Nobre Missão - Vida por Vida. Em segundo, e depois de assumidos os nossos agradecimentos, entendemos ainda dizer-lhes que o Povo Português hoje, mais do que nunca, confia nos seus Bombeiros enquanto principal Agente de Proteção Civil em Portugal. Esse sentimento de respeito e confiança também nos confere mais responsabilidades e exigências no exercício da nossa tão Nobre Missão de socorrer. Perante esta inquestionável realidade reitero- -vos, em nome da Liga dos Bombeiros Portugueses, o meu mais profundo e sincero agradecimento e que este seja um incentivo à defesa permanente das nossas práticas, princípios e valores. Entendo também dizer-vos que para conseguirmos manter a nossa atividade dentro dos padrões a que nos comprometemos, é importante reforçar os nossos desígnios de Competência, Profissionalismo e Humildade, ao serviço de Portugal e dos Portugueses. Também é necessário que vos diga, que os tempos futuros não aparentam ser nada fáceis, aliás, como nunca o foram ao longo dos tempos, de- parando-nos sempre com situações e problemas que se foram ultrapassando com Abnegação, Altruísmo e Solidariedade. Por essa razão acredito em vós, e todos unidos, Associações Humanitárias e Corpos de Bombeiros, Federações e Liga dos Bombeiros Portugueses prossigamos a nossa Missão de defender as Vidas e Haveres de todos os Portugueses. Termino desejando a todos vós e às vossas Famílias, um Bom Ano de 2016. A BEM DA HUMANIDADE O Presidente do Conselho Executivo Jaime Marta Soares Comandante BOMBEIRO DE MÉRITO 2015 E Candidaturas até 11 de março stão abertas até 11 de março próximo as candidaturas ao Prémio Bombeiro de Mérito 2015. Como é sabido, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) promove anualmente a LOUVOR/REPREENSÃO Aos jornalistas da “Sábado” pela demonstração de reconhecimento aos bombeiros canarinhos João Rodrigues, Daniel Almeida, Emanuel Costa, João Cabeças e Helder Cantarinha que os socorreram na serra da Estrela quando estavam rodeados de neve. Àqueles que, ao fazerem a notícia apressada, não cuidam de saber e divulgar que foram os bombeiros quem, de facto, procedeu ao resgate do grupo de caminheiros perdidos na serra do Gerês, mesmo que a GNR depois tenha também dado apoio a essa missão. atribuição do Prémio Bombeiro de Mérito, nos termos do regulamento que no início do mês foi enviado aos presidentes de direção, comandantes e presidentes de federações. Para além da escolha do Bombeiro de Mérito, o regulamento também inclui menções honrosas para, Câmara Municipal, Dirigente Associativo, Elemento do Quadro de Comando, Personalidade Empresarial ou Empresa e Personalidade da Sociedade Portuguesa. Neste sentido, na circular enviada a LBP exorta os dirigentes das associações humanitárias de bombeiros/corpos de bombeiros, comandantes dos corpos de bombeiros e presidentes de federações distritais a apresentarem candidaturas referentes a 2015. Cada candidatura deverá jus- A Crónica do bombeiro Manel tificar os motivos que fundamentem a respetiva apresentação, mencionando detalhadamente os atos protagonizados, quer seja ao Prémio Bombeiro de Mérito, quer seja a Menção Honrosa, incluir a respetiva identificação do indivíduo ou entidade proposta, e ser enviada por email para [email protected] ou via CTT para a morada da sede da LBP até dia 11 de março de 2016. Após a receção das candida- turas, a Comissão de Nomeação do Prémio irá reunir até ao final de março para selecionar as candidaturas. Da seleção resultante, o Júri Nacional escolherá os premiados até ao final de abril de 2016. Quem falta na fotografia U m companheiro nosso fez-me chegar a fotografia que reproduzimos perguntando-me se sei quem falta lá estar. Obviamente que quem lá falta são os bombeiros. Não me cabe por em causa quem lá está. Quem os pôs lá terá uma explicação para isso. Mas, na realidade, falta explicar a razão por que os bombeiros não estão. Pelo que me dizem o presidente da nossa Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Soares, reagiu de imediato junto da GNR e foi informado de que caso retomassem a campanha então os bombeiros seriam envolvidos. Não somos GNR, não somos taxistas, não somos agentes funerários, não somos INEM. Valemos por nós próprios, somos os bombeiros de que todos precisam. Faltamos, por certo, na fotografia. Mas os cidadãos, a quem se destina esta publicidade, afinal nem precisam de nos ver lá. Melhor que ninguém, sabem bem quem fomos, quem somos, por que existimos e o que fazemos. 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