Índice Índice ______________________________________________________________1 Introdução __________________________________________________________2 Qual é a estrutura da tabela periódica ? ___________________________________3 Classificação das substâncias ___________________________________________4 Regularidade entre os elementos: ________________________________________6 Os elementos do grupo zero: os gases nobres __________________________________ 6 Os elementos do grupo IA: os metais alcalinos ________________________________ 8 Os elementos halogéneos __________________________________________________ 8 Semelhanças das propriedades elementares _______________________________10 Os gases nobres ou raros _________________________________________________ 10 Metais alcalinos _________________________________________________________ 10 Halogéneos_____________________________________________________________ 10 Pode surgir um elemento situado entre dois elementos conhecidos ____________11 Configuração electrónica _____________________________________________12 Bibliografia_________________________________________________________13 1 Introdução O peso atómico dum elemento está estritamente relacionado com a constituição dos seus átomos, isto é, com a sua estrutura atómica. Ora acontece que também as propriedades dos elementos resultam, em última análise, dessa mesma estrutura atómica, havendo até uma certa «regularidade periódica» no que diz respeito à verificação de determinadas propriedades em elementos diversos. Tais regularidades ou «periodicidade» começaram a ser observadas quando se dispunham os elementos segundo determinada ordem. Após os trabalhos de vários cientistas de que se destacam William Prout (Inglês), Chancourtois (Francês), Newlands (Inglês) e Lothar Meyer (Alemão), coube ao químico russo Dmitri Mendeleiev a honra de ter apresentado uma tabela periódica dos elementos, em que estes estavam colocados segundo uma ordem crescente dos seus pesos atómicos, mas com uma disposição tal de linhas e colunas que permitiam ficarem colocados no mesmo grupo elementos com propriedades semelhantes. A descoberta de Mendeleiev foi de tal alcance que, embora houvesse de fazer pequenos arranjos à disposição inicial, permitiu prever a existência de novos elementos que vieram a ser descobertos, muitas vezes com base no conhecimento prévio de algumas das suas propriedades. 2 Qual é a estrutura da tabela periódica ? A tabela actual possui dezoito colunas, sete filas separadas do corpo da tabela. Cada coluna recebe o nome de grupo e contém elementos de propriedades químicas semelhantes. Os grupos estão numerados em caracteres romanos na seguinte ordem: IA, IIA, IIIB, IVB, VB, VIB, VIIB, VIIIB(que ocupa três colunas), IB, IIB, IIIA IVA, VA, VIA, VIIA e VIIIA ou 0: Nos grupos A estão os chamados elementos normais, como o sólido ou o flúor, que possuem os seus electrões de máxima energia (os últimos que se escrevem na sua configuração electrónica) em subníveis s ou p; Nos grupos B estão os chamados elementos de transição, cujos electrões de massa energia estão situados em subníveis de tipo d, que não se encontram num nível mais exterior. As filas tomam o nome de período. Os períodos são numerados de um a sete. Os elementos que se situam num mesmo período têm em comum o número quântico, que define a energia do electrão mais exterior e que coincide com o número do período. Assim, nas configurações dos elementos do segundo período, o número quântico principal maior será o dois e no sétimo período será o sete. Nem todos os períodos possuem o mesmo número de elementos. Existe um período com dois elementos, dois com oito, três com dezoito e o último que está incompleto. Nas duas filas separadas, de catorze elementos cada uma, situam-se os lantanídeos e os actinídeos, de propriedades semelhantes ao lantânio e ao actínio; estes elementos chamam-se elementos de dupla transição ou terras raras e o seu electrão de maior energia pertence ao subnível f. 3 Classificação das substâncias As substâncias dividem-se em dois grandes grupos: simples e complexas. Substâncias simples ou elementos – são aquelas de que não é possível extrair mais do que uma qualidade de matéria. Como por exemplo o ouro, a prata, o enxofre, etc. Substâncias complexas – são todas as que se podem decompor em outras mais simples. Como por exemplo a água, o ácido sulfúrico, a madeira, o latão, etc. Designa-se por espécies químicas ou substâncias puras as substâncias formadas por moléculas todas iguais. As espécies químicas simples são substâncias simples ou elementos químicos; as espécies químicas compostas são as combinações ou simplesmente compostos. As substâncias simples ou elementos dividem-se em metais (ferro, chumbo, cobre, mercúrio, etc.) e não metais (enxofre, oxigénio, fósforo, hidrogénio, etc.). Matéria Misturas Substâncias puras (homogéneas ou não) (sempre homogéneas) Elementos Metais Compostos Não metais Metais – São elementos em geral bons condutores do calor e da corrente eléctrica, tenazes, dúcteis, maleáveis e que, quando recentemente cortados, apresentam um brilho característico chamado brilho metálico. Ex.:o ouro, a prata, etc. Não metais – São os elementos que em geral não são bons condutores do calor, nem da corrente eléctrica, não são dúcteis, maleáveis, ou tenazes e não têm brilho metálico. Ex.: o enxofre, o oxigénio, o cloro, etc. Os metais são sólidos, com uma única excepção, o mercúrio, que é liquido. Os não metais são em geral sólidos e gases, havendo um único líquido, o bromo. As substâncias complexas dividem-se em misturas e combinações ou compostos. Misturas – São substâncias formadas por duas ou mais espécies químicas, unidas em quaisquer proporções e em que estas mantêm as suas propriedades características. 4 Combinações – São substâncias formadas por moléculas todas iguais, constituídas por dois ou mais elementos unidos em proporções fixas e determinadas, e possuindo propriedades diferentes das dos seus constituintes. 5 Regularidade entre os elementos: Os elementos do grupo zero: os gases nobres Ao observarmos as versões da Tabela Periódica que foram aparecendo após os trabalhos de Medeleev, reparamos que só a partir do início do século XX aparece uma coluna com os elementos hélio (z = 2), néon (z = 18), krípton (z = 36), xénon (z = 54) e rádon (z = 86). Todos os gases nobres foram descobertos entre 1894 e 1900, por dois ingleses, Rayleigh e Ramsay, sendo o primeiro o árgon. De acordo com as características que iam sendo identificadas, procuraram colocá-los na Tabela Periódica. Uma das dificuldades encontradas para a sua colocação na tabela periódica foi a determinação dos seus «pesos atómicos». Colocado o árgon entre o cloro (z = 17) e o potássio (z=19), surgiu uma questão: haverá outros elementos com características semelhantes às do árgon que possam constituir, com ele, um novo grupo? Os cientistas estavam, pois, desesperados para a procura de novos elementos! Realmente, nos anos seguintes foram descobertos os outros: hélio, krípton, néon, xénon e rádon, todos c0om propriedades semelhantes. Na versão da Tabela de Mendeleev, de 1904, são referidos como grupo zero e colocados na 1ª coluna da esquerda, em vez de na última coluna, à direita, como actualmente acontece. No total, os gases nobres representam cerca de 1% da atmosfera terrestre. Quando inspiramos fundo, entram nos nossos pulmões cerca de 5cm3 de árgon, que é o mais abundante. O menos abundante é o xénon. Devido a esta pequena percentagem dos gases nobres, na atmosfera (embora não tão insignificante como se pensou no início), é que eles são ainda referidos como gases raros. Algumas características destes elementos são: - O estado físico à temperatura ambiente é gasoso; - Incolores; - Inodoros; - Maus condutores eléctricos. À que os gases nobres iam sendo descobertos, os próprios Rayleigh, Ramsay e Travers (colaborador dos dois primeiros), nos seus trabalhos de isolamento e identificação das suas propriedades, ficaram convencidos que esta nova família se caracterizava por os elementos constituintes serem inertes: não se combinavam com outros elementos, ou seja, não reagiam. Até 1962, não foi realmente possível obter compostos destes elementos. Pensava-se que eram completamente não reactivos. Daí a aceitação da designação gases inertes. Porém, naquele ano, após várias tentativas, obtiveram-se alguns compostos de xénon, nomeadamente fluoretos (compostos de xénon e flúor). A partir de então outros compostos, com outros elementos deste grupo (árgon, néon e krípton), têm sido obtidos laboratorialmente. A pequeníssima actividade química, isto é, a grande inércia química, é, porém, a sua característica mais importante. É a responsável pela designação que 6 usamos: gases nobres (à semelhança de se chamarem metais nobres ao ouro, prata e platina, porque não se combinam com facilidade com o oxigénio e outros elementos). Esta inércia química explica o seu aparecimento, na Natureza, no estado livre, não combinados com outros elementos. Determinações experimentais das suas massas moleculares vieram provar que existem, na Natureza, na forma atómica, ou, dito de outra maneira, são gases monoatómicos. São os únicos gases conhecidos com esta propriedade. Quer dizer, os seus átomos não se combinam, nem sequer entre si. As principais aplicações dos gases nobres são consequência da sua fraquíssima actividade química. Assim, o hélio, pela sua baixa densidade e não combustibilidade, é utilizado no enchimento de balões vários (aeróstatos), nomeadamente os de pesquisa meteorológica da atmosfera. O hélio é também utilizado, em mistura com o oxigénio (substituindo o azoto), para a respiração dos mergulhadores de grande profundidade. O árgon é gás mais utilizado no enchimento das lâmpadas de incandescência. O néon, só ou misturado com outros gases, é utilizado em tubos ou ampolas dos anúncios luminosos. Conforme a mistura e a pressão no interior da ampola, assim é a cor da luz originada pela descarga eléctrica no seu interior. 7 Os elementos do grupo IA: os metais alcalinos Conforme podes verificar consultando a Tabela Periódica, o grupo IA é formado por 6 elementos: lítio (z = 3), sódio (z = 11), potássio (z = 19), rubídio (z = 37), césio (z = 87). Podes efectuar também as diferenças entre os números atómicos de dois elementos consecutivos, como se indica no quadro abaixo. Diferenças entre os Elemento Z números atómicos Li 3 Na 11 11 - 3 = 8 K 19 19 - 11 = 8 Rb 37 37 - 19 = 18 Cs 55 55 - 37 = 18 Fr 87 87 - 55 = 32 A análise dos resultados obtidos podemos afirmar: A diferença entre os números atómicos consecutivos nesta família de elementos é: 8 8 18 18 32 Se compararmos os números atómicos de cada um dos elementos desta família verificas, por exemplo: - o átomo de lítio tem mais um electrão do que o de hélio; - o átomo de sódio tem mais um electrão do que o de néon; - o átomo de potássio tem mais um electrão do que o de árgon. Como facilmente se nota, o número atómico de um elemento alcalino difere do número atómico de um gás raro apenas de uma unidade. Há sempre um elemento alcalino cujos átomos têm mais um electrão do que os do gás raro que o antecede na Tabela Periódica. Assim, quando os átomos de um elemento alcalino perdem um electrão ficam com o mesmo número de electrões desse gás raros, formando iões positivos (catiões), sendo estes responsáveis pela formação de compostos químicos que contenham elementos alcalinos. Os elementos halogéneos Os elementos que fazem parte da família dos halogéneos também se podem dispor segundo ordem crescente dos seus números atómicos de dois elementos consecutivos. Elemento F CI Br I At Z 9 17 35 53 85 Diferenças entre os números atómicos 17 - 9 = 8 35 -17 = 18 53 - 35 = 18 85 - 53 = 18 8 A diferença consecutivos é: entre os 8 números 18 18 atómicos de dois elementos 32 Se compararmos os números atómicos destes elementos com os números atómicos dos gases raros, verificamos, por exemplo: - o átomo de cloro tem menos um electrão do que o de árgon; - o átomo de bromo tem menos um electrão do que o de crípton; - o átomo de lodo tem menos um electrão do que o de xénon. Como facilmente notamos, o número atómico de um elemento halogéneo difere do número atómico de um gás raro mais próximo (relativamente ao número atómico). Quando um átomo de halogéneo recebe um electrão fica com o mesmo número de electrões do átomo do gás raro que está mais próximo na Tabela Periódica. Transforma-se num ião mononegativo, chamado ião halogeneto ou haleto. Esta propriedade determina a “química dos halogéneos”. No quadro abaixo indica-se os nomes dos iões halogenetos, a sua representação simbólica e o número de electrões que possuem. Nome do ião Representação Número de electrões simbólica do ião Ião cloreto CI18 Ião brometo Br 36 Ião iodeto I 54 9 Semelhanças das propriedades elementares Conhecem-se alguns milhões de substâncias compostas, mas só existe um número bastante reduzido de substâncias elementares. Há substâncias elementares sólidas, como, por exemplo, o iodo e o cobre. Há também substâncias elementares líquidas, como por exemplo o mercúrio. Existem ainda substâncias elementares gasosas, por exemplo, o hélio, o oxigénio e o azoto. Torna-se importante agrupar as diferentes substâncias elementares tendo em conta a semelhança do seu comportamento físico e químico. Os gases nobres ou raros Existe um conjunto de substâncias elementares, não – metais, que são gases à temperatura ambiente. Constituem uma família química pois têm comportamento químico semelhante. Fazem parte da família dos gases nobres ou raros o hélio, o néon, o árgon, o crípton, o xénon e o rádon. Metais alcalinos As substâncias elementares lítio, sódio, potássio e rubídio são metais muito reactivos e, por isso, não existem livres na Natureza. Em virtude à semelhança das propriedades químicas destas substâncias elementares, diz-se que pertencem a uma mesma família química – a família dos metais alcalinos. - Estas substâncias ardem em contacto com o ar e reagem, vigorosamente, com a água. - As soluções resultantes das reacções destas substâncias com a água são alcalinas, porque tornam carmim a solução alcoólica de fenolftaleína. Halogéneos Considerada substâncias elementares que são não metais, como o cloro, o bromo e o iodo. Em virtude da semelhança de propriedades químicas, o cloro, o bromo e o iodo fazem parte de uma família química. Designa-se por família dos halogéneos, que significa “geradores de sais”. - Todos os halogéneos são constituídos por moléculas diatómicas(F2, Cl2, Br2 e I2). - São mais solúveis em éter ou no óleo alimentar do que em água. - Os halogéneos reagem com os metais alcalinos, originando compostos iónicos que se designam por halogenetos. 10 Pode surgir um elemento situado entre dois elementos conhecidos À medida que, em princípios do século XIX, se iam descobrindo novos elementos, os investigadores foram dispondo de dados cada vez mais abundantes e observaram que as propriedades de uns elementos eram muito semelhantes às dos outros, o que levou a uma primeira classificação entre metais e não metais. Fizeram-se muitas outras tentativas de classificação, até que, em 1871, D. I. Mendeleiev e J. L. Mayer propuseram uma tabela periódica, substancialmente parecida com a actual, que ordenava os elementos situados numa mesma coluna fossem semelhantes. Para que essa analogia de propriedades não tivesse falhas, era imprescindível alterar a ordem de alguns elementos como o potássio ou o árgon. Também era necessário deixar espaços vazios entre dois elementos conhecidos quando esta coincidência de propriedades não se verificava. Esses espaços vazios foram sendo preenchidos com os elementos que se iam descobrindo, mas nunca havia a certeza se no espaço deixado para um elemento não poderiam surgir dois ou mais elementos com massas atómicas intermédias. Para evitar, em 1912, Moseley ordenou os elementos pelo seu número atómico, que, sendo um número inteiro, dava a garantia de que entre dois números inteiros alternados só existia um outro número inteiro. 11 Configuração electrónica A configuração de um átomo é a disposição que possuem os seus electrões em redor do núcleo. Esta disposição no espaço reflecte-se em diferenças de energia. A energia de um electrão define-se por intermédio de certos números, chamados números quânticos. O número quântico n ou número quântico principal define a maior parte da energia de um electrão, que é a que se deve à distância a que se encontra do núcleo. Ao conjunto de electrões que se encontra à mesma distância do núcleo dá-se o nome de nível (n) e pode ter valores inteiros 1, 2, 3… O número quântico/secundário indica as pequenas diferenças de energia que existem entre dois electrões de um mesmo nível. Essas diferenças de energia atribuem-se às diferentes formas que um orbital pode adoptar. Os electrões com o mesmo n e / formam um subnível. / pode possuir valores inteiros 0, 1, 2, até n-1. Existem, além disso, mais dois números quânticos: o magnético m, que pode tomar valores -/,…, -1, 0, 1,…,+/ e que indica a orientação do orbital no espaço e s, chamado spin, que toma o valor +1/2 ou –1/2 e que se refere ao sentido de rotação do electrão sobre si mesmo. A configuração electrónica de um átomo utiliza-se para conhecer os electrões de maior energia que esse átomo possui e que, a par dos do último nível, são os responsáveis pelas suas propriedades químicas. 12 Bibliografia Elementos – química 9 1ª edição Cesário G. Viegas Editorial o Livro Química na nossa vida – 9º ano M. Margarida R. D. Rodrigues Fernando Morão Lopes Dias Porto Editora Lições de Química Silvino Cordeiro Edições Divul A nova enciclopédia das ciências – A Química Nina Morgan Circulo de Leitores Física – Química 3ª Edição Aristides Mota Atlântida Editora Química Geral 10ª Edição Prof. Eng. Martins Galvão Compêndio de elementos de Física e de Química Fernando Neves da Silva Livraria Popular de Francisco Franco 13 14