Universidade Católica Portuguesa
Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
1
Política Económica e Financeira
Dezembro de 2002
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
António Luís Morna
Apontamentos
de Política
Económica e
Financeira
António Morna
Pedro Antunes
Pedro Gonçalo Antunes
Universidade Católica Portuguesa
Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
2
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
No âmbito da cadeira de Política Económica e Financeira, estes
apontamento visam facilitar o estudo e compreensão da matéria
leccionada durante as aulas.
A frequência das aulas é fundamental para que estes apontamentos
façam sentido já que sem essa frequência é bem possível cair na
confusão ou na interpretação errónea.
Aconselha-se a impressão a cores pois, dado o nível de complexidade
de alguns gráficos, as cores são um importante auxílio para uma
melhor análise.
Esperamos que tenham tanto prazer na leitura como quanto tivemos a
criar estes apontamentos.
Os autores
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Índice
Aula 1 – 19 de Setembro ...................................................................................................5
Noções Gerais................................................................................................................5
Aula 2 – 24 de Setembro ...................................................................................................8
Breve Revisão do Modelo IS-LM e Procura Agregada.................................................8
Aula 3 – 26 de Setembro .................................................................................................12
Políticas Governamentais, análise à luz do Modelo ISLM. ........................................12
Aula 4 – 1 de Outubro .....................................................................................................17
Policy Mix ...................................................................................................................17
Aula 5 – 3 de Outubro .....................................................................................................21
Restrição Orçamental – Efeito Riqueza ......................................................................21
Aula 6 – 8 de Outubro .....................................................................................................27
CTUP’s ........................................................................................................................27
Aula 7 – 10 de Outubro ...................................................................................................31
“Contas Externas” .......................................................................................................31
Modelo Mundell Fleming............................................................................................34
Aula 8 – 15 de Outubro ...................................................................................................35
Análise das movimentações bancárias ........................................................................36
Câmbios fixos com perfeita mobilidade – Política Monetária eficaz..........................39
Aula 9 – 17 de Outubro ...................................................................................................41
“ Dois casos de Política económica do mundo real” ...................................................41
“ Como a Alemanha pagou a reunificação” ................................................................42
O Caso da Argentina ...................................................................................................44
Aula 10 – 22 de Outubro .................................................................................................45
Paridade das taxas de Juro ...........................................................................................45
Aula 11 – 24 de Outubro .................................................................................................49
“Introdução da incerteza na analise”...........................................................................49
“Exemplo da Política Monetária”................................................................................52
Aula 12 – 07 de Novembro .............................................................................................53
“Problemas na condução de uma política económica activa”.....................................53
“Estabilização Automática” - Robert Solow...............................................................55
Aula 13 – 12 de Novembro .............................................................................................57
Regras nas diferentes políticas ....................................................................................57
Regras fixas em política monetária .............................................................................57
Aula 14 – 14 de Novembro .............................................................................................60
Saldo Orçamental ........................................................................................................60
Aula 15 – 19 de Novembro .............................................................................................63
Divida pública .............................................................................................................63
Aula 16 – 21 de Novembro .............................................................................................67
Administração da Dívida Pública ................................................................................67
União Monetária Europeia ..........................................................................................68
Aula 17 – 26 de Novembro .............................................................................................70
Política Monetária na Zona Euro (continuação)..........................................................70
Aula 18 – 28 de Novembro .............................................................................................73
Política Cambial na União Europeia ...........................................................................74
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aula 19 – 03 de Dezembro ..............................................................................................76
Política Cambial (continuação) ...................................................................................76
Teoria das Zonas monetárias óptimas .........................................................................79
(Mundel 1961) .............................................................................................................79
Aula 20 – 05 de Dezembro ..............................................................................................80
A política orçamental da UE .......................................................................................80
Política Fiscal ..............................................................................................................82
Aula 21 – 10 de Dezembro ..............................................................................................84
Política Fiscal (continuação), Política Salarial, Políticas Estruturais ..........................84
Política Fiscal (continuação) .......................................................................................84
Política salarial ............................................................................................................85
Políticas estruturais......................................................................................................85
Aula 22 – dia 12 de Dezembro ........................................................................................87
Apresentações de trabalhos de grupo. .........................................................................87
Aula 23 – dia 17de Dezembro .........................................................................................87
Acetatos na secção de copias.......................................................................................87
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aula 1 – 19 de Setembro
Noções Gerais
Política Económica – Manipulação de variáveis que as autoridades controlam
para alcançar objectivos considerados desejáveis.
Política Económica
ò
Política Macroeconómica – diz respeita à economia agregada )crescimento económico,
emprego, estabilidade de preços, etc.).
ò
Política estrutural ou conjuntural – políticas de curto prazo que deixam de lado o
crescimento económico. São os objectivos que o Governo se preocupa porque os
mandatos são curtos.
Existem várias políticas de estabilização:
• Política Orçamental de Estabilização – consiste na manipulação de variáveis
orçamentais.
• Política Orçamental afectada à provisão de bens públicos- para suprir as
necessidades desses bens decorrentes de falhas de mercado.
• Política Orçamental afectada a uma distribuição social mais justa
A Política Orçamental tem uma parte de Política Fiscal.
Política Monetária – Manipulação de variáveis disponíveis pelo Banco Central,
agora Banco Central Europeu.
Política cambial – manipulação das Taxas de Câmbio.
As políticas acima referidas são chamadas de políticas de controlo da procura
agregada porque visam influenciar componentes como o consumo, gastos públicos,
investimento, balança comercial, etc.
Existem outras políticas que nos últimas décadas têm ganho importância:
política de rendimento, ou seja, fixação de critérios para a estipulação de preços,
salários, etc. São normas indicativas que servem de base negocial com os sindicatos.
(Ex: Existem medidas que afectam a redistribuição do rendimento como o abono de
família, subsídios, etc.)
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Políticas Estruturais – influenciam a Oferta da economia; dizem respeito a
eficiência económica; quanto consegue produzir a economia com os factores
disponíveis; visa aumentar a eficiência da economia nacional.
Tem a ver também com a competitividade (Portugal vs. Resto do Mundo).
Estas políticas estruturais tomam medidas para:
• Aumentar a capacidade produtiva;
• Aumentar a componente emprego no crescimento económico
Ex: maior acesso à Internet, mais estradas, portos, etc.
Finalidades: Resultados desejáveis mas que não são susceptíveis de serem
aplicados do ponto de vista operacional.(mais harmonia, afirmação de Portugal no
mundo, maior Justiça).
Os objectivos já são operacionais mas as finalidades não são objectivos.
Ex de Objectivos: aumentar o PIB em 3%, diminuir o desemprego em 5%, inflação a
2,5%, etc.
Porque é que a inflação é alvo de políticas estruturais?
Devido à especulação que causa ineficiência. As pessoas têm de aplicar
constantemente o seu dinheiro em situações de inflação elevada. Por outro lado os
preços têm de ser recalculados frequentemente o que causa ineficiência.
A BP é uma restrição ao endividamento e à saída de reservas.
Metas – é o valor dos objectivos, são valores concretos que a as autoridades
fixam para os objectivos.
Frequentemente, existem conflitos de objectivos: emprego vs. Estabilidade de
preços. Às vezes é difícil alcançar em simultâneo vários objectivos. O Governo tem
duas aproximações possíveis para solucionar este conflito:
1 – Se conhecêssemos a função de BES da economia W(Y,U,C,...) então
encontraríamos a combinação óptima de valores.
Ponto
Óptimo
2 –Como não existe uma função de BES conhecida, os Governos estipulam objectivos
fixos e consoante esses objectivos, tomam-se medidas. Os planos são feitos para tentar
compatibilizar certos objectivos que são difíceis de compatibilizar em simultâneo.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Instrumentos de Política Económica
São variáveis que as autoridades controlam directamente. São variáveis
exógenas. Ex: IRS<40% - taxas que são fixadas, ou seja, instrumentos.
A receita do IRS não pode ser fixada.
O montante de subsídio de desemprego a atribuir não é um instrumento mas as
sua regras são. Subsídio de desemprego = 40% do salário se trabalhou 12 meses.
Regra de Tim Berger – o número de instrumentos tem de ser pelo menos igual
ao número de objectivos de Política Económica.
Seja o objectivo Y que depende dos instrumentos Xi em que Xi influencia vários Yi:
Y(X1, X2, X3)
Se tiver um instrumento que não influencia outros objectivos que não um, então
esse instrumento é selectivo, desta forma posso fazer a descentralização, ou seja, pegar
nesse objectivo e entregá- lo a uma instituição que aplica esse instrumento.
Instrumentos que influenciem muitos objectivos devem ficar nas mão do Governo
Central.
Eficiência de um instrumento – Quando o instrumento tiver um impacto muito
grande sobre o objectivo: dy/dx elevado.
dY X
Normalmente a eficiência é medida em elasticidade: ε =
.
dX Y
Objectivos intermédios (os anteriores são objectivos finais): dão uma indicação
quanto à realização dos objectivos finais, não são objectivos per si mas ajudam.
Se o objectivo final é ter uma inflação de 2% e se a massa monetária tem
impacto na inflação, então dMMonetária/Mmonetária dá uma indicação da evolução da
inflação.
- o objectivo intermédio deve ter uma forte correlação com o final;
- o objectivo intermédio deve ser directamente influenciado pelos instrumentos.
Restrições económicas de Política Económica – Existem certos limites à
actuação do Governo (Aumentar desmesuradamente a taxa de imposto)
Mas existem limites que o Governo pode sofrer e que são impostos – limite ao
endividamento externo, limite ao défice orçamental. Estas são restrições impostas à
Política Económica.
Existem vários poderes da política económica – A Política Económica é um
processo político em que interagem eleitores, parlamentares, lobbies, etc.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Poderes:
Nacional − Governo, Parlamento , Banco Central
Decisão 
Supranacio nal − BCE
Influência s − Confederaç ão das Federações de Sindicatos , OCDE, CE, FMI, BM
Administra ção pública
Executor 
Banco Central
Aula 2 – 24 de Setembro
Breve Revisão do Modelo IS-LM e Procura Agregada
Não interessa a Oferta porque admitimos excesso de capacidade produtiva; um
aumento da Procura pode ser satisfeito sem aumentar os preços.
P
P
AD´
AD
Y
Consideramos dois mercados relevantes:
•
•
Bens e Serviços (IS) (Investimento e Poupança);
Monetário (LM) (Procura e Oferta de Moeda)
Procura Agregada (AD)
AD = C + I + G + NE
onde NE são as exportações líquidas.
Admitimos que a nossa economia é uma pequena economia aberta – não
conseguimos influenciar os preços e quantidades do comércio internacional.
nP *
; se ? subir é como que os preços no exterior
P
aumentassem face aos nossos. Se ? sobe, as importações descem, as exportações sobem
pelo que as exportações líquidas também sobem.
Se Y sobe, aumentam as importações diminuindo as exportações líquidas.
Taxa de Juro Real η =
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
O consumo tem uma componente autónoma e uma componente dependente do
Rendimento Disponível Yd.
Yd=Y-Impostos(? )+Transferências
O investimento tem uma componente autónoma e outra que depende
negativamente da taxa de juro.
Admitimos que os gastos são exógenos ao modelo.
Curva IS
Estabelece o equilíbrio entre a oferta e a AD. São combinações de Y e i que
asseguram o equilíbrio no merca de bens e serviços.
i
Excesso
Oferta
Se a taxa de juro subir (i1)
ficamos com excesso de oferta
porque:
Y=Yo; I1<Io;
AD1<ADo=Yo logo AD1<Yo
Para repor o equilíbrio Y tem de
descer.
i1
AD=Y
io
IS
Yo
Y
IS é negativamente inclinada e ao longo da curva temos equilíbrio. Acima temos
excesso de oferta e abaixo temos excesso de procura.
Deslocações da Curva IS
i
io
IS1=(G1,...)
ISo=(Go,...)
Se o Estado aumenta os
gastos com a taxa de juro
inalterada, vamos ter uma
expansão da AD, o ponto deixa
de ser de equilíbrio.
Y
Para medir o deslocamento da curva pegamos numa das duas variáveis (y ou i)
fixamo- la e analisamos a variação da outra variável.
Para o caso do aumento de Gastos Públicos.
Vamos ver quanto i varia quando os gastos variam, mantendo Y constante:
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Y = C (Yd ) + I (i ) + G + NE
dI
0 = 0 + di + dG + 0
di
Curva LM
São combinações de Y e i que asseguram o equilíbrio no mercado monetário.
Procura real de moeda L=L(Y, i), com:
∂L
> 0 (motivo de transacçã o, maior produto implica maior consumo pelo que é necessário mais moeda) ,
∂Y
∂L
< 0 (motivo especulaçã o, maior taxa de juro implica maior retorno na aplicação de moeda)
∂i
M
Oferta real de moeda
P
M
Equilíbrio no mercado monetário : = L(Y , i )
P
LMo=(Mo,...)
Admitir que i sobe, ficamos com excesso de
oferta, existe um deslocamento ao longo da
Excesso
i
LM1=(M1,...)
Oferta
curva LM.
i1
M
i1 >i0 logo L1 <L0 ou seja L1 < 0
P
io
Aumento da moeda em circulação, temos um
excesso de oferta, a nova curva LM fica à
direita da original, existe um deslocamento da
Yo
Y
curva.
Equilíbrio simultâneo nos mercados dos bens e serviços (IS) e
monetário (LM)
Y = C (Yd ) + I (i ) + G + NE (Y , η )


M

 P = L(Y , i )
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
As variáveis endógenas são Y e i (e todas as variáveis que dependem de Y e i)
i
LM
io
IS
Y
Efeito sobre Y e i devido a uma variação dos gastos públicos
LM
i
io
IS1
Y´ para Y1 – Diminuição
devido à subida da taxa de
juro.
ISo
Yo
Y
Y1
Y´
Casos Particulares:
ISo
IS1
i
LM
i
LM
i1
i1
io
io
ISo
Yo
Y1
Y
I não é sensível a i (não
existe contracção de Y)
Y
IS1
Y
L não é sensível a i
Dedução da curva de procura agregada
Fazemos variar Por no equilíbrio IS-LM
Curva de Procura Agregada : Relação entre Y e Por que verifica os equilíbrios
nos mercados de bens e serviços e monetário.
A cada ponto da curva da procura está associada uma taxa de juro diferente.
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Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Variando os P:
Aumento dos Gastos públicos
LM0 (Po)
i
LM1 (P1)
i
LM0 (Po)
io
IS1
io
ISo
ISo
Y1
Y1
Yo
Yo
Y
P
P
P0
P1
AD1
Po
ADo
AD
Y1
Y1
Yo
Yo
Y
Y
Aula 3 – 26 de Setembro
Políticas Governamentais, análise à luz do Modelo ISLM.
Y = C (Yd ) + I (i ) + G + NE(Y ,η )
M
P = L(Y , i )
Yd - Influencia positivamente o rendimento Y.
i - Influencia negativamente o I e Y e M.
? - Influencia Positivamente NE.
Y - Influencia Negativamente NE e positivamente M.
Y d = Y − T (t , Y ) + R
R – Transferência para as Famílias
η =
e× P *
P
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? – Indicador de competitividade do país.
P – Preço Nacional.
Se ? aumenta - Depreciação real, a produção ganha competitividade.
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Quais os instrumentos de política económica?
- t, R, G, M, num sistema de taxas de câmbio fixo temos ainda a taxa de cambio
nominal ( e ).
Hipóteses do modelo
- Pressupomos que os preços são estáveis π U . E. = 2%
- Supomos que existem recursos desempregados U.E existem 10% de
desempregados.
O Objectivo é aumentar o rendimento Y
Se eu quiser passar o y de y* para y1 quanto é que eu devo mexer em G?
Quanto é que eu devo variar as variáveis para alcançar o objectivo y1 ?
1. Política monetária.
2. Política Governamental.
a) Descida de impostos
b) Aumento das despesas de consumo do estado.
c) Aumento das despesas de investimento do estado.
d) Aumento das transferências do estado.
e) Subsídios ao investimento privado.
1.Politica Monetária.
LM0
i
LM1
1
i*
2
3
Is0
Y*
i
I
Y1
C
António Luís Morna
- O mercado dos bens e serviços equilibra-se de
uma forma + lenta que o mercado monetário.
- De 1 para 3 desequilíbrio no mercado monetário.
- de 3 para 2 a taxa de juro como é baixa em 3 as
empresas investem mais e assim atinge-se o
equilíbrio.
Y
Denota-se o aumento do investimento privado.
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
2. Política Governamental
a) Descida de Impostos.
LM0
i
i1
i*
T C I
- A deslocação não paralela da curva Is faz
todo o sentido pois para produtos
superiores maior é a colecta de imposto
para a mesma taxa.
- Consumo privado.
- Consumo de investimento.
Is1
Is0
Y*
Y1
Y
A variação no consumo privado fica a dever-se ao aumento do rendimento
disponível e ao aumento do produto.
b) Aumento das despesas de consumo do estado Gc
LM0
i
Gc I C
“ Crowding out” expulsão do investimento
2
i1
i*
1
Is1
Is0
Y*
Y
c) Aumento das despesas de investimento do estado GI.
GI I
d) Aumento das transferências do estado GR.
GR Yd C
I
e) Subsídios de investimento privado. ( Crédito fiscal de investimento).
% de dedução no imposto a pagar pelas empresas, faz diminuir o custo
do investimento.
Só as empresas que tem lucro podem beneficiar deste subsidio.
i
i
Lm0
Is1
Is 0
I0
I3
António Luís Morna
I2
I
Y
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
As empresas investem mais, a curva Is desloca-se para a direita, isso faz
subir a taxa de juro que faz descer ligeiramente o investimento, na
totalidade o Investimento aumenta mas menos que o aumento inicial.
•
•
•
A descida de impostos e aumento das transferências beneficia os consumidores e
prejudica o investimento.
O aumento das despesas de consumo do estado faz aume ntar o consumo publico
e diminuir o consumo privado.
O Aumento das despesas de investimento do estado pode ajudar o crescimento
do pais mas diminui o investimento privado.
E se a oferta de moeda se alterar face a alterações das políticas.
LM0
i
i1
i*
2
LM1
1
Is1
Política Acomodatícia:
Aumento da oferta de moeda por
forma a manter inalteradas as taxas de
juro.
Is 0
Y*
Se
i
Y1
Y2
Y
∂I
=0
∂i
Is
Lm
Lm
i*
O aumento de M não surtiu qualquer efeito
pois o investimento não é sensível a variações
da taxa nominal de juro.
i1
Y
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
- Neste caso a politica eficaz é o
aumento dos gastos ou a diminuição dos
impostos.
- A politica cambial, uma desvalorização
também seria eficaz.
- A politica monetária não é eficaz.
i
Y
Se
∂L
=0
∂i
Lm0
Lm1
2
i
1
Is2
Is1
Y
- A procura de moeda não depende da
taxa de juro, á um só nível de produto
que equilibra o mercado monetário.
- Quando os gastos aumentam o
produto mantêm-se inalterado, as
empresas produzem mais mas
precisam de mais moeda mas como
não há mais moeda as taxas de juro
sobem e o investimento privado não
sobe.
- “Crowding out” Total, +100 de
Gastos do estado – 100 de
investimento privado
Política orçamental e politica cambial ineficazes, Politica monetária muito
eficaz ( só a moeda conta).
Sem taxas de juro temos M/P=V*Y
Armadilha da liquidez (caso Keynesiano extremo)
∂L
=∞
∂i
Lm0
i
1
Is1
Y
António Luís Morna
Is2
Este é o caso actualmente
vivido pelo Japão, com taxas de
juro perto dos 0% , a politica
monetária é completamente
ineficaz, as pessoas guardam o
dinheiro em casa e não nos
bancos, não o gastam, poupam,
a solução passaria por vales de
compras por forma a injectar
dinheiro na economia sem
aumentar a poupança.
Politica orçamental e cambial
eficaz.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aula 4 – 1 de Outubro
Policy Mix
Refere-se à combinação das duas grandes políticas macroeconómicas: a política
monetária e a política orçamental.
LM1
LMo
i
ie
IS1
ISo
Ye
Y
Por trás da IS temos valores de G, t, R que têm impacto em c(Yd); I(i); NE(η,Y).
Por trás da LM temos os valores de M e L(i,Y).
T = T + tY
T = T + tYe → receita resultante da politica monetaria e fiscal(Ye , ie )
Mas associado ao Y podemos ter outra política fiscal.
Exemplo: O Governo passa a praticar uma política fiscal mais branda, baixando
os impostos; logo o rendimento disponível aumenta, estimulando o consumo.
Mas queremos manter Ye logo LM tem de se retrair.
Então temos impostos mais baixos e aumenta i, mas Ye é o mesmo. Existe
uma alteração da afectação de recursos na economia.
Ao passar de uma combinação para outra só existe uma variação na composição
dos recursos.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
18
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Supor o contrário: manter o Ye apertando a parte fiscal e facilito a
monetária.
LMo
LM1
i
ie
ISo
IS1
Y
Ye
Relações entre variáveis para manter Ye constante
T- mesma linha de prduto
T
T3
T1,M1,i1,I1 representa a situação inicial;
T2,M2,i2;I2 representa uma situação de
diminuição dos impostos
T3,M3,i3,I3 representa uma situação de
aumento dos impostos
T2
T1
M2
M1
M3
M
i
i2
i
i2
i1
i1
i3
i3
M2
M1
M3
M
I2
I1
I3
I
Quando se escolhe policy mix por aumentar o investimento temos menos
consumo.
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Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Restritiva
1999
2000
Política
Orçamental
2002
1993
Expansionista
Fácil
Apertada
Política
Monetária
1993 – Aprovação do Tratado de Maastricht (Preparação e criação de condições para o
Arranque da Moeda Única) – instruções para reduzir o défice (era de 6,5%).
1999 – Arranque da Moeda Única.
2000 – Os Governos relaxam um pouco a política orçamental e o BCE apertou um
pouco a política monetária.
2001 – Atentado de 11 de Setembro – Queda da taxa de juro (Hoje de 3,35% BCE). Os
países que puderem devem estimular a política orçamental.
Hoje temos uma policy mix que incentiva o crescimento.
Política Monetária é praticada pelo BCE ao passo que a Política Orçamental é o
somatório das políticas orçamentais dos países da área Euro.
Perante um choque exógeno o que é que um Banco Central deve controlar i ou
M? Depende do tipo de choque; se é do lado real ou do lado monetário.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Choque Real: Pensava-se que I ou as Exportações fossem uma coisa e afinal foram
outra.
Autoridade tenta aguentar a taxa de juro
variando a base monetária.
Autoridade tenta aguentar a base monetária
variando a taxa de juro (LM não varia).
LM
i
i
IS´exp
IS
IS´cont
Y Y
Ye
Y
A melhor estratégia é aguentar M e deixar variar
i porque o intervalo de variação de Y é menor.
Y
Choque do lado monetário: Aumenta a desconfiança nos bancos (contraccionista)
ou entrada dos cartões MultiBanco (expansionista).
LMcont
LM
i
Mantém a base monetária
variando i
LMexp
Mantém i variando M, traz de
volta LM através da injecção de
moeda. A melhor opção é
injectar moeda e manter i.
i
IS
Y
Ye
Y
Restrição Orçamental
Como é que financiamos o aumento dos gastos, o que fazer à receita dos
impostos.
G+R=T+dB+dH
R – Transferências;
DB – Variação do Stock da Dívida (Variação da dívida entre 1 de Janeiro e 31 de
Dezembro);
DH – Variação da Base Monetária;
G + R = T + tU + dB + dH
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21
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Isto é uma identidade pelo que existe uma variação que se ajusta
endogenamente.
dG = tdY + dB → Operação de aumento das despesas financiada por dívida.
dG = tdY + dH → Operação de aumento das despesas financiada por emissão de moeda.
dG + dR = 0 = Ydt + dY + dB + dH → Aumento dos impostos sem aumentar a despesa.
- dB - dH = Ydt + dY
O problema da Restrição Orçamental é complicado se introduzirmos o efeito
riqueza.
Y = C (Yd , Z ) + I (i ) + G + NE (η, Y ) onde Z é a riqueza e tem um efeito positivo sobre o
consumo.
M
L(i , Y , Z )
P
Z = K + B+ H
K é o stock de capital, B é a dívida onde não é considerada a equivalência
Ricardiana e H a base monetária em circulação.
Aula 5 – 3 de Outubro
Restrição Orçamental – Efeito Riqueza
G + R = T + ∂B + ∂H
Y = C ( y , Z ) + ...
d

M
 P = L(i, Y , Z )

 Z = K + B + H
Operações de Financiamento de despesa com divida
∂G = ∂B + t∂y
- De IS0 para IS1 o aumento deve-se ao aumento de
procura por parte do estado dG.
- De IS1 para IS2 o aumento fica a dever-se ao efeito
riqueza pela via do consumo.
- De Lm0 para Lm1 o efeito advêm de uma maior
procura de moeda causada por maior riqueza.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
LM1
i1
LM0
Is2
i*
Is1
Is 0
Y*
Y
No caso em cima o produto aumentou, mas se eu considerar que o efeito riqueza
é muito forte i
I G
C
pode acontecer que o produto nem sequer chegue a
aumentar.
Há pois um novo argumento contra a politica orçamental, que vêm do lado do
efeito riqueza na procura de moeda. Se eu considerar a R.O. e alem disso considerar o
efeito riqueza o resultado complica-se.
Mas no longo prazo
T + ∂B = G + ∂G + R
Existe nesta equação uma posição de desequilíbrio, tenho de equilibrar pois se
não, não paro de emitir divida, este processo só pára quando o orçamento voltar a estar
equilibrado. T = G + R
Quando é que este processo pára?
Quando o crescimento da receita fiscal for = à variação nos gastos.
∂t = ∂G
t∂y = ∂G só aqui é que eu paro de emitir divida.
∂y 1
= o multiplicador de longo prazo é o inverso da taxa de imposto.
∂G t
1ª Complicação vêm da p
As politicas monetárias expansionistas não são introduzidas pois os governos
têm medo da inflação.
Onde entram os preços?

Y = ... + NE(η , Y )

,
...
M
 = L(i, Y )
P
η=
António Luís Morna
e× P *
P
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Anteriormente determinava um ponto (Ye, ie) mas agora determino uma curva
da procura agregada.
- Para preços + elevados pior as exportações e
melhor as importações logo o pais perde
competitividade o Y diminui.
- E com preços + elevados cai a oferta real de
moeda.
P
D
y
Para determinar o equilíbrio eu preciso da curva de oferta agregada. Quantidade
de produção que as empresas estão dispostas a realizar a diferentes preços.
P
D1
D0
P*
S
- Se S é horizontal as empresas satisfazem qualquer
procura que haja no mercado sem diferenças de
preço.
- Há desemprego e os salários são Rígidos Caso
Keynesiano extremo
Y
De D0 para D1 efectuou-se uma politica monetária expansionista.
Se a Curva da oferta (S) for vertical, significa que:
- A qualquer preço as empresas oferecem sempre a mesma quantidade.
- A economia está em situação de pleno emprego.
- Os salários e preços afastam-se rapidamente.
- No Y* o desemprego é a taxa natural de desemprego.
P
D0 S
- Procura e oferta agregada, no longo prazo a capacidade
produtiva está fixa.
- Estudos feitos para Portugal indicam que a taxa natural de
desemprego ronda os 5%, significa pleno emprego, o
desemprego que existe surge das fricções do mercado de
trabalho.
P*
Y*
P P1
P*
D0 S
D1
G procura acrescida por parte do estado.
As empresas tentam empregar + pessoas, sobem os
M
salários w P
i I situação de “ Crowding
P
out total” Fenómeno do lado da oferta.
Y*
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Ano lectivo 2002/2003
∂L
= 0 “ Crowding out total” mas do lado da procura.
∂i
∂L
= elevada “Crowding out Total”
∂Z
Estes três casos de “crowding out total” que põem em causa a politica
orçamental para incentivar o crescimento do produto.
Politica monetária
M
M + ∂M

→
P0
P0
P1
P*
M
M
P0
i I W P
M
P0
M M + ∂M
=
P0
P1
- O nível de preços sobe até que a variação fique
igual à oferta, a subida de preços vai ser igual ao
aumento da oferta de moeda.
D0 S
D1
Y*
∂P ∂M
=
P M
Caso Clássico
- Por isso se diz que a Moeda é neutra,
porque o consumo ficou na mesma, tudo
fica na mesma menos os preços, a
moeda é um véu, as variáveis reais
ficam na mesma, só os preços sobem.
A operação contrária deve funcionar de forma semelhante
M
P
esta receita foi aplicada e surgiu o desemprego, a produção caiu e o
desemprego aumentou.
No curto prazo a curva da oferta é deste tipo:
P
D0
S
P*
Y*
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1.º - Os sindicatos nem sempre têm informação, o
aumento de salário nem sempre representa um aumento
do poder de compra.
2.º - Os contratos de trabalho são negociados para um
período longo ou seja W não é permanentemente
negociado.
3.º - Os salários são negociados com quem está
empregado e não com quem está desempregado.
Despedir têm um custo. O trabalhador acaba por
conseguir um salário + elevado do que aquele que
receberia se a negociação fosse feita também com os
desempregados.
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Ano lectivo 2002/2003
Na prática a curva da oferta não é nem horizontal nem vertical mas num ponto
intermédio.
“Choques no lado da oferta”
P
- 1º Choque de Petróleo.
S2
S1
P4
P3
P2
P1
P0
S0
D2
D1
D0
Y1
Y0
Y
Vamos Supor que os sindicatos têm poder para aumentar a taxa de salário.
W
W + ∂W

→
consequência as empresas só produzem a mesma quantidade a preços
P0
P0
mais elevados.
(P0,Y0 )
(P1,Y1 )
O governo quer voltar a y0, o Governo vai expandir a procura
agregada [------ ] passamos para y0 novamente mas agora estamos com P2 .
W W + ∂W
=
os sindicatos já perderam todo o poder de compra.
P
P2
∂K
W ∂y
=W 
→ =
∂L
P ∂L
- Se os trabalhadores perderam tudo então vão tentar fazer um novo aumento da taxa de
salário então temos (P3 ) [------] e o governo volta a responder [-----] passamos para P4 .
- Processo de inflação pelos custos.
P×
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Ano lectivo 2002/2003
O governo não terá outra forma de actuar?
S1
P
S0
P0
D0
Y0
Y
S1
devido ao aumento de W pelos sindicatos.
- Se o governo baixar os custos de segurança social a curva S cai.
- Se descer o IVA.
- Subsidiar a produção.
- Diminuir os impostos indirectos e aumentar os impostos directos.
- Por Exemplo descia o IVA e subia o IRS, tenho que assumir que os
trabalhadores têm ilusão fiscal, não se apercebem que estão a perder poder de compra.
O problema é que os impostos só se podem utilizar uma vez, não se pode repetir.
Os sindicatos tem cada vez menor ilusão fiscal.
W × (t1 − t 2 ) W × (t1 − t 2 ) + ∂w × (1 − t a )
=
Imposto progressivo, como os preços variam de
P0
P1
P0 para P1 eu tenho que ter o mesmo salário anterior mais um aumento a uma taxa
marginal.
∂W P1 − P0 1 − t1
=
*
a ta > t1 só para manter o poder de compra inalterado, se
W
P0
1 − ta
os impostos são progressivos o aumento de salário têm que ser maior que o aumento de
preços.
W
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Ano lectivo 2002/2003
Choque nas Matérias Primas
P
S1
O governo
acomodatícia.
S0
uma
politica
W
P
Em 1973 os governos tiveram uma
politica acomodatícia os sindicatos
exigiram W maiores e a p disparou.
P2
P1
P0
D1
D0
Y0
Y1
P
Y
SL.P.
S.C.P.1
S.C.P.0
P2
P1
P0
faz
3
2
D1
D0
1
Y0
Y0
Y
- De S de curto prazo para S1 deu-se
o choque que não afectou a
capacidade produtiva.
- De D0 para D1 efectuou-se uma
politica orçamental expancionista.
- A queda dos salários dá-se pela
w W
subida dos preços 0 < 2 isto de 1
P0 P2
para 3.
- De 2 para 1 se não houvesse
politica orçamental no longo prazo
voltaríamos a 1, à custa da
diminuição do salário nominal
W1 <W0.
Aula 6 – 8 de Outubro
CTUP’s
wL
, são os CTUP (custos do trabalho por unidade de produção).
Y
wL
Temos ainda
que é o custo unitário de produção.
Y
Seja P = K
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Ano lectivo 2002/2003
Através da manipulação algébrica temos
produtividade ( Π ).
P=K
w
Y
L
em que Y/L é a
∂P ∂W ∂Π
=
−
.
P
w
Π
Por diferenciação logarítmica chegamos a
Assim, aumentos do salário w que fazem a curva da oferta deslocar-se para cima
deve-se a que esses aumentos são maiores que o aumento da produtividade.
Perante uma situação de contracção da oferta quem conduz a Política Económica
tem duas situações:
• Aguenta e não faz nada.
• A autoridade não se conforma com o aumento do desemprego e tenta aguentar o
nível de produção – política acomodatícia.
w
=Y
P
Se for no caso de aumento do preço do petróleo o salário real diminui porque
w w
> .
P0 P1
Qual é o problema da política acomodatícia? É a reacção subsequente dos
sindicatos.
É por isso que os governos receiam fazer políticas acomodatícias perante o
choque petrolífero,
Se ela faz isso então o aumento de w não tem impacto porque
É possível trazer a curva da oferta por a posição inicial? É difícil porque as
políticas que a podem trazer de volta (diminuição de impostos, diminuição )
rapidamente se esgotam.
P
Reacção dos sindicatos
S
D
_
Y
O Governo pode mover a oferta para cima (diminuindo subsídios, aumentando
impostos, etc.).
São políticas arriscadas porque os sindicatos tentam reagir.
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S longo prazo
P
S curto prazo 1
YS curto prazo 0
P2
P1
Po
Política acomodatícia
D
Y
Choque (Permanente) em que a produtividade do país cai
Políticas estruturais é o correcto
S
S
fazer m são de longo prazo.
Política acomodatícia – Neste caso é um
erro porque causa estagflação. Aumento
de preços e diminuição do produto
devido a uma má interpretação do padrão
da oferta.
Y1 Yo
Y
Nesta situação o governo não pode mexer na procura. Tem de aplicar as políticas
estruturais que são de longo prazo e visam trazer a oferta para os pontos iniciais:
melhorar RH, flexibilizar os mercados, marketing, etc.
O melhor seria os governos convencer os sindicatos a não reivindicar aumentos
salariais que não excedam o aumento da produtividade.
Se existir forma para tal são chamadas políticas de rendimentos.
As administrativas, como no Estado Novo, não funcionam porque causam
distorções nos preços.
Políticas de rendimentos de base fiscal (política da cenoura)
A cenoura é um benefício fiscal por os sindicatos que reivindicarem salários não
inflacionistas.
Seja o indivíduo i que paga de imposto t i = t − Θ( ∆ w − ∆w i ) em que ∆w i é o
aumento do salário reivindicado e ∆ w o aumento de salário igual ao aumento da
produtividade (norma salarial) e t a taxa geral de imposto.
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Se Θ > 0 então ∆ w > ∆wi → t i < t → é recompensa do

Se Θ = 0 então ∆ w ≤ ∆wi → t i = t → não é recompensa do
Se existir mesmo penalização:
Se Θ < 0 então ∆w < ∆w i → t i > t → é penalizado

Se Θ = 0 então ∆ w ≥ ∆wi → t i = t → não é penalizado
Mas posso ir pelo lado das empresas.
Se as empresas resistirem aos aumentos de salários o Governo dá um prémio (
menos IRC a pagar).
∆t = k ( ∆w − ∆ w) de forma a que a taxa paga é t + ∆t e ∆t é a penalização no
imposto.
Estas políticas quando utilizadas são em complemento com as políticas que
incidem na procura agregada.
Mas na prática estas coisas são feitas na Consertação Social. Esta é um orgão
onde têm assento todas as confederações sindicais e o Governo, onde se faz a
Consertação.
A primeira coisa que o Governo tenta negociar é o aumento de preços para o ano
∆P
seguinte.
= 2% . O Governo não impõe esse aumento porque quer que exista
P
credibilidade e essa credibilidade passa pelo apoio dos sindicatos.
∂P ∂W ∂Π
∂P
∂Π
∂w
Se
=
−
em que
= 2% e
= 1% se
= 3% então temos
P
w
Π
P
Π
w
acordo.
∂P
∂w
Mas para chegar de
para
o Governo tem de dar qualquer coisa a cada
P
w
sindicato (cenouras): salário mínimo, escalões de IRS, pensões, etc.
As confederações pedem incentivos ao investimento, baixa no IRS, etc.
Desequilíbrio nas contas externas
BP=BC+BF, onde BC é a preocupação do Governo.
Bo
O nível da curva depende
da taxa de juro
Y = C (Yd ) + I ( i ) + G + NE (η , Y )
BC = NE (η, Y )
o
António Luís Morna
Yo
Y
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F-E=(C+G+I)-Y em que (C+G+I) é a absorção – aquilo que gasta; se gasta mais
do que produz tem de importar, tem de se endividar no estrangeiro.
S=I+(G+R-T)+E-F óF-E=I-(S+Sg)
Para pagar as importações ou diminuo as divisas ou peço mais empréstimos.
Como aguentar grandes défices na BC?
Agora quem gera o stock de divisas é o BCE.
Conseguimos endividarmo- nos na nossa própria moeda, não existe risco
cambial.
Existe um conflito entre produção e a balança logo às vezes devemos estar numa
situação abaixo do pleno emprego.
Aula 7 – 10 de Outubro
“Contas Externas”
BP = BC + BF
BC = NE (Y ,η ) = E − F = Y − ( C + I + G )
BC=0
LM0
i*
superavit
Déficit
i
Is0
Y*
Y
- Existe uma certa Taxa de cambio que faz com que E=F.
- Numa situação de déficit ou se gasta o ouro e as divisas
ou se pede emprestado.
- Podíamos pensar também num aperto orçamental que
deslocaria a IS para a esquerda, - produção, importações.
- Se o pais comandar a oferta de moeda contrai a oferta de
Moeda.
Se nós pudéssemos controlar a taxa de câmbio nós poderíamos deslocar a BC para a
direita
NOTA:
Câmbios flexíveis:
Depreciar
Apreciar
Câmbios Fixos:
Desvalorizar
Revalorizar
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0 = BC = NE(Y ,η )
∂NE
∂n
∂NE
∂NE
0=
* ∂y +
* ∂n ⇔ ∂y = ∂n
(Quantidade de desvalorização da Moeda)
∂NE
∂Y
∂n
∂y
∂y
BC=0
Lm1
- LM1 Política monetária expansionista.
i
LM0
- IS1 Política orçamental expansionista
i*
Is1
Is0
Y*
Y
↑ G, ↑ Y , ↑ F ⇒↑ E B , ↑ Y B , ↑ F B = E A ( o meu país e os outros)
A
A
A política feita por um pais vai influenciar o outro pais, isso é tanto maior
quanto maior a interdependência entre países, por Exemplo Portugal exporta 80% para a
EU.
NE A = − NE B
A minha política adequada depende dos outros países.
Os Grandes países são beneficiados pelo efeito feedback, o efeito da política
orçamental expansionista é maior.
O produto aumenta mas as suas contas externas pioram, mas o aumento dos
outros suaviza o efeito nas contas externas.
Como isto se reforça caso as políticas sejam feitas de forma concertada.
Imagine-se que a França e a Alemanha avançam com uma política
expansionista.
↑ GA, ↑ Y A, ↑ F A = E F , ↑ Y A, ↑ F A = E F
Se os países combinarem em avançar ao
↑ G F , ↑ Y F ,↑ F F = E A ,↑ Y F , ↑ F F = E A
mesmo tempo o efeito é poderosíssimo. Se os países fazem parte do mesmo bloco eles
tem de coordenar políticas.
- O efeito sob o produto é mais forte
- A taxa de câmbio cai menos.
A Alemanha recusou ser a Locomotiva da Europa.
Porque é que a Alemanha se recusou?
Porque se a Alemanha avançar sozinha piora as suas contas externas.
Porque tinha medo da inflação.
Em 1992 os EUA assumem a função de locomotiva da economia Mundial
↑ y , ↑ F EUA = E y
EUA
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O déficit dos EUA tornou-se gigantesco ↓ BC , Os EUA foi-se financiando com a
entrada de capitais, o déficit dos EUA ronda os 4%, os EUA é o maior devedor mundial,
o dólar não pode aguentar a sua taxa de câmbio porque os EUA não conseguem
absorver mais poupança.
A inflação não subiu nos EUA pois os EUA tiveram sempre grandes ganhos de
produtividade que compensaram a subida de preços.
Neste momento a economia mundial não têm locomotiva.
No Curto prazo o pais está interessado em ter em cofre as divisas necessárias.
BP = NE(Y ,η ) + BF (i − i*) em que i* é a taxa do exterior.
i
BP=0
superavit
I1
BP
I0
Yi=2
Yi=0
Déficit
I2
Yi=1
Y2 Y0
Y
Y1
y
Depreciação
i <i <i
2
0
Apreciação
1
Á medida que i sobe a Balança Financeira sobe, à medida que Y sobe a Balança
Comercial desce.
A inclinação daquela curva é importante.
∂NE
∂NE
∂BF
∂i
∂y
∂y +
∂i = 0 ⇔
=
∂
BF
∂y
∂i
∂y
∂i
Numerador =0
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BF=0
i
y
Numerador = ∞
BF=0
i
Variações na taxa de juro
provocam entradas maciças de
capitais.
y
Modelo Mundell Fleming
Bibliografia: “Dorn Bush, Ficher, Starz, Macroeconomia,7ªed. Cap. 12
Política orçamental expansionista melhorará a BP?
i
BP=0
superavit
LM0
i
Déficit Is
Is0
Y
LM0
Déficit Is
1
1
Y*
BP=0
superavit
Is0
Y*
Y
↑ G, ↑ Y , ↓ BC ,
↑ i , ↑ BF
Melhora a BF, piora a BC, o resultado depende da inclinação relativa de Lm e da
IS.
Inclinação Lm:
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∂L
∂NE
∂y
∂y
>< −
∂L
∂BF
∂i
∂i
−
↑ M , ↓ i, ↑ E , ↑ Y
superavit BP=0 LM0
i
↓ BC
LM1
Déficit
↓ BF
Is1
Is0
Y*
Y
Piora de certeza, a política monetária actua
descendo a taxa de juro, piora a BC e a BF.
Política cambial.
superavit
i
BP=0
↑ η , ↑ Y , ↓ BC → Piora
BP’=0
LM0
↑ E , ↓ F , ↑ BC → Melhora
Is1
Déficit
Is0
Y*
Y
Espera-se que os 2 últimos efeitos dominem o primeiro.
Aula 8 – 15 de Outubro
BP= NE (η , Y ) +BF(i)=0
Suponhamos q um país está num nível de produtos e emprego adequados mas
tem um desequilíbrio nas contas pelo que não consegue aguentar-se por muito tempo.
BP=0
i
LM´
LMm
LM
i*
ISo
Y*
António Luís Morna
IS´
IS
Y
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Como resolver o problema?
•
•
Apertar a Política Orçamental – cria grande desemprego.
Apertar a Política Monetária.
Neste caso temos dois objectivos distintos (manter o produto e o emprego) pelo
que precisamos de dois instrumentos – Regra de Tim Berger.
Posso usar Política Orçamental e Política Monetária ao mesmo tempo e em
sentido inverso (aperto na Política Monetária e facilito na Política Orçamental).
iá => BFá
Gá => Iâ por conta da iá
•
•
E se quiser ter o mesmo nível de Y, I e sanar a BP?
Temos três objectivos e não chego só com dois instrumentos.
Existem duas possibilidades para resolver a situação:
A expansão orçamental é feita por aumento de investimento público;
Subsidiar o investimento privado (crédito fiscal de investimento), que compense
a subida da taxa de juro.
No nosso caso, o Governo não tem margem de manobra para fazer uma política
expansionista pelo que o produto deve cair.
Supor que tenho a balança equilibrada mas não tenho o produto desejado.
BP=0
i
LM´ - Aperto na parte monetária
LM
i*
IS´ - Expansão Orçamental
IS
Y*
BP=BC+BF=0
+M
+i – entrada de capitais no país
Análise das movimentações bancárias
Banco Central
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Bancos Comerciais
DLX
Circulação
Títulos dívida Monetária (C)
pública
Reservas dos
Empréstimos
Bancos
aos bancos
Comerciais
comerciais
Crédito
Depósitos
Interno Total Dívidas ao
Reservas ao Banco Central
Banco Central
Diversos
DLX – Disponibilidades Líquidas sobre o Exterior
?H = ? DLX+ ?TDP , em que H é a base monetária; o resto é muito pouco e
não varia.
O que é ?DLX? Num ano a que é que é igual a variação de divisas que um
banco central tem? É o saldo da BP=BC+BF
Somando os dois “T” temos:
IFM
M=CIT+DLX+DIV
?M=?CIT+?DL X
DLX
CIT
TDP
Empréstimos
Particulares
Circulação
monetária (C)
Depósitos
BP
Se a balança está desequilibrada então o stock de moeda tende a variar. Existe
uma interligação entre o stock de moeda e o saldo da Balança de Pagamentos.
A não ser que eu neutralize os efeitos da Balança de Pagamentos sobre o stock
de moeda.
Neutralização = Esterilização
Exemplo: Temos uma BP deficitária num regime de câmbios fixos. O Banco
Central está a vender mais divisas do que a comprar. Tem de recolher moeda nacional
para comprar moeda estrangeira.
Para que não existam efeitos, o Banco Central faz uma operação de openmarket: compra títulos de dívida pública e injecta moeda estrangeira na economia.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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38
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
BP=0
i
LM´
De 1 para 2 como Lm está fixa
existe esterilização BP<0
LM
2
1
IS´
Não existe esterilização –
estamos a destruir moeda
para equilibrar a BP
IS
Y
Se for com Política Monetária
BP=0
i
LM´
LM
IS
A Política Monetária torna-se ineficaz
porque ao expandir LM a taxa de juro
desce e os capitais fogem para o
exterior pelo que as pessoas compram
divisas estrangeiras (destruir moeda
nacional).
Como não neutraliza os efeitos da BP
no stock de moeda, tem de contrair
LM.
Y
Caso em que existe perfeita mobilidade de capitais (caso da UE)
i
LM´
LM
IS
BP=0
IS´- Política Orçamental expansionista
(aumento dos gasto públicos)
Y
Como existe pressão para que a taxa de juro suba, a Balança Financeira também
sobe, existem capitais que querem entrar, o Banco Central compra moeda estrangeira,
com a entrada de capitais estrangeiros no país aumenta o stock de moeda logo LM
expande-se.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
39
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Câmbios fixos com perfeita mobilidade de capitais a Política Orçamental é
muito eficaz.
Como a taxa de juro não sobe o país não é prejudicado em termos de
investimento privado.
O multiplicador monetário é
1
em que β é a propensão marginal a importar e α a propensão
1 − α (1 − t ) + β
marginal a consumir.
Quando os países estão muito integrados o β é muito elevado, pelo que fogem
muito capitais para o estrangeiro – Expansão da IS.
LM
i
LM´
BP=0
Y
Câmbios fixos com perfeita mobilidade – Política Monetária
eficaz
Não se pode ter simultaneamente:
•
•
•
•
Liberdade comércio
Liberdade de mobilidade de capitais
Política Monetária autónoma
Câmbios Fixos
Quarteto inconsistente
(Willem Duisenberg –
Presidente do BCE)
Quando existe perfeita mobilidade de capitais é impossível neutralizar os efeitos
da Balança de Pagamentos na moeda.
Seja Balança de Pagamentos excedentária (i>i* - entram capitais no país), o
Banco Central tem de comprar moeda nacional para vendê- la aos investidores
estrangeiros.
Para tal vende títulos da dívida pública às pessoas retirando moeda nacional.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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40
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
R
R
em que R é o rendimento do título se i?=
o que
i
Preço do título ↓
estimula ainda mais a entrada de capitais.
Preço TDP=
Câmbios Flexíveis
O Banco Central já não é obrigado a comprar nem a vender moeda. Existe um
mercado para tal.
€
A Balança de Pagamentos
equilibra-se sempre:
pagamentos = recebimentos
$US
O Banco Central controla a sua oferta de moeda – manda na Política Monetária
daí o BCE não aceitar uma ligação ao $US.
LM
i
BP=0
IS
IS´
Entram capitais do exterior que
querem tornar-se em moeda
nacional, existe uma apreciação da
moeda nacional pelo que o país
perde competitividade : diminuem
as exportações; aumentam as
importações pelo que NE?.
A Política Orçamental é ineficaz.
Y
•
•
•
•
∂L
=0
∂i
Efeito riqueza
Curva de oferta vertical
Perfeita mobilidade de capitais em câmbios flexíveis
Situações em
que a Política
Orçamental é
ineficaz
Nesta situação a Política Monetária é que é eficaz.
i
LM
LM´
BP=0
IS
António Luís Morna
Aumenta o produto,
diminui o emprego por
conta do vizinho.
Políticas de “empobrece o
teu vizinha” – Beggar thy
neighbour
IS´
Y
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41
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aula 9 – 17 de Outubro
“ Dois casos de Política económica do mundo real”
Perfeita mobilidade de capitais em termos flexíveis.
Lm0 i BP desequilibra ? aumento da
competitividade.
Lm0
Lm1
3
1
2
BP=0
Is0
Isto é feito à custa dos outros, as suas
exportações ficam + caras as importações
ficam com dificuldades em entrar.
Beggar thy neighbour.
Is1
Isto tem de ser feito de uma forma coordenada.
• Se os países estão em diferentes pontos do ciclo.
Também quero aument ar Lm, as pressões
sobre a procura diminuem.
Quero aumentar Lm para sair do ciclo.
o
•
Se os países são sincronizados no ciclo, como na EU estas políticas criam
grandes tensões entre países.
Intervenção no mercado cambial – Cambio flexível, a taxa de cambio ajusta-se.
Intervenção – Comprar ou vender moeda estrangeira no mercado cambial.
•
Razões para levar o B.C. a intervir.
§ Evitar grande volatilidade do movimento de Capitais.
e ↑ P*
§ Influenciar os fluxos de comercio internacional η =
.
P
§
^
Intervêm porque tem medo da P pois e ↑, P ↑, IPC ↑ .
F
Banco Central
DLX
Títulos dívida
pública
António Luís Morna
- Setas a preto, intervenção não
Circulação Monetária (C) esterilizada.
Reservas dos Bancos
- Setas a vermelho, intervenção
Comerciais
esterilizada
Pedro Gonçalo Antunes
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42
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
∆H = ∆DLX + ∆TDP
“ Como a Alemanha pagou a reunificação”
Marco~: moeda Âncora
Porque há num sistema uma moeda âncora?
- N países, há um que têm margem de manobra ( Liberdade) para fazer a política que
quer ( N-1).
- A Alemanha fazia a política que queria e os outros tinham que fazer as políticas por
forma a manter a taxa. de câmbio.
- Todos os países aguentavam as paridades para “importar” a credibilidade alemã.
-1990 Junho – Reunificação da Alemanha.
- Alemanha ocidental, política fortemente expansionista e recusasse a aumentar os
impostos para financiar essa política expansionista, o orçamento alemão passa a ser
deficitário.
Lm1
Lm1
Lm0
Lm0
i0
i*
BP=0
Is0
Alemanha
•
•
•
•
Is1
y
Política orçamental expansionista.
BC Alemão aperta política
monetária.
Capitais flúem à Alemanha.
Deixou apreciar o Marco alemão,
não manteve a taxa de câmbio.
Is0
França
y
Ø Fuga de capitais.
Ø Sobe as tx.’s de juro.
A política que interessava à Alemanha não interessava nada à França.
Se o pais da moeda âncora faz uma política de aperto monetário e não mexe na
taxa de câmbio o outro pais é que sofre.
Os capitais dos EUA vieram para a Alemanha e o Banco Alemão não pára a
subida da taxa. de câmbio, provocando a subida das taxas de juro em todo o sistema
monetário Europeu.
Se a Alemanha financia-se a reconstrução com impostos!
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
43
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Lm0
Lm0
Is1
Is0
i*
Is0
Alemanha y
Ø
Ø
França
y
Aumento dos gastos.
Aumento dos impostos.
Porque é que a França não deixou desvalorizar o franco francês?
Lm0
Lm0
i1
i2
i*
Is0
Is1
Is1
Is0
Is2
Alemanha y
França
y
Ø A Alemanha perde alguma competitividade.
Ø A França ?
ganha competitividade, a França não faz esta política porque têm
medo da inflação.
Ø Se a França desvaloriza agora o mercado pensa que ela desvaloriza no futuro e, a
partir dai o mercado pede um prémio de risco por todas as desvalorizações.
A melhor solução seria o Marco Alemão revalorizar-se em relação a todas as
Moedas – solução bloqueada pela Holanda.
Lm0
Lm0
i*
Is0 Is Is1
2
Alemanha y
António Luís Morna
Is1
Is0
França
y
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44
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
O Caso da Argentina
1 Peso = 1 Dólar – Por decreto de lei, paridades fixas.
Currency board – Sistema pelo qual só é criada moeda a troco de disponibilidades
sobre o exterior, ou seja só se criam pesos se se tiver dólares.
- De cada vez que BP<0 a base monetária era destruída e depois destruía moeda.
- A Argentina fez privatizações os capitais afluíam à Argentina.
^
∆M ↑, ∆CII ↑, P arg entina ↓ aproxima-se da inflação dos EUA.
Valorização do dólar
Por o dólar ter valorizado o peso também aumentou, como vendia para o Brasil e para a
Europa os seus produtos deixam de ser competitivos.
Só se deve ligar a moeda a quem faz comércio e não a outro.
BC ↓, E ↓, F ↑
Bp = BC + BF
?DLX<0 destrói moeda H ↓, CII ↓ ou..i ↑ na
tentativa de trazer dinheiro para a argentina.
i ↑ a Argentina ainda se afunda mais.
Os prémios de risco pedidos à Argentina eram na ordem de 18%.
A Argentina entra em recessão, produção cai, o desemprego aumenta.
Enquanto funcionou as empresas argentinas endividaram-se no exterior em dólares pois
1 peso era igual a um dólar, mas quando isto rebentou 1 dólar é igual a 4 pesos –
falência das empresas. ( A Argentina suspendeu os pagamentos).
Cabo Verde Ligado ao escudo, no entanto Cabo Verde vende 90% para Portugal.
Um país não pode ligar a moeda à moeda de um país com o qual não tenha
comercio.
e ↑ P*
Desvalorizando a moeda o país ganha competitividade.
P↑
Supomos que os preços internos, P, não sobem.
w
F
P ↑, P ↓
w
- Se os preços das importações sobem e os P então ↓
P
F
- Se à rigidez nos salários nominais P ↑, IPC ↑, w ↑
η ↑=
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45
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
- Um país só não perde competitividade se η =
eP *
=k
P
De 1977 até 1989 Portugal tinha um sistema que desvalorizava todos os meses à
∂e ∂P ∂P *
diferença entre a nossa taxa de inflação e a dos outros.
=
−
e
P
P*
“Crawling Peg” acabou quando a nossa inflação era próxima dos outros.
eP *
= k = 1 significa que o meu dinheiro vale aqui como noutro lado qualquer. Por
P
exemplo um produto nos EUA podia ser trocado por o mesmo produto na EU.
η=
Aula 10 – 22 de Outubro
Paridade das taxas de Juro
Burgernomics
ep *
p
=1 ⇔ e =
p
p*
∂e dp dp *
=
−
e
p
p*
Burgernomics é uma forma para medir a paridade cambial através da utilização
do Big Mac como meio de comparação.
η=
Paridade das Taxas de Juro
Seja 1 a minha riqueza em moeda nacional que aplico:
Cá → 1(1 + r d )
1
Fora → (1 + r*) e´ em que e é a taxa de câmbio no momento da aplicação e e´ a taxa de
e
câmbio daqui a um ano.
∂e
1
∂e
) ⇔ (1 + r*) e(1 + ) ⇔
e
e
e
∂e
∂e
1 + r d = 1 + + r * + r *.
e
e
∂e
∂e
; r d − r* ⇒r d = r * +
e
e
e´= e (1 +
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Diz- me que a desvalorização é igual à diferença entre a taxa de juro Doméstica e
Internacional.
Juntando com a Paridade de Poder de Compra (PPP)
∂e ∂p ∂p *
=
−
= rd − r *
e
p
*
Se o escudo desvaloriza 10% e a taxa de juro francesa é de 3%, os emigrantes só
investem em Portugal se a nossa taxa de juro for superior a 3%,
País com problemas na Balança Comercial e tem dificuldades em pedir
crédito
BC
BC<0
BC = NE(η ,Y )
ep *
η=
p
0
Y(P1)
Y(P0)
Y
P
S
DD
DD1
BC=0
Y Y*
Y
Abaixo do pleno emprego – existe desemprego
Como resolver esta situação?
1) Como não arranja dinheiro só lhe resta fazer um aperto nas políticas o que traz
desemprego 1
2) Política de Expenditure Switching mais política de Expenditure Reducing.
1
As cores referem-se a cada política e servem para uma melhor visualização gráfica.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Alterar a procura de bens estrangeiros por bens nacionais – edesvalorizo a minha
moeda .
Se só fizesse isto a procura agregada aumentaria o que fazia pressão para que os
preços internos subissem.
Então esta política é acompanhada por uma política de aperto orçamental e
monetário: liberto produção nacional para ser comprada por estrangeiros.
Como é que o FMI calcula a receita a aplicar aos países?
∆M = ∆DLX + ∆CIT
Sabemos que a situação do país é Balança de Pagamentos<0
O que o FMI quer é Balança de Pagamentos=0 ou seja Balança
Comercial+Balança Financeira=0.
Se ∆BC=-1 então ∆BF=+1 ou seja o país pede emprestado.
O FMI actua da seguinte forma:
?DLX=0 e depois faz uma estimativa da procura de moeda para o ano seguinte.
?Mas=10 logo ?CIT=+10 (existe um controlo directo do crédito)
se o FMI falha na previsão:
10 (valor estimado) face a 15 (valor real) então o crédito é insuficiente para a
economia funcionar.
Em Portugal existem erros d previsão o que se traduziu em desintermediação
financeira – arranjámos “esquemas” para contornar os bancos (D. Branca).
Mecanismos de transição da Política Monetária
As autoridades não controlam directamente o produto.
Como é que as decisões do Banco Central chegam à procura agregada e à
inflação?
Existem vários canais que levam a essa transição:
1.
Custo do capital
Supor que M aumenta o que desequilibra a carteira das pessoas. Têm dinheiro a
mais pelo que compram activos, logo o preço desses activos sobe e a taxa de juro desce.
R
PActivo =
i
2
Assim os empréstimos tornam-se mais baratos, o custo do capital diminui pelo
que o Investimento aumenta.
2
Custo e financiar máquinas, fábricas, casas, etc.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
2.
M aumenta, os bancos ficam com excesso de reservas, ficam
com maior disponibilidade para fazer empréstimos, aumenta o acesso ao
crédito pelo que o Investimento também sobe.
3.
Se a taxa de juro desce então a riqueza sobe, aumentando o
consumo.
4.
Em câmbios fixos a Política Monetária não tem efeito.
Falamos só de câmbios flexíveis.
i?
e?
NE? Y?
Mas a decisões do Banco Central dependem muito da sua credibilidade – grau em
que os agentes económicos e os mercados acreditam que as políticas anunciadas são
postas em prática.
O objectivo do Banco Central é controlar a inflação. Se ele for credível então a sua
decisão influenciará as negociações salariais.
Efeitos não Keynesianos na Política Orçamental
Resultam das expectativas que as Políticas Orçamentais podem gerar.
Se G?
t?
Y? --- este é o raciocínio clássico
Supor que isso aconteceu mas já existe uma sensação de crise:
B
= 60
Y
Def 2001 = 4,1%
Os raciocínios dos keynesianos dizem que as pessoas têm expectativas negativas.
As pessoas tentam poupar mais e consumir menos. Os mercados perdem confiança e
passam a exigir um prémio de risco maior que leva à subida da taxa de juro e à
contenção do Investimento.
Aquilo que se esperava de uma subida do produto pode traduzir-se no contrário ou
pelo menos ficar na mesma.
Portugal:
Se G?
t?
B
= 60
Y
Def 2001 = 4,1%
contrário?
Y?
Será que existem efeitos não keynesianos que traduzem o
Expectativas favoráveis levam À subida do consumo e diminuição da poupança.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aumenta a confiança do mercado, cai o prémio de risco e, consequentemente a
taxa de juro aumentando o investimento.
Isto ocorreu na Irlanda e na Dinamarca no fim dos anos 80.
Em Portugal isto não funcionava porque mesmo que não quiséssemos aumentar o
consumo, as famílias já não podem recorrer ao crédito porque estão muito endividadas.
Os efeitos não keynesianos aparecem se houver uma redução dos gastos públicos
sem aumento dos impostos.
Aula 11 – 24 de Outubro
“Introdução da incerteza na analise”
Quando se faz previsão temos de levar em conta diversos factores:
1. Incerteza quanto às variáveis exógenas não controladas pelas autoridades, por
exemplo I.
2. ∂M → ∂y ? Qual o multiplicador que se aplica aqui? Incerteza quanto ao
multiplicador (K).
y = K × (G + ( I ?) + A
1.
Y
G = − ( I ?) − A
K
G – variável instrumental
Quero que y=y*
G0 <G1
O I é I0 ou I1
I0 >I1
100 100
76
Y* Y*
Desemprego
88
Inflação
100
Y*
Problema de escolha, não consigo escolher como é
que a sociedade valoriza cada um dos resultados
A sociedade considera que o Desemprego é pior
que a inflação
Max Min
Quais os piores resultados de cada política.
Escolho a política que dentro os piores é a melhor, logo escolheria G1.
Max Max
Política que escolhe o máximo entre os melhores, G0 , G1 .
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Critérios para decidir:
I0
p
I1
(1-p)
Calcular a utilidade esperada.
Valor esperado E (U G 0 ), E (U G1 )
Não existirá outro valor de G que fique entre G0 e G1 ?
Qual é o G óptimo?
- Todos os valores inferiores a G0 são piores que G0.
- Todos os valores superiores a G1 são piores que G1.
Max Max
Desemprego
100
Inflação
UI1 (G)
UI0 (G)
Piores
G0
Max
Min
G1 Piores
No caso de Max Min embora haja incerteza o resultado é certo.
No caso de Max Max ou escolho G0 ou escolho G1.
Critério do valor esperado
E (U ) = p × U I0 (G ) + (1 − p ) × U I1 (G )
Y*
− E (I ) − A
K
E ( I ) = p × I 0 + (1 − p ) × I 1
G=
Mau
Aplicasse a regra do equivalente certo.
Função Utilidade Simétrica e Quadrática
Bom
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
DU – Desutilidade
DU = (Y − Y *) 2
E ( DU ) = E[ K (G + I + A) − Y *] =
= K 2 E( I 2 ) + 2K 2 (G + A) E ( I ) − 2KY * E ( I ) − 2KY * E ( I ) +
+ Y *2 −2 KY * (G + A) + K 2 ( G + A) 2
Min DU
∂DU
= 0 ⇔ 2 K 2 E ( I ) − 2KY * +2 K 2 (G + A) = 0
∂G
Y*
G=
− E (I ) − A
K
2.
Se a minha incerteza estivesse no multiplicador k.
K∂G = ∂Y
E ( DU ) = E[ K (G + I + A) − Y *]2
E ( DU ) = Y *2 +( I + G + A) 2 E ( K 2 ) − 2Y * ( I + G + A) E ( K )
∂DU
= 0 ⇔ 2( I + G + A) E( K 2 ) − 2Y * E( K ) = 0
∂K
Y * E (K )
G=
−I − A
2
E (K )
= E ( K 2 ) = σ K2 + [ E( K )] 2
Propriedade
Y * E (K )
Y * [ E ( K )] 2
G=
−I −A=
−I− A
E (K 2 )
E ( K0 )(σ K2 + [ E( K )] 2 )
O valor óptimo é menor que o equivalente certo, <1 , Quanto maior a variância do
multiplicador mais cautelosa deve ser a política.
Demonstrar:
Y=K1 G+K2 (I+A) ainda se aplica a regra do equivalente certo se for a multiplicar
pelas variáveis exógenas.
Y K (I + A)
= G= − 2
K1 E(K2)
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
“Exemplo da Política Monetária”
Y=ßM
M=
Y*
E (β )
1
DU = ( y − y*)2
2
1
1
1
2
E ( DU ) = [ βM − y*]2 = M 2 E (β 2 ) + Y * − MY * E ( β )
2
2
2
2
Y * E(β )
Y*
E[ β ]2
M =
=
×
E (β 2 )
E (β ) σ β2 + [ E ( β )]2
Tenho de ser tanto + cauteloso quanto o meu ß.
Se existir incerteza no KG ou no Kt a melhor política é variar um bocadinho de
cada variável. “Não por todos os ovos no mesmo cesto”
C (Yt ) = C + cYd este C barra varia consoante T.
Yd = Y − T + R → Keynesiano
“Teoria do ciclo vital”
O consumo pode não ligar-se ao consumo do período mas sim do rendimento ao
longo da vida.
O Consumo depende do rendimento médio ao longo dos anos.
- Linearização do consumo.
ty ⇒ ∆ temporária do rendimento disponível.
As variações dos impostos anti-ciclicas assim não tem efeitos, quanto mais as
pessoas acreditem que o governo tem êxito a combater a depressão pela redução de
impostos, mais as pessoas esperam que amanhã os impostos voltem a posição original,
tal leva as pessoas a não alterar o seu consumo, que leva a que a depressão persista.
Se estiver restringido por
liquidez, a política fiscal têm
efeitos
C1
Endivida-se, a política
fiscal não têm efeitos
W1
W0
C0
11 de Setembro, anúncio de redução de T, esta redução foi anuncia da como
temporária, ou seja daqui a uns anos voltar-se-ia a aumentar T.
António Luís Morna
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
-1 C
ti
ti
0 C
1 C
ti
2
Num caso de recessão, os consumidores sabendo que vai haver recessão deixam
de consumir já hoje (-1), amanha (0) quando à recessão o governo baixa os impostos
mas anuncia explicitamente que amanha (1) os vai subir, os consumidores antecipam o
consumo para o período 0-1.
Isto pode acontecer com o Crédito Fiscal de investimento, as empresas podem
adiar ou antecipar os seus investimentos consoante os impostos ou incentivos que prevê
existir no futuro.
Aula 12 – 07 de Novembro
“Problemas na condução de uma política económica activa”
Incerteza:
• O consumo não depende do rendimento disponível.
• Atraso com que as medidas se tornam efectivas.
Quanto ao atraso com que as medidas se tornam efectivas.
1. Atraso de reconhecimento: leva tempo a reconhecer a necessidade de
medidas. Depende da qualidade das estatísticas, por isso se faz inquéritos de
conjuntura para encontrar os leading indicators.
2. Atraso administrativo : Tempo que leva a tomar a medida, costuma ser muito
longo na política orçamental, nos EUA chega a levar 12 meses. A Política
monetária é imediata, não há atraso administrativo, uma tarde é o tempo
necessário.
3. Atraso de acção: Tempo que leva a medida a ser posta em prática depois de
aprovada. É por isso que é conveniente ter uma série de projectos
preparados para se for necessário por em vigor.
4. Atraso externo : tempo que leva a medida a causar efeito. Em política
orçamental tende a ser curto, mas em política monetária tende a ser longo.
Preços
PIB
1º ano 2º ano 1º ano 2º ano
?i
-0,10% -0,20% -0,20% -0,60%
Depreciação 0,60% 1,20% 0,40%
1%
Há autores que dizem que o melhor é não fazer política activa.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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54
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
1. Altura em que deve actuar.
2. Altura em que reconhece o
problema.
3. Altura em que actua.
PIB
1
2
3
Tempo
Problemas de Natureza institucional
- As medidas anti-cíclicas são por natureza temporárias.
Na crise ↓ T , G ↑
Depois da crise ↑ T , G ↓
Divida
Depois da crise isto não é feito,
↑ , logo o ideal é não fazer política orçamental.
Y
O que deve fazer o Governo numa recessão?
G, Bens públicos, os cidadãos devem dispor deles independentemente do ciclo
económico, logo a estabilização deve ser feita pelos impostos T ou pelas transferências
R.
1.
2.
Argumentos para se fazer a estabilização também com G.
O nível de G no país pode não estar no óptimo.
As despesas públicas são susceptíveis de orientação Regional e os impostos não.
As despesas são susceptíveis de orientação sectorial. Só no 1º impacto é que
estas despesas surtem efeito pois aumenta inicialmente a procura naquela
região/sector mas posteriormente a procura pode se deslocar para outra
região/sector.
Se estamos em recessão e se eu diminuo T, o 1º a beneficiar é aquele que têm
rendimento suficientemente alto para pagar impostos, no 2º momento é que
aumenta Yd logo C também aumenta. Se o estado fizer despesas em obras
publicas emprega os desempregados ( quem beneficia directamente).
Se eu gasto + 1% de G eu sei que Yd aumenta 1% de certeza.
3.
4.
Quem faz política económica têm que pensar também na equidade.
Se p dispara então eu posso aumentar os impostos aos rendimentos, baixo o
consumo e cai a p.
Um outro objectivo é o Crescimento Económico.
IG cortar o investimento publico.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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55
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Eficiência
Subsidiar os transportes públicos faria diminuir a eficiência mas os transportes
teriam excesso de carga.
Esses objectivos entram em conflito.
Dificuldades de coordenação
Nem sempre a autoridade monetária está coordenada com o Governo.
E se não houver coordenação?
Se não houver coordenação a autoridade monetária deve ficar encarregue do
equilíbrio externo e a autoridade governamental deve ficar encarregue cargo do
equilíbrio Interno.
Dificuldades:
1. Incerteza.
2. Forma da função consumo.
3. Atrasos.
4. Problema institucional, não simetria no ciclo.
5. Dificuldades de coordenação.
“Estabilização Automática” - Robert Solow
Variações exógenas – decisões das autoridades.
Variações automáticas – sem ser tomada qualquer decisão.
T = T + tY
∂T = t∂y
Variação automática na
receita fiscal
∂y (1 − t ) = ∂y d
∂C = c∂Yd = c(1 + t )Yd
Variação automática nos impostos que faz com que o rendimento disponível caia
menos o que atenua as flutuações na economia.
Para isso é necessário que a receita fiscal tenha uma elasticidade positiva.
∂T Y
× >0
∂y T
IRS, as suas taxas são progressivas, quando à crise as pessoas pagam menos
impostos porque tem um Y mais baixo e porque passam para um escalão inferior.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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56
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
∂T
taxa marginal de imposto.
∂y
T
taxa de imposto média.
Y
∂T
∂Y > 0
T
Y
∂T T
> Quando eu vario 1% no produto a receita fiscal varia + de
∂Y Y
1%
O Imposto terá uma estabilização automática tanto maior quanto maior esta
elasticidade – Imposto progressivo.
No lado das Despesas – subsídios de desemprego, aumentam com a queda do
produto.
Do que depende a estabilização automática.
• Dimensão do sector público do país.
• Progressividade do imposto.
• Sensibilidade da base fiscal à variação do produto.
No lado das Despesas
• Depende do grau de cobertura do subsidio de desemprego no país.
• Depende da generosidade do sistema.
• Depende da sensibilidade do emprego à variação do produto.
∂y − ∂' y
∂y
∂ ' y estabilizador automático, se =0 vem ?=0
λ=
Na OCDE esta elasticidade é positiva nos impostos e negativa nas despesas.
Ø 1ª atitude a tomar é deixar funcionar os estabilizadores automáticos.
∂T = t∂y → déficit ↑
Ø Política anti-ciclica G ↑, t ↓= déficit por queda da receita fiscal e por uma
acção discricionária.
Ø G ↓, t ↑= déficit Política Pró-ciclica.
Os estabilizadores automáticos têm limitações
ü Só quando a economia começa a cair é que os impostos começam a cair, só
começa a funcionar quando a economia está fora do sitio certo. Atenua a
queda mas não evita a queda.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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57
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
ü Dificulta a marcha no caminho do sitio certo, do ponto desejado.
1
1
∂y =
− ∂G >
∂G
1− c
1 − c (t )
ü Não dispensa a política activa.
Aula 13 – 12 de Novembro
Regras nas diferentes políticas
Ler paper N.Gregory Mankiw - Macroeconomics
Estabilizadores fixos
A política é aplicada através de regras pré fixadas.
Aplicação na Política Orçamental
SE = T − G − R = 0 saldo efectivo
T ↓, G ↓ comportamento pró-ciclico
GI ↑, T ↑⇒ obriga as gerações presentes a financiar com impostos as despesas em
investimento.
Carga Excedente ⇒ CE =
1
E 2QP é melhor suavizar as variações das taxas de
∑
2 D
imposto.
Aceita-se que em depressão o orçamento esteja em déficit e em expansão esteja
em superavit.
SP= Saldo potencial
SP = Tp − G − R = 0
∂G = ∂ tYt é uma outra regra
Regras fixas em política monetária
∂M
= x % ⇒ regra de Friedman, com esta regra só se consegue estabilizar se a
M
velocidade de circulação da moeda for constante.
^
^
^
^
^
M + V = P+ Y em que M =
∂M
M
Uma outra regra + flexível.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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58
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
∂M
= X % + (U − 5%) em que U é a taxa de desemprego, a política monetária
M
difere consoante o ciclo.
Uma outra regra é a de uma meta para a inflação
p
M
M
Uma outra mistura o Crescimento Nominal com o Real.
A política monetária reage consoante o GAP do produto
PIB
t
Regra de Taylor (seguida pelo FED)
i = r + π + φ (π − π *) + φ 2 (
Y −Y *
) em que p* é a inflação desejada e Y* o produto
Y*
potencial.
Credibilidade da política monetária:
O BC Têm de ser independente
p
Independência
Regras fixas ou flexíveis?
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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59
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Inconsistência inter temporal da política activa.
Comportamentos óptimos hoje amanhã são errados. Pode justificar políticas préfixas.
Os políticos anunciam hoje certas medidas e esperam a reacção dos agentes
consoante as políticas anunciadas e depois falham a promessa. Pode trazer
consequências negativas no futuro
Saldo Orçamental: o porquê do saldo ser importante?
Pensamos no Orçamento Consolidado: Governo Central+Autarquias
Locais+Segurança Social+Governos Regionais
Indicador de natureza da política, expansionista ou contraccionista.
Caixa – altura em que ele paga
Exercício – altura em que se torna devedor
Para saber o efeito do orçamento é usado o orçamento do exercício (usado pelas
contas nacionais).
Existem vários conceitos de Saldo:
SE = T + tY − G − R
∂SE = ∂T + t∂Y + Y∂t − ∂G − ∂R
SP=Tp -G-R este é o Saldo Potencial, ajustado ou estruturado
Tp = T + tYp
∂SP = ∂T + t∂Yp + ∂G = ∂R calculo o déficit para um valor fixo do produto.
Yp é fixo. Não existe o problema de incorporar o produto.
RF
Y0
Y1
SE
D.Total
Saldo do
ciclo=SE-SP
Saldo
do ciclo
António Luís Morna
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60
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aula 14 – 14 de Novembro
Saldo Orçamental
Tt −  GCt +Juros Dívida Pública 
SE (Saldo Orçamental Efectivo)= Juros Dívida Pública=iD t
SEt = (Tt − GCt ) + iDt
(Tt − GCt ) é o Saldo Primário (SP)
SPt = SEt − iDt
1) T = T + T (Y )
2) G = G + G (Y )
em que G(Y) são despesas sociais
Existe uma parte dos gastos que responde automaticamente a ?Yd.
Se Y? então U? e o subdesemprego também pelo que G?
É com 1) e 2) que encontramos os estabilizadores automáticos.
Quando olhamos para o orçamento encontramos de duas ordens de factores:
• Existe recessão económica: temos uma diminuição nas receitas fiscais
(automaticamente);
• Aumentam os gastos públicos (discricionário: por vontade do Estado).
?SE:
PO discricionária Estabilizadores automáticos
Política
expansionista:
G ↑ , SE ↓
Y ↓, T (Y ) ↓,G (Y ) ↑, SE ↓
Só olhar para a ?SE não é suficiente para inferir sobre a prática seguida. Há que
decompor o saldo.
SE = (T − G ) + (t − g )Y t − g > 0
SE1
SE0
SE1: Mesmos impostos e
gastos públicos menores.
Sabemos que G? pelo que Y?
G? logo SE?
SEB=SE1
SE0
YA YO YB
T −G
0
0
António
Luís Morna
Y
Pedro Gonçalo Antunes
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61
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
A azul: G=Go e expansão da actividade económica pelo que Y? e SE?.
Decomposição do SE em três componentes
•
•
•
Componente estrutural – Estrutura dos impostos, benefícios.
Componente cíclica – Economia em expansão ou recessão. É aqui que vemos os
estabilizadores automáticos.
Componente errática ou irregular.
SE=SC (Componente Cíclica) + Saldo Estrutural (Componente Estrutural)
SE-SC=Saldo corrigido dos efeitos cíclicos.
Primeiro temos de perceber em que fase do ciclo estamos:
y
T(y)
T(y)
?T
T(y*)
t*
y*
y
T = T ( y)
dT
dT
∆T =
∆Y ⇒ T ( y ) − T ( y*) =
( y − y*)
dY
dY
dT
T (Y ) = T ( y*) +
( y − y*)
dY
Olhando para o lado das despesas:
G(y)-G(y*)=dG/dy (yy*)
Y diminui, desemprego
e subemprego
aumentam, aumentam
os gastos públicos
G(y*)
G(y)
G(y)
y*
y
1
∆U
h
∆U = h∆y
∆y =
?G=c?U=ch?y em que com é igual ao custo marginal do desemprego: é o que o
Estado dá a cada desempregado (é uma valor constante).
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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62
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
G ( y ) G( y*)
y − y*
G( y ) G( y*)
=
+ ch
⇔
=
+ chGAP
y
y
y
y
y
SE T ( y) G ( y ) T ( y*) G( y*)   T

=
+
=
−
+ ε GAP − chGAP

y
y
y
y   y
 y

Voltando aos estabilizadores automáticos (Ler também Relatório do Banco de
Portugal, 1995):
Vamos supor que temos duas economias mas só uma tem estabilizadores
automáticos
T =T
T=T + tY
Yd = Y − T
∆Y1 ⇒ ∆Yd = ∆Y
∆Y2 ⇒ ∆Yd = (1− t)∆ Y
Yd=Y-T=(1-t)Y-T
Com estabilizadores automáticos o Yd tem flutuações mais atenuadas.
O facto de existirem estabilizadores automáticos tem outro efeito: aumenta a
volatilidade e sensibilidade do Saldo Efectivo.
T =T
T=T+tY
G=G
G=G+gY
SE=T-G
SE=T-G+(t-g)Y
∆SE=0
∆SE=(t-g)∆Y ⇔
∆SE
=t−g
∆Y
Consideremos uma recessão (Y diminui)
Logo o SE também desce.
O Governo aplica políticas discricionárias, os seus efeitos são:
1.
SE aumenta; G diminui (medidas pró-ciclicas) – Reduzir os
efeitos dos estabilizadores automáticos;
2.
SE diminui; G aumenta (medidas contra-cíclicas) – Ampliar os
efeitos dos estabilizadores automáticos.
Estamos numa situação de recessão, se as autoridades quisessem atenuar os efeitos
dos estabilizadores automáticos então tomam medidas pró-cíclicas o que agrava a
recessão.
As economias têm de ter uma margem de segurança.
SE1 SE0 ∆SE ∆Y
=
+
X
Y
Y
∆Y Y
António Luís Morna
(do texto pág 34)
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Pegando no caso da Bélgica:
SE
 SE

0,2 =  0 + 0,56*2,5  ⇔ 0 = −0.808
Y
 Y

Com a revisão da Taxa de crescimento:
SE´1
= −0.808 + 0.56 − 1.8 = −0.2
Y
D = Dc + Juros
D − Ciclo = ( Dc − Ciclo) + Juros
SE = T − (Gc + Juros)
SE − Ciclo = (T − Tciclo ) − (Gc − Gciclo + Juros )
SE − Ciclo = (T − Tciclo ) − (G − Gciclo) − Juros
SE − Ciclo = 40.9 − 38.4 − 6.5 = 3.8
40,9-38,5=2,5 é o Saldo Primário do Ciclo
Aula 15 – 19 de Novembro
Divida pública
SE = T − G − R
T = T + tY
∂SP = ∂T + ∂tYP − ∂G − ∂R > 0 se positivo a política é contraccionista, se <0
política expansionista.
SP é o saldo potencial melhor indicador de política económica.
S = I + (G + R − T ) + ( E − F )
G + R − T = −SP
( I − S ) + ( E − F ) = SP
( I − S ) + ( E − F ) > SP tenho uma indicação que a política têm de ser de subir SP,
política contraccionista.
( I − S ) + ( E − F ) < SP política expansionista Diminuir SP
I = S + ( F − E ) + SP
Se YP crescer no tempo automaticamente SP cresce no tempo.
Logo para manter a economia na posição adequada era preciso que o investimento
privado crescesse, e uma poupança a crescer menos que o crescimento do investimento.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Fiscal Drag – Travão fiscal – o investimento não consegue crescer mais que a
poupança.
Se SP cresce no tempo eu posso manter a economia no sitio ideal distribuindo
dividendos às empresas.
Saldo Primário
SPRp =Tp -G-R
SPR – Saldo primário estrutural, não inclui as despesas com os juros (- iD) uma
vez que esta despesa tem que ver com governos passados, não define a política deste
governo. Tira os juros e tira as receitas e despesas que se devem ao ciclo económico,
tira os juros e o ciclo.
Se R sobe então o governo está no caminho certo.
Saldo Operacional (SO)
i = r + π A divida hoje vai diminuindo de valor com a p.
SO = T − G − rD − R
rD – só a componente real dos juros.
Pode dar-se coeficientes de ponderação diferentes a cada uma das rubricas.
Propensão Marginal a Poupar
Saldos Ponderados
SQ = α T − βG − λR atribuo a cada rubrica um coeficiente de ponderação. Este
coeficiente reflecte o impacto inicial na procura agregada.
Sado estandardizado
SQ’
Nível de pleno
emprego aumentou
SQ
SQ’p
SQp
0
SQ
Alteração da política
Aumento do saldo de pleno
emprego
Y0
Yp
SQ’
António Luís Morna
Déficit aumenta
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
•
•
•
1ª Hipótese
• IRS baixa para Y baixo
• em déficit
• SQ diminui
• IRS aumenta para Y altos
• Em pleno emprego
• SQ aumenta
2ª Hipótese
• IRS baixa
• Longe do pleno emprego a descida do IRS conta +.
• IRC aumenta
• Numa situação de boom o aumento do IRC vence a diminuição do IRS.
3ª Hipótese
• Aumento do subsidio de desemprego.
Os saldos ciclicamente ajustados podem dar indicações erradas.
Y = YP torno o saldo imune às variações do ciclo económico.
Y = Y0 fixo o produto ao nível em que eu me encontro.
Saldo Estandardizado
SQs = α1T + α 2tY0 − α 3G − α 4 R
tY0 Receita de impostos ao nível do produto em que estou.
Dívida Pública
•
•
•
O problema da divida não está no pagamento da dívida mas no pagamento dos
juros.
A divida pública Portuguesa é 60% da produção portuguesa.
A divida é um stock, acumulação dos deficits do passado (déficit é um fluxo)
iD
já chegou a ser 7% do PIB, hoje (2002) é 3.1%, parte dos impostos vai para
PIB
pagar a divida.
Mais Déficit leva a uma dívida maior, mais dívida leva a mais Juros, mais Juros
levam a uma maior dívida e assim por diante.
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Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Qual a taxa de imposto necessária para satisfazer os juros da divida?
iD
iD
Juros
=
= Y
Y + iD Base ° Fiscal 1 + iD
Y
D
Se
= 100% ⇒ e i=5% t=5% só para a divida pública.
Y
D
Se
= 40% ⇒ e i=5% t=2%
Y
D
∂( )
y
→ dinâmica da divida, como este rácio evolui no tempo, se não parar de
∂t
crescer o pais entra em Banca Rota.
D
∂( ) ∂D 1 ∂Y 1 D
Y =
× −
× ×
∂t
∂t Y ∂t Y Y
∂Y
= ∆Y
∂t
∂Y 1
× taxa. de crescimento da economia = n
∂t Y
DEF
D
−n
tem de deixar de crescer.
Y
Y
D
A variação de
sobe com o DEF e diminui com n.
Y
=
DEF
D
D DEF 1
−n = 0 ⇒ =
×
Y
Y
Y
Y
n
se n=3%+2%= 5% ( taxa. real + inflação)
DEF
D
= 3% → = 60% critério de Maastricht
Y
Y
DEF = G + iD − T = DPR + iD
DPR – déficit primário
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
D
∂( ) DPR iD
^
D DPR D
DPR D
Y =
+
−n =
+ (1 + n ) =
+ (r − y )
∂t
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
i = r +π
r é a taxa real da divida pública
^
se r ≥ y então
^
D
DPR
( r − y ) é positivo, então
tem de ser negativo, superavit
Y
y
primário.
D
= 59.5% para não crescer têm de ter um superavit primário .
y
^
DPR D
+ (r − y ) = 0
Y
Y
D DPR
1
=
× ^
0 em convergência
Y
Y
( y− r )
D G −T
1
=
× ^
Y
Y
( y− r)
G
=g
Y
D (g − t )
=
T
Y  ^ 
=t
 y − r
y


Em que g é a proporção das despesas em relação ao produto.
Aula 16 – 21 de Novembro
Administração da Dívida Pública
O problema da dívida está no seu refinanciamento – novos empréstimos para
pagar os existentes.
O Estado tem de ver como é que compõe a sua dívida em termos de prazo.
Consolidados – Títulos de Dívida Pública que não são reembolsados.
Como escolher a estrutura de prazos?
Supor que o Estado quer minimizar os custos:
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
As taxas de juro comportam-se consoante as expectativas. Vamos admitir que são
constantes.
i
Expectativas Positivas quanto à evolução da
taxa de juro. Os credores aplicam a qiqueza
no futuro e os devedores pedem emprestado
hoje.
1 2
Expectativas de descida. Oferta de
aplicações de longo prazo,
10 anos endividamento a curo prazo.
5
Mas como i=r+? então a curva de rendimentos é influenciada pelas expectativas
de inflação.
A curva de rendimento desloca-se por conta das medidas políticas.
EUA
Guerra no
Iraque
t
Se as expectativas são de que a taxa de juro subirá no futuro então o Tesouro
endivida-se hoje a longo prazo a taxas mais baixas.
Mas o Tesouro pode ter como objectivo a liquidez da economia, acabar com as
pressões inflacionistas, etc.
Se a inflação é alta, o Estado quer sacar liquidez pelo que emite dívida de longo
prazo.
Aumenta a taxa de juro de longo prazo, diminuem os impostos hoje, retém as
poupanças das famílias.
União Monetária Europeia
Zona Euro – 12 Países
1/1/99
• 1 Moeda Única – Euro;
• 1 Banco Central Único – BCE que conduz 1 política monetária e cambial única
para todos os Estados Membros;
• Liberdade total de circulação de capitais;
• Restrição à Política Orçamental;
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69
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
•
Coordenação das políticas não monetárias.
Foi a maior mudança que ocorreu no Sistema Monetária Internacional.
Isto veio sobrepor-se ao Mercado Único (1/1/93).
• Foram eliminadas fronteiras físicas e fiscais.
• Liberdade de circulação de bens e pessoas.
Porque é que os países aceitam perder esta soberania?
Benefícios
•
•
•
•
•
•
•
Eliminação dos custos de conversão das moedas. Estes custos ascendiam a 0.5
de PIB Europeu.
• Ganha mais o país que tem as transacções concentradas com a Zona
Euro. (80% das Exportações e 75% das Importações portuguesas são
feitas na UM).
• Ganha mais o país cuja sua moeda não é aceita como moeda
internacional.
• Ganha mais o país cuja moeda é instável.
• Ganha mais o país que tem os custos de conversão muito altas.
Eliminação da incerteza cambial – deixa de existir o prémio de risco. Assim a taxa
de juro deixa de reflectir essa incerteza cambial pelo que a taxa de longo prazo
tende a descer.
Reforço da estabilidade financeira – só um Banco Central. Ganha mais o país que
tinha uma situação mais instável porque a taxa de juro desce.
Poupança de divisas – só precisamos de algumas moedas internacionais para
efectuar comércio fora da zona Euro.
Integração de mercados financeiros: aumenta a concorrência pelo que a taxa de
juro desce. As empresas têm agora um acesso muito mais alargado ao mercado
financeiro.
Transparência dos preços – é mais fácil comparar os preços entre os países. Os
bens transaccionáveis tendem a aproximar os preços (excluindo a carga fiscal).
Maior eficiência, aumento do comércio intracomunitários, aumento da
competitividade de Zona Euro face aos EUA/Japão.
Custos Potenciais
•
•
Perda de instrumentos por parte de cada Estado-Membro para estabilizar a
situação macroeconómica.
Custo da mudança de moeda.
Política Macroeconómica
Passam a existir dois níveis de política macroeconómica: Nacional e Europeia
(Global).
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70
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
A interdependência das economias é agora maior. Há que pensar no conjunto, pelo
que é necessário pensar numa política para o conjunto (monetária e cambial).
Certos objectivos de grande dimensão na política macroeconómica dos países
membros desaparecem ou perdem relevância porque passam a ser objectivos europeus.
Desaparece o objectivo de estabilidade cambial.
Existe uma alteração na restrição da BTC.
No passado, se BC = E-F<0, o país paga divisas em stock ou com empréstimos
externos que podem não ser concedidos.
Hoje o BCE faz uma Balança Comercial de todos os países e cada país faz a sua
balança regional.
Como o Euro é aceite internacionalmente não existe problema de divisas porque o
BCE é que faz a gestão das divisas.
(Com+G+I)-Y=F-E óI-(Sp+Sg)=F-E. Esta diferença é agora financiada na nossa
própria moeda.
É possível no curto prazo mas tem limites. Se Portugal abusa, o BCE impõe um
racionamento de divisas ou spreads mais elevados.
Perda dos instrumentos de política monetária e cambial. Sobressai uma nova
política do lado da oferta: as políticas estruturais.
Para entrar na UME, para além das políticas de convergência, os países tiveram de
obedecer a requisitos institucionais:
• Fim do financiamento monetário do déficit (alteração dos estatutos do Banco
Central nesse sentido).
• Fim das condições privilegiadas de rédito ao SPA.
• “No Bail Out” – nenhum país é responsável pela dívida de outro. Pretende-se
passar a seguinte mensagem: quando emprestarem a um país analisem
cuidadosamente a situação desse país e as condições de solvência face às novas
situações.
Ficaram de fora 4 países:
Inglaterra e Dinamarca – não quiseram entrar.
Suécia– não alterou os estatutos do Banco Central nem integrou a Coroa Sueca no
Sistema Monetário Europeu.
Grécia – Não cumpriu os critérios de convergência.
Aula 17 – 26 de Novembro
Política Monetária na Zona Euro (continuação)
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71
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Para a conduzir foi criada uma estrutura federal composta pelo BCE e os Bancos
Centrais nacionais.
Esta entidade chama-se Sistema Europeus de Bancos Centrais.
Também estão incluídos os países que não fazem parte da Zona Euro, mas não
precisam de entrar com capital.
Euro Sistema: BCE + os 12 Bancos Centrais da Zona Euro.
Atributos:
• Definir e executar a Política Monetária;
• Executar a Política Cambial (é decidida pelo Parlamento Europeu);
• Detém as reservas cambiais;
• Assegura o bom funcionamento do sistema de pagamentos.
O objectivo principal é a estabilidade de preços.
O SEBC tem dois orgãos;
Conselho (18) =Comissão Executiva (6) + Governadores dos Bancos Centrais
nacionais (12)
O Conselho é quem define e decide.
Comissão Executiva = Presidente BCE + Vice Presidente + quatro nomeados por
oito anos.
A Comissão Executiva é quem executa.
Estas entidades gozam de vários tipos de independência:
• Institucional – não podem receber instruções dos Governos e instituições
comunitárias;
• Pessoal – são nomeados por oito anos são renovação e os Governadores dos
Bancos Centrais não podem ser demitidos e o seu mandato é no mínimo de 5
anos.
• Funcional – O Tratado quer a estabilidade de preços mas não diz como, pelo que
são eles que definem a estabilidade de preços, como alcançá- la e com que
instrumentos. Nos estatutos do SEBC é necessária a unanimidade de todos os
países incluindo aqueles que não fazem parte da Zona Euro.
Existe quem diga que é independência a mais, mas esse pensamento foi mitigado
um pouco com a obrigatoriedade do presidente do BCE a apresentar um relatório anual
de Política Monetária ao Parlamento Europeu e ao ECOFIN.
Existe um terceiro orgão transitório: Conselho Geral mas não tem competências
em termos de Política Monetária.
Presidente BCE + Vice Presidente + 15 Governadores dos Bancos Centrais.
O presidente do ECOFIN tem assento no Conselho mas não tem direito de voto.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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72
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Mas os BCE não manda nos preços pelo que tem de arranjar uma estratégia para
os controlar.
Considera-se que a inflação é um fenómeno monetário e a estabilidade de preços é
fundamental para o crescimento sustentado.
Então porque é que a Inflação não é igual a zero?
Porque introduz uma grande rigidez na taxa de juro real e nos salários reais.
Não permite taxas de juros reais negativas, só se os bancos fizessem as taxas
nominais iguais a -2%. O mesmo sucede para os salários reais. Os sindicatos não
aceitam reduções nos salários.
O IPC normalmente sobreavalia a inflação devido à variação na qualidade dos
produtos e o cabaz de produtos pode alterar-se. Se a inflação é 0% então na realidade é 1% (caso dos EUA).
Estratégias de estabilidade de preços
Conjunto de procedimentos que o BCE segue para controlar os preços.
Tem de estabelecer um objectivo intermédio que lhe permita controlar os preços.
O BCE não faz política discricionária.
dM
= K Fixa um valor admitindo que com esse valor consegue chegar à estabilidade
M
de preços. O BCE controla a massa monetária.
dM dP dY dV
M.V=PY ⇒
=
+
−
temos de pressupor a velocidade da procura da
M
P
Y
V
dV
moeda (
); é esse o problema portanto há quem defenda outra estratégia.
V
dP
fixava uma política monetária pré anunciada e corrigia-a consoante a evolução verificada
P
dos preços.
A estratégia seguida foi a dos DOIS PILARES ou seja, uma combinação das
duas:
dM
= 4,5% é uma valor de referência, não é preciso actuar se este valor não se afastar muito.
M
dP
< 2% Utiliza um conjunto de indicadores (w, p*, e, GAP) para saber a evolução dos preços.
P
O M utilizado é o M3.
Instrumentos utilizados:
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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73
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Operações de Open Market – são feitas através de acordos de recompra- o Banco
Central vende Títulos do Tesouro e depois volta a comprar ao BCE. Estas transacções
são feitas regularmente e o BCE cede liquidez a 2 semanas ou 3 meses.
Ele faz estas operações para sinalizar a Política Monetária e a taxa de juro e
estipular/determinar a liquidez que o sistema bancário deve ter.
Antes era feito por leilão de taxa fixa.
Mecanismo de cedência extraordinária de liquidez – se o Banco Central está muito
aflito e pode ir buscar a um dia (overnight) a uma taxa penalizadora de 4,25%. Chega ao
fim do dia e pode pagar o empréstimo ao BCE e este paga 2,25% (mecanismo de
absorção de liquidez).
4,25
3,25
2,25
Determina um corredor para
que as taxas praticadas pelos
bancos não se afastem
muito.
É a média do mercado
interbancário que determina
a EURIBOR – Europe
Interbank Offered Rate
Aula 18 – 28 de Novembro
Existe outro instrumento de política monetária:
Coeficiente de reservas de caixa – os bancos são obrigados a depositar 2% dos
seus depósitos no Banco de Portugal. Chegou a estar a 17% são ser remunerada.
Hoje já é remunerada a 3,25% mas só os 2% dos depósitos.
As decisões do BCE v chegar da mesma forma a todos os países? Problema do
Mecanismo de Transmissão.
Mecanismo de Transmissão – Processo pelo qual as diferentes decisões do BCE
chegam à economia.
Para a mesma liquidez, risco e prazo a taxa de juro devia ser igual para todos os
países. Mas nem todos os países podem estar na mesma posição. Podem estar em
diferentes posições no ciclo ou terem taxas de desemprego diferetnes.
Pelo que existem economistas que dizem que os países membros podem entrar em
ruptura. A tendência é para a sincronização.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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74
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Como é que a taxa de juro do BCE influencia as taxas dos diferentes países e com
estas influenciam a economia real?
•
•
•
Custo do capital: i?, I?, C?;
Efeito riqueza: i?, w?, C?;
Efeito taxa de câmbio: i?, e?, NE?.
Razões para existirem diferenças:
1. Estruturas financeiras dos diferentes países:
a. Grau de intermediação bancária: é a percentagem que o crédito bancária
tem no peso da economia. Quanto maior, maior a inflência da taxa de
juro.
b. Se a taxa de juro internacional aumenta 1%, as taxas dos depósitos
aumentam 0,9% a longo prazo. No caso dos empréstimos sobe 1,15% no
longo prazo.
2. Diferenças nos níveis de endividamento de cada país. Quanto maior o
endividamento bancário de um país, maior a incidência das variações da taxa.
3. A estrutura do crédito não é igual para todos os países. Se o endividamento é a
longo prazo, as taxas são fixas; não existem efeitos.
4. Grau de abertura ao exterior. A taxa de câmbio influencia tanto mais quanto
maior fôr a abertura ao comércio externo extra zona Euro.
5. nem todos os países têm a mesma composição do investimento (máquinas,
fábricas, equipamento) e estas componentes são afectadas pela taxa de juro de
forma diferente.
Mas as diferenças irão esbater-se?
A diferenç entre empréstimo a curto e longo prazo vai desaparecer.
O grau de intermediação bancária vai ser mais homogéneo.
Mas existem diferenças que v subsistir.
Os estudos revelam uma sincronização crescente entre os Euro-países.
Política Cambial na União Europeia
A definição da política cambial cabe ao Conselho e a execução ao BCE.
O Conselho pode fazer um acordo de taxas de câmbio com outra moeda. A
decisão é feita por unanimidade mas, por maioria qualificada o Conselho pode dar
orientações.
O regime cambial é de câmbios fixos porque a UE quer conduzir a sua política
cambial.
• Problema do Quarteto Inconsistente (Pablo Sciopa)
• Comércio livre;
• Liberdade de circulação de capitais;
• Taxas de câmbio fixas;
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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75
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
•
Política Monetária independente.
10% do PIB europeu são comercializados com o exterior.
2% do PIB europeu são comercializados com os EUA.
A Europa é uma economia fechada, tal como os EUA e Japão (cerca de 10% do
PIB nipónico são comercializados com o exterior).
A política cambial é flexível mas o BCE pode intervir no mercado cambial,
comprando ou vendendo divisas que as tem por conta da transferência por parte dos
Bancos Centrais Nacionais: 39500 biliões em divisas das quais 15% são em ouro.
Proble ma das moedas que estão de fora
A política cambial é matéria de interesse comum.
A tentativa foi de criar um mecanismo de taxas de câmbio que ligasse as moedas
que estão de fora ao Euro (MTC2: 1/1/99).
+15%
+2,25%
DK/€
-2,25%
O Banco Central Dinamarquês e o
BCE intervêm para aguentar a
DK, foge da 1ª banda a
intervenção é ilimitada são
prejudicar a estabilidade de
preços.
Este mecanismo foi para evitar
desvalorizações competitivas e
para passar a mensagem de que a
estabilidade cambial é para todos.
-15%
Critério para entrar para a Zona Euro: é preciso manter as moedas nesse mecanismo.
Papel internacional do Euro
Uma moeda é internacional quando é aceite pelos agentes económicos fora da
zona interna como moeda de reserva.
• Como moeda de financiamento das transacções;
• Como moeda de investimento e financiamento;
No fundo é transpor internacionalmente o que ela faz nacionalmente.
Depende de uma decisão própria dos agentes.
Uma moeda internacional é uma moeda âncora ou seja, outras moedas ligam-se a
essa moeda internacional.
António Luís Morna
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Porque é que o dólar é uma moeda internacional?
• Mais de 60% das reservas dos Bancos Centrais no mundo estão em
dólares.
• 48% a 50% das transacções internacionais são feitas em dólares.
• De todas as aplicações feitas no mundo, 40% estão expressas e mas
dólares.
• Das transacções dos mercados cambiais, 83% em 200% são feitas em
dólares.
Razões que levam o Euro a ser uma moeda internacional:
•
•
•
•
•
•
Já tem 40 países ancorados a si.
Os países africanos e Mercosul têm a maior parte do comércio
internacional com a UE.
Do comércio internacional, 18% pertence aos EUA e 21% à UE.
PIB UE > PIB EUA em 12%
Existência do BCE.
Favorece a integração dos mercados financeiros: aumenta eficiência,
profundidade e liquidez.
Problemas no investimento/Financiamento:
• Bergstein disse que iriam fugir em acções e outros títulos de dólares para
Euros cerca de 500 a 1 trilião de dólares (não se concretizou).
• Pequenez dos mercados de capitais europeus.
Ganhos por ser moeda internacional:
•
•
Lucros de Senhoriagem – emite-se uma nota que vale 500€ e compra-se
uma porrada de barris de petróleo.
Lucros de liquidez – o Tesouro dos EUA consegue transaccionar o que
quer porque é tudo em dólares. Um título em dólares tem mais liquidez
que outras moedas não internacionais.
Aula 19 – 03 de Dezembro
Política Cambial (continuação)
De que depende a taxa. de câmbio?
•
•
•
Produtividade da economia.
Disciplina Financeira.
Estabilidade de preços.
O BCE compromete-se com inflação baixa – logo Euro valoriza-se
É imposta disciplina orçamental aos estados membros.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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77
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
O Euro tem condições para ser moeda internacional, forte hipótese de valorização
a médio e longo prazo, no curto prazo isto não se verifica devido à incerteza.
Problema actual (2002) – valorização do Euro.
O comércio para fora da zona Euro, ou seja o Euro caro dificulta as Exportações.
Portugal não é muito afectado, mas o mercado marroquino fica mais barato que o
português e perde-se em turismo. Países como a Irlanda é muito afectada pois vende
muito para fora da zona Euro.
Cooperação financeira internaciona l
• FMI – estabilidade financeira a nível mundial
• G7
Até aqui só existia o Dólar – sistema unipolar.
Agora o sistema é bipolar
A política da zona Euro influencia a política do resto do mundo.
Como coordenar as diferentes políticas Europeias, Americanas e Japonesas,
para evitar as instabilidades financeiras mundiais?
•
•
•
Evitar a volatilidade das moedas
Evitar situações de insolvência dos países – evitar a situação da argentina,
insustentabilidade da divida externa.
Evitar a entrada de políticas proteccionistas.
Os EUA até aqui mandavam e agora? Vai se sujeitar à política da EU? Cada um
agora ao definir a sua política têm de ter em atenção a política do outro, quer os EUA
quer a UE vão ter de aprender a coordenar as políticas.
Dentro da Europa também têm de se coordenar as políticas orçamentais.
Política orçamental na Zona Euro
•
•
•
•
Proibido o financiamento monetário do déficit.
Proibido o financiamento privilegiado do déficit ( não há condições especiais
para a compra de divida publica)
Nenhum pais compra a divida publica do outro.
Proibição dos deficits excessivos.
DEF < 3%
D
≤ 60%
Y
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
A comissão acompanha mas é o ECOFIN que apresenta uma proposta para que o
pais seja considerado em déficit excessivo.
PEC – Pacto de Estabilidade e Crescimento.
• Evitar que depois da entrada no Euro os países deixassem a sua política.
• A longo prazo o déficit tinha de ser Zero
• Programas de estabilidade ( a 4 anos)
Uma vez detectado o incumprimento por déficit excessivo o pais é notificado,
depois terá um ano para corrigir a situação, caso não consiga corrigir a situação findo
um ano terá de fazer um deposito de valor = 0.2%( PIB ) + 0.1( DEF − 3%) ≤ 0.5PIB caso
não cumpra no 3 ano ( desde que foi notificado) o deposito feito no ano 1 passa a multa.
Caso isto aconteça durante mais de um ano teremos que voltar a fazer depósitos mas
estes só com a parte variável.
Está em curso uma ligeira alteração na PEC
A médio prazo o orçamento tinha de estar equilibrado até 2004, o ênfase era feito
no déficit efectivo. O que está a Zero é o déficit estrutural, que é aquele que afasta as
variações do ciclo.
SE=0 é complicado por causa do ciclo, a proposta da comissão aponta para SP=0
Então mas o país em dificuldades económicas ainda vai pagar uma multa?
Se o produto cair (? PIB -2%) então é permitido passar este limite dos 3% do
déficit excessivo.
Se o produto cair entre -0.75% e os 2% o país pode invocar circunstâncias
excepcionais e os outros países decidem ou não a aplicação da multa.
As medidas aplicam-se também aos países fora da zona Euro.
As multas não se aplicam aos que não fazem parte da zona Euro.
Razão destas Políticas?
O que um faz têm influências negativas nos outros.
O DEF ↑ para manter a estabilidade de preços faz com que o BCE i ↑ todos
ficavam a perder I ↓, EURO ↑, Export ↓⇒ deseconomias.
O déficit comum é bom para todos. Se um ficasse insolvente todo o conjunto
acabaria por sofrer.
Se nenhuma restrição
irresponsabilidade orçamental.
•
•
•
fosse
feita
uma
União
Monetária
incentiva
a
É + fácil endividar-se no mercado financeiro maior ( i + baixa)
Não há risco cambial.
Não há restrição da balança de pagamentos.
António Luís Morna
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79
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Tudo isto estimula a irresponsabilidade!
•
•
O Governo não pode emitir moeda para pagar a divida.
Um governo não pode provocar inflação para baixar o valor real da divida
uma vez que a inflação é controlada pelo BCE.
Como um pais reage se for atingido por um choque assimétrico?
•
•
•
O País não têm política monetária.
O País não têm política cambial.
A política orçamental está atada.
Teoria das Zonas monetárias óptimas
(Mundel 1961)
Quais as condições que os países tem de preencher para que quando entrem na
zona monetária óptima não sejam muito afectados.
1) Os preços e os salários flexíveis.
P*
η =e
se e=1 na Zona Monetária um pais atingido pelo choque
P
têm de variar o seu P ou seja W ↓, P ↓→ o pais volta a ganhar competitividade.
2) Mobilidade geográfica dos factores
As pessoas podem deslocar-se de um pais para o outro.
3) Centralização da política orçamental
Para ajudar os países que são atingidos por choques assimétricos,
resposta do tipo Federal, se Portugal fosse hoje atingido a UE ajudaria pela
política orçamental.
Solução Federal
S
S
D
D
D’
França
D’
Alemanha
França ⇒ Sub.Desemprego ↑
Alemanha ⇒ Sub.Desemprego ↓
Re ceita.Fiscal ↓
Re ceita.Fiscal ↑
DEF ⇑
DEF ⇓
António Luís Morna
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80
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
•
•
•
•
•
•
•
Criação de um subsidio de risco, bastava constituir um fundo com 0.2% do
PIB europeu por forma a gerar estabilidade regional perante choques
assimétricos, a Alemanha e a França opuseram-se a esta medida.
O risco seria que os países não fariam reformas pois sabiam que seriam
ajudados caso fossem atingidos ( Risco Moral)
A estabilização é feita automaticamente pelo mercado de crédito, podem
estabilizar o nível de consumo pelo recurso ao crédito.
A probabilidade de um pais ser atingido por choques assimétricos é pequena,
se o comércio for intra industrial então é difícil haver choques assimétricos.
Krugman defendia que a união iria incentivar a concentração regional e
então nesse caso a possibilidade de choques assimétricos era maior.
A união monetária favorece, segundo estudos, favorece o comercio intra
industrial.
Normalmente os choques assimétricos que existiram foram de asneiras
políticas, com a união monetária estes choques são menores.
O porquê do limite de 3% para todos os países
ü Os valores deveriam ser diferentes.
S = I + (Gc + I G − T ) + ( E − F )
DEF = ( Gc + I G − T )
BalançaComercial = ( E − F )
•
•
•
Se um país tem S forte pode ter um déficit muito elevado e no entanto é
aplicada a mesma regra de 3%.
Se os países tem diferentes necessidades de investimento publico IG este
país deveria estar autorizado a ter um déficit privado maior.
Os países podem ter diferentes endividamentos externos, com um
endividamento externo baixo pode ter a BC negativa?, então nesse caso o
pais pode ter um déficit maior.
Mas é politicamente impossível enunciar diferentes valores para os diferentes
países.
Aula 20 – 05 de Dezembro
A política orçamental da UE
Como é feita a estabilização dentro da união?
António Luís Morna
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
O BCE está limitado pois está preocupado com a estabilidade de preços.
A política cambial também esta condicionada à estabilidade de preços.
Ou seja a política monetária está muito restrita, não está bem apetrechada para
responder a choques.
O BCE reúne todas as 1ª s quintas feiras do mês
Orçamento da UE - É muito pequeno : 1.27% do PIB Europeu é muito pequeno. Mesmo
com variações, o orçamento da UE, segundo a lei não pode ter déficit.
É pois um orçamento pouco flexível, receitas e despesas não variam
como produto. O Orçamento é acertado cada 7 anos 2000-2006, PAC,
Fundos Estruturais, Acções Externas, Acções Internas, Despesas
administrativas.
Dada a pouca flexib ilidade do orçamento, a política orçamental não pode ajudar a
contrariar o ciclo.
No entanto cada pais tem o seu orçamento, todos somados dão como um
orçamento europeu, combinado com a política monetária do BCE determino a policy
mix para a Europa.
Os 15 estados membros têm que se coordenar com o BCE
O OBJECTIVO É:
1. Coordenação entre estados membros para que a política seja coerente
entre si.
2. Coerência do conjunto com a política do BCE.
O que fazer quando existe um choque na procura?
•
•
Deixar funcionar os estabilizadores automáticos.
Aumentar o Investimento público
Problemas
• Incerteza face ao futuro.
• Atraso com que as políticas se tornam efectivas.( necessidade de
ir ao parlamento ou não para aprovar determinadas medidas).
Como tentam ser minorados estes problemas
•
•
•
Cooperação: troca de informação sobre política económica.
Coordenação: tornar as políticas compatíveis com as dos outros.
Harmonização: Tornar as políticas iguais.
COORDENAÇÃO
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
1. Regras Fixas
DEF < 3%
Mesmo que todos cumpram estes requisitos poderia acontecer que esta
D
≤ 60%
Y
não se adaptasse à política do BCE.
2. Diagnóstico global, decidem acções comuns.
Orientações gerais de política económica dos estados membros e da comunidade
(OGPEEC)
Este documento é de coordenação das políticas económicas de todos os estados
membros, os países são obrigados a seguir essas orientações.
Mas obrigados como?
Supervisão Multilateral - A comissão e os outros estados membros verificam se a
política económica de cada país está conforme com a OGPEEC, se verificar que não
está faz recomendações.
Política de emprego - Cada estado membro tem de fazer um plano de acção que tem
de estar conforme as directrizes comunitárias.
PEC
Pacto de
Estabilidade e
Crescimento
Políticas
Estruturais
Coordenação no
Emprego
Processo Cardiff
Processo Luxemburgo
Processo
Colónia
ECOFIN,BCE,Comissã
o,MAS(Ministros dos
Assuntos Sociais
O.G.P.E.E.C.
Política Fiscal
A mais fácil deslocação dos serviços, pessoas e capitais, aumenta a mobilidade das
bases de imposto.
Concorrência entre países para atrair para o seu território capitais.
1. Uma concorrência desregulada distorce a localização dos factores produtivos,
não devia ser os impostos a determinar a localização das empresas.
2. Redução das receitas fiscais (competição leva a uma base fiscal cada vez menor)
António Luís Morna
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83
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Surgem tensões entre os estados membros, um país baixa os impostos, os outros
não gostam.
Quem ganha é o factor capital, mais móvel; quem perde é o factor trabalho, menos
móvel.
É pois natural que surjam pressões para coordenar as políticas dos diferentes
estados membros. Esta pressão vai levar a que as políticas dos diferentes estados
membros se aproximem. Caso esta coordenação não for feita será feita por via da
concorrência.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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84
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Porque é que esta coordenação tem sido difícil?
A concorrência fiscal é boa, se à concorrência fiscal entre países os países são
mais eficientes no lado das despesas.
Evita taxas marginais muito elevadas que leva a excessos de carga.
As decisões em matéria fiscal são feitas por unanimidade, e o Luxemburgo têm se
oposto.
Existe um código de boa conduta em matéria de tributação das sociedades
•
Não introduzir normas de natureza fiscal para atrair investimentos.
•
Eliminação de normas anteriores especiais de atracão de investimentos.
Aula 21 – 10 de Dezembro
Política Fiscal (continuação), Política Salarial, Políticas
Estruturais
Política Fiscal (continuação)
Tributação sobre os rendimentos da poupança.
1. Obrigar todos os países a fazer tributação na fonte de todas as aplicações feitas
no seu pais mesmo por não residentes.
A Inglaterra bloqueou esta tentativa.
A Inglaterra defendeu a Troca de informação.
Esta troca implica o levantamento do sigilo bancário. Esta troca de informação
entra em vigor a partir de 2010, no entanto só será aprovada se convencer os EUA,
Suíça, Liechtenstein, São Marino e Andorra uma vez que esta coordenação não pode
ficar confinada aos 15 da UE.
•
•
•
•
Há harmonização no domínio do IVA.
Código de boa conduta para a tributação das sociedades.
Harmonização da tributação da poupança.
Fala-se agora(2002) da harmonização da tributação do imposto automóvel.
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Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Política salarial
Objectivo intermédio é a massa monetária.
BCE ⇒ π = 2% Se os países não levassem em conta o p do BCE aumentavam
demais o seu salário ⇒ i ↑, I ↓, e ↓, NE ↓ o que levaria os países a perder
competitividade face aos outros.
Na união monetária os preços são transparentes, a comparação dos salários é +
fácil, pressão para os países de rendimentos + baixos subirem os salários para níveis
próximos dos países de rendimentos + altos.
A igualdade salarial é uma impossibilidade.
Produtividade ⇒ CTUP =
YA
W A × LA
WA
=
YA
YA
LA
L A ⇒ x A ⇒ produtividade
^
^
^
CTUPA = W A + x A
^
^
^
^
^
W A + x A ≤ W o + xo
^
^
^
^
^
W A = W o + ( x A − xo )
^
CTUPo = W o + x o
A – nós
O – Outros
^
^
( x A − x o ) crescimento da nossa produtividade face aos outros.
^
W A nós só podemos aumentar os
produtividade(nossa) fôr maior que a dos outros.
salários
se
o
crescimento
da
Aumentos salariais não compatíveis com a produtividade causam desemprego.
Não podemos desvalorizar a taxa de cambio, não temos política monetária.
Negociação descentralizada
Se fosse centralizada a negociação era baseada na produtividade média, e nós
ficaríamos a perder.
A negociação deve ser sectorial uma vez que cada sector tem produtividade
diferente.
Sem políticas monetárias e cambial e com restrições à política orçamental os
países são obrigados a jogar com outras políticas.
Políticas estruturais
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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86
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
•
•
•
Flexibilidade do mercado de produtos e serviços.
Flexibilidade do mercado de trabalho (maior adaptabilidade).
Outras: Formação profissional, P. de inovação, Infra estruturas físicas.
A disciplina orçamental obriga a outro tipo de reformas estruturais
Redução do déficit primário
Segurança Social.
Sistema de Educação.
Pagamento de serviços públicos.
Em que medida as coisas seriam diferentes caso não estivéssemos na U. M.
Se não estivéssemos na U.M. Portugal teria de manter a estabilidade da sua
moeda, mecanismo taxa de câmbio nº 2 MTC2, Portugal tinha de copiar a política do
BCE.
Benefícios
•
Eliminação dos custos de conversão e incerteza cambial.
•
Beneficio da integração financeira – acesso das empresas portuguesas aos
mercados financeiros internacionais.
Custos
•
Eventual necessidade de Portugal ter políticas diferentes dos outros que agora
não pode ter. Não é um custo elevado porque a economia Portuguesa está a tender para
a sincronização, a flexibilidade dos salários reais é maior que nos restantes países
europeus.
A disciplina orçamental depende de como é preparado/Discutido/Executado o
orçamento.
Existem dois modelos:
1. Ditadura do Ministério das Finanças, ele tem superioridade em relação aos
outros.
2. Modelo Colegial – Os gastos são decididos em Conselho de Ministros.
No caso actual(2002) português estamos no 1º modelo
•
Nenhum diploma sobe a C. Ministros sem a autorização da Ministra das
Finanças.
•
Todas as medidas têm que ter receitas e despesas.
•
A medida só é aprovada com a assinatura da Ministra das Finanças.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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87
Textos de Apoio de Política Económica e Financeira
Ano lectivo 2002/2003
Aula 22 – dia 12 de Dezembro
Apresentações de trabalhos de grupo.
Aula 23 – dia 17de Dezembro
Acetatos na secção de copias.
António Luís Morna
Pedro Gonçalo Antunes
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Apontamentos de Política Económica e Financeira