O HOMEM EM GRAÇA FERMENTA
DE EVANGELHO AS ESTRUTURAS
O homem em graça fermenta, as estruturas fomentam
O título deste texto, que sem dúvida nenhuma é normal exigência que se supõe
viva e activa em cada cristão, é o suposto até onde se c o stuma indicar tem
que c h egar o que se encontra com Cristo hoje, esquecendo com isso que é o
homem o que tem que ir fermentando em cristão, pois as estruturas, quando
mais, tão só podem “fomentar”. É unicamente o homem o que pode fazer vida
na sua vida o Evangelho de Cristo, ele é quem, pela graça, tem que ir fermentando todas as suas virtualidades, fazendo-se mais pessoa, coisa que costuma
ir conseguindo quando o seu encontro com Cristo o remete, a sério e de verdade,
até um encontro consigo mesmo.
O perigo dos cristãos desactivados
A estrutura, quando o homem se apoia nela para dispensar-se do seu pessoal
esforço, com o fim de conseguir uma determinada meta sem por nada ou muito
pouco da sua parte, fá-lo menos pessoa em lugar de ajudá-lo a sê-lo. Dir-se-ia
que é como o estudante que, em vez de empregar-se a fundo para aproveitar
durante o curso e t e r m i n á - l o com umas notas justas, ganhadas em boa
lide no exame final, não estudasse ou não estudasse o suficiente, apoiando-se
na íntima amizade que sabe tem o seu pai com os mais destacados membros do
tribunal.
A estrutura cristã, q uando está servida por cristãos desactivados, pode ser
pista deslizante que facilita a simulação e o dissimulo, porque assim somos os
homens às vezes.
Primordial objectivo do Movimento dos Cursilhos
Evitar no possível que isto se possa ir produzindo é a onde desde a sua iniciação - em 1944 - vimos apontando os que desde então seguimos no Movimento dos Cursilhos. Isto é, patentear o que tantas vezes e em tantas ocasiões
vimos dizendo os iniciadores: o pré-cursilho, o cursilho e o pós-cursilho; estão
pensados, programados e dirigidos a que o homem concreto, real e corrente
que vive com normalidade a sua vida na via do quotidiano, se encontre consigo
mesmo, antes que outra coisa, só assim o seu encontro com Cristo é profundo, e
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www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain o seu encontro com os irmãos gratificante e efectivo.
Isto é o que pedimos ao Senhor ao planear cada Cursilho, e isto é o que, pela
graça de Deus, vem conseguindo-se de maneira natural e humana ao realizá-lo,
como foi pensado e estruturado, isto é, onde se dão os Cursilhos genuínos, não
mistos nem mistificados, que é o diametralmente oposto à sua essência e à sua
finalidade básica, já que se se parte do papel que um está c h amado a representar na sua vida e não da sua vida mesma, não se produz o encontro consigo
mesmo.
Todo o encontro entre pessoas, para ser valioso e portanto consciente, exige
que previamente cada um se tenha encontrado consigo mesmo.
EVANGELIZAR NÃO É SÓ FALAR DO EVANGELHO
Evangelizar não é só falar do Evangelho, mas sim tratar de fazê-lo vida viva na
vida de cada um, aqui mesmo, agora mesmo, desde já e desde eu mesmo. A
isso vamos aproximando-nos se tentamos guiar-nos pela orientação certeira que
Cristo imprime no seu modo de obrar.
Os mais dos encontros ao vivo e em directo que Cristo teve na sua vida histórica e que o Evangelho nos relata manifestam, de maneira clara e fidedigna, que
a intenção do Senhor era primordialmente que cada um se encontrasse consigo
mesmo; sabemos bem, ainda que às vezes o passemos por alto, que o reino de
Deus está dentro de cada um e que quando esta realidade se faz consciente, se
faz também por si mesma comunicativa e contagiosa.
PONTO DE FUGA
O que importa é não interromper o natural processo com “ofertas” apostólicas
que o vinculam a uma estrutura e o deslocam da sua normalidade. E ste é o
ponto de fuga que c o s t u m a f azer estéril e anódina a energia espiritual que o
Cursilho lhe proporcionou e lhe continuará proporcionando enquanto vá empregando os meios previstos para consegui-lo.
COMPROMISSOS ENTRE PESSOAS E COMPROMISSOS ÀS PESSONAS
Se tinha densidade humana quando se o chamou a um Cursilho, que é o único
que se requere para que nos três dias e depois deles o fundamental cristão o
possa fundamentar e motivar a sua vida, sem dúvida o que mais lhe interessou
e o que encontrou mais atractivo foi e continua sendo o ter conhecido pessoas, o terreno da sua área pessoal, pretende-se vinculá-la a uma estrutura, forçando a sua decisão de maneira mais ou menos velada, estamos fazendo mais
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www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain notório o erro de sempre de querer conseguir que a gente viva pelo facto de
obrigá-la a conviver, esquecendo que o conviver sem viver contém sempre uma
latente falsidade que remove o fio à ponta de avanço, mas sim sempre dinâmicos
por si mesmos, ainda que não menos exigentes.
O compromisso estrutural é de lealdade, filiação, militância ou talvez puramente
afectivo. A isto pode-se c h egar, m a s sempre desde o outro, se bem devemos saber os dirigentes, não os responsáveis, que responsáveis o somos todos,
que nem todos estamos chamados a isso.
O cristão basicamente cria, precisa e utiliza o compromisso entre pessoas, compromete-se a amar, mas não uma conduta, mas sim a uma ou mais pessoas, e
continuará amando ainda que o amigo ou os amigos mudem de ideia e ainda
que variem de estrutura. Por t er descuidado este compromisso entre pessoaspedra de toque para saber se o Movimento está na sua linha genuína e autêntica - os cristãos dedicam-se a criar obras que criam vínculos às pessoas,
com uma motivação que está fora da sua área de interesse.
Hoje, ante o fracasso de muitas estruturas cristãs, porque de cristãs só tinham o nome, se insiste nos vínculos às pessoas, mas referido a estruturas laicas de interesse geral, com o ingénuo propósito de cristianizá-las, crendo-se de
boa-fé sem dúvida nenhuma que com um simples mandato tudo vai pôr-se em
ordem para consegui-lo, sem contar primeiro com homens que por ter-se encontrado consigo mesmo sentem a graça de Deus, sobre uma convicção firme, não
passageira, com uma decisão pessoal, não imposta e uma constância que, tendo
que viver no seu mundo, talvez só seja possível desde uns vínculos que se criaram e se mantém vivos e gratificantes entre pessoas. (Reunião de Grupo e
Ultreia).
Isto é assim porque o único compromisso substancial com o cristão é o compromisso entre pessoas. No céu não haverá estruturas.
Quem assumiu um vínculo à sua pessoa só c o n t i n u a sendo cristão na medida
em que este não lhe suprime os que já tinha entre pessoas. Daí que todo o
compromisso cristão não seja pura opção, mas sim opção integradora. Perde razão se faz vítimas.
A realidade aconselha-nos a optar.
O Evangelho nos permite ir optando por toda a realidade.
SE OPTAMOS POR ALGO, É PELO HOMEM.
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www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain Se optamos por algo, é pelo homem, cada homem em concreto. Depois podemos
optar por outras ideias, organizações, obras, etc., sabendo que o compromisso
t e m de ser possível, que me respeite como pessoa, que me permita c o n t i n u a r respeitando aos demais e eficaz nos seus fins.
O cristianismo exclui alguns compromissos às pessoas, mas não impõe nenhum,
porque criou o prévio, cuja virtualidade tantas vezes temos ignorado.
Do mesmo modo que o cristiano tem que comprometer-se com todos os homens, o Movimento de Cursilhos tem que comprometer-se com toda a realidade.
As Ultreias, se não respondem à estrutura do mundo actual (se há mais ricos,
mais sábios, etc., que na r u a ), evidenciam que não estamos comprometidos
com toda a realidade, m a s sim só e em excesso com alguma parte dela.
Os ambientes têm: um grau de fermentação, o “clima” e um grau de estruturação, a adequação da estrutura ao clima.
Todos podem fermentar um ambiente. Todos podem desvertebrar um ambiente,
mas nem todos estão chamados a estrutura-lo.
Quando alguém que não é o indicado se mete a “estruturador”, ou não incide,
ou desintegra o seu próprio grupo, ou se deixa manejar sem sabê-lo.
Quando quem pode decidir estruturar, tem sempre a tentação de exaltar-se,
aproveitar-se ou limitar-se a “remover”.
Fermentar em cristão não é “fazer confessional um ambiente”, mas sim fazê-lo
amistoso, fazer amigos nele, fazê-los amigos de Cristo e propiciar a sua estruturação interior, primeiro cristã.
QUE É ESTRUTURAR EM CRISTÃO?
Estruturar em cristão não é desvertebrar o vivo com o pretexto de estrutura-lo
em cristão, o qual não consiste em conseguir que mandem os cristãos, nem
tampouco em cristianizar os que mandam, m a s sim em saber que a vida está j á vertebrada, e que o que f a z falta é que os homens, desde o que eles
vivem e porque o vivem no espírito e na verdade, vão animando e enchendo de
sentido todo o vertebrado, isto é tentando f azê-lo realmente humano e sabendo que este é o melhor caminho para ir conseguindo que o vá sendo, e não
está sobretudo primordialmente em demonstrar a sua religiosidade ou em f azer a apologia da sua fé, m a s sim em ir conseguindo que os mais aptos estejam no acto, que desapareçam as opressões e que se valorize a pessoa, m a s
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www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain sabendo bem que para c o n s e g u i r que os demais c h eguem a fazê-lo, tem
que começar por ele.
O MAIS ESSENCIAL DE TUDO: ENCONTRAR-SE CONSIGO MESMO
Já temos dito que desta táctica de começar consigo mesmo, o Evangelho nos
dá provas claras, certeiras e incontrovertíveis em muitos episódios que nele se
relatam.
Desde João Baptista o Precursor, até o Bom Ladrão no Calvário, sem esquecer a Samaritana, Zaqueu… Até os apóstolos depois do Pentecostes evidenciam que o que pretendia o Senhor primordialmente era que cada um deles se
encontrasse consigo mesmo, e que, desde si mesmo e por si mesmo, à luz da
sua Palavra, tomasse a decisão pessoal que quisesse.
JOÃO BAPTISTA
Podemos comprovar que já o Precursor tinha seguido a mesma estratégia: aquilo
de “Fazei penitência” tinha a mesma intenção, que aquelas gentes se encontrassem consigo mesmas.
E além disso, se João Baptista não tivesse pretendido que o rei Herodes se
encontrasse consigo mesmo, sem dúvida a inquietude que a sua má conduta lhe
produzia lhe tivesse orientado por outro caminho, por exemplo, f azendo-lhe
tomar consciência de que muitas famílias pobres viviam nos subúrbios de Jerusalém, em condições lamentáveis de miséria e indigência, é mais provável
que perante essa sombria abordagem, Herodes lhe tivesse feito um grande e
“real” donativo.
E quem sabe se até t e r i a sugerido a Herodes e à sua f i l h a Salomé que organizassem uma estupenda tômbola de caridade, já que de seguro havia nelas
gancho e garra, ou melhor dizendo, agressividade - como se diz agora - para
ter um clamoroso êxito, despachando rapidamente todos os bilhetes entre os
seus numerosos admiradores, que deviam de ser ricos, poderosos e portanto influentes.
A SAMARITANA
A mulher samaritana, quando tomando o caminho da teoria tratava de fugir de
si mesma, perguntou ao Senhor se devia adorar a Deus em Jerusalém ou no
monte Garizim; Cristo o situou no seu ponto exacto ao dizer-lhe que fosse buscar
o seu marido.
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www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain ZAQUEU, O CHEFE DE COBRADORES DE IMPOSTOS
Sabemos que o encontro deste homem com o Senhor, procurando com tão manifesto interesse até ao extremo de subir a uma árvore para vê-lo, foi correspondido por Cristo interpelando-o e dando-lhe pressa para que fosse a sua casa,
pois queria hospedar-se nela. Parece que lhe urgia ver a desbordante generosidade que t i n h a de produzir aquele encontro que com e le t i n h a tido. A conhecida reacção do homem rico de Jericó foi tão generosa que não se pode
pensar menos de que sem dúvida teria sido menos substancial, se alguém da sinagoga o tivesse aconselhado.
Ouvi dizer que se supõe que Zaqueu, depois do sucedido, se uniu aos doze.
E u sempre pensei que não foi assim, quero dizer, sinceramente, que creio
q u e não seguiu junto a Cristo, como o fizeram os doze, mas sim que o que
se seguiu aquele interessante episódio foi a aplicação da resolução tomada.
Muitas dores de cabeça lhe devia causar o calcular a metade da sua fortuna, e
as contas que de certeza tiveram que fazer ele e o s seus empregados, pois
devia tê-los, para calcular o quadruplo do que havia defraudado.
Mais que o gesto generoso, assombra a caridade que desperdiçar sem dúvida
perante os protestos dos favorecidos, pois já se sabe que, quem adquiriu consciência de que foi enganado sempre toma por sua conta o direito de exigir uma
perpétua reivindicação.
O BOM LADRÃO
Também Dimas, o Bom Ladrão, encontrou-se consigo mesmo, encontrou-se com
o seu passado e auto julgou-se com verdade, antes de atrever-se a pedir ao
Senhor que se l e m b r a s s e dele quando estivesse no seu Reino.
OS APÓSTOLOS, DEPOIS DO PENTECOSTES
É doloroso que os apóstolos de hoje tenham uma conduta tão diferente e até
diametralmente oposta à que, segundo nos relata o Livro dos A ctos, tiveram
Pedro e João p e r ante o paralítico que estava pedindo esmola junto à porta
c h amada Formosa. Sem dúvida a porta devia ser formosa, mas ainda mais
formosa foi a atitude de Pedro, ao dizer-lhe: “Não tenho ouro nem prata, mas te
dou o que tenho, em nome de Jesus de Nazaré…”.
Hoje a pena está no que nós, que deveríamos viver uma fé viva e contagiante
- capaz de contagiar - tenhamos uma mentalidade muito diferente e ainda contrária da de Pedro, mentalidade que si tivéssemos que manifestá-la em palavras,
a expressaríamos de muitas variadas maneiras e talvez todas elas pouco coinci© Fundación Eduardo Bonnín Aguiló
www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain dentes com o critério evangélico.
Talvez diríamos, ao menos para nosso interior: “Como não tenho ouro nem prata, não posso dar-te alívio algum, não sei que fazer por ti mas tratarei assim
mesmo de ajudar-te, tentarei culpabilizar os que o tem, e se reagem, ainda que
seja por medo, que não por amor, ao melhor resolvendo o seu caso”. O curioso é
que quando os que tem ouro e prata, respondem generosos à nossa gestão de
super zelosos intermediários, além de sentir-nos bons e talvez melhores que os
demais, não desperdiçamos a ocasião de exercitar perante eles os nossos dotes
de aduladores. E se, pelo contrário, não nos escutam, pensamos deles que o
ouro e a prata que possuem lhes subia a fé para poder ser generosos. E a
nossa opinião não a guardamos para nós mas sim que lhes criticamos e o comunicamos, julgando-os de tacanhos, passando por cima da advertência do Senhor que nos disse: “Não julgueis e não sereis julgados”.
NEM DRAMÁTICOS NEM PESSIMISTAS
Sem ser dramáticos nem pessimistas, m as sim vendo e vivendo no mundo
onde tem lugar as realidades vivas reais, concretas e imediatas, pode facilmente comprovar-se que mesclando-se com elas, e arrastando às vezes o
mais pessoal de muitas pessoas, discorre também uma impetuosa corrente de
egoísmo, de ambição e de orgulho.
Ao homem cristão, ao sentir-se impulsionado por ela, não lhe fica mais remédio
do que ancorar-se na sua convicção, já que se não está convencido, já está vencido. Mas o que tem que fazer num momento dado, não está na sua circunstância tão delimitado como um gelado de nata e chocolate.
Porque, ainda que distinta, a moral cristã, o mesmo que a das grandes religiões,
era na prática geralmente uma ética de proibições, e precisamente por i s s o,
e ainda que não o pareça, deixava muito campo à iniciativa e à criatividade
pessoal, j á que não c o s t u m a prescrever o que há que fazer e como fazêlo, limitando-se a excluir uns comportamentos facilmente identificáveis como
não convenientes.
Hoje, p o r o u t r o l a d o , como formas de moral moderna - sobretudo aos
seculares - nos oferecem autênticos códigos de conduta individual e social, que
dizem libertar o homem, mas por fim não f azem mais que complicar-lhe, ao
desligá-lo de umas proibições e permutá-las por umas imposições.
Se bem que o homem cada vez vai tomando mais consciência das circunstâncias que o envolvem. E se dá conta que o mundo está dividido; na área
social, em homens e mulheres, brancos e de cor, jovens e velhos; na área
© Fundación Eduardo Bonnín Aguiló
www.feba.info – Mateo Enrique Lladó 3, 2ºB – 07002 Palma de Mallorca - Spain cultural, em sábios e ignorantes, em cultos e incultos; na área económica, em
pobres e ricos, com trabalho e sem trabalho, etc.
Mas a divisão mais importante t a l v e z seja a dos homens que nunca saíram
de si mesmos e a dos que nunca entraram em si mesmos. Para poder sair e
entrar quando lhe convenha necessita um apoiar-se em algo transcendente, e
quando a pessoa descobre que esse algo é Alguém, é Cristo, é o Senhor, que
se percebe vivo, normal e próximo, potenciando-o até à sua plenitude humana e espiritual, muda de perspectiva e vai aprendendo a valorizá-lo todo desde o valor que mais vale.
O FUNDAMENTAL CRISTÃO, SEMPRE EFICAZ
O mundo se nos está f i c a n d o pequeno. A s coisas mudam, as ideias, os
factos, as estruturas. Somente o fundamental cristão continua tendo toda a
força comprometedora do simples. Não esqueçamos que Deus se fez homem, não
se fez estrutura.
Ouve um tempo em que as coisas humanas pareciam que tinham que empregarse para proteger as divinas. Hoje constatamos que somente as realidades divinas, feitas vida nos homens que as assumem com convicção, podem dar o critério exacto para que os avanços científicos e técnicos tenham a densidade humana precisa para contribuir para um autêntico progresso, onde todos os homens
nos sintamos irmãos.
Eduardo Bonnín
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