O castelo da Amieira está edificado sobre o ponto mais alto de uma pequena elevação no terreno, e corre em cotas na casa dos 200 m, a sudoeste da actual povoação da Amieira. São as vertentes Norte e Oeste que apresentam um declive mais acentuado, na ordem dos 50%, enquanto para sul as vertentes são mais suaves. Para este o castelo desenvolve-se a actual vila da Amieira, na zona de declive menos acentuado. A sua implantação, a uma cota relativamente baixa, é um sinal de que algo estava a mudar na arquitectura militar medieval, que tornava as construções independentes das condicionantes topográficas, como aliás alguns elementos da sua planta testemunham. A sul do castelo da Amieira localiza-se a confluência da ribeira de São Pedro com a Ribeira da Maia, bem como outros ribeiros de menor caudal, que em conjunto permitem a existência de boas condições de recursos hídricos. O castelo da Amieira está também na margem esquerda do Tejo. È uma zona que se caracteriza essencialmente por um terreno com baixas elevações, predominando uma zona de charneca que termina no rio Tejo. O castelo da Amieira destaca-se neste conjunto, permitindo um controlo da envolvente, mas que não chega, contudo, ao Rio Tejo. Inserido na linha de defesa do Tejo, a sua função estratégica é hoje discutida, aliada à construção tardia.