GERAL Boa prosa NILTON PEREIRA [email protected] O vendedor de doces João Marinho, líder comunitário do Parque Iracema, morava na cidade de Carmo do Rio Verde, no Vale do São Patrício. Volta e meia vinha passear na casa de parentes em Anápolis. Uma de suas tias residia nas proximidades do então Estádio “Manoel Demóstenes”. Numa das visitas, João Marinho foi convencido pela tia que fosse ao campo de futebol vender os doces que ela fabricava em casa, como forma de ajudar no sustento da família. Assim sendo, João partiu em companhia dos primos Sílvio e Amaury Galdino, este último, hoje delegado aposentado da Polícia Federal. Jogo ruim, pouca gente no estádio e João tentava, de todo jeito, vender os doces. Foi quando se aproximou de um homem que estava com a namorada e ofereceu-lhe os doces. O homem rejeitou e mandou que João saísse dali. Mas, o menino insistia, até que o “galã” o ameaçou: “Se você não sair, mando aqueles moleques ali (apontou para um grupinho) te pegarem. Como João insistiu, o homem acabou cumprindo o que prometera. Chamou os garotos e mandou que dessem uma coça no João. Em desvantagem, nosso vendedor acabou apanhando e, de quebra, tendo os doces derramados na poeira. Mas, não se deu por vencido. Saiu desorientado, quando encontrou um policial e foi logo dizendo: “Seu guarda, um homem ali mandou os moleques me baterem, derramaram os doces e agora, sem o dinheiro, a gente não tem o que comer lá em casa. Eu e meus irmãozinhos”. O policial, condoído com a história pegou João pelo braço e saiu procurando o namorador. “Foi aquele ali, seu guarda”, disse João Marinho. O policial, então, se aproximou do torcedor e sua namorada e disse: ‘Você quer pagar o menino ou quer levar uma surra perto de sua garota e ainda ir preso? E não deu chance para resposta. Apavorado, o torcedor pagou tudo e ainda pediu perdão a João Marinho. Chegando à casa da tia, nosso “herói” que os primos venderam somente alguns doces, enquanto ele, todo prosa, se gabava de ser o maior vendedor de doces do Estádio “Manoel Demóstenes”. Fato verídico, narrado pelo próprio João Marinho. Exportando Mauro Mendes (PSB) é candidato a Governador de Mato Grosso nas eleições de outubro. Ele é considerado um grande gerador de empregos no Estado, já que possui grandes empresas naquele estado. Deu seus primeiros passos na vida política em 2008, quando disputou a Prefeitura de Cuiabá, mas acabou derrotado, no segundo turno, por Wilson Santos. Detalhe: Mauro nasceu no dia 12 de abril de 1964. Em Anápolis. PUXÃO DE ORELHA A Prefeitura acaba de mudar o comando da Superintendência de Posturas. Saiu a advogada Carmem Lúcia Alarcão, entrando em seu lugar o servidor público estadual Leonardo Xavier Nunes. Carmem Lúcia é servidora de carreira, passou por diversos setores da Administração Municipal, demonstrando muita dedicação e zelo pelo que se propôs a fazer. Aliás, foi a segunda vez que ela comandou o setor. Vai, agora, para outra área, não menos importante: cuidar do Call Center da Prefeitura. Leonardo Xavier Nunes assume o cargo, depois de passar por várias instituições em Anápolis, dentre elas, a Ciretran Pólo, também por duas oportunidades, sempre com muita competência. Seu grande desafio é dar nova cara ao setor. Entretanto, teme-se por seu futuro, já que a Divisão de Posturas é uma das áreas mais complicadas da Administração Municipal. Foco de muitos interesses, inclusive políticos, ela sempre foi uma espécie de “calcanhar de Aquiles” dos prefeitos anapolinos. Assim sendo, mudar pessoas, de nada resolve. O que é preciso, com certeza, é a mudança de atitude, de postura (com o perdão da redundância), dar ao novo titular da pasta autoridade para agir, para comandar sem interferência política, sem pistolões, este órgão importante para a harmonia social da Cidade. Caso contrário, vai ser, apenas, mais um. Com o avanço urbanístico da cidade, Anápolis está perdendo, um a um, seus antigos campinhos de várzea, onde, invariavelmente, eram revelados alguns bons jogadores de futebol e onde, nas tardes de domingo, as comunidades se aglomeravam para assistir às “peladas”. Anápolis, de 16 a 22 de julho de 2010 Nossos valores O Internacional ganhou um reforço para a disputa do Brasileirão. Trata-se do volante Derley (Vanderley de Jesus Souza), que retorna ao Beira-Rio após permanecer por um ano e oito meses no Náutico por empréstimo. Derley atuou em 80 partidas pelo Náutico e marcou sete gols. Foi titular absoluto do time de Capibaribe atuando como segundo homem do meio-campo. Mais do que isso, Derley virou ídolo. "Não queriam que eu fosse embora", conta o volante de 23 anos nascido em Anápolis-GO. Funciona? Tempos atrás, era comum alguns órgãos públicos tipo Inmetro, Procon, Delegacia do Consumidor e outros, fiscalizarem pesos e medidas de produtos e serviços vendidos à comunidade. Exemplo: peso dos botijões de gás, balanças de mercados, feiras e estabelecimentos afins; bomba de combustíveis, etc. e tal. A pergunta que não quer calar é a seguinte: esses serviços, tão importantes, ainda funcionam, ou o consumidor está órfão dessa assistência? Carona Uma prática comum entre os garotos e adolescentes nos anos 60 e 70 em Anápolis era entrar, escondido, nos vagões de passageiros do trem de ferro que saía da Praça “Americano do Brasil” e descer na estação de “Engenheiro Castilhos”, onde fica, hoje, o Galpão da Faiana. Eram adoráveis minutos a bordo das composições, mesmo que, depois, o caminho de volta fosse feito à pé, geralmente à noite. Mas, ninguém, absolutamente, se importava com isso. Boataria Em maio de 1987 instalou-se em Anápolis, um circo de renome nacional, cujas atrações principais eram vários leões, tigres e um grande urso. Não se sabe como, mas correu um boato de que muitos cachorros haviam desaparecido na Cidade e que estes cães teriam sido vendidos para servirem de alimento para as feras do referido circo. Foi um verdadeiro terror e muitas pessoas prenderam seus animais de estimação, não os deixando soltos nas ruas até que o circo fosse embora. Ninguém, todavia, jamais provou que algum cachorro tivesse, realmente, virado comida de leão. Pioneirismo Quando foi inaugurado, na década de 60, o primeiro supermercado pegue-pague de Anápolis foi considerado uma novidade extraordinária. Tratava-se do Supermercado Serve Lar, na Rua Engenheiro Portella, entre a Barão do Rio Branco e a Ruy Barbosa. Muita gente não acreditava que fosse possível caminhar pelo estabelecimento, escolher, livremente, as mercadorias e, somente depois, pagar no caixa. Aos poucos, todavia, a comunidade foi se acostumando. Caminhadas Esnobando Em que pese a existência de vagas para médico na Rede Municipal de Saúde, não está sendo possível a contratação desses profissionais. O interesse pelo emprego é aquém do que se esperava. Os médicos, em última análise, estão “esnobando” a proposta. Ou o Município paga muito mal, ou esses profissionais estão ganhando muito bem em outras áreas. E, o povo, que não tem nada com isso, fica, às vezes, sem atendimento. Lamentável. A bem da verdade, quem iniciou a prática de caminhadas em campanhas eleitorais na cidade de Anápolis foi Henrique Fanstone, candidato a Prefeito pela Arena, em 1965. Seu lema era “O Povo vai à pé”. Fanstone liderava grandes grupos de pessoas percorrendo as ruas da cidade. Acabou perdendo as eleições para Raul Balduíno de Souza, por exatos 222 votos. 7