nº 02
Novembro / 2004
Desmistificando os softwares
“open source”
Mieloma múltiplo
A combinação de programas de computador
de código aberto com os programas considerados comerciais pode reduzir os custos
de informática no laboratório.
Não existem dados estatísticos confiáveis sobre a
incidência e a prevalência do mieloma múltiplo no Brasil.
Nos Estados Unidos, ocorrem cerca de 14,5 mil casos
novos a cada ano. Ele corresponde a 10% das doenças
malignas hematológicas.
A convite da SBPC/ML, um documento sobre o mieloma
múltiplo, com ênfase no diagnóstico, foi elaborado — e
está em fase de conclusão — pelos médicos patologistas
clínicos Angelo Maiolino e Paula Bottini e pela
hematologista Vânia Hungria. Nesta entrevista, dois desses especialistas falam sobre a situação da doença no
Brasil e seu diagnóstico.
Guilherme Komel*
Quando a revolução da computação chegou aos centros de
pesquisas e universidades, há mais ou menos 20 anos, os
pesquisadores criavam seus programas e os compartilhavam com outros pesquisadores através do mundo que, por
sua vez, podiam melhorar as características desses
softwares.
Dizia-se que os programas eram livres porque as pessoas
podiam fazer aquilo que quisessem com eles, instalar
quantas cópias desejassem ou modificá-los para as suas
necessidades específicas.
Quando as empresas começaram a vender softwares, tomaram providências para que o código fonte desses programas não fosse distribuído livremente. Desta forma, mantinham o controle de cada software produzido. Este foi o início de uma indústria multimilionária, da qual fazem parte
Microsoft, Oracle, CA e muitas outras. A resposta do mundo acadêmico para a iniciativa comercial foi a criação da
Free Software Foundation (FSF) — seu site é http://
www.fsf.org. Através do projeto GNU, a FSF se propôs a
reunir desenvolvedores do mundo inteiro para criar programas com código aberto, chamados “open source”.
Leia o artigo completo na página 2
Por que não há registros sobre a incidência e a
prevalência do mieloma múltiplo no Brasil?
Vânia Hungria: Isso ocorre por vários motivos, desde a
falta de conhecimento sobre a doença entre os profissionais
de saúde até a falta de acesso do paciente aos serviços
de saúde. Os hematologistas e oncologistas, geralmente
estão atentos ao diagnóstico de mieloma múltiplo, mas
muitas vezes o paciente procura inicialmente o clínico geral
ou outros especialistas, dependendo da sintomatologia
referida. Por não ser uma doença freqüente, na sua prática
diária, nem sempre eles levantam inicialmente essa
hipótese diagnóstica.
Leia a entrevista completa na página 3
Desmistificando os softwares
“open source”
A combinação de programas de computador de código aberto com os programas considerados comerciais pode reduzir
os custos de informática no laboratório
Foto: Felipe Christ
Guilherme Komel*
Quando a revolução da computação
chegou aos centros de pesquisas e
universidades, há mais ou menos 20
anos, os pesquisadores criavam
seus programas e os compartilhavam com outros pesquisadores através do mundo, que, por sua vez, podiam melhorar as características
desses softwares.
Dizia-se que os programas eram livres porque as pessoas podiam fazer aquilo que quisessem com eles,
instalar quantas cópias desejassem
ou modificá-los para as suas necessidades específicas.
Quando as empresas começaram a vender softwares, tomaram providências para que o código fonte desses programas não fosse distribuído livremente. Desta forma, mantinham o controle de cada software produzido. Este foi o
início de uma indústria multimilionária, da qual fazem parte a Microsoft, Oracle, CA e muitas outras. A resposta do
mundo acadêmico para a iniciativa comercial foi a criação
da Free Software Foundation (FSF) — seu site é http://
www.fsf.org. Através do projeto GNU, a FSF se propôs a
reunir desenvolvedores do mundo inteiro para criar programas com código aberto, chamados “open source”. Foi instituído o Copyleft, que é o oposto de Copyright, e a licença
General Public License (GPL), que rege uma boa parcela
dos softwares livres escritos. Existem outras licenças,
como BSD, Mozilla, Apache e MIT, que se diferenciam na
forma como o sistema pode ser utilizado.
O perfil de empresas que têm o seu modelo de negócio
em torno do software open source tende a ser mais voltado para a prestação de serviços, como personalização,
instalação e administração. Como o programa está disponível sem restrições, as empresas que prestam serviços
usando esse tipo de software precisam ter muito conhecimento e atender bem seus clientes, pois isso faz a diferença com a concorrência. O programa mais famoso da
categoria dos open source é o Linux, um sistema
operacional que recebe apoio de muitas empresas de
software, como IBM, Oracle e Sun.
Com o crescimento do Linux, surgiu também uma comunidade mundial muito ativa que desenvolve e
propaga o seu uso. A atitude dessa comunidade é, muitas vezes,
radical porque coloca a Microsoft
e outras companhias no papel de
grandes vilãs.
Open source no laboratório
O Linux não é o único software open
source que existe, apesar de ser o
mais conhecido. Esse tipo de programa, quando bem aplicado, pode
ser um fator importante para reduzir
custos em Tecnologia da Informação (TI), bem como reduzir problemas com segurança.
O software open source não é a solução para todos os
problemas de TI, assim como as empresas que
comercializam programas não são entidades malévolas,
como muitos entusiastas de open source pregam.
As empresas que souberam tirar vantagens de ambos os
mundos — open source e comercial — estão à frente, pelo
menos em teoria.
É muito difícil descrever objetivamente todas as situações
em que os open source podem ser aplicados em um laboratório porque existem muitas variáveis envolvidas, diversos tipos de programa, situações e necessidades em diferentes momentos.
Por esta razão, a abordagem deste artigo procura ser bem
objetiva, com a descrição de algumas classes de programas e situações onde é factível o seu uso.
Os softwares apresentados são uma pequena parcela dos
que existem, assim como os casos abordados mostram
apenas uma fatia da realidade. Estão longe de serem a
palavra definitiva no assunto.
Aconselho que cada caso seja estudado criteriosamente
porque apresentam situações singulares.
Sistema operacional
Controla o computador e faz os outros programas funcionarem.
Linux (http://www.linux.org) - É o sistema operacional livre
mais conhecido e mais utilizado na atualidade.
FreeBSD (http://www.freebsd.org) e OpenBSD (http://
www.openbsd.org) - A família BSD deriva de uma linhagem
de sistemas Unix que foi produzida pela gigante AT&T. São
extremamente confiáveis e cada um tem uma característica específica. O FreeBSD é muito estável e rápido. O
OpenBSD é conhecido como o sistema operacional mais
seguro do mundo.
Banco de dados
Sua função é armazenar dados
MySQL (http://www.mysql.com) - Banco de dados extremamente conhecido
e rápido. É desenvolvido por uma comunidade em conjunto com uma empresa
sueca que vende suporte e licenças especiais.
PostgreSQL (http://www.postgresql.org)
- Criado na Universidade Berkeley, na
Califórnia, é um sistema bastante robusto
e semelhante ao Oracle.
Desktop
Servidor de e-mail
Workflows são
programas
que
automatizam
tarefas no
laboratório
Permite ao usuário utilizar seu computador como estação de trabalho.
KDE (http://www.kde.org) - O K Desktop Enviroment é
composto por uma série de programas. Sua interface é
bastante semelhante à do Windows.
OpenOffice (http://www.openoffice.
org.br) - Aplicativo similar ao Office, da Microsoft, que permite criar planilhas (como o Excel), textos (semelhante ao
Word) e apresentações (similar ao PowerPoint). É possível ler e criar arquivos nos formatos “doc” (Word), “xls”
(Excel) e “ppt” (PowerPoint).
Wine (http://www.codeweavers.com e http://
new.linuxjournal.com/node/2788) - Permite rodar aplicações
feitas para Windows em ambiente Linux. Existem versões
comerciais fáceis de utilizar.
Workflow
Programa para gerar fluxos de ações,
conhecidos como workflows, que
indicam e, em certas situações,
automatizam tarefas.
Xflow (http://xflow.sourceforge.net) Utilizado para criar workflows e
automatizar tarefas.
Linguagem de programação
Apache (http://www.apache.org) - Extremamente confiável
e seguro, é o servidor web mais utilizado no mundo.
Tomcat (http://jakarta.apache.org) - Servidor para
aplicativos Java (programa que contém a lógica do site) e
permite criar aplicações na internet que utilizam esta
tecnologia. O Java não é considerado open source pois o
seu código fonte não está disponível. Porém, por ser um
padrão aberto, suas especificações são abertas para
qualquer pessoa.
Servidor de internet
Conhecidos como servidores web, têm como função servir
páginas na internet
Exemplos de aplicações
Caso 1 – Acesso à internet
Determinado laboratório decide fornecer
acesso à internet aos seus funcionários
Solução:
Através de um firewall — programa que impede o acesso,
pela internet, de usuários não autorizados — desenvolvido
em Linux, OpenBSD ou FreeBSD —, é possível
compartilhar uma conexão de internet com vários usuários
e manter um grau confortável de segurança, restringir o
acesso a endereços e manter um histórico de navegação.
Caso 2 – E-mail corporativo
É possível que o laboratório mantenha e-mails “internos”
para a troca de informações no ambiente de trabalho. Ou,
ainda, através de um link de internet, é possível que o
servidor de e-mails esteja localizado nas instalações da
empresa. Quando a troca de e-mails dentro da empresa é
intensa, esta situação específica é aconselhável porque
economiza banda de internet.
A combinação
adequada de
programas
reduz custos
na compra de
softwares
Sua função é possibilitar a criação de
sistemas.
PHP (http://www.php.net) - É muito
utilizada na construção de aplicativos na internet.
Perl (http://www.perl.org) - Muito flexível e usada para gerar
relatórios e aplicações na internet.
GCC (http://gcc.gnu.org) - É o compilador para linguagem
C, entre outras, que foi criado pelo projeto GNU.
Envia e recebe e-mails
Qmail (http://www.qmail.org/top.html)Solução bastante robusta e segura.
Sendmail (http://www.sendmail.org) O mais utilizado no mundo.
Postfix (http://www.postfix.org)- É
simples, rápido e seguro.
Solução:
Ao utilizar um servidor de e-mail (Qmail,
Sendmail ou Postfix), é possível fornecer
este serviço dentro da empresa. Pode
ser utilizado também webmail,
empregando um conjunto formado por
um sistema de webmail (escrito nas
linguagens PHP ou Perl), um servidor
web e um banco de dados.
Caso 3 – Redução de licenças
Windows
Em muitos casos, a compra do sistema Windows pode
ser substituída por uma solução mais barata.
Solução 1:
Utilizando a combinação Linux + KDE + OpenOffice ou
Linux + Gnome + OpenOffice, é possível fornecer aos
usuários a possibilidade de realizar normalmente suas
tarefas do dia-a-dia.
Solução 2:
As combinações Linux + KDE + Wine ou Linux + Gnome
+ Wine permitem que os usuários que exigem o Microsoft
Office utilizem uma solução mais barata para a empresa,
sem perder o poder que o programada da Microsoft oferece.
Também possibilita rodar outros aplicativos, como o
Photoshop. Esta solução não isenta a empresa de adquirir
a licença do Microsoft Office ou do Photoshop.
Solução 3:
É possível rodar o Linux através de um único disquete em
cada estação de trabalho e instalar os aplicativos em um
servidor que atende a rede (servidor remoto). Esta solução
é particularmente interessante pois retira o HD (Hard Disk
ou disco rígido) das estações de trabalho, o que diminui
bastante os custos de manutenção com os equipamentos
— os HDs são a principal fonte de problemas. As cópias
de segurança (back-up) da empresa ficam centralizadas
em poucos servidores, o que aumenta a segurança geral.
Caso 4 – Website do laboratório
O laboratório decide oferecer, através de seu site na internet
(website), informações para clientes e parceiros juntamente
com resultados de exames.
Solução 1:
O uso de Linux + Apache + PHP + MySQL ou Linux +
Apache + PHP + PostgreSQL permite construir um website
que satisfaça as necessidades de clientes e parceiros.
Solução 2:
Com Linux + Java + Tomcat + MySQL ou Linux + Java +
Tomcat + PostgreSQL é possível construir aplicativos
sofisticados que conseguem, inclusive, se comunicar com
o sistema administrativo do laboratório para mostrar
resultados de exames e outras informações relevantes.
Caso 5 – Automatização de processos
O laboratório deseja automatizar tarefas internamente. Por
exemplo, verificar os dados de interface com um
determinado equipamento e interagir com o sistema de
billing interno ou determinar a compra de suprimentos.
Solução:
Através de uma ferramenta de workflow, é possível
automatizar inúmeras tarefas.
Caso 6 – Interface com equipamentos
O laboratório pretende fazer o interface entre computadores
e os equipamentos.
Solução: A utilização do compilador GCC permite escrever
programas em que os computadores se comunicam com
os equipamentos além de interagir com outros sistemas
do laboratório, como ERP (Enterprise Resource Planning)
ou workflow.
Código fonte e código de máquina
Software ou programa é um conjunto de
instruções que, ao serem executadas pelo
computador, geram um determinado resultado.
Um exemplo é um programa para cálculos. Ao
ser alimentado com dados, que são
processados por instruções do programa, ele
fornece o resultado a partir de ações definidas
na codificação.
Os computadores são baseados em uma lógica
binária (“0” e “1” ou “sim” e “não”), o que torna
a sua linguagem interna diferente da que nós,
seres humanos, usamos. Por esta razão, foram
criadas diversas linguagens para programação
que se aproximam da linguagem humana.
Através de um programa especial chamado
“compilador”, é possível transformar o código
fonte (programa escrito) em código de máquina
(executado pelo computador).
Os programas devem ser compilados, isto é,
transformados em código de máquina para
poderem ser interpretados e realizados pelo
computador.
*Guilherme Komel é analista de sistemas e trabalha com
open source desde 1993 ([email protected])
Mercado
Probac - O Sistema Hemobac Trifásico, para detecção de bactérias e fungos,
com dois indicadores de crescimento (crescimento em meio de cultura sólido e
indicador de CO2) foi validado pela Fundação Pró-Sangue, para o controle
microbiológico dos hemocomponentes, com o trabalho apresentado no Congresso Hemo 2004. É um sistema automatizado que permite a rápida visualização
da possível contaminação bacteriana existente nos hemocomponentes. Para mais
detalhes do sistema e conhecer trabalhaos publicados, veja
http://www.probac.com.br/hemobactrifasico/
Mieloma múltiplo
Mieloma múltiplo
Não existem dados estatísticos confiáveis sobre a incidência e a prevalência
do mieloma múltiplo no Brasil. Nos Estados Unidos, ocorrem cerca de 14,5 mil
casos novos a cada ano. Ele corresponde a 10% das doenças malignas
hematológicas.
A convite da SBPC/ML, um documento sobre o mieloma múltiplo, com ênfase
no diagnóstico, foi elaborado — e está em fase de conclusão — pelos patologistas clínicos Angelo Maiolino e Paula Bottini e a hematologista Vânia
Hungria. Nesta entrevista, dois desses especialistas falam sobre a situação
da doença no Brasil e seu diagnóstico.
Fotos: Lizimar Dahlke
maior precisão, a doença?
Vânia Hungria:
No início a doença é assintomática e a suspeita
diagnóstica pode surgir em exame de rotina,
identificando o aumento de determinadas proteínas
no sangue.
Dentre esses sintomas, qual é o mais
freqüente?
Vânia Hungria:
Quando os sintomas surgem, são mais freqüentes
os relacionados à anemia – como cansaço e
fraqueza - e dores ósseas, principalmente lombalgia.
Vânia Hungria
Os laboratórios no Brasil, de um modo geral,
Por que não há registros sobre a incidência e a
prevalência do mieloma múltiplo no Brasil?
Vânia Hungria:
Isso ocorre por vários motivos, desde a falta de
conhecimento sobre a doença entre os profissionais
de saúde até a falta de acesso do paciente aos
serviços de saúde. Os hematologistas e oncologistas
geralmente estão atentos ao diagnóstico de mieloma
múltiplo, mas muitas vezes o paciente procura
inicialmente o clínico geral ou outros especialistas,
dependendo da sintomatologia referida. Por não ser
uma doença freqüente na sua prática diária, nem
sempre eles levantam inicialmente essa hipótese
diagnóstica.
Quais são as conseqüências da falta de
informação adequada?
Vânia Hungria:
Uma das conseqüências é o diagnóstico tardio, já
com a doença avançada. Em uma avaliação de 541
pacientes com mieloma múltiplo de seis centros
brasileiros, 83% se apresentavam em estado
avançado da doença ao diagnóstico.
Quais são os sintomas que podem sugerir, com
Paula Bottini
estão preparados para auxiliar no diagnóstico
do mieloma múltiplo?
Paula Bottini:
Uma das maiores dificuldades enfrentadas é a falta
de fornecimento de mais informações pelos clínicos
sobre a história e os dados clínicos dos pacientes,
bem como sua hipótese diagnóstica. De uma maneira
geral, quando o laboratório está ciente da
possibilidade de se tratar de um mieloma múltiplo,
ele pode fornecer informações acuradas, através da
realização de exames mais específicos e mais
indicados para esses casos.
Além disso, até o momento, não existe uma
padronização de consenso para investigação
laboratorial do mieloma múltiplo.
Quais são os critérios para o diagnóstico da
doença?
Vânia Hungria:
Os critérios mínimos para diagnosticar o mieloma
múltiplo consistem de medula óssea com mais de 10%
Quais exames devem ser realizados para esse de plasmócitos ou plasmocitoma, e pelo menos um
dos seguintes achados: (1) proteína monoclonal no
diagnóstico?
soro (geralmente > 3 g/dl); (2) proteína
monoclonal na urina, e (3) lesões
Paula Bottini:
A falta de
ósseas líticas. Esses achados não
A investigação laboratorial do
conhecimento
podem estar associados a carcinoma
mieloma múltiplo inclui uma variedade
sobre a doença metastático, doença do tecido
de exames de vários níveis de
conjuntivo, infecção crônica ou
complexidade. Esta avaliação
dificulta o
linfoma.
inicialmente tem o objetivo de
diagnóstico
demonstrar a presença e a
O que a SBPC/ML está fazendo
quantidade de uma proteína anormal
precoce
para difundir as informações sono soro e na urina, através de
bre a doença e seus métodos de
técnicas de eletroforese em gel de
diagnóstico?
agarose. A definição do tipo de proteína anormal é
feita identificando as cadeias leves e pesadas
envolvidas, utilizando-se preferencialmente técnicas Paula Bottini:
o
de imunofixação. A dosagem das imunoglobulinas e Durante o 38 Congresso Brasileiro de Patologia
de cadeias leves livres define o grau de envolvimento Clínica, em setembro de 2004, em Florianópolis, foi
da proteína identificada. A pesquisa da proteína de realizada uma mesa redonda sobre diagnóstico e
Bence Jones, através de técnicas de precipitação e monitorização do mieloma múltiplo, onde foram
turvação, deve ser abandonada porque ela discutidos seus aspectos clínicos e laboratoriais, os
apresenta uma porcentagem muito elevada de fatores prognósticos, os aspectos analíticos e várias
resultados falso-negativos, podendo atingir até 50% recomendações e controle de qualidade. Além disso,
dos casos. Não se deve utilizar tiras reagentes na encontra-se em fase final de elaboração um
avaliação da proteinúria porque elas detectam documento que reúne todas informações relativas
apenas a albumina. Recomenda-se realizar a ao mieloma múltiplo, com especial ênfase no seu
dosagem da proteinúria através de métodos diagnóstico.
colorimétricos.
Gestão Estratégica em Medicina
Laboratorial
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