ESCOLA POPULAR COOPERATIVA DE APUIARÉS blog: http://epc-apuiares.blogspot.com e-mail: [email protected] End: R MANOEL SOARES GUIMARAES S/N CURSO DE INICIAÇÃO DA METODOLOGIA DO PRECE Dinâmica de apresentação (História de vida) Metodologia de Educação em Células Cooperativas Formação de Monitores METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO EM CÉLULAS COOPERATIVAS Mais um ano de trabalho se inicia e gostariamos de lhes mostrar e convidá-los a conhecer melhor nossa metodologia de trabalho. Hoje abordaremos sobre celular de estudo, grupo e equipe. Será que são a mesma coisa? Ou serão diferentes? O que nossas celulas de estudo tem haver com isto? Pois bem, grupo é um conjunto de pessoas com o mesmo objetivo, sendo que este pode ser individual ou coletivo, os intregrantes estão reunidos em torno de um interesse comum. Será que como estudantes nas celulas termos objetivos em comuns? Se termos, então samos um grupo, mesmo que não, ainda seremos um grupo, pelo simples fato de estamos nos reunido para realizar uma atividade em comum “estudar”. Vivemos em grupo, em casa, na nossa rua, no nosso bairro, cidade, país, no planeta globalizado. Querendo ou não, sabendo ou não, vivemos em grupo. Muitas vezes não temos nem noção de quanto dependemos uns dos outros. Passamos a vida aprendendo a viver em sociedade, ou seja, em grupos. Há uma pequena diferença que precisa ser elucidada e não pode ser confundida. Toda equipe é um grupo, porém nem todo grupo é uma equipe. Grupo é o conjunto de pessoas que se reunem por objetivos comuns, por uma afinidade em comum. No entanto, este grupo não é uma equipe, por que, equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns atuando no cumprimento de metas especificas para alcança os objetivos. Por exemplo: “grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao 1 mesmo filme. Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas tem o mesmo objetivo: assistir ao filme. Já equipe pode ser o elenco do filme. Todos trabalham juntos para atigir uma meta especifica, que é fezer um bom filme”. O trabalho em equipe surge quando o grupo tem o mesmo objetivo e é direcionado com o firme propósito de alcaçá-lo. Transformamos uma grupo em equipe quando determinamos objetivos, metas em comuns e responsáveis pelos resultados. Uma equipe utileza as habilidades, as competências e os recursos de cada membro em prol dos objetivos a serem alcançados. O trabalho em equipe combina os talentos dos individuos para gerar algo mais do que é possivel com cada individuo tomando em separado, na equipe, o todo é maior que as partes, ou seja, uma equipe se constroi com uma nova identidade sendo mais do que apenas um somatório de membros. O trabalho em equipe proporciona uma interação entre as pessoas, onde elas tanto aprendem como também são sujeitos do saber, mesmo que seja apenas pelo fato de sua experirência de vida. E agora que já sabemos a diferença entre grupo e equipe, o que queremos que nossas celulas de estudo sejem, um grupo com apenas um objetivo em comum ou uma equipe com o foco e metas especificas a serem alcançadas A metodologia de ensino do PRECE (METODOLOGIA DE ESTUDO EM CÉLULAS COOPERATIVAS) é semelhante ao Método Lancasteriano e tem por princípio norteador o pensamento da Pedagogia Libertadora de Paulo Freire, assumindo a proposta de promover uma educação reflexiva e questionadora, onde todos os envolvidos no processo educativo assumam a condição de sujeitos históricos, vivenciando a condição de protagonistas e construtores da própria realidade, na condição de atores sociais que recebem e ao mesmo tempo influenciam o meio em que vivem. O estudo e o agir em células privilegiam a construção do saber de modo interativo, coletivo e cooperativo, por intermédio do compartilhamento de conhecimentos entre estudantes, proporcionando ao grupo a aquisição da autonomia intelectual, através de uma formação reflexiva e questionadora, produzindo, deste modo, uma consciência político-social indispensável na construção de homens e mulheres capazes de tomar decisões baseadas em suas próprias conclusões. Ao chegar ao PRECE, os estudantes fazem uma avaliação diagnóstica para 2 identificar o nível de seus conhecimentos. A seguir, são organizados em células de no mínimo cinco, e no máximo, oito pessoas, de acordo com esse nível e, com a ajuda de um monitor, passam a estudar, inicialmente, as cinco disciplinas básicas (português, matemática, biologia, história e geografia). Após esse período, chamado de revisão, os educandos passam a estudar conteúdos direcionados para o ingresso no ensino superior. Os professores, que são ex-estudantes do Pré-vestibular, ao mesmo tempo em que compartilham conhecimentos específicos sobre as disciplinas curriculares, também preparam os estudantes para agirem como multiplicadores e monitores dessa estratégia de educação. Faz parte do currículo, um Curso de Formação Política, onde os estudantes, utilizando a mesma metodologia, e, com a utilização de textos, filmes e debates discutem a sua realidade e o que fazer para transformá-la. Cada estudante, após o ingresso no Ensino Superior, retorna à sua comunidade de origem para ajudar os que ainda não conseguiram ser aprovados no vestibular, e, após a sua graduação, são estimulados desenvolver projetos que favoreçam o desenvolvimento sustentável da sua região. 3 FORMAÇÃO DE MONITORES • Quem é o monitor? - É um estudante que se identifica com uma determinada disciplina e consequentemente tem maiores conhecimentos nela. Atua numa célula de estudo, formada, em média, por 05 a 08 estudantes, onde compartilha os seus conhecimentos, e colabora na aquisição do conhecimento da célula. O monitor tem a função de tirar dúvidas, estimular e verificar o aprendizado, a freqüência e aplicar as avaliações periódicas. Pode atuar em várias disciplinas desde que tenha tempo para estudar e goste das disciplinas. • Qual o nível de conhecimento que um monitor deve ter? – Deve ter uma boa base na disciplina em que vai atuar e isso será medido através de uma avaliação diagnóstica ou sondagem. • O que é avaliação diagnóstica ou sondagem? – É uma avaliação que os estudantes fazem ao se matricularem no pré-vestibular cooperativo, para sondar ou ter um diagnóstico da sua aprendizagem, a fim de formarem células de estudo ou atuarem como monitores, de acordo com o seu nível de conhecimentos. • Quais os critérios para avaliar se um monitor está atuando corretamente? Quem avalia o monitor? Os critérios a serem avaliados serão: assiduidade, pontualidade, relacionamento com os estudantes, participação, capacidade de exposição dos conteúdos, capacidade de levantar questionamentos, expressão oral, nível de estímulo, respeito, atenção e esclarecimentos de dúvidas. Essa avaliação deverá ser feita pela célula que ele coordena e pelo coordenação. • Como saber quando o estudante está apto a ir para uma célula mais avançada? – O próprio estudante poderá se auto-avaliar e pedir ao monitor para ser colocado numa célula mais avançada. O contrário também pode acontecer. • Como um estudante que inicialmente não era monitor pode se tornar um monitor? – A idéia inicial é que todos os estudantes atuem como monitores e estudantes. Por exemplo: um estudante pode ser monitor de matemática e apenas estudante nas outras disciplina. 4 FACILITADORES MONITORES E ESTUDANTES Amigos facilitadores, monitores e estudantes... Vocês estão começando uma nova etapa de suas vidas, onde o saber empírico passa a ter importância juntamente com o saber científico, para a formação de pessoas comprometidas com o desenvolvimento humano. Não estamos simplesmente acreditando que os monitores e estudantes irão ingressar em uma universidade, mas que você irão adquirir ferramentas para o desenvolvimento de habilidades humanas que farão uma grande diferença na vida de vocês, dos seus familiares e de todas as comunidades envolvidas nesse processo. Quero e devo acreditar que o sonho de vocês não morreu, pois todos precisamos ter um sonho, e quando se perde a vontade de sonhar, estamos mortos e não sabemos. Nunca deixem de sonhar e acreditar nos sonhos, pois são eles que vão fazer a diferença. Boa Sorte nessa nova caminhada. “A auto-estima faz a diferença na hora de enfrentarmos os desafios da vida. Alta, ela é nossa maior aliado. Baixa, o nosso pior inimigo.” 5