DIFERENTES ARRANJOS DE BORDADURA EM EXPERIMENTOS DE SOJA DIFFERENT ARRANGEMENTS OF SIDE BORDER IN SOYBEAN EXPERIMENTS Thomas Newton Martin1, Luiz Marcelo Costa Dutra2, Adilson Jauer3, Lucio Zabot4, Daniel Uhry5, Antônio Luís Santi³, Cassiano Stefanelo6, Orlando Antônio Lucca Filho7 RESUMO Atualmente não existe na literatura, um consenso na utilização de linhas de bordadura em experimentos envolvendo a cultura da soja. Devido a isso, foi conduzido experimento, em área pertencente ao Departamento de Fitotecnia no Campus da Universidade Federal de Santa Maria. O objetivo foi avaliar a necessidade de bordadura sobre diferentes tipos de parcelas experimentais no interior e no perímetro dos experimentos. Os tratamentos constaram de duas cultivares de soja (BRS 137 e FEPAGRO - RS 10) conduzidos sobre o delineamento blocos ao acaso (três blocos), contendo amostragem na parcela. Foram simulados 13 tipos de parcelas experimentais e estas foram comparadas através de seus quadrados médios, testes de F e teste de coeficiente de correlação linear (5% de probabilidade de erro). Concluiu-se que o emprego de bordadura, em parcelas experimentais de soja, independe das cultivares testadas, variando conforme o tamanho e forma da parcela experimental estudada. A utilização de bordadura é necessária em parcelas pequenas em comparação a parcelas grandes, além de não existir a necessidade de bordadura envolvendo o perímetro dos experimentos das cultivares envolvidas neste ensaio. Palavras-chave: comparação de cultivares, precisão experimental, experimento de uniformidade. 1 Engo. Agro. M.Sc. Doutorando ESALQ/USP, [email protected] Engo. Agro. , Dr. Prof. Adj., Dep. de Fitotecnia, UFSM, E-mail [email protected] 3 Engo. Agro. M.Sc. Doutorando Produção Vegetal/UFSM 4 Aluno do curso de Agronomia, Bolsista CNPq, CCR- UFSM. 5 Aluno do curso de Agronomia. Bolsista PET, CCR- UFSM 6 Aluno do curso de Agronomia, CCR – UFSM. 7 Eng. Agr., Dr. Prof. Adj., Dep. de Fitotecnia, Universidade Federal de Pelotas (UFPel). 2 Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 63 Diferentes arranjos... ABSTRACT At present there is not in the literature an agreement about the use of lines of side border in experiments involving soybean cultures. Because this, an experiment was conduced, in area pertaining to the Department of Crop Science in Santa Maria University Campus. The objective was to evaluate the need of side border on different kinds of experimental plots in the interior and on the perimeter of the experiments. The treatment consisted of two cultivars of soybean (BRS 137 and FEPAGRO – RS 10) conduced over a randomized block design (three blocks), containing samples on the plot. Thirteen kinds of experimental plots were simulated and these were compared through its mean squares, F test and test of coefficient of linear correlation (5% of probability of error). We concluded that the application of side border, in experimental plots of soybean, independent of the tested cultivars, varying accordant to the size and the shape of studied experimental plot. The use of side border is necessary in small plots in comparison to big plots, besides do not exist the need of side border involving the perimeter of experiments of cultivars in this trial. Key words: comparison of cultivars, experimental precision, experiment of uniformity lateral, por outro lado, caso o efeito da INTRODUÇÃO bordadura seja nas cabeceiras das parcelas, A precisão experimental é afetada tem-se o efeito da bordadura de por diversos fatores, dentre eles destacam- extremidade (CONCEIÇÃO et al., 1993). se a Em alguns casos, as competições podem heterogeneidade do material experimental, ocorrer simultaneamente ou em outros as competições intraparcelar e interparcelar, casos existe a influência apenas de uma amostragem na parcela, dentre outros delas. (STORCK et al., 2000). A competição bordadura possuem a função de prevenir interparcelar pelas que as plantas adjacentes influenciem na parcelas adjacentes por recursos do meio, performance da linha central da parcela ou seja, é o diferente desempenho entre as (FEHR, 1993). a heterogeneidade é aquela do solo, exercida Então, as plantas situadas na plantas das fileiras laterais e extremidades Esse efeito pode ser atribuído a das fileiras centrais e as plantas da parte influências de áreas não cultivadas ou central em uma parcela, a este fenômeno parcelas que receberam tratamentos muito nomeia-se de efeito de bordadura. Quando a distintos entre si, que residam lado a lado, influência se verifica sobre os lados da como é o caso de experimentos com parcela, tem-se o efeito de bordadura adubação ou ensaios de competição de Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 Martin, T.N. et al. 64 alturas Na cultura do feijoeiro comum, contrastantes. Para a obtenção dos dados VALENTINI et al. (1988) destaca que não experimentais, costumeiramente, utilizam- ocorreu efeito significativo das fileiras se somente os resultados das plantas ou externas de bordadura sobre o estande final, fileiras experimento, produção de sementes, altura das plantas, e desconsiderando as plantas e/ou fileiras índice de colheita das fileiras centrais nos mais externas. Essa metodologia faz com espaçamentos utilizados entre filas (0,40, que mais 0,50 e 0,60 m). Esses resultados concordam confiáveis, devido às parcelas vizinhas com RIBEIRO, et al. (2001) e MARQUES exercerem menor influência no desempenho JÚNIOR apud RAMALHO et al. (2000). do centro da parcela. Freqüentemente, a No entanto, COSTA & ZIMMERMANN utilização de filas de bordadura são (1998), destacam que para o feijoeiro evitadas, pois implicam em uma área comum existe o efeito de bordadura lateral experimental maior, o que pode aumentar a intercultivares, sobre o rendimento de grãos heterogeneidade entre as parcelas, e com e a altura das plantas é dependente do tipo isto, o erro experimental. O custo de de planta (hábitos de crescimento I, II e execução do experimento é alterado devido IIIa) nas parcelas centrais, e do tipo de a incrementos na instalação e na condução planta das fileiras utilizada como bordadura tornando-o mais oneroso, exigindo além lateral. cultivares os de centrais plantas de resultados com um possam ser dos custos financeiros uma maior mão de Estudos referentes ao efeito de obra (ARRUDA, 1959; VALENTINI et al., bordadura na cultura da soja (Glycine max 1988). (1991) (L.) Merril), nas condições brasileiras não relacionam o melhor desempenho das são freqüentes, apenas há referências sobre parcelas menor o tamanho ótimo de parcelas utilizados para competição intergenotípica. Quando não o rendimento de grãos como sendo de 3,1 forem utilizadas fileiras de bordadura nas unidades básicas (4,5 m2), sem a referência microparcelas e houver a possibilidade de do uso ou não de bordadura (WEBER & diferentes competidores conviverem lado a HORNER, 1957). Já PIGNATARO & lado nas parcelas de campo devem-se usar GONÇALVES (1972), constataram que parcelas com duas ou mais linhas, pois parcelas quadradas com 10 unidades, 2 x 5 neste caso, qualquer tipo de competição unidades e 5 x 2 unidades, apresentaram entre parcelas será praticamente eliminado coeficientes de variação de 9,7 e 9,8%, (FEHR, 1993). respectivamente. BERTOLUCCI mais largas et com al. a Nesse estudo foi Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 65 Diferentes arranjos... verificado que o tamanho ótimo de parcela, Adubação e Calagem para os Estados do para a cultura da soja, é de 3,1 unidades Rio Grande do Sul e Santa Catarina básicas que correspondeu a 1,80 m² a 3,6 (SOCIEDADE m², sem perda de eficiência técnica. CIÊNCIA DO SOLO, 1995) para a cultura BRASILEIRA DE O objetivo deste trabalho foi o de da soja, utilizando 4,8 toneladas de calcário avaliar a necessidade de bordadura sobre PRNT 100% ha-1, aplicado quatro meses diferentes tipos de parcelas experimentais antes da semeadura e 350 kg ha-1 da para o mesmo tipo de competidor e formulação 0-25-25 na semeadura. verificar a necessidade de bordadura no perímetro dos experimentos. As cultivares utilizadas foram a BRS 137 (ciclo semi-precoce) e Fepagro RS-10 (ciclo tardio), as quais foram MATERIAL E MÉTODOS semeadas em 19 de dezembro de 2000 na O experimento foi conduzido na densidade de 400.000 plantas ha-1. Foram área do Departamento de Fitotecnia no executadas todas as práticas culturais Campus da Universidade Federal de Santa recomendadas para obtenção do máximo Maria, no município de Santa Maria – RS, controle de insetos, moléstias e plantas região climática da Depressão Central, a daninhas, garantindo que o experimento se uma altitude de 95m, latitude 29º 42’ 24” S desenvolvesse sem nenhuma interferência e longitude 53º 48’ 42” W. O clima da desses fatores. região, segundo de A parcela possui a forma quadrada KÖEPPEN (MORENO, 1961) é do tipo Cfa com 8 metros de lado, sendo composta por – temperado chuvoso, com chuvas bem 18 linhas separadas 0,44m entre si. Para as distribuídas ao longo do ano e subtropical avaliações, as parcelas foram subdivididas do ponto de vista térmico. O solo pertence à em 144 unidades básicas de um metro Unidade de Mapeamento São Pedro, sendo linear. As parcelas possuíram quatro metros classificado no Sistema Brasileiro de que circundaram cada parcela, livres de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999) vegetação. Para cada unidade básica (1 x como 0,44m), foi avaliado o rendimento de grãos Argissolo a classificação Vermelho Distrófico Arênico. a 13% de unidade (RG). Essa variável foi A correção do solo e a adubação da analisada segundo o esquema bifatorial área foram realizadas de acordo com os (cultivar x tipo de parcela) no delineamento resultados em blocos ao acaso, com três repetições para concordância com as Recomendações de cada tratamento, cujo modelo é definido por da análise de solo, Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 Martin, T.N. et al. 66 STORCK et al., (2000). Para as parcelas pelo método de Tukey, expresso em principais planejaram-se 13 diferentes tipos percentagem da média, cuja estimativa foi de parcela, descritas na tabela 1. Sobre cada obtida um desses tipos de parcela foi procedida a ∆ = qα ( n;GLE ) QM E / J ; qα ( n;GLE ) é o valor verificação das pressuposições do modelo matemático (aleatoriedade dos erros estimados; homogeneidade da variância dos erros estimados entre as cultivares; aditividade do modelo matemático; e, normalidade da distribuição dos erros estimados) conforme aplicações de e GLE graus de liberdade do erro; QME é a estimativa de interação significativa do tipo de parcela sobre a cultivar e a comparação de médias dos diferentes tipos de bordadura foi realizado através do teste Scott-Knott (SCOTT & KNOTT, 1974). para cada uma das 13 conformações teste de F, foram procedidas com o pacote estatístico SOC – NTIA (EMBRAPA, 1997). Os quadrados médios das áreas formadas nos tipos de parcela experimentais foram comparados teste de F para verificar a homogeneidade entre os mesmos. Foi estimado, para cada análise, o coeficiente de correlação contrastes linear formados. entre todos os Para avaliar a magnitude da precisão, em cada situação, foi estimada a erro experimental; J repetições; m̂ é a estimativa da média do experimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO do modelo matemático, verificou-se que em todos os tipos de parcelas formadas as pressuposições foram respeitadas, para a variável rendimento de grãos, indicando que a análise paramétrica é adequada. Na tabela 2, que apresenta a análise da Realizou-se análise da variância pelo do Segundo a análise das pressuposições Em seguida verificou-se a existência e onde: tabelado para o teste de Tukey, n cultivares MARQUES (1999). experimentais DMS = 100 * ∆ mˆ , por diferença mínima significativa (DMS) entre as cultivares, variância para o rendimento de grãos (Kg ha-1), não havendo efeito significativo para a interação cultivar x tipo de parcela, indicando que os genótipos BRS 137 e Fepagro RS-10 comportam-se da mesma maneira quanto aos resultados apresentados pelos diferentes experimentais estratificação tipos de parcelas formados, ou seja, dos grupos das a médias formados é o mesmo. O efeito de bloco foi significativo, indicando que para experimentos futuros, com os mesmos tratamentos e no mesmo local, existe a necessidade do uso de blocos. O fator cultivar também obteve efeito significativo Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 67 Diferentes arranjos... referindo-se que os cultivares possuem DMS% (24,53) está classificada como desempenhos média (LÚCIO, 1997). distintos quanto ao rendimento de grãos. O rendimento de O coeficiente de variação e demais grãos médio obtido neste experimento foi parâmetros estão representados na tabela 3, de 2808,47 Kg ha-1, sendo este superior a sendo que o CV variou de 2,50 (P3) a 12,56 media do estado do Rio Grande do Sul na (P4). O rendimento de grãos diferiu pelo ha-1) teste de F a 5% de probabilidade de erro safra 2000/01 (2339,00 Kg (INDICAÇÕES TÉCNICAS, 2001). apenas no tipo de parcela P3, não sendo Através do teste de comparação de diferente nas demais parcelas. A tabela 4 médias, verificou-se a formação de cinco apresenta os coeficientes de correlação grupos distintos, onde o tipo de parcela P2 linear entre os diferentes tipos de parcelas. obteve a maior média, diferindo do P3, P4, A partir dessa tabela, pode-se verificar que onde estes três tipos de parcelas formadas os tipos de parcela P1, P2 e P3 não se obtiveram suas médias superiores a média correlacionam geral do experimento (2808,47 Kg ha-1). nenhum Em seguida observou-se a formação de um indicando que o rendimento de grão não grupo intermediário composto pelos tipos segue uma tendência nestes contrastes. No de parcelas P11, P12, P5, P6 e P13, que não entanto, a partir do tipo de parcela P4 a diferiram entre si. Os tipos de parcela P1, freqüência P10, P9, P7 e P8, também não diferiram significativas positivas passa a ser maior. O entre si e apresentaram as mais baixas teste de homogeneidade entre as variâncias médias de rendimento, onde se destaca que dos P1 é a menor parcela formada (1,78 m2), somente o contraste entre P2 e P3 não diferiu quanto ao rendimento de grãos apresentou do presente grupo, mas possui uma área indicando que ao usar parcelas do tamanho bem menor que as parcelas deste grupo de P2, existe a necessidade de utilização de indicando linhas de bordadura no seu entorno. Quando que a P1 não representa significativamente com do outros tipos de parcela, de contrastes correlações formados variâncias presença dos lineares verifica que heterogêneas, corretamente o rendimento de grãos das a cultivares. O coeficiente de variação médio possuírem dos tipos de parcela foi de 6,98, sendo crescimento, como no caso do presente classificado como baixo e a precisão experimento. Esse fato ocorre devido às experimental é classificada como alta e a parcelas principais possuírem a mesma o competidores mesmo laterais desempenho de cultivar em toda a parcela. No entanto, P2 Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 Martin, T.N. et al. 68 apresenta coeficiente de variação de 10,43 e prática. necessita de bordadura e P3, com área um necessidade do uso de bordadura no 2 Além disto, não existe a pouco superior (5,33m ), não necessitando perímetro do experimento, devido a fraca de bordadura indica-se a utilização de competição entre as plantas que estão parcelas tal localizadas no perímetro da parcela com conformação, de forma a buscar a melhor suas vizinhas mais internas, nas duas precisão nos ensaios. Esse tipo de parcela, variedade cultivadas de soja estudadas. experimentais com que apresentou esse desempenho, apresenta o seu tamanho próximo ao valor do CONCLUSÕES tamanho ótimo de parcela encontrado por A utilização de bordadura, em WEBER & HORNER (1957), que foi de parcelas experimentais de soja, independe 4,5 m2 e superior ao valor encontrado por as cultivares testadas; PIGNATARO & GONÇALVES (1972), 2 que era de 1,8 a 3,6 m . cultura da soja, varia conforme o tamanho e Na cultura da soja não existe um consenso entre os pesquisadores e instituições de pesquisa no tamanho ótimo de parcela utilizado e quanto ao uso de bordadura, como A necessidade de bordadura, para a por forma da parcela experimental estudada, sendo necessária em parcelas pequenas em comparação a parcelas grandes; E não existe a necessidade de exemplo, bordadura envolvendo o perímetro dos BERTAGNOLLI et al. (2001) e BONATO experimentos das variedades cultivadas de et al. (2001) em experimentos com a cultura soja envolvidas nesse ensaio. da soja utilizaram parcelas com 10,0 m² de área total e útil de 4,0m². Entretanto, REFERÊNCIAS RODRIGUES et al (2000) utilizaram ARRUDA, H.V. Sobre a necessidade de parcelas com área total de 20m² e útil de fileiras de bordadura, em experimentos de 5,0m². Em experimentos realizados por campo. Bragantia, Campinas, v.18, n.2, SANTOS p.101-106, 1959. & FONTANELI (2001) utilizaram uma área total de 200m² e útil de 54m². Indica-se, que onde as parcelas experimentais tendem a ser menor como P2, deve-se atentar para o uso de bordadura, no entanto, quando as parcelas são maiores não há necessidade do emprego de tal BERTAGNOLLI, P.F.; BONATO, E.R.; PEGORARO, D.G.; et al. Experimentação preliminar de linhagens de soja da Embrapa Trigo. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (Passo Fundo, RS). Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 69 Diferentes arranjos... Soja: resultados de pesquisa, 2000/2001. 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Área Matriz 4 1,78 F9 e F10 * C4 e C5 2 8 3,56 F8 a F11 * C4 e C5 6 2 12 5,33 F7 a F12 * C4 e C5 4 4 4 16 7,11 F8 a F11 * C3 a C6 5 6 6 36 16,00 F7 a F12 * C2 a C7 6 10 4 40 17,78 F5 a F14 * C3 e C6 7 8 8 64 28,44 F6 a F13 * C1 a C8 8 10 8 80 35,56 F5 a F14 * C1 a C8 9 14 6 84 37,33 F3 a F16 * C2 e C7 10 12 8 96 42,67 F4 a F15 * C1 a C8 11 14 8 112 49,78 F3 a F16 * C1 a C8 12 16 8 128 56,89 F2 a F15 * C1 a C8 13 18 8 144 64,00 F1 a F18 * C1 a C8 TABELA 2. Análise da variância para variável rendimento de grãos (Kg ha-1), fonte de variação (FV) dos diferentes tipos de parcela experimentais formados, graus de liberdade (GL), quadrado médio (QM), média, grupos formados pelo teste de comparação de médias, valor do delta de Tukey (∆), diferença mínima significativa (DMS%) e coeficiente de variação (CV). Santa Maria, RS, 2001. GL QM 2 305112,72* Cultivar 1 203388,13* Tipo de Parcela 12 415477,08* Cultivar x Tipo de Parcela 12 16855,27ns Erro Experimental 50 38390,05 FV BLOCO Tipo de Parcela Massa de Grãos (Kg ha-1) 2 3524,27 a** 3 3169,12 b 4 2862,98 c 11 2795,99 d 12 2772,50 d 5 2770,96 d Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 Martin, T.N. et al. Cultivar 6 2760,90 d 13 2724,62 d 1 2675,90 e 10 2635,39 e 9 2626,75 e 7 2626,68 e 8 2563,94 e Massa de Grãos (Kg ha-1) Fepagro RS-10 2859,53 a* BRS 137 2757,40 b ∆ 688,92 DMS (%) 24,53 Média CV 72 2808,46 6,98 * e ns: Significativo e não significativo pelo teste de F a 5% de probabilidade de erro, repectivamente; **: Médias não ligadas pela mesma letra diferem a 5% de probabilidade de erro pelo teste Scott-Knott. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 73 Diferentes arranjos... TABELA 3. Quadro da análise da variância para os 13 diferentes tipos de parcela experimentais (P), fatores de variação (FV), quadrado médio de bloco (QMB), quadrado médio de cultivar (QMC), quadrado médio do erro (QME), área experimental de cada parcela formada em metros quadrados (m²), média de rendimento de grãos (kg ha-1) das cultivares utilizadas, média para o rendimento de grãos em kg ha-1 (RG), coeficiente de variação expresso em percentagem da média (CV%), delta de Tukey (∆), diferença mínima significativa pelo teste de Tukey em kg ha-1 (DMS %), amplitude entre as médias. Santa Maria, RS, 2001. FV P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P 10 P 11 P 12 P 13 111361,25ns 30611,26ns 131879,93* 9650,85 ns 33523,5 ns 54452,7 ns 4042,15 ns 15071,5 ns 52371,1 ns 5888,48 ns 13103,74ns 9277,76ns 4877,54ns QMb QMc 70889,79ns 15575,41ns 124193,19* 3123,51 ns 65959,04ns 21334,4 ns 22112,8 ns 69690,6 ns 0,093 ns 4615,38 ns 1578,50ns 286,42ns 6291,95ns QMe 49705,42 135109,29 6296,51 108815,51 82356,4 29138,1 113546 70012,1 29361,9 50270,6 46983,08 43601,6 23557,73 1,78 3,56 5,33 7,11 16 17,78 28,44 35,56 37,33 42,67 49,78 56,89 64 RS 137 2567,21 3473,32 3025,25 2603,94 2530,54 2567,05 2710,25 2688,22 2564,07 2744,77 2708,41 2767,81 2895,37 Fepagro RS-10 2784,6 3575,22 3312,99 2649,57 2740,24 2686,31 2831,67 2903,77 2563,82 2800,24 2740,85 2753,99 2830,6 Média 2675,91 3574,27 3196,12 2626,75 2635,39 2626,68 2770,96 2795,99 2563,95 2772,5 2724,63 2760,9 2862,98 CV(%) 8,33 10,43 2,5 12,56 10,89 6,5 12,16 9,46 6,68 8,09 7,96 7,56 5,36 ∆ 783,90 1292,41 279,00 1159,85 1009,03 600,19 1184,79 930,34 602,49 788,34 762,13 734,19 539,66 DMS (%) 29,29 36,67 8,73 44,16 38,29 22,85 42,76 33,27 23,50 28,43 27,97 26,59 18,85 Amplitude 217,39 101,90 287,74 45,63 209,70 119,26 121,42 215,55 0,25 55,47 32,44 13,82 64,77 2 Área (m ) * e ns: significativo e não significativo pelo teste de F a 5% de probabilidade de erro, respectivamente. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004 Martin, T.N. et al. 74 TABELA 4. Correlação linear entre os diferentes tamanhos de parcela, para a variável rendimento de grãos. Santa Maria, RS, 2001. Parcela 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 2 0,20 ns 3 0,61 ns 4 -0,22 ns 0,34 ns 0,06 ns + 5 0,20 ns 0,11 ns 0,40 ns 0,81* 6 0,45 ns 0,14 ns 0,55 ns 0,67 ns 0,93* 7 -0,24 ns 0,54 ns 015 ns 0,94* 0,72 ns 0,53 ns 8 0,11 ns 0,56 ns 0,39 ns 0,87* 0,84* 0,71 ns 0,93* 9 0,31 ns 0,18 ns 0,22 ns 0,76 ns 0,80 ns 0,89* 0,57 ns 0,66 ns 10 -0,15 ns 0,46 ns 0,14 ns 0,98* 0,80 ns 0,67 ns 0,97* 0,92* 0,74 ns 11 -0,03 ns 0,50 ns 0,11 ns 0,96* 0,76 ns 0,69 ns 0,91* 0,89* 0,83* 0,98* 12 -0,16 ns 0,38 ns -0,03 ns 0,97* 0,72 ns 0,64 ns 0,88* 0,80 ns 0,83* 0,96* 0,98* 13 -0,29 ns 0,51 ns -0,05 ns 0,85* 0,46 ns 0,44 ns 0,78 ns 0,62 ns 0,70 ns 0,84* 0,88* 12 0,44 ns 0,92* * e ns: significativo e não significativo a 5% de probabilidade de erro, respectivamente; + variâncias heterogêneas pelo teste de F a 5% de probabilidade de erro. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.11, n.1, p. 62-74. 2004