REVOLUÇÃO RUSSA
A REVOLUÇÃO
MUNDIAL
ERIC
HOBSBAWM
IMAGENS
EINSENSTEIN
Eric John Earnest Hobsbawm
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Nasceu em Alexandria em 9 de Junho de 1917.
Considerado um dos historiadores atuais mais
importantes, Hobsbawm, além de velho militante de
esquerda, continua utilizando o método marxista para a
análise da História, sempre a partir do princípio da luta
de classes. É membro da Academia Britânica e da
Academia Americana de Artes e Ciências. Foi professor
de História no Birkbeck College (Universidade de
Londres) e ainda é professor da New School for Social
Research de Nova Iorque.
Algumas de suas obras:
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Era das Revoluções - que analisa: 1789-1848
A Era do Capital - que analisa:1848-1875)“
A Era dos Impérios - que analisa 1875-1914. Hobsbawn
é responsável por análises aprofundadas sobre aquilo
que chama de “o breve século XX”.
A Era dos Extremos - analisa os principais fatos de
1917 – fim da Primeira Guerra Mundial e ano da
Revolução Russa – até o fim dos regimes socialistas da
ex-União Soviética, em 1991, e dos países do Leste
Europeu.
Serguei Mikhailovitch Eisenstein
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Nasceu em Riga, 23 de janeiro de 1898 e faleceu em Moscou, 11
de fevereiro de 1948.
Foi um dos mais importantes cineastas soviéticos.
Relacionado ao movimento de arte de vanguarda russa, participou
ativamente da Revolução de 1917 e da consolidação do cinema
como meio de expressão artística.
Notabilizou-se por seus filmes mudos Strike, O Couraçado
Potemkin e Outubro: Dez Dias que Abalaram o Mundo, assim
como os épicos históricos Alexander Nevsky e Ivan, o Terrível. Sua
obra influenciou fortemente os primeiros cineastas devido ao seu
uso inovador de escritos sobre montagem.
A Revolução Mundial
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A revolução foi filha da guerra no século XX:
especificamente a Revolução Russa de 1917,
que criou a União Soviética, transformada em
superpotência pela segunda fase da “Guerra
dos Trinta e Um Anos”. p 61.
Só os EUA saíram das guerras mundiais (...)
mais fortes.Para os demais, o fim das guerras
significou levantes. P 62
A Revolução Mundial
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A Revolução de Outubro produziu de longe o mais
formidável movimento revolucionário organizado na
história moderna. Sua expansão global não tem
paralelo (...). Apenas trinta ou quarenta anos após a
chegada de Lênin à Estação Finlândia em Petrogrado,
um terço da humanidade se achava vivendo sob
regimes diretamente derivados dos “Dez dias que
abalaram o mundo” (Reed, 1919) e do modelo
organizacional de Lênin, o Partido Comunista. p. 62
A Revolução Mundial
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A Revolução de Outubro se via menos
como um acontecimento nacional que
ecumênico. Foi feita não para proporcionar
liberdade e socialismo à Rússia, mas trazer
a revolução do proletariado mundial. p. 63.
A Revolução Mundial
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Em 1915, os problemas do governo do czar pareciam mais
uma vez insuperáveis. Nada pareceu menos surpreendente
e inesperado que a revolução de março de 1917, que
derrubou a monarquia russa.(...)
(...) a revolução da Rússia não podia e não seria socialista.
As condições para uma tal transformação simplesmente não
estavam presentes em um país camponês que era sinônimo
de pobreza, ignorância e atraso, e onde o proletariado
industrial, o predestinado coveiro do capitalismo de Marx, era
apenas uma minúscula minoria, embora estrategicamente
localizada. p 64.
A Revolução Mundial
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A Revolução foi fruto da insatisfação contra as guerras e a
luta pela conquista da paz.
Cansados de pagar a conta, milhares de cidadãos comuns
assumiram a luta contra a situação imposta.
O caos era generalizado. Em 1917, toda a Europa se tornara
um monte de explosivos sociais prontos para ignição. p 66
A Rússia, madura para a revolução social, cansada de
guerra e à beira da derrota, foi o primeiro dos regimes da
Europa Central e Oriental a ruir sob as pressões e tensões
da Primeira Guerra Mundial. p 66
A Revolução Mundial
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Poucas semanas antes da revolução de fevereiro, Lênin
ainda se perguntava em seu exílio suíço se viveria para
vê-la.
Na verdade, o governo do czar desmoronou quando
uma manifestação de operárias (no habitual “Dia da
Mulher” do movimento socialista – 8 de março) se
combinou com um lock-out industrial na notoriamente
militante metalúrgica Putilov e produziu uma greve geral
e a invasão do centro da capital (...) basicamente para
exigir pão. p 67.
A Revolução Mundial
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Quatro dias espontâneos e sem liderança na rua
puseram fim a um Império Mais que isso: tão pronta
estava a Rússia para a revolução social que as massas
de Petrogrado imediatamente trataram a queda do czar
como uma proclamação de liberdade, igualdade e
democracia direta e universais. O feito extraordinário de
Lênin foi transformar essa incontrolável onda anárquica
popular em poder bolchevique. p 67.
Institui-se o
governo provisório e os inúmeros
conselhos de base (sovietes).
PÃO, PAZ, TERRA
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O Governo Provisório tentou governar com leis e decretos. O povo
queria pão, paz e terra.
Quando os bolcheviques – até então um partido de operários – se
viram em maioria nas principais cidades russas, e sobretudo na
capital (...) depressa ganharam terreno no exército, a existência do
Governo Provisório tornou-se cada vez mais irreal. (...) Na verdade
quando chegou a hora, mais que tomado o poder foi colhido. p 68.
(...) o argumento de Lênin não podia deixar de convencer seu
partido. Se um partido revolucionário não tomasse o poder quando
as massas o pediam, em que ele diferia de um partido não
revolucionário?
Uma onde de revoluções varreu o mundo
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Sovietes foram formados por operários em Cuba.
1917- 9 biênio bolchevique na Espanha.
1919 - Movimentos estudantis em Pequim.
1919 em Córdoba na Argentina.
1917 no México.
Movimento de liberação na Indonésia.
Movimento dos tosquiadores na Austrália.
Nos EUA os mineiros de Minnesota.
A Revolução de Outubro doi universalmente reconhecida
como um acontecimento que abalou o mundo. p 72
Reação do Ocidente
Uma carta nacionalista do presidente Wilson
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1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta;
2) liberdade dos mares;
3) eliminação das barreiras econômicas entre as nações;
4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança";
5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por
elas;
6) evacuação da Rússia;
7) restauração da independência da Bélgica;
8) restituição da Alsácia e da Lorena à França;
9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente
reconhecíveis";
10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áustria-Hungria;
11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Monte negro, com acesso ao mar para Sérvia;
12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao
Mediterrâneo "abertos permanentemente";
13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso
para o mar; e
14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas
contendas entre os países.
Revoluções Socialistas:
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1918 – Alemanha;
1918 – Baviera;
1919 – Munique;
1919 – República Soviética Húngara.
Todas tiveram curta duração. p 75.
Manifestação de revolucionários
no dia 9 de novembro em Berlim
REVOLUCIONÁRIOS PROFISSIONAIS
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Partido leninista cria um novo movimento internacional:
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Revolucionários profissionais.
(...) Lênin e os bolcheviques queriam não um movimento de
simpatizantes internacionais da Revolução de Outubro, mas um
grupo de ativistas absolutamente comprometidos e disciplinados. p
76 .
Sem o “ novo tipo de partido” (...) é inconcebível que em pouco
mais de trinta anos após Outubro um terço da raça humana se
visse vivendo sob regimes comunistas. p 79.
Descompasso com as realidades.
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Os partidos leninistas eram essencialmente construídos
como elites (vanguardas) de líderes (ou melhor, antes
das revoluções serem vencidas, “contra- elites”) e as
revoluções sociais como mostrou 1917 dependem do
que acontece entre as massas e em situações que nem
as elites (...) podem controlar por inteiro. p 82
Guerrilhas
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A palavra guerrilha não fazia parte do vocabulário
marxista até depois da Revolução Cubana de 1959. p
84.
Este modelo foi adotado pela China.
Contudo, a Segunda Guerra Mundial produziu um
incentivo mais imediato a geral à tomada da guerrilha
para a revolução: a necessidade de resistir à ocupação
da maior parte da Europa (...) pelos exércitos de Hitler.
p 85.
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A segunda onda de revolução social mundial
surgiu da Segunda Guerra, como a primeira
tinha surgido da Primeira. (...) Desta vez era a
própria guerra, e não a repulsa a ela, que
levava a revolução ao poder.
Os regimes comunistas que se estabeleceram
no Leste e Sudeste da Ásia após 1945 (na
China, parte da Coréia e da Indochina
francesa). p 86.
Conclusão do Autor:
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(...) a história do Breve Século XX não pode ser
entendida sem a Revolução Russa e seus efeitos
diretos e indiretos. Não menos porque se revelou a
salvadora do capitalismo liberal, tanto possibilitando ao
Ocidente ganhar a Segunda Guerra Mundial contra a
Alemanha de Hitler quanto fornecendo o incentivo para
o capitalismo se reformar. p 89
Bibliografia:
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HOBSBAWM, Eric. A Revolução Mundial, in a Era dos Extremos: O
breve relato do século XX:1914-1991 – São Paulo: Companhia das
Letras. 1995. 2ª edição.
www1.folha.uol.com.br/fsp/inde30092007.shl – 27/05/2010.
http://www.infoescola.com/escritores/eric-hobsbawm/ - 27/05/2010.
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_320.html.
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sullivandaniel.wordpress.com/2009/08/ - 27/05/2010.
historiacfb.blogspot.com/2009/02/901-revoluca. – 28/05/2010.
pythacli.chez-alice.fr/civilisations/russie.htm – 28/05/2010.
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Eric John Earnest Hobsbawm