EDITORIAL Em nossa terceira edição não haveria matéria melhor que o 22º Rally dos Sertões, para ilustrar capa. Veja tudo que rolou no maior rali brasileiro e um dos maiores do planeta, que teve como grandes campeões a dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, com um Mitsubishi ASX. Conheça o novíssimo Jeep Cherokee, que vem: chega totalmente renovado no visual e na mecânica. Com um desenho bem diferente das conhecidas linhas tradicionais, o novo 4x4 ganhou em ousadia e perdeu, em duas das três versões disponíveis, o recurso da reduzida. Como será a adaptação do modelo aos novos tempos? Para os “landmaníacos” da terra brasilis, duas matérias para fazer nascer um sorriso de satisfação no rosto: o 6º Encontro Amigos Land Rover, um big encontro realizado em São Lourenço, em Minas Gerais. Na segunda reportagem, mostramos um pouco das viagens realizadas por Daniel Cortez e Monica Helena, a bordo de uma Defender 130 totalmente equipada. O casal dá um bom exemplo de que a beleza da vida, ou a felicidade, estão nos caminhos que percorremos. Imperdível! Para quem gosta de trilhas pesadas e bom humor, uma dica certa é o pessoal da Adrenalama, um trio de off-roaders da pesada, que vem se notabilizando em um quadro de TV, onde aparecem na situações mais complicadas, sempre com o sorriso e alegria como lemas. Os fãs do grande jipe Agrale Marruá, irão se impressionar com as maravilhosas versões especialmente preparadas para o uso como carros de bombeiros. Bons, bonitos e feitos para o bem, não tem como ser melhor! Fecha a edição a coluna 4x2 TT, que mostra que um modelo sem tração pode sim, ser boa opção para a prática do fora-de-estrada. Boa leitura e acompanhe sempre as novidades aqui no site, que tem atualização constante. Um abraço! 2 ÍNDICE Redação e Publicidade Av. Lacerda Franco, 570, apto 56 Cambuci - 01536-000 São Paulo - SP Telefone: (11) 99393-7667 É proibida a reprodução sem prévia autorização por escrito da editora. DIRETOR E EDITOR James Garcia [email protected] DIRETOR DE ARTE Bruno Arruda [email protected] DEPARTAMENTO COMERCIAL Claudio Ferreira Martins [email protected] COLABOROU NESSA EDIÇÃO: Daniel Cortez, Diogo Gonçalves, Fábio Evangelista, Felipe Nunes, Gustavo Epifanio, Hailton Pariz Jr, Jonne Roriz, João Gonuti, Junior Teixeira, Marcelo Machado, Monica Helena Teixeira da Silva, Nauri Ribeiro, Reinaldo Junqueira Jr., Ricardo Leizer, Sergio Braganti, Victor Eleuterio e Webventure 3 4 5 novo Cherokee representa a mudança mais forte na família Jeep dos últimos anos. Com linhas futuristas ao invés dos formatos retos, o modelo é disponível em três versões - Latitute, Limited e Trailhawk, sendo a última a única a ser equipada com reduzida. Além desse “detalhe”, a versão mais off-road traz ainda suspensão mais alta (2,54 cm) e opção de bloqueio do diferencial traseiro, rodas aro 17”, pneus off-road e bancos com revestimentos exclusivos e costuras vermelhas. O Trailhawk chega no País no final do ano. Falamos aqui da versão Limited, a única disponível no lançamento, em Atibaia, SP. De cara, o Cherokee chama atenção pelo conjunto ótico dianteiro dividido em três partes, com as luzes diurnas de LED’s na posição superior, parecendo ser os faróis principais, mas estes estão no meio e são de xenônio, embaixo estão os faróis de neblina e as lanternas, também com LED’s. A cabine tem bom acabamento e o espaço interno condiz com o porte do veículo. Já o painel possui tela personalizável e sistema multimídia com tela de 8,4” e GPS. O conjunto mecânico é constituído por motor Pentastar V6 de 3.2 litros (271 cv de potência e 32,2 kgfm de torque), e câmbio automático ZF de nove marchas. As trocas de marchas são imperceptíveis e as últimas e mais longas são overdrives, para maior economia. Segundo o fabricante, o Cherokee vai de 0 a 100 km/h em 8 segundos e tem a velocidade máxima limitada de 190 km/h. Com suspensão mais firme, o Cherokee tem comportamento dinâmico e Detalhes do interior, com teto panorâmico, bom e revestimento e o seletor de tração 6 Uma família de novos Cherokee na Pedra Grande, Atibaia, SP espaço 7 Mudou tudo no visual do Cherokke, que ganhou mais curvas e faróis bem diferentes do usual na linha Jeep estabilidade com maior precisão no asfalto e encara a terra numa boa, desde que sejam respeitados seus limites. A Cherokee é equipada com tração integral Select-Terrain, com quatro modos de condução - Auto, Snow (neve), Sport e Sand/Mud (areia/lama). Ao ser acionado, o Select Terrain altera de imediato os parâmetros de direção, pedais, transmissão e torque, possibilitando um rodar mais seguro e preciso em terrenos irregulares e esburacados. O conforto é auxiliado pela suspensão independente nos dois eixos. O consumo médio é de 11 km/h em rodovia; no off-road podemos pensar em um número 40% menor. A marca espera vender cerca de 1.200 unidades por ano, sendo 30% da versão Latitude, 60% da Limited e 10% da Trailhawk, o que ilustra muito bem como o público off-road é restrito e específico. O e tem como itens de série: ar-condicionado digital dual zone, sete airbags (frontais, laterais, cortina e 8 A parte traseira também mudou bastante. O Cherokee está menos jipe e mais SUV Painel fornece todas as informações o motorista joelho do motorista), freios com ABS, chave presencial, rack de teto, assistente de partida em rampas, banco do motorista com regulagem elétrica, bancos em couro com aquecimento (dianteiros), comandos por voz, Bluetooth, rádio AM/FM, entradas USB e cartão SD, central multimídia com tela de 8,4”, freio de estacionamento eletrônico, comandos por voz, Bluetooth, rádio AM/FM, entradas USB e cartão SD, faróis de xenônio com regulagem automática e lavadores, espelho interno fotocrômico, retrovisores externos com rebatimento automático, teto solar panorâmico e tomada de energia elétrica. A versão de entrada, a 10 11 12 FOTO FELIPE NUNES 13 Encontro off-road no Sul de Minas Gerais. Com sabor inglês... FOTO DIOGO GONÇALVEZ A té parecia um pedacinho da Inglaterra, mas não era. O 6º Encontro Amigos Land Rover aconteceu entre 4 e 7 de setembro na Ilha Antonio Dutra, em São Lourenço, charmosa cidade que fica no Sul do estado de Minas Gerais. Foram 4 dias de atividades, palestras, oficinas e off-road desse evento que começou timidamente em Santa Catarina e nessa edição contabilizou 410 modelos Land Rover inscritos. Sem nenhuma conexão com a marca oficial no País, o encontro é um esforço conjunto de entusiastas para que haja troca de informações, conhecimentos, fazer novas amizades e, claro, negócios também. “Movimentamos R$ 1 milhão em São Lourenço, em apenas um final de semana”, comentou Hailton Pariz Jr., organizador do evento. Para Marcelo Resende, da organização, “o objetivo é propiciar a união de pessoas que gostam do estilo de vida Land Rover”. O evento recebeu aficionados de 14 15 FOTO JU FOTO FELIPE NUNES FOTO FE FOTO JOÃO GONUTI FOTO DIOGO GONÇALVES 16 FOTO RE FOTO HAILTON PARIZ JR. FOTO DIOGO GONÇALVES O evento teve workshops, atividades off-road, passeios e estandes de peças, roupas e acessórios UNIOR TEIXEIRA FOTO HAILTON PARIZ JR. ELIPE NUNES EINALDO JUNQUEIRA JR. FOTO DIOGO GONÇALVES FOTO FELIPE NUNES 17 FOTO REINALDO JUNQUEIRA JR. diversos estados brasileiros e de países como Argentina, Uruguai e Paraguai, além de um sul-africano que está rodando pelo mundo com uma Defender. O Land Rover Brasil teve workshops, atividades off-road, passeios e estandes de peças, roupas e acessórios. Entre as raridades expostas, chamaram muita atenção alguns modelos antigos Série 1 80” (80 polegadas de entre-eixos) fabricados no início e meados dos anos 1950. A escolha de São Lourenço foi estratégica por estar na região sudeste, facilitando o acesso de visitantes e oferecendo estrutura hoteleira e de restaurantes e bares para comportar um evento deste porte. O apoio da prefeitura também ajudou. A organização faz uma parceria com o IBPCA – Instituto Brasileiro de Consciência e Preservação Ambiental para tentar minimizar os impactos causados pelo evento. Na cerimônia de abertura, houve o plantio simbólico de quase 20 mudas de espécies nativas. Após FOTO REINALDO JUNQUEIRA JR. o encontro foi feito um cálculo da emissão de carbono de todo o evento, para a plantação de árvores que reduzirão o impacto ambiental. Se você tem um Land Rover ou simpatiza com a marca, anote o mês de setembro em sua agenda, pois o Encontro Amigos Land Rover tem tudo para se tornar um dos grandes eventos off-road do País. Mais informações: www.amigoslandrover.com.br [email protected] 18 A Defender 110 reboca um belíssimo Serie I. Gerações de Land Rover em harmonia 19 O voo dos Flamingos - Atacama, Chile 20 “ Os opostos se atraem? Pode ser, mas o que une são as afinidades. Gostar das mesmas coisas, fazer planos, sonhar. Nos conhecemos há 10 anos num curso de mergulho. Mônica, médica, fazendo biologia marinha, e eu, engenheiro civil, curso de resgate. Ficamos muito amigos, namoramos, e o gosto por aventura nos levou a diversos caminhos por terra e por mar. Em nosso primeiro ano de casados viajamos até o Ushuaia (cidade da Argentina e capital da Província da Terra do Fogo). Natal com neve, como deve ser. Alugamos um chalezinho com vista para montanhas, para o dia 24 de dezembro. Tínhamos três dias para chegar. Partimos num sábado à tarde e dirigimos direto até Montevidéu, Uruguai, à 1.900 quilômetros de São Paulo, o que levou 25 horas. Revezamos a direção do nosso carro, na época uma Ford Ranger, cabine simples, 4x2. Descansamos e seguimos para Buenos Aires renovados e descemos a costa leste da Argentina até chegar ao Ushuaia, no extremo sul do continente. Estrada reta e sem fim. Conhecemos a Península Valdez, com suas lebres, guanacos, emas, leões e elefantes marinhos. Ceia improvisada, luz de velas 21 e sol! O sol só se pôs às 2:00 da manhã. Mas pelo menos tinha muita neve! Na volta da viagem, a Ruta 40, de cascalho, com o deserto de um lado e as montanhas do outro, um visual lindo. Depois seguimos pela costa oeste do Chile, na Carretera Austral, que em seu pior trecho conseguimos um deslocamento de algo como 40 km em 6 horas, mas chegamos à Santiago. Cruzamos de volta para a Argentina pelo Aconcágua, de lá conhecemos as planícies vinícolas do norte do país, regadas pelas águas de degelo da Cordilheira dos Andes e de lá voltamos para casa. Passamos incontáveis horas conversando sobre como fazer desta experiência um projeto maior, e conhecer a América inteira de carro. Planejamos os percursos das próximas viagens e é claro, o carro teria que ser outro. Tínhamos aprendido o que funcionava e o que faltava. Entre as opções de carro, uma se destacava: A Land Rover Defender 130, que escolhemos, mas que teve de ser bem modificada. (ver Box). A segunda viagem foi até Lima, no Peru. Saímos do Brasil por Corumbá, MS e de lá atravessamos a Bolívia, conhecendo suas maravilhosas paisagens e cidades pequenas e remotas. Pelo Lago Titicaca entramos no Peru para conhecer Lima, Macchu Picchu e as civilizações pré-incas como ChanChan em Trujillo. Em Paracas, mergulhamos com leões marinhos em águas de 6ºC, descansamos nas piscinas de águas quentes vulcânicas, no meio da neve, no Cânion Del Cocca, percorremos o Cânion Del Pato, com seus inúmeros túneis, beirando o penhasco. Voltando pela costa do Pacífico, conhecemos as Linhas de Nazca no Chile e o Atacama, ponto de partida para cruzar as Cordilheiras e entrar no extremo norte da Argentina e de lá o Paraguai e seguir para casa. Na terceira viagem tínhamos mais uma passageira, a Bella, uma Jack Russel e o roteiro era maior. Saímos uma semana antes do Natal para Porto Seguro, BA e de lá, seguir pelo litoral do Nordeste, Norte, até Belém do Pará. Com o carro em uma balsa, percorremos as águas tranquilas do delta do rio Amazonas, contornando a ilha do Marajó pra chegar no Amapá. Estrada boa lá! Floresta, madeireiras, Guiana Francesa, Suriname, Guiana (que era inglesa) e voltar para o Brasil por Roraima, conhecendo uma parte muito intacta da Floresta Amazônica. As pausas na estrada eram verdadeiros espetáculos de sons e cantos dos pássaros. Em Manaus, outra vez pelo rio, até Santarém, Alter do Chão, praia linda, nas águas claras do Rio Tapajós, e coragem: Transamazônica. Poeira vermelha, não dá para ver nada! Mas 22 Selfie de casal, no Pantanal Ruta 40, Argentina 23 Um pouco de adrenalina em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia 24 25 enfim choveu e a poeira virou lama. Descemos pelo Planalto Central até Palmas para percorrer o Jalapão. Nesse ponto não restava em nós muitos traços de civilização, até a Bela que é branca, estava bege! Capim dourado, cachoeiras, buritis. E voltar correndo para São Paulo. Viajar com o cachorro também é um capítulo à parte. É preciso checar os hotéis que aceitam animal de estimação, fazer adestramento, cuidados para prevenir doenças e carrapatos, kit primeiros socorros, paradas mais frequentes. Montamos uma poltrona com cinto de segurança e uma cama-mala para as coisas dela. Na quarta viagem, conhecemos os países do Caribe de veleiro, para mergulhar à vontade e sentimos saudades da Bella e da nossa Defender... Agora estamos economizando as férias para uma viagem maior, então este ano fomos rápido para Bonito, Pantanal e Chapada do Guimarães, para no próximo ano irmos até o Alasca e cruzar o Canadá. Gostamos do caminho, dos detalhes, 26 surpresas. O tempo, as conversas, a liberdade para escolher ir ou ficar. Sempre voltamos mais unidos, mais cúmplices. É um tempo nosso, que São Paulo não quer nos dar.” Para trocar ideias e experiências, fale com Daniel Cortez pelo e-mail: [email protected] Tem uma história ou aventura interessante para contar aos leitores da Revista 4x4 Digital? Mande fotos e texto para [email protected] 27 Bahamas, Stewart Cove Peru, Canyon del Pato tunel Argentina, Ruta 3 Alpacas Passeio de veleiro, Caribe 28 Catedral, no Jalapão, TO Conhecendo as Linhas de Nazca, no Peru Atolado em Camocim, Ceará 29 FOTO GUSTAVO EPIFANIO 30 31 Toyota Hilux V8 4x4 de Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin: 2º lugar FOTO JONNE RORIZ 32 A 22º edição do Rally dos Sertões contou com cerca de 200 competidores e teve sete etapas disputadas, além do Prólogo. A prova começou em Goiânia no dia 23 de Agosto e passou pelas cidades de Caldas Novas e Catalão, em Goiás e, entrou em Minas Gerais por Paracatu, São Francisco, Diamantina, para finalizar em Belo Horizonte. Foram 2.600 quilômetros rodados, sendo 1.572 de trechos cronometrados. Além dos pilotos brasileiros, a competição recebeu inscrição de competidores do Chile, Espanha, França, Polônia, Portugal e Reino Unido. A dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, a bordo de um Mitsubishi ASX Racing Diesel venceu a categoria carros, vencendo a 2ª das sete etapas disputadas. Esta foi a 14ª participação de Spinelli no Sertões, que atinge o pentacampeonato (2003, 2004, 2010, 2011 e 2014). O segundo lugar ficou para a dupla Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, que correram com uma Toyota Hilux V8 4x4. A dupla venceu cinco das sete etapas (1ª, 3ª, 4ª, 5ª e 7ª) e 33 34 também foi a mais rápida no Prólogo. Esta foi a 16ª participação de Varela, que foi campeão em 2000. Varela e Gugelmin da Divino Rally, enfrentaram problemas devido à um acidente ocorrido com outra dupla, o que mudou o panorama da competição. Coisas de rally... A terceira colocação nos Carros ficou para a dupla formada por Cristian Baumgart e Beco Andreotti, que usaram uma picape Ford Ranger 4x4 V8. O título da categoria Caminhões foi para o experiente trio guiado por Edu Piano, Solon Mendes e Carlos Sales, que com um Ford F4000 4x4 deram um show de perícia nas esburacadas e empoeiradas trilhas dos Sertões. Eles terminaram invictos a prova, venceram o Prólogo e as seis etapas percorridas. Só não ganharam sete, pois a última etapa não foi feita pelos caminhões. É a sétima vez que Edu Piano vence no Sertões em 19ª participações consecutivas. Ele venceu uma vez nos Carros (2005) e seis nos Pista onde foi realizado o Prólogo, em Goiânia e a caravana do Rally 35 FOTO MARCELO MACHADO FOTO RICARDO LEIZER A picape Ford Ranger 4x4 V8 de Cristian Baumgart e Beco Andreotti: 3º lugar Marc Coma literalmente salta para a vitória nas Motos 36 Edu Piano o e sua F4000 4x4 arrepiando! FOTO RICARDO LEIZER O ASX da equipe Mitsubishi levantando poeira Caminhões (2207, 2008, 2009, 2011, 2013 e 2014). A segunda colocação ficou com Felício Bragante, Ricardo Costa e Paco Corder, também com um Ford F4000 4x4, enquanto o terceiro lugar ficou com o trio formado por Guido Salvini, Flavio Bisi e Fernando Chwaigert, que usaram um Mercedes-Benz Atego 1725 4x4. Salvini é tricampeão da categoria no Sertões (2003, 2011 e 2012). Nas categorias motos e quadriciclos, o Sertões contou pontos pelo Mundial de Rally Cross Country da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). A categoria Motos foi vencida pelo espanhol Marc Coma, pilotando uma KTM 450 Rally Replica. O segundo lugar da categoria foi alcançado pelo piloto português Paulo Gonçalves e sua Honda CRF 450 Rally, enquanto a terceira colocação foi para o piloto da casa Jean Azevedo, também com uma Honda CRF 450x. Azevedo contabiliza 19 participações FOTO JONNE RORIZ 37 FOTO GUSTAVO EPIFANIO UTV de José Helio 38 FOTO VICTOR ELEUTERIO Caminhão Mercedes-Benz Atego 1725 4x4 do trio Guido Salvini, Flavio Bisi e Fernando Chwaigert no Sertões e é pentacampeão, tendo vencido em 1995, 2000, 2002, 2004 e 2005. A dupla Vinicius Mota e Rafael Shimuk venceu a categoria UTV’s do Rally dos Sertões com um Can-Am Maverick 1000. Henrique Gutierrez e Weidner Moreira, em cima de um Polaris RZR 1000 XP conquistou a segunda colocação na categoria UTV’s sem vencer nenhuma etapa. A terceira colocação foi para a dupla Elson Cascão e Claudia Grandi, que correram com um Polaris RZR 1000 Dakar. A caravana do Rally dos Sertões chegou ao seu destino final, Belo Horizonte, no dia 30 de agosto, um sábado, na Praça Geralda Damata Pimentel, em frente à Lagoa da Pampulha. Tudo isso ocorreu em meio à movimentada Virada Cultural de Belo Horizonte, o que gerou um clima ainda mais animado à festa. Robert Nahas venceu a categoria quadriciclos pilotando um Honda TXR 700. Com a conquista ele se tornou tetracampeão da prova, tendo vencido também em 2005, 2008 e 2013. O polonês Rafal Sonik com um Honda TXR 700 foi o segundo colocado da categoria Quadriciclos. Sonik foi campeão do Sertões em 2010, é bicampeão do Mundial de Rally Cross Country da categoria e está na liderança do Mundial 2014. O terceiro lugar ficou com Gabriel Varela (filho de Reinaldo, que ficou em segundo na categoria Carros), pilotando um Can-Am Renegade 1000. Com 19 anos, esta foi a primeira vez que Gabriel participou do percurso completo do Rally dos Sertões. 39 Caminhos estreitos entre rochas pedem todo cuidado possível 40 41 Os campeões Guilherme/Youssef O Marc Coma, campeão nas motos! Jean Azevedo foi o melhor nas motos Reinaldo Varela ficou em segundo 42 O excelente trabalho realizado pela equipe do S.A.S. (Saúde e Alegria nos Sertões) 43 A equipe do S.A.S. (Saúde e Alegria nos Sertões) apoiada pela Dunas Race, organizadora do rali - percorreu 3.260 quilômetros realizando palestras, atendimentos médicos e atividades de entretenimento e recreação com as comunidades carentes nas regiões por onde o evento passou entre os dias 23 e 30 de agosto.O projeto, que teve um container itinerante como novidade em 2014, ofereceu atendimentos médicos especializados em pediatria, otorrinolaringologia, oftalmologia e odontologia, além de palestras e consultoria para captação de água de chuva e orientações sobre higiene bucal, incluindo oficina de escovação. As crianças ainda tiveram um dia de recreação com oficinas de desenhos, cama elástica, slackline e cinema. No total, cerca de 1400 pessoas foram atendidas. 44 45 Para essa turma, quanto pior o caminho, melhor! 46 A história da Adrenalama, uma marca multimídia que atua no universo fora-de-estrada e que tem como carro-chefe o programa seriado de TV, se confunde com o caminho profissional de Sergio Braganti, o Serginho, profissional da area de publicidade, que começou no ramo gráfico e de impressão. Serginho atua também como desenvolvedor de programas para mídias digitais e presta consultoria na área criação de sites, serviços fotográficos, produção eletrônica para ipad e editoração eletrônica em geral. E, claro, sempre curtiu aventuras fora-de-estrada desde garoto. Com 14 anos já fazia trilhas de moto, com o amigo de primeira hora Ricardo Mazeo, na época com apenas 12 anos. No começo dos anos 2000, Serginho estava atuando na área de equipamentos médicos, quando decidiu retornar novamente para a publicidade. “O Adrenalama praticamente surgiu na conclusão de um curso de flash player (reprodutor virtual de multimédia e aplicações) que eu fiz”, lembrou. O conceito básico do Adrenalama, que é completado pelo integrante, o também piloto e mecânico Gonzo F. Adriano, é reunir amigos que curtem a prática de off-road em trilhas desafiadoras, com técnica, objetivo e conhecimento, claro, sem nunca esquecer a diversão. Mas sempre frisando preceitos básicos de companheirismo, bom senso e responsabilidade na prática do 4x4. “No começo era muita dureza, fazíamos nossas ações como podíamos, mas fomos adquirindo experiência e técnica na captação de imagens e em como passar isso para os telespectadores”, comentou. A primeira aparição de peso como Adrenalama e os característicos jipes e veículos 4x4 pintados da cor laranja, ocorreu na Adventure Sports Fair de 2003, onde fizeram muito sucesso com a exibição de seus vídeos. E desde então não pararam mais, foram se aprimorando nas técnicas fora-de estrada em dezenas de aventuras, montaram e desmontaram uns 10 4x4, tendo o modelo Jeep de Serginho servido de laboratório de testes para as inovações tecnológicas 47 Esposas, filhos, amigos, todos entram na roda e de acessórios que iam surgindo o Jeep da Adrenalama merece uma matéria à parte, que estará em nossas páginas em breve. E há alguns anos vem produzindo programas de TV, ministrando cursos para empresas e até para o Exército, além de organizar passeios e expedições. “Tem gente que imagina que somos arruaceiros, por conta do nosso jeito informal e brincalhão”, disse Serginho. “Mas, por exemplo, não curtimos o consumo de álcool, muito menos no fora-de-estrada e acreditamos no companheirismo, fraternidade, na técnica e bom senso”, citou. Do esquema “mambembe” do início até hoje, muita coisa mudou e se aprimorou, hoje o Adrenalama conta com a parceria da Bardahl, conceituada fabricante de lubrificantes, o que atesta o interesse e a seriedade da proposta do grupo. Mas para o programa continuar no ar é vital que mais empresas do setor off-road apostem e patrocinem o projeto, pois isso é positivo para todo o mercado. Os valores são acessíveis e as marcas certamente tem retorno garantido. “Essa coisa de quanto pior, melhor, de que eu sou melhor que o outro, é obviamente uma brincadeira. Ninguém é melhor que ninguém, o Sergio Braganti, Ricardo Mazeo e Gonzo F. Adriano, o trio Adrenalama! Gravando uma cena na oficina 48 49 A ideia do Adrenalama é unir pessoas que curtam off-road e transmitir conhecimento e técnica, em linguagem simples e coloquial 50 51 Uma sequência molhada após o túnel O Adrenalama provavelmente é um dos grupos que mais fez off-road no Brasil Para todos os tamanhos... 52 A Hilux de Mazeo também não tem sossego. Trilha! que vale é o companheirismo e a amizade”, disse Serginho, que acredita que a socialização com a família é um dos pilares do fortalecimento do fora-de-estrada nacional. Não poderia estar mais certo. Se você ainda não conhece, assista o quadro Offoad através da Rede Brasil de Televisão - (canal 50 UHF em SP) e também pela SKY 175, Claro 13, Vivo 237, CTBC 714, Oi 139 e GVT 248 para todo o País. Além da televisão, os programas podem ser vistos na WEB, depois nos sites, faces e youtube. E boa diversão! www.adrenalama.com.br 53 54 55 Equipadíssimos, os Marruá Bombeiros são viaturas incríveis M acoplamento entre motor e bomba através do redutor com banho de óleo, potência consumida de no máximo 20 CV, rotação de 1450 RPM. onhecido pelo público off-road, o Agrale Marruá é também construído em versão para os bombeiros. Vamos saber o que muda no jipão para que ele atenda essa nobre missão. Motor a explosão endotérmico, refrigerado a ar, montado como propulsor da bomba hidráulica. Motor de 4 tempos a gasolina. Tanque para combustível em chapa de aço com tampão hermético. De procedência Alemã, a bomba tem três pistões, vazão de no mínimo 20 litros/min a 250 bar, tem 56 Fabricado em aço, capacidade de 60 à 100 metros de mangueira especial com 8 mm de diâmetro. Composto de válvulas de controle, instrumentos e demais acessórios. 57 em seções de 10 mm de espessura Possui lança de alta pressão para água do tipo Triplex, com engate rápido, gatilho automático para aceleração, pressão de ruptura de até 500 Bar. O tanque de Extrato (LGE) poderá ter capacidade de 30 até 300 litros, dependendo da necessidade do usuário, também com sistema de quebra-ondas. Feito em Polipropileno possui capacidade de 125 litros, podendo ser de até 2.000 litros, dependendo da distribuição de peso do chassi á ser utilizado. Com sistema quebraondas interno, que dividem o tanque Módulo de controle instalado no painel permite o controle da sinalização acústica e visual. Emitem lampejos luminosos de altíssima 58 Baú especial feito em alumínio tem proteção contra pó e intempéries 59 Com 04 portas laterais (2 de cada lado) do tipo persiana vertical. Sistema de fechamento com vedação contra pó e intempéries. O veículo possui 1 caixa plástica para materiais, 1 corta vergalhão, 2 Machados, cones e extintores de incêndio. freqüência, regulador de intensidade luminosa, com circuito eletrônico que gerencia a corrente aplicada nos led’s, garantindo maior eficiência luminosa e vida útil dos led’s. Sirene eletrônica composta de amplificador de 100 watts de potência e unidade sonofletora única, com no mínimo 04 (quatro) tipos de sons. Sinalizador visual constituído por barra sinalizadora em formato de “ARCO”, em modulo único e com lente inteiriça, que permite a total visualização em um ângulo não inferior à 360º. Quatro faróis auxiliares do tipo “farol de milha” no formato redondo, de 150mm de diâmetro, localizados na extremidade superior da cabine. Lanternas de posicionamento superiores em LED, nas extremidades dianteiras e traseiras do baú; Iluminação do interior do baú, através de luminária acionada no compartimento interno. Constituída por perfis de alumínio extrudados aparafusados no chassi. 60 61 Enquanto em algumas regiões do Brasil há lama nas trilhas durante quase todos os meses do ano. No Nordeste, por exemplo, isso só é comum no período chuvoso 62 D 4x2TT, por herdarem a super popular mecânica Volkswagen contam com grande oferta de peças originais e genéricas no mercado. Além disso, trata-se de uma mecânica que ficou mundialmente famosa por permitir que os próprios donos façam a manutenção em função da inexistência de sistemas mais complexos. Porém, para realizar trilhas será necessário certo investimento e, nesse caso, as as coisas: os valores entre os 4x2TT e 4x4 não diferem tanto. Por exemplo, um jogo de pneus terá o mesmo custo independente para qual viatura será. Somente o tamanho dos mesmos será diferente. Para colocar bloqueios de diferenciais que estão à venda no mercado, a variação de preço também é pequena. O mesmo vale para equipamentos como cinta, PX, PY, engate etc. Quem de fato equipa em uma viatura 4x2TT para deixá-la apta para trilha e ainda precisa de uma viatura confiável para encarar viagens, geralmente, gasta tanto quanto (ou bem perto) de alguém que faça o mesmo em outro evido ao fator paixão embutido em seus veículos, para alguns proprietários essa dúvida é absurda. Para outros nem tanto... Primeiro é preciso ter claro em mente qual será o uso a que se destinará a viatura escolhida. Somente lazer, somente trilha, pequenas viagens, grandes deslocamentos, trilhas pesadas e até mesmo o tipo de trilhas que serão encaradas pesarão na decisão final. E por conta das grandes dimensões territoriais do Brasil isso deve ser levado em consideração. Em algumas regiões pode ser comum encarar dunas de areia, enquanto em outras serão comuns grandes áreas alagadas e planas, por exemplo. Por isso, nem sempre a mesma receita usada no Nordeste poderá ser útil no Sul do país e essa regra serve para todas as regiões brasileiras. Quando a dúvida entre comprar um 4x2TT ou 4x4 surge, geralmente, as pessoas se perguntam em relação ao custo de manutenção. E nesse aspecto, não há dúvidas de que os Devido a frente leve, é muito comum viaturas 4x2TT “decolarem voo” em situação de trilha. Diversão garantida! 63 Devido as soluções e equipamentos para trilha, atualmente, já existem viaturas 4x2TT que fazem uso de pneus grandes. Como esse Baja com pneus 35” Quem de fato equipa em uma viatura 4x2TT para deixá-la apta para trilha e ainda precisa de uma viatura confiável para encarar viagens, geralmente, gasta tanto quanto (ou bem perto) de alguém que faça o mesmo em outro veículo 4x4. Para se alcançar esse objetivo dificilmente o sucesso virá com alguma adaptação de fundo de quintal e com peças de segunda qualidade. No caso das Gaiolas ainda é necessário providenciar o processo de regularização da documentação. Que nem é tão caro e difícil de ser realizado atualmente, mas tem o seu custo e exige tempo. Diante de tudo isso nossa dica é: adquira a viatura com a qual você se identifica. E mesmo se sua opção for fazer trilha pesada, você pode adquirir uma veículo 4x4. Para se alcançar esse objetivo dificilmente o sucesso virá com alguma adaptação de fundo de quintal e com peças de segunda qualidade. No caso das Gaiolas ainda é necessário providenciar o processo de regularização da documentação. Que nem é tão caro e difícil de ser realizado atualmente, mas tem o seu custo e exige tempo. Diante de tudo isso nossa dica é: adquira a viatura com a qual você se identifica. E mesmo se sua opção for fazer trilha pesada, você pode adquirir uma viatura 4x2TT desde que preparada para tal. Vão livres, pneus agressivos, guincho elétrico e um chassi reforçado poderá fazer com que você consiga andar junto e fazer bonito com seus amigos que usam viaturas 4x4. 64 Gurgel X-12 equipado com pneus off road e guincho elétrico viatura 4x2TT desde que preparada para tal. Vão livres, pneus agressivos, guincho elétrico e um chassi reforçado poderá fazer com que você consiga andar junto e fazer bonito com seus amigos que usam viaturas 4x4. Fábio Evangelista é diretor do Clube Gurgel Guerreiro e trabalha para difundir a prática do fora-de-estrada com veículos 4x2 no Brasil. [email protected] 65 66